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ISSN:2318-8065
Ricardo Ribeiro 1
Clélia Peretti 2
Resumo: Este artigo abordou alguns aspectos da importância do trabalho da mulher na Igreja.
Essa reflexão ocorreu a partir de uma análise dos documentos das Conferências Episcopais
Latino-Americana, considerando-se, sobretudo o período de 1955 a 2007. Para tanto, fez-se a
leitura dos documentos mencionados destacando-se as referências à mulher, bem como seu
papel na família, Igreja e sociedade, objetivando uma melhor compreensão do que propõe cada
Conferência na temática abordada e analisando o distanciamento entre a teoria e prática, a fim
de que sejam encurtadas essas distâncias na medida em que novos caminhos são considerados.
1
Bacharel em Teologia pela PUCPR, e-mail: ricardo.ribeiro@pucpr.br
2
Professor do Curso de Teologia da PUCPR, e-mail: cpkperetti@gmail.com
O Documento de Medellin afirma que os pais de família são os primeiros e principais educadores. “A
família é a escola do mais rico humanismo” (GS 52). “A família recebeu diretamente de Deus a missão de ser
célula primeira e vital da sociedade” (AA 11,3). Os esposos cristãos são para si mesmos, para seus filhos e
demais familiares, cooperadores da graça e testemunhas da fé. “São para seus filhos os primeiros pregadores e
educadores na fé” (AA 11), e devem “inculcar a doutrina cristã e as virtudes evangélicas aos filhos amo-
rosamente recebidos de Deus” (LG 41, 5).
É preocupante, no entanto, o crescente e alto índice de desagregação familiar, seja pelo divórcio tão
facilmente aceito e legalizado, seja por abandono do lar, quase sempre por parte do pai. Muitas mulheres por
um ou outro motivo assumem o papel de pai, de provedor, de educador da família, sobretudo na fé.
Infelizmente, não se podem aferir diretamente as questões relativas aos provedores masculinos para as
mulheres provedoras, uma vez que o contexto das decisões difere em muito do que se encontra na realidade
prática de nossas comunidades. Nosso desejo é que quando falamos leigos no masculino, pudéssemos
subentender também as mulheres leigas, haja vista que nas nossas comunidades a maioria das lideranças é
feminina. Mas isso também levantaria questionamentos controversos.
Para a Conferência de Medellin, os leigos, como membros da Igreja, participam da tríplice função
profética, sacerdotal e real do Cristo, em vista da realização da sua missão eclesial. Todavia, realizam
especificamente esta missão no âmbito do temporal, em vista da construção da história, “exercendo funções
temporais e ordenando-as segundo Deus” (LG 31).
Conscientes das exigências da fé e vigorizados por suas próprias energias empreendam, sem
vacilar e quando sejam necessárias, novas iniciativas e levem-nas a bom termo [...]. Não
pensem que seus pastores estejam sempre em condições de poder dar-lhes de imediato
soluções concretas em todas as questões, por mais graves que surjam. Não é esta sua missão.
Os leigos são chamados por Deus para que, desempenhando sua própria profissão e guiados pelo
espírito evangélico, contribuam para santificação do mundo, agindo como fermento na massa. “A eles
corresponde iluminar e ordenar as realidades temporais, às quais estão estreitamente ligados” (LG, 31). Resta
saber exatamente até que ponto as mulheres entram nas definições de leigos aqui apresentados, uma vez que
tais conceitos se vêem constantemente sujeitos a questões sociopolíticas e culturais. Apesar de afirmar que o
apostolado leigo terá maior transparência de sinal e maior densidade eclesial, quando apóia seu testemunho
em equipes ou comunidades de fé, nas quais o Cristo prometeu especialmente estar presente (Mt 18,20), e
que os leigos, por seu sacerdócio comum, gozam na comunidade do direito e têm o dever de contribuírem
com uma indispensável colaboração para a ação pastoral (AA, 3) não é clara o reconhecimento da presença
das mulheres nestes serviços, muito menos sua importância como líderes nas CEBs.
O mesmo documento ainda cita que na Igreja, todos são chamados à santidade (LG 39), tanto os que
pertencem à hierarquia como os leigos e os religiosos. Essa santidade se realiza mediante a imitação do
Senhor, no amor. Pelo batismo o cristão inaugura sua configuração com o Cristo (LG 7) que, em seguida, pela
ação de Deus e pela fidelidade a pessoa crescerá até chegar à idade perfeita da plenitude de Cristo (LG 7). O
que por suas implicações, se estende a todos os cristãos. Porém não é declarado de forma explícita e, na
maioria das vezes, ignorado quando se trata de questões de gênero. Uma prova disso é que ao tratar-se de
uma comunidade e/ou paróquia, ao se perguntar pelo responsável, a única resposta é o nome do padre
designado ou de uma figura masculina, ainda que a maioria dos que trabalhem ali efetivamente sejam
mulheres.
Recordamos antes de tudo que “a vida religiosa leiga, tanto para os homens como para as mulheres,
constitui em si mesma um estado completo de profissão dos conselhos evangélicos” (Medelin 12). Os
religiosos leigos poderão prestar frequentemente um apoio valioso ao ministério hierárquico. Deste modo é
que adquire especial importância, na situação atual, o trabalho que realizam as religiosas encarregadas de
paróquias nos lugares em que a presença do padre não é permanente (Mdelin 10 e 30)
O Documento comenta sobre os primeiros frutos das CEBs, os ministérios confiados aos leigos:
animação de comunidades, catequese, missão. Dentre as questões levantadas, ressalta que florescem
igualmente outros grupos eclesiais de cristãos formados por leigos de um e outro sexo: à luz do Evangelho eles
refletem sobre a realidade que os rodeia e buscam formas originais de exprimir sua fé na palavra de Deus e de
pô-la em prática (DP 99).
Enquanto em outras partes o Documento faz menção às mulheres, aqui ele cita-as diretamente:
A mulher merece uma menção especial: tanto a religiosa quanto a dos institutos seculares e
as simples leigas participam atualmente, cada vez mais, das tarefas pastorais, embora, em
muitos lugares, ainda exista o medo desta participação (DP 126).
Puebla enfatiza a ação dos cristãos evangelicamente comprometidos e declara “a Igreja pode
completar sua missão de Sacramento de salvação tornando-se instrumento do Senhor, que dinamize
eficazmente em direção a ele a história dos homens e dos povos” (DP 280).
Ao falar da Mãe do Nosso Salvador, a Conferência cita: “Maria é mulher”. É “a bendita entre todas as
mulheres”. Nela dignifica Deus a mulher elevando-a a dimensões inimagináveis. Em Maria o Evangelho
penetrou a feminilidade, redimiu-a e exaltou-a. Isto é de importância capital para nosso horizonte cultural, em
que a mulher deve ser valorizada muito mais e em que suas tarefas sociais se estão definindo com mais clareza
e amplidão. “Maria é uma garantia para a grandeza da mulher, mostra a forma específica do ser mulher, com
essa vocação de ser alma, dedicação que espiritualiza a carne e que encarne o espírito” (DP, 299).
A emergência das mulheres nas sociedades e na Igreja não significa a entrada delas na história. Elas
sempre estiveram presentes. Trata-se da irrupção de uma nova consciência das causas históricas da
A entrada recente da mulher na teologia é um fato relevante na Igreja. Representa uma ruptura
cultural. Ainda que sempre existissem mulheres que fizeram teologia, predominantemente foram os homens
(e clérigos) que realizaram essa tarefa. As mulheres foram sistematicamente silenciadas, no âmbito da
construção do saber, da tarefa de definir o mundo e o sentido da vida humana e da sociedade (FIORENZA,
1995).
No Documento em questão ressalta-se o lugar importante que as pessoas leigas podem ocupar
quando, individualmente convocados a prestar serviços em instituições eclesiais. Atuam por vocação na Igreja
e no mundo e estando fiéis a Cristo estão comprometidos na construção do Reino em sua dimensão temporal.
Em íntima comunicação com seus irmãos leigos e com os pastores, nos quais vêem seus mestres na fé, o leigo
contribui para construir a Igreja como comunidade de fé, de oração, de caridade fraterna e faz isto por meio
da catequese, da vida sacramental, da ajuda a seus irmãos. Embora se fale da mulher em várias partes do
documento, como religiosa, no lar, etc., e considerada aqui sob o aspecto de sua contribuição concreta para a
evangelização no presente e no futuro, nas famílias a mulher se vê sobrecarregada pelas tarefas domésticas,
trabalho profissional e por vezes, deve assumir todas as responsabilidades devido ao abandono do lar por
parte do marido.
Análise Bíblica da Conferência - Na análise realizada, a mulher, bem como o homem, é imagem de
Deus. “Deus criou, pois o ser humano à sua imagem criou-os à imagem de Deus homem e mulher os criou” (Gn
1,27). A tarefa de prosseguir na obra da criação, de serem com Deus co-criadores, cabe, pois tanto à mulher
como ao homem.
Já no Antigo Testamento nos deparamos com mulheres que exerceram papéis relevantes no povo de
Deus, como Maria a irmã de Moisés, Ana, as profetiza Débora e Hulda, Ruth, Judite e outras (DP 842). Na
Igreja, a mulher participa nos dons de Cristo e difunde seu testemunho pela vida de fé e caridade, como a
samaritana; as mulheres que acompanharam o Senhor e o assistiram com seus bens; as mulheres presentes no
Calvário; as mulheres que anunciam aos apóstolos que Jesus ressuscitara; as mulheres das primeiras
comunidades cristãs (DP 843). A salvação nos chega através de uma mulher. “Jacó gerou José, o esposo de
Maria da qual nasceu Jesus chamado Cristo” (Mt 1,16).
Segundo o Apóstolo Pedro, “Vossa missão é a de serdes arautos da esperança”, (1Pd 3,15). Essa
esperança que se apoia nas promessas de Deus, na lealdade à sua palavra e tem como confiança
inquebrantável a ressurreição de Cristo, sua vitória definitiva sobre o pecado e a morte, primeiro anúncio e
raiz de toda a evangelização, fundação de toda a promoção humana, princípio de toda a autêntica cultura
cristã, que não pode deixar de ser a cultura da ressurreição e da vida, vivificada pelo sopro do Espírito de
Pentecostes.
Na Igreja há um aumento considerável dos grupos de oração, movimentos apostólicos, formas novas
de vida e de espiritualidade contemplativa, e diversas expressões da religiosidade popular. Homens e mulheres
tomam consciência de sua função pastoral em suas diversas formas. Cresce o interesse pela Bíblia, que exige
uma pastoral bíblica adequada que dê aos fiéis leigos critérios para responder aos seus questionamentos. O
sujeito da Nova Evangelização é toda a comunidade eclesial segundo sua própria natureza: nós, os Bispos, em
comunhão com o Papa, nossos presbíteros e diáconos, as religiosas e religiosos, e todos os homens e mulheres
que constituímos o Povo de Deus (Santo Domingo, 25).
Grande parte das CEBs é animada por mulheres - CEBs animada por leigos, homens e mulheres
adequadamente preparados no mesmo processo comunitário; os animadores estarão em comunhão com o
pároco respectivo e o bispo. “As Comunidades Eclesiais de Base devem caracterizar-se, sempre, por uma
decidida projeção universal e missionária que lhes inspire um renovado dinamismo apostólico” (João Paulo II,
Discurso inaugural, 25). “São sinal da vitalidade da Igreja, instrumento de formação e de evangelização, um
ponto de partida válido para uma nova sociedade fundada sobre a civilização do amor” (Redemptoris Missio,
51). Neste contexto, o Documento de Santo Domingo nos fala sobre as virgens consagradas a Deus pelo bispo
diocesano, esposas místicas de Jesus Cristo, que se entregam ao serviço da Igreja (Código de Direito Canônico,
604,1).
Até aqui se reconhece a importância da presença dos leigos na tarefa da Nova Evangelização que
conduz à promoção humana e chega a informar todo o âmbito da cultura com a força do Ressuscitado, nos
permite afirmar que uma linha prioritária de nossa pastoral, fruto desta IV Conferência, há de ser a de uma
Igreja na qual os fiéis cristãos leigos sejam protagonistas. Um laicato, bem estruturado com uma formação
permanente, maduro e comprometido, é o sinal de Igrejas particulares que têm tomado muito a sério o
compromisso da Nova Evangelização.
Medellín reconheceu nas Comunidades Eclesiais de Base uma célula inicial de estruturação eclesial e
foco de fé e evangelização. Puebla constatou que as pequenas comunidades, sobretudo as comunidades
eclesiais de base, permitiram ao povo chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso
social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos. Os
bispos, em Santo Domingo, alentam a fazer da pastoral familiar “prioridade básica, sentida, real e atuante”.
Dentro do território paroquial, a família cristã é a primeira e mais básica comunidade eclesial. Nela se
vivem e se transmitem os valores fundamentais da vida cristã. Ela é a “Igreja doméstica”. Aí, os pais
desempenham o papel de primeiros transmissores da fé a seus filhos, ensinando-lhes através do exemplo e da
palavra, a serem verdadeiros discípulos missionários. Ao mesmo tempo, quando essa experiência de
discipulado missionário é autêntica, “uma Família se faz evangelizadora de muitas outras famílias e do
ambiente em que ela vive”. Isso age na vida diária “dentro e através dos atos, das dificuldades, dos
acontecimentos da existência de cada dia”. O Espírito, que faz tudo novo, atua inclusive dentro de situações
irregulares, nas quais se realiza um processo de transmissão da fé, mas temos de reconhecer que, nas atuais
circunstâncias, às vezes esse processo se encontra com muitas dificuldades. Não se propõe que a Paróquia
chegue só a sujeitos afastados, mas à vida de todas as famílias, para fortalecer nelas a dimensão missionária.
Os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro com o testemunho
de vida e, em segundo lugar, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de
apostolado, segundo as necessidades locais sob a guia de seus pastores. Estes estarão dispostos a abrir para
eles espaços de participação e confiar-lhes ministérios e responsabilidades em uma Igreja onde todos vivam de
maneira responsável seu compromisso cristão. Aos catequistas, ministros da Palavra e animadores de
comunidades que cumprem magnífica tarefa dentro da Igreja, os reconhecemos e animamos a continuarem o
compromisso que adquiriram no batismo e na confirmação (DA. 211).
Dizia o papa João Paulo II, que a evangelização do continente não pode realizar-se hoje sem a
colaboração dos fiéis leigos. Isso exige, da parte dos pastores, maior abertura de mentalidade para que
entendam e acolham o “ser” e o “fazer” do leigo na Igreja, que por seu batismo são discípulo e missionário de
Jesus Cristo. Em outras palavras, é necessário que o leigo seja levado em consideração com espírito de
comunhão e participação. Nesse sentido, a ação é generalizada a todo cristão, sem a especificidade de gênero.
Para o documento a família, “patrimônio da humanidade”, constitui um dos tesouros mais valiosos dos
povos latino-americanos. Ela tem sido e é o lugar e escola de comunhão, fonte de valores humanos e cívicos,
lar onde a vida humana nasce e se acolhe generosa e responsavelmente. Para que a família seja “escola de fé”
e possa ajudar os pais a serem os primeiros catequistas de seus filhos, a pastoral familiar deve oferecer
espaços de formação, materiais catequéticos, momentos celebrativo, que lhes permitam cumprir sua missão
educativa. A família é chamada a introduzir os filhos no caminho da iniciação cristã. A família, pequena Igreja,
deve ser junto com a Paróquia, o primeiro lugar para a iniciação cristã das crianças. Ela oferece aos filhos um
sentido cristão de existência e os acompanham na elaboração de seu projeto de vida, como discípulos
missionários.
A Antropologia cristã ressalta a igual identidade entre homem e mulher em razão de terem sido
criados à imagem e semelhança de Deus. O Mistério da Trindade nos convida a viver uma comunidade de
iguais na diferença. Em época de marcado machismo, a prática de Jesus foi decisiva para significar a dignidade
da mulher e de seu valor indiscutível: falou com elas (Jo 4,27), teve singular misericórdia com as pecadoras (Lc
a) Incentivar a organização da pastoral para que haja um desenvolvimento nos âmbitos eclesiais e sociais o
“gênero feminino” e promova o mais amplo protagonismo das mulheres.
b) Assegurar a presença da mulher nos ministérios eclesiais confiados aos leigos, valorizando a contribuição da
mulher.
c) Acompanhar as associações femininas que lutam para superar situações de vulnerabilidade ou de exclusão.
d) Elaboração de políticas públicas e lei que permitam harmonizar a vida profissional da mulher com seus
deveres de mãe de família (DA 458).
No Brasil, na medida em que mulheres cristãs se infiltraram em movimentos sociais contra a pobreza e
a marginalização, buscando melhoria nas condições de vida, muitas delas também tiveram contato com
movimentos associados ao feminismo, e trouxeram para as comunidades, juntamente com as questões sociais,
questões de gênero, na prática e na linguagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na família e na construção do mundo, hoje, ganha terreno uma maior solidariedade entre homens e
mulheres, mas fazem falta passos mais concretos rumo à igualdade real e à descoberta de que ambos se
realizam na reciprocidade. Tanto na família como nas comunidades eclesiais e nas diversas organizações de
um país, as mulheres são quem mais se comunicam, sustentam e promovem a vida, a fé e os valores. No
discurso de abertura da Conferencia de Santo Domingo, o papa João Paulo II fala que elas têm sido durante
séculos “o anjo da guarda da alma cristã do continente” (Santo Domingo).
Desenvolver a consciência dos sacerdotes e dirigentes leigos para que aceitem e valorizem a mulher na
comunidade eclesial e na sociedade, não só pelo que elas fazem, mas, sobretudo, pelo que elas são. Fomentar
uma atitude de análise crítica ante as mensagens dos meios de comunicação sobre os estereótipos que tais
meios apresentam sobre a feminilidade. Discernir à luz do Evangelho de Jesus os movimentos que lutam pela
mulher partindo de distintas perspectivas, para potenciar seus valores, iluminar o que pode parecer confuso e
denunciar o que resulta contrário à dignidade humana. Ao ler as escrituras, anunciar com força o que o
Evangelho significa para a mulher e desenvolver uma leitura da Palavra de Deus que descubra os traços que a
vocação feminina confere ao plano da salvação.
Criar na educação novos símbolos e linguagens que não reduzam ninguém à categoria de objeto, mas
que resgatem o valor de cada um como pessoa, e evitar nos programas educativos conteúdos que discriminem
a mulher, reduzindo sua dignidade e identidade. É importante pôr em prática programas de educação para o
amor e a educação sexual na perspectiva cristã, buscar caminhos para que se dêem entre o homem e a mulher
relações interpessoais baseadas no mútuo respeito e apreço, o reconhecimento das diferenças, o diálogo e a
Favorecer a formação permanente dos bispos e presbíteros, dos diáconos, dos religiosos, religiosas e
leigas, especialmente dos agentes de pastoral segundo o ensinamento do Magistério. A liturgia deve expressar
mais claramente os compromissos morais que comporta. A religiosidade popular, especialmente nos
Santuários, deve voltar-se para a verdadeira conversão. É imprescindível fomentar e facilitar o acesso ao
sacramento da reconciliação.
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