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Último capítulo
Pois bem. A discussão a ser travada durante esta seção tem como ponto de partida e até
mesmo o seu sumário mais básico no seguinte parágrafo retirado de Sobre a Certeza:
“All testing, all confirmation and disconfirmation of a hypothesis takes place already
within a system. And this system is not a more or less arbitrary and doubtful point of
departure for all our arguments; no, it belongs to the essence of what we call an
argument. The system is not so much the point of departure, as the elements in
which arguments have their life.” (SC, 105)
5.2.
O caso paradigmático da educação jurídica, é claro, nos é provido pelo ensino superior,
gestado no seio de um sem-número de instituições, sejam elas particulares; públicas;
tradicionais; recém-criadas; focadas em pesquisa, ensino e extensão ou focadas na
distribuição de diplomas, etc. Durante a experiência universitária, o aluno será obrigado a
lidar, em maior ou menor medida, com profissionais do direito, será submetido a provas orais,
provas escritas, trabalhos escritos e a aulas de direito constitucional, processual, penal, civil.
Compartilhará o mesmo espaço pedagógico com dezenas de outros alunos em posição
semelhante a sua, e com eles desenvolverá novos meios de convivência, de tratamento. Além
disso, sem dúvidas desejará fazer um estágio em um escritório ou órgão público qualquer afim
de preparar-se para a entrada no mercado de trabalho e “aprender como se faz na prática”.
Aprenderá certos slogans que serão levados ao fim de sua vida: as normas constitucionais são
hierarquicamente superiores às normas infraconstitucionais, o duplo grau de jurisdição é um
direito fundamental, ninguém deve ser julgado por tribunais ad hoc, o processo é o meio de
prestação jurisdicional por excelência, é vedado o non liquet,
Todo este processo de treinamento abrirá àquele que se deixa levar por seus caminhos, a
uma nova Lebensform no sentido wittgensteiniano, implicando a criação, exclusão e