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Eletrotécnica Predial

UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso


FAET – Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia
DENE – Departamento de Engenharia Elétrica

Proteção contra descargas atmosféricas


NBR 5419-3 danos físicos a estrutura e
perigos à vida
Prof. Me. Rodolfo Quadros

Cuiabá, 29 de Janeiro de 2018


Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

NBR 5419-3

Na parte 3 da NBR 5419 está estabelecido os requisitos para


proteção de uma estrutura contra danos físicos por meio de um
sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) para
proteção de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de
toque e passo nas vizinhanças de um SPDA.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Termos e definições NBR 5419-3

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA):


sistema completo utilizado para minimizar os danos físicos
causados por descargas atmosféricas em uma estrutura

Sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas: parte


do SPDA consistindo em um subsistema de captação, um
subsistema de descida e um subsis- tema de aterramento

Sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas: parte


do SPDA consistindo em ligações equipotenciais para descargas
atmosféricas ou isolação elétrica do SPDA externo

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Proteção contra descargas atmosféricas

Termos e definições NBR 5419-3

Subsistema de captação: parte do SPDA externo que utiliza


elementos metálicos dispostos em qualquer direção, que são
projetados e posicionados para interceptar as descargas
atmosféricas

Subsistema de descida: parte de um SPDA externo projetado para


conduzir a corrente da descarga atmosférica desde o subsistema de
captação até o subsistema de aterramento

Condutor em anel: condutor formando um laço fechado ao redor


da estrutura e interconectando os condutores de descida para a
distribuição da corrente da descarga atmosférica entre eles
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Proteção contra descargas atmosféricas

Termos e definições NBR 5419-3

Subsistema de aterramento: parte de um SPDA externo que é


destinada a conduzir e dispersar a corrente da descarga
atmosférica na terra

Eletrodo de aterramento pela fundação: parte condutora


enterrada no solo embutida no concreto da fundação da estrutura,
preferencialmente na forma de um circuito fechado, e que tem
continuidade elétrica garantida

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Proteção contra descargas atmosféricas

Termos e definições NBR 5419-3

Componente natural do SPDA: componente condutivo não


instalado especificamente para proteção contra descargas
atmosféricas, mas que pode ser integrado ao SPDA ou que, em
alguns casos, pode prover a função de uma ou mais partes do SPDA

• Captor natural (estrutura e telhas metálicas);

• Descida natural (perfis metálicos configurando os pilares de


sustentação);

• Eletrodo de aterramento natural (armaduras do concreto


armado providas de continuidade elétrica).
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Proteção contra descargas atmosféricas

NBR 5419-3

O SPDA é composto por dois sistemas de proteção:

O SPDA externo é destinado a interceptar uma descarga


atmosférica para a estrutura, conduzir a corrente da descarga
atmosférica para a terra de forma segura e dispersar a corrente da
descarga atmosférica na terra.

O SPDA interno é destinado a reduzir os riscos com centelhamentos


perigosos dentro do volume de proteção criado pelo SPDA externo.

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Proteção contra descargas atmosféricas

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Proteção contra descargas atmosféricas

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Proteção contra descargas atmosféricas

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Proteção contra descargas atmosféricas

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Proteção contra descargas atmosféricas

As principais medidas de proteção contra os riscos devido às


tensões de passo e de toque para os seres vivos consistem em:

a) reduzir a corrente elétrica que flui por meio dos seres vivos por
meio de isolação de partes condutoras expostas e/ou por meio de
um aumento da resistividade superficial do solo;
• Uma cobertura de material isolante, por exemplo, asfalto de 5
cm de espessura, ou uma cobertura de 20 cm de espessura de
brita, geralmente reduz os riscos a um nível tolerável.
b) reduzir a ocorrência de tensões perigosas de toque e passo por
meio de barreiras físicas e/ou avisos de advertência.
• Isolação dos condutores de descida expostos com materiais que
suportem uma tensão de ensaio de 100 kV, 1,2/50 μs, por
exemplo, uma camada de 3 mm de polietileno reticulado.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Classe do SPDA
As características de um SPDA são determinadas pelas
características da estrutura a ser protegida e pelo nível de proteção
considerado para descargas atmosféricas.

Relação entre níveis de proteção para descargas atmosféricas e


classe de SPDA
Nível de proteção Classe de SPDA
I I
II II
III III
IV IV

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Projeto do SPDA

Continuidade da armadura de aço em estruturas de concreto


armado

A armadura de aço dentro de estruturas de concreto armado é


considerada eletricamente contínua, contanto que pelo menos 50
% das conexões entre barras horizontais e verticais sejam
firmemente conectadas. As conexões entre barras verticais devem
ser soldadas, ou unidas com arame recozido, cintas ou grampos,
trespassadas com sobreposição mínima de 20 vezes seu diâmetro.

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Projeto do SPDA

Continuidade da armadura de
aço em estruturas de concreto
armado

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Proteção contra descargas atmosféricas

Projeto do SPDA

Continuidade da armadura de
aço em estruturas de concreto
armado

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Proteção contra descargas atmosféricas

Projeto do SPDA

Continuidade da armadura de
aço em estruturas de concreto
armado

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Proteção contra descargas atmosféricas

Projeto do SPDA

Continuidade da armadura de aço em estruturas de concreto


armado

Para estruturas utilizando concreto com armadura de aço, a


continuidade elétrica da armadura deve ser determinada por
ensaios elétricos efetuados entre a parte mais alta e o nível do
solo. A resistência elétrica total obtida no ensaio final não pode ser
superior a 0,2 Ω e deve ser medida com utilização de equipamento
adequado para esta finalidade.
Se este valor não for alcançado, ou se não for possível a execução
deste ensaio, a armadura de aço não pode ser validada como
condutor natural da corrente da descarga atmosférica.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Projeto do SPDA

Continuidade da armadura de
aço em estruturas de concreto
armado

A resistência elétrica total


obtida no ensaio final não pode
ser superior a 0,2 Ω e deve ser
medida com utilização de
equipamento adequado para
esta finalidade.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de captação

Subsistemas de captação podem ser compostos por qualquer


combinação dos seguintes elementos:
• Hastes (incluindo mastros);
• Condutores suspensos;
• Condutores em malha.

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Subsistema de captação

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Proteção contra descargas atmosféricas

Tabela 3 – Espessura mínima de chapas metálicas ou tubulações


metálicas em sistemas de captação
Espessura a Espessura b
Classe do
Material t t
SPDA
mm mm
Chumbo – 2,0
Aço (inoxidável,
4 0,5
galvanizado a quente)
I a IV Titânio 4 0,5
Cobre 5 0,5
Alumínio 7 0,65
Zinco – 0,7
a t previne perfuração, pontos quentes ou ignição.
b t somente para chapas metálicas se não for importante prevenir a perfuração, pontos

quentes ou problemas com ignição.


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Subsistema de descida

Com o propósito de reduzir a probabilidade de danos devido à


corrente da descarga atmosférica fluindo pelo SPDA, os condutores
de descida devem ser arranjados a fim de proverem:

a) diversos caminhos paralelos para a corrente elétrica;

b) o menor comprimento possível do caminho da corrente elétrica;

c) a equipotencialização com as partes condutoras de uma


estrutura deve ser feita de acordo com os requisitos de
equipotencialização para fins de proteção contra descargas
atmosféricas.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de descida
Para melhor distribuição das
correntes das descargas atmosféricas
devem ser consideradas interligações
horizontais com os condutores de
descida, ao nível do solo, e em
intervalos entre 10 m a 20 m de
altura de acordo com a Tabela 4, para
condutores de descida construídos
em SPDA convencional.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de descida

Um condutor de descida deve ser instalado, preferencialmente, em


cada canto saliente da estrutura, além dos demais condutores
impostos pela distância de segurança calculada.
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Subsistema de descida

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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de descida

Os condutores de descida devem ser posicionados de forma que a


distância de segurança de acordo com 6.3 seja observada entre
eles e quaisquer portas e janelas.

Os condutores de descida de um SPDA não isolado da estrutura a


ser protegida podem ser instalados
como a seguir:
a) se a parede é feita de material não combustível, os condutores
de descida podem ser posicionados na superfície ou dentro da
parede;

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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de descida

Os condutores de descida devem ser posicionados de forma que a


distância de segurança de acordo com 6.3 seja observada entre
eles e quaisquer portas e janelas.

Os condutores de descida de um SPDA não isolado da estrutura a


ser protegida podem ser instalados
como a seguir:
b) se a parede for feita de material combustível, os condutores de
descida podem ser posicionados na superfície da parede, desde
que a elevação de temperatura devido à passagem da corrente da
descarga atmosférica neste não seja perigosa para o material da
parede;
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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de descida

Os condutores de descida devem ser posicionados de forma que a


distância de segurança de acordo com 6.3 seja observada entre
eles e quaisquer portas e janelas.

Os condutores de descida de um SPDA não isolado da estrutura a


ser protegida podem ser instalados
como a seguir:
c) se a parede for feita de material prontamente combustível e a
elevação da temperatura dos condutores de descida for perigosa,
os condutores de descida devem ser instalados de forma a ficarem
distantes da parede, pelo menos 0,1 m. Os suportes de montagem
podem estar em contato com a parede.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de descida

Os condutores de descida devem ser posicionados de forma que a


distância de segurança de acordo com 6.3 seja observada entre
eles e quaisquer portas e janelas.

6.3 Isolação elétrica do SPDA externo

A isolação elétrica entre o subsistema de captação ou de


condutores de descida e as partes metálicas estruturais, instalações
metálicas e sistemas internos pode ser obtida pela adoção de uma
distância “d”, entre as partes, superior à distância de segurança “s”:

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Subsistema de descida

Distância de segurança “s”


ki
s=  k c  l
Sendo:
km
ki depende do nível de proteção escolhido para o SPDA (Tabela 10);
kc depende da corrente da descarga atmosférica pelos condutores
de descida (Tabela 12 e Anexo C);
km depende do material isolante (Tabela 11);
l é o comprimento expresso em metros (m), ao longo do
subsistema de captação ou de descida, desde o ponto onde a
distância de segurança deve ser considerada até a
equipotencialização mais próxima (ver.6.3).
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Proteção contra descargas atmosféricas


ki
Distância de segurança “s” s=  k c  l
km

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Proteção contra descargas atmosféricas

Distância de segurança “s”

1 c
k c =  0,1  0,2  3
2n h
Sendo:
n número total de condutores de descidas;
c distância de um condutor de descida ao próximo condutor de
descida;
h espaçamento (ou altura) entre os condutores em anel.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Fixação de componentes
Elementos captores e condutores de descidas devem ser
firmemente fixados de forma que as forças eletrodinâmicas ou
mecânicas acidentais (por exemplo, vibrações, expansão térmica
etc.) não causem afrouxamento ou quebra de condutores.
A fixação dos condutores do SPDA deve ser realizada em distância
máxima assim compreendida:
a) até 1,0 m para condutores flexíveis (cabos e cordoalhas) na
horizontal;
b) até 1,5 m para condutores flexíveis (cabos e cordoalhas) na
vertical ou inclinado;
c) até 1,0 m para condutores rígidos (fitas e barras) na horizontal;
d) até 1,5 m para condutores rígidos (fitas e barras) na vertical ou
inclinado.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Fixação de componentes

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Proteção contra descargas atmosféricas

Conexões de componentes
O número de conexões ao longo dos condutores deve ser o menor
possível. Conexões devem ser feitas de forma segura e por meio de
solda elétrica ou exotérmica e conexões mecânicas de pressão (se
embutidas em caixas de inspeção) ou compressão. Não são
permitidas emendas em cabos de descida, exceto o conector para
ensaios, o qual é obrigatório, a ser instalado próximo do solo (a
altura sugerida é 1,5 m a partir do piso) de modo a proporcionar
fácil acesso para realização de ensaios.
Para alcançar este objetivo, as conexões das amaduras de aço do
concreto devem estar conforme continuidade da armadura de aço
em estruturas de concreto armado e devem atender aos requisitos
de ensaios de continuidade de acordo com o Anexo F.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Conexões de componentes
Conector para ensaios, o qual é
obrigatório, a ser instalado próximo
do solo (a altura sugerida é 1,5 m a
partir do piso) de modo a
proporcionar fácil acesso para
realização de ensaios.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Materiais
Configurações e áreas de seção mínima dos condutores dos
subsistemas de captação e de descida são dadas na Tabela 6.

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Proteção contra descargas atmosféricas

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Proteção contra descargas atmosféricas

Materiais
Os valores mínimos da seção dos condutores que interligam
barramentos de equipotencialização ao sistema de aterramento.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Materiais

Os valores mínimos da seção reta dos condutores que ligam as


instalações metálicas internas aos barramentos de
equipotencialização são listados na Tabela 9.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de aterramento

Para subsistemas de aterramento, na impossibilidade do


aproveitamento das armaduras das fundações, o arranjo a ser
utilizado consiste em condutor em anel, externo à estrutura a ser
protegida, em contato com o solo por pelo menos 80 % do seu
comprimento total, ou elemento condutor interligando as
armaduras descontínuas da fundação (sapatas). Estes eletrodos de
aterramento podem também ser do tipo malha de aterramento.
Devem ser consideradas medidas preventivas para evitar eventuais
situações que envolvam tensões superficiais perigosas.
Embora 20 % do eletrodo convencional possa não estar em contato
direto com o solo, a continuidade elétrica do anel deve ser
garantida ao longo de todo o seu comprimento.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de aterramento

Para o eletrodo de aterramento em anel ou interligando a fundação


descontínua, o raio médio re da área abrangida pelos eletrodos não
pode ser inferior ao valor l1:
re≥l1

onde l1 é representado na Figura 3 de acordo com o SPDA classe I,


II, III e IV.

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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de aterramento
Figura 3 – Comprimento mínimo l1 do eletrodo de aterramento de
acordo com a classe do SPDA

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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de aterramento
Figura 3 – Comprimento mínimo l1 do eletrodo de aterramento de
acordo com a classe do SPDA

NOTA 1 As classes III e IV são independentes da resistividade do


solo.
NOTA 2 Para solos com resistividades maiores que 3 000 Ω.m,
prolongar as curvas por meio das equações:
l1 = 0,03ρ-10 (para classe I) (1a)
l1 = 0,02ρ-11 (para a classe II) (1b)
Eletrodos adicionais, quando necessários, podem ser conectados
ao eletrodo de aterramento em anel, e devem ser localizados o
mais próximo possível dos pontos onde os condutores de descida
forem conectados.
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Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de aterramento
O eletrodo de aterramento em
anel deve ser enterrado na
profundidade de no mínimo 0,5 m
e ficar posicionado à distância
aproximada de 1 m ao redor das
paredes externas.

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Subsistema de aterramento
O eletrodo de aterramento em
anel deve ser enterrado na
profundidade de no mínimo 0,5 m
e ficar posicionado à distância
aproximada de 1 m ao redor das
paredes externas.

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Proteção contra descargas atmosféricas

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
a) método do ângulo de proteção;

b) método da esfera rolante;

c) método das malhas.

Os métodos da esfera rolante e das malhas são adequados em


todos os casos.

O método do ângulo de proteção é adequado para edificações de


formato simples, mas está sujeito aos limites de altura dos captores

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Proteção contra descargas atmosféricas

Os valores para o ângulo de proteção, raio da esfera rolante e


tamanho da malha para cada classe de SPDA são dadas na Tabela 2
e Figura 1 (NBR 5419-3)

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Proteção contra descargas atmosféricas

Os valores para o ângulo de proteção, raio da esfera rolante e


tamanho da malha para cada classe de SPDA são dadas na Tabela 2
e Figura 1 (NBR 5419-3)
NOTA 1 Para valores
Figura 1 – Ângulo de proteção correspondente à classe de SPDA
80
de H (m) acima dos
valores finais de 70
cada curva (classes I
a IV) são aplicáveis 60
apenas os métodos
da esfera rolante e 50
Class of
 (°)

das malhas 40
LPS
NOTA 2 H é a altura
do captor acima do 30
plano de referência IV
I II III
da área a ser 20
protegida.
10
NOTA 3 O ângulo
não será alterado 0
para valores de H
0 2 10 20 30 40 50 60
abaixo de 2 m.
h (m)

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IEC 2646/10
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Proteção contra descargas atmosféricas

a) método do ângulo de proteção;


A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a
estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

Volume de proteção provido por mastro

Legenda:
A topo do captor
B plano de referência
OC raio da base do cone de proteção
h1 altura de um mastro acima do plano de referência
α ângulo de proteção conforme Tabela 2
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Proteção contra descargas atmosféricas

Figura 1 – Ângulo de proteção correspondente à classe de SPDA


80

70

60

50
Class of
 (°)

LPS
40

30
IV
I II III
20

10

0
0 2 10 20 30 40 50 60

h (m)
IEC 2646/10
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Proteção contra descargas atmosféricas

Adotando como
menor ângulo de
proteção da Figura 1
(NBR 5419-3)  23°
e a maior altura dos
respectivos níveis de
proteção. O cone
terá abertura total
de 46° conforme
figura para todos os
níveis de proteção.

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Para o nível de
proteção IV e gráfico
da figura 1 (NBR
5419-3) adotou-se:
Altura Ângulo 
60 m 23°
50 m 30°
40 m 37°
30 m 45°
20 m 54°
10 m 65°

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;

A proteção da edificação fica confinada a


área formada por um cone, sendo que o
raio da base do cone de proteção é
determinado através da equação:

OC = h1xtg(α)

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Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;

Volume de proteção provido por mastro para alturas diferentes

Legenda:
h1 altura de um mastro
α1 ângulo de proteção p/ h1
α2 ângulo de proteção p/ h2

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Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.
1

a) método do ângulo de proteção;


h1 h1

Volume de proteção
2
provido por mastro para
h2
alturas diferentes H

IEC 2124/05

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Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;

Volume de proteção provido por condutor suspenso

Legenda:
A topo do captor
B plano de referência
OC raio da base do cone de proteção
h1 altura de um mastro acima do plano de referência
α ângulo de proteção conforme Tabela 2
60
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;


4
SPDA externo, isolado
utilizando dois mastros  1
3
1

ou postes captores s s

posicionados conforme  2 2

o método do ângulo de
proteção 1
22
1

IEC 2125/05

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;

62
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;

Está protegido em qual classe de proteção?


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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;


80

70

60
54°
49° 50 Class of
 (°) LPS
38,5°40
30
IV
23° 20
I II III

10

0
0 2 10 20 30 40 50 60

h (m)
IEC 2646/1

Está protegido em qual classe de proteção?


65
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

A posição do subsistema de captação é considerada adequada se a


estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação.

a) método do ângulo de proteção;


80

70

60
54°
49° 50 Class of
 (°) LPS
38,5°40
30
IV
23° 20
I II III

10

0
0 2 10 20 30 40 50 60

h (m)
IEC 2646/1

Está protegido em qual classe de proteção? IV


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Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;

O adequado posicionamento do subsistema de captação na


aplicação deste método ocorre se nenhum ponto da estrutura a ser
protegida entrar em contato com uma esfera fictícia rolando ao
redor e no topo da estrutura em todas as direções possíveis.

O raio, r, dessa esfera depende da classe do SPDA (Tabela 2). Sendo


assim, a esfera somente poderá tocar o próprio subsistema de
captação.

67
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
O raio, r, dessa esfera depende da classe do SPDA (Tabela 2)

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
1
1
r

r
2 r
r

r r

1 IEC 2138/05

70
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
O raio da esfera rolante é maior que a altura da haste e a área
protegida será a região que a esfera rolante não consegue tocar;

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Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
O raio da esfera rolante é maior que a altura da haste e a área
protegida será a região que a esfera rolante não consegue tocar;

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Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
O raio da esfera rolante é maior que a altura da haste e a área
protegida será a região que a esfera rolante não consegue tocar;

73
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
Haste de altura “h” e uma superfície plana. O raio da esfera rolante
é menor que a altura da haste e a área desprotegida será a região
que a esfera rolante não consegue tocar, podendo ocorrer
descargas laterais

74
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
Haste de altura “h” e uma superfície plana. O raio da esfera rolante
é menor que a altura da haste e a área desprotegida será a região
que a esfera rolante não consegue tocar, podendo ocorrer
descargas laterais

75
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;

Nessas condição, é necessário


um outro captor a direita, no
telhado da edificação;

76
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;

Nessas condição, é necessário


um outro captor a direita, no
telhado da edificação;

77
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;

78
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
Volume de proteção
de um poste em uma 4
superfície inclinada B’
B
utilizando o cálculo
ht
pelo método da r

1
esfera rolante (ht > r) r
h’

1 h
C’

C O
2

IEC 2134/05

79
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
Volume de proteção
r
1 1

formado por postes


ou mastros verticais,
com mesma altura h,
p
colocados nos cantos
do volume a ser
protegido.
ht = h

2
3

d
IEC 2139/05

80
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
Volume de proteção
formado por postes
ou mastros verticais,
com mesma altura h,
colocados nos cantos
do volume a ser
protegido.

81
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
b) método da esfera rolante;
Volume de proteção
provido por captores
não naturais.

82
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
c) método das malhas.

Trata-se de uma blindagem eletrostática via uma superfície


condutora que envolve a edificação, no qual o campo elétrico no
seu interior da blindagem é nula (gaiola de Faraday);

83
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
c) método das malhas.

A blindagem é composta por uma malha de condutores que


envolvem todos os lados do volume a proteger. Uma malha e
condutores pode ser considerada como um bom método de
captação para proteger superfícies planas.
Para tanto devem ser cumpridos os seguintes requisitos:
a) condutores captores devem ser instalados:
• na periferia da cobertura da estrutura;
• nas saliências da cobertura da estrutura;
• nas cumeeiras dos telhados, se o declive deste exceder 1/10 (um
de desnível por dez de comprimento);
84
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
c) método das malhas.

A blindagem é composta por uma malha de condutores que


envolvem todos os lados do volume a proteger. Uma malha e
condutores pode ser considerada como um bom método de
captação para proteger superfícies planas.
Para tanto devem ser cumpridos os seguintes requisitos:
b) as dimensões de malha não podem ser maiores que os valores
encontrados na Tabela 2;

85
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
c) método das malhas.

86
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
c) método das malhas.

A blindagem é composta por uma malha de condutores que


envolvem todos os lados do volume a proteger. Uma malha e
condutores pode ser considerada como um bom método de
captação para proteger superfícies planas.
Para tanto devem ser cumpridos os seguintes requisitos:
c) o conjunto de condutores do subsistema de captação deve ser
construído de tal modo que a corrente elétrica da descarga
atmosférica sempre encontre pelo menos duas rotas condutoras
distintas para o subsistema de aterramento;

87
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
c) método das malhas.

A blindagem é composta por uma malha de condutores que


envolvem todos os lados do volume a proteger. Uma malha e
condutores pode ser considerada como um bom método de
captação para proteger superfícies planas.
Para tanto devem ser cumpridos os seguintes requisitos:
d) Nenhuma instalação metálica, que por suas características não
possa assumir a condição de elemento captor, ultrapasse para fora
o volume protegido pela malha do subsistema de captação.
e) os condutores da malha devem seguir o caminho mais curto e
retilíneo possível da instalação.
88
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Métodos aceitáveis a serem utilizados na determinação da posição


do subsistema de captação incluem:
c) método das malhas.

Subsistema de captação
para SPDA não isolado
conforme o método das
malhas
IEC 2144/05

89
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas


5

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo


2 1
4

Descida externa para condução de descarga 9

atmosférica.
1) Captor
2) Condutor horizontal do sist. captação 5
8

3
3) Condutor de descida
4) Junção tipo T 5

5) Junção tipo X
6) Conexão de ensaio
7) Anel de aterramento 10
6
11

8) Condutor do anel de equipotencialização


9) Cobertura plana com fixação na cobertura 7

10) Terminal para conexão ao BEP


11) Haste de aterramento vertical IEC 2702/10

90
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo


4 2
3
9

Descida natural via ferragens dos pilares


5 1

como componente de condução da descarga


atmosférica. 6

1) Captor
2) Condutor horizontal do sist. captação 4

3) Condutor de descida
4) Junção tipo T
5) Junção tipo X
6) Conexão com ferragem do pilar 6

7) Conexão de ensaio 7

8) Anel de aterramento
9) Fixação na cobertura 10

10) Conexão ao anel de proteção 8


IEC 2153/05

91
Eletrotécnica Predial

SPDA vista superior

92
Eletrotécnica Predial

SPDA vista superior

93
Eletrotécnica Predial

SPDA vista superior

94
Eletrotécnica Predial

SPDA vista frontal

95
Eletrotécnica Predial

SPDA vista lateral

96
Eletrotécnica Predial

SPDA caixa de inspeção

97
Eletrotécnica Predial

SPDA

98
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

99
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

100
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

101
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

102
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

103
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

104
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

105
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

106
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

107
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

108
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

109
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

110
Eletrotécnica Predial

Proteção contra descargas atmosféricas

Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA) externo

111
Eletrotécnica Predial

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5419-2 gerenciamento de riscos

112

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