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Organização da produção – gestão de

Stocks e Logistica
O stock é um valor que, ficando imobilizado,
diminui a possibilidade de outros investimentos.
Esta é uma boa razão para que os empresários
lhe dediquem especial atenção.
O problema de situar os stocks a um nível
mais ajustado das necessidades do
consumo, numa óptica de desmobilização
de capital, não é antigo e constitui uma
das preocupações dos mais avisados
dirigentes.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Os stocks de matérias primas e produtos


acabados ou semiacabados representam, em
termos médios, um dos investimentos mais
significativos das empresas em relação às
restantes parcelas do seu activo e o seu valor
aparece expresso no activo circulante.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Considerando as empresas que têm algum destes


tipos de stock, as existências traduzem, em média,
cerca de 20% do seu activo.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

As existências constituem assim um activo


circulante crítico para a maior parte das
empresas pelo que devem ser cuidadosamente
planeadas e controladas, dadas as repercussões
que podem ter na rentabilidade, liquidez e
fiscalidade da empresa. Não obstante, a sua
gestão económica é bastante complexa,
devendo dar-se especial atenção à relação
entre a valorização do inventário e o método
contabilístico de imputação que deve aplicarse.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Num certo momento, a empresa possui uma


lista de produtos em inventário com um
determinado valor associado a cada um deles,
cuja soma dá lugar ao valor que aparece como
"existências" no balancete da situação da
empresa. O valor associado a cada produto e,
portanto, o valor total do inventário depende do
método contabilístico utilizado pela empresa
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empresas

Classificação dos stocks

Uma efectiva gestão de stocks exige frequentemente


que a classificação dos artigos, ou produtos, se faça
por CLASSES DE GESTÃO (em vez de por grupo
tipológico ou família). O que identifica os artigos de
uma mesma CLASSE DE GESTÃO é a forma como
é feita a respectiva gestão e não a natureza,
qualidade, destino ou utilização do artigo.
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Quando um artigo comprado se destina, num


primeiro tempo, a ser armazenado, para ser
consumido, aplicado ou vendido num segundo
tempo, estamos perante um produto que se
designa por stock e que requer uma gestão
específica, relacionada com a gestão de compras,
mas diferenciada dela.
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Outra coisa são os bens de consumo directo –


artigos que não têm armazenamento porque se
destinam a ser imediata (ou proximamente)
consumidos – normalmente designados por
economato ou consumíveis, cujo aprovisionamento
não oferece grande complexidade.
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empresas

Os artigos que constituem o stock de uma


empresa podem ser, em termos genéricos:

Matériasprimas

Materiais e peças sobressalentes

Produtos em curso de produção

Produtos acabados
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

A forma como se gere cada um destes


grupos é necessariamente diferente, pelo
que a cada um deles deve corresponder
uma CLASSE DE GESTÃO.
Pode ainda acontecer que existam diferentes
especificidades de gestão dentro de cada
um destes grupos o que pode levar a que a
classificação seja ainda mais detalhada.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Na verdade, os materiais e peças sobressalentes,


na gestão de ferragens de consumo repetitivo e
de reaprovisionamento sistemático, obedecem a
algoritmo e sistema bem diferenciado de alguns
sobressalentes de alto custo com reaprovisionamento
esporádico na base da reposição do stock de
segurança.
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A sistematização (informatização) da gestão

aconselha a que tais artigos sejam enquadrados

em subCLASSES DE GESTÃO diferenciadas.

O desenvolvimento analógico da CODIFICAÇÃO a


partir da CLASSE DE GESTÃO vai depender do
tipo e profundidade da análise que futuramente se
pretender fazer.
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Ainda assim, a estrutura de desenvolvimento


analógico de um sistema de CLASSIFICAÇÃO ou
CODIFICAÇÃO pode ter conveniência em ser
reajustada, ou mesmo modificada ao longo dos
tempos, adaptando-se à evolução da própria
empresa e às consequentes necessidades de
gestão.
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Os métodos de valorização dos stocks

Existem três métodos contabilísticos mais


comuns para a valorização de stocks:
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FIFO (First In – First Out): as vendas


durante o período em análise reflectem
os mais antigos custos de produtos
comprados ou produzidos, enquanto os
produtos mantidos em stock (inventário
de existências) reflectem os custos mais
recentes
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LIFO (Last In – Last Out): os bens


vendidos reflectem o custo de produtos
comprados ou produzidos recentemente,
enquanto que os produtos mantidos no
inventário se valorizam na base dos
custos mais antigos
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VMP (Valor Médio Ponderado):


baseia-se no custo das vendas e no
valor dos produtos em stock
(inventário de existências) a custos
médios
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O custo das vendas, ou custo dos


bens vendidos, é um conceito muito
importante já que para efeitos
contabilísticos só se entende como
gasto corrente este custo e não o
total das compras.
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O cálculo dos custo das vendas está


directamente relacionado com a
valorização do inventário e traduz-se
do seguinte modo:

Custo das vendas = Compras –


(Inventário final – Inventário inicial)
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Existe ainda um outro método de


contabilização de inventários que é o do
Valor de Reposição, que se aplica num
contexto de inflação, com a finalidade de
recuperar o verdadeiro significado das
magnitudes monetárias, distorcidas pelas
alterações de preços, sobretudo quando nas
transacções correntes intervêm bens
adquiridos e inventariados em períodos
distintos.
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Com este método, os inventários avaliam-se a


preços correntes e a correspondente diferença
apura-se numa conta de reavaliação.
Os produtos que compõem os stocks de
«produtos em curso de fabricação» e
«produtos acabados», -ao preço de custo de
produção, integrando entre outros, matérias
primas, mão-de-obra e amortizações.
A representatividade dos stocks no activo das
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A incorporação destes custos, nos


respectivos produtos, também varia em
função do método contabilístico utilizado;
deverá ter-se em atenção a data em que
se adquire cada componente do custo e o
facto do valor de alguns desses
componentes do custo também variar
segundo o método utilizado.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Ao valorizar um stock, existirá por


norma a seguinte discrepância de
valores finais por aplicação dos
distintos métodos:

FIFO VMP LIFO


A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Estes três métodos contabilísticos só


darão resultados idênticos na
valorização do custo das vendas e dos
inventários quando os custos de
compra e produção se mantiverem
constantes no tempo.
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empresas

A valorização de inventários em contextos de


inflação
O interesse da consideração deste contexto
deriva das importantes distorções que a
inflação, por si só, introduz na informação que
baseia as decisões financeiras. Note-se que
uma decisão correcta num contexto "sem
inflação" tem fortes probabilidades de o não ser
num contexto "com inflação".
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Uma primeira consequência do


fenómeno inflacionista é que não se
podem comparar valores monetários
de distintas magnitudes económico-
financeiras entre dois períodos de
tempo com índices gerais de preços
distintos.
A representatividade dos stocks no activo das
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Além disto, não devemos esquecer-nos


de que o índice geral de preços é
também uma medida composta, que
resulta da ponderação de índices de
preços de bens e serviços seleccionados
como representativos.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Ora alguns destes índices individuais


subirão mais que outros, que
inclusivamente poderão descer e,
portanto, a medida agregada, não
traduz fielmente o que sucede a nível
de cada um dos componentes do
índice de preços.
A representatividade dos stocks no activo das
empresas

Embora os indicadores macroeconómicos da


inflação, como o índice de preços, sirvam para
poder comparar valores monetários nominais
entre períodos de tempo, a empresa deverá ter
em conta, nas decisões sobre afectação de
recursos, as variações relativas nos preços dos
bens e serviços que mais directa e
significativamente actuam como «inputs» ou
«outputs» do seu processo de produção e de
gestão.

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