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Instituto de Fı́sica
Grupo de Lı́quidos Anisotrópicos e Polı́meros
26 de março de 2018
1 Motivação
2 Introdução
4 Método de Phase-Field
5 Resultados
6 Conclusão
7 Agradecimentos
Figura : a) Descargas elétricas em cristais lı́quidos. b) Cristal de gelo dendrı́tico crescido em água pura.
c) Exploração em poços de petróleo.
Figura : Lado esquerdo temos uma foto do experimento realizado por Saffman-Taylor. O fluido menos
viscoso (ar, parte superior da figura) é injetado no mais viscoso (glicerina, parte inferior da figura),
favorecendo a formação de dedos. O tempo após o inı́cio do experimento cresce da esquerda para a
direita. Fonte: Dias, 2011. Lado direito temos à Vista 3D e transversal da célula de Hele-Shaw Ref.
Fonte: Varges, 2015.
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O problema de Saffman-Taylor
Tipos de Células
Figura : Escoamento de um fluido entre duas placas paralelas. Aqui, temos a vista lateral da célula de
Hele-Shaw. Fonte: Kritz, 2008.
b2
vj = − ∇pj (4)
12ηj
consequentemente temos a Lei de Darcy. Ela governa o escoamento no interior de cada fluido.
Por outro lado, calculando a média transversal da condição de incompressibilidade da Eq.(1),
obtemos,
∇ · vj = 0 (5)
É necessário saber as condições de contorno nas fronteiras da região ocupada pelo fluido:
Para fluido-sólido
uj = velocidade de escoamento, S = Superfı́cie
u = 0, (6)
em S.
Para fluido-fluido
(u2 − u1 ) · n = 0, (7)
em S. A interface se move com a velocidade normal dos dois fluidos.
Lei de Laplace relaciona a variação de pressão na superfı́cie que separa dois fluidos.
p1 − p2 = σκ, (8)
onde p1 e p2 são, respectivamente, as pressões do fluido 1 e 2 na interface, σ é a tensão
superficial e κ é a curvatura média definida por
1 1
κ= + , (9)
R1 R2
em que R1 e R2 são os raios de curvatura principal.
Figura : Diagrama esquemático da célula de Hele-Shaw girante com dois fluidos de densidades
diferentes representada por ρ, Ω é a velocidade angular, η a viscosidade, φ o ângulo da interface entre
os fluidos, R é o raio da interface circular que separa os fluidos, σ a tensão superficial, b a espessura
das placas e ζ a pertubação do sistema. Fonte: Gâdelha, 2004. Experimentos na célula de Hele-Shaw
girante onde pode ser vista a evolução temporal da interface entre os fluidos. Fonte: Folch, 2009.
Agora inserindo os termos para o referencial girante no segundo termo da Eq.(2) temos:
∂uj
ρj [ + (uj · ∇)uj )] = −∇pj + ηj ∇2 uj + ρΩ2 rr̂ . (10)
∂t
onde Ω denota a velocidade angular de rotação da célula, ρ a densidade, r é a distância ao
eixo de rotação e r̂ é o vetor unitário na direção radial.
A equação do sistema expressa o campo de velocidade bidimensional dado pela lei de Darcy
b2 ρj Ω2 r 2
vj = − ∇[pj − ], (11)
12ηj 2
∇2 ψ = 0. (13)
as Eq.(14) e (15) são tomadas em engima da interface entre os fluidos, elas são condições de
contorno. A componente normal da velocidade é continua, vn é a velocidade normal da
interface
∂s ψ |in = ∂s ψ |out = −vn , (14)
e a componente tangencial da velocidade e descontinua que é dada pela função gama
onde R é o raio da gota não perturbada mais uma perturbação ζ(φ). Expandido em série de
Fourier a perturbação na interface temos
∞
X
ζ(φ, t) = ζ n (t)e inφ , (19)
n=−∞
para ζn pequeno o comportamento do modo é descrito pela taxa crescimento linear λ(n), onde
ζn representa a amplitude de Fourier de um modo de n. Resolvendo Eq.(20) temos como
resultado:
ζn (t) = ζn (0)e λ(n)t (21)
λ(n) é a taxa de crescimento exponencial, ζn (0) a pertubação inicial, e t como tempo
adimensional.
10
λ 0
B=0.01
B=0.03
B=0.06
-10
0 2 4 6 8 10
n (número de modos)
Figura : Taxa de crescimento linear λ(n) em função de n, para B = 0.01, B = 0.03 e B = 0.06
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Implementação do Método de Phase-Field
O método Phase-Field
∂ψ 1 1
= ∇2 ψ + A∇ · (θ∇ψ) + √ γ (θ) 1 − θ2
e (26)
∂t 2 2
onde é a espessura artificial da interface e e
é um parâmetro numérico para otimização do
tempo de relaxação de ψ.
A Equação do Phase-Field representada por θ abaixo nos diz como a interface se move:
∂θ
2 = f (θ) + 2 ∇2 θ + 2 κ (θ) |∇θ| + 2b
z · (∇ψ × ∇θ) (27)
∂t
Simulações simétricas
Simulações assimétricas
Amplitude da pertubação
Análise comparativa
Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente circular e perturbada pelo modo
n = 2 com A = 0.95 e B = 0.02. Na linha superior, a interface é vista através da escala de cores para a
função θ em três instantes de tempo t = 7.81 × 10−3 , t = 0.5 e t = 0.81. Na linha inferior é mostrada
a função corrente adimensional ψ em código de cores nos instantes de tempo correspondentes.
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Resultados
Simétricos
Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente circular e perturbada pelo modo
n = 3 com A = 0.95 e B = 0.02. Na linha superior, a interface é vista através da escala de cores para a
função θ em três instantes de tempo t = 7.81 × 10−3 , t = 0.25 e t = 0.45. Na linha inferior é
mostrada a função corrente ψ em código de cores nos instantes de tempo correspondentes.
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Resultados
Simétricos
Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente circular e perturbada pelo modo
n = 4 com A = 0.95 e B = 0.02. Na linha superior, a interface é vista através da escala de cores para a
função θ em três instantes de tempo t = 7.81 × 10−3 , t = 0.25 e t = 0.62. Na linha inferior é
mostrada a função corrente ψ em código de cores nos instantes de tempo correspondentes.
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Resultados
Equação da Interface Pertubada
Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente quase circular com perturbação
assimétrica usando A = 0.95 e B = 0.01. Os instantes de tempo são t = 7.81 × 10−3 , t = 0.37 e
t = 0.81. A previsão linear é de nmáx = 5.8, aproximadamente 6 dedos. A simulação apresenta 7 dedos.
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Resultados
Assimétricos
Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente quase circular com perturbação
assimétrica usando A = 0.95 e B = 0.03. Os instantes de tempo são t = 7.81 × 10−3 , t = 1.31 e
t = 1, 56. A previsão linear é de nmáx = 3.38, aproximadamente 4 dedos. A simulação é de 4 dedos.
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Resultados
Assimétricos
Figura : Simulação da evolução temporal de uma gota inicialmente quase circular com perturbação
assimétrica usando A = 0.95 e B = 0.06. Os instantes de tempo são t = 7.81 × 10−3 , t = 0.78 e
t = 1, 56. A previsão linear é de nmáx = 2.42, aproximadamente 3 dedos. A simulação é de 3 dedos.
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Resultados
Assimétricos
Figura : Simulação da gota evoluı́da em seu tempo final assimétrica usando na figura esquerda
A = −0.95 , no centro A = 0.0 e direita A = 0.95, com B = 0.01 nas três simulações. No instante de
tempo final t = 0.81. Simulação de dedos na célula girante para três valores do contraste de
viscosidade. Fonte: Hermes, 2007.
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Resultados
Análise quantitativa do crescimento da pertubação em n=2
1
Posição
-1
-2
0 0,2 0,4 0,6 0,8
t (adimensional)
Figura : Posição da interface ao longo do eixo y = 0 em função do tempo adimensional t em que temos
uma perturbação simétrica com n = 2. O tamanho do dedo direito (esquerdo) neste gráfico é dado pela
posição positiva (negativa) da interface menos (mais) o tamanho do raio não perturbado R = 1.
1,5
1
Posição
0,5
-0,5
1
Posição
-1
-2
0 0,2 0,4 0,6 0,8
t (adimensional)
Figura : Posição da interface ao longo do eixo y = 0 em função do tempo adimensional t em que
temos uma perturbação simétrica com n = 4. Os dedos crescem em forma de cruz, assim o crescimento
das linhas da curvas são uma exponencial crescente positiva(negativa).
0,80 0,80
0,70
0,70 0,60
0,60 0,50
0,40
0,50
ζ/R
ζ/R
0,30 Simulação
0,40 Simulação Ajuste
Ajuste Analítico
0,30
Analítico 0,20
0,20
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
t (adimensional) t (adimensional)
Figura : Tamanho da perturbação da interface ζ2 em função do tempo adimensional t para a simulação
simétrica com n = 2. A curva preta representa o resultado extraı́do da simulação, a curva azul
representa um ajuste numérico por uma curva exponencial nos instantes iniciais da simulação
0 < t < 0.1; a curva vermelha representa a previsão teórica do crescimento exponencial do modo n = 2
dada pela Eq.(21). Para o analı́tico temos λ = 1.88 e da simulação temos λ = 1.63.
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Resultados
Tamanho da perturbação na interface
0,80 0,80
0,70
0,70 0,60
0,50
0,60 0,40
ζ/R
ζ/R
0,50 0,30
Ajuste Ajuste
0,40 Simulação Simulação
0,20
Analítico Analítico
0,30
0,20
0,10
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
t (adimensional) t (adimensional)
Figura : Tamanho da perturbação da interface ζ3 em função do tempo adimensional t para a simulação
simétrica com n = 3. A curva preta representa o resultado extraı́do da simulação; a curva azul
representa um ajuste numérico por uma curva exponencial nos instantes iniciais da simulação
0 < t < 0.1; a curva vermelha representa a previsão teórica do crescimento exponencial do modo n = 3
dada pela Eq.(21). Para o analı́tico temos λ = 2.52 e da simulação temos λ = 2.22.
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Resultados
Tamanho da perturbação na interface
0,80 0,80
0,70
0,70 0,60
0,60 0,50
0,40
0,50
ζ/R
ζ/R
Simulação 0,30 Simulação
0,40 Ajuste Ajuste
Analítico Analítico
0,30
0,20
0,20
0,15
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
t (adimensional) t (adimensional)
Figura : Tamanho da perturbação da interface ζ4 em função do tempo adimensional t para a simulação
simétrica com n = 4. A curva preta representa o resultado extraı́do da simulação; a curva azul
representa um ajuste numérico por uma curva exponencial nos instantes iniciais da simulação
0 < t < 0.1; a curva vermelha representa a previsão teórica do crescimento exponencial do modo n = 4
dada pela Eq.(21). Para o analı́tico temos λ = 2.8 e da simulação temos λ = 2.33.
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Conclusão
OBRIGADO!