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1. Ao Vencedor, 4a ed.
Pe. Alberto L. Gambarini
BATALHA
ESPIRITUAL
A #«pe Edições L o y o la
As citaçOes bíblicas foram tomadas da
Tradução Ecumênica da B íblia, Edições Loyola
São Paulo, 1996
Ágape
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ISBN: 85-15-00836-X
16a edição: fevereiro de 2005
© EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo, Brasil, 1996
*
índice
APRESENTAÇÃO............................................................ 9
PRÓLOGO........................................................................ 13
INTRODUÇÃO............................................................... 15
( Iapítulo 1
DESMASCARANDO O IN IM IGO............................... 19
Para a Bíblia, quem é o d ia b o ?..............................20
Como identificar a presença do maligno:
a m entira.................................................................... 22
Campos de b atalh a................................................. 24
Primeiro cam po de batalh a: o in divídu o......... 24
D imensão no espírito...................................... 25
D imensão da alma.......................................... 27
D imensão do corpo: ...................................... 30
Segundo campo de batalha: a Ig reja ................ 31
Terceiro campo de batalha: a so c ied a d e.......... 34
Um testem unho da m entira de Satanás........... 36
Um testemunho de libertação...............................39
Sugestão para uma oração pessoal de
libertação.................................................................... 44
Salmo 91 [90]............................................................ 44
Oração a São Miguel A rcan jo ................................ 45
Oração 46
II
C apítulo
PLANO DE BATALHA.................................................. 47
C apítulo III
TREINAMENTO PARA A BATALHA.......................... 55
Etapas para o trein am en to ..................................... 58
Primeira etapa: entrega real da vida ao senhorio
de Jesus C risto....................................................... 58
Segunda etapa: andar na unção do Espírito ... 61
Terceira etapa: conhecer a Palavra de D eus.... 67
Quarta etapa: a o r a ç ã o ...................................... 74
Quinta etapa: a E u caristia................................. 82
Sexta etapa: a penitência..................................... 87
IV
C apítulo
ENTRANDO NA BATALHA......................................... 95
V
C apítulo
UM GRANDE PERIGO: A NOVA ERA.................... 103
As crenças da nova era e a B íblia...................... 110
Meios de atuação da nova e r a .............................113
A astrologia apresentada como uma ciência
capaz de ajudar o hom em a planejar seu
fu tu ro................................................................... 114
O uso de determinados objetos para atrair
bons flu id o s........................................................ 115
Outros meios de atuação da nova e r a .............. 116
A difusão de métodos de m editação ou
relaxamento de influência o r ie n ta l..................117
6
VI
C apítulo
A NOVA ERA E A IGREJA.......................................... I 21
A nova era na Igreja ca tó lica ............................. 122
A nova era nas Igrejas evangélicas.................. 124
Como identificar o evangelho da nova era .. 127
VII
C apítulo
DMA SEITA DA NOVA ERA: A UNIVERSAL DO
REINO DE D EU S.......................................................... 133
A origem da universal.......................................... 134
Algumas práticas da universal.............................135
Av correntes de f é ............................................... 135
Entrego de objetos poro atrair sorte.................. 136
O descarrego com arru d a.................................... 138
VIII
C apítulo
MARIA SANTÍSSIMA NA BATALHA ESPIRITUAL. 141
C a pítulo I X
O MUNDO VAI ACABAR?........................................ 145
1- sinal: fraude espiritual.......................................151
2- sinal: caos político e social.............................. 153
3Qsinal: manifestações da natureza.................. 153
I
A pên d ice
EXORCISMO................................................................. 157
Contra Satanás e os Anjos Rebeldes................ 157
Publicado por ordem de S. S. Leão X III......... 157
Oração a São Miguel A rcan jo.......................... 157
E xorcism o................................................................ 158
Salmo 6 8 (6 7 )........................................................... 158
O ração....................................................................... 161
/
II
A pên dice
LIVRAI-NOS DO MAL 163
8
Apresentação
o—
iC. G alache , SJ*
j E d iç õ es L oyo la
APRESENTAÇAO
Bispo Diocesano
Prólogo
P e . A l b e r t o L u iz G a m b a r in i
13
ük.
Introdução
Desmascarando
o inimigo
I
COMO IDENTIFICAR A PRESENÇA DO
MALIGNO: A MENTIRA
CAMPOS DE BATALHA
D im e n s ã o do e s p ír it o
D im e n s ã o d a a lm a
alcoolismo, ao suicídio...
Não podemos nos esquecer dos casados.
A família está sendo atacada pelas forças do
inferno. Esse ataque começa pela perda dos va
lores familiares, passa pelo incentivo ao adulté
rio e termina na desunião de seus integrantes.
Quantos, hoje em dia, acham que não há mal
nenhum em "pular a cerca"! Na televisão, ou
vimos artistas dizendo: "Se minha esposa sen
tir atração por alguém e quiser ter algo com
essa pessoa, eu não vou me importar, porque
faço o mesmo. Vamos continuar morando em
baixo do mesmo teto, porque somos um casal
moderno". Isso é quebrar o padrão de Deus
para a família! O homem e a mulher abençoa
dos por Deus foram feitos um para o outro, até
29
que a morte os separe! Existem, é claro — e a
Igreja sabe disso —, alguns casos em que ocor
re a separação. Mas isso são exceções, e não a
regra. Certa vez, ouvi uma jovem dizer ao
noivo: "Vamos casar!" E o rapaz respondeu:
"Ah, casar, não, mas se você quiser uma lua-
-de-mel...". Você que é jovem tome muito cui
dado, porque o diabo conhece seu ponto fraco!
Sabemos que muitos homens casados di
zem que não o são. Todos os casados, homem
ou mulher, têm de usar aliança. E hão adianta
usar o pretexto: "Engordei, ela já não serve...";
basta comprar outra e levar para o padre ben
zer. Mostre que você é casado para defender-se
do adultério! Mostre que não tem vergonha de
reconhecer que diante do altar seu amor foi
consagrado a Deus e Ele lhe dará a graça de
perseverar em sua união! Quando não temos
famílias unidas, mais facilmente destruímos
a sociedade. Noventa e nove por cento daque
las pessoas que estupram, assaltam ou são vio
lentas vêm de lares desfeitos. É a família que
mantém a sociedade sadia, e ela vem de Deus.
D im e n s ã o do co rpo :
UM TESTEMUNHO DE LIBERTAÇÃO
42
— é necessário fazer uma oração de renún
cia e um convite para Jesus Cristo entrar
no coração como Senhor e Salvador;
— procurar um sacerdote para uma boa
confissão e cobrir-se com a proteção
de Jesus presente na Eucaristia;
— participar com alegria da santa missa,
de algum grupo de oração e ser acom
panhado por pessoas capazes de aju
dar a não permitir que o inimigo ten
te tirar a certeza da vitória;
— diariamente usar as armas da oração,
Bíblia e a oração freqiiente do terço;
— ter o coração limpo de toda mentira,
desonestidade, rancor, ódio, calúnia...
pois os sentimentos maus afastam Deus
e dão espaço ao autor do mal: o diabo.
43
SUGESTÃO PARA UMA ORAÇAO
PESSOAL DE LIBERTAÇÃO
SALMO 91 [90]
45
ORAÇAO
Senhor Jesus Cristo, eu creio que Tu morreste na
cruz por meus pecados e ressuscitaste da morte. Tu
me redimiste por Teu sangue e pertenço a Ti.
Confesso todos os pecados (........................) co
nhecidos e desconhecidos. Lamento-me por eles.
Arrependo-me deles. Renuncio a todos eles. Eu per
doo a todas as pessoas que me ofenderam (......... )
e quero que me perdoes. Perdoa-me agora e pu-
rifica-me com Teu sangue Jesus, que me purifica
agora de todo pecado. Echego a Ti neste momento
como meu Libertador.
Tu sabes minhas necessidades especiais, aquilo que
me perverte, aquele espírito maldito (dizer o nome
se sabe qual é) que me atormenta.
Clamo a promessa de Tua palavra: "Todo aquele,
que invocar o nome do Senhor será salvo".
Clamo a Ti agora: em nome de Jesus Cristo, liberta-
-me ó Senhor!
t Satanás, eu renuncio a você e a toda a sua obra,
inclusive toda e qualquer feitiçaria, macumba,
espiritismo, cartomantes, tudo que direta ou dis-
farçadamente tenha ligação com você.
f Renuncio agora, também, a qualquer ligação que
eu ou membros da minha família, amigos e co
nhecidos tenhamos tido com as obras ligadas a
você.
t Eu renuncio a você, Satanás, em nome de Jesus
Cristo e ordeno que me deixe agora em nome de
Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo, meu Salvador,
Amém.
46
C apítulo II
Plano de batalha
53
C a p ít u l o III
Treinamento
para a batalha
À
vra de Deus e a graça necessária para poder
vivê-la cotidianamente. Reconhecer a impor
tância da oração significa ter presente a profe
cia de Zacarias: "Não pelo poder, nem pela
força, mas por meu Espírito " (Zc 4,6).
Ao começar o dia com a oração, junto a
Jesus, nossa vida ganha um novo sentido. Ao
tomar consciência de que aquilo que estamos
fazendo, por mais chato que possa parecer, está
sendo feito para o Senhor, nós o oferecemos a
Ele e, então, descobrimos ser possível tirar coi
sas novas da rotina. Sempre.
Tendo entendido a necessidade da ora
ção, é preciso praticá-la de acordo com o pro
pósito de Deus. O que isso significa? O soldado
de Cristo deve ter presente que sua oração tem
por finalidade ser um canal entre os homens e
Deus. Nesse sentido, a batalha começa a ser
travada por meio de uma disciplina espiritual
— a oração não é uma coisa qualquer, ela exi
ge uma disciplina, e é por isso que muitas
pessoas deixam de fazê-la. Muitas baixas têm
acontecido em virtude da falta de visão da ne
cessidade da oração pessoal e sobre o que fazer
durante ela.
Uma palavra de Jesus é clara quanto à
importância da oração pessoal: "Quando quise
res orar, entra em teu quarto mais retirado,
tranca a tua porta, e dirige a tua oração ao
teu Pai que está ali, no segredo. E teu Pai,
que vê no segredo, te retribuirá" (Mt 6,6). O
Senhor está recomendando que não se deve
rezar na cozinha, quando todos estiverem to
78
mando café. Ele aconselha a buscar um lugar
onde não sejamos incomodados por nossas ati
vidades ou por outras pessoas; onde não fiquem
batendo na porta, onde o telefone não se po
nha a tocar. Pode ser debaixo de uma escada,
no jardim, numa igreja, em um lugar reserva
do no trabalho. Esse lugar reservado é necessá
rio para criar uma relação de intimidade com
Deus. Somente assim você será capaz de falar
com Deus e deixá-lo falar ao seu coração.
Outro elemento importante é determinar
o tempo para essa oração diária. De nada vale
começar com um momento longo para em
seguida abandoná-lo. Se você não está acostu
mado a rezar nem dez minutos, não adianta
dizer: "De agora em diante vou rezar durante
duas horas!". Comece com dez ou quinze mi
nutos, ou mesmo com cinco, devagarinho. Mas
aprenda a reservar todos os dias esses minutos
ao Senhor. Assim como você reserva um tem
po para visitar os amigos, para assistir à televi
são, para trabalhar, aprenda também a dar um
espaço especial para o Senhor em sua vida. Você
não vai perder tempo, mas ganhar.
Agora vem a questão que mais assusta as
pessoas: "O que fazer durante a oração, padre?
Vêm pensamentos...". Um grande santo dizia:
"Vêm pensamentos? Ótimo. Significa que você
está vivo". Não se preocupe com os pensamen
tos, com as distrações. Isso acontece com todas
as pessoas. Apenas volte para a oração, tran-
qüilamente. A dificuldade está em entrar na
presença de Deus? Três tipos de oração ajudam
nessa aproximação:
79
— a ç ã o d e g r a ç a s : trata-se de ir lembran
93
C apítulo IV
Entrando na
batalha
101
C apítulo V
Um grande perigo:
a nova era
109
AS CRENÇAS DA NOVA ERA E A BÍBLIA
As idéias e práticas da nova era não abar
cam somente a dimensão religiosa da humani
dade. Seus propagadores têm presente a neces
sidade de influenciar todos os campos do co
nhecimento humano com a finalidade precisa
de alcançar seus objetivos de uma humanidade
nova. Seguindo este propósito, marcam presen
ça nos mais diferentes setores para difundir suas
idéias: política, psicologia, arte, saúde, biolo
gia... A meta é preparar a era de aquário, que
será, segundo a nova era, um tempo de felici
dade e abundância, em que já não existirá a
influência negativa do cristianismo. Tal crença
entra em conflito com uma certeza fundamen
tal dada por Jesus a seus seguidores: "O céu e
a terra passarão, mas as m inhas palavras não
passarão" (Mt 24,35).
Essa esperança do nascimento de uma civi
lização sem o cristianismo põe em discussão um
ponto central: a questão da divindade de Jesus
Cristo. Para a nova era, Jesus não passa de um
mestre religioso, comparável a Buda, Confúcio,
Maomé ou tantos outros fundadores de corren
tes religiosas. Nessa linha de pensamento, todos
esses homens, incluindo Jesus, foram seres hu
manos capazes de encontrar seu "eu superior",
isto é, sua identidade divina.
A finalidade de um mestre espiritual seria
ajudar os seguidores de sua doutrina a desco
brir "sua divindade própria". O grave na nova
era é relativizar o sentido da vinda de Jesus
Cristo e, ao mesmo tempo, passar a impressão
110
de que o homem, por sua própria capacidade,
é capaz de encontrar a salvação.
A Escritura nos revela uma diferença primor
dial entre Jesus Cristo e outros homens religiosos
exemplares: Ele é o Filho único de Deus, confor
me as palavras de João 3,16: "Deus, com efeito,
amou tanto o mundo, que deu o seu Filho, o
seu único...". Ainda segundo a Escritura, Jesus
não é somente mais um mestre espiritual: "Eu sou
o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao
Pai a não ser por m im " (Jo 14,6). O homem
somente se torna filho de Deus por adoção em
Jesus Cristo: "Mas aos que O receberam, aos que
crêem em seu nome, ele deu o poder de se tor
narem filhos de Deus" (Jo 1,12).
A nova era não acredita em um Deus pes
soal distinto do homem e da natureza. Ela difun
de a heresia chamada panteísmo, a partir da qual
Deus é visto somente como uma força presente
em tudo, em que o homem e a natureza são
uma parte. Como conseqüência, o homem é divi
no. Desejar ser Deus foi o pecado de nossos pri
meiros pais. Em nossos dias, por meio da prega
ção da nova era repete-se a tentação da serpente:
"É que Deus sabe que no dia em que dele
comerdes, vossos olhos se abrirão e sereis como
deuses, possuindo o conhecimento do que seja
bom ou mau" (Gn 3,5).
Outro aspecto perigoso da nova era é aquele
que leva à convicção de que o homem somente
encontra salvação por si mesmo. O caminho con
sistiría no autoconhecimento, que tem por finali
dade a chegada ao eu verdadeiro, isto é, ao ser
m
divino. Sob este prisma, a nova era é um sistema
ateu, pois a salvação estaria na própria pessoa.
Para o cristianismo, ter fé não significa
somente crer em si mesmo, mas aceitar o pla
no de Deus para a vida de todos os homens.
"Ora, a vida eterna é que eles te conheçam
a ti, o único verdadeiro Deus, e àquele que
enviaste, Jesus Cristo" 0 ° 17,3).
A conseqüência da salvação realizada pelo
próprio homem é a perda da noção de pecado e da
própria obra realizada por Jesus na cruz. Se o pe
cado não existe, a missão de Jesus Cristo foi em
vão. São Paulo resume de modo claro a finalidade
da vinda do Filho de Deus: "Eu vos transmiti, em
primeiro lugar, o que eu mesmo recebera: Cris
to morreu por nossos pecados, segundo as Es
crituras" (ICor 15,3). O fato de Jesus ter morrido
pelos pecados dos homens não pode ser separado
do restante de sua obra. Todo o seu ministério foi
voltado para essa hora decisiva.
A morte redentora de Jesus na cruz tam
bém rebate outra crença forte na nova era: a
reencarnação. Esta doutrina ensina que o espí
rito de uma pessoa volta por diversas vidas para
pagar por erros do passado. O cristianismo crê
que a morte de Jesus foi suficiente para dar ao
homem a vida eterna. Em 1 João 5,13, lemos:
"Eu vos escrevi tudo isso para que saibais
que tendes a vida eterna, vós que tendes a fé
no nome do Filho de Deus".
A filosofia da nova era defende, ainda, toda
a busca de poder espiritual enveredando pelo
112
caminho da magia e pelo uso de determinados
objetos para alcançar cura ou iluminação. Ne
nhum poder da natureza tem algum poder em si
mesmo. Todo poder vem unicamente de Deus,
pois Ele é o Criador dos céus e da terra.
119
C a p ít u l o VI
A nova era
e a Igreja
A ORIGEM DA UNIVERSAL
Ela foi fundada em 1977 no Rio de Janei
ro, quando alguns membros da igreja evangé
lica de Nova Vida tomaram a decisão de iniciar
uma nova denominação. Entre estes estavam:
Edir Macedo, Romildo Soares (seu cunhado),
Roberto Augusto Alves entre outros.
Nos primeiros anos, a universal em nada se
diferenciou de outras igrejas evangélicas. Toda
via, aos poucos foi revelando para que estava
surgindo. Quatro anos depois de sua fundação,
Edir Macedo passou a usar o título de "bispo”.
A finalidade de tal decisão tinha um objetivo
mal-intencionado, revelado por Roberto Augusto
Alves em depoimento ao "Jornal da Tarde" de 2
de abril de 1991, p. 16: "Esse negócio de bispo
é só um título para envolver os católicos”.
O terreno estava sendo preparado com toda
a estratégia do lançamento de um produto feito
para agradar ao público, e não para realmente
pregar o evangelho. Quem faz um estudo mais
apurado dos cultos realizados por esta seita obser
va o cuidado de estar atento ao gosto da platéia.
Para alcançar mais facilmente as massas, usam-
-se artifícios que recordam e reforçam as crendi
ces e superstições do lugar onde a seita universal
se instala.
As correntes de fé
139
C apítulo VIII
Maria Santíssima na
batalha espiritual
141
* * •*
144
C apítulo IX
O mundo
vai acabar?
152
2" SINAL: CAOS POLÍTICO E SOCIAL
"Ouvireis falar de guerras e rumores de
guerras. Ficai atentos! Não vos alarmeis: é
preciso que isto aconteça, mas ainda não é
o fim. Pois, uma nação se levantará contra
outra e um reino contra outro" (Mt 24,6-7a).
A América do Sul está mergulhada na insta
bilidade política, na guerrilha, no crescente poder
dos traficantes de drogas, na violência nas cida
des... A África, assolada pela fome, pela guerra e
por todo tipo de doenças. Muitos dos ex-países
comunistas, como a Iugoslávia, estão se destruin
do entre tantas guerras, nas quais famílias são
separadas, mulheres violadas e milhares mortos
em nome da pureza da raça. Nos Estados Unidos,
crescem a pobreza, as diferenças entre brancos e
negros, os crimes brutais e a destruição do valor
da família. Também nessa grande nação, estão
crescendo o alcoolismo, o vício das drogas, a por
nografia... A Europa atravessa os mesmos proble
mas graves, trazendo incertezas a essa sociedade
outrora tão segura de seus valores.
Estamos vendo o mundo em convulsão.
Explodem por todos os lados os sinais de Deus.
155
A pêndice I
Exorcismo
EXORCISMO
SALMO 68(67)
\ 159
Governa-te o poder da excelsa Mãe de
Deus, a Virgem Maria, que desde o primeiro
instante de sua Imaculada Conceição esmagou
a tua mui orgulhosa cabeça por virtude de sua
humildade. — Governa-te a fé dos Santos, os
Apóstolos Pedro e Paulo, e os outros Apóstolos.
— Governa-te o sangue dos Mártires, e a pie
dosa intercessão de todos os Santos e Santas.
Assim pois, dragão maldito e toda a le
gião diabólica, nós vos conjuramos pelo Deus
t vivo, pelo Deus t verdadeiro, pelo Deus t
santo, pelo Deus "que tanto amou o mundo,
que chegou até lhe dar o seu Unigênito Filho,
a fim de que todos os que crêem nele não
pereçam, e vivam eternamente" (Jo 3). Cessa
de enganar as criaturas humanas e de convidá-
-las a beber o veneno da condenação eterna.
Cessa de prejudicar a Igreja e de travar a sua
liberdade. — Foge daqui, Satanás, inventor e
mestre de todos os enganos inimigos da salva
ção dos homens. — Retrocede diante de Cristo,
em quem nada tens encontrado semelhante às
tuas obras; retrocede diante da Igreja, una, san
ta, católica e àpostólica, que o Cristo mesmo
comprou com o seu sangue. — Humilha-te sob
a mão poderosa de Deus, treme e desaparece
diante da invocação que fazemos do santo e
terrível nome de Jesus, perante o qual estreme
cem os infernos; a quem estão submissas as
virtudes do céu; as potestades e dominações; a
quem os Querubins e Serafins louvam sem
cessar em seus cânticos, dizendo: Santo, Santo,
Santo, é o Senhor Deus dos exércitos.
160
C — Senhor ouvi a minha oração.
R— E meus clamores cheguem até vós.
C — E com o vosso Espírito.
R— O Senhor seja convosco.
ORAÇÃO
Deus do céu e da terra, Deus dos anjos,
Deus dos arcanjos, Deus dos patriarcas, Deus dos
profetas, Deus dos apóstolos, Deus dos mártires,
Deus dos confessores, Deus das virgens, Deus que
tem poder de dar a vida depois da morte, o
descanso do trabalho; não há outro Deus diante
de vós, nem pode haver outro além de vós mes
mo, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis
cujo Reino não terá fim: humildemente suplica
mos a vossa majestade se digne livrar-nos eficaz
mente e guardar-nos ilesos de todo o poder, laço,
mentira e maldade dos espíritos infernais. Por
Cristo Nosso Senhor. Amém.
Das ciladas do demônio, livrai-nos, Senhor.
Dignai-vos conceder à vossa Igreja a tran-
qüilidade e a liberdade necessárias para vosso
serviço, rogamo-vos, ouvi-nos, dignai-vos hu
milhar os inimigos da Santa Igreja, rogamo-
-vos, escutai-nos.
(Asperge-se com água benta o lugar
onde se recita o exorcismo).
161
1
A pêndice II
Livrai-nos do mal
O ENSINAMENTO BÍBLICO
1. Cf. Gn l,10ss.
2. Cf. Ef 1,10.
3. Cf. Santo Agostinho, Solilóquios.
4. Cf. ICor 2,9; 13,2; Rm 8,19-23.
5. Cf. Glória da liturgia da Missa.
164
o comportamento anormal das coisas em relação
à nossa existência, com a dor, com a morte, com
a maldade, com a crueldade, com o pecado, numa
palavra, com o mal? E não vemos quanto mal
existe no mundo, especialmente quanto mal
moral, ou seja, contra o homem e, simultanea
mente, embora de modo diverso, contra Deus?
Não constitui isto um triste espetáculo, um misté
rio inexplicável? E não somos nós, exatamente
nós, cultores do Verbo, os cantores do bem, nós,
crentes, os mais sensíveis, os mais perturbados
perante a observação e a prática do mal?
Encontramo-lo no reino da natureza, onde mui
tas das suas m anifestações, segundo nos
parece, denunciam -um a desordem. Depois,
encontramo-lo no âmbito humano, onde se ma
nifestam a fraqueza, a fragilidade, a dor, a morte,
e ainda coisas piores; observa-se uma dupla lei
contrastante, que, por um lado, quereria o bem e,
por outro, se inclina para o mal, tormento este
que São Paulo põe em humilhante evidência para
demonstrar a necessidade e a felicidade de uma
graça salvadora, ou seja, da salvação trazida por
Cristo6. Já o poeta pagão, Ovídio, tinha denuncia
do este conflito no próprio coração do homem:
“Video meliosa proboque, deteriora sequor"7. En
contramos o pecado, perversão da liberdade hu
mana e causa profunda da morte, porque é um
afastamento de Deus, fonte da vida8, e, também,
a ocasião e o efeito de uma intervenção em nós,
6. Cf. Rm 7.
7. Ovídio, Met. 7,19.
8. Cf. Rm 5,12.
165
e no nosso mundo, de um agente obscuro e inimi
go, o demônio. O mal já não é apenas uma defi
ciência, mas uma eficiência, um ser vivo, espiri
tual, pervertido e perversor. Trata-se de uma rea
lidade terrível, misteriosa e medonha.
Sai do âmbito dos ensinamentos bíblicos
e eclesiásticos quem se recusa a reconhecer a
existência desta realidade; ou melhor, quem
faz dela um princípio em si mesmo, como se
não tivesse, como todas as criaturas, origem de
Deus, ou a explica como uma pseudo-realida-
de, como uma personificação conceituai e fan
tástica das causas desconhecidas das nossas
desgraças.
O problema do mal, visto na sua comple
xidade e na sua absurdidade em relação à nos
sa racionalidade, torna-se obsessionante. Cons
titui a maior dificuldade para a nossa compreen
são religiosa do cosmos. Foi por isso que Santo
Agostinho penou durante vários anos: "Quaere-
bam unde malum, et non erat exitus": procu
rava de onde vinha o mal e não encontrava
explicação9.
Vejamos, então, a importância que ad
quire a advertência do mal, para a nossa justa
concepção cristã do mundo, da vida, da salva
ção. E o próprio Cristo quem nos faz sentir
essa importância. Primeiro, no desenvolvimen
to da história evangélica, no princípio da sua
vida pública: haverá quem não recorde a pági
166
na, tão densa de significado, da tríplice tenta
ção? E, ainda, em muitos episódios evangéli
cos, nos quais o demônio se encontra com o
Senhor e aparece nos seus ensinamentos101? E
como não haveriamos de recordar que Jesus
Cristo, referindo-se três vezes ao demônio, como
seu adversário, o qualifica como "príncipe des
te mundo”11? E a ameaça desta nociva presen
ça é indicada em muitas passagens do Novo
Testamento. São Paulo o chama de "deus deste
mundo”12 e previne-nos contra as lutas ocultas,
que nós, cristãos, devemos travar não só com
o demônio, mas com a sua tremenda pluralida
de: "Revesti-vos da armadura de Deus para que
possais resistir às ciladas do demônio. Porque
nós não temos de lutar (só) contra a carne e o
sangue, mas contra os Principados e Potestades,
contra os Dominadores deste mundo tenebro
so, contra os espíritos malignos espalhados pe
los ares”13.
Diversas passagens do Evangelho dizem-
-nos que não se trata de um só demônio, mas
de muitos14, um dos quais é o principal: Sata
nás, que significa o adversário, o inimigo; e, ao
lado dele, estão muitos outros, todos criaturas
de Deus, mas decaídas, porque eram rebeldes e
tinham sido castigadas15; constituem um mun
167
do misterioso, transformado por um drama
muito infeliz, do qual conhecemos pouco.
O INIMIGO OCULTO
Conhecemos, todavia, muitas coisas des
te mundo diabólico que dizem respeito à nossa
vida e a toda a história humana. O demônio é
a origem da primeira desgraça da humanidade;
foi o pérfido e fatal do primeiro pecado, o pe
cado original16. Com aquela falta de Adão, o
demônio adquiriu um certo poder sobre o ho
mem, do qual só a redenção de Cristo nos pode
libertar.
Trata-se de uma história que ainda hoje
existe: recordemos os exorcismos do batismo e
as freqüentes referências da Sagrada Escritura e
da liturgia ao agressivo e opressivo "domínio
das trevas"17. Ele é o inimigo número um, é o
tentador por excelência. Sabemos, portanto, que
este ser mesquinho e perturbador existe real
mente, e que ainda atua com astúcia traiçoei
ra; é o inimigo oculto que semeia erros e des
graças na história humana.
Deve-se recordar a significativa parábola
evangélica do trigo e da cizânia, síntese e expli
cação do ilogismo que parece presidir às nossas
contrastantes vicissitudes: "Inimicus homo hoc
fecit"18. É o "assassino desde o princípio... e pai
168
da mentira", como o define Cristo19; é o insidia-
dor sofista do equilíbrio moral do homem. Ele é
o pérfido e astuto encantador, que sabe insinuar-
-se em nós por meio dos sentidos, da fantasia, da
concupiscência, da lógica utópica, ou de desor
denados contatos sociais na realização da nossa
obra, para introduzir neles desvios, tão nocivos
quanto, na aparência, conformes às nossas estru
turas físicas ou psíquicas, ou às nossas profundas
aspirações instintivas.
Este capítulo, relativo ao demônio e ao
influxo que ele pode exercer sobre cada pessoa,
assim como sobre comunidades, sobre socieda
des inteiras, ou sobre acontecimentos, é um ca
pítulo muito importante da doutrina católica que
deve voltar a ser estudado, dado que hoje o é
pouco. Algumas pessoas julgam encontrar nos
estudos da psicanálise ou da psiquiatria, ou em
práticas de espiritismo, hoje tão difundidas em
alguns países, uma compensação suficiente. Re
ceia-se cair em velhas teorias maniqueístas, ou
em divagações fantásticas e supersticiosas. Hoje,
algumas pessoas preferem mostrar-se fortes, li
vres de preconceitos, assumir ares de positivistas,
mas, depois, dão crédito a muitas superstições de
magia ou populares, ou, pior, abrem a própria
alma — a própria alma batizada, visitada tantas
vezes pela presença Eucarística e habitada pelo
Espírito Santo! — às experiências licenciosas dos
sentidos, às experiências deletérias dos estupefa
cientes, assim como às seduções ideológicas dos
erros na moda, fendas estas por onde o maligno
169
pode facilmente penetrar e alterar a mentalidade
humana.
Não quer dizer que todo o pecado seja
devido, diretamente, à ação diabólica20; mas
também é verdade que aquele que não vigia,
com um certo rigor moral, sobre si mesmo21, se
expõe ao influxo do "mysterium iniquitatis",
ao qual São Paulo se refere22, e que torna pro
blemática a alternativa da nossa salvação.
A nossa doutrina torna-se incerta, obscure-
cida como está pelas próprias trevas que circun
dam o demônio. Mas a nossa curiosidade, exci
tada pela certeza da sua existência múltipla,
torna-se legítima, com duas perguntas: — Há
sinais da presença da ação diabólica e quais
são eles? —- Quais são os meios de defesa con
tra um perigo tão traiçoeiro?
A AÇÃO DO DEMÔNIO
A resposta à primeira pergunta requer muito
cuidado, embora os sinais do maligno às vezes
pareçam tornar-se evidentes23. Podemos admitir
a sua ação sinistra onde a negação de Deus se
torna radical, sutil ou absurda; onde o engano se
revela hipócrita, contra a evidência da verdade;
onde o amor é anulado por um egoísmo frio e
170
cruel; onde o nome de Cristo é empregado com
ódio consciente e rebelde24; onde o espírito do
Evangelho é falsificado e desmentido; onde o
desespero se manifesta como a última palavra
etc. Mas é um diagnóstico demasiado amplo e
difícil, que agora não ousamos aprofundar nem
autenticar; que não é desprovido de dramático
interesse para todos, e ao qual até a literatura
moderna dedicou páginas famosas25.
O problema do mal continua a ser um
dos maiores e permanentes problemas para o
espírito humano, até depois da resposta vitorio
sa que Jesus Cristo dá a respeito dele.
"Sabemos — escreve o Evangelista João
— que quem nasceu de Deus não peca, mas o
Gerado por Deus guarda-o, e o maligno não o
toca"26.
A DEFESA DO CRISTÃO
À outra pergunta, que defesa, que remé
dio há para combater a ação do demônio, a
resposta é mais fácil de ser formulada, embora
seja difícil pô-la em prática. Poderiamos dizer
que tudo aquilo que nos defende do pecado
nos protege, por isso mesmo, contra o inimigo
171
invisível. A graça é a defesa decisiva. A inocên
cia assume um aspecto de fortaleza. E, depois,
todos devem recordar o que a pedagogia apos
tólica simbolizou na armadura de um soldado,
ou seja, as virtudes que podem tornar o cristão
invulnerável27. O cristão deve ser militante; deve
ser vigilante e forte28; e, algumas vezes, deve
recorrer a algum exercício ascético especial, para
afastar determinadas invasões diabólicas; Jesus
ensina-o, indicando o remédio “na oração e no
jejum "29. E o Apóstolo indica a linha mestra
que se deve seguir: “Não te deixes vencer pelo
mal; vence antes o mal com o bem"30. Cons
cientes, portanto, das presentes adversidades em
que hoje se encontram as almas, a Igreja e o
mundo, procuraremos dar sentido e eficácia à
usual invocação da nossa oração principal: “Pai
nosso... livrai-nos do mal!" Contribua para isso
também a nossa Bênção Apostólica.
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ORAÇÃO