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0-Pereira R. 2013. Dissertação Candomble PDF
0-Pereira R. 2013. Dissertação Candomble PDF
RODRIGO PEREIRA
Rio de Janeiro
2013
ii
RODRIGO PEREIRA
Banca Examinadora:
_______________________________________________
Profª Drª Tania Andrade Lima (Orientadora)
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional
_______________________________________________
Prfª Drª. Rita Scheel-Ybert
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional
_______________________________________________
Profª Drª Márcia de Vasconcelos Contins Gonçalves
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Suplentes:
_______________________________________________
Profª Drª Denise Cavalcante Gomes
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional
_______________________________________________
Profª Drª Rosa Cristina Corrêa Luz de Souza
Universidade Federal Fluminense
iii
Para meus pais, Joaquim Pereira Filho e Almira Wagner Pereira, pelo amor,
dedicação e apoio incondicionais para a obtenção desta vitória. À meu irmão,
Ricardo Pereira, pelo exemplo de profissionalismo e de pesquisador. À Frederico
Antonio Ferreira, sem o qual não teria chegado até aqui.
iv
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, Profª Drª Tania Andrade Lima, por acreditar no meu
potencial e no meu desejo de trilhar os rumos da arqueologia, pela paciência e sábios
ensinamentos durante a produção da dissertação.
Aos professores Rita Scheel-Ybert, Maria Dulce Gaspar, Denise Maria
Cavalcante Gomes, Andrea Lessa, Adilson Dias Salles, Antonio Brancaglion Júnior,
Luci de Senna Valle e Dante Luiz Martins Teixeira, pelo aprendizado e paciência
durante as aulas.
À Claudine B. Leite, da Secretaria do Programa de Pós-graduação em
Arqueologia, pela ajuda nas burocracias acadêmicas.
Aos discentes do Museu Nacional, em especial Lílian, Maíra, Andréia, Luiza,
Pedro, Rui, Júlio, Victor, Sandra, Silvia, Sabrina, Emerson, Morgana, Ricardo, Gina,
Ana Luisa, Diogo, Marcela e Angélica, por tão grande amizade e companheirismo.
Aos amigos Alexandre Dias, Rosa Cristina Corrêa, Luciana Witowski, Luciane
Zanenga Scherer, Marilda Goulart, Gloria Demamann, Francine Medeiros, Ayala
Pessoa, Alejandra Saladino, Regina Coeli, Regiane Barreto, Adler Homero, Tatiana
Weska e Tatiane Freire, pelo apoio durante a pesquisa.
Às mais que amigas Danielle Dias de Carvalho e Marina Cézar Buffa, pela
amizade incondicional, ajuda e conselhos.
À equipe que pesquisou comigo o candomblé na Musas Projetos Culturais
LTDA - Telma, Sabrina, Tadeu, Anderson e Roberto Conduru - pela compreensão
quando tive momentos de dificuldades.
Ao meu eterno mestre, Prof. Dr. Francisco Lissando Albernaz (PGCS/UFES),
pelo incentivo aos estudos do campo da antropologia, arqueologia e patrimônio.
Sobretudo, por sua amizade.
Aos orientadores do mestrado em Ciências Sociais na Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, Profª Drª Márcia de Vasconcellos Contins Gonçalves e Prof. Dr.
Valter Sinder, por acreditarem que daria conta de dois mestrados ao mesmo tempo.
À Claudia Bacca, Edna Esperandio e Nazaré Dalvi amigas do Espírito Santo e a
quem devo muito por ter chegado até aqui.
Ao "povo de santo" que muito tem me ensinado sobre o candomblé.
À Deus, que se mostrou gracioso e compassivo em momentos de angustia, sendo
sempre consolo, paz e vida em todas as situações.
v
RESUMO
ABSTRACT
The study aims to analyze the material culture and the built environment and rituals in a
sample of 32 houses of Candomblé state of Rio de Janeiro. In particular we launched
the hypothesis that the spaces are occupied by the action of the triad formed by the
manager, the players and the available area. This occupation relates to a classification
model of spaces, public and private space kills from the bibliography used.
We performed a quantification of such sites as understanding occurs subjectivity of
such a model in the formulation of Candomblé Carioca, which makes adaptations to the
specific service areas available and more visible. The analysis of aspects malacológicos
and botanical supplements the study informing uses, and forms the main shellfish
species and plant families present in Axés.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE MAPAS
Mapa 1. Áreas de diáspora negra da África e seus locais de entrada no Brasil. ............ 25
Mapa 2. Principais portos e rotas da Diáspora Africana no Brasil. ................................ 27
Mapa 3. Diáspora das comunidades de Candomblé do Rio de Janeiro – Do século XIX
até a atualidade ............................................................................................................... 42
Mapa 4. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os círculos vermelhos identificam
os municípios onde estão localizados os terreiros inicialmente selecionados para a
dissertação. ..................................................................................................................... 45
Mapa 5. Mapa das zonas geográficas identificadas para os moluscos analisados. ...... 158
xi
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
BA Bahia
PE Pernambuco
RJ Rio de Janeiro
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 16
1. PRINCÍPIOS COSMOLÓGICOS E PANORAMA HISTÓRICO DO
CANDOMBLÉ NO RIO DE JANEIRO..................................................................... 21
1.1. Introdução, conceitos e tipos ideais no candomblé.............................................. 21
1.2. A diáspora negra na formação do candomblé do Brasil ...................................... 24
1.3. A formação histórica e social do candomblé brasileiro ....................................... 28
2. METODOLOGIA..................................................................................................... 44
2.1. Histórico sobre a metodologia adotada inicialmente para a dissertação.............. 44
2.2. Nova metodologia adotada para a dissertação ..................................................... 49
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E A RELEVÂNCIA DAS OBRAS
ANALISADAS PARA A DISSERTAÇÃO ................................................................ 58
3.1. Análises de Cultura Material e Espaços Edificados ............................................ 59
3.2. O candomblé na produção antropológica e histórica no Brasil ........................... 61
4. ESPAÇOS EDIFICADOS, PROFANOS E RITUAIS, EM TERREIROS DE
CANDOMBLÉ .............................................................................................................. 70
4.1. A divisão tripartida entre espaços construídos, barracão e mata ......................... 70
4.2. Análise dos espaços edificados, profanos e rituais, em terreiros de candomblé.. 88
4.2.1 A divisão por nações nos terreiros analisados ................................................ 89
4.2.2. Divisão por gênero dos dirigentes dos terreiros analisados .......................... 92
4.2.3. Entidades às quais foram dedicadas casas de santo e sua porcentagem de
ocorrência ................................................................................................................ 93
4.2.4. Entidades às quais foram dedicados quartos de santo e sua porcentagem de
ocorrência ................................................................................................................ 97
4.2.5. Entidades à quais foram dedicados assentamentos e sua porcentagem de
ocorrência .............................................................................................................. 101
4.2.6. As Áreas verdes ou o Espaço mata identificados e sua porcentagem de
ocorrência .............................................................................................................. 106
4.2.7. Os Roncós, as Fontes e os Poços identificados na pesquisa ....................... 114
4.2.8. Outros espaços edificados, profanos e rituais ............................................. 119
4.2.9 Os Barracões ................................................................................................ 125
4.2.10. Os terreiros sem identificação de espaços edificados, na amostra analisada
............................................................................................................................... 125
5. CULTURA MATERIAL ANALISADA............................................................... 127
xv
INTRODUÇÃO
1
Para esta pesquisa adota-se a perspectiva de Wagner (1981) e a de Hobsbawm & Ranger (1997) quanto
à dinâmica da construção constante da cultura e da tradição pelos grupos, entendendo assim que as
entidades dos cultos afro-brasileiros e suas origens se ligam mais a processos de elaboração constante da
tradição do que de uma origem stricto sensu quanto ao local geográfico mítico de construção.
22
os homens, mas a ligação entre elas e o mundo físico (ver a Figura 1, onde se apresenta
esse ciclo de axé em um terreiro de candomblé).
A realização de giras ou das festas para com muitas bebidas, cigarros, charutos,
cachimbos, carne e músicas caracterizam a forma de adoração de entidades nacionais
denominadas de caboclas (LANDES 2002, CARNEIRO, 1991). Estas entidades ainda
ligadas ao plano material, pois ainda são espíritos sem tempo de experiência como tais,
aceitariam essas oferendas em trocas de favores que prestam a seus adoradores. Tais
giras apresentam como entidades, além dos orixás (em especial Ogum, Xangô, Iemanjá,
Oxalá, Oyá e Oxossi), os Pretos Velhos ou Pretas Velhas, (que são espíritos de ex-
escravos), como, de Ciganos ou Ciganas, Marinheiros, Boiadeiros e de duas qualidades
de Exus: os femininos, como a Maria Padilha, Sete Saias entre outras, e os masculinos
como Exu Tiriri, Bará, Exu Caveira, Zé Pelintra, Tranca Ruas, e uma miríade de outras
entidades do mesmo tipo. Todos estes promovem atendimentos públicos à seus adeptos
e, realizam serviços ou trabalhos, se contentando com bebidas, cigarros e músicas.
23
Assim, sob esta tipologia ideal é que o candomblé, mais especificamente o "Rito
Nagô" (BASTIDE, 2001), se configura no Brasil como um modelo predominante
(BASTIDE, 2001). Contudo, não se descarta que ele mesmo seja fruto de outras
movimentações culturais. Sobre essas circulações se destacam as pesquisas de Parés
(2007) na defesa de que o candomblé baiano deve muito mais ao grupo étnico Jêje do
que aos Nagôs, pois localiza no século XVIII e no recôncavo da Bahia a formação dos
primeiros terreiros deste tipo de culto. Para esse autor, o terreiro, com valor de moradia
e de sociabilidade, precede as casas de candomblé, com o valor de local de culto, sendo
um espaço de vivência de um parentesco de "nação" e que permitiu aos africanos e seus
descendentes a criação de um espaço de culto e sociabilidade. A experiência
comunitária da religião é que dará, nessa leitura, os contornos de um terreiro de
candomblé que congrega tanto um espaço de culto como um local de residência e
vivência.
Parés (2007) indica, no caso da formação do Jêje na Bahia, que o termo "nação"
deve ser visto sob uma ótica das relações étnicas e interétnicas de Barth (2000) e como
essa construção funciona como uma fronteira onde internamente são criados elementos
de autoimagem e de concepção de mundo. Esta identidade foi construída no contexto
da diáspora negra para o Brasil, e reflete uma ação intencional dos africanos na
elaboração de uma identificação entre os escravos de diversas regiões da África, às
vezes com troncos linguísticos semelhantes, e que se aglutinaram no Brasil em torno
deste "conceito-identidade" (PARÉS, 2007) aproximado de procedência. Esta
perspectiva assemelha-se à adotada por Slenes (1995), para explicar a formação deste
núcleo de pessoas, e que se adota aqui como significado para o termo "nação" ou
"proto-nação" (SLENE, 1995), sendo um ponto central para a compreensão da
identidade e da religiosidade do africano no Brasil.
O temo diáspora pode se definido como “a dispersão mundial dos povos africanos
e de seus descendentes como consequência da escravidão e outros processos de
imigração” (SINGLETON & SOUZA, 2009, p. 449), entendendo o termo diáspora
como algo mais do que êxodo ou deslocamento, especialmente no contexto africano,
assumindo, ao contrário, a importância do aspecto transnacional, uma vez que, sem o
trânsito entre nações e a consequente adaptação dos indivíduos "viajados", o conceito
em questão certamente não estaria merecendo tanta atenção por parte dos acadêmicos,
como Gilroy (2001), por exemplo. O fato de confrontar duas (ou mais) sociedades traz
ao indivíduo em diáspora desconforto, especialmente se este encontro se dá com base
em diferenças de poder e subjugação. A diáspora africana para o Novo Mundo,
impulsionada e propagada pelos países europeus que viam nela grande fonte de lucro e
26
que foi uma das maiores empreitadas comerciais dos idos coloniais, é atualmente
estudada em toda a sua extensão geográfica, antropológica, sociológica, arqueológica e
literária e em todas as outras maneiras através das quais o contato entre seres humanos
pode gerar expressões.
A diáspora pode ser entendida, então, como a ausência de um lar em um primeiro
momento e, em seguida, a reconstrução do ambiente acompanhada do frequente desejo
de retorno ao que foi perdido. A publicação está no prelo, assim que eu tiver os dados
eu a repassarei. A partir deste pressuposto é que se pode entender a formação do
candomblé no Brasil: um forma de reconstruir a África onde se estivesse. Bastide
(2001) entende o candomblé como uma reconstrução temporal de um microcosmos
africano dentro do terreiro, presentificando o passado e reatualizando-o para o
cotidiano.
Esse processo fortemente ligado ao desembarque destes negros-mercadorias,
permitiu, em áreas urbanas e rurais de diversas regiões do Brasil, o substrato para a
construção de novas identidades que, por sua vez, podem ser vistas "em trânsito"
(GILROY, 2001), ou seja, na perspectiva da adaptação e das manutenções das
manifestações culturais desses homens e mulheres nas novas terras. Para Hall (2008), o
conceito de diáspora “está fundado sobre a construção de uma fronteira de exclusão e
depende da construção de um 'outro' e de uma oposição rígida entre o dentro e o fora”
(HALL, 2008, p. 32), ou seja, é o confronto entre o eu e o desconhecido que causa a
indisposição presente entre os indivíduos da diáspora. Nesse sentido, os portos de
embarque e desembarque de negros podem ser vistos como locais destes confrontos e
como marcadores temporais e geográficos deste processo sócio-histórico (sobre estes
portos e zonas de desembarque observar o Mapa 02).
A partir desta constatação é possível entender o candomblé como um dos frutos
da diáspora negra, não apenas como uma religião ou um conjunto de postulados sobre a
vida, mas também a permanência e ressignificação de um conjunto de saberes-fazeres
que se perpetuara ao longo dos séculos e ainda hoje reverberam ou ressoam na
construção das identidades negras (PEREIRA, et alii, 2012). O mapa 2 apresenta as
principais áreas de desembarque de negros em diáspora no Brasil, e nele se pode
perceber a preponderância de Salvador, Recife e do Rio de Janeiro neste processo.
27
regular e com caráter normativo e que, no contexto da diáspora, permitiram aos negros
criar comportamentos agenciais de inovação e continuidade, além da já citada interação
social, para se oporem, de forma ativa ou disfarçada, à dominação branca (PRICE,
2003).
Ter um sentido de pertencimento a uma "nação" e a uma determinada casa, neste
contexto de reformulação do mundo em trânsito (GILROY, 2011), torna o individuo
ligado a um determinado grupo, a um determinado passado e a uma determinada
quantidade de capital simbólico a ser instrumentalizado (BOURDIEU, 1997). É
indubitável que as variações existiram, permanecem e devam ser revistas, atrelando os
estudos historiográficos a estudos antropológicos com a finalidade de determinar com
maior precisão, a origem étnica destes negros na diáspora, processo que ainda precisa
ser aprimorado pelos estudos historiográficos, antropológicos e arqueológicos.
2
Conforme Marzano (2008), a islamização da África Ocidental não se deu a partir de conquistas
territoriais. O fator principal da expansão muçulmana nesta região foi o comércio transaariano, que
envolvia a África Ocidental e o norte do continente. O processo ocorreu após a consolidação da conquista
árabe ao norte, se iniciando a partir do século IX. Esse comércio envolvia a captura de escravos que eram
levados ao norte do continente. Esse tráfico teve inicio com as guerras santas, incluídas no processo de
expansão do islamismo para o norte da África e para a Europa mediterrânica.
30
Tal listagem pode ser lida não apenas como uma classificação de procedência
étnica dos negros, mas também como uma lista da formação do candomblé, dando
maior ênfase, como já colocado, ao elemento Nagô. Tal fato não é passado de forma
desapercebida por autores subsequentes à Rodrigues (1977): Landes (2002) também
afirma a "primazia nagô" no candomblé baiano, seguida por Bastide (2001) e, de forma
geral, por Verger (1981, 1995, 1998 e 2009).
Ramos (1946), assim como Rodrigues (1977), encontra dificuldades para
delimitar a procedência étnica do negro trazido para o Brasil (Nagô, Mina, Angola ou
Moçambique), tendo em vista que, no período escravista, o que era levado em conta era
a saúde e força do negro, não sua procedência. Ramos (1946, p. 280 e ss.) segue as
conclusões de Rodrigues (1977) quanto à primazia dos sudaneses na Bahia, destacando,
porém, a presença dos bantos e uma possível polarização entre estas duas etnias. Desta
forma, divide a raça negra em três grandes troncos:
31
Tentando não se fechar em um possível erro descritivo dos negros que vieram
para o Brasil, Ramos (1946) conclui:
“[...] É preciso assinalar que essas sobrevivências culturais não existem em
estado puro, nem são facilmente identificáveis [...] É possível que futuras
pesquisas identifiquem novos padrões culturais; serão elementos que, parece,
irão congregar em torno dos padrões principais referidos”. (RAMOS, 1946,
p. 280).
Sociedade Cultural e Religiosa Culto aos Eguns, mas com raízes 1980
Ilê Axipá em Kêtu
Ilê Babá Agboulá Culto aos Éguns, mas com raízes Primeiro quarto do século XX
em Kêtu (sem data precisa)
Fonte: Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador, 2007 .
De casas iniciais, atualmente cerca de 1.500 outros terreiros são filhos ou saíram
ou se desmembraram destas casas e se constituíram como terreiros autônomos
(MAPEAMENTO DOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ DE SALVADOR, 2007). O
candomblé, seja por fatores étnicos ou pela necessidade religiosa, se formou em
Salvador tendo o elemento negro como seu aglutinador e motor de existência
(VERGER, 1981; BASTIDE, 2001).
Por fim, a conclusão de Ramos (1946) é de suma importância para a compreensão
da formação do candomblé, ou melhor frisando, dos cultos afro-brasileiros, na cidade do
Rio de Janeiro:
“Pela primeira vez, no ‘O Negro Brasileiro’ identifiquei a procedência
angolana-congolêsa para a maior parte das macumbas do Rio de Janeiro e
algumas da Bahia. Os nossos estudiosos apenas haviam acentuado a
contribuição linguística de origem bantu, não realizando nenhuma pesquisa
sistematizada com relação às outras formas de cultura”. [...] Esta
identificação foi realizada num sentido amplo, nas minhas pesquisas na
macumba do Rio (1934) e hoje os estudiosos da etnografia negra já falam
comumente em religiões e cultos de ‘procedência bantu’, em macumbas de
‘origem ‘angola-congolese’, em sincretismos ‘gegê-nagô-bantu’, etc. [...]”
(RAMOS, 1946, p. 335-336)
Assim, apesar de uma forte formação angola-congolesa e mina nos grupos negros
no Rio de Janeiro e, consequentemente, na formação das matrizes religiosas afro-
brasileiras, Rocha (2000) percebe a proeminência de um Modelo Nagô ou Kêtu nos
candomblés formados na cidade. O principal motivo, sem dúvidas, foi uma segunda
34
diáspora de negros da Bahia para o Rio de Janeiro, entre o final do século XIX e meados
do século XX, sendo a escravidão, a busca por empregos e melhores condições de vida
os principais motivos deste segundo deslocamento (SOARES, 1988)3.
Ao analisar a formação histórica do candomblé no Rio de Janeiro, se pode pensar,
com certeza, em uma segunda diáspora negra ou uma diáspora de candomblé ocorrida.
A chegada de migrantes baianos praticantes, aí incluídos muitas ialorixás e babalorixás,
no fim do século XIX e início do XX, pode ser entendida como uma remodelação ou
adaptação da religião ao Rio de Janeiro.
Sobre esta leva de dirigentes vindos da Bahia, a ialorixá Maria de Xangô, em
entrevista, descreve a chegada de seu avô, Cristóvão dos Anjos, fundador do Ilê Ogun
Anaeji Igbele Ni Oman:
"Eu vim com meu avô com oito meses, aqui ele veio e fundou... comprou este
terreno. Primeiro ele morou no Gramacho, que ele veio junto de Salvador.. na
época é que veio quase todos os pais de santo antigo né? Pra cá, e aí né
[veio] o finado Joãozinho da Gomeia, finado Bobó, finado Seu Álvaro Pé
Grande, finada Senhorazinha. [Meu avô] veio nessa leva com eles todos para
cá. Cada um se localizaram num lugar e meu avô pegou e comprou isso aqui,
esse imóvel aqui na Rua Eça de Queiroz 17, Pantanal, quadra 69, e aqui ele
fundou o axé, mas ele continuava dando assistência na casa da Bahia, o axé
da Bahia [é] que foi [fundado] pelos africanos". (PEREIRA, et alii, 2012)
Com essa nova migração, que pode ser considerada como uma nova diáspora
negra, a formação dos terreiros de candomblé ou das comunidades de terreiro
(CONDURU, 2010) no Rio de Janeiro e em sua Região Metropolitana deve ser
entendida como um processo que se instala em um novo contexto: a urbanização.
Analisando a formação destas comunidades de terreiro, Conduru (2010) indica
uma movimentação histórica do centro da cidade para as periferias, com a transferência
ou mesmo o fechamento das casas que funcionavam em regiões eminentemente negras,
como a Pequena África, e arredores. Para Corrêa (2009), frente aos processos de
modernização e adaptação da cidade, os locais de culto, , passam por uma perseguição,
fechamento e recolhimento de objetos de culto pela polícia, o que os leva a se
transferirem do Centro do Rio de Janeiro para os bairros periféricos mesmo no século
XIX antes do fim da escravidão e no início do XX com Pereira Passos e suas reformas.
Sobre estes locais é interessante observar os apontamentos de Soares (1988) sobre
os zungús ou as casas de angu, locais não apenas de venda de alimento, repouso ou
meio de fuga da escravidão no século XIX, mas como também possíveis locais de cultos
3
Entende-se que a primeira diáspora de negros da Bahia para o Rio de Janeiro tenha ocorrido após a
Revolta dos Malés, em 1835.
35
4
Por "Comunidade de Terreiro", Conduru (2010) indica serem locais em que eram implantados os "axés"
ou terreiros e onde pessoas passaram a fixar sua residência, construindo moradias no entorno dos espaços
rituais dos terreiros. Assim, poderia-se não apenas se ter uma vida ligada ao terreiro e ao culto, mas
também usufruir de uma rede de mútua ajuda entre os diversos membros ali residentes quanto a dinheiro,
saúde e alimentação, por exemplo.
36
Em outra incursão policial batida contra essas casas de "dar fortuna" (SOARES,
1988) é possível ainda perceber mais da cultura material destes locais e como eles eram
procurados para males relacionados à alma e também para "males físicos" (SOARES,
1988, p. 82-83):
[...] Na casa, localizada no antigo Pendura Saia, o subdelegado encontrou
diversos vasilhames de barro com raízes, pós e águas, onde havia grandes
favas. Uma grande variedade de búzios ervas e caramujos também foram
encontradas. Em um dos quartos as autoridades depararam com numerosa
quantidade de imagens de santos, desde santos católicos até indecifráveis
totens "africanos".
Sobre tal relato se poderia dizer que, por semelhança com a cultura material
utilizada nos cultos afro-brasileiros atualmente (BENISTE, 1997 e VOGEL, 1993), as
favas poderiam ser o obi (Cola acuminata), uma noz africana utilizada em ritos de
candomblé e umbanda, os caramujos poderiam ser os bois de Oxalá ou Igbin (Achatina
fulica), animal utilizado em sacrifícios e para a iniciação de neófitos, e as numerosas
imagens poderiam se configurar como um "proto-congá", ou mesmo um congá, altar
utilizado na umbanda que contém as imagens de santos católicos, orixás e entidades
caboclas (Maria Molambo e suas variantes, Exus, Ciganos/Ciganas, Boiadeiros,
Caboclos e Índios).
Ainda no texto de Soares (1988) se pode notar a presença de negros forros, livres,
escravos e os contatos destes entre si e com africanos vindo de outras regiões do Brasil
após o fim do tráfico atlântico. Tal situação colocaria tais pessoas em relação, o que
poderia ocasionar trocas religiosas ou absorções de elementos religiosos externos aos
indivíduos. Além deste contato pessoal é possível pensar em interseções entre regiões,
37
Já Moura (1995) oferece outra perspectiva na qual os baianos teriam uma maior
proeminência na fundação de tais casas:
"Os baianos se impõem no mundo carioca em torno de seus líderes vindos
dos postos do candomblé e dos grupos festeiros, se constituindo num dos
únicos grupos populares no Rio de Janeiro, naquele momento, com tradições
comuns, coesão, e um sentido familístico que, vindo do religioso, expande o
sentimento e o sentido da relação consanguínea, uma diáspora baiana cuja
influência se estenderia por toda a comunidade heterogênea que se forma nos
bairros em torno do cais do porto e depois na Cidade Nova, povoados pela
gente pequena tocada para fora do Centro pelas reformas urbanas" (MOURA,
1995, p. 43).
recepção pra comemorar a saída dele, e fazem uma roda, né , então dizem
isso, eu já ouvi falar sobre isso. Agora o que todo mundo sabe é que a roda de
Xangô foi um ritual criado por ele, criado de Xangô. Então, todas as casas
tradicionais, como a casa Branca, o Axé Opô Afonjá, o Gantois tem essa
roda, pode variar um cântico ou outro, uma forma de fazer, mas todos têm
essas casas, isso é uma herança direta dele, né da prática religiosa, né de
organização deles, dos Obá de Xangô, nasceu o Opô Afonjá, todo mundo
sabe, né que [incompreensível] foi inspirado, né por ele. É... ele teve uma
importância, não só como sacerdote mas como babalaô na Nigéria, ele é o
líder espiritual e político de seu povo, ele é o guardião do seu povo, né [sic],
e ele cumpriu bem esse papel. E depois também o seu neto, Benzinho, de
qual a família hoje que existe basicamente aqui, é.. na Bahia e aqui, é
justamente a de Benzinho, seu neto, né, , que é a mãe Regina de Bamboxê, a
Tia Irene, é, Mãe Caetana, [incompreensível] que hoje tá no Pilão de Prata,
né, essas famílias vem de Benzinho, que era neto de Bamboxê e que continua
perpetuando todo o trabalho. Então costumo dizer que o candomblé
brasileiro, ele deve a essa família muita coisa, né... a essa família muita
coisa" (PEREIRA, et alii, , 2012, s/p).
5
O Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador (2007) indica que as "casas mães" são aquelas
que, obedecendo ao funcionamento do candomblé, permitiriam a determinados membros, após sua
formação concluída nesse culto, saírem de suas casas e fundarem novas. Isso torna o terreiro nascente
"filho" ou "da descendência" da "casa mãe".
40
Tabela 2. Historicização e expansão geográfica dos terreiros de candomblé do Rio de Janeiro entre os
séculos XIX e XX.
Período Movimentação Principais Comunidades ou Casas de Candomblé
geográfica ou diaspórica e suas características
Da Segunda Instalação das primeiras Destaque para líderes como Rodolfo Bamboxê, João
metade do século casas conhecidas nos Alabá, Cipriano Abedé e Mãe Aninha ("nação"
XIX até a década bairros centrais da cidade "Kêtu"); de Rozena Besseim, Domotinha de Oiá e
de 1930 do Rio de Janeiro Natalina de Oxum ("nação" "Jêje") e Joãozinho da
Gomeia, João Lessenge e João Gambá ("nação"
"Angola").
Após a morte de muitos dirigentes algumas casas
fecham ou se dispersam em novas casas com seus
antigos membros. O período se caracteriza por
certas descontinuidades quanto aos locais de
instalação, do culto e permanência dos dirigentes no
Rio de Janeiro.
Há uma forte migração de baianos para o Rio de
Janeiro no período.
Anos de 1940 Transferência das Caracteriza-se pelo duplo movimento de fechamento
comunidades para o de algumas casas e abertura de outras pelos ex-
subúrbio da cidade do Rio membros das casas encerradas. Ao mesmo tempo,
de Janeiro ou para a outras casas se consolidam no cenário do candomblé
Baixada Fluminense carioca. Podem ser descritas como casas fundadas a
partir deste período: Opô Afonjá, as comunidades de
Meninazinha d'Óxum, Regina do Bamboxê, Casa de
Pai Ninô, Casa de Mãe Dila, Casa de Cristóvão de
Efon (inaugurando a "nação" "Efon" no estado),
Terreiro de Valdomiro de Xangô e o Tumba Jussara
de Manoel Ciriaco de Jesus.
Anos de 1950 e Fixação das casas nos Manutenção da migração de baianos para o Rio de
1960 subúrbios do Rio de Janeiro. Fundação do Terreiro de Tata Fomotinho,
Janeiro, Baixada de Zezito de Oxum ("nação" "Ijexá); Zezinho da
Fluminense e Região de Boa Viagem"Angola"); Mãe Beata de Iemanjá.
Niterói e São Gonçalo. Delinha d'Ogum e Janete d'Oxum (tradição
"Alaketu"); Nitinha d'Oxum, Tetê de Oiá e Elza de
Iemanjá (tradição da Casa Branca do Engenho
Velho); Marina de Ossain, Letícia d'Omolu,
Almerinda d'Oxossi, Edelzuita d'Oguiã, Lindinha
d'Oxum, Margarida d'Oxum, Marta d'Oxum e
Simone d'Oxossi (tradição do Gantois) e, por fim,
Álvaro Pé-grande, Benta de Ogum, Teodora
d'Iemanjá e Tomazinha d'Oxum (tradição do
Engenho Velho de Cima).
No mesmo período chegam ao Rio de Janeiro as
primeiras casas ligadas ao culto de Babá-Eguns:
Laércio e Braga, Ojé Josiel.
Consta ainda a entrada da tradição do Bogum de
Salvador (BA) neste período com Margarida
d'Iemanjá e Wildirzinho de Oxumarê
Anos de 1970 aos Manutenção das casas de Proliferação de casas de todas as nações, mas com
dias atuais candomblé nas periferias especial destaque para as de origem "ketu".
do Rio de Janeiro e na
Região Metropolitana do
Rio de Janeiro.
Fonte: Adaptado de Conduru (2010).
42
Mapa 3. Diáspora das comunidades de Candomblé do Rio de Janeiro – Do século XIX até a atualidade:
1 - Da segunda metade do século XIX até a década de 1930
2 - Anos 1940
3- Anos 1950 aos dias atuais
Fonte: Adaptado de Conduru (2010).
roças, o que confere à Baixada Fluminense grande número de terreiros que se formam
nessa fase.
Tendo em vista o conjunto de casas analisadas nesta dissertação, perceber essa
movimentação do Centro para as periferias, ou mesmo para fora da cidade do Rio de
Janeiro, é de extrema importância, pois ilustra não apenas essa diáspora de casas, mas a
movimentação dos próprios dirigentes no intuito de se estabelecerem em locais
adequados e assim formar seus filhos, clientela de jogo e prosseguirem com o
atendimento aos orixás6.
A partir dessa amostra, podemos perceber que marcos físicos denotaram e ainda
denotam sua presença nestas paisagem, sendo traços não apenas da presença das casas
nas periferias do Rio de Janeiro, mas também marcos desta diáspora ocorrida e, que sob
outro aspecto - o da continuidade do movimento, ainda ocorre:
"Os templos, embora inseridos no cenário arquitetônico urbano-periférico,
podiam ser distinguidos – e ainda o são – através da presença de sinais
diacríticos, como a bandeira de tempo (mastro fincado no solo, na entrada do
terreno, onde tremula uma bandeira branca) e as quartinhas (potes de barro),
colocadas sobre os muros e telhados" (BARROS, 2000, p. 31).
6
Rocha (2000) indica, por exemplo, que teria sido o próprio Xangô, patrono do Terreiro, o responsável
pela transferência do Opô Afonjá do bairro de São Cristóvão para o atual bairro de Coelho da Rocha (São
João de Meriti), pois este orixá deseja um espaço maior onde pudesse se manifestar mais livremente,
longe de vizinhos que se incomodassem com as festas.
44
2. METODOLOGIA
7
Para esta dissertação o termo "casa", "terreiro" e axé, são sinônimos e denotam o espaço religioso
edificado que compõe os terreiros de candomblé.
45
divisão acima descrita, pois se constitui de uma área vegetal ligada simbolicamente à
África e que contém as plantas rituais da casa8.
Normalmente esta mata pode ser uma pequena área com plantas (como um
jardim), uma capoeira ou vegetação antropizada pelo/a dirigente, ou ainda um vaso com
uma ou duas plantas. Não importa o tamanho, mas sim o símbolo ali expresso. Para esta
pesquisa adapta-se este modelo reconhecendo nas casas de candomblé três
compartimentos: a área construída (que de divide em espaços públicos e privados
quanto à circulação de pessoas), o terreiro/barracão, onde se realizam as festas, como
um "microcosmo da África" (BASTIDE, 2001), e a mata9.
Desta forma, tanto a descrição do espaço como as análises empreendidas podem
ser melhor qualificadas e quantificadas na compreensão da lógica da concepção de
ambiente e da cultura material nestes locais. É nesse sentido que Conduru (2010, p. 191)
afirma que "[...] Essa estruturação por setores está associada às dinâmicas de suas
atividades cotidianas, religiosas, festivas e artísticas, com suas características mais
privadas ou públicas [...]", o que permite à dissertação, portanto, adotar tal modelo
básico, a ser verificado e debatido, como base de análise para a cultura material e locais
edificados analisados.
Os espaços edificados dos terreiros, portanto, são analisados nesta dissertação
tendo as seguintes clivagens como focos analíticos de significação e de suporte para a
cultura material (vide figura 2):
8
Para a presente dissertação, optamos por manter as terminologias de Rocha (2000), em especial a de
"espaço mata" para a designação da área de vegetação presente nos terreiros de candomblé.
9
A mata é entendida como edificada no sentido de ser desenvolvida pela ação humana e não como um
espaço construído como um cômodo. Ela significa a ação humana intencional, por isso constituinte de
representações ou valores para o candomblé.
47
que é indicativo que se realizem futuramente estudos também sobre esses elementos da
cultura material nos terreiros de candomblé.
Na análise dos moluscos, a pesquisa visitou um centro de venda desses
invertebrados, o Mercadão de Madureira, com o objetivo de registrar quais espécies
estão disponíveis para a comercialização e, consequentemente, utilização nos terreiros
de candomblé. Entendemos assim, que muitos materiais encontram-se disponíveis no
mercado10 para aquisição e utilização nos axés. Assim, a descrição de tais espécies
indica as que são utilizadas nas casas de candomblé. A análise in situ nos terreiros
comprovaria a utilização, e consequentemente a presença de tais materiais, bem como a
forma de emprego ritual, ou como adereço em roupas, objetos de culto e assentamentos.
Foram adquiridas unidades destes objetos que, em momento subsequente, seriam
enviadas a especialistas para as identificações taxonômicas11. Atrelado a essa aquisição
seria iniciado um levantamento in situ nos terreiros selecionados verificando quais
moluscos estavam presentes nas casas, conferindo-se sua presença ou ausência na
listagem produzida, o que complementaria o levantamento malacológico proposto.
Para as plantas, entendidas como cultura material (onde valores ideias e
distinções sociais são reproduzidas, legitimadas ou transformadas), se pretendia a
realização de um estudo etnobotânico nos terreiros. Assim, as plantas seriam recolhidas
e acondicionadas em prensas após envoltas em papel, de preferência de jornal, enviadas
ao Setor de Botânica do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (UFRJ), onde,
subsequentemente, se procederia a sua identificação. Desta maneira, o objetivo era
mapear e listar as plantas utilizadas no candomblé, correlacionando-as com o espaço
mata (ROCHA, 2000).
A etnobotânica se apresenta como uma ferramenta privilegiada para a
compreensão dos vegetais e seus usos no candomblé. Assim, um estudo nesta área
deverá primar não apenas pela identificação das plantas via utilização de informantes
nativos, coleta sistemática das espécies e posterior trato e identificação, mas deve
também buscar as correlações entre as formas de categorização e as implicações sociais
deste uso, caracterizando o que Marques (2002) denomina de uma etnociência.
10
Por mercado é compreendida a relação de compra e venda de produtos e serviços intermediados por um
preço pago em moeda corrente, conforme Mankiw (2009).
11
Respectivamente a Profª Drª Rosa Cristina Côrrea Luz de Souza (UFF) e o Prof. Dr. Alexandre Dias
Pimenta, do Setor de Malacologia do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (UFRJ)
49
Ilê Asé Baba Nile Ké/ Terreiro de Babaegun Kêtu Josiel Manoel dos Santos
Terreiro Ilê Nidê Kêtu Antenor Pereira Palma
Abassá do Ogum / Terreiro do Pai Ronaldo de Oxalaguian Angola Ronaldo de Oxalaguian
Associação Beneficiente Ilê Asé Obaluayê Azauany/ Ilê Asé Obaluayê Azauany Angola Pai Ricardo Victória
Terreiro de Mãe Regina de Oxossi/ Ilê Asé Igbá Odé Kêtu Mãe Regina de Oxossi
Ilê Ajagunã Asé Oyá Messan/ Terreiro do Pai Reginaldo Kêtu Pai Reinaldo de Oxalá/ Reinaldo
Pereira de Freitas
Terreiro Ilê Asé Yatopé / Terreiro do Oyá Gindê Kêtu José Roberto Gonçalves
Terreiro Ilê Omolu Oxum / Casa da Mãe Meninazinha de Oxum Kêtu Mãe Meninazinha de Oxum/ Maria do
Nascimento
Terreiro Ilê Asé Lissá Vodun / Terreiro da Mãe Lissá Kêtu Mãe Lissá/Sueni Passos da Silva
Terreiro Ilê Asé Ogbójù Fire Imó Ogun Oyá / Terreiro do Pai Gun Jobi Kêtu Sérgio Barbosa Costa
Terreiro Alto do Oxossi/ Terreiro Asé N´La Odé Kêtu Sebastião Ícaro Soares
Terreiro Rwe Sinfá (Casa das Águas de Ifá) Jêje Helena Batista de Araújo
Sociedade Senhor do Bonfim do Ilê Obá Nilá – Asé Yamassé Kêtu Mãe Edelzuita de Lourdes Santos de
Oliveira
Terreiro Ilê Asé Omó Iná / Casa de Doté Luis D´ Yansã Kêtu Doté Luis D´ Yansã /Luiz Carlos
Damasceno
Terreiro Ilê Asé Oju Oba Ogo Odo / Terreiro do Pai Bira de Xangô Kêtu Pai Bira de Xangô/ Ubirajara Gomes
da Silva
Terreiro Ilê Omi Guarô Kêtu Mãe Beata de Yemanjá/ Beatriz
Moreira Costa
Associação Tenda Espírita Ogum Meji/ Terreiro Ilê Asé Ode Iulê Kêtu Alexandre de Oxossi/ Alexandre
Miguel da Silva
Ilê Asé Opô Afonjá Kêtu Mãe Regina Lúcia Fortes dos Santos
52
A partir das entrevistas realizadas pelo INRC foi possível entender como o local
se tornou uma referência no comércio de produtos para cultos afro-brasileiros. Como ele
era responsável pela venda de animais para a alimentação, como frangos, carne bovina e
suína, muitos dirigentes de terreiros se dirigiam a ele para a aquisição dos "bichos para
sacrifício", os quais também são utilizados para a alimentação cotidiana do povo
(PEREIRA et alii, 2012, s/p.). Muitos chefes de terreiros passaram a demandar se o
local não venderia também objetos em barro, plantas, miçangas e demais elementos dos
cultos afro-brasileiros, o que centralizaria as necessidades de aquisição de determinados
produtos em um só lugar. Aos poucos, alguns comerciários abriram lojas no local para
atender a tais demandas. O jogo de mercado, entre oferta e procura, se intensificou e
mais lojas foram abertas, o que aumentou consideravelmente a oferta de materiais e
12
Consultando os dados disponíveis no INRC do candomblé, que também contemplou um levantamento
sobre o lugar em questão, foi obtida a informação de que o local consiste num conjunto de lojas
administradas por um condomínio,. O Mercadão de Madureira está localizado na Av. Ministro Edgar
Romero, 239, Madureira, Rio de Janeiro.
55
13
Sobre o desenvolvimento de uma religiosidade para além da venda de produtos, o INRC descreve: "ao
caminhar pelo Mercadão de Madureira podemos vislumbrar em muitas lojas esculturas de entes sagrados
para as cosmologias dos cultos afro-brasileiros como Tranca-ruas, Maria Padilha, Zé Pelintra, São Lázaro,
São Jorge, Cosme, Damião e Doum. O que a princípio parece ser um simples produto a venda, se revela
como objeto sacralizado pela fé popular. As imagens em gesso recebem dos passantes mostras de
devoção por meio de gestos corporais e retribuição de dádivas. Essas esculturas são guarnecidas por
oferendas como bebidas, moedas, fitas, pedaços de papéis com pedidos, flores e diferentes formas de
reverência gestual. tal fato demonstra a apropriação do espaço do comércio usual, interpretado pelos seus
usuários como espaço de celebração do sagrado. Os comerciantes do mercadão realizam há nove anos
uma carreata devocional a Iemanjá, que percorre a cidade até chegar em Copacabana, reunindo centenas
de pessoas em torno da fé ao orixá dos mares" (PEREIRA et. alii, 2012, s/p.).
56
14
De forma semelhante, Pereira & Lima (2012) indicaram que um trânsito parecido ocorre em um local
público de realização de festas, oferendas, sacrifícios e ritos no município de Itaguaí (Rio de Janeiro)
onde os objetos, após seu descarte, são reutilizados para a venda à terreiros ou adeptos dos cultos afro-
brasileiros.
57
ou obra de consulta para os elementos analisados. Frisamos este ponto, pois entendemos
que o ineditismo da pesquisa reside neste aspecto: um mapeamento de elementos
botânicos e malacológicos em terreiros de candomblé.
No final da dissertação pode ser encontrado um Glossário onde os termo
utilizados no candomblé e que foram empregados na dissertação foram listados. O
glossário permitirá a compreensão dos termos sem que estes tenham que ser descritos
durante o texto, o que o tornaria necessariamente extenso e cansativo.
58
Contudo, a mesma arquitetura que poderia permitir uma visão de "família fabril"
(STANCHI, 2008) foi utilizada como forma de mascarar as diferenças sociais e
econômicas entre patrões e empregados e mesmo entre empregados de diferentes
60
ensino como um texto, logo, podendo ser lidos. Assim, de forma conclusiva, o autor
defende que:
"Torna-se evidente que uma escola pós-industrial está surgindo ( e transpõe a
fronteira do público e do privado). Seu objetivo é formar indivíduos ativos,
dinâmicos e flexíveis, capacitados, mas ao mesmo tempo disciplinados por
meio de uma crença no sistema. Pessoas sem limites para a sua ambição, mas
que só se movem dentro das regras impostas. É fundamental, para o êxito do
projeto, que a materialidade da escola acompanhe esse projeto de mudança
radical em sua estrutura" (ZARANKIN, 2001, p. 226)
Para os dois autores fica clara a ligação que o espaço tem com o plano
ideológico e como ideologias se expressam na materialidade das coisas. Esta
constatação nos tem sido de grande valia quando procuramos analisar se o discurso do
candomblé está expresso na materialidade de seus espaços edificados e rituais e se
existem determinadas continuidades do modelo que adotamos como método de análise
para os terreiros.
Os referidos autores se tornam relevantes ao analisarem o papel de determinadas
formas de construção, ao mesmo tempo em que nem sempre é fácil perceber o que está
subjacente a elas. Essa perspectiva é útil para observarmos se o discurso relativo ao
modelo de implantação dos axés é seguido ou se sofre interferências de fatores
econômicos, de disponibilidade de espaço ou ainda de caráter religioso ou mesmo
ideológico.
15
Respectivamente a Biblioteca do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, a Biblioteca Francisca
Keller do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Quinta da Boa
Vista (UFRJ) e a Biblioteca CCS/A da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
62
16
Em especial as obras de Lody (1977, 1979 e 2006) e Omin (1997).
63
17
"Ilê", do iorubá, casa, edifício ou moradia, conforme Napoleão (2010).
65
18
Devemos lembrar que a autora foi aluna de Franz Boas e a da Escola Culturalista Norte-Americana e
por isso, a ideia da perda de determinadas "culturas" ou sua "aculturação" são eixos analíticos presentes
na obra de Ruth Landes.
66
dados sobre a organização dessa "sociedade" (SANTOS, 1984) que está inserida no
candomblé ou que convive com ele de forma complementar.
Para as obras relacionadas às plantas utilizadas nos terreiros de candomblé, em
especial a de Verger (1995b) e Barros e Napoleão (2013) trataremos delas na sessão
dedicada ao tema, sendo possível comparar a sistematização que realizamos com as
espécies vegetais informadas pelos terreiros na amostra utilizada.
70
19
Beniste (1997) informa que o iniciado é aquele que decidiu participar do candomblé, mas que ainda não
passou pelos processos de iniciação do iaô. Assim, antes de ser raspada, a pessoa deve passar por um
período não determinado de aprendizados sobre o funcionamento do candomblé, seus ritos, suas regras e
todos os elementos que permeiam o funcionamento do axé, em especial pode ser citado o aprendizado da
hierarquia, a classificação de pessoas e cargos que torna operacional o funcionamento de tais locais.
20
Para o sentido expresso no barracão, em especial o da hierarquia de comando do/da dirigente com seus
membros, poderíamos afirmar que o espaço construído expressa o campo de relações onde os vários
agentes sociais se definem e se relacionam em função das posições relativas que ocupam na sua
organização.
72
21
Tal situação ilustra bem o fluxo proposto no capítulo 1 (ver Quadro 1), no qual se percebe um
constante fluxo de trocas materiais e de energia (axé) dentro de um terreiro de candomblé.
22
Também denominado de assentamento de fundação da casa.
23
Ou, como é mais conhecido, o Axé Pantanal de Duque de Caxias (RJ).
73
Outro fator que caracteriza o barracão como espaço único é o valor que a sua
porta tem. Conforme Santos (1984), Beniste (1997) e Bastide (2001), ele é a ligação
mítica com a ancestralidade e com a África, como um portal ou mesmo uma passagem
que se abre entre os planos material e espiritual, na qual esse passado adorado é
acessado e, sobretudo, reverenciado. Para tanto, em vários ritos sempre se saúda a porta
do terreiro, em respeito aos antepassados e aos orixás em festa.
Em ritos como o padê, por exemplo, as Iyá-mi-agbas (espíritos ancestrais
femininos ligados à terra) são saudadas e informadas do rito com o derramamento de
água na porta do barracão para esfriar o chão, que se encontra quente pela sua presença.
Somente após o derramamento da água é que está aberta a passagem da cabaça que
contém os alimentos ofertados a elas24.
Figura 3. Assentamento que marca o centro do barracão do Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman.
Fonte:Pereira et alii, 2012.
24
Para estes espíritos ancestrais também identificamos a grafia Yamim Oxorongá.
74
Figura 4. Pequeno porrão no teto do barracão do Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman.
Fonte:Pereira et alii, 2012.
25
Nas casas amostradas para a pesquisa foi comum observar que os membros dos terreiros deixam
pedidos escritos em papel espetados no assentamento de Exu, para que ele os providencie ou se
responsabilize pela sua efetivação.
26
Destacamos a existência de dois tipos de assentamentos: um, se refere ao local onde ele é colocado,
tendo um sentido geográfico de referência; o outro, consiste no conjunto de objetos que representam o
orixá, que é guardado e cultuado dentro do espaço físico do assentamento.
75
como elementos autônomos do barracão, mas sempre ligados aos elementos da natureza
ou materiais associados à entidade/orixá.
Para o presente debate é importante ressaltar que a presença ou ausência de casas
de santo está relacionada ao espaço disponível para tais construções. Assim, terreiros
que possuem grandes áreas podem ser compostos por diversas casas, pois o espaço
permite tal alocação. Caso isso não seja possível, o dirigente pode optar por construir
apenas os quartos de santo, ligado ao barracão, com o intuito de aproveitar melhor o
terreno onde está implantado o terreiro.
O capital disponível para a construção também deve ser considerado como
influente na construção e na disposição espacial dos elementos que constituem as casas.
Em caso de poucos recursos, o dirigente pode optar por construir um terreiro mais
compacto, apenas com os quartos. Consequentemente, isso exigirá um valor menor de
investimento, o que torna possível a edificação do axé e de suas dependências.
Também a relação com as entidades deve ser considerada na elaboração dos
quartos de santo, casas e demais espaços edificados e rituais. Rocha (2000) informa que
no Opô Afonjá do Rio de Janeiro, Xangô teve papel decisivo na transferência da casa do
bairro de São Cristóvão para onde se encontra atualmente. O autor descreve as queixas
do orixá por mais espaço para se manifestar, o que levou a direção da casa a decidir se
transferir para um terreno maior e mais afastado da área urbana.
Os desejos das entidades de terem casas, assentamentos ou quartos (coletivos ou
individuais) é levado em consideração no momento da fundação do terreiro.
Normalmente, o dirigente consulta o ifá para compreender os desejos dos orixás no
momento da implantação do axé. Como no caso do Opô Afonjá, Xangô foi decisivo
para a aquisição de um novo terreno e a construção de um barracão mais espaçoso.
Nas figuras 5 e 6 podemos observar dois assentamentos, o de Ogum e o de
Oxumarê, no Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman. O do orixá da metalurgia é
composto não apenas por metais, mas também pelo dendezeiro (Elaeis guineensis
Jacq.), que é a sua árvore sagrada. O de Oxumarê, além de uma representação em metal
da cobra (que é o animal totêmico do orixá), contém ovos ofertados ao orixá. Em ambos
os assentamentos é perceptível a delimitação do local com um cercado em cimento, de
cerâmica, como no caso de Oxumarê, ou de uma pequena cerca, como no de Ogum.
Ainda no Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman podemos ver a disposição de
uma das casas de orixá do axé, a de Exu (figura 7). Ela se localiza na parte posterior do
terreiro, acima do barracão, numa elevação que o terreno possui. Dentro dele está o
76
27
Ou Família Ji/Gi.
77
Outra variante, também baseada nos mitos, pode ser encontrada nos terreiros em
que um orixá recebe, em seu quarto outros aparentados. O caso mais destacável é o de
Xangô e suas esposas, Oxum, Iansã/Oyá e Obá. Em determinadas casas o grande rei e
marido guarda em seu quarto ou casa os assentamentos de suas consortes. Não podemos
dizer se o fato ocorre apenas como um desmembramento da mitologia ou se problemas
de espaço e recursos são decisivos para tal escolha. Contudo, pressupondo apenas a
relação mítica dos três casamentos, podemos entender como o plano espiritual atua de
forma clara na composição dos espaços edificados em terreiros de candomblé.
A situação acima descrita nos leva a afirmar que existe uma paridade entre o
mundo mítico e o mundo físico. Utilizamos o termo mítico, pois são os mitos que
informam as ligações parentais ou os elementos da natureza em comum28. Desta forma,
as casas e quartos podem ser entendidos como continuidades espaciais ou como
atualizações de tais mitos para aquele espaço. O que nos permite concluir, neste
momento, que a relação proposta para a organização e ocupação dos espaços nos
terreiros, a que liga o dirigente e a entidade, é válida e está expressa em cômodos
familiares como acima descritos.
Outro elemento constituinte de um terreiro é a presença do sabaji, local onde
estão guardados os assentamentos do dirigente da casa, consistindo em um ambiente
privado que compõe o terreiro. A presença do cômodo não é obrigatória, pois muitos
líderes têm o costume de colocar seus assentamentos nos quartos ou nas casas dos
orixás, junto aos de seus filhos de santo. O costume/norma aprendido no terreiro em que
foi raspado pode ser a resposta para a presença ou ausência de tal cômodo. Contudo, a
necessidade de abrigar os demais cômodos, na circunstância de falta de espaço para
construção, pode ser indicativa da ausência deste quarto nos terreiros.
Além dos assentamentos, muitos terreiros possuem fontes, que estariam ligadas
às mesmas características rituais e religiosas dos assentamentos, mas também como
forma de compor um paisagismo no local. Conforme Lima (1977, p. 80-81):
Muitos deles [os terreiros] têm também uma fonte sagrada onde as filhas de
santo vão tomar seus banhos, de onde se tira a água para lavagem das pedras
[otás], e que se dá de beber como teste de pureza do corpo (se a pessoa
manteve relações sexuais na noite anterior, a água faz adoecer). Essas fontes
têm nomes diferentes conforme a divindade que as protege: fonte de Oxum,
água de Xangô, bica de Oxalá [...].
29
Em muitos terreiros é comum que as pessoas/clientes que passarão por sacudimentos ou ebós recebam
uma quantidade da água do poço para se banharem e se limparem das impurezas antes dos ritos. Tais
banhos podem ser acompanhados de banhos de folhas preparados com os vegetais rituais presentes nas
casas de candomblé.
80
sacralidade por ser dedicado àquela entidade, sendo, em muitos casos, recolhidos e
raspados apenas os iniciados daquele santo no terreiro.
Além dos espaços públicos e privados, o modelo adotado nos informa sobre a
presença do espaço mata. As plantas têm um amplo uso em nos cultos afro-brasileiros,
pois também constituem elementos que possuem energia (axé) e que são utilizadas para
fins religiosos e medicinais. Barros e Napoleão (2013) indicam que os usos supracitados
são os mais importantes. Como já informado por Rocha (2000), as plantas têm uma
simbologia ligada às matas ou às florestas africanas, locais de residência da maioria dos
orixás e deve ser cultivada em algum espaço do terreiro em memória a esta África
mítica (ROCHA, 2000)30.
Podemos encontrar no assentamento de Ogum (vide figura XX) a presença do
espaço mata, pois o dendezeiro o representa, sendo sua árvore totêmica. As folhas do
dendê (Elaeis guineensis Jacq.) são utilizadas na produção do mariwò/mariò – que é o
arranjo de folhas desfiadas que indicam locais sagrados para o candomblé e que também
podem ser usadas como fitas amarradas nos braços dos membros do terreiro em rituais
mortuários (PEREIRA, 2013) ou ainda como cobertura de assentamentos, como os de
Ossaim, de caboclos e em casebres/palhoças para a iniciação de iaôs. Além disso,
normalmente os terreiros possuem hortas ou jardins, como no caso do Opô Afonjá, onde
vegetais são cultivados para o consumo interno em rituais, sacudimentos e ebós.
Como já afirmado, não importa o tamanho da vegetação ou mesmo a sua
localização, mas sim a sua presença como elemento constituinte do terreiro. Como a sua
utilização em ritos é obrigatória, isso leva determinadas casas, que possuem poucas
plantas ou pequenos espaços, à necessidade de colhê-las fora do terreiro. A essa
situação é interessante correlacionar o fato de que o espaço disponível para o plantio
deve ser um fator a ser considerado. Pela necessidade de implantar o barracão e os
demais quartos, casas ou assentamentos, o dirigente pode ter a área destinada à
vegetação diminuída, o que também pode influenciar a adoção de jardins pequenos ou o
plantio de poucas árvores sagradas, sendo plantadas apenas as mais importantes, como o
dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.), por exemplo.
A identificação da presença de certas plantas pode servir ainda como indício da
ocupação de determinados locais por terreiros de candomblé. Um caso descrito por
Pereira et alii (2012) no INRC pode ilustrar tal situação. A pesquisa tinha como objetivo
30
Outro uso associado às plantas se encontra na utilização como adorno em roupas/paramentos dos orixás
ou mesmo no barracão para determinadas festividades.
81
Figura 8. Espaço mata ainda presente no antigo Terreiro da Gomeia, Duque de Caxias (RJ).
Fonte:Pereira et alii, 2012.
espaço onde se pode dormir, trocar de roupa e habitar durante os dias ou semanas que se
passa em um rito ou em festa nos axés. Cada membro iniciado possui uma mala, baú ou
mesmo bolsa onde guarda suas roupas de ração, utilizadas durante o rito e
obrigatoriamente brancas, e as roupas e demais paramentos do orixá, caso seja um
rodante. Esses cômodos são considerados privados, conforme o modelo adotado nesta
dissertação, pois congrega apenas iniciados em suas dependências31.
Alguns terreiros possuem moradias em sua composição. Para além da moradia
do/da dirigente, que não tem a obrigatoriedade em residir no axé, alguns membros
podem habitar a área do terreiro de candomblé. Tal fato foi indicado por Conduru
(2010) como característico das "comunidades de terreiro" (CONDURU, 2010) e
expressa um modelo de mútua ajuda, segundo o qual membros que trabalham no axé
residem em pequenas casas no seu entorno, mas dentro dos limites dos terreiros.
Normalmente consistem em ogáns, ekédis, alguns filhos de santo ou a ialaxé32. A
moradia está relacionada ao trato direto dos cuidados com o terreiro, mas também
expressa uma forma de ajuda aos mais necessitados ou recém-chegados de outros locais
e que não possuem moradia. Para algumas casas pesquisadas, foi detectada a presença
de filhos carnais do dirigente residindo no terreiro, o que é englobado na dissertação
como uma variação da moradia do/a dirigente ou de membros do axé. Entendemos que
as residências presentes nos terreiros são locais privados, mas não relacionados às
atividades rituais, caracterizados como moradia.
Como exemplo do modelo exposto até aqui reproduzimos a planta do Terreiro
Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman (figura 10), onde se pode observar a composição dos
cômodos e espaços descritos.
31
Em alguns terreiros de candomblé, devido à falta de um grande quarto para homens e mulheres
descansarem à noite, o barracão é utilizado como dormitório. O que o faz ser dividido entre um lado
masculino e outro feminino para tal fim.
32
Conforme Cacciatore (1988, p. 139), a ialaxé é um cargo feminino de zeladora da casa de candomblé e
que responde pela limpeza e demais cuidados do terreiro. Para se exercer tal cargo a ebômi tem de contar
com uma alta confiança por parte do/a dirigente da casa e ter suas obrigações completas.
84
Figura 10. Planta baixa do Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman.
Fonte: Pereira et alii, 2012.
85
Figura 11. Trono da dirigente do Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman.
Fonte: Pereira et alii, 2012
87
.
Figura 12. Conjunto de atabaques do Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman.
Fonte: Pereira et alii, 2012.
Figura 13. Cadeiras para filhos de santo e entrada dos quartos de Oxalá e Ogum (da esquerda para a
direita).
Fonte: Pereira et alii, 2012
No espaço mata há dois jardins onde são cultivadas flores e plantas ritualísticas
da casa. Além disso, temos ainda a presença do bambuzal de Iansã (Oxytenanthera
abyssinica (A. Rich.) Munro), uma das plantas totêmicas desta orixá; o dendezeiro
(Elaeis guineensis Jacq.) e dois Irokos (Ficus doliaria M.), sendo um dedicado a Omolu
e outro ao orixá do tempo que dá nome à planta. Na parte posterior do terreiro, onde há
uma pequena elevação, um conjunto distinto de outras plantas dispersas caracteriza
ainda o espaço mata.
O terreiro conta ainda com um quarto dos ogáns, local onde tais membros do
culto podem dormir e descansar entre os rituais. Durante a realização da pesquisa de
88
Pereira et alii (2012) foi questionado se haveria um quarto apenas para ekedis, sendo
obtida a resposta de que ele não existe naquele terreiro. Ao lado do quarto dos ogáns há
uma pequena área com pia e prateleiras onde são limpos objetos utilizados dentro do
barracão, como facas, barrarias e objetos pessoais.
Quanto aos espaços públicos, o Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman possui
uma residência para a dirigente e sua família, uma para a ialaxé da casa e mais duas
destinadas aos filhos de santo, funcionado como quartos, onde estes residem quando
estão no terreiro. Não há uma divisão entre cozinha de santo e cozinha de branco, sendo
a cozinha existente de uso comum para as duas finalidades. Anexo a ela se encontra um
amplo refeitório utilizado para a alimentação em dias de festa.
A casa conta ainda com dois banheiros de uso comum, uma lavanderia para o
processamento das roupas e paramentos, tanto do axé como da ialorixá, e um espaço de
memória dedicado ao fundador do terreiro, Cristóvão dos Anjos. Como forma de acesso
à parte elevada do terreno foi construída uma pequena calçada ou pavimentação que
permite aos membros chegarem aos quartos localizados naquela extremidade do
terreiro.
Deste modo, ao verificarmos o modelo teórico proposto e a realidade encontrada
nos terreiros, pudemos perceber, previamente, que este modelo, de fato, existe e é
utilizado correntemente. Os espaços públicos e privados tendem a ser demarcados de
forma a permitir apenas o trânsito a iniciados na casa ou sob a supervisão de seu/sua
dirigente. A presença do espaço mata é evidente na explanação feita e seu uso
intencional é visível na composição desta vegetação junto aos assentamentos ou como
forma de representação e fazer presente determinados orixás.
33
No conjunto amostral analisado 5 terreiros não dispunham de dados detalhados de seus espaços, mas,
como compunham a amostra do INRC, foram mantidos. Assim, quantificamos espaços edificados,
profanos e rituais em 27 terreiros.
89
século XIX. Somadas a essa leva, as entradas ocorridas no século XX34 e a implantação
de axés desta "nação" na cidade (CONDURU, 2010), configuraram a proeminência
Nagô nos candomblés cariocas e, consequentemente, fluminenses.
Para além dos elementos ligados à pureza do culto Nagô, defendida por Santos
(1984) Verger (1988) e Bastide (2001), podemos citar o predomínio de casas Nagôs em
Salvador (BA) e a saída de membros em migração para o Rio de Janeiro como os
principais motivos da sua prevalência na amostra.
Também podemos indicar que, devido a esse ideal de pureza, muitos terreiros
trocaram suas "nações" intencionalmente, com o intuito de se configurarem como casas
Kêtu, como no caso do Ilé Asé deYá Atará Magbá, inicialmente pertencente à "nação"
Angola, mas que se configurou como Kêtu por uma ação da dirigente. Tal situação
também ocorreu no Terreiro Ilê Asé Baru Lepê, originalmente Efón, mas que assumiu
uma identidade Kêtu, mantendo algumas ligações com a "nação" Angola.
Outra ocorrência observada foi a presença de apenas uma casa da nação Efón, o
Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman. Os próprios membros da casa percebem a
situação não como uma possibilidade de extinção futura de sua nação, caso o terreiro
feche, mas sim como a manutenção da identidade de culto frente a uma casa filha (o
Terreiro Ilê Asé Baru Lepê), que optou por não seguir os preceitos do Efón. Esta
interrupção levou essas casas a romperem parcialmente o contato e suas relações
religiosas (PEREIRA et alii, 2012).
34
Em relação ao século XX podemos relacionar a consolidação do Rio de Janeiro como centro político da
Primeira República e o seu desenvolvimento econômico como elementos que incentivaram tal migração.
A Capital Federal perdeu a primazia econômica apenas com o desenvolvimento da industrialização em
São Paulo (FURTADO, 2001).
91
Angola
15%
Kêtu
70%
Para o Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman é compreensível que haja um
orgulho em se assumir a identidade de "nação". O não crescimento do número de casas
pode estar relacionado à manutenção autêntica de preceitos e de identidades. Assim, a
qualidade e não a quantidade de casas regem seu crescimento.
Para a "nação" Kêtu, há uma primazia de dirigente oriundos da Bahia, como no
caso do Asé Yá Nassó Oká Ilê Osun , Terreiro Ilê Omi Ojuarô e o Ilê Obá Nilá, o que
reforça a identidade Nagô associada àquele estado e trazidas para o Rio de Janeiro com
os migrantes.
Ao mesmo tempo, observamos terreiros com dirigentes cariocas, como no caso
do Ilê Asé Yátopé, o Terreiro de Ogum e o Ilê Asé Nilá Odé, todos raspados por
dirigentes baianos, mas com naturalidade do estado do Rio de Janeiro. Este fato
demonstra o desenvolvimento de candomblés com dirigentes fluminenses, o que os
distingue de casas ainda comandadas por migrantes baianos.
Outra situação encontrada é a presença de dirigente de outros estados, como no
caso do Terreiro da Boa Viagem, fundado por José Gomes de Lima, vindo do estado de
Pernambuco, o que se percebe no nome do terreiro ligado à uma famosa praia daquele
estado.
As três situações ilustram bem a origem diversa de dirigentes nos candomblés
cariocas, o que desenvolvemos no capítulo 1 da dissertação. Isso permite dizer que, para
92
A análise do gráfico 2 permite identificar a divisão por gênero dos dirigentes dos
terreiros e ainda a relação entre sexo e "nação". Da raiz do Kêtu há 14 dirigentes do
sexo masculino e 9 do feminino. Da raiz Angola, a relação é de 4 homens para cada
mulher. Na Jêje, Jêje-Mahin e Efón encontramos apenas ialorixás no comando.
Enquanto na "nação" Ijexá há a mesma quantidade entre os dirigentes, na proporção de
um para um.
A amostra permite concluir que o número de babalorixás é maior que o de
ialorixás no comando das casas. Este resultado põe em cheque, hoje, as afirmações de
Bastide (2001), Verger (1988) e mesmo Landes (2002), feitas no passado, quanto ao
matriarcado na direção das casas de candomblé. Se analisarmos a amostra da "nação"
Kêtu, observa-se que tal matriarcado, fortemente observado por Landes em Salvador
(BA) na década de 1930, não ocorre no levantamento feito no Rio de Janeiro, nos dias
atuais.
As dirigentes femininas possuem maior destaque na mídia e, consequentemente,
maior visibilidade no candomblé. Podemos citar a Mãe Beata de Iemanjá e Mãe Gisele
de Omindawréa. A primeira muito presente em eventos de valorização do candomblé no
Rio de Janeiro e escritora. E a segunda por sua trajetória de vida.
35
Por capital cultural, conceito de Bourdieu (1977) entendemos o conjunto de recursos, competências e
apetências disponíveis e mobilizáveis em matéria de cultura dominante ou legítima. Pode existir em dois
estados: incorporado, quando faz parte das disposições, do habitus, dos agentes; e objetivado, quando é
certificado através de provas, atributos ou títulos, designadamente escolares.
93
Gráfico 2. Distribuição da filiação dos terreiros por nações e a identificação do gênero dos/das dirigentes
dos terreiros analisados.
23
14
Quantidade
9
Nº total de terreiros
5
4
Nº de dirigentes do sexo
2 2
1 1 1 1 1 1 1 masculino
0 0 0 0
Nº de dirigentes do sexo
feminino
Filiação (Nação)
As entidades que aparecem com maior frequência em espaços que lhe são
especialmente dedicados nos terreiros são: Exu, com 18,9% de frequência,
Omolu/Obaluayê, com 12,6% e as de Xangô e Oxossi/Odé, com 6,4% cada uma. Para
além destas, se destacam ainda porcentagens menores de outros orixás, como por
exemplo, Iemanjá, Iansã/Oyá, Nanã, Oxalá e Oxum, que somam, ao todo, 16,6% .
A amostragem apresenta a elevada frequência que os Quartos de Exu (18,9%)
têm nos terreiros e, consequentemente, a predileção por essa entidade, já que ele atua
como emissário entre os orixás e a Terra ou como um protetor e auxiliador dos
indivíduos e dos terreiros de candomblé. Exu sempre é acionado para a resolução de
problemas, sendo ofertados em troca bebidas e animais sacrificados.
A amostra apresenta ainda um total de 4,8% para os Exus da Terra ou Exus
Catiços. Se entendermos que os Caboclos, os Pretos Velhos, os Zé Pelintras e as Maria
Molambos são Exus, mas na qualidade de entidades brasileiras, sua presença nos
terreiros, mesmo que em menor porcentagem, expressa a necessidade que a população
tem, excluída do acesso ao sistema jurídico e policial, de tentar solucionar problemas da
vida cotidiana através da intervenção dessas entidades.
Outra possibilidade desta alta frequência de espaços dedicados a Exu nos
terreiros poderia ser decorrente da necessidade de agradá-lo, tendo em vista ser ele um
dos elos que permite as trocas de energia entre o terreiro e o Orúm.
95
Gráfico 3. Entidades às quais foram dedicadas casas de santo e sua porcentagem de ocorrência.
15
6
5 5
4
3 3 3
2 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1
18,9% 12,6% 11,3% 8,0% 6,4% 6,4% 4,0% 4,0% 3,7% 4,0% 2,5% 2,5% 2,5% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2%
entidade, ou seja, apenas 4% das casas analisadas dedicam espaços a ela, o que pode
indicar que seu culto ocorra mais costumeiramente à beira-mar do que em quartos.
Como influência do plano mítico ou mesmo da disponibilidade de local para a
implantação de casas, foram identificados cômodos onde mais de um orixá residem,
como a casa de Ogum e Oxossi/Odé e a casa das Iabás. Respectivamente, 2,5% para a
primeira, e 1,2% para a segunda. Tal constatação, em consonância com os arranjos
especiais expostos no modelo adotado, informa que esses orixás ou estão juntos por
uma questão familiar, como no caso dos irmãos Ogum e Odé, ou foram reunidos pelo
gênero, como no caso de orixás femininos.
As demais casas identificadas, as de Oyá/Iansã (com 4%), Nanã (com 2,5%) e a
de Ossaim (1,2%) informam a menor importância que essas deidades têm no conjunto
analisado, mas indicam predileções e devoções particulares de cada casa .
Constam ainda em 2 casas, um percentual de 2,5% sem identificação de qual
orixá ou entidade reside nela, fato ocorrido na coleta dos dados pelo INRC. Sobre esses
cômodos nada pode ser dito, em decorrência da indisponibilidade de informações sobre
eles.
Para os quartos de santo identificamos uma situação muito próxima à das casas.
Todos os terreiros possuem estes locais e, normalmente, estes cômodos estão associados
aos barracões ou próximos a eles. Novamente temos a primazia de determinados orixás
nos quartos e, por outro lado, a ausência de alguns. Tal situação pode ser indicativa não
apena de uma predileção pela entidade mais cultuada, mas da ausência de alguns orixás
e de filhos de santo, o que explica a inexistência do seu culto no terreiro.
Os orixás com maior porcentagem de quartos que lhe foram dedicados na
amostra são: Oxalá, com 9,8%; Exu, com 7,6%; Omolu e os Eguns, com 6,4% cada e
Ogum, com 4,3%. Temos ainda um alto valor referente aos quartos sem identificação,
contabilizando 5,4% do total analisado (vide gráfico 4).
A alta porcentagem de Oxalá pode estar ligada ao destaque que a "nação" Kêtu
dá a esse orixá, tido como pai de Xangô (patrono da "nação"), mas também possuidor
de grande sabedoria e justiça. Exu, como já explanado, pela ligação que faz entre
homens e deuses. O culto ao orixá da varíola, Omolu, se deve à busca por saúde,
98
podendo ser somado a este problema social a identidade de curandeiro de doenças que
este orixá possui (CALDAS, 2008).
A presença do culto aos éguns, em especial no Ilê Asé Baba Nile Ké, única casa
exclusiva dessas entidades, se relaciona a dois fatores. O Culto Lésse Égun consiste
num sistema autônomo ao do Lésse Orixá, sendo a Ilha de Itaparica (Salvador, BA) o
berço das primeiras casas desse tipo. Ao mesmo tempo, os terreiros de candomblé
também promovem esse culto, pois nos quartos são assentados os espíritos de dirigentes
e membros do terreiro falecidos e que guardam a casa.
O culto Lésse Égun se encontra associado ao candomblé e aparece na
distribuição apresentada acima com o valor de 6,4%, mas não é um quarto presente
substantivamente na amostra analisada. Tal situação pode se relacionar ao fato de os
dirigentes perceberem os éguns como um culto autônomo ao desenvolvido por eles em
seus axés, e que não pode ser manejado sem a presença de indivíduos e de determinados
preceitos (SANTOS & SANTOS, 2011)36.
A amostra apresentou uma porcentagem muito pequena para os demais orixás.
Nanã, Onilé, Oxumarê e Ossaim aparecem com aproximadamente 1% cada; Oxum, com
3,2%; Oyá/Iansã com 2,1% e Oxossi/Odé com 2,1%. Apesar de pequena, a amostra
demonstra o culto a estes orixás, o que pode ser entendido como sendo eles os mais
corriqueiros nos candomblés e por isso cultuados nos terreiros. Contudo, outros orixás
estão ausentes na amostra analisada. Logunedé, Obá e Ewá não possuem nenhum
quarto, o que é indicativo da ausência de culto a eles nos terreiros, da falta de filhos de
santo dessas deidades ou ainda que os assentamentos estão depositados em outros
quartos, fato não detectado nas pesquisas do INRC.
Do mesmo modo foi possível identificar a ocorrência de arranjos familiares para
os quartos analisados. Temos as seguintes situações: o quarto das Iabás com 3,2%; o de
Xangô e as Iabás e o de Ogum e Oxossi/Odé com 2,1% cada um, e o quarto de Xangô,
Oxossi e as Iabás, com 1,1%. Novamente frisamos que a escolha por quartos que
estejam inspirados nas relações familiares presentes na mítica do candomblé pode ser a
36
Conforme Santos & Santos (2011, p. 98), o principal propósito do culto dos Egúngúns é tornar os
espíritos ancestrais visíveis, manipular o poder que emana deles e atuar como um veiculo entre os vivos e
os mortos. Ao mesmo tempo que preserva a continuidade entre a vida e a morte, o culto dos Egúngúns
também mantém estrito controle sobre a relação dos vivos com os mortos, distinguindo claramente o
mundo dos vivos e dos mortos. De fato, os Babás trazem para seus descendentes e seguidores os
benefícios dos conselhos e bênçãos, porém não podem ser tocados e sempre permanecem isolados dos
vivos. Sua presença é rigorosamente controlada pelos òjès e ninguém pode se aproximar dos Egúngúns".
[grifos dos autores].
99
resposta para tal configuração, ao mesmo tempo que não podemos descartar a ausência
de espaço disponível para quartos individuais como outra resposta para tal situação.
Por fim, o que a distribuição com menor porcentagem dos quartos de santo,
individuais e coletivos, deixa claro é que há uma predileção por certos orixás que
tornam seus locais mais corriqueiros nas casas analisadas, ao passo que orixás menos
populares tendem a não aparecer .
100
Gráfico 4. Entidades às quais foram dedicados quartos de santo e sua porcentagem de ocorrência.
15
12
9
7
6 6
5
4 4
3 3 3
2 2 2 2 2
1 1 1 1 1 1
16,1%12,9% 9,8% 7,6% 6,4% 6,4% 5,4% 4,3% 4,3% 3,2% 3,2% 3,2% 2,1% 2,1% 2,1% 2,1% 2,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1%
6 6
5 Nº de assentamentos
2 2 2
1 1 1 1 1
20,4%15,3%15,3%13,0% 7,7% 5,1% 5,1% 5,1% 2,6% 2,6% 2,6% 2,6% 2,6%
O sincretismo que associa São Jorge a Ogum, muito influenciado pela umbanda,
mescla o santo católico montado em seu cavalo branco que, com sua lança em punho,
está sempre pronto para defender aqueles que buscam por sua ajuda, com o valente e
jovial guerreiro africano. Este culto assume grandes proporções no Rio de Janeiro. A
devoção a essa entidade, entendida como uma associação entre características do orixá e
do santo católico, tem alta visibilidade. Sobre a Festa a São Jorge Pereira et alii 2012,
destacam:
Celebração que une pessoas de diferentes procedências religiosas.
Umbandistas, candomblecistas e católicos festejam e dividem o mesmo
espaço. Quase todos vestidos de vermelho e branco, em torno das igrejas de
São Jorge, o santo guerreiro, que se mescla ao orixá Ogum. Tal celebração
inicia-se na chamada alvorada, às 5 da manhã, anunciada por fogos de
artifício e, por vezes, pelo toque de clarins e dura até o anoitecer. Os fogos e
clarins podem ser ouvidos não apenas nos espaços circunvizinhos às igrejas,
mas igualmente em diferentes bairros da cidade do Rio de Janeiro, entre
outras cidades do Grande Rio, em especial os bairros da zona norte e as
cidades da Baixada Fluminense. São justamente essas localidades que
abrigam boa parte dos devotos de São Jorge-Ogum, que movimentam a
celebração no centro da cidade e no bairro de Quintino. O rito católico da
missa é acompanhado não apenas por seus fiéis, mas também por pessoas das
referidas religiosidades afro-brasileiras que seguem a risca todos os ditames
da celebração católica. Velas, fitas vermelhas, espadas-de-São–Jorge
(Sansevieria trifasciata), palmas vermelhas e brancas, e cerveja, são os
elementos materiais agregados ao santo/orixá e facilmente vistos
guarnecendo seus fiéis neste dia. Nas ruas que circundam as igrejas é
possível ouvir o som de atabaques que acompanham os cantos de louvores a
Ogum. Também é possível ver manifestações mediúnicas que ocorrem em
espaço público. Apesar da confluência de religiosidades, não é comum que
ocorram conflitos ou atos de desrespeito às manifestações de devoção.
(PEREIRA, et alii, 2012, s/p.)
Estas características são evocadas pelo povo de santo como forma de proteção,
garantindo um trânsito nas ruas livre de problemas, como roubos, assassinatos ou outras
situações. Assim, a devoção descrita pelo INRC, e mesmo pela religiosidade popular,
como no Mercadão de Madureira (PEREIRA et alii, 2012), é expressada no alto
percentual de assentamentos desse orixá na amostra analisada.
A presença significativa do assentamento de Ossaim está relacionada ao espaço
mata dos terreiros, tendo em vista que esse orixá é o responsável pelas folhas e pela
proteção das áreas de vegetação. A presença significativa de 15% de assentamentos que
lhe são dedicados na amostra analisada atesta a sua importância nos terreiros. Um dito
popular do candomblé expressa sua relevância : "Omi cosi, ewé cosi, orixá cosi" ("sem
água, sem folha, sem orixá"), salienta não apenas a consciência ecológica do culto, mas
denota a importância que este orixá tem em prover meios de limpeza do corpo e de
iniciação do iaô nos terreiros.
105
exclusivas desta nação, sendo identificadas como feiticeiras e donas dos animais da
noite, corvos, corujas, sapos, rãs e gatos. A sua atuação esta associada à fertilidade e ao
sangue da menstruação. Conforme Kileuy & Oxaguiã (2009), o culto a estas entidades é
eminentemente feminino, sendo vedada a participação masculina nos ritos. Tal fato não
exclui, contudo que os homens adorem tais seres. Para os autores:
"As Iyamís são cultuadas por uma sociedade secreta feminina denominada
Geledê. Seus postos superiores são administrados somente por mulheres. Esta
sociedade, da nação iorubá, existe hoje ainda em algumas cidades da África e
calculamos que também em recônditos lugares do Brasil! [...]" (KILEUY &
37
OXAGUIÃ, 2009, p. 346).
Contudo, essa sociedade não foi identificada no Ilê Asé Obaluayê Azauany, mas
apenas a devoção a estas entidades. Discordamos, portanto, dos autores, pois não
localizamos a presença da Sociedade Geledê nas casas analisadas. Porém, não é possível
descartar que possa haver alguma casa específica de tal grupo nos demais terreiros
fluminenses. O que podemos afirmar com certeza, é a presença do culto no Rio de
Janeiro, a partir da amostragem realizada.
A quantidade de assentamentos sem identificação, 7,7%, se destaca na amostra e
representa, como já afirmamos, a dificuldade de identificar o tipo do assentamento ou
mesmo um lapso do pesquisador em registrar. A visita ao conjunto de casas
selecionadas pelo INRC se deu em uma fase da pesquisa anterior à coordenada pelo
autor desta dissertação, não sendo possível retornar aos terreiros para a complementação
das informações.
Conforme o gráfico 6, as áreas verdes estão presentes nos terreiros, mesmo que
de forma simplificada, como em jardins ou canteiros, ou apenas em árvores sagradas.
Elas se constituem como espaços obrigatórios para os diversos ritos, mas pelos
resultados obtidos podemos perceber adaptações às realidades das casas.
A amostragem permitiu observar 29 espaços indicados como pertencentes à
classe que analisamos. Nele temos 25% das áreas dedicadas a jardins e canteiros de
ervas com plantas sagradas. 18% referentes ao Iroko/Iroco (Ficus doliaria M.). 17,2%
37
Identificamos diferentes formas de escrita para o termo Yamim Oxorongá, especificamente na obra
utilizada. Contudo, preferimos manter a grafia informada na pesquisa do INRC por se tratarem de meios
de auto-identificação dos informantes da pesquisa.
107
pesquisa do INRC foi possível fotografar o Iroko/Iroco existente no Terreiro Ilê Ogun
Anaeji Igbele Ni Oman (observar a figura 14 abaixo) enfeitado com tais panos.
Cacciatore (1988) informa que, na África, o Iroko/Iroco é identificado na espécie
Clorophora excelsa, mas no Brasil, pela indisponibilidade de tal árvore, passou a ser
utilizada a Ficus doliaria M., fato confirmado por Tabuti et alii 2003, que informam a
perpetuação da adoração da Clorophora excelsa em comunidades da Uganda ainda no
século XXI.
O dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.), também chamado de Dendém, Avoira ou
Palmeira de Azeite, está ligado ao culto de Ogum, sendo a árvore totêmica deste orixá.
Do seu fruto é extraído o azeite de dendê utilizado na culinária dos terreiros e na
preparação de alimentos para os orixás. O uso dessa planta remonta à escravidão, pois é
entendido que essa espécie foi introduzida pelos africanos no Brasil, como forma de
continuidade de sua cultura e tradições após a diáspora.
Figura 14. Iroko do Terreiro Ilê Ogun Anaeji Igbele Ni Oman enfeitado com Ojás.
Fonte: Pereira et alii, 2012.
109
7 Nº de áreas
6 Porcentagem de áreas
2 2 2 2
1 1 1
25,0% 18,0% 17,2% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 3,8% 3,8% 3,8%
Área Verde Iroko Dendezeiro Acocô Aroeira Bambuzal Jamelão Bananeira Cajá Jaqueira
declarada
(Jardins e
Canteiro de
Ervas e
Plantas
Sagradas)
5 5
nação Kêtu
nação Angola
3
nação Jêje
nação Jêje-Mahin
2 nação Efón
nação Ijexá
1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1
Área Verde Iroko Dendezeiro Aroeira Acocô Bambuzal Bananeira Cajá Jamelão Jaqueira
declarada
(Jardins e
Canteiro de
Ervas e
Plantas
Sagradas) Áreas verdes identificadas em relação à nação do terreiro
Fonte: Pereira et alii, 2012.
114
12
4
Roncós
3
Porcentagem
2 2
1 1 1 1 1 1 1
40,0% 13,5% 10,0% 6,7% 6,7% 3,3% 3,3% 3,3% 3,3% 3,3% 3,3% 3,3%
38
Conforme já exposto no Capítulo 2, Metodologia, vale ressaltar que essa casa seria estudada, conforme
planejado inicialmente pela dissertação; mas devido à sua indisponibilidade ela foi retirada da amostra.
117
Assim, tal como no candomblé, o culto Lésse Égun adora antepassados divinizados,
sendo estes, na maioria dos casos, dirigentes dos terreiros desse culto. Para os mesmos
autores, o culto é uma sociedade secreta masculina, permitindo a participação de
mulheres que tenham como santo de cabeça orixás ligados à morte: Omolu e Iansã
(SANTOS & SANTOS, 2011).
A presença da palhoça de iniciação de iaô, presente no Ilê Asé Omo Karê, é uma
variação do roncó simples, sendo utilizado para os ritos em que o neófito deverá ficar no
tempo, ou seja, passar determinado período fora do claustro em contato com a chuva,
com o sereno, com a luz da lua ou outro elemento que necessite de contato externo à
camarinha. Devido a essa necessidade, muitos terreiros constroem essas palhoças para a
realização das iniciações.
As fontes e o poços identificados no terreiro, como já expusemos, têm a função
de prover água ao axé, sendo dedicados a uma entidade. Os poços pertencem à
Oxumarê, enquanto as fontes estão ligadas a diversos orixás. Para além da função
ritualística, elas possuem um caráter paisagístico ao comporem o conjunto edificado dos
terreiros de candomblé. O gráfico 9 apresenta as quantidades identificadas.
2 Quantidade
Porcentagem
1
46,1% 30,8% 15,3% 7,8%
Ossaim, Ewá e Omolu. Conforme a mitologia, ele serve a Xangô, sendo o responsável
por levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris, um de seus
símbolos. As fontes, portanto, são desdobramentos das águas enviadas por essa deidade
(PRANDI, 2001).
Os 6 terreiros que possuem poços são: Ilê Asé Omo Karê, Ilê Asé Oyá Funké, Ilê
Obá Nilá, Ilê Asé Obaluayê Azauany, Asé Yá Nassó Oká Ilê Osun e o Ilê Ti Oxum Omi
Ia Ilá Oba Ti Odou Ti Ogum Alé. Todos os cinco primeiros ligados à nação Kêtu, e o
último à Ijexá.
O valor dos poços encontrados pode indicar que os demais terreiros, por falta de
mananciais disponíveis, busquem água em minas ou em rios, riachos ou cachoeiras para
a realização de seus ritos. Não foi possível identificar se os axés sem poços já os
possuíram, mas se exauriram. Se tal hipótese for verdadeira podemos concluir que a
urbanização no entorno dos terreiros pode ter levado suas cacimbas a secarem, o que os
obrigaria a buscar água em outros locais. Lembramos que é proibido aos terreiros o uso
de água encanada, pois esta não possui energia (axé) para os ritos.
As fontes estão ligadas, para o caso estudado, a orixás femininas, como Oxum,
Iemanjá e Oyá/Iansã, mas também à Oxumarê, como descrevemos acima. As fontes de
Oxumarê presentes no Ilê Asé Obaluayê Azauany e no Terreiro Bate Folha, se
diferenciam dos poços do mesmo orixá apenas na forma de captação. Enquanto no poço
se pode utilizar uma bomba de sucção para a retirada da água, a fonte jorra de forma
contínua, podendo compor um lago em seu entorno.
Oxum é considerada a protetora da "nação" Ijexá, sendo a regente das águas dos
rios ou das águas doces, como lagos e riachos (LÉPINE, 2011). Seu nome advém do rio
Osun, que corre na região entre Ijexá e Ijebu na Nigéria. Conforme Verger (1998), ela é
a única orixá que tem o nome de acordo com a região ou cidade por onde o rio corre.
Dentre as casas examinadas na amostra pudemos observar que os seguintes terreiros
possuem fontes dedicadas a Oxum: Terreiro Ilê Omi Ojuarô, Terreiro Ilê Asé Oju Oba
Ogo Odo, Terreiro Asé N´La Ode e Terreiro Ilê Asé Igbá Ode, todos da raiz do Kêtu. A
fonte das Iabás está localizada no Terreiro Bate Folha, pertencente à nação Angola.
Estranhamente não identificamos nenhuma fonte de Oxum na "nação" Ijexá, o
que pode caracterizar que, apesar de ser sua protetora, não há uma fonte dedicada a essa
orixá nas casas dessa nação. Isto não descaracteriza sua identidade, mas pode ser
indicativo que esse grupo se centre em outros elementos, como o barracão e
determinados quartos de santo na composição de sua identidade.
119
36
27
22
11
8 8
8 8
5 5 1
2 2 1 1 1 1 1
2 1 1 Quantidades
7,5% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9%
23,8% 17,8%14,4% 5,5% 2,5% 5,2% 5,2% 3,5% 3,5% 1,3% 1,3% 1,3%
Porcentagem
pois os alimentos não foram processados ritualmente ainda. Isto permite a circulação de
pessoas sem restrição alguma, sendo indicado até que aqueles que desejam se iniciar no
candomblé frequentem o local como forma de treino ou de aptidão à convivência
(PEREIRA et alii, 2012).
A manutenção desta comida pode se dar por duas formas: ou são levadas pelos
membros do terreiro ou são adquiridas com os valores arrecadados de cada pessoa da
casa. Este valor é designado em algumas casas como mensalidade, sendo enviado pelos
membros mensalmente ao/a dirigente do terreiro (PEREIRA, 2013). Tal quantia serve
ainda para a manutenção e reforma dos espaços edificados do terreiro e para a compra
de insumos para a casa, como papel higiênico, produtos de limpeza, velas, azeite de
dendê e o que se faça necessário conforme o/a dirigente. As despensas estão presentes
no Terreiro Ilê Omi Ojuarô, Ilê Omolu Oxum, Terreiro Ilê Asé Yatopé, Ilê Ajagunã
Ajagunã Asé Oyá Messan e Terreiro Ilê Asé Igbá Odé.
Foi calculado um percentual de 7,5% para os/as dirigentes que moram nos
terreiros, ao todo 11 residências. Consideramos esses locais como espaços privados, não
havendo uma obrigatoriedade nessa moradia. Conduru (2010) indica que nos terreiros
comunidades era mais costumeiro que o/a dirigente residisse no axé, como um gestor da
rede de mútua ajuda que se estabelecia no local. Esse percentual representa menos da
metade dos babalorixás e ialorixás residindo dentro das casas de candomblé, o que
sugere que esse hábito se encontra em queda dentre os terreiros analisados.
Os terreiros que possuem seus dirigentes residindo neles são: o Ilê Asé Ode Iulê,
Terreiro Ilê Asé Oju Oba Ogo Odo, Terreiro Rwe Sinfá (Casa das Águas de Ifá),
Terreiro Asé N´La Ode, Terreiro Ilê Asé Lissá Vodun, Ilê Omo Oya Legi, Ilê Asé Opô
Afonjá, Ilê Asé Baba Nile Ké, Terreiro Ilê Asé Yatopé, Abassá do Ogum e Ilê Ajagunã
Ajagunã Asé Oyá Messan.
Para os dois tipos de cozinha existentes em terreiros, as de santo e as de branco,
encontramos um percentual de 14,4% para a primeira e 5,5% para a segunda,
respectivamente 22 cozinhas para os orixás e oito para pessoas. A prevalência das
cozinhas utilizadas para a produção de alimentos rituais não descarta que as mesmas
produzam alimentos comuns, mas sua identidade se relaciona mais ao caráter privado de
preparar iguarias para as deidades do candomblé e, de forma secundária, para pessoas
em geral. Os tabela 4, abaixo, sistematiza a quantidade de terreiros com cozinhas de
santo e de branco.
124
4.2.9 Os Barracões
candomblé pesquisadas para a coleta de dados que, para a presente dissertação, são
omissos em determinados pontos.
Trabalhamos com dois tipos de amostra para os dados que acabamos de
explanar. Uma consiste na amostra representativa, na qual todos os atributos da
população estudada estão representados de maneira proporcional ou na frequência em
que estes ocorrem na realidade (LAKATOS & MARCONI, 1991). Como exemplo,
podemos citar a filiação à nação e a identificação do dirigente.
O outro grupo dentro da amostra se denominou como tendenciosa. Entendida
como aquela em que todos os atributos da população estudada não estão representados
de maneira proporcional ou na frequência em que estes ocorrem na realidade
(LAKATOS & MARCONI, 1991). Para estes, os dados referentes aos espaços
edificados, profanos e rituais, são o melhor e único exemplo.
Assim, decidimos pela manutenção desses locais, não com o intuito de perpetuar
um erro, mas como fato indicativo de que nem sempre a divisão dos espaços profanos e
rituais edificados em um terreiro são facilmente decodificados por pesquisadores, o que
reforça a necessidade do uso de classificações como as utilizadas aqui.
127
40
Realizado pela a Profª Drª Luciana Witovisk Gussella do Laboratório de Paleoecologia Vegetal,
Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (UFRJ).
41
STEVENS, P. F. ANGIOSPERM PHYLOGENY WEBSITE, 2001. Disponível em:
http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/. Acesso em: 06/09/2013; INTERNATIONAL PLANT
NAMES INDEX, 2004. Disponível em: http://www.ipni.org/index.html. Acesso em 06/09/2013.
128
seu contato [...]" (VERGER, 1995b, p. 29), o que nos permite afirmar que elementos
sensoriais também são levadas em consideração na classificação e utilização das folhas
nos ritos ou no uso fitoterápico dos terreiros de candomblé.
Conforme Verger (1995b) e Barros & Napoleão (2013) muitas das espécies
vegetais presentes nos terreiros não são brasileiras, sendo a África e a Ásia seus
continentes de origem. Esta constatação nos leva a afirmar a ocorrência de uma
dispersão vegetal para o Brasil, sendo realizada por negros na condição de escravos ou
ainda por comerciantes que realizavam transações entre o Continente Negro, o Novo
Mundo e demais partes do globo.
Rodrigues (1961) destacou em sua obra a importância das trocas vegetais entre a
África e o Brasil, em especial a introdução no Continente Negro da mandioca (Manihot
esculenta Crantz.) e do milho (Zea mays L.). Assim como o ingresso das espécies
americanas nos hábitos alimentares africanos
"O regime alimentar brasileiro africanizou-se desde cedo, com a introdução
do azeite de dendê, da pimenta malagueta, do quiabo, na variedade do
preparo da galinha e nos pratos como o angu, caruru, acarajé, efó, vatapá,
xinxim, o quibebe, o tutu de feijão à mineira e o uso maior do jerimum
(abóbora) e da melancia. Os negros introduziram a galinha da Angola, a noz
de cola" (RODRIGUES, 1961, p. 45).
Após o cruzamento das obras utilizadas, listamos um total de 1.174 plantas nos
terreiros de candomblé (ver Anexo B), o que, pelo número de espécies, já demonstra a
importância que os vegetais têm nesta religião. Verificando as famílias, obtivemos os
seguintes valores, conforme o gráfico XX, abaixo.
Como contabilizamos um total de 152 famílias optamos por somar as espécies
com menos de 2% de representatividade e criar a categoria "outras". O gráfico se tornou
menor e de mais fácil compreensão ao aglutinarmos os valores de menor expressão (ver
Anexo C onde listamos todos os táxons botânicos identificados). Desta forma,
encontram-se arroladas no gráfico 11 apenas as famílias com valores maiores que a
porcentagem acima adotada, o que não descarta a importância qualitativa de
determinados táxons, identificados como "outras".
42
As características morfológicas das espécies analisadas se basearam na obra de Judd et alii (2009).
131
610
Quantidade
171 Porcentagem
62 57 54 50
35 31 31 25 24 24
51,5% 15,0% 5,4% 4,8% 4,6% 4,3% 3,1% 2,6% 2,6% 2,1% 2,0% 2,0%
134
Omolu. Temos ainda o Odò omodé (sem nome popular, Mussaenda elegans Schumach.
& Thonn.), utilizado como ornamentação dos espaços.
As asteráceas, presentes nas regiões tropicais, subtropicais e temperadas, se
apresentam na forma de ervas, arbustos, ou, com menor frequência, de árvores ou
lianas. Seu uso está ligado à ornamentação, à alimentação e como remédio. Nos
terreiros temos o Òdòdó iyéyé (Girassol, Helianthus annus L.) que é utilizado como
ornamentação e como oferenda à Oxum (devido à sua coloração amarelada, cor desta
orixá) e o Agemo kogun (Capiçoba, Conyza sumatrensis (Retz.) E. Walker) utilizada nos
ritos de iniciação.
As apocináceas se caracterizam pela presença de látex, estípulas geralmente
ausentes e folhas geralmente opostas e inteiras, sendo os climas tropicais e subtropicais
suas áreas de ocorrência. Seu uso está associado ao paisagismo, a produção de fibras e
de feixes, além da oferta de madeira para móveis e construção civil. No candomblé a
família é representada, por exemplo, pelo Ako iré (Pau cadeira, Funtumia africana
(Benth.) Stapf) e pelo Dagba owu (sem denominação popular, Motandra guineensis
(Thonn.) aug. DC.); as duas plantas são indicadas para trabalhos ou banhos rituais,
conforme Verger (1995b).
As lamináceas, originárias de regiões subtropicais, mediterrânicas e do Oriente
Médio, se caracterizam por serem ervas, arbustos ou árvores que possuem folhas
simples, opostas ou verticiladas, com limbo inteiro, denteado, lobado ou partido,
revestidas de pelos glandulares. Normalmente, secretam essências aromáticas. O uso da
família se relaciona à extração de óleos, essências, cosméticos, aromáticos e
condimentos.
O uso aromático das lamináceas é amplamente difundido nos terreiros, sendo
destacável a presença do Ikiriwí (Sálvia, Salvia officinalis L.), muito utilizada nas
limpezas cotidianas, em defumadores e em ebós. Também podemos citar o Ewéré
(Alecrim, Rosmarinus officinalis L.) e o Eré tuntún (Levante miúda, Mentha citrata L.)
usados com a mesma finalidade.
As malváceas se constituem de lianas e árvores com folhas alternas, simples
(normalmente lobada e palminérvea) ou composta palmada, inteira ou serreada. Suas
utilizações estão relacionadas à ornamentação e alimentação. Podemos citar o uso do Ilá
(Quiabo, Hibiscus eculentus L.) na culinária dedicada aos homens e orixás, em especial
o amalá (dedicado a Xangô, Oyá, Obá e Ibejis) que se prepara com mel e quiabo cozido.
Landes (2002) indica que era uma prática comum ofertar tal alimento para os Ibejis em
136
Para além deste uso ritual, as casas de candomblé também consomem esse
vegetal (à exceção dos filhos de Oyá, como já descrevemos), sendo sua ingestão muito
difundida, em especial no Nordeste. O pepino (Cucumis sativus L.) está relacionado à
alimentação, mas pode compor o "ebó tudo que a boca come" (BARROS &
NAPOLEÃO, 2013, p. 89). Este ebó é a somatória de couve, repolho, abóbora, batata
doce, cenoura e chuchu que, quando ingeridos, têm a função de limpeza em pessoas
doentes e fortalecimento de sua saúde.
As convolvuláceas são plantas reconhecidas pelas suas flores em forma de cone
e por se apresentarem como trepadeiras sem gavinhas, como ervas ou subarbustos,
sendo encontradas nas regiões tropicais e subtropicais, mas sendo pouco diversas nas
regiões temperadas e frias. Sua importância reside na medicina, na ornamentação e
alimentação humana.
Nos axés encontramos a família representada pelo Ewé kúkúndùnkú (Batata
doce, Ipomoea batatas (L.) Poir. & Lam.), utilizada na alimentação, na preparação de
banhos, iniciações e como alimento para Xangô Airá e Oxumarê. Seu emprego
fitoterápico se dá com o uso das folhas cozidas e aplicadas em tumores e furúnculos ou
em gargarejos para inflamações na boca.
Podemos citar ainda o Kurukuru (Batatinha, Ipomoea salzmanii Choizy.),
utilizado em ritos ligados a Nanã, Omolu e Oxumarê. O Gbòrò ayaba (Salsa da praia,
Ipomoea pes-caprae (L.) R. br.), utilizado como ornamentação e a Àlúkerésé (Dama da
noite, Ipomoea alba L.), utilizada nas iniciações dos filhos de Oxalá, em "banhos para
prosperidade" (BARROS & NAPOLEÃO, 2013) e como ornamentação das casas de
candomblé.
As solanáceas são plantas arbóreas, arbustivas e raramente lianas, com a
presença de frutos do tipo baga, drupa ou cápsula. Se concentram em regiões tropicais
em todo o globo, sendo muito presentes no Brasil. São muito importantes na
alimentação, sendo utilizadas também para fins ornamentais.
Dentro dos terreiros encontramos: o Ikàn pupa (Batata Inglesa, Solanum sp.) e o
Sekúnwin (Tomate, Lycopersicon sculentum Mill.) como alimentos. O Etába (Fumo ou
Tabaco, Nicotiana tabacum L.) indicado por Barros & Napoleão (2013, p. 141) com os
seguintes usos:
138
Nos candomblés, a folha do fumo entra nos rituais de iniciação e no àgbo dos
filhos de santo de Oxaguian (tipo de Oxalá novo e guerreiro). O fumo de rolo
é utilizado em diversas oferendas para Odu, Ossaim, Exu, Caboclos, Pretos
Velhos e Voduns. Os charutos são muito apreciados por Exus e Caboclos. Os
cigarros e cigarrilhas são oferecidos aos Exus e Pombas giras nos centros de
umbanda. [grifos do autor]
Podemos citar ainda o Igbá àjà (Jurubeba, Solanum paniculatum L.), utilizado
como bebida em garrafadas ou misturado à cachaça e em banhos de iniciação. Além
destes usos, a planta pode ser empregada em ritos para fazer com que grandes períodos
de chuvas cessem (BARROS & NAPOLEÃO, 2013). Destacamos também o Èsó Feleje
(Trombeta roxa, Datura metel L.) descrita por Verger (1995b) como componente de
trabalhos maléficos, razão desta planta estar relacionada a Exu.
Outra planta de grande destaque nesta família é o Ata (Pimenta malagueta,
Capsicum frutescens L.) ligada a Exu, ao calor e a trabalhos para causar brigas e
confusões. Também é utilizada como condimento na cozinha baiana para acarajé,
vatapás e moquecas, onde o termo quente denota sabor apimentado. Na umbanda as
comidas dedicadas aos Exus também são preparadas com a planta, pois se entende que
as entidades se atiçam com o tempero e se tornam mais propensas para a realização de
pedidos.
Dentro da categoria "outras" temos ainda muitas plantas de grande importância
para o candomblé. O fato de termos adotado a fórmula em que as famílias com valor
inferior a dois porcento seriam contabilizadas nesta categoria, não significa irrelevância
das espécies. Apenas frisamos que foi uma opção metodológica com a finalidade de
construir o gráfico. Os dados de uso de muitas plantas presentes nesta categoria já foram
explanados no Capítulo 4 e nos restringiremos a informar as famílias de cada espécie.
O Ìrókò (Iroco, Gameleira, Gameleira Branca, Ficus doliaria M.) pertence à
família das moráceas, sendo identificado apenas na obra de Barros & Napoleão (2013).
Apesar de Verger (1995b) indicar que seu estudo botânico se deu na África, o autor não
cita tal espécie, mesmo sendo possível relacioná-la à Clorophora excelsa, espécie
amplamente encontrada nas florestas do Continente Negro (CACCIATORE, 1998;
TABUTI, et alii, 2003).
O Igi òpè (Dendê, Elaeis guineensis Jacq.) pertence à família das arecáceas
(Palmae) e também não consta na obra de Verger (1995b), o que nos permite,
sutilmente, observar que esse autor talvez não tenha produzido um estudo tão completo
das plantas na "sociedade iorubá" (VERGER, 1995b).
139
Do exposto, fica claro que a arruda tem um uso histórico ligado à proteção do
corpo e da alma contra malefícios, perpassando tanto os cultos afro-brasileiros como as
práticas religiosas populares (pensemos, por exemplo, nas benzeduras). Isso nos
apresenta uma continuidade histórica da planta, sendo atualizado e mantido seu uso ao
longo da história dos africanos em diáspora.
Para além da descrição das famílias botânicas mais expressivas, dos usos rituais,
alimentícios e fitoterápicos, o Inventário proporcionou a revisão das espécies. Tal fato
nos permitiu identificar que, para o Àràbà (Mafumeira), a espécie Eriophorus javanica
Rumph. não existe. Há uma cyperacea do gênero Eriophorum, mas não existe a espécie
javanica.
De forma semelhante, o Ògàn dúró, descrito por Verger (1995b) como sendo a
Gaertenera paniculata Benth não existe, não tendo sido seu gênero identificado durante
a revisão. Novamente salientamos que os autores consultados podem ter cometidos
algumas omissões, mas a revisão realizada conseguiu indicar tais situações. Longe de
desejarmos criticar o trabalho de grande vulto realizado pelo autor, temos o intuito de
aperfeiçoá-lo informando tais ocorrências.
Também identificamos que mais de uma espécie se relaciona a uma mesma
denominação em iorubá, fato já explanado anteriormente. Contudo, é interessante
ressaltar que, nestes casos, quando foi detectada mais de uma família, ela foi indicada
no arrolamento, sendo computada para a quantificação realizada.
142
A partir dos dados obtidos, entendemos que a revisão das obras e autores
utilizados representa mais que uma listagem de plantas. Pudemos observar pequenas
distorções nas informações, em especial às relacionadas a plantas inexistentes ou de
gêneros também ausentes, o que torna a ação de revisão de extrema importância para a
correção de tais dados e o aprimoramento dos estudos botânicos em terreiros de
candomblé.
Pela bibliografia utilizada, pudemos compreender que o espaço mata deve ser
obrigatoriamente implantado nos terreiros, pois representa a ancestralidade africana das
florestas. Ao mesmo tempo, autores como Gomberg (2011) nos informam da
possibilidade de coletas botânicas em áreas verdes ou capoeiras como forma
complementar de suprir os axés com as plantas rituais e fitoterápicas.
Ao confrontarmos os dados obtidos a partir da amostra das trinta e duas casas
analisadas com o Inventário utilizado, podemos chegar a algumas conclusões quanto
aos usos e a representatividade do espaço mata em terreiros de candomblé. Para tanto,
nos ateremos às plantas informadas pelos dirigentes das casas como constituintes de tais
locais, o que torna mais claras as averiguações realizadas.
Na amostra obtivemos um total de vinte e duas plantas (dois acocôs, duas
aroeiras, dois bambuzais, cinco dendezeiros, seis irocos, dois pés de jamelão, uma
bananeira, um cajazeiro e uma jaqueira). Seria impossível listar todas as ervas e demais
plantas que constituem as sete áreas verdes declaradas, principalmente se observarmos
que a pesquisa não listou as espécies de tais locais.
Contudo, ao analisarmos apenas as árvores citadas podemos indicar a seguinte
situação: pelo arrolamento realizado, a assembleia botânica potencialmente utilizável
por um terreiro é extremamente alta (com mais de mil plantas), mas temos descritas
nove espécies apenas em nossa amostra. Fica claro que há uma intencionalidade no uso
destas plantas e que há uma especialização do espaço mata mediante a utilização de
alguns vegetais.
Esta especialização é visível pela escolha intencional de determinadas plantas
que estão relacionadas aos aspectos religiosos do espaço mata dentro dos terreiros. Ao
mesmo tempo, a escolha recai sobre árvores com maior utilidade e ainda que pudessem
143
reunir num só local uma grande quantidade de usos rituais. Isto economizaria espaços
dentro dos axés para seu crescimento.
Por outro lado, como há uma espaço limitado pelo desenvolvimento urbano e
populacional no entorno dos axés, as plantas selecionadas e destacadas seriam as únicas
possíveis de cultivo se pensarmos nas limitações de crescimento das áreas dos terreiros.
Não podemos nos esquecer que a urbanização tem tornado as periferias, onde estão
localizados os terreiros, cada vez menos afastadas dos centro econômicos das cidades. O
que nos permite pensar que o conceito do que é periférico tem passado por
reformulações e tem se tornado menos um valor geográfico e mais um valor econômico
e social (SANTOS, 1988).
Também podemos correlacionar a esta especialização do espaço mata e a
restrição de cultivo de espécies à oferta de ervas e plantas rituais em locais específicos -
como o Mercadão de Madureira - o que possibilita aos terreiros a aquisição destes
materiais. Esta disponibilidade de compra também se relaciona a outras situações
advindas da urbanização, em especial a diminuição das áreas de mata e capoeiras onde,
conforme Gomberg (2011) os vegetais poderiam ser coletados pelos axés.
Fica claro que o duplo movimento de oferta de plantas e o crescimento urbano
estão ligados à diminuição de locais de coleta vegetal. Este fato tem correlação com o
espaço mata, sobretudo, resultando em uma especialização do local para comportar
traços identitários mínimos que representem o valor da ancestralidade.
Conforme Santos (1988), o espaço deve ser compreendido em sua "realidade
relacional", onde objetos e pessoas estão em interação. Desta interação é que as
significações emergem de forma a abarcar o constante movimento dialético. Nas
palavras do autor:
"O espaço deve ser considerado com um conjunto indissociável de que
participam, de um lado, certo arranjo de objetos geográficos, objetos naturais
e objetos sociais, e, de outro, a vida que os preenche e os anima, seja a
sociedade em movimento. O conteúdo (da sociedade) não é independente, da
forma (os objetos geográficos), e cada forma encerra uma fração do
conteúdo. O espaço, por conseguinte, é isto: um conjunto de formas contendo
cada qual frações da sociedade em movimento As forma, pois têm um papel
na realização social" (SANTOS, 1988, p. 10).
Para as adaptações que a mata apresenta em nossa amostra, o espaço tido como
correlacional nos permite entender que tanto as pressões urbanas quanto a própria
limitação de área dos axés tem levado os dirigentes a tornarem tais locais mais
representativos e mais específicos. Poderíamos pensar que as árvores selecionadas
144
43
Para o caso dos "assentamentos" deste orixá somamos os valores do "Exu do Portão" ao nominado
apenas como "Exu".
145
Para Gomberg (2011) a ligação dos terreiros aos movimentos ambientais seria
uma forma de preservação e incentivo de que locais de coleta vegetal, realização de
ebós e trabalho ou ainda recebimento de despachos fossem incentivados, o que
auxiliaria as casas de candomblé a manterem seus ritos sem alterações. Não podemos
inferir tal possibilidade para a amostra analisada, mas podemos pensar em tal situação
como uma possibilidade para os candomblés do Rio de Janeiro.
A partir do modelo adotado de Rocha (2000) entendemos aprioristicamente que
o espaço mata deveria ser destacável dentro de um axé, por constituir, no plano mítico,
uma reminiscência da África. Contudo, a expansão urbana ou mesmo a
indisponibilidade de áreas para crescimento dos axés apresentam uma realidade em que
os terreiros têm se especializado, muito em particular devido à oferta comercial de
plantas.
As casas se voltam assim para o cultivo de um mínimo de espécies que atendam
às necessidades de funcionamento dos ritos, o que nos indica uma mudança de posição
quanto ao local. Ele deve ser mantido e cultivado, mesmo que por meio de poucas
espécies. Ao mesmo tempo, a oferta de plantas no varejo permite ao terreiro abrir mão
de algumas plantas antes cultivadas que podem, então, serem adquiridas fora do espaço
mata.
44
As fotos das espécies referidas se encontram no Apêndice.
146
Tabela 5. Espécies de moluscos identificadas na pesquisa no Mercadão de Madureira (Ano base: 2012)45.
Espécie Gênero
Conus figulinus Conus
Conus planorbis ou Conus quercinus Conus
Cymbiola vespertilio Cymbiola
Cypraea caputserpentis Cypraea
Cypraea moneta/ Monetaria moneta Cypraea
Cypraea tigris Cypraea
Cypraea vitellus Cypraea
Lambis scorpius Lambis
Pugilina morio Pugilina
Strombus aurisdiane Strombus
Strombus pugilis Strombus
Strombus sinuatus Strombus
Telescopium telescopium Telescopium
Turbo petholatus Turbo
Vasum turbinellus Vasum
Zidona dufresnei Zidona
45
Para a espécie Conus planorbis haviam dúvidas se ela poderia ser a Conus quercinus . Como se trata
do mesmo gênero, elas foram inseridas apenas uma vez na tabela.
147
"[...] Oito meias nozes de dendê (ou búzios com fundo cortado) ligadas por
elos de metal ou trança de palha da Costa, deixando no centro um espaço
maior. Uma das postas, masculina, é terminada por um nó, a outra, feminina,
por 4 ou 5 fios de palha da Costa ou linha [...]. Só o Babalaô verdadeiro,
sacerdote de Ifá, tem direito a servir-se do opelé. Jogado dentro de um círculo
de colares sagrados (colar de Ifá) ou esteira ou peneira de palha, com colares
e búzios ao redor, o opelé deve cair em forma de U, com o lado aberto
voltado para o Babalaô [...]" (CACCIATORE, 1988, p. 194-195).
Podemos observar a vista ventral e lateral da sua valva , bem como seus dentes
serrilhados, a abertura ventral, os canais anterior e posterior, a localização da espiral e a
superfície lisa e polida que apresenta variação de cores. Como desenvolveremos abaixo,
é na face dorsal que o molusco sofre um corte para o uso no Ifá.
Figura 22. Fios de contas da orixá Oxum, um feito de búzios, e outro feito de ouro e corais.
Fonte: Lody (2010).
151
Figura 23. Joia artesanal da orixá Oxum ou do Vodum Azirí Tobossi, peça artesanal feita de búzios, fios
e bolas de ouro.
Fonte: Lody (2010)
Figura 24. Fio de contas de Iemanjá adquirido no Mercadão de Madureira em 2012. Peça artesanal feita
em codornê azul, contas translúcidas, Cypraea caputserpentis, Cypraea tigris e conchas das famílias
famílias Arcidae e Veneridae.
152
Gráfico 12. Gêneros de gastrópodes identificados na amostra e suas porcentagens (Ano base: 2012).
4
3 Quantidade
Porcentagem
1 1 1 1 1 1 1
ainda em seus assentamentos. A figura 27 apresenta esse adorno identificado por Pereira
(2013) em suas pesquisas em um terreiro em São Gonçalo (RJ).
Figura 27. Abebé de Iemanjá na parede acima de seu assentamento. Feito em madeira, codornê e
Strombus pugilis.
Fonte: Pereira, 2013.
Turbinellidae
Turbinidae 6%
Potamididae 6%
6% Conidae
13%
Melongenidae Volutidae
6% 13%
Strombidae Cypraeidae
25% 25%
Conus quercinus Mar Vermelho, Arquipélago das Seychelles (Oceano Indico), Arquipélago de Chagos (Oceano Indico), Madagáscar (Oceano Indico).
Cymbiola vespertilio Oceano Indo e Pacífico Central
Cypraea Costa leste da África do Sul, Mar Vermelho, Oceano Índico, Indo Pacífico Tropical Ocidental, Austrália, Filipinas, Arquipélago de Chagos
caputserpentis (Oceano Indico), Arquipélago das Comores (Oceano Indico), Quênia (Oceano Indico), Madagáscar (Oceano Indico), Ilhas Maurício (Oceano
Indico), Moçambique (Oceano Indico), Ilhas Reunião (Oceano Indico), Arquipélago de Seychelles (Oceano Indico), Somália (Oceano Indico)
e Tanzânia (Oceano Indico)
Cypraea moneta/ Mar Vermelho, Arquipélago de Chagos (Oceano Indico), Arquipélago das Comores (Oceano Indico), Costa leste da África do Sul, Quênia
Monetaria moneta (Oceano Indico), Madagascar (Oceano Indico), Ilhas Maurício (Oceano Indico), Moçambique (Oceano Indico), Ilhas Reunião (Oceano
Indico), Arquipélago das Seychelles (Oceano Indico), Somália (Oceano Indico) e Tanzânia (Oceano Indico).
Cypraea tigris Mar Vermelho, Costa Leste da África do Sul, Aldabra (arquipélago das Seychelles, Oceano Indico), Arquipélago de Chagos (Oceano Indico),
Arquipélago das Comores (Oceano Indico), Quênia (Oceano Indico), Ilhas Maurício (Oceano Indico), Moçambique (Oceano Indico), Ilhas
Reunião (Oceano Indico), Arquipélago das Seychelles (Oceano Indico), Somália (Oceano Indico), Tanzânia (Oceano Indico) e Quênia
(Oceano Indico)
Cypraea vitellus Mar Vermelho, Arquipélago de Chagos (Oceano Indico), Arquipélago das Comores (Oceano Indico), Quênia (Oceano Indico), Madagascar
(Oceano Indico), Ilhas Maurício (Oceano Indico), Moçambique (Oceano Indico), Ilhas Reunião (Oceano Indico), Arquipélago de Seychelles
(Oceano Indico), Somália (Oceano Indico), Tanzânia (Oceano Indico), Filipinas (Oceano Pacífico), Ilhas Palau (Oceano Pacífico), Ilhas
Samoa (Oceano Pacífico), Polinésia (Oceano Pacífico), Havaí (Oceano Pacífico) e Vietnã (Oceano Pacífico).
Lambis scorpius Arquipélago de Chagos (Oceano Indico), Madagascar (Oceano Indico) e Tanzânia (Oceano Indico).
Pugilina morio Oceano Atlântico, Angola (Oceano Atlântico), Ilhas Canárias (Oceano Atlântico), Cabo Verde (Oceano Atlântico), Mar do Caribe, Gabão
(Oceano Atlântico), Antilhas Menores (Oceano Atlântico) e Mauritânia (Oceano Atlântico).
Strombus aurisdiane Pacífico Indo-Oeste, do centro da África Oriental (incluindo Aldabra, Madagascar, Tanzânia e no Mar Vermelho), para o norte para o Japão e para
o sul para norte de Queensland, Austrália.
Strombus pugilis Mar do Caribe, Golfo do México, Aruba (Oceano Atlântico), Belize (Oceano Atlântico), Ilha Bonaire (Antilhas Holandesas, Oceano Atlântico),
Ilhas Cayman (Oceano Atlântico), Colômbia (Oceano Atlântico), Costa Rica (Oceano Atlântico), Cuba (Oceano Atlântico), Curaçao (Oceano
Atlântico), Jamaica (Oceano Atlântico), Antilhas Menores (Oceano Atlântico), Panamá (Oceano Atlântico), Porto Rico (Oceano Atlântico), Ilha de
San Andres (Oceano Atlântico) , Venezuela (Oceano Atlântico) e Brasil.
Strombus sinuatus Sudoeste do Pacífico e Filipinas.
Telescopium Madagascar (Oceano Indico).
157
telescopium
Turbo petholatus Mar Vermelho, Arquipélago de Chagos (Oceano Indico), Madagascar (Oceano Atlântico), Ilhas Maurício (Oceano Atlântico) e Moçambique
(Oceano Atlântico)
Vasum turbinellus Mar Vermelho, Aldabra (arquipélago das Seychelles, Oceano Indico), Arquipélago de Chagos (Oceano Indico)
Madagascar (Oceano Indico) e Tanzânia (Oceano Indico).
Zidona dufresnei Costa do Brasil, Uruguai e Argentina.
Fonte: WORMS Editorial Board (2013). World Register of Marine Species. Disponível em: http://www.marinespecies.org. Acessado em 14/11/2013.
158
Legenda:
1 - América Central
2 - Costa da América do Sul
3 - Costa Ocidental da África
4 - Região Indo-Pacífica
5 - Oceano Pacífico
Com base no mapa elaborado a partir das informações sobre a procedência das
espécies, podemos descrever sua origem da seguinte forma: Na América Central e Sul temos
159
46
É válido destacar que Pereira et alii (2012) chamaram a atenção a dificuldade de se realizar pesquisas no
Mercadão de Madureira, pois seus lojistas acreditam que informar quem são os artífices que produzem os
objetos em metal, os fornecedores de material malacológico ou mesmo os valores comercializados podem levar à
fuga de informações que privilegiariam a abertura de locais concorrentes a este conjunto de lojas, o que não é do
seu interesse.
47
Ou Ajê Salunga, outra grafia possível. Quanto ao gênero e filiação do orixá há versões que informam que
Ajê-Xalungá é uma das irmãs de Iemanjá.
160
secas e limpas são utilizadas no quarto de Oxalá, sendo um costume herdado de seu avô,
Cristóvão dos Anjos, fundador do terreiro.
Após o preparo, o Igbin é amarrado a uma palha da Costa e trançado de forma a
produzir um arco que se encontra dentro do quarto deste orixá e junto aos assentamentos de
seus filhos de santo. Não foi possível produzir registros fotográficos de tais objetos, pois no
terreiro não se permitem fotografias.
O uso litúrgico e de adorno do Igbin precede a sua introdução comercial no Brasil em
1988 (COLLEY, 2010), quando houve uma tentativa de utilizá-lo na produção do escargot.
Por não encontrar um predador natural, esse gastrópode se alastrou pelo país de forma a ser
considerado uma "espécie invasora" (SOUZA et alii, 2006):
"Sem inimigos naturais nas novas áreas onde têm sido introduzidos, os caracóis
gigantes africanos já se encontram disseminados por quase todos os estados
brasileiros. Possuindo hábitos semi-arborícolas, é muito comum encontrá-los
repousando durante o dia em troncos de árvores, em ramos e folhagens, como
também em cercas, muros e paredes. Em ambientes urbanos os caracóis têm causado
incômodo ao escalarem paredes de casas e prédios e ao se movimentarem em grande
número dificultando o trânsito de pedestres em calçadas e ruas de locais altamente
infestados. Podem também infligir sérios danos a praças e jardins ao se alimentarem
de flores, folhas e ramos de diversas plantas ornamentais. Resistentes à seca e ao
frio, são capazes de se adaptar a caatingas, florestas e brejos prejudicando outras
espécies de caracóis nativos ao desequilibrar suas relações ecológicas" (SOUZA, et
alii, 2006, p. 01).
Os prejuízos causados pela invasão dessa espécie podem ser de ordem sanitária (vetor
de parasitas que causam doenças como a meningite eosinofílica), agrícola (na destruição de
folhas em plantações) e paisagística (com a infestação de cidades, praças e jardins). As
principais formas de combate a esse animal, conforme Souza et alii (2006), consistem na sua
coleta manual e no uso de insumos químicos.
162
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O valor identificado pela pesquisa demonstra como tais entidades têm espaço dentro
dos axés, em especial na individualização de seu culto em locais/cômodos específicos. O que
pensaríamos ser identificável costumeiramente em terreiros de umbanda ou omolocô, se torna
visível nos candomblés analisados.
Os dados acima nos permitem inferir ao candomblé uma mudança em seu paradigma
de "Pureza Nagô" (ROCHA, 200, BASTIDE, 2001 e LANDES, 2002), apresentando uma
adaptação ou mesmo absorção de cultos nacionais ao dos orixás africanos. Longe de
representar um sistema de adoração apenas para a ancestralidade africana, o candomblé
48
Pereira (2013) identificou em sua pesquisa um Quarto de Pomba Gira presente em um terreiro da nação Kêtu
analisado por ele.
163
adaptou sua organização para dar conta de tais entidades, o que lhe caracterizaria ainda mais
como afro-brasileiros e não apenas africano puro como a bibliografia apresenta.
Entendemos que tal "pureza de culto" (ROCHA, 200, BASTIDE, 2001 e LANDES,
2002) possa ser mais fruto de uma construção teórica dos pesquisadores, muito influência por
paradigmas que tentavam explicar o caráter negro na sociedade nacional, do que existente de
fato ou na realidade empírica. A presença das entidades nacionais e de seus cômodos na
amostra demonstra como o candomblé tem absorvido e lidado com o plano espiritual
brasileiro ao longo de seu desenvolvimento, o que nega as afirmações de Landes (2002) e
Carneiro (1991) quanto à degeneração do culto ao se dedicarem a tais deidades. Ao mesmo
tempo, apresenta o candomblé como uma religião que tem conseguido se adaptar à novas
realidades, espirituais e materiais, dando conta desta cosmologia nacional dentro de seus
espaços. Poderíamos afirmar que o candomblé tem se atualizado quanto à tais entidades, ao
mesmo tempo em que atenua os binômios candomblé-orixá e umbanda-entidade nacionais.
Em um debate informal realizado com o Prof. Dr. Roberto Conduru (UERJ), no
período de desenvolvimento das pesquisas do INRC, ele questionava se as lideranças do
culto, já no século XIX, não teriam percebido a presença de tais entidades ou mesmo se
teriam se negado a percebê-las. As hipóteses explicariam esta percepção tardia de tais
deidades no candomblé ou mesmo a sua não aceitação. No debate concluíamos que a
constatação da presença destas deidades sempre foi perceptível, mas aspectos ligados à
manutenção fidedigna do culto aos orixás podem ter mitigado o culto aos espíritos nacionais.
Contudo, a própria constatação de Landes (2002) e de Carneiro (1991) sobre o uso de
tais espíritos nos "Candomblés de Caboclo" (LANDES, 2002) é indicativo do uso e/ou acesso
a estes seres durante o desenvolvimento do candomblé, o que sugere que a adoção das
entidade não como algo recente, mas sim desde o início do século XX. O argumento da
percepção é muito válido, pois nos permite pensar nos candomblés como locais de culto não
congelados no tempo e espaço, mas sim passíveis de adaptações, inclusões e
desenvolvimento de culto para estas entidades. A presença delas na amostra nos permite
visualizar o processo histórico e religioso de absorção das entidades nacionais aos
candomblés cariocas analisados.
Isto também nos permite afirmar que, para este caso de absorção, o candomblé o tenha
realizado não apenas como forma religiosa de trabalho com as entidades, mas como forma de
concorrer com os demais cultos afro-brasileiros por membros. Em um contexto urbano onde
tais deidades são mais facilmente agradadas e levadas a realizarem benesse aos homens, a
adoção de seus culto pode se configurar como um saída à perda de membros ou mesmo ganho
164
de novos membros que busquem a ajuda espiritual de ciganos, pretos velhos e de toda a
cosmologia de origem nacional.
Outra especialização identificada se relaciona à alta quantidade de quartos e de
assentamentos, se constituindo como locais autônomos ao barracão, o que se traduz num culto
mais personalizado às entidades. Tal fato sempre existiu dentro deste sistema religiosos
(BENISTE, 1997; BASTIDE, 2001), mas os valores encontrados para tais cômodos nos
indicam que os axés podem estar modificando a natureza de seus ritos tornando-os mais
pessoais.
Esta pessoalidade é verificável na constatação de que os membros de cada terreiro
possam estar criando momentos de cuidado e de culto à seus orixás e assentamentos de forma
independente do calendário litúrgico das casas. Tal assertiva pode se relacionar à dois fatores:
o primeiro quanto ao número de filhos de santo e a incapacidade de muitos terreiros em
comportarem todos durante uma desta dentro do barracão. O segundo se refere à
impossibilidade de comparecimento do membro nas festas e a necessária realização de
oferendas, limpezas e do culto à seus orixás.
No primeiro caso, muito perceptível no Opô Afonjá, por exemplo, o barracão e o
terreiro não comportam todo o público e os filhos de santo que se congregam para as festas, o
que demonstra como o espaço erigido do local já se encontra pequeno. Como o axé possui tal
limitação, uma saída possível é a realização de ritos individuais para as entidades em seus
cômodos, o que faz com que estes locais se desenvolvam para receberem tais situações de
forma autônoma ao barracão ou mesmo às demais atividades do terreiro.
Para a segunda hipótese temos a seguinte relação: uma incompatibilidade entre a vida
de trabalho e afazeres dos filhos de santo com o calendário de festas da casa em que ele
participa. Isto não o permite estar no terreiro em todas as ocasiões festivas, mas não retira
suas responsabilidades com o trato de seu orixá. Uma saída encontrada para que seu santo não
fique sem culto ou sem as ações rituais necessárias, em especial as limpezas dos
assentamentos, é a realização de tais atividades em momentos alternativos aos das festas nos
cômodos das entidades de devoção. A situação reforça a necessidade de locais específicos que
não atrapalhem o dia-a-dia dos terreiros e permita o culto pessoal.
Esta hipótese nos leva a pensar que o candomblé possa estar desenvolvendo formas
individuais de culto ligadas às tradicionais festas coletivas. Como numa adoração aos santos
católicos, realizada em casa e em momentos alternativos, os adeptos dos axés podem estar
migrando sua devoção para esta forma pessoal de manutenção de sua crença.
165
Outro caso de transformação ou adaptação nos cômodos e locais erigidos para devoção
ao orixá se refere para o caso de Iemanjá. Seu culto tem se fixado a beira mar, sobretudo nos
dias que antecedem o fim do ano (PEREIRA et alii, 2012). Como a água salgada é a morada
de tal entidade, se torna ideal que sua adoração ocorra ali. O deslocamento das atividades de
dentro dos axés para as praias pode ser a resposta para à baixa presença que esta entidade teve
na amostra analisada - a porcentagem total de 9,5% (oito cômodos)49. Assim, para além dos
assentamentos necessários para o funcionamento da casa e identificados para tal orixá, a
diminuta presença desta divindade expressa uma transferência que o culto à Rainha dos Mares
pode estar passando para fora dos axés.
Outra especialização visível a partir da amostra é a prevalência de determinados orixás
sobre outros. Exu, Omolu, Ogum, Oxalá, Xangô, Oxossi/Odé e Oyá/Iansã se apresentaram
mais comumente presentes nos valores encontrados em relação a orixás que não apareceram
identificados, como Obá, Ewá, Logunedé ou Ibejis. Tal dado nos permite afirmar que dois
movimentos são visíveis: um se relaciona a uma centralização e/ou particularização do culto
em orixás mais conhecidos, o outro que isso possa indicar a perda ou diminuição dos ritos à
determinadas entidades.
Sobre tal particularização lembramos, por exemplo, que alguns orixás mais
prevalentes estão relacionados à identidade mítica das nações (como por exemplo Odé e
Xangô para a nação Kêtu), mas também se configuram como os deuses mais conhecidos
dentro do candomblé50. Como já discutimos, é interessante lembrar como Ogum foi
sincretizado em São Jorge, o que dá mais destaque ao orixá e/ou santo no culto e, ao mesmo
tempo, maior visibilidade de sua capacidade de auxílio aos homens.
Tal prevalência também foi notada no Mapeamento de Terreiros de Candomblé de
Salvador (BA), realizado em 2007. Nele foram encontrados os valores de cinquenta e três
terreiros para Ogum, sessenta e cinco para Odé/Oxossi, cinquenta e quatro para Xangô,
setenta e nova para Oyá/Iansã e cinquenta e quatro para Omolu (num total de trezentos e
cinco terreiro de uma amostra de um mil cento e sessenta e cinco terreiros inventariados).
49
O valor encontrado advém da soma dos seguintes valores: 1,2% para a Casa das Iabás, 4,0% para a Casa de
Iemanjá, 3,2% porcento para o Quarto das Iabás e 1,1% porcento para o Quarto de Xangô, Oxossi e Iabás.
Adotamos que, no caso das Iabás, Iemanjá esteja contemplada nesta categoria, mesmo não constando
nominalmente. Para os locais identificados encontramos, ao todo, oito cômodos.
50
Para nossa amostra obtivemos os seguintes valores mais expressivos de orixás: vinte e dois cômodos/espaços
para Exu (vinte e seis vírgula cinco porcento), dezesseis para Omolu (dezenove porcento), quinze para Ogum
(dezessete vírgula sete porcento), doze para Oxalá (treze vírgula cinco porcento), doze para Xangô (treze vírgula
nove porcento), sete para Oxossi (oito vírgula cinco porcento) e Oyá/Iansã com seis locais (seis vírgula dois
porcento).
166
A partir de tais dados podemos perceber que há uma clara predileção pelo culto à
determinadas entidades, sejam por motivos religiosos e identitários (como a nação), seja pela
visibilidade que o orixá tem dentro do culto ou ainda dentro do sincretismo com o
catolicismo. Parece plausível pensar que há uma busca pelas características arquetípicas
destas entidades mais prevalente. Em especial, aquelas ligadas às virtudes de cada orixá e que
são buscadas pelos fiéis para a resolução de problemas: a justiça de Xangô, a força de Ogum,
a sexualidade de Oxum, o carinho e colo de Iemanjá, a esperteza de Exu e a sabedoria de Odé,
por exemplo.
Por outro lado, percebemos como o culto a determinados orixás se encontra ausente
nos terreiros analisados, o que nos permite entender que a adoração a eles possa estar
diminuindo ou mesmo se tornado alheio. Não identificamos cômodos para Logunedé, Ewá,
Obá e Ibejis, nem mesmo configurações familiares nestes locais que indicassem que tais
divindades estariam ali (como os quartos de Ogum e Oxossi, por exemplo). Isso pode ser
indicativo de que está havendo uma perda da veneração de tais deuses ou ainda que a
reverência aos mais destacáveis está obscurecendo tais deidades.
Esta situação nos é favorável à percepção da criação de um círculo de adoração à
orixás específicos ou que, frente às necessidades da vida, o candomblé esteja se
particularizando no culto à determinadas entidades, ficando as demais como constituintes da
mitologia, mas sem expressão nas casas de candomblé.
A pesquisa também permitiu observarmos que o "Matriarcado Nagô", defendido por
Bastide (2001) e fortemente por Landes (2002), também não foi predominante em nossa
amostra. Os valores de dezenove homens e quatorze mulheres no comando dos axés permitem
questionar se a liderança no candomblé é eminentemente feminina. Os dados obtidos quase
pareiam a liderança entre os sexos, mas apresentam a prevalência masculina.
Se observarmos a nação Kêtu, fortemente estudada pelo autores acima citados e
identificada como matriarcal, veremos o predomínio de homens no comando dos axé (catorze
dirigentes). O valor não nos permite dizer que tal comando feminino seja proeminente na
amostra carioca, como a bibliografia indica. Mas, ao mesmo tempo, apresenta como o
comando dos axés tem sido realizado pelo gênero masculino. Isso nos leva a aventar a
possibilidade do "Matriarcado Nagô" (LANDES, 2002) não seja tão expressivo no caso do
Rio de Janeiro e que o comando feminino, apesar de presente em nove casas da "nação" Kêtu,
esteja em queda.
Birman (1995) e Fry (1982) relacionaram a emergência de dirigentes homossexuais
masculino como meio de aceitação social, sustento financeiro e busca por parceiros nos casos
167
estudados por eles. Não podemos inferir a mesma possibilidade para a amostra analisada, nem
mesmo cogitar relações de gênero deste tipo para nossas observações. Porém, a emergência de
homens no comando dos axé já foi identificada há mais de vinte anos na literatura sobre o
candomblé, o que torna a discussão da queda do matriarcado mais destacável, pois não se
apresenta como algo recente ou inédito.
Para nossa amostra, é possível perceber a emergência masculina nas direção dos axés e
a queda, ou mesmo quebra, do modelo de dirigente feminino. Pesquisas futuras, que
acompanhem as sucessões de comando nos terreiros poderão informar se a tendência
observada se concretizará, se tornado ou não prevalente nos axés cariocas.
Sobre o modelo de ocupação de espaço adaptado de Rocha (2000) e de Conduru
(2010) podemos perceber que, de fato, ele existe e está expresso na amostra. Contudo, longe
de ser algo fixado ou estático, ele responde à tríade relação entre a área disponível, o dirigente
e a entidade, como afirmado na hipótese inicial da dissertação. Os dados obtidos nos levam a
compreender que o modelo é subjetivado por cada dirigente no momento de implantação da
casa e em seu desenvolvimento.
Desta forma, poderíamos pensar na agência que os dirigentes tem no momento da
implantação dos axés, conseguindo dialogar tanto com o espaço disponível como com as
entidades envolvidas no intuito de alcançar um máximo de aproveitamento dos recursos e
necessidades para a elaboração destes locais. Para a amostra analisada a agência se expressa
como sendo "[...] utilizado para dar conta do grau de liberdade exercido pelos indivíduos face
aos seus constrangimentos sociais [...] Reporta-se à capacidade de os atores, face a uma
mesma situação, poderem conscientemente agir de forma diferente, tendo por referência os
seus objetivos e projetos pessoais". (CAETANO, 2011, p. 160).
As várias casas analisadas apresentam a agência dos dirigentes para os espaços
públicos e privados. Sejam elas expressas, por exemplo, na constituição de espaços de
memória, capelas, quartos com imagens de santo, piscinas, locais para cursos ou ateliês.
Todos estes espaços erigidos demonstram como o dirigente pode construir locais que atendam
tanto às necessidades privadas do culto (como as capelas e quartos com imagens de santos)
como os públicos com áreas de recreação (piscinas) ou de atendimento à pessoas com cursos
de culinária ou língua iorubá.
Ao mesmo tempo, como já desenvolvemos, a presença de entidades nacionais nos
cômodos erigidos também expressa a adaptação da área disponível à necessidades religiosas
de inclusão de tais seres nos ritos do candomblé, bem como a particularização do espaço mata
no o cultivo de plantas utilizadas, sobretudo, em ritos de iniciação também indica tal
168
Sobre a cultura material analisada identificamos que, para o caso dos moluscos, eles
são adquiridos no Mercadão de Madureira, sendo provenientes de áreas diversas do globo e
mesmo da costa brasileira. As plantas, como já desenvolvemos no Capítulo 5, podem ser
adquiridas no mesmo local e serem cultivadas nos terreiros apenas as mais simbólicas ou mais
necessárias aos ritos. Estas situações expressam a relação que os axés tem com tal entreposto
comercial, ao mesmo tempo em que indicam a mudança de um modelo/paradigma de coleta e
produção interna para práticas de aquisição e utilização de determinados elementos materiais
dentro dos candomblés.
Isto torna os locais de culto dependentes de lojas como as do Mercadão, sobretudo
quanto à oferta do que se necessita para o rito ou trabalho. Ao mesmo tempo, para utilizarmos
o conceito de Santos (1988), torna correlacional os espaços, em especial o religioso, com o
espaço comercial nas práticas do candomblé.
A assertiva de Santo (2006, p. 69) nos é de grande valia neste momento:
Ao nosso ver, a questão a colocar é a da própria natureza do espaço, formado, de um
lado, pelo resultado material acumulado das ações humanas através do tempo, e, de
outro lado, animado pelas ações atuais que hoje lhe atribuem um dinamismo e uma
funcionalidade. Paisagem e sociedade são variáveis complementares cuja síntese,
sempre por refazer, é dada pelo espaço humano.
A partir de todo o exposto na dissertação temos a certeza que muitas vozes falaram
sobre o candomblé carioca, informando como ele está constantemente se construindo, como
tem achado formas de aliar suas tradições às novas realidades da urbanização, sobre a oferta
de produtos no mercado, as restrições de espaço, novas formas de culto/divindades e,
sobretudo, de como elas mantém tal religião presente e aglutinadora de uma identidade que
hoje excede a negra, mas não perde de vista seu passado relacionado à África.
Pudemos perceber como esta fala tem permito aos terreiros de candomblé manterem
traços identitários e religiosos que os liguem ao passado, mas lhes permitem olhar para o
futuro e se adaptarem às novas circunstâncias. Pela pesquisa conseguimos observar como tais
vozes são ativas e capazes de lidar com novas situações, como uma ligação com o movimento
ambiental, em busca da preservação de reservas vegetais para a realização de seus ritos.
Conseguimos ainda identificar como os dirigentes tem um papel decisivo na escolha
da disposição dos axés e da construção de locais que permitam o culto à ancestralidade
africana e a brasileira, permitindo às entidade brasileiras estarem presentes nos axés de forma
harmônica e somatória para a religiosidade destes locais. Ao mesmo tempo, foi possível
analisar como relações de mercado, sobretudo de aquisição de produtos, tem permeado mais e
mais os ritos e iniciações nos axés.
Se as plantas e o espaço mata se mostraram adaptadas a tais peculiaridades, ao mesmo
tempo apresentam uma religião que tem desenvolvido a capacidade de se adequar a uma
sociedade que nem sempre compreende sua lógica e que ainda mantém certo preconceitos
com suas atividades rituais.
As vozes nos deram uma clara imagem de como os terreiros carioca se desenvolveram
historicamente e tem encontrado meios de perpetuar o silêncio que edifica o culto aos
ancestres, as energias trocadas entre homens e deuses e como isso permite ao candomblé se
manter como uma religião entre as demais do Brasil.
"Se a fala constrói a cidade, o silêncio edifica o mundo", como indica o provérbio
africano, a pesquisa contribuiu para que essas vozes fossem ouvidas e se apresentassem em
suas formas, cores, estilos, gêneros e todos os aspectos que tornam tão rico o candomblé,
sobretudo como ele continua a se desenvolver no século XXI.
170
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GLOSSÁRIO
Abebê Leque em forma circular, usado por Oxum, Iemanjá e Oyá feito em
latão dourado ou prateado, alguns podem trazer um espelho no centro
ou quandos usados por Iemanjá normalmente trazem desenhos
simbólicos relacionados ao orixá, como uma sereia, por exemplo.
Acaçá Comida ritual produzida com farinha de milho branca cozida sem
tempero algum, também utilizada para a alimentação humana em
terreiros de candomblé. No padê significa ou representa o ser humano
ou um animal que será dado para alimento. Configura-se como um
sacrifício substituto.
Amalá Comida ritual feita de quiabo e mel, sendo dedicada à Xangô, Ibejis,
Oyá e Iemanjá.
Armas de Instrumentos rituais utilizados pelos orixás e que estão em seus mitos (
Orixá Axaxá, Ofá, Machado, Abebê, entre outros). São utilizados em danças
quando os orixás estão na Terra em seus cavalos.
Babá Égun ou Ancestral divinizado do culto Lésse Égun, sendo transformando em tal
Babá egungun entidade após a morte da pessoa e sua consequente transformação em
tal espírito por meio de ofertas sacrificiais.
Banho de Composto formado por água e folhas litúrgicas, sendo utilizado como
Folhas forma de limpeza ou energização dos indivíduos de um terreiro de
candomblé. Também é conhecido como sangue verde nos ritos de
iniciação.
Benzeduras Ação de tentar curar males físicos e espirituais por meio de orações e
de ritual próprio.
Confirmação Rito em que ekedis e ogãs, após o seu recolhimento tem seus cargos
confirmados publicamente pelo orixá que os suspendeu ou indicou.
Despacho Oferenda feita para Exu ou outros orixás com o intuito de abrir os
caminhos ou mesmo solucionar um problema. No caso de Exu,
despacha-se o orixá ofertando água para que ele proteja o terreiro,
colocando-se de frente e guarda no portão de entrada do terreiro.
Entidades da O mesmo que Exus, Pombas giras, pretos velhos, boiadeiros, ciganas e
183
Fio de conta Adorno para pescoço produzido com miçangas, massas de metal,
conchas, moluscos e sementes. Segue a escala de cor que cada orixá
possui.
Fonte Mina d'água dedicada à algum orixá e de onde se retira água para uso
nos candomblés
Fun fun Qualidade dos Orixás ligados à criação ou aos primeiros momentos da
Terra. Usam somente roupas brancas devido a idade e respeito a essa
ancestralidade. Oxalá, Iemanjá, Omolu, e certas qualidades de Oyá,
Xangô e Ogum também podem ser fun fun. São, em sua maioria, orixá
184
mais velhos.
Iabás Orixás femininas, como Iemanjá, Oxum, Oyá e Obá. As três últimas
consistem nas esposas de Xangô.
K --------------
Lavagem das Ritual de lavagem dos fio de conta do orixá da pessoa com folhas
contas sagradas ou com sangue de um animal sacrificado e que deverá ser
usado como medida de proteção. A partir do momento que a pessoa
tenha o colar ritual pode considerar-se filho da casa, passando a
frequentar o terreiro e participando de cerimônias públicas.
Matriarcado Termo utilizado por Landes (2002) e Bastide (2001) para indicar a
Nagô proeminência da mulher no comando de casas de candomblé na Bahia,
consequentemente também em casas da raiz nagô/ketu. Para os
membros do Terreiro Ilê Omô Oyá o termo tem o mesmo valor e liga-
se a um pureza de uso das tradições africanas no candomblé.
Modelo nagô Indicado por Rocha (2000) e Conduru (2010) como um modelo de
de terreiro organização do espaço em terreiros de candomblé de origem nagô. O
espaço é dividido entre locais públicos (banheiros, cozinhas e
barracão) e privados (quartos de santo e roncó), sendo a utilização
destes com valores temporais e não estanques em certos momentos.
Obrigação de Um ano após a feitura, o nascimento no santo, o Yaô deve fazer sua
Santo primeira obrigação que tem por significado comemorar esse
nascimento e o reforço de seus votos. São oferecidos um bori e um
animal de duas patas. Os votos serão renovados ao se completar três
anos. Serão oferecidos um bori e um animal de quatro patas que seja
do fundamento do seu orixá. Aos sete anos de feitura o Yaô alcança a
187
Opelé Ifá O "Ifá" pode ser compreendido como um orixá ligado à adivinhação
do futuro e do destino, tendo o "Babalaô" como seu sacerdote e
dirigente de seu culto. Este oráculo pode ser composto de sementes de
dendê (Elias guineensis Jacq. var. Idolatrica) ou por búzios
(Monetaria moneta) sendo utilizados dezesseis ou trinta e duas
sementes/búzios para sua composição.
Padê Rito em que comidas e bebidas são oferecidas para Exus e aos espíritos
ancestrais antes da realização de uma festa.
Palha da Fibra de ráfia africana usada em diversos paramentos dos cultos afro-
Costa brasileiros, em especial os relacionados ao de Omolu.
Pepelê Local onde são tocados os atabaques num terreiro de candomblé. Deve
ser um local mais alto, consequentemente mais visível, possibilitando
que orixás e pessoas possam tocá-lo como forma de saudação.
Normalmente é feito de madeira ou de cimento com covas para o
encaixe dos atabaques.
Poço Mina d'água dedicada ao orixá Oxumarê. Suas águas são utilizadas em
ritos dentro dos "axés".
Sacrifício
Sacudimento Rito de limpeza realizado por orixás após o fim do axexê com o intuito
de retirar qualquer resquício de energia relacionada à morte nos
membros de um terreiro. O sacudimento usa ainda a planta açoita-
cavalo (Luehea divaricata) como meio material de limpeza.
Suspensão
U --------------
Vatapá
Wadudu Comida ritual produzida com feijão preto e azeite de dendê dedicada à
Ogum.
Yaô Pessoa que passou pelo rito iniciático e que torna-se membro efetivo
de uma casa de candomblé. Consiste num estágio que pode ser
transitório ou durar a vida toda, dependendo do pagamento do anos
para sair desta situação de "iniciado".
Z --------------
Zimbo Tipo de concha utilizada como moeda durante parte dos séculos XVI e
XVII em algumas regiões do Nordeste do Brasil Colônia, como a
Bahia e o Maranhão. Prática já existente no passado em regiões
africanas (Angola, Moçambique, Gabão, Madagascar, Zanzibar) e
trazida para o Brasil pelos escravos
192
ANEXOS
Quantidade
1
Casa da Vovó (Pretos Velhos)
36
Banheiros
27
22
Casa de Exú
1515
Quarto de Jogo
1212
Residência do/da Dirigente
11
10
Casa de Ogum
99
Assentamento de Ogum
Cozinha de Branco
88888
Salão para Clientes (Cursos e Ateliê)
77
Área Verde declarada (Jardins e Canteiro de Ervas e Plantas…
Quarto de Babáéguns
Assentamento de Ossaim/Katendê
Iroko
6666666
Casa de Oxossi/Odé
Quarto de Santo (Sem Discriminação da Entidade)
Dendezeiro
Sala de Visitas
55555555
Casa de Iansã/Oyá
Quarto de Xangô
44444
Fonte de Oxum
Casa de Oxalá
Quarto das Iabás
Quarto de Oxum
33333333
Roncó de Oxalá
Casa de Ogum e Oxossi
Quarto de Xangô e das Iabás
Quarto de Iansã/Oyá
ANEXO A. Espaços identificados nos amostra de 32 terreiros analisados
Quarto de Oxumarê
Assentamento das Yamin Oxoronga
Assentamento de Nanã
Assentamento de Oxum
Cajá
Roncó das Iabás
Roncó de Ogum
Roncó de Ossaim
Palhoça para recolhimento de iaô
Área de Serviço
Casa para receber visitantes
Espaço para Ebós
Piscina
11111111111111111111111111111111111111
ANEXO B. Inventário botânico de plantas utilizadas no candomblé, conforme Barros & Napoleão (2013) e Verger (1995b)51
a. n Nome em iorubá Autor Nome científico Família52 Nome popular
A
1. Aágba pupa, Àwò pupa Verger (1995b) Leptoderris sp. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
2. Aàlákòse, Aríwó, Ilákòsìn igbó Verger (1995b) Monodora myrstica (Gaertn.) Dunal Annonaceae Falsa moscadeira
3. Àánú, Aláánú, Aayanrìn Verger (1995b) Vitex thyrsiflora Baker Lamiaceae S/Denominação
4. Aápe, Aápe àjìjà, Apèta Verger (1995b) Celtis integrifolia Lam. Ulmaceae S/Denominação
5. Àáràgbá, Asá, Àáràsá, Àsáràgbá Verger (1995b) Bridelia atroviridis Müll. Arg. Euphorbiaceae S/Denominação
7. Àba, Qdán, Òp`tó, Òpòtó, Iréré, Qdan Verger (1995b) Ficus sp. Moraceae S/Denominação
iké, Qdán oko, Odán wéwé, Àfòmó
àpé, Òpòtó wéré, Oláfòmógi, Alábe
wéré
8. Àbàdo, Àpárà, Abádúró Verger (1995b) Hexalobus crispiflorus A. rich. Annonaceae S/Denominação
51
As duas obras utilizadas são caracterizadas como as mais completas descrições de plantas utilizadas no candomblé de origem jêje nagô no Brasil. Para Barros (1993) e
Barros & Napoleão (2013) o primeiro nome científico indica a espécie, os seguintes são sinonímias da mesma espécie. Verger (1995b) utiliza mais de um nome/designação no
candomblé na identificação de uma espécie, o que foi mantido, por ser entendido que o foco da tabela é a dupla informação de nome/desiginação no candomblé e o nome
científico. No caso de plantas que constam nas três obras utilizadas, o primeiro nome científico, no caso de ocorrerem sinonímias, é o idêntico em todas as obras.
52
Revisão e atualização da nomenclatura científica realizada pela Drª Luciana Witovisk Gussella do Laboratório de Paleoecologia Vegetal, Departamento de Geologia e
Paleontologia, MN/UFRJ.
195
10. Abàfè Barros & Bauhinia forficata Link Fabaceae Pata de vaca
Napoleão (2013) Bauhinia candicans Benth (Leguminosae) Unha de boi
Bauhinia purpurea L. Unha de vaca
Pata de Boi
Unha de Bauínia
Bauíniade flo branca
Bauínia de flor rosa
Insulina vegetal.
11. Abáké, Abàre Verger (1995b) Anthonotha macrophylla P. Beauv. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
12. Àbámodá, Erú òdúndún, Kantíkantí, Barros & Bryophyllum pimmatum (Lam.) Oken. Crassulaceae Árvore da fortuna
Kóropòn Napoleão (2013), Kalanchoe crenata (Andr.) Haw. Coitama
Verger (1995b) Bryophyllum Calcinum Salisb. Diabinho
Kalanchoe pinnata Pers. Folha da Costa
Folha da fortuna
Fortuna
Folha grossa
Milagre de São Joaquim
Saião
13. Àbàrá Òké Barros & Vanilla palmarum Lindl Orchidaceae Baunilha de nicuri
Napoleão (2013) Baunilha da Bahia
Baunilha de fava grande
Baunilha silvestre
14. Abe alárùn, Èyún, Èyún hòò, Verger (1995b) Cissus petidolata Hook. f. Vitaceae S/Denominação
Èyúnyún
15. Ábèbè Kò Barros & Polyscias guilfoylei Bailey. Araliaceae Tira teima
Napoleão (2013) Nothopanax guifoylei Merr. Árvore da felicidade macho
Aralia guifoylei Bull. Arália cortina
16. Abèbè òdàn Verger (1995b) Triaspis stipulata Oliv. Malpighiaceae S/Denominação
17. Àbèbè òdàn, Adáná pápá Verger (1995b) Psychotria vogeliana Benth. Rubiaceae S/Denominação
196
18. Ábébè Òsún Barros & Hydrocotyle bonariensis Lem. Apiaceae Erva capitão
Napoleão (2013) Hydrocotyle multiflora Ruiz & Pav. Acariçoba
Hydrocotyle umbellata L. var. Pára sol
bonariensis (Lam.) Spreng. Capitão
Lodagem
19. Abèékánná mánún Verger (1995b) Ampelocissus multistriata (Baker) Vitaceae S/Denominação
Planch.
20. Abèékánná màrùún Verger (1995b) Cissus aralioides (Weiw. ex Baker) Vitaceae S/Denominação
Planch.
21. Àbèjé, Òro Verger (1995b) Irvingia gabonensis Baill. ex Lanen. Irvingiaceae S/Denominação
22. Abéré, Abéré olóko, Elésin máso, Barros & Bidens pilosa L. Asteraceae Picão
Akésin máso, Napoleão (2013), Picão preto
Oyà, Malpanganran, Agamáyàn, Verger (1995b) Pico pico
Agaran Mòyàn, àgbède dudu oko, Fura capa
Ajísomobíàlá Piolho de padre
Cuambu
Carrapacho de agulha
23. Abéré, Idewanran Verger (1995b) Jasminum pauciflorum Benth. Oleaceae S/Denominação
24. Abéròdéfè gidi Verger (1995b) Desmodium ramossissimum G. Don Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
26. Abílèré wéwé, Yánrin-oko Verger (1995b) Lactuca capensis Thunb. Asteraceae S/Denominação
28. Àbíràgbá, Èdò ejò, Gbòò, Sokúdalé Verger (1995b) Cissus porducta Afzel. Vitaceae S/Denominação
31. Ábitolá, Èwòn àdèlè, Èwòn agogo, Barros & Lantana camara L. Verbenaceae Cambará
Ègùnwín, Elékù Napoleão (2013), Lanata Rhodesiensis Moldenke Cambará
Verger (1995b) Lantana undulata Schr. Cambará de chumbo
Eupatorium hectanthus Bak. Cambará de espinho
Cambará vermelho
Cambará roxo
32. Abíwéré, Lókólépòn Verger (1995b) Hybanthus enneaspermus (L.) F. Muell. Violaceae S/Denominação
33. Abo àkó Verger (1995b) Homalium letestui Pellegr. Flacourtiaceae S/Denominação
34. Abo èrùwà, Èrùwà dúdú, Èrùwà Verger (1995b) Andropogon tectorum Schumach. & Poaceae S/Demoninação
arànwú Thonn.
35. Abo làbelàbe, Akogbégi Verger (1995b) Fuirena umbellata Rottb. Cyperaceae Titica
Dandá
36. Abo ògànwó, Èfù ìyá Verger (1995b) Carapa procera DC. Meliaceae Andiroba
37. Àbò omo, Ajàn òdàn Verger (1995b) Ficus mucuso Welw. Moraceae S/Denominação
38. Àbò òsúpè, Agbárí etu, Ìbò àgbà Verger (1995b) Alafia barteri Oliv. Apocynaceae S/Denominação
39. Àbo, Arère, Àfòn Verger (1995b) Annona senegalensis Pers. Annonaceae S/Denominação
40. Abóbi dóyòó òrìsà, Amó oyún Verger (1995b) Callichilia monopodialis (K. Schum.) Apocynaceae S/Denominação
Stapf.
41. Abojúmátì, Èdòogbó Verger (1995b) Canthium spp. Rubiaceae S/Denominação
42. Abólóko, Èékénná adìé Verger (1995b) Pouzolzia guineensis Benth. Urticaceae S/Denominação
43. Abòro, Èpà abòro Verger (1995b) Achiranthes aspera L. Amaranthaceae S/Denominação
44. Adabi, Opó-èsí Verger (1995b) Clerodendrum splendens G. Don Lamiaceae S/Denominação
198
45. Adágbudu Verger (1995b) Teramnus labialis (L. f.) Spreng. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
46. Adé ilè, Adélè, Òyàilè, Òyàle Verger (1995b) Thonningia sanguinea Vahl. Balanophoraceae S/Denominação
47. Àdèrè èkó, Ata kókó, Irin Verger (1995b) Merremia hederaceae (Burm. f.) Hallier Convolvulaceae S/Denominação
wanjanwànjàn f.
48. Adini másòró igbó Verger (1995b) Clerodendrum japonicum (Thunb.) Sweet Lamiaceae S/Denominação
49. Àdó, Aùjé wéwé, Oíire, Oríkòténi, Verger (1995b) Byrsocarpus coccineus Schumach. Connaraceae S/Denominação
Asòlèkè, Olójúejò, Orókò tóhùn
50. Adósù, Adósùsù, Olópàpà mèràgà, Verger (1995b) Cochlospermum planchonii Hook. f. Cochlospermaceae S/Denominação
Olópàpà àlàgà, Olópàpà ràgà, Ajodò,
Ruturutú
51. Àdùgbìn, Àpadó Verger (1995b) Berlinia grandifolia (Vahl) Hutch. & Fabaceae S/Denominação
Dalziel (Leguminosae)
52. Afàrà, Àfà Verger (1995b) Terminalia superba Engl. & Diels Combretaceae S/Denominação
54. Àfèè, Afóforo, Afóforo àfè, Afèrè, Verger (1995b) Trema orientalis (L.) Blume Ulmaceae S/Denominação
Amókóle, Àyínyín, Àférí, Àféèrí
55. Aféjè kosùn Verger (1995b) Tylophora sylvatica Decne Asclepiadaceae S/Denominação
56. Àfíndò Verger (1995b) Hippocratea pallens Planch. ex. Oliv. Celastraceae S/Denominação
57. Afo, Òrópa, Erúbabasèjè Verger (1995b) Staudtia stipitata Warb. Myristicaceae S/Denominação
58. Afóforo òyìnbó Verger (1995b) Azadirachta indica A. Juss. Meliaceae Margosa
59. Àfòmó aáwé Verger (1995b) Tapinanthus heteromorphus (A. rich.) Loranthaceae S/Denominação
Danser
199
60. Àfòmó àbo Verger (1995b) Tapinanthustruncatus (Engl.) Danser Loranthaceae S/Denominação
61. Àfòmó ògèdè Verger (1995b) Tapinanthus pentagonia (DC.) Tiegh Loranthaceae S/Denominação
62. Àfòmo, Osé, Etu, àfòmó oló bòrújè, Verger (1995b) Tapinanthus sp. vel aff. Loranthaceae S/Denominação
Òjèlé
63. Àfòmón Barros & Phthirusa abdira S. Moore Loranthaceae Erva de passarinho
Napoleão (2013) Phthirusa teobromae Baill Erva de passarinho grande
Phoradendron crassifolium Pohl. et. Viscaceae
Sichl
Viscum crassifolium Pohl. Viscaceae
Psittacanthus calyculatus
(DC) G. Don
Sthruthantus marginatus Blume
Sthruthantus flexicaulis Martius
Loranthus marginatus Lam.
Loranthus brasiliensis Lank.
Phthirusa pyrifolia Eichl.
64. Áfón Barros & Clitoria guianensis Benth. Fabaceae Espelina falsa
Napoleão (2013) Crotolaria guyanensis Aubl. (Leguminosae)
Crotolaria longifolia Lam.
Neurocarpum angustifolium Kunth.
Neurocarpum longifolium Mart.
66. Afún léhìn, Ìdòfún, àbo ìdòfún, Verger (1995b) Parinari curetellifolia Planch. ex Benth. Chrysobalanaceae S/Denominação
Igiàbò, Àbo
67. Agà, Agbàwò Verger (1995b) Musanga cecropioides R. br. Cecropiaceae S/Denominação
68. Àgàgè Verger (1995b) Picralima nitida (stapf) T. Durand. & H. Apocynaceae S/Denominação
Durand.
69. Àgáko, Èèru ijù, Èérùjù, Èèrùgbó Verger (1995b) Uvaria chame P. Beauv. Annonaceae S/Denominação
200
70. Agba Verger (1995b) Landolphia togolana (Hall. f.) Pichon Apocynaceae S/Denominação
72. Àgbà, Ìbò gidi Verger (1995b) Alafia multiflora (Stapf) Stapf, Apocynaceae S/denominação
73. Agbaà Verger (1995b) Entada gigas (L.) Fawc. & Rendle Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
74. Àgbádó, Àgbàdo, Ìgbàdo, Okà, Barros & Zea mays L. Poaceae Milho
Yangan, Erinigbado, Erinkà, Eginrin Napoleão (2013),
àgbado, Elépèè, Ìjèéré Verger (1995b)
79. Àgbé omo, Òkerekere níyèé Verger (1995b) Hypoestes sp. Acanthaceae S/Denominação
80. Àgbèdo olúgbó, Isàn ògún, Ojúeja Verger (1995b) Rytigynia rubra Robyns Rubiaceae S/Denominação
81. Agbéye Barros & Citrullus citrull (L.) Karst. Cucurbitaceae Melão de água
Napoleão (2013)
82. Àgbéyíká egbè Verger (1995b) Hypselodelphys violacea (Ridl.) Milne- Marantaceae S/Denominação
Redh.
83. Àgbólà Barros & Senna obtsusifolia (L.) Irwin & Fabaceae Meta pasto
Napoleão (2013) Barneby. (Leguminosae) Fedegoso
Cassia obtusifolia Fedegoso branco
Mata pasto liso
201
85. Àgbon olódù, Àgbon enídù, Àgbon Verger (1995b) Borassus aethiopum Mart. Arecaceae (Palmae) S/Denominação
onídù, Àgbon eye, Àgbon òdàn,
Àgbon gàmbàrí, Opè òkùnkùn
86. Àgbonyìn, Àga-igi Verger (1995b) Piptadeniastrum africum (Hook. f.) Fabaceae S/Denominação
Brenan (Leguminosae)
87. Àgbòoríta Verger (1995b) Crotolaria gorensis Guill. & Perr. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
88. Àgègè, Agègè Verger (1995b) Mollugo nudicaulis Lam. Molluginaceae S/Denominação
90. Agemo kogun Verger (1995b) Conyza sumatrensis (Retz.) E. Walker Asteraceae Capiçoba
Erva lanceta
91. Agemo Kògùn, Agemo ògo Verger (1995b) Laggera alata (D. Don) Sch. Bip. Asteraceae S/Denominação
94. Àgùnrí, akolodo Verger (1995b) Brachystegia nigerica Hoyle & A. P. D. Fabaceae S/Denominação
Jones (Leguminosae)
95. Ahá omodé, Asa omodé, Òmìmì Verger (1995b) Turraea vogelli hook. f. Meliaceae S/Denominação
96. Ahá, Kákámisín, Oníkirikúkiri, Ègúsí Verger (1995b) Lagenaria breviflora (Benth) Roberty Cucurbitaceae S/Denominação
Kákámisín
98. Ahón ekún (dúdú), Ekún arúgbó, Verger (1995b) Acanthus montanus (Nees) Acanthaceae Falso cardo
Òpìpì, Òpìpì oko T. Anderson
99. Ahon ekùn, Ìtàkùn òpòn Verger (1995b) Tetracera sp. Dilleniaceae S/Denominação
100. Ahùn erihún, Ahùn, Awùn Verger (1995) Alstonia boonei De Wild. Apocynaceae S/Denominação
101. Ahùn erihún, Ahùn, Awùn Verger (1995b) Alstonia congensis Engl. Apocynaceae S/Denominação
102. Àìdan àbàtà Verger (1995b) Dombeya quinqueseta (Delile) Exell Sterculiaceae S/Denominação
103. Àìko Verger (1995b) Raphia hookeri G. MH. Wendl. Arecaceae (Palmae) S/Denominação
104. Àjà igi, Olósàn, Lísàn, Òdeòwesè, Verger (1995b) Cylicodiscus gabunensis Harms Fabaceae S/Denominação
Olísàn (Leguminosae)
105. Àjà, Àjàrà, Ògbòlò Verger 91195b) Cissus populnea Guill. & Perr. Vitaceae S/Denominação
106. Ajade, Ayàdà, Ríjàríjá Verger (1995b) Stereospermum kunthianum Cham Bignoniaceae S/Denominação
113. Ajagunmárásè, Ìgbéderé, Òpá Verger (1995b) Dissotis sp. Melastomataceae S/Denominação
114. Ajagunrásè, Awede, Apó ibà, Verger (1995b) Dissotis rotundifolia (Sm.) Triana Melastomaceae S/Denominação
Ìbéderé, Alase
117. Àjànrere, Àsùnwòn dúdú, Àsùnwòn Verger (1995b) Senna podocarpa (Guill. & Perr.) Lock Fabaceae S/Denominação
òyìnbó, Àsùnwòn funfun, (Leguminosae)
Asinàrùnwálè
120. Àjásílè, Itápara, Ìgbèhín Verger (1995b) Rhaphiostylis beninensis Planch. ex Icacinaceae S/Denominação
Benth.
121. Àjé kòbàlé, Àjé òfòlé, Afélóru, Òbàlé Verger (1995b) Croton zambesicus Müll. Arg. Euphorbiaceae S/Denominação
122. Àjefówo, Ajítàn, Ìyànjú Verger (1995b) Celosia isertii C. C. Towns. Amaranthaceae S/Denominação
204
123. Ajegbé, Ujobe, Abo emidò, Yeyè, Verger (1995b) Uapaca guineensis Müll. Arg. Euphorbiaceae S/Denominação
Yèré, Emido
124. Ajèléèrà, Ajíléèrà, Igi eléèrà Verger (1995b) Psydrax subcordatum (DC.) Bridson Rubiaceae S/Denominação
125. Ajèrè, Òyígí, Abílèré Verger (1995b) Chrysanthellum indicum (L.) Vatke var. Asteraceae S/Denominação
afroamericanum Turner
126. Ajíbépo, Féjè sèhìn, Fèsò sèjèjè, Verger (1995b) Campylospermum reticulatum (P. Ochnaceae S/Denominação
Àsojá Beauv.)
127. Ajídarí, Àyàki, Àbòbá dúdú Verger (1995b) Melanthera scandens (Schumac. & Asteraceae S/Denominação
Thonn.) Roberty
128. Ajífábí àlá Verger (1995b) Ipomoea cairica (l.) Sweet. Convolvulaceae S/Denominação
130. Ajíkuneérú, Ìroro eke Verger (1995b) Pseudarthria hookeri Wight & Arn. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
131. Ajílékegé, Òyìnbó òtòsi Verger (1995b) Eleusine africana Kenn.-O'Byrne Poaceae S/Denominação
132. Ajípòrere, Awéniwá Verger (1995b) Ormocarpum sennoides (Willd.) DC. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
133. Ajíromi, Òwò, Omi tútù Verger (1995b) Brillantaisia lamium (Nees) Benth. Acanthaceae S/Denominação
134. Ajítàlà, Owó agbe, Agbalé, Okó ajá, Verger (1995b) Hedranthera barteri (Hook. f.) Pichon Apocynaceae S/Denominação
Àgbo omodé
135. Ajítòrò Verger (1995b) Galactia tenuiflora (Willd.) Wight & Fabaceae Jequirana de Goías
Arn. (Leguminosae) Feijão bravo
136. Ajíwóògùn Verger (1995b) Lindackeria dentata (Oliv.) Gilg. Flacourtiaceae S/Denominação
137. Àjóbi, Àjóbi Oilé, Àjóbi Pupá Barros & Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae Aroeira comum
Napoleão (2013) Aroeira vermelha
205
138. Àjóbi Funfun Barros & Lithraea molleoides (Vell.) Engl. Anacardiaceae Aroeira branca
Napoleão (2013) Lithraea aroeirinha March ex Warm. Aroeirinha
Schinus molleoides Vell. Aroeira de mangue
Schinus leucocarpus Mart. Aroeira de fruto branco
139. Àjóbi Jinjin Barros & Lithraea molleoides (Vell.) Engl. Anacardiaceae Aroeira branca
Napoleão (2013) Lithraea aroeirinha March. Aroeirinha
Schinus molleoides Vell. Aroeira de mangue
Schinus leucocarpus Mart. Aroeira de fruto branco
140. Aka ègì Verger (1995b) Lannea nigritiana (Scott-Elliot) Keay Anacardiaceae S/Denominação
var. Pubescens Keay
141. Àkààkàtán Verger (1995b) Aubrevillea kerestingh (Harms) Pellegr. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
142. Àkàkí, Ìbò, Ìbò elékitì, Ìbò elékì Verger (1995b) Landolphia hirsuta (Hua) Pichon Apocynaceae S/Denominação
143. Akan, Emìnà, Ewùrà esin, Dandan, Barros & Dioscorea bulbifera Dioscoreaceae Cará mole
Isu àlùbosà Napoleão (2013), Dioscorea esculenta (Lour.) Burkill. Cará do ar
Verger (1995b) Cará de corda
Cará de sapateiro
Inhame de São Tomé
144. Àkànró, Àkàrà àfín, àkàrà èsù, Lánarí Verger (1995b) Allophylus africanus P. Beauv. Sapindaceae S/Denominação
145. Akásùn Verger (1995b) Petersianthus macrocarpus (P. Beauv.) Lecythidaceae S/Denominação
Liben
147. Akéèré, Háíháí, Ahùrù Verger (1995b) Hibiscus rostellatus Guill. & Perr. Malvaceae S/Denominação
148. Akékakara Verger (1995b) Mussaenda arcuata Lam. ex Poir Rubiaceae S/Denominação
206
149. Akéréjèpòn pupa, Obalabí, Obanabé, Verger (1995b) Sphenocentrum jollyanum Pierre Menispermaceae S/Denominação
Ogbalagbe
150. Akeri Barros & Byrsonima crassifolia (L.) H.B.K. Malpighiaceae Murici
Napoleão (2013) Byrsonima lanceolata D.C. Murici do campo
Byrsonima ferruginea Bth. Murici pitanga
Byrsonima cotinofolia H.B.K. Marajoara
153. Akika, Aka, aka isin, Aka múmu, Verger (1995b) Lecaniodiscus cupanioides Planch. ex Sapindaceae S/Denominação
Aika, Akika, Akeka, Káwóbi Benth. & Hook.
154. Akikagbé, Sòkùnsowó, Òdùn Verger (1995b) Discoglypremna caloneura (Pax) Prain Euphorbiaceae S/Denominação
155. Àkílà Verger (1995b) Isolona campanulata Engl. & Diels Annonaceae S/Denominação
156. Akínsalè, Ejìnrìn òdàn, Ejìnrìn Verger (1995b) Ipomoea nil (L.) Roth Convolvulaceae S/Denominação
olókun, Ejìnrìn àjé
158. Ako ejìnrìn Verger (1995b) Momordica cissoides Planch. ex Benth. Cucurbitaceae S/Denominação
159. Ako ewúro odò, Ewúro odò Verger (1995b) Ludwigia octovalvis (Jacq.) P. H. Raven Onagraceae Cruz de Malta
160. Ako ìbépe Verger (1995b) Carica papaya L var. microcarpa Jacq. Caricaceae S/Denominação
161. Ako ìdòfún Verger (1995b) Maranthes polyandra (Benth.) Prance Chrysobalanaceae S/Denominação
162. Ako iré Verger (1995b) Funtumia africana (Benth.) Stapf Apocynaceae Pau cadeira
163. Ako iré, Iréna, Iré, Irpenò, Verger (1995b) Holarrhena floribunda (G. Don.) T. Apocynaceae S/Denominação
Irébàsàbàsà, Iré ìbeji, Ìsaì Durand & Schinz
207
164. Ako réré, Òpá ikú, Àsìmáwù Verger (1995b) Senna Obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Fabaceae Mata pasto
Barneby (Leguminosae)
165. Ako ròrò Verger (1995b) Indigofera stenophylla Guill. & Peer. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
166. Ako wenrenwénrèn, Ako ìdágbón, Verger (1995b) Corynanthe pachyceras K. Schum. Rubiaceae S/Denominação
Ako nwerewere
167. Ako yayangan Verger (1995b) Eragrostis cilianensis (All.) Vignolo Poaceae S/Denominação
168. Àkó, Orígbó, Pàpó, Ìpàpó Verger (1995b) Canarium schweinfurthii Engl. Burseraceae S/Denominação
169. Akóko, Akòko Barros & Newbouldia laevis Seem. Bignoniaceae Acocô
Napoleão (2013), Newbouldia Seem.
Verger (1995b)
170. Akolédò Verger (1995b) Cordia platythrsa Baker Boraginaceae S/Denominação
171. Àkomu Verger (1995b) Pycnanrhus angolensis (Weilw.) warb. Myristicaceae S/Denominação
174. Àkòríko Verger (1995b) Haplormosia monophylla (Harms) Harms Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
176. Akrorò, Rorò, Rorò funfun, Ìrorò Verger (1995b) Tephorosia bracteolata Guill. & Perr. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
208
177. Àkú (jegúrè), Àkò, Awàtòsí Verger (1995b) Commelia sp. Commelinaceae S/Denominação
178. Akúfódewá Verger (1995b) Amorphophallus Abyssinicus (A. Rich) Araceae S/Denominação
N. E. Br.
181. Aládé oko Verger (1995b) Rungia grandis T. Anderson Acanthaceae S/Denominação
183. Àlédó, Àlùgbókìtà, Ìyákérégbodó, Verger (1995b) Leersia hexandra Sw. Poaceae Arroz bravo
Pòpòìwàrà, Anido, Sánborùn
184. Alékèsì Barros & Casearia sylvestris Sw. Flacourtiaceae São gonçalinho
Napoleão (2013) Casearia punctata Spreng. Língua de teiú
Casearia caudata Uitt. Chá de frade
Casearia ovoidea Sleum. Vassatonga
Casearia parviflora Willd. Língua de lagarto
Casearia smyda (Gaert.) DC. Erva de bugre
Casearia subsessiliflora Lund. Flauta de saíra
Erva de lagarto
Pau de lagarto
Petumba
185. Alòfò odò, Àlòfòhùn, rèkù rèkù Verger (1995b) Torenia thouarsii (Cham. & Schltdl.) Scrophulariaceae S/Denominação
Kuntze
186. Àlóó, Kùkúmòrúgbó Verger (1995b) Dichapetalum toxicarium (G. don) Bail. Dichapetalaceae S/Denominação
187. Alówónjeja funfun, Alówó njeja Verger (1995b) Trianthema portulacastrum L. Aizoaceae S/Denominação
pupa, Akísan, Akisa, Atànkálè,
Afákalè
188. Àlùbósà Eléwé, Àlùbósà onísu Barros & Allium aescalonicum L. Alliaceae Cebolinha branca
Napoleão (2013), Chalota das cozinhas
209
189. Àlùbósà erin, Isuméri Verger (1995b) Pancratium trianthum Herb. Amarylidaceae S/Denominação
190. Àlùbósà ìjíwèrè, Àlùbósà babé Verger (1995b) Anthericum spp. Anthericaceae S/Denominação
ìjìwèrè
191. Àlùbósà, Àlùbósà gàmbàrí, Àlùbósà Barros & Allium cepa L. Alliaceae Cebola
kétá, Èlùbásà Napoleão (2013),
Verger (1995b)
192. Àlùgbonron, Sòná gbùrù Verger (1995b) Triclisia subcordata Oliv. Menispermaceae S/Denominação
193. Àlúkerésé, Ajígbàwà, Àtéwó edun Barros & Ipomoea alba L. Convolvulaceae Dama da noite
Napoleão (2013), Convolvulus aculeatus L. Campainha
Verger (1995b) Convolvulus aculeatus var. Bona nox L. Corriola da noite
Ipomoea bona nox L. Boa noite
Ipomoea mauritana Jacq. Abre noite fecha dia
Calonyction bona nox (L.) Boj.
Calonyction aculeatum Choisy
194. Àlùkérése, Àlùkérése pupa, Afàkájù, Verger (1995b) Ipomoea involucrata P. Beauv. Convolvulaceae S/Denominação
Òdódó oko, Òdódó odò
195. Alùki, kádankóbe, Kádankódè Verger (1995b) Asparagus africanus Lam. Asparagaceae S/Denominação
196. Álùmón, Ewúro jíje, Ewúro gidi, Barros & Vernonia condensata Baker. Asteraceae Boldo paulista
Ewúro Pákò, Orín Napoleão (2013), Vernonia amygdalina Delile Alumã
Verger (1995b) Boldo japonês
Boldo brasileiro
197. Àlúpayídà funfun, Àlúpayídà Verger (1995b) Uraria picta (Jacq.) DC. Fabaceae S/Denominação
Osanyin, Àpadà, Àlúpayídà (Leguminosae)
198. Àlùpàyídà, Òbóníbi, ìsó, Òbólè, Barros & Sida linifolia Juss ex. Cav. Malvaceae Língua de galinha
Òbólókólépòn Napoleão (2013), Sida angustissima Juss, ex Cav. Guaxima
Verger (1995b) Sida campi Vell. Língua de tucano
Sida longifolia Brandeg. Guaxuma fina
Sida lenearifolia Schum. & Thon. Malva língua de tucano
210
200. Amára fúyé Verger (1995b) Grewia mollis Juss. Tiliaceae S/Denominação
201. Àmàtì, Èyofó Verger (1995b) Tephrosia elegans Schumach. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
202. Amórítanná, Eyin ìré Verger (1995b) Polycarpaea linearifolia (DC.) DC. Caryophyllaceae S/Denominação
203. Àmù Barros & Cuphea balsamona Ch. e Sch. Lythraceae Sete sangrias
Napoleão (2013) Cuphea aperta Koelm. Erva de sangue
Cuphea divaricata Pohl. Balsamona
Baba de burro
Escorrega
Sete chagas
204. Amúewú wáyé Verger (1995b) Gomphrena celosioides Mart. Amaranthaceae S/Denominação
205. Amùjè wéwé Verger (1995b) Cnestis longiflora Schellenb. Connaraceae S/Denominação
206. Amùjè, Amùjènlá, Elépo Verger (1995b) Harungana madagascariensis Lam. ex Clusiaceae S/Denominação
Poir
208. Àmúkàn, ìgárá, Aàyùn, Olá dúdú Verger (1995b) Lannea spp. Anacardiaceae S/Denominação
209. Amúkú, Amúkúlo Verger (1995b) Mimosa diplotricha C. Wright ex Fabaceae Malícia das mulheres
Sauvalle var. Inermis (Adelb.) Verdc. (Leguminosae)
210. Amúnimúyè Verger (1995b) Senecio abyssinicus Sch. Bip. Asteraceae S/Denominação
211. Amúnimúyè Barros & Centratherum punctatum Cass. Asteraceae Balainha de velho
Napoleão (2013) Centratherum intermedium Less. Perpétua
Amphirephis intermedia Link. Perpétua roxa
211
Perpétua do mato
212. Ànàmú ògá, Iyagà, Yagà Verger (1995b) Ipomoea spp. Convolvulaceae S/Denominação
213. Andará Barros & Parkia multijuga Benth Fabaceae Visgueiro, faveiro
Napoleão (2013) Dimorphandra megacarpa Rolfe. (Leguminosae)
215. Ànígbódigbó, Àrígbódigbé, Verger (1995b) Hymenostegia afzelii (Oliv.) Harms Fabaceae S/Denominação
Ewàrígbó (Leguminosae)
216. Ànìkàn gbéjù, Efinrin àjé, Efinrin Verger (1995b) Hoslundia opposita Vahl Lamiaceae S/Denominação
osò, Agbo ewú òhàhà, Agbìjalè,
Tannájágbé, ànìkàn gbíjù, Erìnmì
217. Ànìkàn segbó tòrìsà, Ànìkàn segbó Verger (1995b) Microglossa pyrifolia (Lam.) Kuntze Asteraceae S/Denominação
218. Ànìkànjeran Verger (1995b) Indigofera congesta Welw. ex Baker Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
219. Ànkémi léti Verger (1995b) Aristolochia ringens Vahl Aristolochiaceae Mil homens
Jarrinha
Papo de peru
220. Antijuí Barros & Brugmansia suaveolens Bercht & Presl. Solanaceae Trombeta branca
Napoleão (2013) Datura suaveolens H.B. ex Willd. Cálice de Vênus
Datura arborea sensu Sendth. In Mart.
Datura gardneri Hook.
221. Apa oró, Ogùgù, Sápó Verger (1995b) Anthocleista vogelii Planch. Loganiaceae S/denominação
222. Apá, Ako apá Verger (1995b) Afzelia africana Sm. ex. Pers. Fabaceae S/denominação
(Leguminosae)
212
223. Apá, Apá igbó Verger (1995b) Afzelia bella Harms Fabaceae S/denominação
(Leguminosae)
224. Àpakó, òké Verger (1995b) Cleistopholis patens (Benth.) Engl. & Annonaceae S/Denominação
Diels
225. Àpako, Pakó, Aparum, Oparum, Opa Verger (1995b) Oxytenanthera abyssinica (A. Rich.) Poaceae Bambu
Munro
226. Apálá Barros & Cucumis sativus L. Cucurbitaceae Pepino
Napoleão (2013)
227. Àpalà odò Verger (1995b) Streptogyne carinata P. Beauv. Poaceae S/Denominação
229. Àpàpó, Ìpàpó Verger (1995b) Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex Fabaceae Pau carrapato
DC. (Leguminosae) Ingá bravo
230. Àparà, Àpahà, Palá, Kàkó Verger (1995b) Pentaclethra macrophylla Benth. Fabaceae Sucupira
(Leguminosae) Pracaxi de folha grande
231. Apàsà igba Verger (1995b) Cordia senegalensis Juss. Boraginaceae S/Denominação
232. Àpáta, Idi àpáta, Igi orí àpáta, Àrín Verger (1995b) Microdesmis puberula Hook. Pandaceae S/Denominação
ìgò, Àrín ìgò dúdú, Iméyínfun,
Akanjú ilé, Èsùnsún
233. Ápéjé, Patonmó, Pamámó àlùro, Barros & Mimosa pudica L. Fabaceae Dormideira
Paìdímó Napoleão (2013), Mimosa sensitiva L. (Leguminosae) Sensitiva
Verger (1995b) Mimosa dormens H.B.K. Malícia de mulher
Maria fecha porta
Juquiri rasteiro
Dorme dorme
213
Não me toques
Erva viva
Malícia
236. Aperejo Verger (1995b) Pedilanthus tithymaloides (L.) Poit. Euphorbiaceae Dois amores
Coração negro
Sapatinho de judeu
Sapatinho do diabo
239. Àpò omodé oko, Òjáàkókò Verger (1995b) Chlorophytum ssp. Anthericaceae S/Denominação
240. Àpongbè, Gàngàran, Saworo, Ìkóbé Verger (1995b) Trilepisium madagascariense DC. Moraceae S/Denominação
241. Apónlójúsese, Arorò Verger (1995b) Antidesma venosum E. Mey & Tul. Euphorbiaceae S/Demoninação
242. Aporó, Òpà súpà Verger (1995b) Clerodendrum polycephalum Baker Lamiaceae S/Denominação
243. Àràbà, Ègungun ògún, Eégun (Owú Barros & Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Bombacaceae Mafumeira
èégun) Ògbùngbun Napoleão (2013), Bombax pentadrum L. Poilão
Verger (1995b) Bombax orientale Spreng. Polão
Sumaúma da várzea
Arvore da sede
Paina lisa
Sumaúma verdadeira
Sumaúma
Sumaumeira
214
245. Àráràsá Verger (1995b) Macaranga barteri Müll. Arg. Euphorbiaceae S/Denominação
246. Àràsà-ganigan, Atinúségun Verger (1995b) Hylodendron gabunense Taub. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
247. Arèdànm òjíá, Asúnwolé, Arádò, Verger (1995b) Daniellia ogea Rolfe Fabaceae S/Denominação
àsúwòlé, Mugbara, (Leguminosae)
Ògùnjá
249. Arère, Igioro Verger (1995b) Triplochiton scleroxylon K. Schum. Sterculiaceae S/Denominação
250. Arésèkosùn, Aréníkosùn Verger (1995b) Pandiaka heudelotti (Moq.) hook. f. Amaranthaceae S/Denominação
251. Àrìdan Barros & Tetrapleura tetraptera (Schum & Fabaceae Aridan
Napoleão (2013) Thour.) Taub. (Leguminosae)
252. Àrìdan, Aìdan Verger (1995b) Tetrapleura tetraptera (Schumach. & Fabaceae S/Denominação
Thonn.) Taub. (Leguminosae)
253. Àrígbódigbó Verger (1995b) Coccinia barteri (Hook. f.) Keay Cucurbitaceae S/Denominação
254. Àrìlu, Àìlu, Ìtàkùnàìlu Verger (1995b) Secamone afzelii (Schult.) K. Schum. Asclepiadaceae S/Denominação
255. Àrìrà, Àrìrájù, Apépe, Ààrà, Osùn Verger (1995b) Pterocarpus erinaceus Poir Fabaceae S/Denominação
dúdú (Leguminosae)
256. Àró, Àyeye Verger (1995b) Crossopteryx febrifuga Benth. Rubiaceae S/Denominação
257. Arójòkú wéré Verger (1995b) Cycnium camporum Engl. Scrophulariaceae S/Denominação
258. Arùn fónfón, Ewùrà, Ègbodò Verger (1995b) Dioscorea alata L. Dioscoreaceae Inhame
Cará
Inhame bravo
Inhame da China
215
Inhame da Ìndia
Inhame de cariolá
Inhame de Lisboa
Inhame de São Tomé
259. Àrún sánsán, Imí esú, Ako yúnyun Verger (1995b) Ageratum conyzoides L. Asteraceae Metrasto
260. Arùnfánfán, Òpápárá igbó, Efinrin Verger (1995b) Lippia multiflora Moldenke Verbenaceae S/Denominação
òdàn, Efinrin gògàrà
261. Àrúnsánsán Barros & Ageratum conyzoides L., Asteraceae Erva de São João
Napoleão (2013) Ageratum maritimum H.B.K. Mentrasto
Ageratum mexicanum Sims. Catinga de bode
Ageratum obtusofolium Lam. Picão roxo
Cacalia mentrasto Vell. Macela de São João
262. Àrusò Barros & Hyptis carpinifolia Benth. Lamiaceae Alfazema do Brasil
Napoleão (2013) Rosmarinho
263. Asa, Olówònrànsánsán, Sekúsékú, Verger (1995b) Malvastrum coromandelianum (L.) Malvaceae S/Denominação
Asa òrìsà, Abórìsàwáyé Garcke
264. Àságbó Verger (1995b) Bridelia grandis Pierr ex Hucth. Euphorbiaceae S/Denominação
265. Àsáràgba, àsá, Àsá gidi, Àáràsá, Ìra, Verger (1995b) Bridelia micrantha (Hochst.) Beil. Euphorbiaceae S/Denominação
Fonú fonú
266. Àsàsà, àwéléso, Àyìwé igi oko Verger (1995b) Margaritaria discoidea (Baill.) G. L. Euphorbiaceae S/Denominação
Webster
267. Àse olongo Verger (1995b) Setaria longiseta P. Beauv. Poaceae S/Denominação
268. Aséfun, Ajé, Sefun sefun, Rajérajé Verger 91995b) Aerva lanata (L.) Juss. Amaranthaceae S/Denominação
216
269. Àsíkùtá, Èruku oko, Efin Barros & Sida cordifolia L. Malvaceae Malva branca
Napoleão (2013), Guaxuma
Verger (1995b) Malva veludo
Guaxima
Malva
270. Asín, Osàn eye, Filà funfun, Ségi sórí Verger (1995b) Dichapetalum madagascariense Poir. Dichapetalaceae S/Denominação
271. Asíyélé, apagbé, èrèhunm Èrihun Verger (1995b) Chrysophyllum welwitschii engl. Sapotaceae S/Denominação
272. Asoféyeje, dòdo, Awowèrè, Irá, Irá Verger (1995b) Rauvolfia vomitoria Afzel. Apocynaceae S/Denominação
igbó, Òóra, Dòdo dúdú, àkànta,
Apawèrè, Olóràgbó
273. Àsokára Verger (1995b) Drypetes floribunda (Müll. Arg.) Hutch. Euphorbiaceae S/Denominação
274. Asoyún Verger (1995b) Eremomastax speciosa (Hochst.) Cufod. Acanthaceae S/Denominação
275. Àsùnwòn Verger (1995b) Senna alata (L.) Roxb. Fabaceae Maria preta
(Leguminosae)
276. Àsùrìn, Iginlá, Igi ase Verger (1995b) Entandrophragma candollei Harms Meliaceae S/Denominação
277. Ata dudu Barros & Piper nigrum Piperaceae Pimenta do reino
Napoleão (2013)
278. Ata ìsènbáyé, Ata jíjé, Ata gbásèjo, Verger (1995b) Capsicum annuum L. Solanaceae Pimentão
Kòrùúko, Ata àbùrekù, Ata àbáláyé, Pimentão doce
Ata abaìjòsi
279. Ata, Ata dúdú Verger (1995b) Zanthoxylum senegalense DC. Rutaceae S/Denominação
217
280. Ata, Ata omodé, Ata olóbénkàn, Ata Barros & Capsicum frutescens L. Solanaceae Pimenta malagueta
eye, Ata sísebè Napoleão (2013), Capsicum brasilianum Cluss.
Verger (1995b) Capisicum sp.
281. Ataare, Òbúró, Ata, Ata ire, Atayé, Barros & Aframomum melegueta (Roscoe) K. Zingiberaceae Pimenta da Costa
Atayé liya (Abéòkuta), Atayé isa, Napoleão (2013), Schum. Amomo
Atayé ìjobi, Atayé rere, Etalúyà Verger (1995b)
(ìjèbú)
282. Àtàìrò Verger (1995b) Lipocarpha chinensis (Osborn) Kern Cyperaceae S/Denominação
283. Àtalà Verger (1995b) Sacolottis gabonensis (Baill.) Urb. Humiriaceae S/Denominação
285. Atapàrà, Arúbò, Kòkò dúdú, Verger (1995b) Phaulopsis falcisepala C. B. Clarke Acanthaceae S/Denominação
Pagbéde, Apagbé
287. Àtìbà, èbó dúdú Verger (1995b) Rhigiocarya racemifera Miers. Menispermaceae S/Denominação
288. Atikékeré hewú, Japati Verger (1995b) Mikania cordata (Burm. f.) B. L. Rob. Asteraceae S/Denominação
var. Chevalieri C. d. Adams
289. Atikékeréheyín, Dágunró (Kékeré) Verger (1995b) Alternanthera pungens Kunth Amaranthaceae Erva de pinto
290. Atò, Amaranà Verger (1995b) Chasmanthera dependens Hochst. Menispermaceae S/Denominação
291. Ató, Igbánláhun, Àdó igbá, ijurògbá, Verger (1995b) Lagenaria siceraria (Molina) Standl. Cucurbitaceae S/Denominação
Ìtàkunigbá, Igbá, Pánsá, Egúsí igbá,
Agbé, Ègúsí agbè
293. Àtòrì igbó, Ejá, Àrè, Ìrùja Verger (1995b) Mallotus oppositifolius (Geiseler) Müll. Euphorbiaceae S/Denominação
Arg.
218
294. Atorígbó, Èdà, Dare Verger (1995b) Desmodium sp. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
296. Atúlè, Asasa, Okùn atúlè Verger (1995b) Telosma africanum (N. E. Br.) Colville Asclepiadaceae S/Denominação
297. Atúnomotò Verger (1995b) Indigofera suffruticosa Mill. Fabaceae Anileira verdadeira
(Leguminosae) Anil roxo
Anilieiro da Ìndia
Andu do mato
299. Àwárèrì, Òbò, ÈRun, Èrun òbò Verger (1995b) Erythrophleum suaveolens (Guill. & Fabaceae
Peer.) Brenan (Leguminosae)
300. Awáyekú, Èékénná adie Verger (1995b) Portulaca quidrifida L. Portulacaceae S/Denominação
301. Awé, Òdòfin igbé, Olójà ebana, Eyin Verger (1995b) Trichilia prieuriana A. Juss. Meliaceae S/Denominação
eye, Òdòfin oko
303. Àwíjàre Verger (1995b) Merremia umbellata (L.) Hallier f. Convolvulaceae S/Denominação
304. Àwín, Iwin, Pepe, Ìròkòsùn Verger (1995b) Dialium guineense Willd. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
305. Àwò òwú, Férú, Gbéwùtù, Ráwáyé, Verger (1995b) Cochlospermum tinctorium A. Rich. Cochlospermaceae S/Denominação
Aráwáyé
219
306. Awó pupá Barros & Cuscuta racemosa Mart. Convolvulaceae Cipó chumbo
Napoleão (2013) Cuscuta citricola Schl. Cipó dourado
Cuscuta suaveolens Lechler. Fios de ovos
Aletria
Espaguete
Tinge ovos
Cuscuta
307. Àwò, Akítì, Àlògbókùtà Verger (1995b) Leptoderris brachyptera (Benth.) Dunn Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
308. Àwò, Àwòyì, Òkígbé Verger (1995b) Leptoderris micrantha Dunn Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
309. Àwònká, Pàlùfón dúdú Verger (1995b) Xylopia villosa Chipp Annonaceae S/Denominação
310. Àwùje Verger (1995b) Desplatsia dewevrei (De Wild. & T. Malvaceae S/Denominação
Durand) Burret
312. Awúje, Pàkálá Verger (1995b) Lablab purpureus (L.) Sweet Fabaceae Mangalô
(Leguminosae)
313. Awúrekùjé, Adápópo, Ìdakèré Verger (1995b) Clematis hirsuta Guill. & Perr. Ranuculaceae S/Denominação
314. Awùrépépé, Awerepèpè, Ewerepèpè Barros & Spilanthes acmella (L.) Murr. Asteraceae Agrião do Brasil
Napoleão (2013), Spilanthes filicaulis (Schumach. & Agrião do Pará
Verger (1995b) Thonn.) C. D. Adams Abecedária jambu
Spilanthes arrayana Gardn. Jambu
Spilanthes melampodioides Gardn. Treme treme
Spilanthes pseudo acmella (L.)Murr. Pimenta d'água
Acmella linnaei Cass. Jambu açu
Verbesina acmella L. Mastruço
Pimenta da Costa
315. Awùsá Verger (1995b) Plukenetia Conophora Müll. Arg. Euphorbiaceae S/Denominação
220
316. Ayá, Ayéni, Àgègè Verger (1995b) Maranthes robusta (Oliv.) Prance Chrysobalanaceae S/Denominação
317. Ayan olúpópó, Ayan olútoko Verger (1995b) Afzelia bipindensis Harms Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
318. Àyàn, Igi ajé Verger (1995b) Distemonanthus benthamianus Baill. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
319. Àyàn, Sédùn, Àwín, àmúyìn, Sédùn, Verger (1995b) Pericopsis laxiflora (Benth.) Meeuven Fabaceae S/Denominação
Egbi (Leguminosae)
320. Ayé, Ìtà funfun Verger (1995b) Morus mesozygia Stapf Moraceae S/Denominação
321. Ayè, Oródò, Òtutù, Oró Verger (1995b) Sterculia rhinopetala K. Schum. Sterculiaceae S/Denominação
322. Àyìn, Orínòdàn Verger (1995b) Anogeissus leiocarpus (DC.) Guill. & Combretaceae S/Denominação
Perr.
323. Ayìnré, Ayìnré bonnabónná Verger (1995b) Albizia ferruginea (Guill. & Perr.) Benth. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
324. Ayìnré, Ayìnré ìsingédé, Ayìnré ògò Verger (1995b) Albizia gummifera (J.F. Gmel) C. A. Sm. Fabaceae S/ Denominação
(Leguminosae)
325. Ayìnré, Ayìnréta Verger (1995b) Albizia glaberrima (Schumach. & Thonn) Fabaceae S/Denominação
Benth. (Leguminosae)
326. Ayìnré, Ayìréye Verger (1995b) Albizia lebbek (L.) Benth. Fabaceae Coração de negro
(Leguminosae)
327. Ayìnré, Ayùnré weere, Banabáná Verger (1995b) Albizia adianthifolia (Schmach.) W. Fabaceae S/Denominação
Wight (Leguminosae)
329. Ayó, Iná, jókòó Verger (1995b) Holoptelea grandis Mildbr. Ulmaceae S/Denominação
221
330. Àyò, Sáyó, Sénwò, Séyò olópón Barros & Caesalpinia bonduc (L.) Roxb. Fabaceae Olho de gato
Napoleão (2013), (Leguminosae) Ariós
Verger (1995b) Carniceira
Junquerionano
Silva da praia
331. Ayoká, Pónjú òwìwì Verger (1995b) Hippocratea indica Willd. Celastraceae S/Denominação
332. Ayórun Verger (1995b) Eulophia fulvopurpurea (Rchb. f.) Rolfe Orchidaceae S/Denominação
333. Ayùnré, Ayimréta, Ayìnré popo, Verger (1995b) Albizia zygia (DC.) J. F. Macbr. Fabaceae S/denominação
Àkudìnrín, Olóta (Leguminosae)
B
334. Bààká Verger (1995b) Gladiolus sp. Iridaceae Palma de Santa Rita
Gladíolo
335. Bàbá, Okà bàbà, Okà isi, Okà, Bòmó, Verger (1995b) Sorghum sp. Poaceae S/Denominação
Bòromó, Sosokí
337. Balabá Barros & Hedychium coronarium Koenig. Zingiberaceae Lírio do brejo
Napoleão (2013) Hedychium flavum Roscoe Lágrima de Vênus
Hedychium flavescens Carly. Borboleta
Hedychium sulphureum Wall. Cardamomo do mato
338. Bánjókó Barros & Wedelia paludosa, DC. Asteraceae Bem -me-quer
Napoleão (2013) Acmella brasiliensis Spreng.
Wedelia brasiliensis Blake.
Wedelia penducolosa DC.
339. Bàrà, Ègúsí, Ègúnsí, Egusi, Ògìrì, Barros & Citrullus lanatus (Thunb.) Mansf. Cucurbitaceae Melancia
Sòfín Napoleão (2013), Citrullus vulgaris Schrad.
Verger (1995b) Cucurbita Citrullus L.
222
340. Bejerekun Barros & Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Annonaceae Pindaíba
Napoleão (2013) Bibiba
Pimenta de macaco
Pimenta de negro
Pimenta da Guiné
341. Bèrà, Bèrà àkùkù Verger (1995b) Citrullus colocynthis (L.) Schrad. Cucurbitaceae Coloquinho
342. Bere, Beere Verger (1995b) Anadelphia afzeliana (Rendle) Stapf Poaceae S/Denominação
343. Bóíbóí, Boríborí, Bóngibóngí Verger (1995b) Napoleonaea imperialis P. Beauv. Lecythidaceae S/Denominação
344. Bolobólò, àgbòrín ìlasa Verger (1995b) Clappertonia filicifolia (Willd.) Decne. Tiliaceae S/Denominação
345. Bólógí, Gbólógí, Ròròwó, Wòòròwó, Verger (1995b) Senecio biafrae Oliv. & Hiern Asteraceae S/Denominação
Ewóiò èyónú
346. Bombómú Verger (1995b) Calotropis procera (Aiton.) W. T. Aiton Asclepiadaceae S/Denominação
347. Bonni, Bani Verger (1995b) Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Esponjeira
(Leguminosae) Aroma
Coronácris
Espinho
Espinilho
Esponja
348. Bóró, Àlò eléwé oníkaméta, Àlò Verger (1995b) Jateorhiza macrantha (Hook. f.) Exell & Menispermaceae S/Denominação
eléwé nlá, Àlò fohùn, Àlòfò odò, Mendonça
Nàmùnámù momù òràn-íje
349. Bòtuje pupa, Làpálàpá pupa, Barros & Jatropha gossypifolia L. Euphorbiaceae Pinhão roxo
Lóbòtujè, Olóbòntujè, ako làpá làpá Napoleão (2013), Batata de teiú
Verger (1995b) Jalapão
350. Bùjá, Bùjé nlé, Bùjé wéré, Iná apá, Verger (1995b) Rothmannia longiflora Salisb. Rubiaceae S/Denominação
Èkàn igbó
223
352. Bùjé dúdú, Osàngodó, Àsógbódùn, Verger (1995b) Morelia senegalensis A. Rich. Rubiaceae S/Denominação
Àsógbódò, Onípowòjé
353. Bùjé nlá Verger (1995b) Rothmannia whiffieldii (Lindl.) Dandy Rubiaceae S/Denominação
354. Bujé wéwé Verger (1995b) Cremaspora trifolia (Thoms) K. Schum Rubiaceae S/Denominação
C
D
355. Dagbá Verger (1995b) Clerodendrum volubile P. Beauv. Lamiaceae S/Denominação
356. Dagba owu, Egbadoje, Gbódekádún Verger (1995b) Motandra guineensis (Thonn.) aug. DC. Apocynaceae S/Denominação
357. Dàgbàmánìníyènínú, Ìka èjù, Verger (1995b) Sesbania pachycarpa DC. Emend. Guill e Fabaceae S/Denominação
Amúrejú, Jénrérìn-ìn, Sénifíràn Perr. (Leguminosae)
358. Dágunró, Dágunró nlá Verger (1995b) Tribulus terrestris L. Zygophyllaceae S/Denominação
359. Dágunró, Dánguró gogoro Barros & Acanthospermum hispidum DC., Asteraceae Carrapicho rasteiro
Napoleão (2013), Espinho de carneiro
Verger (1995b) Carrapicho de carneiro
Chifre de veado
Espinho de cigano
Benzinho
Maroto
Cabeça de boi
Retirante
Federação
360. Dàìko, Dàriko, Ìtàkum dájì Verger (1995b) Cissus sp. Vitaceae S/Denominação
224
361. Dandá, Òfio, Òmu, Ìmumu Barros & Cyperus esculentus L. Cyperaceae Junquinho
Napoleão (2013), Cyperus aureus Ten. Tiririca
Verger (1995b) Cyperus tuberosus Pursh. Tiririca amarela
Cyperus Bert. Tiririca mansa
Chlorocyperus aureus Pall. Junça
Três quinas
Coco capim
Junquinha mansa
Junquinho rio grande
363. Dèhìnkòrun, Dèhìnkolórum, Verger (1995b) Protea madiendis Oliv. Proteaceae S/Denominação
Dèhìnbolórum
365. Dòdo Verger (1995b) Callichilia monopodialis (K. Schum.) Apocynaceae S/Denominação
Stapf.
366. Dòdo nlá, Ako dòdo, Ajík(un)efun, Verger (1995b) Voacanga africana Stapf Apocynaceae S/Denominação
Farajòyàn
367. Dògbòdògbò, Olóríjorí, Imèrèmèrè, Verger (1995b) Killinga erecta Schumach. Cyperaceae Capim de cheiro
Olómèrènmeren, Ipa olómèrènmeren, Capim cheiroso
Ida olómèrènmere, Hújehújè, Capim cidreira
Làbelèibe Capim limão
Capim santo
E
368. Ebo Verger (1995b) Keayodendron bridelioides (Mildbr) Euphorbiaceae S/Denominação
Leandri
370. Ebòlò Osun Verger (1995b) Crassocephalum crepidioides (Benth.) S. Asteraceae S/Denominação
Moore
225
371. Ebòlò, èbùré, Èfó èbùré, Jága Verger (1995b) Crassocephalum crepidioides (Juss.) S. Asteraceae S/Denominação
Moore
372. Èdè Verger (1995b) Acacia polycantha Willd. subsp. Fabaceae S/Denominação
Campylacantha (Hochst. ex A. Rich) (Leguminosae)
373. Èdò, Aró kéké, Dodo, ìtàkun aró Verger (1995b) Adenia cissampeloides (Planch. ex Passifloraceae S/Denominação
kéké, Ìkùréré èlùkù Benth.) Herms,
374. Èègùn Verger (1995b) Zanthoxylum viride (A. Chev.) Waterman Rutaceae S/Denominação
375. Èékánnásè adìe Verger (1995b) Ziziphus mucronata Willd. Rhamnaceae S/Denominação
376. Èékén àwòdì, Èwòn èkìrì, Ikàn Verger (1995b) Capparis thonningii Schumach. Capparaceae S/Denominação
àwòdì, Ikàn àwòdì, Bòbó àwòdì
377. Eèku, Èkùkù Verger (1995b) Cynometra mannii Oliv. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
378. Eékún ahùn, Ekúnkún ahùn, Verger (1995b) Ananas comosus (L.) Merr. Bromeliaceae Abacaxi
Ekúnkún, Ògèdè òyìnbó, Òpè òyìnbó, Ananás
Òpeyìbó, Òpòn òyìnbó Nanás
Ananaseiro
379. Èélá, Èkì, Èkì agbárajó, Ìpahón Verger (1995b) Lophira alata Banks Ochnaceae S/Denominação
380. Èèmó àgbó, Èèmègbò, Èémó Verger (1995b) Pupalia lappacea (L.) Juss. Amaranthaceae S/Denominação
agbotòmo, Àgbongbòn
381. Èèmó eye Verger (1995b) Setaria verticulata (L.) P. Beauv. Poaceae Capim de cabra
382. Èémó, Abàsóko Verger (1995b) Desmodium linearifolium G. Don. Fabaceae S/Denominação
Desmodium velutin (Willd) DC (Leguminosae)
383. Eépin, Epín, Iípin, Erépin, Eíndò, Verger (1995b) Ficus asperifolia Miq. var. exasperata Moraceae S/Denominação
Iípín pupa
226
385. Eéran Verger (1995b) Digitaria ciliaris (Retz.) Koeler Poaceae S/Denominação
Digitaria debilis (Desf.) Willd.
Digitaria horizontalis Willd
386. Eéran eye, Òwú, Sokodoya Verger (1995b) Rhynchelytrum repens (Willd.) C. E. Poaceae S/Denominação
Hubb
387. Eéran omodé Verger (1995b) Brachiaria villosa Vanderyst. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
388. Èèrù, Èèrunje, Olórin Verger (1995b) Xylopia aethiopica (Dunal) A. Rich. Annonaceae Malagueta preta
Pimenta da Guiné
Pimenta do reino
389. Eèsun, Eésun funfun, Eésun pupa, Verger (1995b) Pennisetum purpureum Schumach. Poaceae Capim elefante
Ìkén, Èsìsún Eèsú
391. Efínrín kékéré Barros & Ocimum minimum L. Lamiaceae Manjericão de folha miúda
Napoleão (2013) Manjericão
Manjericão comum
392. Efinrin nlá, Efinrinosó, Efinrin ògàjà, Verger (1995b) Ocimum gratissimum L. Lamiaceae S/Denominação
amówókúrò ayé, Efinrin nlá, Efinrin
393. Efinrin òpápárá Verger (1995b) Lippia rugosa A. Chev. Verbenaceae S/Denominação
394. Efínrín, Efínrín ata, Efínrín wéwé, Barros & Ocimum basilicum L. Lamiaceae Alfavaca cheirosa
Efínrín àjà, Efínrín márúgbósányán, Napoleão (2013), Alfavaca do campo
Arùrantan Verger (1995b) Basilico
Manjericão de alfavaca
227
395. Efirin àja Verger (1995b) Lippia chevalieri Moldenke Verbenaceae S/Denominação
396. Efírirín pupa Barros & Ocimun basilicum purpureum Hort. Lamiaceae Manjericão roxo
Napoleão (2013)
397. Èfó òyìnbó, Sèjè Sórò, Amúnú tutù, Verger (1995b) Basella alba L. Basellaceae Bertalha
Amúnú tutù pupa
398. Èfó, Ìfò, Àrìdan tóóró Verger (1995b) Cassia siberiana DC. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
399. Efun kòjìyà Verger (1995b) Psychotria penduncularis (Salisb.) Rubiaceae S/Denominação
Steverm.
401. Ègbà, Ìgbá dúdú Verger (1995b) Rhizophora racemosa G. Mey. Rhizophoraceae Mangue
Apareíba
Árvore do caranguejo
402. Egbè, Egbèé, Ikó, Òkúkú Verger (1995b) Laccosperma secundiflorum (P. Beauv.) Arecaceae (Palmae) S/Denominação
Kuntze
404. Ègbènrèn, Ègbìnrìn Verger (1995b) Coelocaryon preussii Warb. Myristicaceae S/Denominação
405. Ègbèsì, Ègbèsì àbìsí, Ègbèsì Ògún Verger (1995b) Sarcocephalus latifolius (J. E. Sm.) E. A. Rubiaceae S/Denominação
Bruce
406. Ègbón adúgudu Verger (1995b) Calopogonium muconoides Desv. Fabaceae Falso oró
228
(Leguminosae) Jaquitirana
407. Ègé, ègé funfun, Ègé òkè, Gbàgùúdá, Barros & Manihot esculenta Crantz. Euphorbiaceae Mandioca
Ègé gbokogbààlà, Gbàjadà, Pákí, Napoleão (2013), Manihot utilissima Pohl. Maniçoba
Gbàgùúdá dále joró, Gbàgùúdá Verger (1995b) Aipim
funfun, Gbàgùúdá pupa, Ègé kèragbé, Macaxeira
Ègé gbokogbààlà, ègé olówókúnbó,
Egé atú, Lánàsé
409. Ègùn orún, Tani yàa, Tamo lábíá Verger (1995b) Crateva adansonii DC. Cappareceae S/Denominação
410. Egungun èkún Verger (1995b) Balanites wilsoniana Dawe & Spragua Balamitaceae S/Denominação
412. Èhin aríbo, ajagun molówiwì Verger (1995b) Diodia scandens Sw. Rubiaceae S/Denominação
413. Èhìn olobe pupa, Verger (1995b) Phyllanthus odontadenius Müll. Arg. Euphorbiaceae S/Denominação
Èhìn funfun
414. Ejá omodé Barros & Eichhornia crassipes (Mart.) Soms. Pontederiaceae Aguapé
Napoleão (2013) Pondeteria crassipes Mart. Dama do lago
Eichohornia speciosa Kunth. Orelha de veado
Rainha do lago
416. Ejìnrìn, Ajà funfun Verger (1995b) Momordica foetida Schumach. & Thonn. Cucurbitaceae S/Denominação
229
417. Ejìnrìn, Ejìnrìn wéwé Barros & Momordica charantia L. Cucurbitaceae Melão de São Caetano
Napoleão (2013), Momdica miricata Willd. Erva de São Caetano
Verger (1995b) Momordica eçegans Salisb. Erva de lavadeira
Momordica senegalensis Lam. Fruto de cobra
Cucumis africanus Luidl. Erva de São Vicente
Melothria pendula Sieb. Melãozinho
418. Ejò Ògún, Réré pupa Verger (1995b) Senna hirsuta (L.) H. S. Irwin & Fabaceae Fedegodo
Barneby (Leguminosae) Sene do campo
Boi gordo
419. Èjojú, Ekajú, Kajú Verger (1995b) Anacardium oddidentale L. Anacardiaceae Cajueiro
Caju
Castanha de Caju
420. Èkan funfun Verger (1995b) Calycobolus heudelotii (Baker) Heine Convolvulaceae S/Denominação
421. Èkan, Ìsá, Èésá Verger (1995b) Imperata cylindrica (L.) P. Beauv. Poaceae S/Denominação
422. Èké, Abísówò funfun, Ikúmorí, Verger (1995b) Ampelocissus leonensis (Hook. f.) Vitaceae S/Denominação
Kúmorí Planch.
424. Èkelèyí, Tannáposó, Òdòdó elédè, Barros & Mirabilis jalapa L. Nyctaginaceae Maravilha
Tannápakú, Tannápowó, Tanná pa Napoleão (2013), Mirabilis odorata L. Jalapa
osó Verger (1995b) Admirabilis peruana Nieuwl. Bonina
Mirabilis dichotoma (L.) Crantz Batata de purga
Nyctago mirabilis DC. Batata de jalapa
Pó de arroz
Beijos de frade
425. Ekìtì Verger (1995b) Hibiscus articulatus Hoscht. ex A. Rich. Malvaceae S/Denominação
230
426. Ekò pupa Verger (1995b) Ampelocissus bombycina (Baker) Planch. Vitaceae S/Denominação
427. Ekù gogoro, Afàjò, Ekù, Ekùkù, Verger (1995b) Sesamum radiatum Schumach. & Thonn Pedaliaceae S/Denominação
Òjèrèrè
428. Èkú, Èkukù, Èkukù ilè Verger (1995b) Ceratotheca sesamoides Endl. Pedaliaceae S/Denominação
429. Ekukù ilè, Ekukù, Eku Verger (1995b) Brachystegia leonensis Burtt Davy & Fabaceae S/Denominação
Hutch. (Leguminosae)
430. Ekun Barros & Anatherum bicorne Pol.et Beauv. Poaceae Sapê
Napoleão (2013) Imperata exaltata L.
Anatherum Caudatum Schult.
Imperata brasiliensis Trinus
Saccharum contractum H.B.K.
432. Èkùyá, Èkùyá pupa Verger (1995b) Cleome viscosa L. Capparaceae S/Denominação
433. Èkùyá, Eremi aìràn, Èkùyáko, Èkíyé, Verger (1995b) Cleome gynandra L. Capparaceae Muçambê cor de rosa,
Èkù yálé Muçambe de cinco folhas
434. Èlà, Omo òyígí Verger (1995b) Calyptrochilum christyanum (Rchb. f.) Orchidaceae S/Denominação
Summerh.
435. Èlé òdodo Verger (1995b) Setaria barbata (Lam.) Kunth Poaceae S/Denominação
436. Elédà wòrò Verger (1995b) Panicum brevifolium L. Poaceae Capim mimoso
437. Elégé, Èékánná ekùn, Ègúm arìgbò Verger (1995b) Argemone mexicana L. Papaveraceae Cardo santo
Cardo do México
Figueira do inferno
231
438. Elégédé, Àpalá, Tàkùn elégédé, Èsín, Barros & Curcubita maxima Duch. Cucurbitaceae Abóbora
Ìtàkùn elégédé, Iséré, Segbá Napoleão (2013), Curcubita potiro Pers. Jerimum
Verger (1995b) Curcubita pepo L. Abóbora d'água
Curcubita moschata (duch. ex Lam.) Abóbora amarela
Duch ex Poir. Abóbora da Guiné
Curcubita argyrosperma Huber. Abóbora porqueira
Abóbora jerimum
Abóbora moranga
Abóbora cabocla
Abóbora de pescoço
439. Elégùn sèsè Verger (1995b) Erythrina exclesa Baker var. Fabaceae S/Denominação
Senegalensis (Leguminosae)
440. Elemì Verger (1995b) Dacryodes edulis (G. Don) H. J. Lam Burseraceae S/Denominação
441. Elémòsó òbégán, Erú elémòsó Verger (1995b) Dalbergia sp. Fabaceae S/Denominação
òbégén, Bégán (Leguminosae)
442. Elépòn méta Verger (1995b) Micrococca mercurialis (L.) Benth. Euphorbiaceae S/Denominação
443. Èlú àjà, Èlú weere Verger (1995b) Indigofera sp. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
444. Èlú, Òbelè ilú, Èlúgbáwúrò, Èlú Verger (1995b) Lonchocarpus cyanescens (Schumach.) Fabaceae S/Denominação
àredúdú, Òjèré ìlú Benth (Leguminosae)
445. Èlúre Verger (1995b) Jaundea pinnata (P. Beauv.) Schellenb. Connaraceae S/Denominação
446. Emeyè, Máyí Verger (1995b) Pennisetum glaucum L. Br. Poaceae S/Denominação
447. Emi gbègì, Emi gbérí, Emi gbégbérí, Verger (1995b) Pseudocedrela kotschyi (Schweinf.) Meliaceae S/Denominação
Emi gbégbérí Harms
448. Emi igbó Verger (1995b) Baillonella toxiperma Pierre Sapotaceae S/Denominação
232
449. Èmi, Èmí èmí, Èmí gidi, Akúmálápá, Verger (1995b) Butyrospermum paradoxum (C. F. Sapotaceae Limão da Costa
Òri, Èmígbégi Gaentn.) Hepper subsp. Parkii (G. Don)
Hepper
450. Emidò, Ako emidò Verger (1995b) Manilkara multinervis (Bakaer) Dubard Sapotaceae S/Denominação
451. Emidò, Ako emidò Verger (1995b) Manilkara obovata (Sabine & G. Don) J. Sapotaceae S/Denominação
H. Hemsl.
452. Èmìmó, Abéròdéfé, Èèmó abéròdéfé, Verger (1995b) Desmodium canum (J. F. Gmel.) Schinz Fabaceae S/Denominação
Abálòdéfé, Zenali & Thell. (Leguminosae)
453. Èmìmó, Èèmó Verger (1995b) Cenchrus biflorus Roxb. Poaceae S/Denominação
455. Èmú, Ìmú Verger (1995b) Baissea axillaris (Benth.) Hua. Apocynaceae S/Denominação
456. Èmú, Sògùnrùn segé, Ojú ìsín Verger (1995b) Oldenlandia corymbosa L. Rubiaceae Caaxira
457. Eníhóró, Ináorí Verger (1995b) Crotalaria microcarpa Hoschst. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
458. Enu marúgbó Verger (1995b) Pleiocarpa mutica Benth. Apocynaceae S/Denominação
459. Èpà (gidi), Òróré èpàda Barros & Arachis hypogaea L. Fabaceae Amendoim
Napoleão (2013), (Leguminosae) Amendoim verdadeiro
Verger (1995b)
460. Èpà rorò, Èpà òrubu, Èpà lórùbú, Èpà Verger (1995b) Vignia subterranea (L.) Verdc. Fabaceae S/Denominação
ruburubù, Èpàojójúkan, Èpàboró, Èpà (Leguminosae)
òboró, Èpà okúta, Parúrù, Epakún
461. Epé, Amórítanná, Jànkórósè Verger (1995b) Spermacoce octon (Hepper) Lebrun & Rubiaceae S/Denominação
Stork
233
463. Èran esin, Kóoko esin, àgbàdo esin, Verger (1995b) Eragrostis ciliaris (L.) R. Br. Poaceae Capim de rola
Eran awó, Iwo awó, Ogbe àgùnfon,
Yayangan, Irugbòn efòn
465. Eré tuntún Barros & Mentha citrata L. Lamiaceae Levante miúda
Napoleão (2013)
467. Erèé igbó Verger (1995b) Vignia racemosa (G. Don) Hutch. & Fabaceae S/Denominação
Dalziel (Leguminosae)
468. Erèé, Awúje, Ewúje, Èwà, Ewe, Verger (1995b) Phaseolus lunatus L. Fabaceae Feijão de lima
Pópóndó, Kókóndó, Sèsé (Leguminosae) Fava Belém
Fava de lima
470. Eresí momin pala Barros & Eichhornia azurea (Swartz.)Kunth Pontederiaceae Jacinto d'água
Napoleão (2013) Pontederia azurea Sw. Baronesa
Pontederia aquatica Vell. Dama do lago
Murere
Orelha de veado
471. Erin Verger (1995b) Hunteria umbellata (K. Schum.) Hall. f. Apocynaceae S/Denominação
472. Erínmadò, Erinmodàn, Oro, Omodàn, Verger (1995b) Ricinodendron heudelotti (Baill.) Pierre Euphorbiaceae S/Denominação
Pótopòto, Putuputu, Ológbò ígbò, ex Haeckel
Ajágbó
234
473. Eriwo, Erú èbùré, Èkùyá àjà, Etaré, Verger (1995b) Cleome rutidosperma DC. Capparaceae S/Denominação
Àràkáníkáde, Èrùyá òrìsà
474. Eró igbin Barros & Brillantaisia lamium (Ness) Benth. Acanthaceae Erva de bico (BA, RJ)
Napoleão (2013)
475. Èrò irókò, Ìrókò, Irókò aládé oko, Verger (1995b) Chlorophora excelsa (Welw.) Benth. & Moraceae S/Denominação
Ìràwé igbó, Ìrókò èwò Hook.
476. Èro oko, Ewúro oko, Ewúro òdán, Verger (1995b) Vernonia adoensis Sch. Bip. Asteraceae S/Denominação
Òrùbú
477. Èrogbó, Eérúugbó Verger (1995b) Calamus deerratus G. Mann & H. Arecaceae (Palmae) Vime
Wendl.
478. Èròkòsùnkási, Èkuru, Olórum kùnmí Verger (1995b) Waltheria indica L. Sterculiaceae Malva braca
léfun, Wára wára òdàn, Òpá emèrè, Malva branca de Santarém
Koríkodi, Òpá abíkú, Agamágò Malva flor
Malva sedosa
Malva veludo
479. Eru Verger (1995b) Pachyelasma tessmannii (Harms) Harms Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
481. Erú dàìko Verger (1995b) Cyphostemma adenopodium (Sprague) Vitaceae S/Denominação
Desc.
482. Erú irè, èf´`o, Dagbè, Irénà kéreré, Verger (1995b) Pleioceras barteri LBaill Apocynaceae S/Denominação
Ológbò iyàn, Aféni
483. Erú ìsápá Verger (1995b) Cannabis sp. Cannabaceae Mangalô
Fava branca
Freijão de porco
Mangalô da costa da África
485. Erú òórùngò, Fémo lójú tóki, Verger (1995b) Hyptis suaveolens Poit. Lamiaceae S/Denominação
Olóórum, Efinrin àsá, Jógbó
486. Èrù, Jómo òruke, Èrùmogàlè Verger (1995b) Croton lobatus L. Euphorbiaceae S/Denominação
488. Èrùwà pupa, Kókofá (fa), Kókofìà, Verger (1995b) Andropogon sp. Poaceae S/Demoninação
Koríko ifá, Pópónlóro
489. Èrùwà, Èrùwà funfun, Èrùwà ako, Verger (1995b) Andropogon gayanus Kunth Poaceae S/Denominação
Èrùwà ako funfun
490. Èrùyánntefé, Efinrin òtu, Eye òbàlé Verger (1995b) Ocimum canun Sims Lamiaceae Alfavaca
efinrin, Efinrin wéwé Manjericão cheiroso
Manjericão de folha larga
Quioiô
491. Èsá pupa Barros & Hibiscus rosa sinensis L. Malvaceae Brio de estudante
Napoleão (2013) Hibiscus sinensis Hort. Mimô de Vênus
Graxa de estudante
Hibisco da China
492. Èsìgalà, èsàgbònrín, Èsìsì àgbònrín, Verger (1995b) Urera cordifolia Engl. Urticaceae S/Denominação
Èsìsì àgbònrín, Jàgbònrín
493. Èsìse, Ekóró Verger (1995b) Cnestis corniculata Lam. Connaraceae S/Denominação
494. Èsìsì funfun Verger (1995b) Tragia benthamii Baker Euphorbiaceae S/Denominação
495. Èsìsì gogoro, Èsìsì àfín, Èsìsì ilè, Verger (1995b) Sida urens L. Malvaceae S/Denominação
Keké èkejì
496. Èsìsì, Lówó edun Verger (1995b) Laportea spp. Urticaceae S/Denominação
497. Èsìsì, Òfìà, Òfùèfùè, Ipè erin, Èsìsì Barros & Laportea aestuans (L.) Chew. Urticaceae Urtiga de folha grande
236
498. Èsìsìntakú, Gba omo lówó edun, Verger (1995b) Laportea ovalifolia (Schumach.) Chew Urticaceae S/Denominação
Gbomo
499. Èso Verger (1995b) Hildegardia barteri (Mast.) Kosterm. Sterculiaceae S/Denominação
500. Èsó Feleje, Dàgìrì dobo Barros & Datura metel L. Solanaceae Trombeta roxa
Napoleão (2013), Datura fastuosa L. Datura
Verger (1995b) Datura candida (Pers.) Saff. Manto de Cristo
Datura alba ness. Metel
Datura cornucopaea Hort. ex. W.W. Trombeteira
Trombeteira cheirosa
Cartucho roxo
Zabumba roxa
Saia roxa
Nogueira de metel
Anágua de viúva
501. Èsùrá Verger (1995b) Agelaea obliqua (P. Beauv) Baill. Connaraceae S/denominação
502. Èsùra, Akèriri, Amáramó, Verger (1995b) Triumfetta cordifolia A. Rich. Tiliaceae Carrapicho de calçada
Orísemávìn Carrapichinho
503. Èsùsu àpón, Èrúkóya Verger (1995b) Diospyros suaveolens Gürke Ebeneaceae S/Denominação
504. Esùsú, Eèsú Verger (1995b) Saccharum spontaneum L. var. Poaceae S/Denominação
Aegypticum (Wildd.) Härk.
506. Etèkù Verger (1995b) Ampelocissus leonensis (Hook. f.) Vitaceae S/Denominação
Planch.
510. Eúre pèpè, Sawere pèpè, Verger (1995b) Cyathula prostrata (L.) Blume Amaranthaceae S/Denominação
Pòògbepòògbe, Dàmonítò, Aréhìn
kosùn omo
511. Èwà dúndún Barros & Phaseolus vulgaris L. Fabaceae Feijão preto
Napoleão (2013) (Leguminosae)
512. Èwà funfun Barros & Lablab vulgaris var. Albiflorus Fabaceae Feijão branco
Napoleão (2013) (Leguminosae)
513. Èwà igbó, Òtili Barros & Cajanus indicus Spreg. Fabaceae Guando
Napoleão (2013), Cajanus flavus DC. (Leguminosae) Andu
Verger (1995b) Cajanus cajan (L.) Mill. sp. Ervilha de Angola
Ervilha do Congo
Feijão de árvore
514. Èwà igún, Asáwáwá, Topèmú, Verger (1995b) Pavetta corymbosa (DC) F. N. Williams Rubiaceae S/Denominação
Amúpínyò var. Neglecta Bremek.
515. Èwà òkòdó, Èwà òrìsà, Èwà Sàngó, Verger (1995b) Mariscus alternifolius Vahl. Cyperaceae S/Denominação
Àtàpónìmòmò, Sègi dúdú
238
516. Èwá Òsanyìn, Ìyáfún, Ajípatè Verger (1995b) Cyperus sp. Cyperaceae S/Denominação
517. Èwà, Erèé ahun, Ewe, Èwà funfun, Barros & Vigna ungiculata (L.) Walp. Fabaceae Feijão fradinho
Èwà dudu, Èwà erewe Napoleão (2013), Vigna sinensis (L.) Savi ex Hassk. ssp (Leguminosae) Feijão de corda
Verger (1995b) sinensis Feijão de vaca
Feijão macáçar
Feijão verde
518. Ewè àdí, Ajítàdí Verger (1995b) Rhychospora corymbosa (L.) Britt. Cyperaceae S/Denominação
519. Ewé àgbù igbò, Aboyunríyun, Verger (1995b) Melanthera elliptica O. Hoffm. Asteraceae S/Denominação
Yunríyun gbódò
520. Ewé ajé Barros & Alternanthera tenella Colla. Amaranthaceae Folha da riqueza
Napoleão (2013) Bucholzia polygonoides var. Corrente
diffusa Mart. Periquito
Telanthera polygonoides var. Carrapicho
diffusa Moq. Apaga fogo
Telanthera polygonoides var. Manjerico
brachiata Moq.
Alternanthera ficoideas var.
diffusa Kuntze
Alternanthera ficoidea brachiata
(Moq.) Uline & Brad.
521. Ewé ajé Barros & Synedrella nodiflora (L.) Gaertn. Asteraceae (Asteraceae) Folha da feiticeira
Napoleão (2013) Corredeira
Botão de ouro
Barbatana
522. Ewé àjé, Morà, Àgànerigbo, Ayànà Verger (1995b) Gloriosa simplex L. Colchicaceae Gloriosa dos jardins
moígbó, Ona pupa, Kádùnkódun Aranha
523. Ewé alase Barros & Schizocentron elegans Meissn. Melastomaceae Quaresminha rasteira
Napoleão (2013) Heeria elegan Schlecht. Quaresmeira rasteira
Heeria procubens Naudin.
Heterocentron elegans O. Kuntze
525. Ewé bàbá Barros & Coleus barbatus Benth. Lamiaceae Boldo
Napoleão (2013) Falso boldo
Boldo do reino
Boldo nacional
Boldo de jardim
Malva amarga
Malva santa
Folha de Oxalá
Tapete de Oxalá
526. Ewé bíyemí Barros & Chamaesyce prostata (Ait.) Small. Euphorbiaceae Quebra pedra
Napoleão (2013), Euphorbia prostata Aiton. Erva de Santa Luzia
Verger (1995b) Euphorbia chamaesyce L. sensu Leite de Nossa Senhora
Smith & Downs Leiteirinho
527. Ewé bòbó, Kan-kan Barros & Solanum aculeatissimum Jacq. Solanaceae Arrebata cavalo
Napoleão (2013) Solanum reflexum Schrank. Joá
Solanum khasianum C.B.Clarke Juá
Solanum sisymbriifolium Lam. Joá bravo
Solanum balbisii Dinal.
Solanum viarum Dunal.
Solanum capsocoides All.
Solanum ciliatum Lam.
Solanum aculeatissimum Jacq. var.
denudatum
528. Ewé bojutóna, Yólòbá, Hinso, Barros & Phyllanthus niruri L. Euphorbiaceae Quebra pedra
èhìnolobe, Obìsowó, Èhìnmísowó Napoleão (2013), Phyllanthus fraternus G. L. Webster Erva andorinha
Verger (1995b) Phyllanthus urinaria Wall. non L. Erva pombinha
Phyllanthus tenellus Roxb. Pura parede
Phyllanthus corcovadensis Muell. Arg. Arranca pedra
Phyllanthus amarus Schum. & Thonn.
Phyllanthus niruri Fawc. & Rendle.
529. Ewé bonokó Barros & Sebastiania brasiliensis Muel. Euphorbiaceae Língua de galinha
Napoleão (2013) Gymnanthes brasiliensis Muel. Arg. Laranjinha branca
Stillingia brasiliensis Baill. Capixaba
240
530. Ewé boyí Barros & Piper amalago L. Piperaceae Bétis cheiroso
Napoleão (2013) Piper amalago L., var. medium (Jacq.) Pimenta de macaco
Yunker
Piper angustifolium R. et P.
Piper cabralanum C.Dc.
Piper eucalyptifolium Rudz.
Piper regnellii Kunth.
Piper tuberculatum Jacq.
531. Ewé boyí funfun Barros & Piper rivinoides Kunth. Piperaceae Bétis branco
Napoleão (2013)
532. Ewé Dan Barros & Scindapsus aureus Engl. Araceae Jibóia
Napoleão (2013) Pothos aureus Lind. ex Andre
533. Ewé didùn Barros & Tetradenia riparia (Hochst.) Codd. Laminaceae Aloísia
Napoleão (2013) Iboza riparia N.E.Brawn Erva de Jurema
Moschosma riparium Hochst. Sândalo
Limonete
Pluma de névoa
534. Ewé dígí Barros & Solanum argenteum Dun. & Poir Solanaceae Erva prata
Napoleão (2013)
535. Ewé èèmó, Abéròdéfè, Èémó Verger (1995b) Desmodium gangeticum (L.) DC. Fabaceae S/Denominação
abéròdéfè, Èmìmó, Tìpètìpè, (Leguminosae)
Amátòki, Oláworokoko
536. Ewé ègùnmò, ègùnmò agunmo gàrá, Barros & Solanum americanum Mill. vel aff. Solanaceae Erva moura
Òdú Napoleão (2013), Solanum caribaeum Dun. Maria preta
(Verger 1995b) Solanum nodiflorum Jacq. Pimenta de galinha
Erva mocó
Caraxixu
537. Ewé ekó, ògèdè, ògèdè abo, Ògèdè Barros & Musa sapientum L. Musaceae Bananeira
lóbóyò, Ògèdè òmìnì, Àgbagbá Napoleão (2013), Banana
Verger (1995b)
241
538. Ewé èpè Barros & Urtica urens Vell. Urticaceae Urtiga vermelha
Napoleão (2013) Urtiga da Bahia
Cansação
Urtiga queimadeira
Urtiga de fogo
Urtiga do reino
Urtiguilha
539. Ewé gbúre Òsun Barros & Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. Portulacaceae Língua de vaca (BA)
Napoleão (2013) Talinum patens (L.) Willd. Maria Gomes
Major Gomes
Caruru
Bredo
540. Ewé gbúre, aláwéré, Gbúre, Barros & Talinum triangulare (Jacq.) Willd. Portulacaceae Bredo
Ajíbórere Napoleão (2013), Talinum triangularis Jacq. Língua de vaca (BA)
Verger (1995b) Caruru (PA)
Beldroega grande
Bredo major Gomes
541. Ewé ibó, Bòtujè, Bòtujè ubo, Barros & Jatropha curcas L. Euphorbiaceae Pinhão branco
Lóbòtujè, Olóbòntujè, Ìyálóde, Napoleão (2013), Curcas indica A. Rich. Pinhão
Làpálàpá lá Verger (1995b) Curcas purgans Manhem. Pinhão de purga
Pinha de Barbados
542. Ewé idà òrìsà, Òjá ìkòokò, Idà órìsà Barros & Sansevieria sp. Agavaceae Espada de São Jorge
Napoleão (2013), Sansevieria trifasciata Hort. ex. Prain. Lilaceae Espada de Ogum
Verger (1995b) Sansevieria guineensis Gér. et. Labr. Língua de sogra
Sansevieria zeylancia Hort. Rabo de lagarto
543. Ewé idà Oyá, Obé semo Oyá Barros & Tradescantia spathacea Sw. Commelinaceae Espada de Santa Bárbara
Napoleão (2013) Rhoe discolor (L'Hérit.) Hance. Cordoban
Rhoe spathacea (Sw.) Stearn. Moisés no berço
Tradescantia discolor L'Hérit. Abacaxi roxo
242
544. Ewè ìdò, Ìdòfin, Ìdò (dúdú), Ìdò Barros & Canna indica L. Cannaceae Ibiri
pupa, Ìdòrò, Ìdòìíi sawo àìlà Napoleão (2013), Cana ibiri
Verger (1995b) Biri
Cana de jardim
Bananinha de jardim
Cana florífera
Erva conteira
Beri
Bananeirinha da Índia
545. Ewè ifin, Ifin, Àsarágogo Barros & Sida rhombifolia L. Malvaceae Vassourinha de relógio
Napoleão (2013), Sida alba Cav., non L. Vassourinha
Verger (1995b) Sida retusa L. Zanzo
Relógio
Mata pasto
Guanxuma
Guanxuma preta
Malva preta
546. Ewé ifín, Ifín, Lagbó lagbó funfun Verger (1995b) Wissadula rostrata (Schumach.) Hook. f. Malvaceae Malvaísco
Malva branca
Rabo de foguete
547. Ewé igbó Barros & Cannabis Sativa L. Cannabaceae Cânhamo da Índia
Napoleão (2013), Cânhamo verdadeiro
Verger (1995b) Fumo de Angola
Diamba
Liamba
Maconha
548. Ewé ìgbolé, Ìrù eku, Pasalókè Barros & Stachytarphetta cayennensis (L.C.Rich) Verbenaceae Gervão
Napoleão (2013), Vahl. Gervão roxo
Verger (1995b) Verbena cayennensis L. C. Rich. Gervão azul
Stachytarphetta australis Mold. Chá do Brasil
Stachytarphetta polyura Schauer Verônica
549. Ewé ihá, Ahárá Verger (1995b) Momordica cabraei (Cogn.) C. Jeffrey Cucurbitaceae S/Denominação
243
550. Ewé ilé, Ewé iggbálè, Ìdàgbá Verger (1995b) Moringa oleifera Lam. Moringaceae S/Denominação
mánòyé, Ìdàgbá molóye
551. Ewé ìlèmú, Ewé òrónbó wéwé, Òsàn Verger (1995b) Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle Rutaceae Limeria da Pérsia
wéwé, Òrombó wéwé, Ìlèmú, Osàn
gìngìn
552. Ewé iná, Èèsìn, Ésinsin, Esín agbóná, Verger (1995b) Urera manii (Wedd.) Benth. & Hook. f. Urticaceae S/Denominação
Iná
553. Ewé iná, Èjòkùn, Yèrèpè, Èèsìn, Verger (1995b) Mucuna pruriens (L.) DC. Fabaceae Pó de mico
Èsìnsìn, Èsìse, Ìrèpè, Wèrèpè (Leguminosae) Café de Mato Grosso
Fava café
Fava coceira
Feijão café
Feijão inglês
Olhos de burrico
Ingá
Mucunã
554. Ewé inón Barros & Clidemia hirta Bail. Melastomaceae Folha de fogo
Napoleão (2013) Clidemia crenata D.C. Branda fogo
Clidemia elegans Don. Folha de Iansã
Melastoma elegans Aubl. Pixirica
Melastoma hirtum L. Anhanga
555. Ewé ìsá pa, Ìsápà, Àmúkàn, Ìsápá Barros & Hibiscus sabdariffa L. Malvaceae Vinagreira
funfun Napoleão (2013), Azedinha
Verger (1995b) Caruru azedo
Caruru da Guiné
Quiabo azedo
Quiabo de Angola
Quiabo róseo
Quiabo roxo
Rosela
Mentrusto
Mastruço
557. Ewé ité, Àwíjé, Awó yoyo, Ìnàbó, Verger (1995b) Glinus opposotifolius (L.) Aug. DC. Molluginaceae S/Denominação
Etítare
558. Ewé iyá, Yàwé Barros & Pothomorphe umbrellata (L.) Miq. Piperaceae Pariparoba
Napoleão (2013), Piper umbellatum L. Caapeba
Verger (1995b) Capeba da noite
Catajé
Malvaísco
Capeba verdadeira
559. Ewé kanan Barros & Cnidoscolus urens (L.) Arth. Euphorbiaceae Cansação de leite
Napoleão (2013) Jatropha urens Muell. Arg. Cansação
Hibiscus trisectus Bertol. Urtiga
Urtiga cansação
Urtiga mamão
Queimadeira
Pinha queimadeira
560. Ewé kawókawó, Kawókawó, Sárá Barros & Ipomoea hederifolia L. Convolvulaceae Jitirana vermelha
òróbá, Etí ológbò, Etí ológbò pété Napoleão (2013), Ipomoea coccinea L. var. Hederifolia Campainha
Verger (1995b) Quamoclit hederifolia (L.) Cjoisy Corda de viola
Ipomoea sanguinea Vahl. Jitirana
Corriola
Primavera de Cayena
561. Ewé kókò Barros & Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott. Araceae Tajá
Napoleão (2013) Taioba
Mangareto
Mangarito
Mangarás
562. Ewé kúkúndùnkú, Kúkúndùnkú, Barros & Ipomoea batatas (L.) Poir. & Lam. Convolvulaceae Batata doce
Òdùnkún, Ànàmó yáyá, Òdùnkún Napoleão (2013),
àdùnmó, Ewé orí Verger (1995b)
245
563. Ewé lárà funfun, Lárà, Lárà pupa, Barros & Ricinus communis L. Euphorbiaceae Mamona
Ilárà, Olárùn, Làpálàpá adétè, Arà Napoleão (2013), Ricinus digitatus Nor. Mamona branca
pupa Verger (1995b) Ricinus hibridus Bess. Carrapateiro
Ricinus leucocarpus Bert. Palma de Cristo
Mamoneira
Rícino
564. Ewé lárà pupa Barros & Ricinus sanguineus Hoot. Euphorbiaceae Mamona vermelha
Napoleão (2013)
566. Ewé lorogún Barros & Lygodium volunile Sw. Schizeaceae Abre caminho
Napoleão (2013)
567. Ewé mimolé Barros & Pilea microphylla Miq. Urticaceae Brilhantina
Napoleão (2013) Pilea microphylla Liebm.
Pilea muscosa Lindl.
569. Ewé obaya Barros & Ottonia anisum Sprengel. Piperaceae Desata nó
Napoleão (2013) Piper jaborandi Gaud. Jaborandi
Jaborandi manso
Jaborandi do Ceará
Falso jaborandi
Jaborandi de Minas
Jaborandi da mata virgem
571. Ewé obì, àburà, ìgbágbó Verger (1995b) Hallea stipulosa (DC.) Leroy Rubiaceae S/Denominação
246
572. Ewé odán Barros & Polypodium vaccinifolium Langsd. & Polypodiaceae Erva silvina
Napoleão (2013) Fischer Cipó cabeludo
Soldinha
573. Ewé Odé, Èmón, Èpà ikúnígbó, Epà Barros & Desmodium adscendens (Sw.) DC. Fabaceae Carrapicho beiço de boi
ilè, Ògànsó Dùndún, àjádìí Napoleão (2013) Hedysarum adscendens Sw. (Leguminosae) Pega pega
Meibomia adscendens (Sw.)Kuntze Marmelada de cavalo
574. Ewé oférè Barros & Trema micrantha (L.) Engler. Ulmaceae Crideúva
Napoleão (2013) Celtis canescens H.B.K. Piriquiteira
Celtis micrantha SW. Cambriúva
Celtis scheideana Schl. Taleira
Sariúva
Chico magro
576. Ewé òfó, Ewu omo, Òfó Verger (1995b) Dombeya buettneri K. schum. Sterculiaceae S/Denominação
577. Ewé ogbe àkùko, ògún, Ogbe àkùko, Barros & Heliotropium indicum L. Boraginaceae Crista de galo
Àkùko dúdú, Àkùko funfun Napoleão (2013), Heliotropium cordifolium Moench. Helitrópio
Verger (1995b) Heliotropium hormifolium Mill. Borragem
Heliotropium foetidum Salisb. Borragem brava
Heliotropium indicum DC. Jacuacanga
Erva de São Fiacre
Aguaraá
Tiriri
578. Ewé ogbó, Ogbó, Asogbókan, Barros & Periploca nigrescens Afzel. Asclepiadaceae Rama de leite
Asóbomo, Ogbó pupa, Gbólofbólo, Napoleão (2013), Parquetina nigrescens, (Afzel). Bullock. Cipó de leite
Ogbo funfun Verger (1995b) Folha de leite
Orelha de macaco
247
579. Ewé ojí omí, Tésúbíyù Barros & Coix lacryma-jobi L. Poaceae Lágrimas de Nossa Senhora
Napoleão (2013), Coix lacryma L. Capim de Nossa Senhora
Verger (1995b) Lithagrostis lacryma-jobi (L.) Gaert. Capim de conta
Sphaerium lacryma (L.) Kuntze. Capim rosário
Lágrima de Jó
580. Ewé ojúùsájú, ojúùsájú Barros & Petiveria alliacea L. Phytolaccaceae Guiné
Napoleão (2013), Petiveria tetrandra Gomez Guiné pipiu
Verger (1995b) Erva tipi
Erva Guiné
Erva de alho
Tipi verdadeiro
581. Ewé olálù pépé, Akòko èlùjù, Akòko Verger (1995b) Lovoa trichilioides (Sprague) Harms Meliaceae S/Denominação
igbó, Sída
582. Ewé omí ojú Barros & Nymphaea victoria Sch. Nymphaeaceae Vitória régia
Napoleão (2013) Victoria amazonica Sow. Rainha dos lagos
Vicroeia amazonum Kl. Milho d'água
Victoria regalis Schomb. Forno d'água
Victoria regina Gray Forno de Jaçanã
Victoria regia Lindl.
583. Ewé omí, Pápásan, Ségunsátè, Barros & Portulaca oleracea L. Portulacaceae Amor crescido
Sémolésè, Akórélówó Napoleão (2013), Portulaca marginata H.B.K. Beldroega
Verger (1995b) Portulaca neglecta Mackenzie & Bush. Portulaca
Beldroega verdadeira
Beldroega pequena
Bredo fêmea
Bredo da horta
Bredo de porco
Caaponga
Ora pro nóbis
Porcelana
Verdolaga
584. Ewé omí-eró Barros & Marsilea quadrifolia L. Marsileaceae Trevo de quatro folhas
Napoleão (2013)
248
586. Ewé òré Barros & Neomarica caerulea Sprague. Iridaceae Falso íris
Napoleão (2013) Marica coerulea Ker-Gawl. Duas amigas
Lírio roxo das pedreiras
587. Ewé Òsanyìn, Ewé esò, Òsanuìn, Èsò Verger (1995b) Elytraria marginata Vahl Acanthaceae S/Denominação
588. Ewé òwò, Òwò Verger (1995b) Brillantaisia patula T. Anderson Acanthaceae S/Denominação
589. Ewé òwú, àgbède, kéréwùú Barros & Gossypium barbadense L. Malvaceae Algodoeiro
Napoleão (2013),
Verger (1995b)
590. Ewé pàpó, Amúnibímo, Kórópòó Barros & Physalis angulata L. Solanaceae Camapu
rákùrágbà, Kóropòn Napoleão (2013), Juá de capote
Verger (1995b) Bucho de rã
Bate testa
591. Ewé pépé Barros & Calendula officinalis L. Asteraceae (Asteraceae) Calêndula
Napoleão (2013) Malmequer
Maravilha do jardim
592. Ewé púpayo Barros & Pelargonium odoratissimum (L.) Ait. Geraniaceae Gerânio cheiroso
Napoleão (2013) Jardineira
Malva maça
593. Ewé réré, Abo réré, Réré, Barros & Senna occidentalis (L.) Link. Fabaceae Fedegoso
Adáwérésewéré, Ògànlara, Napoleão (2013), Cassia occidentalis L. (Leguminosae) Fedegoso verdadeiro
Verger (1995b) Manjerioba
Mata pasto
Mamanguá
Ervafedorenta
Folha de pajé
Tararaçu
594. Ewé solé Barros & Eupatorium ballataefolium H.B.K. Asteraceae Maria preta
249
595. Ewé túni Barros & Lippia geminata Gardn. Verbenaceae Erva cidreira do campo
Napoleão (2013) Salva do Brasil
Erva cidreira
596. Ewé tutu Barros & Brassica oleracea var. Capitata L. Brassicaceae Repolho
Napoleão (2013)
597. Ewé wèmó Barros & Brassica oleracea var. Acephala L. Brassicaceae Couve
Napoleão (2013)
599. Èwò Verger (1995) Dioscorea smilacifolia de Wild. & T. Dioscoreaceae S/Demoninação
Durand
601. Èwòn funfun, Èwòn ejò Verger (1995b) Acacia kamerunensis Gand. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
602. Èwòn, Èwòn adèlé Verger (1995b) Acacia ataxacantha DC., Fabaceae S/ Denominação
(Leguminosae)
603. Èwù egúngún Verger (1995b) Typha domingensis Pers. Typhaceae S/Denominação
604. Ewùrà igbó Verger (1995b) Anonidium manii (Oli.) Engl. & Diels. Annonaceae S/Demominação
605. Ewúró Barros & Vernonia condensata, Baker. Asteraceae Boldo paulista
Napoleão (2013) Vernonia amygdalis, Delile Alumã
Boldo japonês
Boldo brasileiro
606. Ewúro bàbá Barros & Coleus barbatus Benth. Lamiaceae Boldo
250
607. Ewúro ìjébú, Àsíàwùmádàílà, Ewúro Verger (1995b) Solanum wrightii Benth. Solanaceae S/Denominação
ìgbàlódé
608. Ewúro ìjèbú, Ìjèbú kògbìn, Verger (1995b) Solanum erianthum D. Don, vel aff. Solanaceae Fruta de lobo
Òpeniníwùni
609. Ewúro oko Verger (1995b) Vernonia colorata (Willd.) Drake Asteraceae S/Denominação
610. Èyìnolobe funfun, Aáwé, Lénkosùn Verger (1995b) Phyllanthus sp. Euphorbiaceae S/Denominação
F
611. Falákalá, Egéle, Emilé, Èmìwò Barros & Chamaesyce hirta (L.) Millsp. Euphorbiaceae Corredeira
Napoleão (2013), Euphorbia hista L. Erva de Santa Luzia
Verger (1995b) Euphorbia ophthalmica Pers. Erva andorinha
Euphorbia procumbens DC. Erva de cobre
Euphorbia gemella Lag. Erva de sangue
Euphorbia capitala Lam. Burra leiteira
Euphorbia convolvuloides Hochst. Alcanjoeira
612. Fèrègèdè, Sègèdèrè Verger (1995b) Vigna ambacensis Welw. ex Baker Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
G
616. Gbági, Gbégi, Esè kannakánná Barros & Eleusine indica (L.) Gaertn. Poaceae Pata de galinha
Napoleão (2013), Eleusine gracilis Salisb. Capim pé de galinha
Verger (1995b) Cynosurus indicus L. Grama sapo
Cynodon indicus Rasp. Capim da cidade
Chloris repens Steud. Capim criador
Flor de grama
618. Gbégbé, Gbégbé manítigbe, Gbégbé Verger (1995b) Icacina trichantha Oliv. Icacenaceae S/Denominação
nlá, Gbégbé ìrùn, Gbégbé méfà
619. Gbègi, Koóko igbà Barros & Cynodon dactylon (L.) Pers. Poaceae Capim de burro
Napoleão (2013) Cynodon linearis Willd. Grama seda
Digitaria dactylon Scop. Capim da bermuda
Grama da bermuda
Capim fino
Pata de galinha
620. Gbèjèdì, Gbèjègì Verger (1995b) Stephania abyssinica (Dillon & A. Rich.) Menispermaceae S/Denominação
Walp.
621. Gbèngbèn, Gbèngbèndò Verger (1995b) Pterocarpus santalinoides L'Hér. ex. DC. Fabaceae Mututi da várzea
(Leguminosae)
622. Gbèrèfútù, Berefutu, Burefu, Gbèrè Barros & Artocarpus incisa L. Moraceae Fruta pão
fútù Napoleão (2013), Artocarpus communis J.R. Forst &
Verger (1995b) G.Forst
627. Gbógbóri, Gbórígbórí, Ògo igbó Verger (1995b) Acridocarpus smeathmannii (DC.) Malpighiaceae S/denominação
Guill. & Perr.,
628. Gbókó nisá Verger (1995b) Beilschmiedia mannii (Meisn.) Benth. & Lauraceae S/Denominação
Hook.
629. Gbòrò ayaba Barros & Ipomoea pes-caprae (L.) R. br. Convolvulaceae Salsa da praia
Napoleão (2013) Convolvulus pes-caprae L. Salva branca
Convolvulus brasiliensis L. Salsa pé de cabra
Ipomoea brasiliensis (L.) G.F.W. Mey
Ipomoea biloba (Roseb.) Forsk.
630. Gbòrò ayaba, Tutúù, Fenumónu, Verger (1995b) Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Convolvulaceae S/Denominação
Olúkànbi Schult.
631. Gédégédé pupa, Omoní gèdègédé, Verger (1995b) Cuscuta australis R. Br. Convolvulaceae S/Denominação
Omoní gìnìgíné, Omoní gèlègélé,
Gannagánnà
632. Gòdògbò odò Verger (1995b) Aneilema beninense (P. Beauv.) Kunth Commelinaceae S/Denominação
633. Gòdògbòdò, Gòdògbò odò, Barros & Commelina diffusa Burm. F. Commelinaceae Trapoeraba
Omoníròganrògan, Àtòjò àtèrùn Napoleão (2013), Commelina communis Benth. Olhos de Santa Luzia
Verger (1995b) Commelina aquatica J.K. Benth. Marianinha (BA)
Commelina agraria Kunth. Capim gomoso
Commelina longicaulis Jacq. Maria mole
634. Gúabà, Gúáfà, Gúróbà, Gúrófà Verger (1995b) Psidium guajava L. Myrtaceae Goiaba
Goiabeira
H
635. Hétìtì, Òkúta Verger (1995b) Lycopodium sp. Lycopodiaceae S/Denominação
253
636. Hewú hewù, Abèé Verger (1995b) Combretum smeathmannii G. Combretaceae S/Denominação
I
638. Ìbépe, Ìbépe dúdú, Ìsígùn, Gbègbèrè, Barros & Carica papaya L. var. microcarpa Jacq. Caricaceae Mamão
Sígù Napoleão (2013), Carica hermaphodita Blanco. Mamoeiro
Verger (1995b) Carica mamaia Vell. Papaia
Papaya communis Noronha Mamoeiro das Antilhas
Papaya edulis Boj. Arvore do mamão
Papaya papaya Karts.
639. Ìbò, Ìbò akítipá, Ìbò gidi Verger (1995b) Saba florida (Benth.) Bullock Apocynaceae S/Denominação
640. Ìdà Verger (1995b) Microsorium punctatum (L.) Copel. Polypodiaceae S/Denominação
641. Idágbon Verger (1995b) Pausinystalia johimbe (K. Schum.) Rubiaceae S/Denominação
Pierre ex Dupoy & Beille
642. Idágbon Verger (1995b) Pausinystalia macroceras (K. Schum.) Rubiaceae S/Denominação
Pierre ex Beille
643. Idágbon, Dake, Nwerewere, Verger (1995b) Pausinystalia talbotii Wernham Rubiaceae S/Denominação
Wenrenwenren
645. Idí, Idí òdàn, Idíjo Verger (1995b) Terminalia glaucescens Palch. ex Benth. Combretaceae S/Denominação
646. Idígbó, Idíigbó, Afàrà dúdú Verger (1995b) Terminalia ivorensis A. chev. Combretaceae S/Denominação
647. Ìdiyà, Èkìkì, Gbákogbako Verger (1995b) Ficus vogeliana (Miq.) Miq. Moraceae S/Denominação
648. Ìdògò, Jiwenen, Jíwere Verger (1995b) Indigofera dendroides Jacq. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
254
649. Idògò, Osàgbó, Asowálè, Verger (1995b) Indigofera hirsuta L. Fabaceae S/Denominação
Òpàpàpahúndà, Akirifìjàlò (Leguminosae)
651. Ifé òkété Verger (1995b) Antrocaryon micraster A. Chev. & Anacardiaceae S/denominação
Guillaumin
652. Ifín funfun Verger (1995b) Abutilon angulatum (Guill. & Perr.) Malvaceae S/denominação
653. Ifòn, Àwèfín Verger (1995b) Olax subscorpioidea Oliv Olacaceae S/Denominação
655. Ifù Verger (1995b) Phragmites australis (Cav.) Trin. Poaceae Junco
Cana de vassoura
656. Ìgátà Verger (1995b) Licania elaeosperma (Mildbr.) Prance & Chrysobalanaceae S/Denominação
White
657. Ìgàwó òpòló Verger (1995b) Solenostemon monostachyus (P. Beauv.) Lamiaceae S/Denominação
Briq.
660. Igba òyìnbó, Agúróbe, Ogúróbe Verger (1995b) Entada africana Guill. & Perr. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
661. Ìgbálè òdàn Verger (1995b) Wahlenbergia perrottetti (A. DC.) Thulin Campanulaceae S/Denominação
662. Ìgbàwó Verger (1995b) Entada abyssinica Steud. ex. A. Rich. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
255
665. Igi dúdú Verger (1995b) Diospyros dendo Welw. Ebenaceae S/Denominação
666. Igi dúdú, Ìsodúdú, Keso, Ogwagwa Verger (1995b) Diospyros piscatoria Gürke Ebenaceae S/Denominação
667. Igi dúdu, Kanran Verger (1995b) Diospyros mespiliformis Ebenaceae S/Denominação
668. Igi èso pupa Barros & Syzygium jambolanum D.C. Myrtaceae Jambeiro rosa
Napoleão (2013) Eugenia jambos L. Jambo
Myrtus jambos H.B.K.
Caryophyllus jambos Stokes
Jamobosa jambos Mill.
672. Igí ìyeyè, Èkikà, Òkiká, Ìyeyè, Barros & Spondias lutea L. Anacardiaceae Cajazeira
Olósán, Iléwò olósán Napoleão (2013), Spondias mombin L. Cajá mirim
Verger (1995b) Spondia aurantica Schum. et Tronn. Cajá miúda
Spondias brasiliensis M. Caja mimoso
Spondias axilaris Roxb. Cajá amarelo
Spondias graveolens Macf. Taperebá
Spondias lucida Salisb. Cajazeiro
Spondias myrobalanus L. Cajá do sertão
Spondias dubia Rich Cajá
256
673. Igí mésàn Barros & Melia azedarach L. Meliaceae Para raio
Napoleão (2013), Santa Bárbara
Verger (1995b) Arvore do paraíso
Cinamomo
Amargoseira
Jasmim de Caiena
Jasmim da terra
Paraíso
Sabonete de soldado
674. Igi ògun bèrèkè, Ògùn bèrèkè, Pa- Barros & Delonix regia (boj. ex Hook) Raf. Fabaceae Flamboyant
nseke Napoleão (2013), (Leguminosae) Flor do paraíso
Verger (1995b)
675. Igi omo funfun, èko òyìnbó, Èko Barros & Annona muricata L. Annonaceae Graviola
omodé Napoleão (2013), Araticum do grande
Verger (1995b) Araticum
Graviola do norte
Jaca de pobre
cherimólia
676. Igi òpè, Màrìwò, Opè, Opè ifá Barros & Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae (Palmae) Dendezeiro
Napoleão (2013) Elaeis guineensis Jacq. var. Communis A. Dendê
Chev.
Elaeis guineensis Jacq. var. Idolatrica
Elaeis giuneensis L.
Palma spinosa Miller
677. Igi òrúru, Òrúru, Òwèwè Barros & Spathodea campanulata P. Beauv. Bignoniaceae Tulipeira
Napoleão (2013), Espatódea
Verger (1995b) Tulipeira africana
Tulipeira da África
Tuliperia do Gabão
679. Igiosùn, Ìròsùn, Àwèwí, Òwiwí, Verger (1995b) Baphia nitida Lodd. Fabaceae S/Denominação
Àràse, Ajoláwò ìròsùn (Leguminosae)
680. Ìgo Bóíbóí, Boríborí Verger (1995b) Napoleona vogelli Hook. & Planch. Lecythidaceae S/Denominação
681. Ìgo, Ègo Verger (1995b) Ximenia americana L. Olacaceae Ameixa da Bahia
Ameixa da terra
Ameixa de espinho
682. Igùn, Làkúta, Agbé odò, òró béja, Verger (1995b) Tephrosia vogelli Hook. f. Fabaceae S/Denominação
Were, Ifo (Leguminosae)
683. Iípin, Iípin òrìsà Verger (1995b) Ficus exasperata Vahl Moraceae S/Denominação
685. Ìjandú, ijaàndúdú, Gbálùwo, Ijàn Verger (1995b) Alchornea laxiflora (Benth.) Pax & K. Euphorbiaceae S/Denominação
pupa, Séwó sésé pépé, Ijàn. Ijàn Hoffm.
funfun, Pépé
686. Ìjébú, Igedú Verger (1995b) Entandrophragma angolense (Welw.) C. Meliaceae S/Denominação
DC.
Entandrophragma utile (Dawe &
Sprague) Sprague
687. Ìjòkùn, Òbeké oko Verger (1995b) Mucuna poggei Taub. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
688. Ikàn pupa, Ìgbàgbà Verger (1995b) Solanum sp. Solanaceae S/Denominação
Solanum aethiopicum L.
689. Ikánelépòn àgbò, Bamóni, Verger (1995b) Solanum dasyphllum Schumach. & Solanaceae S/Denominação
Máfowóbàmòmí, Bòbo, Bòbo àwòdì, Thonn.
Máfi owo ba omo mi
690. Ikàn-yànrìn, Ikàn-yìnrìn, Ìgbá-nyèré Verger (1995b) Solanum anomalum Thonn Solanaceae S/Denominação
258
694. Ikí pupa Verger (1995b) Paspalum auriculatum J. Presl. & C. Poaceae S/Denominação
Presl.
696. Ìkín, Ikín ìrùkè, Kóóko, Eru oparun Verger (1995b) Panicum maximum Jacq. Poaceae Capim guiné
Capim Colonião
697. Ikiriwí Barros & Salvia officinalis L. Lamiaceae Sálvia
Napoleão (2013) Salva
Salva das boticas
Salva dos jardins
698. Ìkó Barros & Raphia vinifera P. Beauv. Arecaceae (Palmae) Palha da Costa
Napoleão (2013)
699. Iko, Apàko, Pàko, Ògùrò, Igi ògùrò, Verger (1995b) Raphia vinifera P. Beauv. Arecaceae (Palmae) Jupati
Eyìn àgbìgbò
Eyìn àrìgbò
702. Ikúpèrò Verger (1995b) Dichrocephala integrifolia (L. f.) Kuntze Asteraceae S/Denominação
259
703. Ìkúùkù, àrùsò funfun Verger (1995b) Hyptis lanceolata Poir. Lamiaceae S/Denominação
705. Ilá funfun, Lóbìrí, Òbó esin, Verger (1995b) Asystasia gangetica (L.) T. Anderson Acanthaceae S/Denominação
Abésùkalè, Sòbòhèé funfun
706. Ilá ìròkò Verger (1995b) Telfairia occidentalis Hook. f. Cucurbitaceae S/Denominação
707. Ìlasa òkù, Ìlasa omodé, Bòkóò pupa, Verger (1995b) Triumfetta rhomoidea Jacq. Tiliaceae Carrapicho de calçada
Èèpafo Barba de boi
708. Ìlasa omodé, Ìlasa àgbònrín, Ìlasa Barros & Urena lobata L. Malvaceae Guaxima
oyìbó, Akérí, Aké ìrí, Aké rìrí, Napoleão (2013), Urena heterophylla Presl. Guaxima roxa
Bolobólò Verger (1995b) Malva roxa
Guaxima rosa
Guaxima cor de rosa
Aramina
Malva rosa
709. Ìlèkè òpòló, Itó ìpére, Itó ìpére, Itópa Verger (1995b) Commelina diffusa Burm. f. Commelinaceae S/Denominação
ire, Olójòngbòdú, Olájàngbàlú
710. Ilerín, Okówó Barros & Drymaria cordata (L.) Willd. Caryophyllaceae Erva vintém
Napoleão (2013) Drymaria deandra Blume. Vintém
Esérguta rasteira
Folha de vintém
Cordão de sapo
Mastruço do brejo
Jaboticaá
712. Ìlósún, Inásua, Irunmunú efòn Verger (1995b) Pennisetum polystachion (L.) Schult. Poaceae Capim rabo de mucura
260
713. Ìlósùn, Tòlò, Arodosun Verger (1995b) Pennisetum hordeoides (Lam.) Steud. Poaceae S/Denominação
714. Imi esú Verger (1995b) Adenotemma perottettii DC., Asteraceae S/Denominação
715. Imí ológbò Verger (1995b) Lindernia diffusa (L.) Wettst. Scrophulariaceae Douradinha
Broma brancs
Caatãia
Douradinha do campo
Erva ferro
Gritadeira do campo
Mata canã
Matucana
Orelha de rato
Papa terra
716. Ìmòtú Verger (1995b) Chamaecrista kirkii (Oliv.) Standl. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
717. Imu Barros & Begonia fischeri Schrank. Begoniaceae Azedinha do brejo
Napoleão (2013) Begonia acida Vell. Erva saracura
Begonia Bahiensis D.C. Erva do sapo
Erva azeda
Azeda de ourives
719. Inimi, Bùjé, bùjé igbó Verger (1995b) Keetia leucantha (K. Krause) Brisdon Rubiaceae S/Denominação
720. Ininirin, Inunurin Verger (1995b) Dioscoreophyllum cumminsii (Stapf) Menispermeaceae S/Denominação
721. Ìnuwó, Jemáníhò Verger (1995b) Ipomoea argenturata Halier f. Convolvulaceae S/Denominação
723. Ìpàrokó Verger (1995b) Rinorea welwitschii (Oliv) Kuntze Violaceae S/Denominação
261
724. Ìpèsán Barros & Guarea guidonia (L.) Sleumer. Meliaceae Carrapeta
Napoleão (2013) Guarea trichilioides L. Bilreiro
Guarea aubletii Juss. Jitó
Guarea surinemesis Miq. Carrapeta verdadeira
Guarea guara Wilson Carrapeteira
Trichilia guara L.
726. Ipòlerin, Ipè erin Barros & Aloe vera L. Aloaceae Babosa
Napoleão (2013), Aloe barbadensis Mill.
Verger (1995b) Aloe elongata Murr.
Aloe vulgaris Lam.
Aloe spp.
727. Irà òdàn, Irà Verger (1995b) Bridelia ferruginea Benth. Euphorbiaceae S/Demoniação
729. Ìranàjìgbo Verger (1995b) Leptadenia hastata (Pers.) Decne. Asclepiadaceae S/Denominação
730. Írànjé, Írànjé élùjù, Írànjé ògán Verger (1995b) Securinega virosa Baill. Euphorbiaceae S/Denominação
731. Ìràwò ilé, Ataná olòrun, Ìràwò ilè Verger (1995b) Mitracarpus hirtus (L.) Dc. vel. aff. Rubiaceae S/Denominação
732. Iré Verger (1995b) Holarrhena floribunda (G. Don.) T. Apocynaceae S/Denominação
Durand & Schinz var. Tomentella H.
huber
733. Iré Verger (1995b) Funtumia elastica (Preuss) Stapf Apocynaceae S/Denominação
737. Ìrókòdú, Olóyìn Verger (1995b) Striga asiatica (L.) Kuntze Scrophulariaceae S/Denominação
738. Ìròsùn, Osùn, Osùn pupa Verger (1995b) Pterocarpus osun Craib Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
739. Ìrù àáyá Verger (1995b) Markhamia tomentosa (Benth.) K. Bignoniaceae S/Denominação
Schum.
740. Ìrù ekùn, Awáyémákùú Verger (1995b) Dracaena laxissima Engl. Dracaenaceae S/Denominação
741. Ìrù etu Verger (1995b) Hypoestes verticillaris (L. f.) Sol. ex. Acanthaceae S/Denominação
Roem. & Schult.
742. Irúgbá àbàtá, Àrìdan àbàtà, Osó Verger (1995b) Parkia bicolor A. chev. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
743. Irúgbá, Ìgbárú, Atawere irú, Ayúnbò, Verger (1995b) Parkia biglobosa (jacq.) Benth. Fabaceae S/Denominação
Ìgbá, Agbánirè, Irú, Igi-irú, Ìgbá (Leguminosae)
ìyére, Irúworo, Ìgba irú, Woro
744. Ìrùkè efón Verger (1995b) Fimbristylis hispidula (vahl) Kunth Cyperaceae S/Denominação
745. Irun awó Verger (1995b) Sporobolus festivus Hochst. Poaceae S/Denominação
263
747. Irungbòn efòn Verger (1995b) Tripogon major Hook. f. Poaceae S/Denominação
748. Ìsá, Ìsá gidi, Ìsá ògbùgù, Ìsá gìrì, Isá Verger (1995b) Strophantus hispidus DC. Apocynaceae S/Denominação
gèrè, Oró, Ìwàsè dúdú, Sàgéré
749. Ìsájú Verger (1995b) Blepharis maderaspatensis (L.) Heyne Acanthaceae S/Denominação
751. Ìsápá ìsekú, Ojá ìkookò, Idà òrìsà, Verger (1995b) Hibiscus cannabinus L. Malvaceae Cânhamo brasileiro
Yèmóró, Yèwúrú
753. Isé, Okùn ìrora, àgbáàrín, Ègé, Verger (1995b) Dioclea reflexa Hook. F. Fabaceae Feijão bravo
Ìdàsénu, Olójú edun (Leguminosae)
755. Iséko, Asinko, Ajé, Alájé Verger (1995b) Trichilia tessmannii Harms Meliaceae S/Denominação
756. Ìsèlè Verger (1995b) Desmodium setigerum (E. Mey.) Benth. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
758. Ìsépé agbe Verger (1995b) Chassalia kolly (Schumach.) Hepper Rubiaceae S/Denominação
264
759. Ìsèpé àkèré Verger (1995b) Pentodon pentandrus (Schumach. & Rubiaceae S/Denominação
Thonn) Vatke
760. Ìsépolóhun Verger (1995b) Maytenus senegalensis (Lam.) Exell Celasteceae S/Denominação
761. Isin ako, Ako inin, Òdòfin ilé, Verger (1995b) Blighia unijugata Baker Sapindaceae S/Denominação
Akoisin
763. Isin oko Verger (1995b) Eriocoelum kerstingii Gilg. Sapindaceae S/Denominação
764. Isin, Ìpa, Èpá, Esin, Esiyin, Esin Verger (1995b) Alchornea cordifolia (Schumach. & Euphorbiaceae S/Denominação
àbàtà Thonn) Müll. Arg.
765. Ìsin, Isin jíje, Isin oká, Isin òdàn Verger (1995b) Blighia sapida J. König Sapindaceae Castanheiro da África
766. Isu òrìsà funfun Verger (1995b) Aristolochia albida Duch. Aristolochiaceae S/Denominação
767. Isu, èdò àgbònrín, Okùn emìnalè, Barros & Dioscorea sp. Dioscoreaceae Inhame da Costa
Ègbodó, Àlò, ìgángán, Agéndan, Napoleão (2013), Dioscorea retundara Poir. Inhame cará
Apére, Òpàràgà, Pa-nságè, òlò, Verger (1995b) Discorea cayenensis Lam. Inhame da Guiné branco
Aginipa, Aginito, Èsúrú, Éfón Discorea odoratissima Pax Cará do Pará
768. Isuméri, Ògèdè odò Verger (1995b) Crinum zeylanicum (L.) L. Amaryllidaceae S/Denominação
770. Ìtà óyìnbó igbó, Òsúnsún ìrò, Aya Verger (1995b) Drypeter chevalieri Beille Euphorbiaceae S/Denominação
771. Itá, arakòbalè, Jàlóre, Itá oko Verger (1995b) Celtis zenkeri Engl. Ulmaceae S/Denominação
265
774. Ìtako, Òtìngbo, Odògbò Verger (1995b) Strombosia pustulata Oliv. Olacaceae S/Denominação
775. Ìtàkùn àrán, Akéti àpàrà, Anìkàn léti, Verger (1995b) Flabellaria paniculata Cav. Malpighiaceae S/Denominação
Apónkolo, Lagbólagbó, Anìkànlété,
Àjídèrè
776. Ìtàkùn igbó, Kùmorí, Ikúmorí Verger (1995b) Cissus polyntha Gil & W. Brandt Vitaceae S/Denominação
777. Ìtàkùn kanranjángbán Verger (1995b) Stachyanthus zankeri (Engl.) Engl. Icacinaceae S/Denominação
778. Ìtákún òkéré, Òrá funfun, Ìtàkùn Verger (1995b) Grewia carpinifolia Juss. Tiliaceae S/Denominação
òkérè, Eké ilé
779. Ìté àparò, Motisan, Kereiyàlè, Esin, Verger (1995b) Panicum sp. Poaceae S/Denominação
Kétukétu igbó
780. Ité oká Verger (1995b) Oplismenus burmanii (Retz.) P. Beauv. Poaceae S/Denominação
783. Itó Verger (1995b) Landolphia dulcis (R. br. ex Sabine) Apocynaceae S/Denominação
Pichon
784. Ìtóò, àsúnlera, Abe wéréwéré orí ito, Verger (1995b) Millettia thonningii (Schumach.) Baker Fabaceae S/Denominação
àgbàwi kowéè, Olúkòtún eye igbó (Leguminosae)
785. Ìtóòpèré, Kúrè kúrè béte Verger (1995b) Artanema longifolium (L.) Vatke Scrophulariaceae S/Denominação
266
787. Iyá, Ìràwé òdàn Verger (1995b) Daniellia oliveri (Rolfe) Hutch & Dalziel Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
788. Ìyábeyín Barros & Ruellia gemminiflora H.B.K. Acanthaceae Mãe boa
Napoleão (2013)
789. Ìyé etù, Jábà Verger (1995b) Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy Poaceae S/denominação
790. Iye, Fèrèmómi, Fuèmómi Verger (1995b) Clerodendrum capitatum (Willd.) Lamiaceae S/Denominação
Schumach. & Thonn.
791. Ìyèré Verger (1995b) Piper guineense Schumach. & Thonn. Piperaceae S/Denominação
792. Ìyèré igbó Verger (1995b) Erythrococca anomala (Juss.) Prain. Euphorbiaceae S/Denominação
793. Ìyèré, Ìyèré gidi, Ata ìyèré Verger (1995b) Piper capense L. f. Piperaceae S/Denominação
794. Ìyèyè Barros & Piper aducum Vell. Piperaceae Aperta ruão
Napoleão (2013) Piper mollicomum Kunth.
Piper truncatum Vell.
Piper chimonanthifolium Kunth.
795. Iyò esin, Àáràgbá Verger (1995b) Tridax procumbens L. Asteraceae S/Denominação
J
267
796. Jàganyìn, Osán nlá, Òrombó, Verger (1995b) Citrus aurantium L. Rutaceae Laranjeira
Òrombó igún, Òsàn òyìnbó, Òrombó- Laranja da terra
dídùn, Laranja sevilhana
Osán múmu, Òrombó múmu, Òro Pomo de ouro
òyìbó, Gàn-ín gàn-ín, Òrombó
làkúègbé, Jàgbure, Òrombó efin,
Òrombó jagànyin
798. Jásókè, Adáwínwín, Bésókè, Jáà, Verger (1995b) Ehretia cymosa Thonn. Boraginaceae S/Denominação
Jáókè, Pawín, Ìjáókè
799. Jèdí jèdí, Bójúré, Òórùngò Verger (1995b) Vernonia cinerea (L.) Less. Asteraceae S/Denominação
800. Jeran Verger (1995b) Phyllanthus muellerianus (Kuntze) Exell Euphorbiaceae S/Denominação
801. Jín, Oríjìn Verger (1995b) Commiphora africana (A. Rich.) Engl. Burseraceae S/Denominação
802. Jìn, Orínjìn Verger (1995b) Rhus natalensis Bernh. Anacardiaceae S/Denominação
803. Jiwinni, Ìsáwáwá, Gbáwójo, Verger (1995b) Acalypha ciliata Forssk., Euphorbiaceae S/denominação
Arénjeran, Aremolékún, Onírun,
túbèká, Túeranká
805. Jobó, Olátoríje, Látórijé Barros & Hyptis pectinata (L.) Poit. Lamiaceae Neves
Napoleão (2013), Nepeta pectinata L. Alfazema brava
Verger (1995b) Clinopodium imbrocatum Vell. Macaé
Mercúrio do campo
Poejo do brejo
806. Jógbé olátoríje Verger (1995b) Hyptis spicegera Lam. Lamiaceae S/Denominação
807. Jogbonlóro, Pópòndó, Pòpònlá, Verger (1995) Canavalia ensiformis (L.) DC. Fabaceae S/Denominação
Pápánlá, Pòpòndó asínyùn mówó (Leguminosae)
808. Jojòfà, Ájófà Barros & Urera baccifera Gaud. Urticaceae Urtiga brava
Napoleão (2013) Urtica Baccifera L. Cansação (AM)
Urtigão
810. Jokojé, Jokonijé Barros & Aristolochia cymbifera Mart. Aristolochiaceae Jarrinha
Napoleão (2013) Cipó mil homens
Caçau
Angelicó
Papo de peru
811. Jókóòjéé, Jéjékòó, Ìwàrèjéjé Verger (1995b) Cissampelos mucronata A. Rich. Menispermaceae S/Denominação
K
812. Ka(n) san, Ika(n) san, Èékánná Verger (1995b) Smilax kraussuana Meisn Smilacaceae S/Denominação
màgbó, Wórèwórè, Ìwokúwo
813. Kákándiká, Pónsé, Pónséré, Verger (1995b) Oncoba spinosa Forssk. Flacourtiaceae S/Denominação
Ajísabéré, Gàmùgamusù
814. Kákàsenlá, Ogbé okujé, Kakàsémì Verger (1995b) Paullinia pinnata Sapindaceae Cipó curucu
solá awòmí, Lagolago Guaraná Cipó
Mata fome
815. Káléfimíse, Ako kíni àáfimíse, Kíni Verger (1995b) Chamaecrista mimosoides (L.) Greene Fabaceae Mimosa
àáfimíse, Kòsíohun tíàáfimíse, Ìran (Leguminosae) Sensitiva
269
819. Kánkán diká Verger (1995b) Calopogonium mucunoides Desv. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
820. Kankanesin Barros & Centrosema brasianum (L.) Bth. Fabaceae Jaquitira
Napoleão (2013) (Leguminosae) Patinho roxo
821. Kankìnse, Abíirunpo Barros & Passiflora edulis Sims. Passifloraceae Maracujá
Napoleão (2013), Passiflora foetida L. Maracujá comum
Verger (1995b) Maracujá de garapa
Flor da paixão
822. Kànyín kànyiin ayaba, Àjàreé Verger (1995b) Bambekea racemosa Cogn. Cucurbitaceae S/Denominação
823. Kànyìnkànyìn odò, Erun, Tàngìrì Verger (1995b) Luffa cylindrica (L.) M. Roem. Cucurbitaceae Bucha dos paulistas
ekùn
824. Kará Verger (1995b) Dichrostachys cinerea (L.) Wight. & Fabaceae S/Denominação
Arn. (Leguminosae)
826. Kateme, Kètènfe, Kèkerenfe Verger (1995b) Thaumatococcus daniellii (Benn.) Benth. Marantaceae S/Denominação
827. Kisikisi, Ikàn wéwé, Ikàn igún, ìgbá Barros & Solanum paniculatum L. Solanaceae Jurubeba
yìnrìn elégún, Ìgbá ajá, Ìgbá igún, Napoleão (2013), Solanum incanum L.
Ìgbó, Ìgbá, Ìgbá òyìnbó, Ikàn, Ikàn Verger (1995b) Solanum torvum Sw.
nlá, Ikàn òyìnbó Solanum jubeba Vell.
Solanum manielii Moricand.
828. Kòbòyéké, Gàngàn, Òrúwo, Verger (1995b) Gardenia ternifolia K. Schum. Rubiaceae S/Denominação
Kòbòkòbò
829. Kògbègbé, Kúgbàgbé, kúsìgbàgbé Verger (1995b) Amphimas pterocarpoides Harms Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
830. Kókò àrìrà òjà Verger (1995b) Xanthosoma sp. Araceae S/Denominação
831. Kókò, Kókò ebo, Kókò funfun, Kókò Verger (1995b) Colocasia esculenta (L.) Schott Araceae Inhame
pupa, Isu kókò, Kókò efúe Inhame da Costa
Inhame branco
Inhame toioba
832. Koléorógbà Barros & Monstera adansonni Schott. Araceae Cinco chagas
Napoleão (2013) Monstera pertusa Schott.
833. Kolomi, Ìyá kolomi Barros & Inga marginata Willd. Fabaceae Ingá
Napoleão (2013) Inga uruguensis Hooker et Arnott (Leguminosae) Ingazeiro
Ingá do brejo
Ingá de quatro quinas
Ingá banana
834. Kóóko esúlè, Oko esúwú Verger (1995b) Panicum sadinii (Vanderyst) Renvoise Poaceae S/Denominação
835. Kóokò hanaháná, Kóokò Verger (1995b) Hyparrhenia diplandra (Hack.) Stapf. Poaceae S/Denominação
wònrònwònròn, Àjìjà òdàn
836. Kóókò oòduà, Kóókò sòpònná, Verger (1995b) Caladium bicolor Vent. Araceae Tinhorão
Kóókò obàlùfòn
271
837. Koríko oba, Koríko òyìnbó, Koóko Barros & Cymbopogon citratus (DC) Stapf. Poaceae Capim limão
oba, Tíì, Etí, Ìsokò Napoleão (2013), Cymbopogon schoenamthus Spreng. Capim santo
Verger (1995b) Cymbopogon citriodorus Link. Capim cidreira
Capim cidrão
Erva cidreira
838. Koropón, Peké peké, Sawaro, Séku Verger (1995b) Crotolaria sp. Fabaceae S/Denominação
Séku, Omodé (Leguminosae)
839. Kùkúmòrúgbó Verger (1995b) Dichapetalum pallidum (Oliv.) Engl. Dichapetalaceae S/Denominação
L
841. Làálì, Làálì funfun, Ìyálómo Verger (1995b) Lawsonia inermis L. Lythraceae S/Denominação
843. Làbelàbe Verger (1995b) Lipocarpa sphacelata (Vahl) Kunth Cyperaceae S/Denominação
844. Làbelàbe, Akánjúméjè Verger (1995b) Scleria naumanniana Boeck Cyperaceae S/Denominação
845. Làbelàbedò Verger (1995b) Scleria depressa (C. B. Clarke) Nelmes Cyperaceae S/Denominação
846. Lákòsìn, Lakòse, Ìlákòsìn, Ilákòse Verger (1995b) Monodora tenuifolia Benth Annonaceae S/Denominação
848. Légún ókò, Iyùn òrìsá, Légun kúrò Verger (1995b) Psorospermum febrifugum Spach Clusiaceae S/Denominação
272
850. Lógbònkìyàn, Ológbé kuyàn Verger (1995b) Euadenia trifoliolata (Schumnac. & Capparaceae S/Denominação
Thonn) Oliv.
851. Lòsí erin Verger (1995b) Gossweilerodendron balsamiferum Fabaceae S/Denominação
(Verm.) Harms (Leguminosae)
M
852. Makasa Barros & Hyptis mollissima Bth Lamiaceae Catinga de mulata
Napoleão (2013)
854. Manturusí, Moníturusí, Imi iyìn Verger (1995b) Chenepodium ambrosioides L. Chenopodiaceae Erva de Santa Maria
Ambrosia do México
Erva formigueiro
Mentruz
Quenopódio
855. Màrìwò ìyá Barros & Attalea princeps M. Arecaceae (Palmae) Guacuri
Napoleão (2013) Scheelea princips Karst. Palmeira de guacuri
Guaicuri
856. Melehú Verger (1995b) Schicachyrium brevifolium (Sw.) Ness Poaceae Capim péua
857. Moborò, Ikú ekùn, Òkà Barros & Leontis nepetifolia (L.) W.T.Aiton. Lamiaceae Cordão de São Francisco
Napoleão (2013) Leontis nepetaefolia Schimp. Cordão de frade
ex Benth Pau de praga
Leonurus nepetaefolius Mill. Rubim
Phlomis nepetaefolia L. Tolonga
Corindiba
858. Motisan, Sékogbònà, Idà odò Verger (1995b) Sporobolus pyramidalis P. Beauv. Poaceae S/Denominação
859. Moyídà Verger (1995b) Smeathmannia laevigata Sol. ex Br. Passifloraceae S/Denominação
Smeathmannia pubescens Sol. ex Br.
273
N
860. Nákénàké, Abàfín Verger (1995b) Rinorea sp. Violaceae S/Denominação
861. Nàmùnàmù, Digbàró, Abeèsún Verger (1995b) Stictocardia beraviensis (Vatke) Hallier Convolvulaceae S/Denominação
digbàró f.
O
863. (Ò)láà Verger (1995b) Ficus ovata Vahl Moraceae S/Denominação
864. Obé semo Oyá Barros & Tradescantia Spathacea Sw. Commelinaceae Espada de Santa Bárbara
Napoleão (2013) Rhoeo discolor (L'Hérit.) Hance. Cordoban
Rhoeo spathacea (Sw.) Stearn. Moisés no berço
Tradescantia discolor L'Hérit. Abacaxi roxo
865. Òbe, Abolàlúpàyídà Verger (1995b) Hibiscus congestiflorus Hochr. Malvaceae S/Denominação
866. Obì edun, Obí aya, Worowówó, Verger (1995b) Cola milinii K. Schum. Sterculiaceae S/Denominação
Obìdun, Aworere Èhìn edun, Obìgàrè
274
867. Obì, Obì ifin, Obì pupa, Obì àbàtà, Barros & Cola acuminata (P.Beauv.) Sch. & Endl. Sterculiaceae Noz de cola
Obì àkàlà, Oródò Napoleão (2013), Cola lateritia K. Schum. Cola
Verger (1995b) Cola nitida Vent. Cola africana
Sterculia cuminata Palis Cacau do Sudão
Café do Sudão
Coleira
Castanha de cola
Colateira
Orobó
Oubi
Abajá
Obí
869. Òbò, Ìbò tàbon, Ìbò gídi Verger (1995b) Landolphia owariensis P. Beauv. Apocynaceae S/Denominação
871. Òbùró dúdú Verger (1995b) Aframomum sceptrum (Oliv. & T. Hanb.) Zingiberaceae S/denominação
K. Schum.
873. Òbùró nlá, Òbùró lela Verger (1995b) Siphonochilus aethiopicus (Schweinf.) B. Zingiberaceae S/Denominação
L. Burtt.
874. Òbùró wáwá Verger (1995b) Aframomum daniellii (Hook. f.) K. Zingiberaceae S/denominação
Schum.
875. Odán èkì, Odán, Àrómogbómopòn, Verger (1995b) Ficus thonningii Blume Moraceae S/Denominação
Arèrè dúdú, Tèmitìe dórum, Òbó,
Òdán àdàn
876. Odás ègà, Òpòpó Verger (1995b) Ficus polita Vahl Moraceae S/Denominação
275
877. Odé àkòsùn Barros & Solanum eriabthum D. Don. Solanaceae Caiçara
Napoleão (2013) Solanum auriculatum Ait. Couvetinga4Capoeira
Solanum granuloso-leprosum Dun. branca
Solanum verbascifolium var. Fumeira
Auriculatum sensu Ktze. Fumo bravo
Solanum maurirtianum Scop.
Solanum tabacifolium Vell.
Solanum auriculatum Ait.
878. Odidi Barros & Erythrina speciosa Andrews. Fabaceae Bico de papagaio
Napoleão (2013) (Leguminosae) Mulungu
Mulungu do litoral
Eritrina candelabro
879. Odò omodé Verger (1995b) Mussaenda elegans Schumach. & Thonn. Rubiaceae S/Denominação
880. Odò, Òfún, Òtutù Verger (1995b) Mansonia altissima (A. Chev.) A. Chev. Sterculiaceae S/Denominação
884. Ódòko, Elúro-òrùnge, Elúre, Ótòkò Verger (1995b) Scottellia coriacea A.Chev. Flacourtiaceae S/Denominação
885. Òdú, Ìrókò òkun Verger (1995b) Cassipourea barteri (Hook. f.) N. E. Br. Rhizophoraceae S/Denominação
886. Òdúdú, Karakóro, Òdùdó, Verger (1995b) Klainedoxa gabonensis Pierre ex Engl. Irvingiaceae S/Denominação
Àlúnànrábà, Ifá ìnàkí, Epologum,
Apépére
887. Òdúndún Barros & Kalanchoe brasiliensis Camb. Crassulaceae Folha da Cosata
Napoleão (2013) Kalanchoe crenata (Andr.) Haw. Saião
Folha grossa
Paratudo
Erva grossa
276
888. Òdúndún odò, Òdúndún olókun, Barros & Emilia saginatta (Vahl.) DC. Asteraceae Pincel
Òdúndún etídòífè, Napoleão (2013), Emilia coccinea (Sims) G. Don Pincel de estudante
Verger (1995b) Falsa serralha
Serralha mirim
Emília
890. Ofá etu, Fódùn, ètó ìgbó pé láyé Verger (1995b) Olyra latifolia L. Poaceae Taquarinha
891. Ofé, Òfúyé Verger (1995b) Guarea thompsonii Spragua & Hutch. Meliaceae S/Denominação
892. Òfèrè gámú Verger (1995b) Convolvulus sagitatus Thunb. Convolvulaceae S/Denominação
893. Òfìn, Amórímó Verger (1995b) Abutilon mauritianum (Jacq.) Medik. Malvaceae S/denominação
894. Òfo òdàn Verger (1995b) Hibiscus vitifolius L. Malvaceae Cânhamo brasileiro
895. Òfún Verger (1995b) Psydrax parviflora (Afzel) Bridson Rubiaceae S/Denominação
896. Òfún òkè Verger (1995b) Tetrorchidium didymostemon (Baill.) Euphorbiaceae S/Denominação
Pax & K. Hoffm.
897. Ogà, Ekúe, Ekúe ògà Verger (1995b) Laccosperma opacum (G. Mann & H. Arecaceae (Palmae) S/Denominação
Wendl.) Drude
898. Ogàn àjà Verger (1995b) Dalbergia hiostilis Benth. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
899. Ògàn àjànà Verger (1995b) Combretum hispidus Lawson Combretaceae S/Denominação
900. Ògàn àkùko, Ogángán, Ìgbólé Verger (1995b) Stachytarpheta angustifolia (Mill.) Vahl Verbenaceae S/Denominação
901. Ògàn àparò, Jíire, Aláso labalábá Verger (1995b) Sabicea calycina Benth. Rubiaceae S/Denominação
902. Ògàn dúró Verger (1995b) Gaertenera paniculata Benth* Loganiaceae S/Denominação
277
905. Ogàn, Ogàn dúdú, òdòdó òkun, Verger (1995b) Combretum platypterum (Welw.) Hutch. Combretaceae S/Denominação
Èsìnrìn, Èsín ègédè & Dalziel
906. Ogàn, Ogàn popa, Ogàn nlá, Funfun Verger (1995b) Combretum racemosum P. Beauv. Combretaceae S/Denominação
òwà
908. Ògbà Verger (1995b) Mondia whitei (Hook. f.) Skeels Asclepiadaceae S/Denominação
910. Ogbó Verger (1995b) Nervilia umbrosa (Rchb. f.) Schlt. Orchidaceae S/Denominação
911. Ogbó dúdú, Òkùà, Òsà Verger (1995b) Drypetes spp. Euphorbiaceae S/Denominação
912. Ogbódosùn Verger (1995b) Phytolacca docecandra L'Hér. Phytolaccaceae Tintureira vulgar
915. Ògbun Verger (1995b) Avicennia germinans (L.) Stearn Avicenniaceae Mangue siriuba
Mangue amarelo
Árvore dos sirís
916. Ògèdè àgbagbà, Ògèdè àpántà, Verger (1995b) Musa sapientum var. paradisiaca Musaceae Bananeira
Ògèdè dúdú, Ògèdè weere
278
917. Ògèdè dedò Verger (1995b) Musa schweinfurthii K. Shum. & Warb. Musaceae Bananeira
918. Ògèdè-ntiti, Òyìnbó Verger (1995b) Musa cavendishii Lamb. Musaceae Bananeira
919. Ogèn, ògèn ègbè, ògèn-anpa, ògèn Verger (1995b) Diospyros monbuttensis Gürke Ebenaceae S/Denominação
pupa,
Ògàn paolóbì, Asògànséké,
Asogùn
920. Ògìgí, kékèkè, Ahón ekún, Ìlasagún, Verger (1995b) Hibiscus asper Hook. f. Malvaceae Cânhamo brasileiro
Erú isápa, Èsá pupa, Èsá
921. Ògìrìsákó, Ègó, Isu igò, Lángbòdó, Verger (1995b) Anchomanes difformis (Blume) Engl. Araceae S/Denominação
Ègó ifá
922. Ògò, Ògò eléwùjí Verger (1995b) Hilleria latifolia (Lam.) H. Walter Phytolaccaceae S/Denominação
923. Ògùgù, Ògùngún, Apotopòróò Verger (1995b) Cola cordifolia (Cav.) R. Br. Sterculiaceae S/Denominação
924. Ògùn bèrè Verger (1995b) Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
927. Ògúndù, Asobíabe Verger (1995b) Dalbergia saxatilis hook f. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
928. Ògùngún Verger (1995b) Cola gigantea A. Chev. var. Glabrescens Sterculiaceae S/Denominação
Brenan & Keay
929. Ògùrò, Òpótó funfun Verger (1995b) Ficus vallis-choudae Delile Moraceae S/Denominação
930. Ojá kòríkò, Ojá ìkòokò, Pàsán Verger (1995b) Sansevieria liberica Gérôme & Labroy Dracaenaceae Espada de São Jorge
kòríkò, Agbomolówóibi Espada de Ogum
279
931. Òjà, Igbó, Igígún, Orísí Verger (1995b) Quassia undulata (Guill. & Perr.) D. Simaroubaceae S/Denominação
Dietr.
932. Òjáfèrè Verger (1995b) Sherbournia millenii (Wernham) Hepper Rubiaceae S/Denominação
933. Òjè dúdú Barros & Makania glomerata Spreng. Asteraceae Guaco
Napoleão (2013) Makania Humboldt. Cipó caatinga
Erva dutra
Erva de cobra
Erva das serpentes
Uaco
934. Òjè dúdú, Akoeélá, ìyàwa, Okorówú Verger (1995b) Mikania cordata (Burm. f.) B. L. Rob. Asteraceae S/Denominação
935. Ojíjí itàkùn, akóló, Eku (n) Verger (1995b) Brachystegia eurycoma Harms. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
936. Òjíjí oróta, Ikújénjó, Òjíjí igi, Òjíjí Verger (1995b) Dalbergia lactea Vatke Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
937. Ojó, rogbo àgùntàn, Jànbórókún Verger (1995b) Palisota hirsuta (Thunb.) K. Schum. Commelinaceae S/Denominação
938. Ojú àgbìgbò, Kúèré, Abe orò, Verger (1995b) Deinbollia pinnatta Scumach. & Thonn Sapindaceae S/Denominação
Eníbíyò, Irújè oko
939. Ojú àgùntàn Verger (1995b) Melastomastrum theifolium (G. Don) A. Melastomataceae S/Denominação
Fern. & R. Fern.
940. Ojúà Verger (1995b) Senna sophera (L.) Roxb. Fabaceae Tararucu
(Leguminosae)
941. Ojúoró, Ojú oró Barros & Pistia stratiotes L. Araceae Alface d'água
Napoleão (2013), Pistia occidentalis Blume Flor d'água
Verger (1995b) Mururé
Pajé
Lentilha d'água
Erva de Santa Luzia
280
942. Oká Verger (1995b) Scadoxus sp., vel. aff. Amaryllidaceae S/Denominação
944. Okà pupa, Bàbà, Oká bàbà Verger (1995b) Sorghum bicolor (L.) Moench Poaceae S/Denominação
946. Okán, Ogi okàn Verger (1995b) Combretum micranthum G. Don. Combretaceae S/Denominação
947. Òkàràkèrà, Òháhá Verger (1995b) Porterandia cladantha (K. Schum.) Keay Rubiaceae S/Denominação
948. Òkikà àjà, Èkiká àjà Verger (1995b) Pseudospondias microcarpa (A. Rich.) Anacardiaceae S/Denominação
Engl.
952. Okojú òrìsà, Mokí Verger (1995b) Merremia aegyptia (L.) Urban Convolvulaceae Jetirara
953. Òkon Verger (1995b) Sorindeia junglandiflora (A. Rich.) Anacardiaceae S/Denominação
Planch.
954. Òkòrogbín, Ìdòfún igbó, Verger (1995b) Pavetta corymbosa (DC) F. N. Williams Rubiaceae S/Denominação
Dànagbòngbòn
281
956. Okùn epo Verger (1995b) Ipomoea obscura (L.) Ker Gawl. Convolvulaceae S/Denominação
957. Okún sábá Verger (1995b) Glycine wightii (Wight & Arn.) Verdc. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
958. Ókúndùn, Asobíorí, Igbádù, Igbá Verger (1995b) Salacia sp. Celastraceae S/Denominação
adálójú
959. Òkùnkùn, Elékikòbi Verger (1995b) Phoenix reclinata Jacq. Arecaceae (Palmae) Tamareira
Tâmara
961. Olèé Verger (1995b) Antidesma laciniatum Müll. Arg. var. Euphorbiaceae S/Denominação
membranaceum Müll. Arg.
963. Olóbòrobò, Abòsùlòlò Verger (1995b) Rinorea dentata (P. Beauv.) Kuntze Violaceae S/Denominação
965. Olófun, Lófun, Ògbòrògboro, Lófin Verger (1995b) Guarea cedrata (A. chev.) Pellegr. Meliaceae S/Denominação
968. Olóhun, Olówùn, Orówo, Odun Verger (1995b) Maesobotrya bateri (Baill.) Hutch. Euphorbiaceae S/Denominação
969. Olómi òjò, Sopá sopá Verger (1995b) Thevetia nerifolia Juss. Apocynaceae Chapéu de Napoleão
Fava elétrica
Jorro jorro
282
970. Olóótó, Oloto, Ìsígùn, Ìsígùn efòn Verger (1995b) Gongronema latifolium Benth. Asclepiadaceae S/Denominação
971. Olówùko Verger (1995b) Antidesma mebranaceum Müll. Arg. Euphorbiaceae S/Denominação
972. Olúgbèkán, Agbárí etu Verger (1995b) Campylospermum reticulatum (P. Ochnaceae S/Denominação
Beauv.)
973. Omi òdàn Verger (1995b) Urera repens (Wedd.) Rendle Urticaceae S/Denominação
974. Òmìnì, Bíìránà, Àjàemilè Verger (1995b) Crotalaria pallida Aiton Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
977. Omú esin Verger (1995b) Sorindeia warneckei Engl. Anacardiaceae S/Denominação
978. Omù ifá Verger (1995b) Pteris togoensis Hieron. Pteridaceae S/Denominação
979. Òmù Òsùn, Òmù Verger (1995b) Pteris sp. Pteridaceae S/Denominação
980. Òmun, Aberé-ojò Barros & Thelypteris sp. Pteridaceae / Samambaia de poço
Napoleão (2013) Thelypteridaceae Lana silvestre
981. Onìsà oògùn Verger (1995b) Ritchiea capparoides (Andr.) Britten var. Capparaceae S/Denominação
Longispedicellata (Gilg) De Wolf
982. Onísè Kòjebe dúdú Verger (1995b) Justicia schimperi (Hochst.) Dandy Acanthaceae S/Denominação
983. Oníyeyè, Amúyèwá Verger (1995b) Hydrolea glabra Schumach. & Thonn. Hydrophyllaceae S/Denominação
984. Ònsè, Ewúro ìgbìn, Amúwàgònà, Verger (1995b) Acalypha ornata Hochst. ex A. Rich. Euphorbiaceae S/denominação
Amúwàgún
283
985. Ooníyìndín, Yéyémùyé Verger (1995b) Chlorophytum macrophyllum (A. Rich.) Anthericaceae S/Denominação
Asc.
987. Oòrúnmú, Afúnnkúnre, Akálà, Akálà, Verger (1995b) Malacantha alnifolia (Baker) Pierre Sapotaceae S/Denominação
Osàn òdàn
988. Oòyólè, Amúgbà dúdú Verger (1995b) Corchorus spp. Tiliaceae S/Denominação
989. Òpá àwòn funfun, Solúnègbùrù, Verger (1995b) Eriosema psoraleoides (Lam.) G. Don. Fabaceae S/Denominação
Pirigidi (Leguminosae)
990. Opapa, Opapara, Panipani, Akìtìpà, Verger (1995b) Stachytarpheta indica (L.) Vahl. vel aff. Verbenaceae S/Denominação
Ìrù alángbá, Ìrù amore, Aagba,
Agogo igún
991. Òpásóró Barros & Chaptalia nutans (L.) Polack. Asteraceae (Asteraceae) Costa brava
Napoleão (2013) Leria nutans DC. Língua de vaca
Gerbera nutans Schultz-Bip. Lingua de vaca miúda
Tussilago nutans L. Tapira
Paraqueda
Paraquedinha
Fumo do mato
Erva de sangue
Sanguineira
992. Òpatàbà, Ìkúùkù ekùn Verger (1995b) Macrosphyra longistyla (DC.) Rubiaceae S/Denominação
993. Òpè ìgó Verger (1995b) Cyrtosperma senegalenses (Schott) Engl. Araceae S/Denominação
994. Òpé kannakánná, Osùn buke Verger (1995b) Dracaena manni Baker Dracaenaceae S/Denominação
996. Òpèpè Verger (1995b) Nauclea diderrichii (De wild. & T. Rubiaceae S/Denominação
Durand) Merr.
284
997. Òpèpè irá Verger (1995b) Nauclea vanderguchtii (De wild.) E. Petit Rubiaceae S/Denominação
998. Òpèpè tilèyo dòrò dòrò Verger (1995b) Geophila repens (L.) I. M. Johnst. Rubiaceae S/Denominação
1000. Opón Verger (1995b) Rinorea subintegrifolia (P. Beauv.) Violaceae S/Denominação
Kuntze
1002. Òpòn, Yéré, Yeye, àkún, Abo àkún. Verger (1995b) Uapaca heudelotti Baill. Euphorbiaceae S/Denominação
Abo emido, Òpòn àtàkùn
1003. Òpòtó pìtí Verger (1995b) Amorphophallus abyssincus (A. Rich.) N. Araceae S/Denominação
E. Br.
1004. Òpòtó, àkàrà odán, Òpòtó ìdájá Verger (1995b) Ficus sur Forssk. Moraceae S/Denominação
olórum
1005. Oré enu kòpíyè, Eru-òpire, Erù- Verger (1995b) Euphorbia lateriflora Schumach. & Euphorbiaceae S/Denominação
èkurè, Or´weere, Enu kòpaire Thonn
1006. Òrè èwòò Verger(1995b) Glyphaea brevis (Spreng.) Monach. Tiliaceae S/Denominação
1008. Orí età Verger (1995b) Vitex ferruginea Schumach. & Thonn. Verbenaceae S/Denominação
1009. Orí oká Verger (1995b) Mukia maderaspatana (L.) M. Roem. Cucurbitaceae S/Denominação
1010. Òrì, òrì nlá, Òrì odan Verger (1995b) Vitex doniana Sweet Verbenaceae S/Denominação
1011. Òrírá, Kankan aya Verger (1995b) Luffa acutangula (L.) Roxb. Cucurbitaceae Bucha de purga
285
1012. Oriro, Oro, Oro efun, Aborí kefun, Verger (1995b) Antaris toxicaria (Rumph.) Lesch. Moraceae S/Denominação
Àwásè, Oriro omo olúubgó
1013. Orísòsó Verger (1995b) Setaria sphacelata (Schumach.) Stapf & Poaceae S/Denominação
C. E. Hubb.
1014. Oró adété, Oró kùmú Verger (1995b) Euphorbia poissoni Pax Euphorbiaceae S/Denominação
1015. Oró agogo, Oró anígun méta, Oró Verger (1995b) Euphorbia kamerunica Pax Euphorbiaceae S/Denominação
sápò,
1016. Oró aláìndan Verger (1995b) Euphorbia sp. Euphorbiaceae S/Denominação
1018. Òro kòsorò Verger (1995b) Quassia grandiflora (Engl.) Noot. Simaroubaceae S/Denominação
1019. Òró òyìnbó, Mángòrò, Séri Barros & Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira
Napoleão (2013),
Verger (1995b)
1020. Oró, Òtùtù, Alele, Orónlá Verger (1995b) Nesogordonia papaverifera (A. Chev.) Sterculiaceae S/Denominação
Capuron
1021. Oróbéja, Aró àbàje Verger (1995b) Diospyros physocalycina Gürke Ebenaceae S/Denominação
1022. Oróbgbó erin Verger (1995b) Allanblackia floribunda Oliv. Clusiaceae S/Denomimação
1023. Oródò, Kókónìkó, Òkónkó Verger (1995b) Sterculia oblonga Mast. Sterculiaceae S/Denominação
1025. Orógbó, Ekuso, Kuro Verger (1995b) Pentadesma butyracea Sabine Clusiaceae S/Denominação
1026. Orógbó, Iwó Verger (1995b) Garcinia kola Heckel Clusiaceae S/Denominação
1027. Òrokóro, Ata olúigbó, Eléwé obè, Verger (1995b) Pleiocarpa pycnatha (K. Schum.) Stapf Apocynaceae S/Denominação
286
1028. Òrómù, Aláhéréko Verger (1995b) Ekebergia senegalensis A. Juss Meliaceae S/Denominação
1029. Òrótó Verger (1995b) Gardenia imperialis Schumach. & Rubiaceae S/Denominação
Thonn.
1030. Òru, Kènkè Verger (1995b) Leucas martinicensis (Jacq.) W. T. Aiton Lamiaceae Cordão de frade
1031. Òrúpa, Òrúpa-nsòwò Verger (1995b) Hymenocardia acida Tul. Euphorbiaceae S/Denominação
1032. Òrúwo, òrúwo, funfun, apàwópàrùn, Verger (1995b) Morinda lucida Benth. Rubiaceae S/Denominação
Iwo
1034. Osagì, Kankan Verger (1995b) Euclinia longiflora Salisb. Rubiaceae S/Denominação
1035. Osàn àgbálùmò, Osàn olómo wéwé, Verger (1995b) Chrysophyllum albidium G. Don Sapotaceae S/Denominação
Onídòsàn, Àgbálùmò olómo
1036. Osàn èdùn, osàn palambi, Osànko Verger (1995b) Chrysophyllum perpulchrum Mildbr. ex Sapotaceae S/Denominação
Hutch. & Dalziel
1037. Osàn gbólà Verger (1995b) Chrysophyllum prunifolium Kaker Sapotaceae S/Denominação
1038. Osàn igbó, Osán odò Verger (1995b) Pachystela brevipes (Baker) Engl. Sapotaceae S/Denominação
1041. Osè obá Barros & Piper amplum Kunth. Piperaceae Vence demanda
Napoleão (2013) Piper arboreum Aubl.
Piper arboreum Aubl.
var. Aeboreum
1042. Òsé pòtu, Òsé pùtu, Sanrín Verger (1995b) Sida corymbosa R. E. Fr. Malvaceae S/Denominação
1043. Òsè pòtu, Osè pùtu, Sanrín, Barros & Sida carpinifolia L. Malvaceae Guaxuma lisa
Agídimagbáyín, Èsìsì ilè Napoleão (2013), Sida acuta Burm. f. Vassourinha
Verger (1995b) Sida acuta var. Caspinifolia (L. f.) Vassourinha de botão
K. Schum. Sida
Sida stipulata Tupitixá
Sida veronocifolia Lam.
1044. Osè, Osè igbéèlùjù Barros & Bertholletia excelsa H.B.K. Bombacaceae Castanheira do Pará
Napoleão (2013), Bertholletia nobillis Miers. Castanha do Pará
Verger (1995b) Adansonia digitata L. Baobá
Árvore dos mil anos
Imbondeiro
Andansônia
Calabaceira
Bondo
1045. Òséré, Kánkándiká Verger (1995b) Flacourtia flavescens Willd Flacourtiaceae S/Denominação
1046. Òsíbàtá Barros & Nymphaea alba L. Nymphaeaceae Golfo fe flor branca
Napoleão (2013) Nuphar luteum Sibt. et Smith Ninfeia branca
Nymphaea rubra Roxb. ex Salisb. Lírio d'água
Nymphaea caerulea Andr. Golfo fe flor amarelo
Nymphaea capensis Thunb. Ninfeia amarela
Golfo de flor vermelha
Ninfeia vermelha
Golfo de flor lilás
Ninfeia azul
1050. Òsùn, Òsùn bògó etídò, Ìgbé Òsún, Verger (1995b) Solanum macrocarpon L. Solanaceae S/Denominação
Efó osùn
1051. Òsúnsún, Òósún, Òsúnsún igbó, Verger (1995b) Carpolobia lute G. Don Polygalaceae S/Denominação
Àdóomú, Súnrebámi
1052. Otó igbó Verger (1995b) Bonamia thunbergiana (Roem. & Bomnacaceae S/Denominação
Schult.) F. N. Williams
1053. Otorò, Àtówó, Ègúsí ìtórò Verger (1995b) Cucumeropsis mannii Naudin Cucurbitaceae S/Denominação
1054. Òwàlè, Dándòjé Verger (1995b) Oxyanthus subpunctatus (Hiern) Keay Rubiaceae S/Denominação
1055. Òwàriwà, Òwóléwá Verger (1995b) Macaranga hurifolia Beille Euphorbiaceae S/Denominação
1056. Òwè olúgbo Verger (1995b) Vigna unguiculata (L.) Walp. subsp. Fabaceae S/Denominação
Stenophylla (Harvey) Maréchal & al. (Leguminosae)
Papilioideae
1057. Òwè. Òbò èkúté Verger (1995b) Spondianthus preussii Engl. var. Glaber Euphorbiaceae S/Denominação
(Engl.) Engl.
1058. Òwéré, Atòyìpò Verger (1995b) Tetracera potatoria Afzel. ex G. Don. Dilleniaceae S/Denominação
1059. Owó ide, Kofí Verger (1995b) Coffea spp. Rubiaceae Café
1060. Òwú dúdú Verger (1995b) Chassalia cristata (Hiern) Bremek. Rubiaceae S/Denominação
289
1063. Owun, Omorùn, Aláwefèn, Verger (1995b) Sterculia tragacantha Lindl. Sterculiaceae S/Denominação
Iwánrànwànràn, Ìkákáàlé, Ìlakaálé
Ògún, Okààgbò
1064. Oyàn àjé, Àkàrà ájé, Àkàrà osó, Verger (1995b) Cnestis ferruginea DC. Connaraceae S/Denominação
Èsìsé, Ekóró, Gbònyìngbònyìn,
Àpàjonu, Ìká òkùnrùn
1065. Òye Verger (1995b) Rytiginia nigerica (S. Moore) Robyns Cucurbitaceae S/Denominação
1066. Óyó, Ayó, Oóyó, Oyoyó, Oóyó àjé, Barros & Corchorus olitorius L. Tiliaceae Caruru do Bahia
Abojàjà, Jàgá, àjegbèhìn, Eyó, Eyó Napoleão (2013), Corchorus aestuans L. Juta azul
gànbe, Yóyó, Ewéédú, Ewéédú Verger (1995b)
Gànbe, Oóyó mìrìn, Senu gbooro
1067. Oyúnínú, Ponmo sèsèkí, Sèsèkí oko, Verger (1995b) Dyschoriste perrottettii (Nees) Kuntze Acanthaceae S/Denominação
Omoní sèsèkí, Oníyán pónpón,
Abómopòn
P
1068. Pafúrobà Verger (1995b) Manihot glaziovii Müll. Arg. Euphorbiaceae Maniçoba do Ceará
1069. Pákùn àse, Àse òrìsà, Àse, Àsewàá Verger (1995b) Iodes africana Welw. Icacinaceae S/Denominação
1070. Pàlùfòn Verger (1995b) Xylopia quitasii Engls. & Diels Annonaceae S/Denominação
1071. Pàndòrò, Uyàn, Àmúyàn Verger (1995b) Kigelia africana (Lam.) Benth. Bignoniaceae S/Denominação
1072. Pankéré egbè Verger (1995b) Oncocalamus wrightiana Hutch. Arecaceae (Palmae) S/Denominação
290
1073. Pápá, Pápá òdàn, Kérùntán Verger (1995b) Trichilia emetica Vahl Meliaceae S/Denominação
1074. Pàrán, Adi òkérù Verger (1995b) Dalbergiella welwitschii (Baker) Baker f. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
1075. Patióba Barros & Xanthosoma atrovirens, Koch. et Araceae També tajá
Napoleão (2013) Bouche., var. Aprendiculatum
1077. Patonmó, Paídímó, Oníwà agogo Verger (1995b) Mimosa pigra Fabaceae Unha de gato
(Leguminosae) Calumbi
Juquiri
1079. Pèrègún ifé, Òpé kannkánná, Osùn Verger (1995b) Dracaena abroreae (willd.) Link. Dracaenaceae S/Denominação
búke
1080. Pèrègún kò, Pèrègún funfun Barros & Dracaena fragens var. Massangeana L. Dracaenaceae Coqueiro de Vênus nativo
Napoleão (2013) Dracaena fragans var. Massangeana Dracena listrada
L. Dracena verde e amarela
Nativo
1081. Pèrègún, Pèrègún lese Barros & Dracaena fragans (L.) Ker. Gawl. Dracaenaceae Nativo
Napoleão (2013), Pau d'áugua
Verger (1995b) Dracema
Coqueiro de Vênus
1082. Pésìkìtì Verger (1995b) Crotolaria cephalotes Steud. ex. A. Rich. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
1083. Pobà Verger (1995b) Terminalia macroptera Guill. & Perr. Combretaceae S/Denominação
1084. Pónpóla Verger (1995b) Bombacopsis glabra (Pasq.) A. Robyns Bombacaceae S/Denominação
291
1085. Pópóla, Pónpóla, Èso, Égún Verger (1995b) Bombax buonopozense P. Beauv. Bombacaceae Polião forro
1086. Pòròpòrò, Òbúbúrú, Òpòròpòrò Verger (1995b) Pterygota macrocarpa K. Schum. Sterculiaceae S/Denominação
R
1087. Rákùrágbà, Ìtàkùn olóko Verger (1995b) Physalis micrantha Link Solanaceae S/Denominação
1088. Rèkùrèkù abáfè, Abàfè ilè, Alúgboró Verger (1995b) Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene Fabaceae Fedegoso
kànràn (Leguminosae)
1089. Réré, Ako réré, Òwatètè, Àwúyà, Verger (1995b) Trichilia monadelpha (Thonn.) J. J. de Meliaceae S/Denominação
Réré igbó Wilde
1090. Rinrin Verger (1995b) Peperomia pellucida (l.) Kunth Piperaceae Jabuti membeca
1091. Rinrin Barros & Peperomia pellucida (L.) Kunth. Piperaceae Alfavaquinha de cobra
Napoleão (2013)
1094. Rorò, Ororò, Abororò Verger (1995b) Tephrosia platycarpa Guill. & Perr. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
S
1095. Sábíá Verger (1995b) Ancylobotris amoena Hua Apocynaceae S/Denominação
1096. Sájúwayé Verger (1995b) Cyathula achyranthoides (Kunth.) Moq. Amaranthaceae S/denominação
1099. Sánsán òná Verger (1995b) Paropsia guineensis Oliv. Passifloraceae S/Denominação
1100. Sápónlá Verger (1995b) Anthocleista liebrechtsiana De Wild. & Loganiaceae S/Denominação
T. Durand
1101. Sasara, Ìgbále òdàn, Alè òdàn, Ódán Verger (1995b) Schwenki americana L. Solanaceae S/Denominação
adíjà
1102. Sáwáwá, Kangara Verger (1995b) Santiria trimera (Oliv.) Aubrév. Burseraceae S/Denominação
1103. Sawéwé, Èwáowó, Awo erédé, Moni Verger (1995b) Althernanthera sassilis (L.) DC. Amaranthaceae Periguito
róderòde, Sájéjé Alecrim
Mangericão
Mangerico
1104. Saworo, Ako ejìnrìn, Ìkùú erin, Verger (1995b) Cardiospermum gradiflorum Sw. Sapindaceae Ensacadinha
Ìròwò, Atúngun Balãozinho
Chumbinho
Coração da índia
1106. Sekúnwin, Ekúe, Tòmátì, Túmátì Verger (1995b) Lycopersicon sculentum Mill. Solanaceae Tomate grande
1107. Semin-semin, Òísínmìsín gogoro, Barros & Scoparia dulcis L. Scrophulariaceae Vassourinha de Oxum
Mesénmesèn gogoro, Olómù yìnrín, Napoleão (2013), Scoparia procumbens Jacq. Vassourinha doce
Bímobímo, Màyìnmàyìn Verger (1995b) Scoparia ternata Forsk. Vassourinha
Vassourinha benta
Tapixaba
1108. Sení Barros & Polygala paniculata L. Polygalaceae Barba de São Pedro
Napoleão (2013) Vassourinha de Santo
Antônio
293
1109. Séníkawá, Èmú Barros & Zornia diphylla, Pers. Fabaceae Arrozinho
Napoleão (2013), Zornia latifolia, Sm. (Leguminosae) Carrapinho
Verger (1995b) Zornia glochidiata Rchb. ex DC. Orelha de caxinguelê
Alfafa de campo
Urinária
1111. Sére oba, Isín, Òdòdó, Àwíyán Barros & Crotolaria retusa L. Fabaceae Xique xique
Napoleão (2013), (Leguminosae) Cascaveleira
Verger (1995b) Guizo de cascavel
Crotolária
Chocalho
Maraca
1112. Séré, Ègúsí séré Verger (1995b) Lagenaria sp. Cucurbitaceae S/Denominação
1113. Sésédò Verger (1995b) Xylopia parviflora (A. Rich.) Benth Annonaceae S/Denominação
1114. Séséré Barros & Echinodorus grandiflorus (Cham. & Alismataceae Chpéu de couro
Napoleão (2013) Schlech.) Mich. Chá mineiro
Alisma grandifolium Cham. & Schlech. Erva do brejo
Echinodorus floribundus (seub.) Seub. Congonha do brejo
Alisma floribundum Seub. Aguapé
Echinodorus pubescens (Mart.) Seub.
Echinodorus muricatus Gris.
1117. Sìgo, Sigorolú Verger (1995b) Cussonia arborea Hochst. ex A. rich. Araliaceae S/Denominação
1118. Sìkìti móèso, Sikìtì mónso Verger (1995b) Aidia genipiflora (DC.) Dandy, Rubiaceae Catinga de bode
Erva de São João
Maria preta
1121. Sógùn segé Verger (1995b) Keetia venosum (Oliv.) Brisdon Rubiaceae S/Denominação
1122. Sokòtò, soko yòkòtò, Èfó odó Verger (1995b) Celosia argentea L. Amaranthaceae Amaranto branco
Veludo branco
1124. Sùúrù Verger (1995b) Digitaria exilis (Kippist) Stapf Poaceae S/Denominação
T
1125. Tábalè, Òórùngò Verger (1995b) Vernonia ambigua Kotschy & Peyr. Asteraceae S/Denominação
1126. Takotako Verger (1995b) Rytiginia laurentii (De Wild.) Robyns Cucurbitaceae S/Denominação
1127. Tamandé Barros & Solidago microglossa DC. Asteraceae Arnica do campo
Napoleão (2013) Solidago chilensis Meyen Erva de lanceta
Lanceta
Espiga de Ouro
Sapé macho
Arnica do Brasil
1128. Tanipoporo Verger (1995b) Merremia kentocaulos (C. B. Clarke) Convolvulaceae S/Denominação
Rendle
295
1133. Tenúbe, Arójòkú, Àáràgbá, Abíkolo Barros & Eclipta alba (L.) Hassk. Asteraceae Botão de Santo Antônio
Napoleão (2013), Eclipta erecta L. Lanceta
Verger (1995b) Eclipta prostata L. Erva de botão
Verbesina alba L. Agrião do brejo
Verbesina prostata L. Pimenta d'água
Surucuína
Suricína
Tangaracá
Ervanço
Cravo bravo
1134. Tèté gún, Tèté elégùn ún Barros & Amaranthus spinosus L. Amaranthaceae Bredo de espinho
Napoleão (2013), Amaranthus diacanthus Raf. Bredo bravo
Verger (1995b) Amaranthus caracasanus H.B.K. Caruru de espinho
Caruru bravo
1135. Tètè, Tètè nlá, Tètè òyìnbó, Tètè Barros & Amaranthus viridis L. Amaranthaceae Caruru
pòpó, Èfó tètè, Tètè àtètèdáyé, Tètè Napoleão (2013), Amaranthus gracilis Desf. Bredo
ateledánji, Tètè kékéré, Tètè gbologí, Verger (1995b) Amaranthus hybridus L., subsp. Caruru de mancha
Tètè pupa Incurvatus (Timeroy) Brenan Caruru de porco
Caruru de soldado
Cauda de raposa
296
1136. Tétèrègún, Tètè egún, Tétèègúndò Barros & Costus spicatus Swartz. Costaceae Cana do brejo
Napoleão (2013), Costus arabicus Jacq. Cana de macaco
Verger (1995b) Costus spicatus Rosc. Cana do mato
Alpinia spicata Jacq. Sanguelavô
Costus afer Ker Gwal. Sangolovô
Ubacaia
1137. Tìpé Verger (1995b) Friesodielsia gracilis (Hook. f.) Steenis Annonaceae S/Denominação
1138. Tìpètìrán, Edálé, Ojúdálé, Akìtìpà Verger (1995b) Desmodium salicifolium (Poir) DC. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
1139. Tìrángi Verger (1995b) Platycerium stemaria (P. Beauv.) Desv. Polypodiaceae S/Denominação
1142. Tonaposo Verger (1995b) Heinsia crinita (Afzel.) G. Taylor Rubiaceae S/Denominação
1144. Tòtó odò, Tòtó gbindin, Aréhìnkosùn Verger (1995b) Scadoxus cinnabarinus (Decne.) Friis & Amaryllidaceae S/Denominação
Nordal
297
1145. Tòtó, Femolójú toto Verger (1995b) Hugonia plachinni Hook. f. Linaceae S/Denominação
1146. Tótó, Ìdòró Verger (1995b) Marantochloa ramossissima (Benth.) Marantaceae S/Denominação
Hutch. vel. aff.
1147. Túdè, Ìtúdè, Àtúdàgbé Verger (1995b) Calliandra portoricensis (Jacq.) Benth. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
U
1148. Ùbó bipàn Verger (1995b) Clitandra cynulosa Benth. Apocynaceae S/Denominação
Tento da América
Piriquiti
1152. Wobomú, Wobomú funfun Barros & Dieffenbachia alaonematifolia Engl. Araceae Comigo ninguém pode
Napoleão (2013) Dieffenbachia picta (Lood) Schott. verde, Comigo ninguém
Dieffenbachia maculata (Lodd.) G.Don pode.
1153. Wòmìrìn, Ákútàpá, Dòtánù Verger (1995b) Cayaponia africana (Hook. f.) Exell Cucurbitaceae S/Denominação
298
1154. Wonáwoná Verger (1995b) Phaulopsis barteri (T. Anderson) Lindau Acanthaceae S/Denominação
1155. Wonjo, Ahón ekùn, ako èrèmora, Verger (1995b) Hybiscus surattensis L. Malvaceae S/Denominação
Akòiremóra
1156. Wonjo, Wónjò Verger (1995b) Hybiscus physaloides Guill. & Perr. Malvaceae S/Denominação
1157. Wòwò, Awóworí, Ijàn, Òrù, Abèbè Verger (1995b) Hippocratea welwitschii Oliv. Celastraceae S/Denominação
òjé, Àkomu
1158. Wúrewúre, Kólé orogbá, Jòyún, Verger (1995b) Pergularia daemia (Forssk.) Chiov. Asclepiadaceae S/Denominação
Atufà
1160. Yànmòtí, Ekù igi Verger (1995b) Sesamum indicum L. Pedaliaceae Gergelim
Sésamo
1161. Yánrin, Èfó yánrin, Làtípà Verger (1995b) Launaea taraxacifolia (Willd.) Amin ex Asteraceae S/Denominação
C. Jeffrey
1163. Yèrèpè òdàn, Ìrépé òdàn Verger (1995b) Mucuna spp. Fabaceae S/Denominação
(Leguminosae)
1164. Yèrèpè, Wèrèpè Verger (1995b) Mucuna sloanei Fawc. & Rendle Fabaceae Olho de boi
(Leguminosae) Mucunã cabeluda
1165. Yúnyun funfun Verger (1995b) Aspila helianthoides (Schumach. & Asteraceae S/Denominação
Thonn) Oliv. e Hiern
1166. Yúnyun, Ako yúnyun, yunríyum, Verger (1995b) Aspila africana (Pers.) C. D. Adams Asteraceae S/Denominação
Yúnyun nlá
299
1167. Yuriyum funfu Verger (1995b) Blainvillea prieuriana DC. Asteraceae S/Denominação
Boraginaceae 5 0,42%
Brassicaceae 4 0,34%
Bromeliaceae 2 0,17%
Burseraceae 4 0,34%
Campanulaceae 1 0,08%
Cannabaceae 2 0,17%
Cannaceae 1 0,08%
Capparaceae 8 0,68%
Cappareceae 1 0,08%
Caprifoliaceae 1 0,08%
Caricaceae 2 0,17%
Caryophyllaceae 2 0,17%
Casuarinaceae 2 0,17%
Cecropiaceae 3 0,25%
Celasteceae 1 0,08%
Celastraceae 7 0,59%
Chenopodiaceae 1 0,08%
Chrysobalanaceae 5 0,42%
Clusiaceae 7 0,59%
Cochlospermaceae 2 0,17%
Colchicaceae 1 0,08%
Combretaceae 13 1,11%
Commelinaceae 8 0,68%
Connaraceae 6 0,51%
Convolvulaceae 24 2,0%
Costaceae 1 0,08%
Crassulaceae 2 0,17%
Cucurbitaceae 25 2,1%
Cupressaceae 1 0,08%
Cyperaceae 12 1,02%
Davalliaceae 1 0,08%
Dichapetalaceae 4 0,34%
Dicksoniaceae 1 0,08%
Dilleniaceae 2 0,17%
Dioscoreaceae 4 0,34%
Dracaenaceae 7 0,59%
302
Ebenaceae 6 0,51%
Ebeneaceae 1 0,08%
Euphorbiaceae 62 5,4%
Flacourtiaceae 7 0,59%
Geraniaceae 1 0,08%
Humiriaceae 1 0,08%
Hydrophyllaceae 1 0,08%
Icacenaceae 1 0,08%
Icacinaceae 3 0,25%
Iridaceae 2 0,17%
Irvingiaceae 2 0,17%
Lamiaceae 31 2,6%
Laminaceae 1 0,08%
Lauraceae 3 0,25%
Lecythidaceae 3 0,25%
Lilaceae 1 0,08%
Linaceae 1 0,08%
Loganiaceae 3 0,25%
Loranthaceae 5 0,42%
Lycopodiaceae 2 0,17%
Lythraceae 3 0,25%
Malpighiaceae 4 0,34%
Malvaceae 31 2,6%
Marantaceae 5 0,42%
Marsileaceae 1 0,08%
Melastomaceae 3 0,25%
Melastomataceae 4 0,34%
Meliaceae 19 1,6%
Menispermaceae 7 0,59%
Menispermeaceae 1 0,08%
Molluginaceae 2 0,17%
Moraceae 22 1,9%
Moringaceae 1 0,08%
Musaceae 5 0,42%
Myristicaceae 3 0,25%
Myrtaceae 3 0,25%
303
Nyctaginaceae 3 0,25%
Nymphaeaceae 3 0,25%
Ochnaceae 4 0,34%
Olacaceae 4 0,34%
Oleaceae 2 0,17%
Onagraceae 1 0,08%
Orchidaceae 4 0,34%
Oxalidaceae 1 0,08%
Pandaceae 2 0,17%
Pandanaceae 2 0,17%
Papaveraceae 1 0,08%
Passifloraceae 6 0,51%
Pedaliaceae 4 0,34%
Phytolaccaceae 3 0,25%
Piperaceae 11 0,95%
Plantaginaceae 1 0,08%
Plumbaginaceae 1 0,08%
Poaceae 57 4,8%
Polygalaceae 4 0,34%
Polygonaceae 1 0,08%
Polypodiaceae 3 0,25%
Pontederiaceae 2 0,17%
Portulacaceae 4 0,34%
Proteaceae 1 0,08%
Pteridaceae 4 0,34%
Ranuculaceae 1 0,08%
Rhamnaceae 3 0,25%
Rhizophoraceae 2 0,17%
Rubiaceae 54 4,6%
Rutaceae 11 0,95%
Sapindaceae 9 0,77%
Sapotaceae 12 1,02%
Schizeaceae 1 0,08%
Scrophulariaceae 7 0,59%
Simaroubaceae 2 0,17%
Smilacaceae 1 0,08%
304
Solanaceae 24 2,0%
Sterculiaceae 16 1,36%
Tiliaceae 10 0,85%
Typhaceae 1 0,08%
Ulmaceae 6 0,51%
Umbeliferae 2 0,17%
Urticaceae 12 1,02%
Verbenaceae 12 1,02%
Violaceae 5 0,42%
Vitaceae 11 0,95%
Zingiberaceae 9 0,77%
Zygophyllaceae 1 0,08%
TOTAL 1174 100,0%
305
APENDICES
306
DECLARAÇÕES
318
319
320