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Material % de % em peso
moléculas
H 2O 97,9 60
Proteínas 0,01 17
Gorduras 0,5 15
Osso mineral 0,98 4
Sais 0,5 1
Glicogênio 0,0001 2
Carboidratos 0,015 1
RADIAÇÕES IONIZANTES E A VIDA
A interação das radiações ionizantes com a
matéria é um processo que se passa em nível
atômico. Ao atravessarem um material, estas
radiações transferem energia para as partículas
que forem encontradas em sua trajetória
Ionização
Excitação
RADIAÇÕES IONIZANTES E A VIDA
EFEITO DIRETO
RADIAÇÕES IONIZANTES E A VIDA
Radiólise da água
A molécula de água é a mais abundante em um
organismo biológico. A água participa praticamente de
todas as reações metabólicas em um organismo
Moléculas de água irradiadas sofrem radiólise
Radicais livres
EFEITO INDIRETO
RADIAÇÕES IONIZANTES E A VIDA
Na exposição de seres humanos a altas doses de
radiação, como em acidentes nucleares, uma grande
parte das células do corpo é afetada, impossibilitando
a sustentação da vida
TRANSFERÊNCIA LINEAR
DE ENERGIA - TLE
RADIAÇÕES IONIZANTES E A VIDA
Por exemplo, para um valor típico de TLE de 0,25 keV/μm,
para um elétron posto em movimento pela radiação do Co-
60, serão liberados 250 eV de energia ao longo de uma
trajetória de 1 μm de comprimento
Proteger as pessoas
Garantir o uso seguro em benefício das pessoas.
Obrigações Básicas
Qualquer ação envolvendo práticas, ou fontes
associadas a essas práticas, só pode ser
realizada em conformidade com os requisitos de
segurança e proteção radiológica da CNEN, a
não ser que resulte em exposição excluída do
controle regulatório da CNEN, ou que a fonte
esteja isenta ou dispensada desse controle.
Requisitos Administrativos
A direção da instalação é responsável por
estabelecer e implementar as medidas técnicas e
organizacionais necessárias para garantir a
segurança das fontes sob sua responsabilidade e
a proteção radiológica em exposições
ocupacionais, exposições médicas e de
indivíduos do público.
Radioproteção – Início
Relatos sobre danos biológicos após a
descoberta dos raios X e da desintegração
nuclear
Pesquisadores
Profissionais
Radiação Beta
Efeitos superficiais
Blindada por acrílico
Radiação Gama e X
Efeitos ocorrem de maneira distribuída (alto poder de
penetração)
Blindada por chumbo
Neutrons
Alto poder de penetração
Blindada por parafina
Serviços de Saúde
Maior emprego das radiações ionizantes
Maior exposição em termos de dose coletiva
Produzir o maior benefício com o menor risco
Apesar dos esforços de alguns órgãos
governamentais em difundir conhecimentos
voltados para as atividades de Proteção
Radiológica (Comissão Nacional de Energia
Nuclear - CNEN, através do Instituto de
Radioproteçao e Dosimetria - IRD) é ainda, de
pouco domínio, mesmo entre os profissionais da
área, o conhecimento a respeito dos efeitos
maléficos produzidos por exposições que
ultrapassam os limites permitidos.
Serviços de Saúde
80% dos trabalhadores que lidam diretamente
com fontes emissoras de radiação ionizante
pertencem ao setor saúde.
Orientação ao usuário de materiais e fontes
radioativas a desenvolver uma cultura baseada
nos princípios da radioproteção e na prevenção
de acidentes iminentes e/ou potenciais.
O conhecimento dos equipamentos e as suas
aplicações, dos processos de trabalho e os
insumos utilizados, são ferramentas
indispensáveis na identificação dos riscos das
instalações radioativas.
Serviços de Saúde
Crescente instalações de novos serviços
radiológicos
Profissionais desqualificados
Formação adequada
Fontes de Radiações Ionizantes
Radiações que são capazes de ionizar átomos
Podem ser de origem:
Naturais
70% da exposição
Artificiais
Fontes Naturais
Produtos do decaimento do Urânio e Tório
(Radônio e Torônio)
Encontrados em rochas, solos, sedimentos e
minérios
São gasosos
Depositam nas camadas mais profundas devido
seu alto peso atômico
Representam 80% da dose total recebida pelo
homem devido á radiação natural
Fontes Naturais
Radiação cósmica
Espaço (explosões solares e estelares)
Protegidos pela atmosfera
Porcentagem importante atinge o ser humano
Buraco na camada de ozônio
Fontes Naturais
Radiação natural tem duas origens
Externas
Radiação cósmica
Internas
Elementos espalhados na crosta terrestre
Tubos de
Raio-X e
Elétricas
Aceleradores
de partículas
Fontes
Não-elétricas Irradiadores
ou “fontes com
vivas” radioisótopos
Radioterapia
por 60Co,
Seladas
irradiadores
industriais
Fontes
Não-seladas Radiofármacos
Braquiterapia
Aplicador em posição,
firmemente encostado Introdução manual das sementes
à grelha de colocação das radioativas.
agulhas. A mão esquerda mantém o aplicador fixo.
Controle de Exposição: Tempo, Distância e
Blindagem
O controle da exposição à radiação, necessário para
garantir o atendimento aos requisitos estabelecidos em
normas de radioproteção, fundamenta-se em três fatores
principais:
D1 / D2 = (d2/ d1)2
Prevenção de acidentes
Todo esforço deve ser direcionado no sentido de
estabelecer medidas rígidas para a prevenção de
acidentes
Sistema de Proteção Radiológica
Efeitos biológicos são cumulativos
Intervenção
Qualquer atividade humana que possa reduzir a
exposição total
Classificação das Exposições
Médica
Tratamento ou diagnóstico
Acompanhantes
Voluntários
Participantes de pesquisa científica
Não há limite de dose
Determinada pela necessidade médica
Recomenda-se uso de níveis de referência
Ocupacional
Ocorrida no ambiente de trabalho
Pública
Todas as outras
Frequência e Tipos de Exposições
Exposição única
Radiografia convencional
Exposição fracionada
Radioterapia
Exposição periódica
Rotina de trabalho com materiais radioativos
Raios cósmicos
Radiações eletromagnéticas e corpusculares advindas
do espaço exterior (ex.: Sol)
RADIOGRAFIA
TC
TÓRAX
QUANTIDADE 5% 30%
DOSE 34% 3%
Exposição Ocupacional
Atividades que implicam exposição às
radiações ionizantes
Em operações normais:
Dose coletiva de 6mSv para cada Gigawatt/ano
Estima-se uma produção atual seja de 250gigawatt/ano,
a dose efetiva anual média por toda a população é de
0,0002mSv.
Irradiação x Contaminação
IRRADIAÇÃO
Paciente não se torna “radioativo”
Não contamina outras pessoas ou o meio
ambiente
Procedimentos com raios X
Feixes de elétrons
Radioterapia
Irradiação severa
Explosões de usinas nucleares
Bombas atômicas
Irradiação x Contaminação
CONTAMINAÇÃO
Contato com fontes não seladas
Medicina nuclear
Fonte radioativa incorpora-se ao corpo do
paciente ficando radioativo
Acidentes radioativos
Goiânia (1987) – Césio 137
Ingestão
Absorção epitelial
Classificação das áreas
Toda instalação radioativa está sujeita a regras
especiais de proteção radiológica
Obrigatoriedade de delimitação de áreas
ÁREA LIVRE
Isenta de regras especiais de segurança
Níveis de radiação menores que 1mSv/mês
Classificação das áreas
ÁREA RESTRITA
Acesso controlado
Níveis de radiação maiores que 1mSv/mês
Subdivididas em:
Área supervisionada
Níveis de radiação entre 1mSv/mês e 3mSv/mês
Área controlada
Níveis de radiação maiores que 3mSv/mês
Avaliação de doses individuais
Monitores de área
Locais de fácil acesso e visualização
Acionados sempre que os níveis de radiação
ultrapassam os limites de segurança
Uso obrigatório
Monitoração individual
Filme dosimétrico
TLD (dosímetro termo-luminescente)
Caneta dosimétrica
Avaliação de doses individuais
Dosímetro de tórax
Sempre posicionado na parte superior do tórax
Registra dose de corpo inteiro
Deve ser usado SOBRE o avental de chumbo
Nesse caso, deve-se avisar á empresa que fará a
leitura para que aplique o fator de correção
adequado (1/10) para o cálculo de dose efetiva
Dosímetro de extremidade
Pulseira ou anel
Utilizado por profissionais que lidam com fontes
seladas ou equipamentos de fluoroscopia
Níveis de referência
Nível de registro
0,2mSv
Aplicado no programa de monitoração individual
Nível de investigação
1,2mSv
Valor acima do qual justifica-se investigação
Relativo a um só evento
Nível de intervenção
4mSv
Interdição do serviço
Afastamento do profissional para investigação
Riscos relativos
Chances de morrer em conseqüência de
atividades comuns em nossa sociedade (1 em 1
milhão)
Fumas 1,4 cigarros (câncer de pulmão)
Passar 2 dias em NY (poluição)
Dirigir 65km em um carro (acidente)
Voar 2500 milhas de avião (acidente)
Praticar 6 minutos de canoagem
Receber 0,1 mSv de radiação (câncer)
Riscos relativos
Maus tratos
Fissuras
Rompimento do lençol de chumbo
Diminuição da vida útil
EPC’s
Equipamento de proteção coletiva
Todo e qualquer elemento que proteja 2 pessoas
ou mais
Parede blindada
Vidro plumbífero
Porta plumbífera
Biombo de chumbo
Valores Típicos de dose em
diagnóstico
RADIOGRAFIA
Tórax PA: 0,03mSv
Abdome AP: 0,5mSv
Pelve AP: 0,2mSv
FLUOROSCOPIA
Enema opaco: 3,1mSv
Angiografia cerebral: 18mSv
Stent coronairano: 50mSv
Valores Típicos de dose em
diagnóstico
MEDICINA NUCLEAR
Screening ósseo (Tc-99m): 4,4mSv
Perfusão miocárdica (Tl-201): 18mSv
TOMOGRAIFA COMPUTADORIZADA
Crânio: 1,3mSv
Tórax: 5,5mSv
Pelve e abdome: 8mSv
DENSITOMETRIA ÓSSEA
Corpo inteiro: 0,01mSv
IMPORTANTE
Estes valores nunca são iguais para os
indivíduos, cada pessoa possui uma estrutura
corpórea diferente das demais
Exposição (X)
D=E/m
Em que E é a energia absorvida da radiação pela
massa m do absorvedor
UNIDADES DE RADIAÇÃO
Dose equivalente (H): os efeitos químicos e
biológicos que ocorrem num meio exposto à
radiação dependem não só da energia absorvida
pelo meio, mas também do tipo de radiação
incidente e da distribuição da energia absorvida.
Esta grandeza é definida como o produto de dose
absorvida D pelo fator de qualidade Q e pelos
fatores de modificação N
H=D.Q.N
HE = D . Q . WT
UNIDADES DE RADIAÇÃO
Fatores de ponderação para órgãos do corpo
humano
Dose
Trabalhador Público
Equivalente
Dose equivalente 20 mSv (2 rem) 1 mSv (0,1 rem)
efetiva
Dose equivalente 500 mSv (50 rem) 50 mSv (5 rem)
para a pele
Dose equivalente 150 mSv (15 rem) 50 mSv (5 rem)
para o cristalino
Dose equivalente 500 mSv (50 rem) 50 mSv (5 rem)
para extremidades
UNIDADES DE RADIAÇÃO
Exposição interna
Entrada de material radioativo no organismo por
inalação, ingestão, ferimentos ou absorção pela
pele
Mutação recessiva
Quando o efeito não é tão manifesto
Efeitos da Exposição Pré-natal
Dose máxima em gestantes = 100 mGy
Depende de quando ocorreu a exposição após
a concepção
Falha no implante
Morte do embrião
3 primeiras semanas de concepção
Não acontece efeito determinístico ou estocástico
Após a 3º semana
Malformações
Efeito determinístico ou estocástico
Efeitos da Exposição Pré-natal
Cretinismo (Hiroshima e Nagasaki)
8º a 25º semanas:
Dose fetal cima de 100 mGy
Diminuição perceptível do Q.I.
Dose fetal acima de 1000 mGy
Elevada probabilidade de retardamento mental grave
8º a 15º semana > sensibilidade
16º a 25º semana < sensibilidade
Após 25º semana mais resistente
Sistema de Proteção Radiológica
Fornecer um padrão apropriado de proteção para
o homem, sem limitar os benefícios criados pela
aplicação das radiações ionizantes
Câmara de Ionização
Proporcional
Geiger-Müller
Detectores a gás
Câmara de ionização
Portátil, faixa ampla e exatidão das medidas. A corrente
gerada não é dependente da tensão aplicada, mas sim uma
função do número de interações com os fótons incidentes
Detectores a gás
Contador (câmara) proporcional
Instrumento de laboratório, exato e sensível a radiação.
Usado na medida de radionuclídeos. No contador
proporcional, os elétrons são acelerados em direção ao ânodo
com energia suficiente para ionizar outros átomos. Este
detector é conhecido como proporcional pois o pulso elétrico
gerado é um múltiplo da interação ocorrida no gás
Detectores a gás
Contador Geiger muller
Portátil, usado na monitoração pessoal e
estacionária. É o mais conhecido instrumento de
detecção de radiações.
O contador Geiger é baseado na propriedade
ionizadora das emissões radioativas.
É constituído basicamente de:
Uma ampola detectora de radiação;
Uma fonte de energia elétrica;
Um dispositivo para medir a corrente elétrica;
Um amplificador e um alto-falante.
Contador Geiger Muller
Detectores a gás
Dosimetria termoluminescente
Faixa ampla
Exato e sensível a radiação
Monitoração pessoal e estacionária
A aplicação mais conhecida é os dosímetros individuais em
serviços de radiodiagnóstico
Detectores a gás
Detector de cintilação
Faixa limitada. Muito sensível. Pode ser um
instrumento portátil ou estacionário. Utilizado em
espectroscopia e produção de imagens. Materiais
cintiladores podem absorver a energia cedida pelas
radiações ionizantes e convertê-las em luz. Os
materiais mais usados são o iodeto de sódio, o
sulfeto de zinco e cintiladores plásticos. Os
detectores são a associação destes materiais
cintiladores acoplados a uma fotomultiplicadora
Câmaras de cintilação
Dosímetro
Medidor de dose de radiação ionizante
Cristais com propriedades termoluminescentes
(TLD)
Dosímetro - Funcionamento
Quando aquecidos em um curto período de
tempo à uma certa temperatura, emitem luz UV
Intensidade proporcional á dose de radiação
incidente
Em temperatura normal, os cristais acumulam a
energia da radiação incidente durante longos
períodos (meses)
Liberam essa energia em forma UV, quando lidos
no laboratório
Dosímetro padrão
Idêntico ao individual
Utilizado como referência na leitura
Deve ser armazenado em local isento de
exposição á radiação
Dose do profissional – dose do dosímetro padrão
Desconto de eventual exposição recebida pelo
conjunto dos dosímetros durante o transporte ou
armazenamento
Não deve ser utilizado como dosímetro pessoal
Dosímetro padrão
Quando utilizado de forma incorreta, a empresa
responsável pela leitura adverte:
Exposição aguda
Exposição crônica
Providências
Isolamento da área
Identificação da fonte de contaminação ou
irradiação
Contatar o SPR
Contatar ANVISA sobre a ocorrência para
devidas providencias
Proceder a analise de estimativa de dose
Descontaminar a área, no caso de fontes não
seladas
Convocar os potencialmente irradiados ou
contaminados para exame médico
Analisar o ocorrido e implementar procedimentos
para evitar novos acidentes
Principais causas de acidentes
Falha nas instalações
Defeitos nos EPI’s
Defeitos de equipamentos
Fadiga do operador
Horário inadequado de trabalho
Rotina cansativa e monótona
Extravio ou furtos de fontes
Incêndio
Colisão de viatura transportando materiais radiativos
Relaxamento nas medidas de segurança decorrentes da
monotonia da rotina
Falta de treinamento/reciclagem
Medidas preventivas
Existência de condições seguras
Prática de atos seguros
Personalidade do trabalhador
HIROSHIMA E NAGASAKI
Em 6 de Agosto de 1945 às 8:15 da manhã, uma bomba atômica carregada de Urânio explodiu 580 metros acima da
cidade de Hiroshima com um grande Flash brilhante, criando um gigante bola de fogo, a temperatura no centro da
explosão chegou aos 4.000ºC. Mandou raios de calor e radiação para todas as direções, soltando uma grande onda de
choque, vaporizando em milissegundos milhares de pessoas e animais, fundindo prédios e carros, reduzindo uma cidade
de 400 anos à pó.
A BOMBA
Tamanho: 3,2 m
Diâmetro: 74 cm
Obrigado!