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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIDADE LEOPOLDINA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: MODALIDADE IV


EJA: REGÊNCIA

Acadêmica

Tatiana Tesch Arruda

Graduanda em Pedagogia da UEMG - Leopoldina

LEOPOLDINA – MINAS GERAIS


2017
1. INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado: Modalidade IV – EJA: Regência foi realizado na


Unidade Leopoldina da UEMG, em forma de um seminário apresentado para a professora
Elizabete Ramalho Procópio e o diretor professor Rodrigo Fialho Silva, onde foi
apresentado o plano de aula: Resolução de Problemas: jogos, onde foi feita a leitura do
texto “Como se fosse dinheiro”, de Ruth Rocha, e após realizada uma discussão sobre a
relação do texto com a realidade em que vivemos e em seguida uma atividade de bingo
matemático.
O estágio nos proporciona colocar em prática toda a teoria adquirida em sala de
aula na Universidade e levar a quem ainda está galgando os degraus da aprendizagem um
maior conhecimento das operações matemáticas de soma e subtração de maneira lúdica e
prazerosa.
2. OBJETIVOS

O objetivo principal do estágio e fazer a relação da teoria com a prática adquirida


na universidade fazendo com que o futuro docente possa ter uma base para o exercício da
profissão ao se formar e para que este possa criar uma relação de maior intimidade com a
sala de aula e seus procedimentos.
3. ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A REGÊNCIA DA TURMA ESTAGIADA

Foi um momento de alegria e descontração apesar do cunho de aprendizagem


existente calcado na teoria apresentada no plano de aula. A regência proporcionou um
aprendizado embasado na interdisciplinaridade, pois abrangeu a literatura e a matemática.
No momento do debate político os colegas para quem foi apresentado o seminário
de estágio opinaram e se sentiram muito a vontade para participar.
4. Plano de Aula

Plano de Aula

Acadêmicos: Adriano Campos Tavares

Aline Aparecida Pereira de Oliveira Pessoa

Conceição Aparecida Marinato Montes de Freitas

Tatiana Tesch Arruda

Tema: Resolução de Problemas: jogos

Série: Educação de Jovens e Adultos – 1º ciclo

Objetivos Gerais:

 Aprender a trabalhar as operações matemáticas de adição e subtração para resolução


de problemas e ampliar o repertório básico de cálculo mental.

Objetivos Específicos:

 Analisar, interpretar, formular e resolver situações-problema compreendendo


diferentes significados da adição e da subtração.
 Reconhecer que diferentes situações-problema podem ser resolvidas por uma única
operação e que diferentes operações podem resolver uma mesma situação-problema.
 Estabelecer relações entre a adição e a subtração.
 Construir, organizar e representar os fatos fundamentais da adição e da subtração,
ampliando o repertório básico para o desenvolvimento do cálculo mental.
 Analisar e comparar diferentes estratégias de cálculo.
 Utilizar o cálculo mental exato ou aproximado como previsão e avaliação da
adequação dos resultados.

Preparação:

 Explicar que nesta aula serão trabalhados os fatos fundamentais da matemática de uma
forma diferente: a partir de textos;
 Dividir a turma em grupos;
 Entregar para cada grupo a cópia do texto abaixo, solicitando a sua leitura.

Como se fosse dinheiro

Todos os dias Catapimba levava dinheiro para escola para comprar o lanche.

Chegava no bar, comprava um sanduíche e pagava seu Lucas.


Mas seu Lucas nunca tinha troco.
Um dia, Catapimba reclamou de seu Lucas:
- Seu Lucas, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro.
- Ora, menino, eu não tenho troco. Que é que eu posso fazer?
- Ah, eu não sei! Só sei que quero meu troco em dinheiro!
- Ora, bala é como se fosse dinheiro, menino? Ora essa...
Catapimba ainda insistiu umas duas ou três vezes.
A resposta era sempre a mesma:
- Ora, menino, bala é como se fosse dinheiro... Então, leve um chiclete, se não gosta de
bala.

Aí, Catapimba resolveu dar um jeito.


No dia seguinte, apareceu com um embrulhão de baixo do braço. Os colegas queriam saber
o que era. Catapimba ria e respondia;
- Na hora do recreio, vocês vão ver...

E, na hora do recreio, todo mundo viu.


Catapimba comprou o seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. E tirou de dentro...
uma galinha.
Botou a galinha em cima do balcão.
- Que é isso, menino? - perguntou seu Lucas.
- É pra pagar o sanduíche, seu Lucas. Galinha é como se fosse dinheiro... o senhor pode me
dar troco, por favor?
Os meninos estavam esperando para ver o que seu Lucas ia fazer.
Seu Lucas ficou um tempão parado, pensando...
Aí colocou umas moedas no balcão:
- Está aí seu troco, menino!
E pegou a galinha, para acabar com a confusão.

No dia seguinte, todas as crianças apareceram com embrulhos debaixo do braço.


No recreio, todo mundo foi comprar lanche.
Na hora de pagar...
Teve gente que queria pagar com raquete de pingue-pongue, com papagaio de papel, com
vidro de cola, com geleia de jabuticaba...

O Armandinho quis pagar um sanduíche de mortadela com o sanduíche de goiabada que


ele tinha levado...

Teve gente que também levou galinha, pato, peru...


E, quando seu Lucas reclamava, a resposta era sempre a mesma;
- Ué, seu Lucas, é como se fosse dinheiro...

Mas seu Lucas ficou chateado mesmo quando apareceu o Caloca puxando um bode.
Aí, seu Lucas correu e chamou a diretora.

Dona Júlia veio e contaram pra ela o que estava acontecendo.


E sabe o que ela achou?
Pois achou que as crianças tinham razão.
- Sabe, seu Lucas - ela falou -, bode não é como se fosse dinheiro. Galinha também não é.
Até aí o senhor tem razão. Mas bala também não é como se fosse dinheiro muito menos
chiclete.
Seu Lucas se desculpava:
- É, mas eu não tive troco?
- Aí, o senhor anota, e no outro dia paga.

Os meninos fizeram uma festa, deram pique-pique pra dona Júlia e tudo.
Naquele dia, nem houve mais aula.
Mas o melhor de tudo é que todos do bairro ficaram sabendo do caso.

E, agora, seu Pedro da farmácia não dá mais compridos de troco, seu Ângelo do mercado
não dá mais mercadoria como se fosse dinheiro.
Afinal, ninguém quer receber um bode em pagamento, como se fosse dinheiro. É, ou não
é?

ROCHA, Ruth. Como se fosse dinheiro. Ilustrações Ivan Zigg e Rogério Borges. São
Paulo: FTD, 1992.

Desenvolvimento:

 Discutir com a turma a respeito da atitude de Seu Lucas, debatendo se balas e dinheiro é
de fato a mesma coisa.
 A partir disto pode-se propor simulações de compra e venda com troco.
 Realizar com os alunos uma situação de compra e venda e os alunos deverão, a partir de
cálculos mentais descobri o troco que deverá ser dado.

Jogo do Bingo do Catapimba:

É hora de “brincar” de bingo, mas de um bingo bem diferente e desafiador. Cada grupo
receberá as situações-problema abaixo:

1- Catapimba comprou 86 figurinhas e ganhou 25 de seu amigo Armandinho. Com


quantas figurinhas Catapimba ficou?
2- Na biblioteca da escola havia 19 livros de aventura, 5 livros de matemática e 7
gibis. Os alunos retiraram 9 livros. Quantos livros sobraram na biblioteca?
3- Caloca tinha 18 balas. Distribuiu para seus amigos 14. Com quantas balas Caloca
ficou?
4- André colheu 37 mangas na árvore do pátio da escola e Pedro colheu 15. Quantas
mangas os dois meninos colheram juntos?
5- No pomar da escola há 37 laranjeiras e 15 cajueiros. Quantas árvores frutíferas há
no pomar?
6- No estacionamento da escola havia 34 carros. Chegaram mais 17. Quantos carros
ficaram estacionados ao todo?
7- Célia fez 13 atividades no quadro negro e ainda faltam 7 para fazer. Quantas
atividades há no quadro negro?
8- Num saquinho havia 39 balas. Catapimba deu para André 9 balas. Quantas balas
sobraram no saquinho?
9- Num pasto há 36 vacas e 46 bois. Quantos animais há no pasto?
10- Numa horta há 53 pés de tomates e 27 pés de alfaces. Quantos pés há ao todo?

B I N G O
4 22 33 60 80
5 25 37 65 82
11 26 51 69 84
17 29 52 77 86
20 30 52 79 111
 Cada grupo receberá cartelas com números que poderão ser ou não resultados das
situações-problemas descritas anteriormente;
 Os grupos deverão estar bem atentos a resolução dos problemas, tendo a oportunidade
de fazer cálculos mentais ou registros.
 Será o vencedor, o grupo que conseguir finalizar a cartela resolvendo todas as situações-
problema.
 Será preciso verificar a cartela atentamente, pois os grupos podem ter cometido erros
nos cálculos e marcado o número errado na cartela.

Referência:

DANTE, Luis Roberto – Didática da resolução de problemas, São Paulo, Ática, 1998.
DUARTE, Newton. O ensino de matemática na educação de adultos. 4ª ed. São Paulo:
Cortez, 1992.

GRANDO, Regina Célia. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo:
Paulus, 2004. (Coleção Pedagogia e Educação).
IMENES, Luiz Márcio. Problemas Curiosos.5ª ed. São Paulo: Scipione, 1994.
5. ANEXOS

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