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Zoroastro viveu na Ásia Central, num território que compreendia o que é hoje a parte oriental
do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Não existe um consenso em torno do período em
que viveu; os acadêmicos têm situado a sua vida entre 1750 e 1 000 a.C. Sobre a sua vida,
existem poucos dados precisos, sendo as lacunas preenchidas por lendas.
Aos trinta anos, enquanto participava num ritual de purificação num rio, Zaratustra viu um ser
de luz que se apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até
à presença de Aúra-Masda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas,
sendo este o primeiro de uma série de encontros com Aúra-Masda, que lhe revelou a sua
mensagem.
Para alguns investigadores, muito mais do que o fundador de uma nova religião, Zoroastro foi
antes um reformador das práticas religiosas indo-iranianas. Ele propôs uma mudança no
panteão dominante que ia no sentido do monoteísmo e do dualismo. Na perspectiva de
Zoroastro, os Aúras passam a ser vistos como seres que escolheram o bem, e os daivas, como
seres que escolheram o mal. Na Índia, o percurso seria inverso, com os Aúras a representarem
o mal, e os daevas a representarem o bem.
Zoroastro elevaria Aúra-Masda ("Senhor Sábio") ao estatuto de divindade suprema, criadora
do mundo e única digna de adoração.
Outro conceito religioso por ele apresentado foi o dos Amesha Spentas ("Imortais Sagrados"),
que podem ser descritos como emanações ou aspectos de Aúra-Masda. Nos Gatas, os Amesha
Spentas são apresentados de uma forma bastante abstrata; séculos depois, eles serão
transformados e elevados ao estatuto de divindades. Cada Amesha Spenta foi associado a um
aspecto da criação divina.
Os zoroastrianos acreditam que Zoroastro é um profeta de Deus, mas não é alvo de particular
veneração. Eles acreditam que, através dos seus ensinamentos, os seres humanos podem
aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha).