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Jasmine Fagundes Draper

Anna Hodgson

PTGSE 2010

24 novembro 2019

A Evolução das Mulheres no Brasil

Não importa o país, as mulheres sempre lutaram para terem os mesmos direitos que os

homens. Como muitos países, os direitos das mulheres no Brasil evoluíram e se tornaram mais

justos. Embora as mulheres tenham se tornado mais iguais ao longo do tempo, elas ainda sofrem

de sexismo e vivem em uma sociedade injusta. Ao longo de toda a história, as mulheres no Brasil

foram discriminadas em seus próprios lares. Espera-se que elas cuidem de seus maridos, cuidem

de seus filhos e cumpram suas tarefas domésticas, como cozinhar e limpar. Essa atitude de

“mulheres pertencem à cozinha” fez com que as mulheres ficassem para trás na sociedade por

causa de falta de oportunidade de receber educação e experiência profissional, além de serem

consideradas menos capazes sem importância por causa da autoridade que os homens sempre

mantiveram sobre elas. No final de 1800, as mulheres ficaram visivelmente frustradas com sua

posição na sociedade e começaram a formar movimentos de sufrágio no início dos anos 1900

para obter os mesmos direitos que os homens, como o direito de voto. Embora as mulheres

tenham sofrido desigualdade durante toda a existência do Brasil, elas têm desempenhado uma

função significativa no desenvolvimento do país e conseguiram ter funções políticas desde o

1800, mas elas ainda não têm tanto impacto no sistema político como deveriam.

Embora a posição de uma mulher na sociedade, na política e na economia tenha evoluído

imensamente ao longo dos últimos séculos, elas sempre tiveram um papel semelhante no lar.
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Durante os tempos de escravidão, o marido detinha o poder sobre seus escravos, esposa e filhos.

Esperava-se que as mulheres cuidassem da casa enquanto seus maridos ganhavam a renda da

família. O papel das mulheres dependia de sua classe econômica; para aqueles que pertenciam à

classe alta, na época tinham escravos para cuidar das tarefas domésticas, mas ainda era esperado

que ficassem em casa, cuidassem de seus filhos e fizessem o que seu marido esperava delas.

Embora as mulheres pertencentes à classe baixa muitas vezes tenham que trabalhar mais em

casa, cuidar dos filhos e às vezes também contribuem para a renda familiar, mas fazem tudo isso

sob o comando de seus maridos. Embora, com o passar do tempo, a escravidão tenha sido

abolida e as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens, elas continuam a ter um papel

esperado em sua casa, embora possa ser menos comum hoje em dia. Isso fez com que as

mulheres ficassem para trás na sociedade e impactou negativamente seu sucesso e a vida hoje em

dia. Embora as mulheres tenham sido legalmente capazes de receber educação por quase dois

séculos, a maioria não teve oportunidades porque tinham outros deveres a cumprir, um desses

deveres é ser mãe. A gravidez precoce entre as mulheres tem sido um problema comum e

impediu as mulheres de frequentar a escola. Nos últimos anos, as mulheres vêm diminuindo

rapidamente a lacuna de gênero nos sistemas educacionais e agora têm mais um ano de

escolaridade do que os homens (Borgen Project 2018). Embora as mulheres estejam se tornando

cada vez mais instruídas, elas ainda são discriminadas em seus empregos. A partir de 2010, o

salário das mulheres era igual a 71% do salário dos homens (Ceratti 2017). As mulheres com o

mesmo nível de educação que seus colegas do sexo masculino ganham muito menos do que ele

simplesmente porque são menos valorizadas na sociedade e são vistas como menos capazes. As

mulheres negras são especialmente afetadas pelas disparidades salariais no Brasil:


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Afro-Brazilian women earn less than white women and men with the same level of

education. On average, Afro-Brazilian women earn 7.7 ​reales​ (US$ 2.50) per hour

compared to 12.5 ​reales​ (US$ 4.02) for white women and 15.6 ​reales​ (US$ 5) for white

men. Afro-Brazilian women who completed secondary education earn half the wage of

white men with the same level of education (Ceratti 2017)

As mulheres estão recebendo níveis mais altos de educação do que nunca e podem trabalhar nos

mesmos empregos que os homens, mas não recebem o tratamento que deveriam. Elas

percorreram um longo caminho e continuam alcançando níveis mais altos de sucesso no Brasil,

mas ainda sofrem preconceitos constantemente, independentemente dos direitos que possuem.

Ao longo da história, as mulheres no Brasil sempre tentaram lutar pelos direitos que

acreditavam que deveriam lhe ser dados. O país percebeu que as mulheres realmente começaram

a ficar frustradas no final do século XIX, quando uma pequena quantidade de feministas

começou a expressar sua insatisfação em seus papéis no país. Embora tenha sido uma luta

constante, o movimento de sufrágio das mulheres começou no início dos anos 1900, quando as

mulheres começaram a lutar pelo seu direito de voto. As mulheres nos Estados Unidos

receberam o direito de voto em 1919 e as mulheres na Europa receberam o direito na mesma

época. Quando as mulheres começaram a obter esses direitos em outros lugares do mundo, esses

lugares se tornaram uma forte influência para as mulheres no Brasil, o que motivou o movimento

feminista brasileiro (Maruci 2018). Considerando que, na época, os únicos funções das mulheres

eram todas domésticas, os homens acreditavam que não havia razão para as mulheres se

envolverem na tomada de decisões públicas ou políticas. Os movimentos que ocorreram durante

esse período foram mais controlados e menos agitados do que os movimentos que ocorreram em
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outros países ao redor do mundo. Era difícil para as mulheres criar indignação ao lutar pelo

direito a ser concedido, porque na constituição do Brasil não havia nada que proibisse o direito

das mulheres de votar, mas era fácil elas serem rejeitadas ao tentar votar, porque juízes e outras

autoridades, argumentam que a constituição foi escrita sob a perspectiva do homem; portanto,

não havia a necessidade de esclarecer que o direito foi concedido especificamente aos homens e

não as mulheres. Com resistência suficiente, as mulheres finalmente receberam oficialmente o

direito de votar em 1932. Embora tivessem o direito, ainda havia obstáculos pelos quais tinham

que passar para poder votar. As mulheres só podiam votar se seus maridos ou pais o

permitissem:“The extension of the vote to women in Brazil was a way of including women in the

public sphere, while guaranteeing that the private sphere would not suffer any losses. It was

agreed that women would have their place in public life only so long as they maintained their

domestic responsibilities” (Maruci 2018). As mulheres do Brasil alcançaram uma grande vitória

durante esse período, quando finalmente tiveram o direito de contribuir para a política do país.

Embora mas ainda tenham um longo caminho a percorrer porque, embora estivessem em um

caminho melhor, as pessoas encontrariam um caminho para continuarem mantendo o poder

sobre elas, mesmo quando começaram a ter os mesmos direitos legais.

As mulheres no Brasil desempenham uma função na política hoje e no passado também,

mas não influenciam o sistema político tanto quanto deveriam. Em 1997, foi criada uma lei que

exigia que 30% dos candidatos em grupos políticos fossem mulheres (Ceratti 2014). Muitas

mulheres têm tido poder político no Brasil. Algumas delas são: a primeira mulher a ser eleita

como qualquer figura política, Alzira Soriano de Souza, que foi a primeira mulher a ser eleita

como prefeita em 1928, quatro anos antes das mulheres terem o direito de voto, Ellen Gracie ,
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que foi a primeira mulher a ser eleita presidente da suprema corte em 2006 e Dilma Rousseff,

eleita como a primeira mulher presidente do Brasil em 2011. (discoveringcolors 2016). As

mulheres sempre estiveram presentes no sistema político e representam cerca de 51% da

população do país, mas ainda são governadas principalmente por homens: “Considering only the

Congress, the country has one of the lowest female/male ratios in the world and the fourth lowest

in Latin America and the Caribbean, according to the Inter-Parliamentary Union ”(Ceratti 2014).

Os homens ainda dominam o mundo político, independentemente do fato de uma mulher ter sido

eleita presidente e de ocuparem mais a população do que os homens; ainda assim, não se acredita

que eles detenham o mesmo poder político que os homens. A influência das mulheres na política

melhorou bastante, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

As posições das mulheres na sociedade mudaram significativamente nos últimos dois

séculos. Embora agora tenham todos os mesmos direitos que os homens, os funções que lhes

foram atribuídas fizeram com que não atingissem os níveis de sucesso que os homens ao seu

redor têm. Os movimentos de sufrágio que ocorreram nos anos 1900 criaram a oportunidade de

votar e se envolver mais na sociedade em que vivem. Elas estão envolvidas na política há muito

tempo e tiveram muitas mulheres eleitas ao poder ao longo dos anos, mas elas ainda não têm a

influência de que precisam no sistema político para criar um país mais justo para morar.
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Bibliographia

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Https://Borgenproject.org/Wp-Content/Uploads/The_Borgen_Project_Logo_small.Jpg, 13
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“What Does It Mean to Be a Woman in Brazil? The Answer Will Surprise You.” ​World Bank​,
https://www.worldbank.org/en/news/feature/2017/03/08/ser-mujer-brasil.

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