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Olá a todos, neste trabalho vamos abordar temas como:

- A vida e a obra de Eça de Queiros;


-Questão Coimbrã;
-Realismo e naturalismo;
-E as conferências do casino.
De forma a transmitir-vos os conhecimentos que adquirimos não só
em contexto de sala de aula mas também em pesquisas efetuadas
durante o decorrer deste trabalho.
********************EÇA DE QUEIRÓS**********************
José Maria de Eça Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845, na
Póvoa de Varzim. Era filho do brasileiro José Maria de Almeida de
Teixeira de Queirós e da portuguesa Crolina Augusta Pereira de Eça.
Escandalosamente para a altura, foi registado como filho de mãe
incognita, isto, porque a sua mãe pertencia a um estrato social
elevado, onde a conceção de descendentes fora do casamento era
visto com maus olhos. Portanto, Eça foi registado apenas como filho
natural de José de Queirós para não manchar a reputação da família
materna. A infância de Eça de Queirós não foi fácil, ora viveu com os
avós paternos, ora com a ama, ora num colégio interno por cometer,
aelegadamente, incesto com a sua prima. Aos 16 anos entrou para a
Universidade de Coimbra, para, tal como seu pai, Juiz, se formar em
Direito. Foi aí que conheceu figuras como Antero de Quental, Ramalho
Ortigão, Guerra Junqueiro, Teófilo Braga, Oliveira Martins, Jaime
Batalha Reis e Guilherme de Azevedo e formou um grupo académico
de Coimbra, mais tarde apelidado como GERAÇÃO DE 70. Chegou a
exercer as profissões de advogado, de jornalista e de consul de
Portugal no estrangeiro. Aos 40 anos casou-se com Emília de Castro
Pamplona Resende, uma jovem de 29 anos, com quem teve 4 filhos,
como podemos ver nesta imagem.
Durante a sua curta vida escreveu vários livros e tornou-se, como
sabemos, num dos mais importantes escritores do realismo português,
sendo até considerado o maior representante da prosa realista da
língua portuguesa.
Faleceu aos 54 anos, no dia 16 de agosto de 1900, na sua casa,
em França.
Por fim, gostaríamos de destacar esta frase que mostra o quão
destemido Eça era.
*****************REALISMO/NATURALISMO*****************
O Realismo é um movimento artístico e literário que surgiu nos finais
do século XIX em França em reação e oposição ao Romantismo, uma
vez que os seguidores deste movimento sentiam a necessidade de
retratar a vida, os problemas e costumes das classes médias e baixas.
Apresenta características como:
 VERACIDADE: Demonstra o que ocorre na sociedade sem ocultar
os distorcer os factos;
 COMTEMPORANEIDADE: Descrição factual no tempo da sua
ocorrência;
 RETRATO FIEL DAS PERSONAGENS: Incluindo aspetos negativos
da natureza humana;
 MATERIALISMO DO AMOR: A mulher é objeto de prazer e/ou
adultério;
 DENÚNCIA DAS INJUSTIÇAS SOCIAIS: Torna pública a realidade
dos factos;
 LINGUAGEM: Simples, natural, clara, equilibrada e próxima à
realidade;
 GOSTO PELOS DETALHES: Que provoca uma narrativa mais lenta.
O Naturalismo é um movimento literário conhecido por ser o
radicalismo do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade
e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo meio,
a educação e pela sua hereditariedade. O Naturalismo amplia,
também, as características do Realismo, acentuando-se e
acrescentando-lhe certas marcas que o tornam inconfundível, tais
como:
 DETERMINISMO: O Homem é visto como uma máquina guiado
por um conjunto de leis, pela hereditariedade e pelo seu físico e
social.
 PREFERÊNCIA POR TEMAS DA PATOLOGIA SOCIAL: Miséria,
adultério, criminalidaade, desiquilíbrio psíquico, problemas
ligados à sexualidade, entre outros.
 OBJETIVISMO CIENTÍFICO E A IMPESSOALIDADE: O romancista
assume uma atitude de frieza perante os factos e as
personagens, devendo resgatar impessoalmente e com precisão
científica a realidade que lhe se apresenta.
********************QUESTÃO COIMBRÃ********************
A Questão Coimbrã foi uma polémica entre um grupo de
realistas, a geração de 70, e um grupo de românticos, a geração
conservadora.
Tudo começou quando, em 1865, Castilho, um escritor
romântico, escreveu uma carta na qual elogiava o “Poema da
Mocidade”, de Pinheiro Chagas e simultaneamente censurava um
grupo de jovens de Coimbra, acusando-os de exibicionismo, de
obscuridade propositada e de, nos seus poemas, tratarem de temas
que nada tinham a ver com a poesia. E por isso afirmou que, a este
grupo lhes faltava Bom Senso e Bom Gosto.
O grupo a quem esta carta se dirigia era à Geração de 70,
liderada por Antero de Quental que, numa carta, “Bom Senso e Bom
Gosto” respondeu às provocações de Castilho apelando a necessidade
de uma literatura que aconpanhasse o pensamento moderno e que
tratassse dos temas da atualidade. Este conflito abriu portas ao
realismo em Portugal.
******************CONFERÊNCIAS NO CASINO****************
As conferências no casino, também conhecidas como
conferências do democráticas, foram organizadas por um
grupo de intelectuais portugueses (a geração de 70) no casino
de Lisboa, com o intuito de refletir sobre os problemas políticos
e sociais de Portugal e debater as novas ideias que emergiam
por toda a Europa e que em Portugal tinham pouco impacto.
Eram previstas 10 conferências, mas apenas se
realizaram 5, uma vez que 1 mês após a primeira palestra os
intelectuais depararam-se com a seguinte ordem do Governo:
AUDIO. Assim este projeto foi interrompido, pois o Estado
receava do seu impacto na igreja e na governação.
Este falhanço levou à degradação do grupo,
simbolicamente representado no suicídio do lider, Antero de
Quental e literáriamente representado n’Os Maias quando João
da Ega diz “Falhámos na vida!”

E desta forma damos como concluída a nossa


apresentação.

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