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Com as medidas adotadas pelo governo brasileiro frente aos efeitos da crise financeira
internacional no Brasil, podemos elencar alguns resultados e analisar se essas medidas foram
ou não efetivas.
Com relação ao preço da moeda estrangeira no país, pode-se dizer que as medidas foram
pouco efetivas. As consequências iniciais da brusca depreciação do câmbio foram
compensadas logo no inicio de 2009 com o movimento de apreciação cambial decorrente da
volta de fluxos de capitais ao Brasil. Houve também uma retomada da demanda externa,
relacionada aos ganhos decorrentes dos altos preços das commodities na época.
De modo geral, podemos observar que a maioria das medidas adotadas pelo governo
brasileiro para contornar e amenizar os efeitos imediatos da crise foi efetiva, principalmente
os estímulos ao mercado interno decorrentes da expansão de crédito e desonerações às
empresas, que contribuíram de forma mais impactante para o aumento do consumo e para a
manutenção da renda na economia do Brasil. Além disso, a taxa de desemprego no Brasil não
se acelerou como normalmente ocorre em períodos de recessão, apresentando uma tendência
de crescimento em salários e empregos a partir de 2009.
ARAÚJO, V. L.; GENTIL, D. L. Avanços, recuos, acertos e erros: uma análise da resposta da
política econômica brasileira à crise financeira internacional. In: ENCONTRO NACIONAL DE
ECONOMIA POLÍTICA, 15, 2010. Anais... Disponível em:
<http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1690/1/td_1602.pdf>
Revista Cadernos de Economia, Chapecó, v. 17, n. 32, p. 52-65, jan./jun. 2013. Disponível em:
< https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rce/article/viewFile/1651/922 >