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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ

ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE MEDICINA
INTERNATO DE PEDIATRIA I
PRECEPTORA: ANA BEATRIZ SAEZ
DISCENTE: ANA LUIZA CORAZZA MENDES

MARCOS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

A criança deve atravessar cada estágio segundo uma sequência regular, ou seja, os
estágios de desenvolvimento são sequenciais. Na primeira etapa de vida, a avaliação deve ser
feita mensalmente, porém, caso aconteça falha em algum marco, deve-se antecipar a consulta
seguinte, e iniciar uma investigação. O objetivo inicial é orientar a família a estimular a criança.

Fatores que influenciam o crescimento: alimentação; infecções; higieno; cuidados


gerais. O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil é o registro periódico do
peso, da estatura e do IMC da criança na caderneta de saúde da criança, analisando os valores
de referência.

Condutas para algumas situações de desvio no crescimento: sobrepeso ou obesidade:


verificar existência de erros alimentares; orientar alimentação mais saudável; verificar
atividades esportivas e de lazer das crianças; se magreza ou peso baixo para idade: em crianças
menores de 2 anos: investigar possíveis causas (desmame – atenção especial); Orientar sobre
alimentação complementar. Para maiores de 2 anos: verificar alimentação, investigar causas
(infecções, cuidados com a criança, afeto e higieno); tratar intercorrências.

Para crianças pré-termo, exige-se a utilização de curvas especificas ou que se corrija a


idade cronológica até que complete 2 anos de idade. Toda criança que nasce com baixo peso,
deve ser considade criança de risco nutricional e deve ser acompanhada com maior assiduidade
pelos serviços de saúde, principalmente no primeiro ano de vida, uma vez que o peso ao nascer
é o reflexo do desenvolvimento intrauterino. Crianças com baixa estatura para a idade tendem
a ter menor rendimento escolar no futuro, redução da produtividade econômica, menor altura
e, no caso das mulheres, descendentes com menor peso ao nascer.

O conceito de desenvolvimento é amplo e refere-se a uma transformação complexa,


contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, maturação, aprendizagem e
aspectos psíquicos e sociais. A interação da criança com membros da família e com a sua rede
social de proteção assegura a sua sobrevivência e a sua relação com o mundo, contribuindo para
o seu desenvolvimento psicossocial.
O acompanhamento do desenvolvimento da criança na atenção básica objetiva sua
promoção, proteção e a detecção precoce de alterações passíveis de modificação que possam
repercutir em sua vida futura. A criança deve atravessar cada estagio segundo uma sequencia
regular e tudo depende da quantidade de estímulos que lhe for ofertada.
As avaliações do desenvolvimento infantil devem sempre levar em consideração as
informações e opiniões dos pais e da escola sobre a criança. Ao nascimento, a criança fica com
as mãos fechadas na maior parte do tempo, no terceiro mês as mãos ficam abertas por período
maior de tempo, consegueindo agarrar os objetos, embora ainda sejam incapazes de soltar.
Entre o quinto e sexto mês, conseguem apreender um objeto voluntariamente e iniciam o
movimento de pinça.
Deve-se perguntar se a criança focaliza objetos e os segue com o olhar e se prefere o
rosto materno. No exame dos olhos, deve-se estar atento ao tamanho das pupilas, pesquisar o
reflexo fotomotor bilateralmente e o reflexo vermelho. A audição inicia-se por volta do quinto
mês de gestação, assim, ao nascimento, a mesma está familiarizada com os ruídos do organismo
materno e com as vozes de seus familiares. Deve-se perguntar se o bebê se assusta, chora ou
acorda com sons intensos e repentinos, se é capaz de reconhecer e se acalmar com a voz materna
e se procura a origem dos sons.

Referente à interação social, o olhar e o sorriso, presentes desde o nascimento,


representam formas de comunicação, mas, entre o primeiro mês de vida surge o “sorriso social”
́ ulo, principalmente pela face humana. No segundo semestre de vida,
desencadeado por estim
ela não responde mais com um sorriso a qualquer adulto, pois passa a distinguir o familiar do
estranho.

Quanto à linguagem, durante os primeiros meses de vida, ele se expressa por meio de
sua mímica facial e, principalmente, pelo choro. Entre o segundo e terceiro mês, inicia barulhos
contínuos e gemidos e, por volta do sexto mês, balbucio. Entre 9 e 10 meses, emite balbucios
com padraõ semelhantes à linguagem de seu meio cultural. Por volta dos 12 meses de idade,
surgem as primeiras palavras denominadas palavras-frase. Aos 18 meses, a inicia frases simples
e então ocorre um grande aumento em seu repertório de palavras.
REFERÊNCIA:

DORNELASA, Lílian de Fátima; DUARTE, Neuza Maria de Castro; MAGALHÃES, Lívia


de Castro. Desenvolvimento neuropsicomotor: mapa conceitual, definições, usos e
limitações do termo. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 33, n. 1, p.88-103, mar.
2015.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde


da criança: crescimento e desenvolvimento. Cadernos de Atenção Básica, n° 33. Brasília:
Ministério da Saúde, 2012.

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