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Universidade Federal de Alagoas

Programa de Pós-Graduação em Fı́sica

FORMAÇÃO DE PADRÃO NA CÉLULA DE HELE-SHAW GIRANTE:


UM ESTUDO COMPUTACIONAL ATRAVÉS DO MÉTODO DE
PHASE-FIELD

Lendel dos Santos Rodrigues


Orientador: Prof. Dr. Sérgio Henrique Albuquerque Lira
Co-orientador: Prof. Dr. Italo Nunes de Oliveira

Instituto de Fı́sica
Grupo de Lı́quidos Anisotrópicos e Polı́meros

26 de março de 2018

lendel.rodrigues@fis.ufal.br (UFAL) Grupo de Lı́quidos Anisotrópicos e Polı́meros 2018 1 / 41


Sumário

1 Motivação

2 Introdução

3 A célula de Hele-Shaw girante

4 Método de Phase-Field

5 Resultados

6 Conclusão

7 Agradecimentos

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Motivação
Por que estudar crescimento de interfaces ?

Figura : a) Descargas elétricas em cristais lı́quidos. b) Cristal de gelo dendrı́tico crescido em água pura.
c) Exploração em poços de petróleo.

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O problema de Saffman-Taylor
Formação de dedos viscosos

O que é problema de Saffman-Taylor


A formação de Padrão
Dedos viscosos

Figura : Lado esquerdo temos uma foto do experimento realizado por Saffman-Taylor. O fluido menos
viscoso (ar, parte superior da figura) é injetado no mais viscoso (glicerina, parte inferior da figura),
favorecendo a formação de dedos. O tempo após o inı́cio do experimento cresce da esquerda para a
direita. Fonte: Dias, 2011. Lado direito temos à Vista 3D e transversal da célula de Hele-Shaw Ref.
Fonte: Varges, 2015.
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O problema de Saffman-Taylor
Tipos de Células

Geometria Retangular: interface inicialmente plana.


Geometria radial: interface inicialmente circular.

Figura : a) Retangular e b) Radial

(a) O fluido 1, menos viscoso, é injetado (b) Diagrama esquemático da célula de


no fluido 2, mais viscoso. As Hele-Shaw radial. Fonte Eduardo, 2011.
instabilidades ocorrem. Fonte: Dias, Injeção Radial Formando dedos. Fonte:
2011. Injeção no canal. Fonte: Saffman Saffman e Taylor, 1958.
e Taylor, 1958.

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Lei de Darcy
Fluxo bidimensional

Lei de Darcy é uma equação fenomenológica derivada da equação Navier-Stokes, que


descreve o fluxo de um fluido através de um meio poroso.
A equação descreve o fluxo bidimensional no meio poroso.

Figura : Escoamento de um fluido entre duas placas paralelas. Aqui, temos a vista lateral da célula de
Hele-Shaw. Fonte: Kritz, 2008.

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Lei de Darcy
Equações

Usamos a equação da continuidade para descrever a conservação da massa,


∂ρj
+ ∇ · (ρj uj ) = 0, (1)
∂t
assim como a equação de Navier-Stokes para nosso problema,
∂uj
ρj [ + (uj · ∇)uj ] = −∇pj + ηj ∇2 uj , (2)
∂t
no lado direito da Equação temos no primeiro termo a força provocada pelo gradiente de
pressão e no segundo termo a força de atrito entre os elementos do fluido.
Nessa expressão notamos que o perfil de velocidade do fluxo é ”parabólico”na direção
transversal de Hele-Shaw, ou seja, é quadrático em z,
Zb
1
vj (x, y ) = uj (x, y , z)dz. (3)
b
0

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Lei de Darcy
Equações

Podemos transformar o problema num escoamento efetivamente bidimensional, introduzindo


uma velocidade média ao longo da direção transversal dos fluidos

b2
vj = − ∇pj (4)
12ηj
consequentemente temos a Lei de Darcy. Ela governa o escoamento no interior de cada fluido.
Por outro lado, calculando a média transversal da condição de incompressibilidade da Eq.(1),
obtemos,
∇ · vj = 0 (5)

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Condições de contorno
Condições de fronteiras

É necessário saber as condições de contorno nas fronteiras da região ocupada pelo fluido:
Para fluido-sólido
uj = velocidade de escoamento, S = Superfı́cie

u = 0, (6)

em S.
Para fluido-fluido
(u2 − u1 ) · n = 0, (7)
em S. A interface se move com a velocidade normal dos dois fluidos.

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Condições de contorno
Tensão superficial e capilaridade

Tensão superficial é a força de atração entre as moléculas de um fluido.

Figura : Tensão superficial da água. Fonte: Varges,2015.

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Condições de contorno
Lei de Laplace

Lei de Laplace relaciona a variação de pressão na superfı́cie que separa dois fluidos.

p1 − p2 = σκ, (8)
onde p1 e p2 são, respectivamente, as pressões do fluido 1 e 2 na interface, σ é a tensão
superficial e κ é a curvatura média definida por
1 1
κ= + , (9)
R1 R2
em que R1 e R2 são os raios de curvatura principal.

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A Célula de Hele-Shaw Girante
Visão Geral

As pertubações são induzidas pela força centrı́fuga.


O descolamento ocorre devido a diferença de densidade entre os fluidos.

Figura : Diagrama esquemático da célula de Hele-Shaw girante com dois fluidos de densidades
diferentes representada por ρ, Ω é a velocidade angular, η a viscosidade, φ o ângulo da interface entre
os fluidos, R é o raio da interface circular que separa os fluidos, σ a tensão superficial, b a espessura
das placas e ζ a pertubação do sistema. Fonte: Gâdelha, 2004. Experimentos na célula de Hele-Shaw
girante onde pode ser vista a evolução temporal da interface entre os fluidos. Fonte: Folch, 2009.

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A Lei de Darcy para Células de Hele-Shaw Girante
Equações

Agora inserindo os termos para o referencial girante no segundo termo da Eq.(2) temos:

∂uj
ρj [ + (uj · ∇)uj )] = −∇pj + ηj ∇2 uj + ρΩ2 rr̂ . (10)
∂t
onde Ω denota a velocidade angular de rotação da célula, ρ a densidade, r é a distância ao
eixo de rotação e r̂ é o vetor unitário na direção radial.
A equação do sistema expressa o campo de velocidade bidimensional dado pela lei de Darcy

b2 ρj Ω2 r 2
vj = − ∇[pj − ], (11)
12ηj 2

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Equações governantes do sistema
Função corrente

A partir da função corrente ψ podemos obter a velocidade do fluido em cada ponto:




v = ∇×(ψb z) (12)

O fluxo de velocidade dos fluidos 1 e 2 são irrotacionais,

∇2 ψ = 0. (13)

as Eq.(14) e (15) são tomadas em engima da interface entre os fluidos, elas são condições de
contorno. A componente normal da velocidade é continua, vn é a velocidade normal da
interface
∂s ψ |in = ∂s ψ |out = −vn , (14)
e a componente tangencial da velocidade e descontinua que é dada pela função gama

∂n ψ |out −∂n ψ |in = Γ, (15)

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Equações governantes do sistema
Folha de vortice

A magnitude do salto de velocidade tangencial é a força Γ da vorticidade singular na interface,

Γ≡γ + A(∂n ψ |in +∂n ψ |out ), (16)

γ é dada pela descontinuidade tangencial da velocidade ao longo da interface e sua dimensão é


γ
≡(B∇κ − r) · b
s, (17)
2
é a sua parte local, com κ sendo a curvatura no plano (para um cı́rculo κ >0) e r a
coordenada radial.

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Análise pertubativa linear
Equações do sistema

A interface perturbada é descrita como

<(φ, t) = R + ζ(φ, t) (18)

onde R é o raio da gota não perturbada mais uma perturbação ζ(φ). Expandido em série de
Fourier a perturbação na interface temos

X
ζ(φ, t) = ζ n (t)e inφ , (19)
n=−∞

assim ζ(φ) decompõe a perturbação nos modos de Fourier ζn .

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Análise pertubativa linear
Equações do sistema

Expandindo todos os termos até a primeira ordem em ζ é possı́vel obter a expressão

ζ̇n = λ(n)ζn , (20)

para ζn pequeno o comportamento do modo é descrito pela taxa crescimento linear λ(n), onde
ζn representa a amplitude de Fourier de um modo de n. Resolvendo Eq.(20) temos como
resultado:
ζn (t) = ζn (0)e λ(n)t (21)
λ(n) é a taxa de crescimento exponencial, ζn (0) a pertubação inicial, e t como tempo
adimensional.

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Análise pertubativa linear
Parâmetros adimensionais

B como parâmetro adimensional para a tensão superficial


σ
B= , (22)
(ρ1 − ρ2 )Ω2 R 3

e A como contraste de viscosidade


η1 − η2
A=( ), (23)
η1 + η2

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Regime linear
Modos

Taxa de crescimento linear governa o crescimento exponencial ou decrescimento das


amplitudes de Fourier da pertubação

λ̄ = |n|[1 − B(n2 − 1)], (24)


Quando λ(n) é positivo para um dado n (número de modos), há um crescimento
exponencial.
Quando λ(n) é negativo para um dado n (número de modos), há um decrescimento
exponencial.
r
1 + 1/B
nmáx = . (25)
3
nmáx é o numero de maior taxa de crescimento.

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Regime linear
A previsão da análise pertubativa

10

λ 0

B=0.01
B=0.03
B=0.06

-10
0 2 4 6 8 10
n (número de modos)
Figura : Taxa de crescimento linear λ(n) em função de n, para B = 0.01, B = 0.03 e B = 0.06
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Implementação do Método de Phase-Field
O método Phase-Field

Método de interface difusa.


Resolve numericamente processos complexos de formação de padrões interfaciais.
Todas as equações governantes podem ser resolvidas numericamente.
Nós integramos essas equações diferenciais pelo método das diferenças finitas com
integração explı́cita no tempo.

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Implementação do Método de Phase-Field
Equações do Phase-Field

Descreve as velocidades em todos os pontos do fluido de dentro como o fluido de fora,

∂ψ 1 1
= ∇2 ψ + A∇ · (θ∇ψ) + √ γ (θ) 1 − θ2


e (26)
∂t 2 2
onde  é a espessura artificial da interface e e
 é um parâmetro numérico para otimização do
tempo de relaxação de ψ.
A Equação do Phase-Field representada por θ abaixo nos diz como a interface se move:

∂θ
2 = f (θ) + 2 ∇2 θ + 2 κ (θ) |∇θ| + 2b
z · (∇ψ × ∇θ) (27)
∂t

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Resultados
Teóricos e numéricos

Simulações simétricas
Simulações assimétricas
Amplitude da pertubação
Análise comparativa

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Resultados
Equação da Interface Pertubada

Para obtermos os resultados simétricos, utilizamos a equação da pertubação inicial na


interface:

r (φ) = R + ζn cos(nφ), (28)


sendo r a posição da interface radial, R = 1 o raio adimensional da gota não perturbada, n o
único modo de Fourier da perturbação e ζn a amplitude da perturbação.

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Resultados
Simétricos

Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente circular e perturbada pelo modo
n = 2 com A = 0.95 e B = 0.02. Na linha superior, a interface é vista através da escala de cores para a
função θ em três instantes de tempo t = 7.81 × 10−3 , t = 0.5 e t = 0.81. Na linha inferior é mostrada
a função corrente adimensional ψ em código de cores nos instantes de tempo correspondentes.
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Resultados
Simétricos

Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente circular e perturbada pelo modo
n = 3 com A = 0.95 e B = 0.02. Na linha superior, a interface é vista através da escala de cores para a
função θ em três instantes de tempo t = 7.81 × 10−3 , t = 0.25 e t = 0.45. Na linha inferior é
mostrada a função corrente ψ em código de cores nos instantes de tempo correspondentes.
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Resultados
Simétricos

Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente circular e perturbada pelo modo
n = 4 com A = 0.95 e B = 0.02. Na linha superior, a interface é vista através da escala de cores para a
função θ em três instantes de tempo t = 7.81 × 10−3 , t = 0.25 e t = 0.62. Na linha inferior é
mostrada a função corrente ψ em código de cores nos instantes de tempo correspondentes.
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Resultados
Equação da Interface Pertubada

Para obtermos os resultados assimétricos, inserimos o termo αn de aleatoriedade na equação


da pertubação inicial na interface:
N
X
r (φ) = R + ζn cos(nφ + αn ) (29)
n=1

os valores adotados na amplitude da pertubação ζn = 0.01, para o número de modos N = 10 e


para αn que é fase de cada modo de Fourier foram escolhidos valores aleatórios entre 0 e 2π
rad (com 360 valores possı́veis).

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Resultados
Assimétricos

Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente quase circular com perturbação
assimétrica usando A = 0.95 e B = 0.01. Os instantes de tempo são t = 7.81 × 10−3 , t = 0.37 e
t = 0.81. A previsão linear é de nmáx = 5.8, aproximadamente 6 dedos. A simulação apresenta 7 dedos.
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Resultados
Assimétricos

Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente quase circular com perturbação
assimétrica usando A = 0.95 e B = 0.03. Os instantes de tempo são t = 7.81 × 10−3 , t = 1.31 e
t = 1, 56. A previsão linear é de nmáx = 3.38, aproximadamente 4 dedos. A simulação é de 4 dedos.
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Resultados
Assimétricos

Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente quase circular com perturbação
assimétrica usando A = 0.95 e B = 0.06. Os instantes de tempo são t = 7.81 × 10−3 , t = 0.78 e
t = 1, 56. A previsão linear é de nmáx = 2.42, aproximadamente 3 dedos. A simulação é de 3 dedos.
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Resultados
Assimétricos

Figura : Simulação da gota evoluı́da em seu tempo final assimétrica usando na figura esquerda
A = −0.95 , no centro A = 0.0 e direita A = 0.95, com B = 0.01 nas três simulações. No instante de
tempo final t = 0.81. Simulação de dedos na célula girante para três valores do contraste de
viscosidade. Fonte: Hermes, 2007.
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Resultados
Análise quantitativa do crescimento da pertubação em n=2

1
Posição

-1

-2
0 0,2 0,4 0,6 0,8
t (adimensional)
Figura : Posição da interface ao longo do eixo y = 0 em função do tempo adimensional t em que temos
uma perturbação simétrica com n = 2. O tamanho do dedo direito (esquerdo) neste gráfico é dado pela
posição positiva (negativa) da interface menos (mais) o tamanho do raio não perturbado R = 1.

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Resultados
Análise quantitativa do crescimento da pertubação em n=3

1,5

1
Posição

0,5

-0,5

0 0,2 0,4 0,6 0,8


t (adimensional)
Figura : Posição da interface ao longo do eixo y = 0 em função do tempo adimensional t em que
temos uma perturbação simétrica com n = 3. Os dedos crescem para diferentes direções, assim o
crescimento das linhas da curvas são uma exponencial crescente positiva.

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Resultados
Análise quantitativa do crescimento da pertubação em n=4

1
Posição

-1

-2
0 0,2 0,4 0,6 0,8
t (adimensional)
Figura : Posição da interface ao longo do eixo y = 0 em função do tempo adimensional t em que
temos uma perturbação simétrica com n = 4. Os dedos crescem em forma de cruz, assim o crescimento
das linhas da curvas são uma exponencial crescente positiva(negativa).

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Resultados
Tamanho da perturbação na interface

0,80 0,80
0,70
0,70 0,60
0,60 0,50
0,40
0,50
ζ/R

ζ/R
0,30 Simulação
0,40 Simulação Ajuste
Ajuste Analítico
0,30
Analítico 0,20
0,20
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
t (adimensional) t (adimensional)
Figura : Tamanho da perturbação da interface ζ2 em função do tempo adimensional t para a simulação
simétrica com n = 2. A curva preta representa o resultado extraı́do da simulação, a curva azul
representa um ajuste numérico por uma curva exponencial nos instantes iniciais da simulação
0 < t < 0.1; a curva vermelha representa a previsão teórica do crescimento exponencial do modo n = 2
dada pela Eq.(21). Para o analı́tico temos λ = 1.88 e da simulação temos λ = 1.63.
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Resultados
Tamanho da perturbação na interface

0,80 0,80
0,70
0,70 0,60
0,50
0,60 0,40
ζ/R

ζ/R
0,50 0,30
Ajuste Ajuste
0,40 Simulação Simulação
0,20
Analítico Analítico
0,30

0,20
0,10
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
t (adimensional) t (adimensional)
Figura : Tamanho da perturbação da interface ζ3 em função do tempo adimensional t para a simulação
simétrica com n = 3. A curva preta representa o resultado extraı́do da simulação; a curva azul
representa um ajuste numérico por uma curva exponencial nos instantes iniciais da simulação
0 < t < 0.1; a curva vermelha representa a previsão teórica do crescimento exponencial do modo n = 3
dada pela Eq.(21). Para o analı́tico temos λ = 2.52 e da simulação temos λ = 2.22.
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Resultados
Tamanho da perturbação na interface

0,80 0,80
0,70
0,70 0,60
0,60 0,50
0,40
0,50
ζ/R

ζ/R
Simulação 0,30 Simulação
0,40 Ajuste Ajuste
Analítico Analítico
0,30
0,20
0,20
0,15
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
t (adimensional) t (adimensional)
Figura : Tamanho da perturbação da interface ζ4 em função do tempo adimensional t para a simulação
simétrica com n = 4. A curva preta representa o resultado extraı́do da simulação; a curva azul
representa um ajuste numérico por uma curva exponencial nos instantes iniciais da simulação
0 < t < 0.1; a curva vermelha representa a previsão teórica do crescimento exponencial do modo n = 4
dada pela Eq.(21). Para o analı́tico temos λ = 2.8 e da simulação temos λ = 2.33.
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Conclusão

As simulações estão de acordo com os resultados prévios contidos na literatura.


Analisamos o desenvolvimento das instabilidades de Saffman-Taylor na célula de
Hele-Shaw girante quando variamos os parâmetros A e B.
Comprovamos através de nosso código de Phase-Field que interfaces simétricas e
assimétricas de fato exibem dinâmica compatı́vel com as análises fı́sicas anteriores do
problema.
Investigamos as caracterı́sticas morfológicas da interface fluido-fluido no inı́cio do
crescimento de dedos.

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Conclusão

Realizamos um estudo na influência destes parâmetros sobre a dinâmica de competição


dos dedos e deduzimos que existe uma ligação entre a competição dos dedos viscosos e o
parâmetro A.
Observamos que à medida que diminuı́mos B, aumenta o número de dedos na interface,
visto que que a tensão superficial tem efeito estabilizante.
As simulações do método de phase-field explı́cito demonstram a boa concordância com a
análise teórica linear.
Uma continuação natural do presente estudo poderia ser implementar o método numérico
implı́cito no tempo e analisar o desprendimento de gotas satélite.

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Agradecimentos

OBRIGADO!

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