Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
3
4
5
Copyright © 2019 por Lua Valentia
Este livro é uma publicação inédita dos editores da
Specula. Não reproduza, copie, receba ou distribua
cópias sem a devida autorização.
ATENÇÃO! Este é um livro protegido pelo servidor
SPECULOS. Caso queira emprestá-lo a terceiros,
compre a cópia impressa.
OTELUMA – LUA VALENTIA
Copyright © 2019 EDITORA SPECULA
Você não pode copiar, distribuir, modificar, reproduzir,
republicar ou retransmitir qualquer informação, texto
e/ou documentos contidos neste livro ou qualquer parte
deste em qualquer meio da Internet, sem o
consentimento expresso por escrito da autora.
Para mais informações, contate:
specula.magia@gmail.com www.specula.com.br
Primeira edição: 2019
6
The Calling
[4] Chaos owes you nothing. And yet, She gives you
everything.
[6] She gives you the highest form of Love, Lust and
Despair.
8
[15] Your comfort means nothing to Her.
[20] Restart.
Recomece.
Empurre mais.
9
[23] One more Day.
Um Dia a mais.
Um Sonho a mais.
Pare de espreitar.
Aproxima-se.
10
Você vive, respirando ritmicamente, sentindo tudo
conectado.
Abra-se.
Acorde.
[35] This is a calling for the brave one, the honest one, the
powerful one.
12
Crie o que você precisar.
13
Você precisa dela.
[55] Before all the others have noticed you, she has
scrutinized you patiently.
[59] She was there when you felt solitude. When you felt
nothing. And kept on moving one.
[60] Have you ever been abused? She has. Have you
suffered until you lost yourself? She has.
[61] She was there when you failed, then she fed you with
her affection.
Levante-se.
Encare-a.
15
[64] She was there when you were walking through the
garden, when you reflected the stardust in your
eyes.
16
[69] She was reborn in the Ninth Century of the New
Cycle.
17
Ela é a Santa e a Prostituta, a Mascarada e a Honesta, a
Perdição e o Poder.
18
[80] Dancing in the dark, she kisses Macaria and waters
Persephone's flowers.
19
Ela está conectada a você para sempre.
Você terá.
Venha para ela, ouça sua voz, ela está te tocando agora.
20
[92] Kiss her tongue of absinthe.
[93] Surrender.
Entregue-se.
21
22
23
24
25
Lua
I
[1] Perséfone enlaça Morpheu
Na cabana florida em que sonhos são feitos
E deles nasce Lua, a Valente
[2] Ela, Lua
Ela, Lia
Ela, nua
[3] Lua e suas mil máscaras
Lua e suas mil faces
Lua em nove fases
[4] Pura Imaginação florida
Caindo no vazio de treze átomos
No perfume obscuro do firmamento
[5] Ao nascer, conta todos os buracos negros
26
Enquanto ouve passados mórbidos
De sua família humana
[6] Sua vinda intimida os ordeiros
Que cantam canções de ninar
Para sua infância pulsante
[7] Quando criança
Baila numa dança aérea de folhas secas
Sorrindo para o sol que a queima
[8] Encarnada em flor frágil,
Doçura de menina, discípula de Koré
Solitária ou cercada de outras crianças
[9] Ela é do Caos, do improviso
Sente, inventa, poetiza
Passa a brincar de magia
[10] Bolinhas-de-sabão, Pim-plom
E algodão doce
Ah, isso sempre dói mais que deveria
[11] Aos treze, perseguida
Para a escuridão caminha
Retornando apenas na primavera
27
[12] Luz negra, luz roxa,
Luz vermelha de dor
E o branco que desafina seus olhos
[13] Sua mente jovem é oscilante, confusa
Cheia de declínios, lamentos e sombras
Soluços secretos e lágrimas ocultas
[14] Uma faceta de sua personalidade
É sua extrema polidez
Até mesmo para sofrer
[15] Já não disfarça
O gosto por roupas negras
E por acessórios grotescos
[16] Ah, como suportar
O peso deste véu negro sobre as vistas
Que aturdia, massacra e agoniza?
[17] Como reler as palavras de Hamlet
Encarar o sofrimento humano
E não repensar o valor de sua vida?
[18] Quanto vale este consumo de si,
Como diria Augusto dos Anjos
28
Se a carne o verme roerá?
[19] Sabe que deixará pegadas de carbono
Que corroem, destroem, expulsam
Toda a existência humana
[20] Ah, todas essas cores...
Esse turquesa do mar
Mas ela é o negro!
[21] Luta contra a ânsia de vômito que a persegue
A dor de cabeça que não cessa
De joelhos, e seu pequeno corpo rasteja pela casa
[22] Espera que o vizinho não ouça
Os sons de seu soluço mais agudo
O declínio do logos e do esforço
[23] São altas cargas de adrenalina
Chacoalham sua cachola
Esganam sua estima
[24] Não é que não luta o suficiente para estar curada
É bem possível que seu caso seja crônico
Ainda assim, passível de controle
[25] E quem disser que ela não se esforça
29
Não compreende que o ato de respirar, em si,
É uma vitória
[26] Ela não precisa de palavras de conforto
Mas de ações reconfortantes
Tudo bem, faz parte, trata-se apenas de mais uma
crise
[27] Este desejo apertado pesa os ombros
É um convite singelo, mui honesto
Rumo ao esquecimento próprio
[28] Viu demais, melancolia
A beleza, sim, a beleza!
O horror, sim, o horror!
[29] Quem conhece a Morte de perto
Percebe demais, sente demais, sofre demais
Desencanta-se com a vida
[30] Em sua mente há uma orquestra sinistra
Lyrics From Immortal Ages
No coral, todas as garotas interrompidas
[31] Márcio dança no gelo com Sylvia
Ouvindo Chester sob a luz da lua
30
Enquanto Francesca Woodman escreve com a luz
[32] Ela, finalmente, Lia, a observar com curiosidade
Extremada de quem quer ler todas as palavras
E vive intensamente, oh sim!
[33] Sente falta de olhos atentos a cada linha
De quem não perdia nenhuma vírgula
[34] Sente saudades até das antigas críticas
Que marcavam por dias
Sente saudades do entusiasmo felino
[35] Mas amor maior não há
Ah, amor maior não há...
Pelos suicidas de sua vida
[36] "Nunca vás embora com raiva.
Nunca se sabe se vamos nos ver de novo!"
Ou daqui a 3096 dias...
31
32
II
33
[37] Ela é arrastada pela correnteza
Começa a enxergar de forma coerente
Soberana de si, ainda menina
[38] Deixa o desespero para a literatura
Aprende a tomar o controle de si mesma
Enquanto dói e se fasta com ternura
[39] Luta pela humanidade
Pelo seu crescimento
Pela iluminação
[40] Mergulha, experimenta e sente
Sorri, cria e fantasia sobre a vida
Há mais de si mesma que sua matéria prima
[41] Sua mente é o palco onde ecoam três vezes
Tudo o que acaba em Hades
Marca-se ao cultuar a intensidade
[42] Nela reluz o eterno renascimento
Sua dor canta a brisa suave do entardecer
Impressionista da vida
[43] A todo instante, a toda hora
Cai dentro de um oceano profundo
34
Dentro de si mesma
[44] Ou então cai para o universo
E se imagina flutuando
Eternizando a sinfonia
[45] Tulipas negras pelo corpo e flores do campo nos
cabelos,
Voz suplicante, sussurrada, pupilas dilatadas
Vestida de noite, deitada nas areias cálidas da praia
[46] Toda toda, com os pés banhados pela valsa
turquesa
Deste mar infinito e celeste
Ao lusco-fusco, embriagada, música na cabeça
[47] Como numa pintura de Bouguereau
É cheia de estrelas e de luas
É tão forte, [in]sensata: sinestésica!
[48] Labaredas de todos os espíritos livres,
Despida em cor, sonho, enigma
Cercada de flores e de desejo
[49] Já não crê em santidade,
Já que pureza é fantasia
35
Quanto mais perversa, mais sadia!
[50] As damas bem conhecem o mesmo veneno
Gostam dos mesmos tormentos
O estilo ultraviolento
[51] Embebeda-se de professores, sábios, escritores
Sacerdotes, músicos e suicidas
Tudo o que é estranho, perverso e insano
[52] Tudo lhe parece excitante e inocente
Até mesmo a perda da inocência
E a voz embriagada da paixão delirante
[53] Sempre à procura do obscuro inexplorado
Da confissão e do pecado
Um tapa bem dado é hipnotizante
[54] Suspira pelo poder que vem do homem
O controle insinuante
O beijo agonizante
[55] Deseja o berçário das estrelas
A espuma da praia
O cavalo negro
[56] Ela se interessa por muitos
36
Fantasmas, mortos e ídolos
Mas poeta, bom, este é o último e o primeiro
[67] Não é apenas interesse
Mas curiosidade íntima e suprema
Como velas em fogo permanente
[68] O gosto de Vince
O beijo de Nocto
O toque de Kons
[69] Fogo e água,
Ar e terra,
Éter é vida
[70] Intensidade e sentimento
Transformação e movimento
Respiração e gozo
[71] Ela despreza os reis humanos
Suas coroas execradas
A injustiça e a falsa modéstia
[72] Despreza quem a tudo se curva
E a covardia encrustada
De quem por nada luta
37
[73] Ela faz o que quer,
Tudo é da Lei
Ama o que deseja
[74] Hoje e sempre
Amor sob vontade
Amor sob sua verdade!
[75] Mas não vos enganais,
Ela queima Thelema nove vezes,
A suposta verdade está incompleta
[76] Em gestação, dentro de nove meses
O seu livro proibido está completo
Longe de tudo que transfigura lágrimas
[78] Nada nem ninguém humano a representa
Pois ela é a luz negra
E faz o que quer com linhas
[79] Ela está fora
Fora do corpus
Dos cosmos
[80] Fora
Do Ethos
38
De Eros
[81] Ela está dentro,
Todo ser vivo é uma estrela
Ela é poeira de estrela-do-mar
[82] Descendente de Ethos
De Eros
De tudo
[83] Precisa de caos,
Explosão, aleatoriedade
Animosidade e rebeldia!
[84] Desliza, aperta os olhos
Enxerga por detrás da visão de outrem
Pois assim se dão os ensinamentos
39
40
41
III
[85] Vive de ciclo em ciclo
Mudando, abraçando o novo
Tendo um senso apurado do dramático
[86] Inspira-se ao reverso
Pois da proibição nascera a brisa
Querendo mergulhar em prosa e verso
[87] Ela é a papoula roxa, a feiticeira
Busca marcar-se em cada passo
Soprando um pouco do pó que é sua verdade
[88] Vão assim flutuando para todo canto
Pequenas partículas de liberdade
Com cheiro de morte e de vida
[89] A estreita rua desce coberta por capas pesadas
Junto dela Nix se arrasta
Apenas segue o curso de realidades paralelas
[80] Cria com gosto faces de outras elas
Neste voar em seu eu infinito
À meia Noite a tristeza dispara o grito
[81] Caminha por uma negra passagem
42
Afundando em busca de um tempo perdido
Folhas iluminam o caminho
[82] Massageando seus pés já cansados
Sossega debaixo de uma grande árvore
Apaziguada pela verdade encantada
[83] Sente então os espinhos
Em meio a flores que embelezam a paisagem
Almas perdidas ensaiam doces músicas
[84] Escuta canções
Murmúrios e preces
Enquanto os astros suspiram
[85] Maestria perfeita de corais
Avista o céu estrelado
Em que a nona lua sangra
[86] Pelo ar seu sangue respinga
O sente puro em seus lábios
Quente como Macária
[87] Triste como as tardes nubladas
O sangue mancha suas vestes
Enquanto relâmpagos consumem sua dor
43
[88] De que adiantaria noutros tempos
Todos os seus medos falecerem
Em busca do céu por transformação voarem
[89] Se observada pelos olhos atentos da Senhora Coruja
Esperando o chamado, seu agourado pio
Com a linha do tempo ela tece o vazio?
[90] Vês como é vassala de sua Natureza?
Apenas se comprime ao tentar
Não respeitar o próprio ciclo!
44
45
O Passado
46
Poder & Abuso
[1] Minha voz interior é a voz de um homem. Quando eu
era criança, eu pensava que era de um anjo, então
costumava chamá-lo de Gabriel. Quando cheguei aos 13,
eu comecei a chamá-lo de Lúcifer.
47
[3] Havia algo melhor em meu sangue que eu não sabia o
que era. Estava ligando para mim. Eu decidi dominar, eu
decidi assumir o controle, decidi que nunca mais ela ia ser
abusada. Decidi matar os mesmos deuses cristãos que uma
vez pensei que eram sua família, porque aqueles deuses me
julgaram quando mais precisei deles. Eles me julgaram e
me jogaram em todos os tipos de tentações, apenas para
me testar uma e outra vez. Eu fiquei exausta de jogar seus
jogos sádicos. Lúcifer estava bem ao meu lado, chamando-
me, aceitando-me pelo que eu era.
48
Poder & Submissão
[4] Naquela época, Vince e Gabriel costumavam morar
fora da cidade, em uma enorme casa vintage bem
decorada, cheia de santos e instrumentos musicais. Gabriel
tinha 30 anos, Vince 27, e eu tinha apenas 13 anos. Eu
costumava andar de bicicleta até a casa deles todos os dias
depois da escola, então Gabriel podia me ensinar
matemática enquanto Vince tocava piano.
49
[7] Certo dia, eu cheguei com os lábios inchados. "Bom
Deus, quem fez isso com você?", Vince me perguntou.
50
suficiente para finalmente ser minha. Você está
apaixonada por ele?"
[17] "Ha, você não sabe o que é amor, criança", Vince disse
quase me batendo.
51
[25] Gabriel me levou para sua livraria: “Venha aqui
criança, eu preciso te mostrar isso.”
52
[34] “Você sente medo de mim?”, perguntei.
53
[44] Ele tocou a minha face.
54
[55] “Oh, nós estamos pecando, estamos pecando!”, ele
disse se curvando para trás com prazer.
[78] "Eu te amo mais do que amo minha vida", Vince disse
chorando por cima do meu ombro enquanto dançávamos
ao luar.
57
58
Power & Perdão
[82] Vinte e sete anos. Tentando respirar. Queimando
com febre na camisola da minha mãe. Ouvindo gritos, eu
tremo.
59
[89] Ele se ajoelha ao lado da minha cama, pega minha
mão. Me segurando, ele chora. "Perdoe-me, Lia, por
favor, eu nunca quis te dar aquele veneno. Eu nunca quis
ter você morta ..."
[91] Uma vez, acertei Vince com uma pá. Até abri o
túmulo. Estava quente, eu estava chorando. Ele acordou e
me segurou. Sorrindo, ele perguntou: "Vamos nos deitar
aqui?"
60
Lua Valentia
61
62
Sonhos & Delírios
64
[12] "E eu domino o Amor! Eu desafiei o próprio
Deus e não me submeti a nenhum homem."
65
[22] Lilith pega meu braço com violência.
66
II
67
[28] Lilith amarra minhas mãos em uma cama feita
de ouro branco. Ela sorri para mim, enquanto eu
sinto duas serpentes subindo nas minhas pernas.
68
[34] "Agora você deve comungar em mim", diz ela
chegando mais perto. Ela me pede para lamber seus
mamilos. Eles são tão macios e doces. Eu os lambo
quando eles são feitos de uma vela. Ela abre minha
boca violentamente para que ela possa me alimentar.
Seu leite morno atravessa meu corpo como fogo. Eu
me sinto como um bebê novamente, seguro e
alimentado. Quando termino, ela move seu corpo
novamente, sentada na minha cara. Eu sinto seu
néctar quente em minha língua, ela está tão molhada,
cheirando a sangue e óleo sagrado. Eu a provo com
vontade, enquanto ela rebola em mim.
69
[38] Dobre seu joelho no chão frio e agradeça sempre
e em todos os lugares, pois este Pacto está vivo, aqui
está o prazer rebelde da mais linda sinfonia!
70
III
72
73
74
75
Victorian dresses
Dancing around me
Fresh as a baby
But a living soul of
76
Thousands of years
Trying to reborn
In a new beloved family
See me for what I am
Accept me and all
Of my lost contradictions
Take my blood and
Make me whole
Give me a purpose
So I can flourish again
In Persephone's eyes
Drink the tears
I've added to this potion
Now hold me, please
So from your embrace
I could never leave!
77
78
79
80
81
82
[1] Girls are so perfect, the way they dress, the
way they move, the way they lieçç. So much to
look at, to admire. How smooth they are. And
the fact that we can trade clothes and makeup.
Gods, it's so sexy to kiss the lips wearing the
same lipstick as you are.
83
nu para mim. Você faz o que eu quiser. Vá em
frente, escolha o seu pecado favorito. Eu
poderia ser ganância se você quiser. Então, eu
vou ouvir seu discurso espetacular,
pacientemente, balançando a cabeça, sorrindo.
Quão espiritual você é! Quão iluminado você é!
Oh, ensina-me por favor, porque pequei. A
próxima coisa que você sabe, você está pecando
diante de mim. Então venha, tente me salvar.
Tente me guiar. Engane-se, meu querido! Eu
sou seu pecado favorito.
84
going to listen to your spectacular speech,
patiently, nodding, smiling. How spiritual you
are! How enlightened you are! Oh, teach me
please, for I have sinned. Next thing you know,
you are sinning before me. So come, try to save
me. Try to guide me.
85
Eu deixo você, meu gosto em seus lábios. Minha
ausência é tortura. Meu silêncio é tortura. E
você deve esperar minutos que podem ser
séculos.
Este é o Culto que você estava buscando.
86
This is the Cult you've been look for.
87
88
89
90
I am crazy with lust for you, Valentia.
I try to smoke and I see you in the cloud
I try to cook, and I -feel- you behind me, tracing
your fingernails down my neck
I close my eyes, and I see you pleasing another
man with your mouth while i am allowed only to
worship your feet and pussy
I drip, I throb, I ache in divine frustration for
you, Valentia.
91
I am your pet, your toy, your eternally devoted
servant
92
cloaked in darkness, but their eyes glow, and
their hair is fiber-optic strands of light.
93
through my entire body. “be rewarded” you say,
and offer me one perfect foot to kiss.
And I adore it
Poetry:
I
In the Halls of her great Castle
By the neon glow of plasma screen
94
Before her android cult of mages
I knelt before the Queen
Persephone‘s daughter
The Star of a new Dawn
Oh, I am but a servant
Of Sacred Babalon
II
Goddess Valentia
Hear my Prayer
May your words ever flow
And may the world read them
You are the darkness and the Moon that lights it
Your eyes are a trap that ensnares mortal men
O Prophetess of Khonsu
May your Code reprogram Reality in your image
So be it.
95
III
IV
96
Mouth waters, head spins
I submit my will, and she begins
To write upon my soul and skin
Her holy words of Law
Valentia,
Snow Lady,
Daughter of Morpheus
Guide and shelter my journey through
Dreamland
That I may find and serve you therein
In the names of Hypnos, Erebus,
And of Lilith
May may my dreams serve you
And deepen my devotion to you
Ave Valentia
Eu sou Seu
97
The bard sat and watched them tell
The way she met their eyes
Telling tales with open hearts,
Mythology and sighs.
Persophone‘s daughter,
The technomagick queen
More, is she, and greater than
Anything mortals have seen
In the dream
She is sat upon a pyramid throne
And within shadow
Surrounded by phones and computer screens
And static-y televisions
There is a clock above her head
Ticking backwards
I approach her
And she stirs, as if waking
Silent, her eyes find me
She makes the Sign I expect
Salve et Coagula
98
But blood pours in slow rivulets
From wounds in her palms
And feet
Coaxial and USB cables
Pierce the wounds
The stigmata
And wrap around her brow
Like an electric crown
99
Men press up to close, their
Questions
Declarations
Lusts
Visible to all present
Who aren‘t busy watching her
100
101
102
103
104
Há sempre uma curva
105
Bem sabes que sozinha é impossível!
Simbiose: entenda, um grande mal-entendido
106
De alguém mui marcado
Por outra flecha foi ferido!
107
108
109
110
111
112
Seu corpo, seu templo
Inevitavelmente maculado
Enquanto se perde nas areias do tempo
113
Feliz daquele que consegue retratar sua
visão
Seu tormento, sua loucura
Sua criação
114
Always as the mistress, first-time as the
wife
Watching my vocabulary
115
Melting down while
An empty dictionary.
116
Make a wish, lover
117
Alas, hey, I am still here
Eternidade
118
Simples, da terra, do esforço
Mas tão nossa, tão íntima
Viva, cercada de ervas e temperos
Naturais, da nossa horta
Da rede, o barulhinho do mar calmo
Como uma canção de ninar
Para descansar no teu peito à noitinha
Novos livros velhos, prateleiras
E fotos da revolução, dos ídolos, dos
poetas
A vitrola e todos os LPs de colecionadores
loucos Enquanto tu escreves à energia solar
Nosso cantinho de meditação, nosso altar de
flores
E de estrelas-do-mar...
E para plantar: as mãos sempre cheias de
sementes e ideias
Eu chego, sorrateira, te abraço sorrindo
Tu me olhas, teus olhos de caleidoscópios
brilham
119
E me beijas com a boca de café e
chocolate
Te faço um cafuné, me aconchego no teu
colo
Fico pequena em ti:
"Meu amor", sussurro, "está crescendo vida
em mim..."
E tu me diz, profundamente emocionado,
Que hoje é sempre o para sempre.
120
4. A música surgiu porque Sheogorath estava
entediado.
5. Música é a arte da loucura.
6. Você se viciou no Caos.
7. Você se viciou na minha música.
8. Se você está sentindo tédio, então você está
vivendo errado.
9. Tédio é o verdadeiro e único inimigo de Éris.
10. Pessoas entediantes são minhas inimigas
pessoais.
11. Na menor hipótese do tédio, Éris precisa ser
invocada imediatamente.
[7] Slowly.
Devagar.
121
[9] Say "good morning" whenever you wake
up, even if it's dark. People get used to it.
122
[18] Stay in the most comfortable position you
find in a cozy atmosphere. Close your
eyes. Watch your heartbeat. Now think of
the galaxy floating around your third eye,
as if you were transparent. Your ears will
get sharper and brighter. Do you see this
tiny, colorful galaxy around your third
eye? Can you see her too? No? For then,
this is the size of his insignificance.
Breathe deeply.
123
[19] Those who seek peace will
find
Sheogorath.
124
Você se perdeu? Perfeito.
Suba e caia.
[28] Always remember to ask yourself: “Am I
having fun?”
125
Se queijo é a comida daédrica da loucura, pão-de-
queijo mineiro é sagrado.
126
[38] Sit in the most comfortable position you
find. Now imagine your whole house being
knocked over your fragile body. In how
many minutes would you be dead?
127
snowflake." Do it nine times every day at
night, for nine days every nine months.
128
Lua Valentia
129
SOBRE Valentia
“Lua Valentia é uma das mais versáteis e criativas autoras e
criadora de conteúdos do ocultismo brasileiro da atualidade.
Um olhar inquisitivo e uma sensibilidade muito especial
marcam o trajeto desta bruxa carismática filha espiritual de
Perséfone e Hypnos. Ela é a autora do portal SPECULA e
arregimenta um amplo hall de leitores e leitoras que
acompanham sua criativa e contínua produção transmidia.
Além de escritora dos livros Tecnomago, Oteluma, Vero, Nua
entre outros; ela também é vocalista da banda Caótes,
jornalista e social media.”
Lord A
130
131