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2ª Edição

E-book
DESVENDANDO E APLICANDO O
PERFIL INDIVIDUALIZADO DE AVALIAÇÃO
DA MUSICOTERAPIA

ia ÇÃO
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ANTÔNIO BRUNO VERGA PINTO


Ficha
Catalógrafica!

BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br


BV Musicoterapia LTDA - CNPJ 341163670001-97. www.brunoverga.com.br
Seja
bem-vindo !

Olá! Me chamo Bruno,


sou musicoterapeuta e
educador musical. Terei o
enorme prazer de te
acompanhar
nessa nova etapa de
estudos.

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CONTÉUDO

MÓDULO 1 – Introdução a IMTAP


Neste módulo será trabalhado o contexto histórico da escala, de como a
IMTAP passou de um simples relatório narrativo para um perfil detalhado e
sistemático de 374 habilidades em dez domínios separados. Também será
apresentado o processo de tradução para o português do Brasil e a
validação para o uso no país. Para finalizar esse conteúdo, a estrutura da
escala será apresentada, bem como sua subdivisão e uma visão geral dos
10 domínios.

MÓDULO 2 – Aplicabilidade das 9 etapas da IMTAP


Neste módulo iremos conhecer como se aplica as nove etapas para avaliar na
IMTAP, tais como aplicar o formulário de admissão junto com os
responsáveis; preencher a folha de rosto do protocolo, indicando com
precisão quais domínios precisarão ser avaliados nas “sessões de avaliação”;
planejar as sessões de avaliação utilizando o formulário de contorno de
sessão; conhecer como se coleta dados no sistema NRIC; compreender como
se calcula os escores dos subdomínios; investigar os Domínios Cruzados (DC)
das diferentes áreas e por fi; planejar metas e objetivos a partir das sessões
de avaliação, mapeando as potencialidades e os déficits do paciente.

MÓDULO 3 - Representação Gráfica dos resultados no Excel


Neste módulo vamos aprender a construir gráficos no programa Excel a
partir dos resultados coletados de diferentes avaliações. Com isso,
ressaltamos a importância do uso do computador para realizar essa aula.
Os gráficos que serão trabalhados são os de barras, colunas e linhas.
Esses três gráficos serão aplicados nos seguintes contextos:
representação gráfica de uma avaliação de diferentes Domínios;
representação gráfica de uma avaliação dos Subdomínios de um Domínio
especifico; representação gráfica de uma avaliação de comparação de
resultados, como avaliação inicial com avaliação parcial, avaliações
mensais, trimestrais, semestrais ou anuais

MÓDULO 4 – Relatórios e Devolutivas.


Neste módulo discutiremos as inúmeras possibilidades de construir um
relatório de maneira informativa, que apresente dados, dentro de uma
avaliação quantitativa, mas levando em consideração também todo processo
avaliativo em uma perspectiva qualitativa. Além do documento a ser entregue
aos responsáveis, é importante o profissional saber lidar com os mesmos,
descrevendo como foi pensada todas as etapas de avaliação e intervenção da
pessoa avaliada, o que foi trabalhado e o quais serão as ações futuras.

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Módulo I

ção a IMTAP!
Introdu
INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, inúmeras pesquisas da área da musicoterapia estão


se mostrando mais atentas para o processo de avaliação na prática
clínica (GATTINO, 2015). Segundo dados levantados e divulgados pela
UBAM (União Brasileira das Associações de musicoterapia), em 2019 ,
relata que existe um número significativo de protocolos de avaliação,
entre eles estão a MATADOC (Ferramenta de Avaliação para
Distúrbios da Consciência) de Wendy Magee e colaboradores; IMTAP
(Perfil de Avaliação Individual em Musicoterapia) de Holly T. Baxter e
colaboradores; IMCAP-ND (Perfil de Avaliação Individual Músico-
Centrada dos Transtornos de Neurodesenvolvimento) de John
Carpenter; Ferramenta de Avaliação Musicoterapêutica de Diego
Schapira; Testificação Musical R. Benenzon; Escala ERI (Avaliação das
Relações Intramusicais) de K. Ferrari; Avaliação MEL (Music in
Everyday Life) de Tali Gottfried e Grace Thompson; Escala Nordoff-
Robbins de Comunicabilidade Musical; Escala de Responsividade a
Imagens Guiadas e Música (GIM); MiDAS (Music in Dementia
Assessment Scales) de Mcdermott e colaboradores; PAMT (Perfil de
Atenção em Musicoterapia); Escala IAP´’s (Improvisation Assessment
Profiles) de K. Bruscia; APC-R (Avaliação da Interação Cuidador) de
Jacobsen e Mckinney; CIM (Classificação da Interação Musical) de
Pavlicevic; SEMPA (Sistema de Evaluación Musicoterapêutica para
Personas con Alzheimer Y Otras Demencias) Hernández, Marcos e
Corral.

Dos protocolos de avaliação citados acima, os que têm tradução para


o português e validação para o uso no Brasil até a presente data são:
1) KAMUTHE” (GATTINO, 2012), 2) “Escala Nordoff Robbins de
Comunicabilidade Musical” (ANDRÉ, 2017), 3) “IAPs” (GATTINO et al,
2016), 4) “MEL” (GATTINO et al, 2017) e 5), IMTAP” (SILVA, 2014). E é
sobre essa última que iremos tratar neste minicurso.

Para isso, foram selecionadas três literaturas como fundamentação


teórica para construção desse material: 1)Manual original da
Individualized Therapy Assessment Profile – IMTAP, criados pelos
autores e publicado pela Jessica Kingsley Publishers no ano de 2007;
2) Dissertação de mestrado defendido por Alexandre M. da Silva na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul no ano de 2012 (tradução
para o português brasileiro e validação da escala para uso no Brasil)
e 3) Artigo publicado pela Revista Brasileira de Musicoterapia Ano XV
n° 14 ANO 2013, por Silva, Gattino, Araujo, Mariath, Riesgo e Schuler-
Faccini.

http://ubammusicoterapia.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Justificativa-para-Projetos-de-Musicoterapia.pdf

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HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DA IMTAP

“O Perfil Individualizado de Avaliação da


Musicoterapia foi criado originalmente para
atender às necessidades de uma clínica de
musicoterapia que atenda crianças e
adolescentes com uma variedade de
diagnósticos. Dentro da clínica, uma equipe de
seis musicoterapeutas identificou a
necessidade de uma musicoterapia profunda e
confiável protocolo de avaliação que atendeu
aos requisitos de financiamento de terceiros e
abordaria especificamente a necessidade de
dados quantitativos sobre domínios não
musicais em um ambiente musical. Além disso,
a equipe exigia uma linguagem clínica comum
para uso dentro e fora da clínica. O IMTAP
evoluiu ao longo de cinco anos, de um simples
relatório narrativo para um perfil detalhado e
sistemático de 374 habilidades em dez
domínios separados”. (BEXTEL et al., 2007)

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Para que a IMTAP chegasse nesse
resultado atual, os autores pesquisaram
conforme as suas respectivas
necessidades clínicas nos instrumentos
avaliativos de outras áreas, para melhor
entender cada domínio, mas sempre
fazendo uma interface com a
musicoterapia. Depois de reformulado os
itens do teste, seguindo todo um
processo de sistematização das
habilidades, subdomínios e domínios,
foram então entregues esses resultados
parciais para que especialistas das áreas
de musicoterapia, terapia ocupacional,
fonoaudiologia, psicologia e educação
especial avaliassem se a escala
apresentava algum ponto que não ficou
claro, para enfim passar pelo processo de
aprimoramento para uma revisão final e
publicação.

ANOTAÇÕES

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ESTRUTURA DA IMTAP
Domínios e Subdomínios.
Como foi dito anteriormente, a IMTAP tem dez Domínios, cada
domínio da IMTAP é dividido em vários subdomínios, que por sua
vez é subdividido por suas respectivas habilidades (resultando a
soma de 374 habilidades em todo instrumento). Dessa maneira, a
escala tanto permite o musicoterapeuta, por um lado, ter uma
leitura mais global (geral) do paciente, como ter algo mais
pontual, uma leitura mais minuciosa, detalhada, focando em uma
determinada função. A seguir uma ilustração dessas “camadas” de
aprofundamento, de uma visão Macro à Micro, como se
tivéssemos abrindo pastas dentro de outras pastas.

Sua vez

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Todos os domínios começam com a seção "Fundamentos", que é
representada com a letra “A” e continuam com subdomínios, sendo
cada subdomínio representado com as demais letras de ordem
alfabética e, em seguida, as suas respectivas habilidades. A seguir
um exemplo:

Domínio: Comunicação expressiva (CE)


Definição geral: A comunicação expressiva inclui contato
visual, expressão facial, gesto, sinal, sistemas de comunicação
aumentativa ou alternativa, vocalização ou verbalização.

Subdomínio: B. Comunicação não vocal


Definição geral: A comunicação não vocal inclui contato visual,
expressão facial, gesto, sinal, sistemas de comunicação
aumentativa ou alternativa.

Habilidades: 
i. Lidera ou move o terapeuta como meio de comunicação.
O cliente manipula intencionalmente o corpo ou partes do corpo
do terapeuta para expressar uma necessidade, desejo ou conceito.
ii. Gestos
O cliente move seu corpo ou partes do corpo para comunicar uma
necessidade, desejo ou conceito.

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Dominios
1. Motricidade ampla,
2. Motricidade fina,
3. Motricidade oral,
4. Comunicação expressiva,
5. Comunicação receptiva /percepção auditiva,
6. Cognição,
7. Interação social,
8. Habilidade emocional
9. Habilidade sensorial
1 0 .M u s i c a l i d a d e ,

ANOTAÇÕES

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10 Dominios
MOTRICIDADE AMPLA: Trata-se de movimentos que ocorrem nos grupos
musculares maiores ou incorporam todo o corpo. O domínio da motricidade
ampla é subdividido em dois subdomínios: fundamentos e perceptivo / visual
/ neuropsicomotor. As habilidades dos fundamentos avaliam a dominância
direita / esquerda, o tônus muscular geral e como um indivíduo move seu
corpo na experiência de musicoterapia. As habilidades perceptivas / visual /
neuropsicomotora, avaliam mudanças no movimento e no toque de
instrumentos nos estímulos de resposta.

MOTRICIDADE FINA: A área da motricidade fina ocorrem nos pequenos grupos


musculares das mãos e dedos e estão em coordenação com o sentido visual.
As habilidades dos fundamentos dessa área avaliam o aperto, o movimento
dos dedos e o uso de mãos alternadas. A avaliação das habilidades do
indivíduo em dedilhar, acordes de auto-chord / violão / dulcimer, piano e
percussão também está incluída neste domínio.

MOTRICIDADE ORAL: Este domínio examina o movimento e a coordenação de


um indivíduo dos músculos e estruturas orais usados na produção da fala e
na alimentação / bebida. Essas habilidades também servem para avaliar a
força muscular, a produção de ar e os movimentos coordenados envolvidos
na vocalização e fala e são avaliadas em dois subdomínios: fundamentos e
produção de ar.

SENSORIAL: O domínio sensorial avalia as respostas de um indivíduo, a


tolerância e a integração de vários subdomínios sensoriais por meio de
informações recebidas no cenário de musicoterapia. Os subdomínios
avaliados incluem tátil ou sensação de toque; proprioceptivo ou
consciência do corpo no espaço; vestibular ou equilíbrio; visual; e auditivo

COMUNICAÇÃO RECEPTIVA/ PERCEPÇÃO AUDITVA: As habilidades de


comunicação receptiva são examinadas para determinar a consciência,
percepção, discriminação e resposta de um indivíduo a vários aspectos dos
estímulos auditivos e da linguagem no ambiente. Os subdomínios de
mudanças musicais, canto e ritmo são usados para examinar as respostas
aos estímulos auditivos e à comunicação. As respostas à direção verbal
dentro do cenário da musicoterapia também são avaliadas.

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10 Dominios
COMUNICAÇÃO EXPRESSIVA: Este domínio avalia as habilidades de
comunicação verbal e não verbal de um indivíduo dentro da
experiência musicoterápica, observando como ele gesticula, vocaliza e
verbaliza. A comunicação relacional e as idiossincrasias vocais
também são examinadas nesse domínio.

COGNITIVO: As habilidades cognitivas examinam vários aspectos dos


processos e funções mentais do indivíduo que frequentemente
contribuem para o sucesso nos ambientes educacionais. Esse domínio
inclui os subdomínios de tomada de decisão, seguimento de
instruções, sequenciamento, memória de curto prazo, memória de
longo prazo e acadêmicos, como leitura, contagem e redação.

EMOCIONAL: As habilidades emocionais examinam os estados


emocionais ou de sentimento do indivíduo na sessão de musicoterapia.
Os vários subdomínios que avaliam essas habilidades são diferenciação
/ expressão, que avalia a capacidade do indivíduo de expressar uma
gama de estados emocionais; regulação, que avalia a capacidade do
indivíduo de responder dentro dos limites considerados normais de
expressão emocional e com controle e modulação adequados; e
autoconsciência dos estados emocionais.

SOCIAL: O domínio social mede a capacidade do indivíduo de interagir e


se comunicar com os outros. Essas habilidades variam desde a
habilidade básica de responder ao nome de alguém até a habilidade
relacional avançada de explorar relações sociais externas.
Os subdomínios incluem habilidades de participação, troca de turno,
atenção, orientação a seguir e relacionamento.

MUSICALIDADE: O domínio da musicalidade é intrínseco ao IMTAP e deve


ser incluído em todas as avaliações. Esse domínio examina a resposta
inata de um indivíduo a vários meios musicais e sua capacidade e desejo
de participar de cada um. A avaliação dessas áreas atua como um foco
prescritivo, permitindo que o musicoterapeuta desenvolva intervenções
verdadeiramente individualizadas que envolvam o cliente diretamente na
experiência musical.

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TRADUÇÃO E VALIDAÇÃO DELINEAMENTO:

Tradução do instrumento;
Elaboração de um protocolo de
atividades que possibilitasse a
avaliação a partir da escala
IMTAP(Comunicação Expressiva
e Musicalidade);
Aplicação do protocolo de
atividades em uma amostra de
crianças com desenvolvimento
típico (21 participantes);
Análise dos dados a partir da
avaliação IMTAP (Registro por
pontos);
Verificação das evidências de
validade.
ALEXANDRE MAUAT DA SILVA

O autor possui graduação em


Musicoterapia pela Faculdades TRADUÇÃO DA ESCALA
EST, especialização em
Transtornos do Desenvolvimento Inicialmente foram contatados
pelo Instituto de Psicologia da os autores, para obtermos
Universidade Federal do Rio autorização para a tradução
Grande do Sul e mestrado e do instrumento (a Jessica
doutorado em Saúde da Criança e Kingsley Publishers detém os
do Adolescente pela Faculdade de direitos da IMTAP).
Medicina da Universidade Federal a) preparação de uma versão
do Rio Grande do Sul preliminar, realizada por meio
da técnica de tradução
reversa (back translation);
b) consolidação da versão
A DISSERTAÇÃO
preliminar, unificando os
dados em uma única versão
"Justificativa: verifica-se uma (por método de comitê);
carência de estudos de validação c) validação do conteúdo da
desses instrumentos tanto em versão preliminar,
nível nacional quanto nível investigando-se a clareza e
internacional. relevância dos itens por meio
da avaliação de quatro juízes-
Objetivos: traduzir e validar um avaliadores.
instrumento de avaliação
especifico da musicoterapia para
o uso no Brasil. PARTICIPANTES :

Conclusão: a metodologia 21 alunos, 12 meninos e 9


utilizada no processo de tradução meninas. Foram incluídos
e as propriedades psicométricas alunos de 7 a 9 anos e 11
encontradas no estudo de meses,de duas escolas
validação habilitam a versão diferentes, em razão da
brasileira da IMTAP para o uso no utilização da Children
Brasil". Communication Checklist
(DA SILVA, 2012) (CCC)”.

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juízes-avaliadores

Como foi falado na parte da validação do conteúdo da


versão preliminar, os pesquisadores investigaram a clareza
e relevância dos itens por meio da avaliação de quatro
juízes-avaliadores. O principal objetivo dessa etapa é
reduzir falhas e limitações.

Para avaliar os dois quadros, os pesquisadores utilizaram-


se de uma ferramenta de avaliação quantitativa,
denominada Likert. A seguir teremos o quadro de
avaliação de clareza e o quadro de avaliação de relevância.

Responda o Quadro de clareza e relevância acima, se


colocandona posiçãode um dos juízes-avaliadores.

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Você sabia?
A proposta de validar a IMTAP se deu pela iniciativa de um
grupo de pesquisadores musicoterapeutas vinculados à
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Este grupo já
estava desenvolvendo um trabalho de pesquisa no
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do
Adolescente da própria universidade, desde 2007, em
outros campos da musicoterapia. Porém, o foco nos
instrumentos avaliativos se deu pela carência de protocolo
de avaliação da área no Brasil.

O primeiro instrumento a ser trabalhado no processo de


tradução e validação foi a escala KAMUTHE, na tese de
doutorado do Gustavo S. Gattino (GATTINO, 2012).
Posteriormente a ela, veio a IMTAP, na dissertação de
mestrado do Alexandre M. da Silva, a qual iremos tratar
neste curso. A nível de conhecimento, outras escalas
passaram pelo mesmo processo e atualmente o profissional
da musicoterapia tem mais opções para o uso de
ferramentas avaliativas em sua prática clínica.

ANOTAÇÕES

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Teste seus
conhecimentos e veja

o quanto você 
estar dominando
este contéudo!!!

QUANTAS MUSICOTERAPEUTAS CONSTRUIRAM A IMTAP?

1. 6
2. 10
3. 2
4. NENHUMA DAS ALTERNATIVAS

QUANTAS HABILIDADES TEM A IMTAP???

1. 10
2. 60
3. 347
4. 244

OS DOMÍNIOS DA ESCALA IMTAP DIVIDEM-SE EM: MUSICALIDADE,


COMUNICAÇÃO EXPRESSIVA, COMUNICAÇÃO RECEPTIVA/PERCEPÇÃO
AUDITIVA, INTERAÇÃO SOCIAL, MOTRICIDADE AMPLA, MOTRICIDADE
FINA, MOTRICIDADE ORAL, COGNIÇÃO, HABILIDADE SENSORIAL E ...

1. HABILIDADE VISUAL
2. HABILIDADE SENSITIVA
3. HABILIDADE PEDAGÓGICA
4. HABILIDADE EMOCIONAL

A IMTAP TEM ____ ETAPAS

1. 6
2. 10
3. 3
4. 9

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Name: Data:

MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Módulo II

b ilid ad e da s 9
Aplic a
a s d a IM TA P !
et ap
5 Recomendações para preparar
uma boa sessão avaliativa

"Recomenda-se que as sessões de avaliação sejam administradas no mesmo


local durante todo o processo de avaliação, a fim de promover consistência e
diminuir a ansiedade por parte do cliente" (BEXTEL et al., 2007).

Algumas crianças, principalmente as que estão dentro do espetro do autismo (TEA),


se sentem mais confortáveis quando a sua rotina não é alterada. Tudo acaba sendo
muito novo para elas e se uma dessas crianças além de lhe dar com essas novas
informações que ela está processando, ainda perceber que os encontros estão
acontecendo em diversos ambientes, influenciando diretamente em sua
confiabilidade no tratamento e no terapeuta, certamente os resultados da avaliação
terá uma maior probabilidade de sofrer alterações de maneira negativas.

"Planejamento da sessão de avaliação usando o formulário de admissão e o


formulário de esboço da sessão do IMTAP, permitirão que o terapeuta se
concentre nos materiais e atividades que serão mais propícias a uma coleta de
dados completa " (BEXTEL et al., 2007).

O contato com os responsáveis, buscando compreender a criança a partir dos


olhares dos cuidadores, poderá auxiliar ao avaliador estruturar uma sessão de
avaliação mais assertiva, tentando coletar os dados do Domínio que deseja.

"Os autores sugerem a remoção de todos os materiais, exceto aqueles


necessários para conduzir a sessão, para minimizar a distração e promover
comportamentos na tarefa. Além disso, sugere-se que as sessões sejam
registradas para facilidade e confiabilidade na pontuação" (BEXTEL et al., 2007).

Aqui são abordados dois assuntos, a importância de ter uma sessão objetiva, com
poucos objetos para não desfocar o paciente da atividade (teste) avaliativa, pois
quanto mais ele for engajado na tarefa, melhor será para coletar esses dados. O
segundo ponto é otimizar essa sessão de avaliação, observando o máximo de
detalhes e pra isso a gravação dessa sessão poderá ser uma ferramenta de grande
contribuição. Segundo os autores "É útil preparar qualquer equipamento de
gravação, como câmeras de vídeo ou gravadores de DVD, antes da chegada do
cliente e do início da sessão" Bexter (2007).

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"O IMTAP pode ser adaptado para uso em vários níveis e idades. Com relação às
considerações de idade, embora várias habilidades no IMTAP tenham sido
correlacionadas a avaliações de desenvolvimento publicadas e outros
protocolos, a avaliação do IMTAP não é padronizada por idade ou faixa etária"
(BEXTEL et al., 2007).

O IMTAP não é um instrumento avaliativo de rastreio do desenvolvimento, contudo é


importante o avaliador conhecer as etapas do desenvolvimento para elaborar as
atividades conforme o nível de maturidade que se esperar ter por cada faixa etária.
Pelo fato do IMTAP ser estruturado com o enfoque nas habilidades em si, esse
protocolo poderá ser facilmente utilizado em outra população, inclusive idosos.

"Como uma avaliação baseada em critérios, as informações resultantes do


processo IMTAP não servem como uma comparação de um cliente para outro,
mas fornecem uma compreensão mais profunda do funcionamento do cliente
e a capacidade de acompanhar o progresso ao longo do tempo" (BAXTER, 2007).

Seu objetivo é ter resultados comparativos da avaliação inicial e da parcial,


compreendendo o processo evolutivo do paciente e não de comparação entre pares.
Como tal, não se espera que uma criança menor alcance altas pontuações na
maioria dos domínios ou subdomínios.

ANOTAÇÕES

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ESTABELECENDO
É importante começar a UM BOM
estabelecer um
relacionamento desde o
RELACIONAMENTO
primeiro contato com o
representante do cliente,
seja ao adicionar o cliente a
uma lista de espera ou Pode ser útil começar
durante o recebimento.
compartilhando
informações sobre a
experiência, o treinamento,
a abordagem e o ambiente
terapêutico geral do
terapeuta antes de
prosseguir com a
Ao solicitar informações,
solicitação de informações.
tanto a linguagem da idade
do cliente quanto a
linguagem apropriada para
o diagnóstico devem ser
usadas.
Pode ser útil começar com
perguntas gerais sobre um
domínio específico e
prosseguir com perguntas
mais detalhadas conforme
Este contato inicial não a necessidade se tornar
deve ser apressado, pois aparente.
esta pode ser a primeira
exposição dos pais /
responsáveis à
musicoterapia e,
certamente, do terapeuta
e sua organização. O pai / responsável
também pode precisar de
garantia sobre o
procedimento, local e
ambiente, bem como
educação geral sobre
musicoterapia

(BEXTEL et al., 2007).


PLANEJANDO AS SESSÕES
DE AVALIAÇÃO

É extremamente útil registrar visualmente


todas as sessões para revisão.

Sugere-se que sejam utilizadas três sessões de avaliação para


completar totalmente o IMTAP.

No entanto, esta é apenas uma diretriz, pois menos ou mais


sessões podem ser necessárias para cobrir todos os
domínios pertinentes.

Os clientes atendidos por apenas uma ou duas sessões


podem exigir uma avaliação mais focada, utilizando um ou
dois domínios IMTAP.

O IMTAP pode ser usado dessa forma para fornecer uma


avaliação concisa e imediata em situações de cuidado
agudo.

(BEXTEL et al., 2007)).


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AS 9 ETAPAS
PARA AVALIAÇÃO NA IMTAP

1.Formulário de 2.Folha de rosto 3.Formulário de

admissão contorno da

sessão

4.Coleta de 5.Cálculo dos 6.Revisão das

dados escores habilidades de

domínio cruzadas

7.Folha de 8.Identificação 9. Representação

resumo de metas e gráfica

objetivos

Obs: Algumas das etapas da IMTAP não foram traduzidas na dissertação de SILVA, por esse motivo, iremos utilizar os
exemplos originais do livro "The Individualized Music Therapy Assessment Profile: IMTAP", de Baxter e
colaboradores, dando os devidos créditos para ambos trabalhos. Neste sentido, cada etapa citaremos a referência
abaixo de cada quadro, o trabalho original na qual foi extraído e a numeração de página para que o leitor possa
encontra-lo.

Esses exemplos servirão para nos conduzir em cada uma das etapas, proporcionando-nos a desenvolver adaptações
dos mesmos, para a nossa prática clinica.

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Etapa 1
FORMULÁRIO DE ADMISSÃO

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"É preenchido
junto aos pais
em uma
entrevista que
o foco é
coletar dados
sobre os 10
domínios do
paciente".

Quadro original se encontra na página 100 da dissertação.

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 1
FORMULÁRIO DE ADMISSÃO

O formulário de admissão é estruturado por meio de uma conversa com os responsáveis do


paciente, com o objetivo de planejar as sessões de avaliação de musicoterapia com mais
precisão.

Trata-se de uma checklist de perguntas sim/não, que se divide em duas partes. A primeira é
direcionada as informações gerais, como a história da criança, bem como aptidão e
exposição musical. Já a segunda parte são perguntas relacionadas a cada um dos 9 (nove)
domínios, já que o domínio da musicalidade os autores sugerem avaliar, não por qualquer
exigência ou desejo de um cliente possuir aptidão musical, mas sim como uma forma de
identificar as melhores estratégias musicoterapêuticas.

Desta forma, o musicoterapeuta pode identificar quais domínios necessitam de mais atenção
nas sessões de avaliação. Caso a entrevistas juntos aos responsáveis surgir dúvidas ou falta
de clareza nos intens, deixando a resposta carente de informações, é aconselhável marcar a
caixa à esquerda da seção aplicável, indicando que este domínio deve ser avaliado. Vamos ao
procedimento da primeira etapa:

1. "Preencha a seção de informações do cliente do formulário, incluindo o nome da pessoa


que fez a referência, bem como o do entrevistado, que pode ser diferente do que fez a
referência.
2. Depois de inserir a data de admissão e a data de nascimento do cliente, subtraia o ano,
mês e dia da data de nascimento do ano, mês e dia da data de admissão para chegar à
idade cronológica do cliente.
3. Prossiga com a seção de informações gerais da entrada durante sua conversa com a
pessoa que fez a referência marcando “sim” ou “não” conforme apropriado.
4. Prossiga pelas seções de domínio individuais durante sua conversa com a pessoa que
fez a referência marcando “sim” ou “não” conforme apropriado.
5. Espaço é fornecido para notas sobre cada pergunta, bem como para itens ou áreas que
podem não ter sido cobertos durante o processo de admissão. Um espaço também é
fornecido para as percepções do terapeuta ou áreas iniciais de interesse.
6. Depois de completar a entrevista de admissão, consulte o formulário de admissão
preenchido observando quaisquer indicações na coluna sombreada “sim / não” à esquerda
das seções de domínio. Quaisquer indicações nesta coluna sombreada indicam ao
terapeuta para avaliar este domínio.
7. Na folha final do formulário de admissão, preencha o resumo de admissão
heckboxes, verificando os domínios nos quais as indicações foram feitas na coluna
esquerda / sombreada das seções de domínio acima". (BEXTEL et al., 2007))

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Etapa 2
FOLHA DE ROSTO

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"O preenchimento
da folha de rosto,
trata-se do resumo
dos dados
registrados no
formulário de
admissão e
indicadas
as áreas que serão
avaliadas".

Quadro original se encontra na página 141 do livro.

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 2
FOLHA DE ROSTO

Etapa dois: a folha de rosto

1." Preencha a seção de informações do cliente do formulário da folha de rosto IMTAP.


2. Depois de inserir a data de avaliação e a data de nascimento do cliente, subtraia o ano, mês
e dia da data de nascimento do ano, mês e dia da data de avaliação para chegar à idade
cronológica do cliente.
3. Indique quais domínios serão avaliados nas caixas de seleção apropriadas.
4. Copie ou imprima as planilhas de pontuação de domínio IMTAP correspondentes de
Apêndice A ou o software que o acompanha". (BEXTEL et al., 2007))

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 3
FORMULÁRIO DE CONTORNO DA SESSÃO
(OPCIONAL)

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"Ainda que este


formulário seja
opcional
ele pode ser usado
para planejar
intervenções
musicais que serão
utilizadas no
momento da
avaliação".

Quadro original se encontra na página 142 do livro 

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 3
FORMULÁRIO DE CONTORNO DA SESSÃO
(OPCIONAL)

Etapa três: o esboço da sessão

"O formulário opcional de esboço de sessão IMTAP pode ser usado para planejar intervenções
musicais para cada domínio que você irá avaliar. Isso é organizado não por atividade, mas sim
pelo domínio a ser avaliado. Este formulário pode ser usado para listar atividades, músicas,
instrumentos, materiais e outras considerações necessárias para suas sessões de avaliação.

1. Preencha a seção de informações do cliente e da avaliação do formulário de resumo da


sessão IMTAP.
2. Indique quais domínios serão avaliados nas caixas de seleção apropriadas.
3. Liste atividades, músicas, instrumentos, materiais ou outras considerações para cada
domínio a ser avaliado. Uma única atividade pode ser listada em vários domínios." (BEXTEL et
al., 2007))

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Etapa 4
COLETA DE DADOS (RECOMENDADO)

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"1. Calcule a pontuação


bruta para cada coluna
dos subdomínios
avaliados, adicionando
os números indicados
ao lado de C, I, R ou N
para cada habilidade e
Quadro original se encontra na página 57 da dissertação. inserindo o total na
parte inferior da
As sessões são pontuadas de acordo com a coluna.
consistência com que o cliente demonstra
as habilidades em cada domínio e 2. Some as pontuações
subdomínio. Os níveis de consistência são brutas de cada coluna
os seguintes: para chegar à
pontuação bruta do
N = nunca subdomínio".
R = raramente, menos de 50 por cento
I = inconsistente, 50-79 por cento
C = consistente, 80-100 por cento
ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 4
COLETA DE DADOS (RECOMENDADO)

O sistema NRIC pode ser usado tanto de maneira estimada (intuitiva) ou computado (tentativa
acerto).

Segundo Bexter (2070), pontuações estimadas são mais usadas quando os resultados são
puramente para uso do musicoterapeuta, auxiliando no planejamento e rastreamento do
tratamento.

A avaliação é pontuada a partir das contagens do número de oportunidades apresentadas e a


divisão pelo número de vezes que a habilidade foi demonstrada, indicando o nível de consistência
de acordo com esse percentual.

Se o individuo for inserido em uma atividade que avalie a habilidade "Procura por objeto
escondido ou solto" (COG, Aii), se um objeto foi escondido quatro vezes e o cliente procurou por
ele três vezes, a porcentagem resultante seria 75, indicando um "Inconsistente (50-79 %).

Caso na sessão de avaliação o musicoterapeuta não consiga avaliar um subdomínio específico,


existe a possibilidade do profissional marcar o quadrado superior do lado direito desse domínio,
que estar sinalizado como “N / A” .

Por exemplo, Motricidade fina no subdomínio" E" (Piano) pode ser marcado como “N / A” se um
piano não estiver disponível. Entretanto, se o paciente ainda não domina várias habilidades de
um determinado subdomínio, o musicoterapeuta tem que avaliar da mesma forma, dentro do
sistema NRIC. Não se aplica o “N / A” nesses casos.

Se uma habilidade especifica está acima do nível de funcionamento do indivíduo, o


musicoterapeuta deverá marcar o N para "Nunca". Por exemplo, no domínio motricidade fina, um
indivíduo que recebe um N em "Usa preensão palmar" (MF, Aii) também receberia um N em
"Sustenta preensão palmar com a mão dominante" (MF, Aix) uma habilidade posterior que mede
um nível mais alto de desenvolvimento.

O mesmo se aplica em uma situação oposta, se uma habilidade está claramente abaixo do nível
de unção do indivíduo, o avaliador deverá marcar o C para “Consistente”.

Se a criança conseguir dedilhar, habilidade relacionada a motricidade fina, o musicoterapeuta


deverá marcar C em "dedilhar com palheta e pulso" (MF, Bvi), desta forma, o avaliador não
precisaria aplicar um teste para demonstrar dedilhar com uma mão inteira, uma anterior
desenvolvimento da mesma habilidade. Em vez disso, o terapeuta marcaria "Mão inteira" (FM, Bi)
com um C. Pois o nível de complexidade é menor.
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Etapa 5
CALCULO DOS ESCORES

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"Cada subdomínio
é avaliado por
meio do
sistema de
pontuação NRIC,
que poderá por
sua vez ser usado
de duas maneiras:
Quadro original se encontra na página 57 da dissertação.
estimado ou por
pontos (número de
chances dividida
por número de
acertos)".

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 5
CALCULO DOS ESCORES

"Em seguida, calcule as pontuações finais do subdomínio e do domínio:


1. Transfira as pontuações brutas de cada subdomínio para a caixa Resumo localizada
após o subdomínio final.
2. Na caixa Resumo, marque a coluna “N / A” para todos os subdomínios que não foram
avaliados.
3. Transfira a pontuação do cliente para cada subdomínio avaliado para a coluna
Pontuação bruta e divida pelo total possível para calcular a pontuação final do
subdomínio.
4. Para calcular a pontuação bruta do domínio, adicione os números na coluna Pontuação
bruta.
5. Adicione os números fornecidos na coluna Possível para todos os subdomínios que
foram avaliados. Insira o total na linha final da coluna Possível. Não inclua subdomínios
que não foram avaliados.
6. Divida a pontuação bruta do domínio pelo domínio total possível para calcular a
pontuação final do domínio (Figura 4.2)". (BEXTEL et al., 2007)).

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Etapa 6
REVISÃO DAS HABILIDADES DE DC (DOMÍNIO
CRUZADAS)

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"Essas habilidades
são identificadas
por meio da sigla
“DC”, se repetem
em domínios
diferentes e, por
uma questão de
coerência, devem
sempre ser
registradas com o
Quadro original se encontra na página 72 da dissertação.
mesmos pontos".

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 6
REVISÃO DAS HABILIDADES DE DC (DOMÍNIO
CRUZADAS)

O IMTAP possui 374 habilidades. Entretanto, algumas delas se repetem em mais de um


domínio. E para facilitar a identificação de cada uma dessas habilidades, ou "Domínios
Cruzados", existe uma indicação ao lado direito de cada uma delas, com a sigla “CD”.

Abaixo segue uma lista em ordem alfabética dessas habilidades e seus domínios e
subdomínios correspondentes:

Adapta a reprodução para coincidir com as mudanças do medidor


Motor bruto - perceptivo / visual / psicomotor
Musicalidade - andamento

Adapta a reprodução para coincidir com as mudanças de andamento


Motor bruto - perceptivo / visual / psicomotor
Musicalidade - andamento

Respostas fechadas (sim / não) perguntas


Cognitivo - tomada de decisão
Comunicação expressiva - comunicação relacional

Movimento consciente do corpo em ritmo


Motor bruto - perceptivo / visual / psicomotor
Musicalidade - andamento

Demonstra consciência de mudanças dinâmicas brutas


Musicalidade - dinâmica
Comunicação receptiva / percepção auditiva - mudanças musicais

Toca acompanhamento simples usando gráfico de acordes


Cognitivo - acadêmico
Motor fino - autoharp / Q Chord
Musicalidade - leitura de música

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Etapa 6
REVISÃO DAS HABILIDADES DE DC (DOMÍNIO
CRUZADAS)

Gráfico de acordes
Cognitivo - acadêmico
Motor fino - autoharp / Q Chord
Musicalidade - leitura de música

Lê notação de clave de sol


Cognitivo - acadêmico
Musicalidade - leitura de música

Canta melodia afinada com precisão


Musicalidade - vocal
Comunicação receptiva / percepção auditiva - canto / vocalização

Sustenta o período de atenção da duração da atividade


Cognitivo - fundamentos
Social - atenção

Tolera colocar o bocal nos lábios


Motor oral - produção de ar
Sensorial - tátil

Transcreve ideias musicais usando símbolos ou notação


Cognitivo - acadêmico
Musicalidade - criatividade e desenvolvimento de ideias musicais

Movimentos corporais inconscientes em ritmo


Motor bruto - perceptivo / visual / psicomotor
Musicalidade - andamento

Vocalizações inconscientes na tonalidade


Musicalidade - vocal
Comunicação receptiva / percepção auditiva - canto / vocalização

Vocaliza em resposta a um estilo / idioma musical específico


Musicalidade - vocal
Comunicação receptiva / percepção auditiva - canto / vocalização

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Etapa 7
FOLHA DE RESUMO

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"Aqui condensa a
avaliação
destacando
pontos fortes e
necessidades, ou
áreas que
necessitariam
ser trabalhadas".

Quadro original se encontra na página 178 do livro 

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 7
FOLHA DE RESUMO

"A folha de resumo do IMTAP fornece um formato geral para revisar a avaliação da
musicoterapia com os pais ou responsáveis do indivíduo.

Depois de completar a pontuação do IMTAP, o terapeuta deve revisar os resultados para


discernir quais domínios ou subdomínios se qualificam como pontos fortes ou necessidades.

Normalmente, os subdomínios com maior pontuação ou áreas que não requerem avaliação
seriam identificadas como pontos fortes.

Subdomínios ou áreas de pontuação mais baixa que inibem ou minimizam o potencial da


capacidade do indivíduo de participar das atividades diárias podem ser identificados como
necessidades.

Como o resumo do IMTAP pretende ser um meio informal de comunicar um perfil condensado
de cliente, nem todos os subdomínios avaliados seriam listados neste formulário.

Os pontos fortes e as necessidades podem ser delineados em marcadores ou de forma


narrativa". (BEXTEL et al., 2007))

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 8
IDENTIFICAÇÃO DE METAS E OBJETIVOS

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

" Use o
formulário de
metas e
objetivos para
relacionar as
metas do seu
cliente
diretamente às
categorias da
IMTAP que você
identificou e
avaliou".
Quadro original se encontra na página 179 do livro

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 9
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

DOCUMENTO DEFINIÇÃO

"O gráfico é a etapa


final, ele fornece
um perfil completo
do funcionamento
do cliente por meio
de uma
representação
visual clara dos
vários domínios e
subdomínios
avaliados.".

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 9
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

O gráfico é a última etapa da IMTAP. é a partir do gráfico que o musicoterapeuta poderá


fornecer um perfil completo do funcionamento do cliente em uma representação visual
clara, de todo processo de avaliação.

Para o musicoterapeuta decifrar as necessidades do paciente, precisa se atentar para os


picos mostrados pelo processo de representação gráfica.

Segue as orientações para executar essa etapa:

"1. Insira o nome do cliente, data de nascimento e data de avaliação no gráfico IMTAP
Formato.
2. Insira um título para o gráfico. Isso pode ser "Funcionamento geral" ou "Todos
Domínios. ”
3. Marque a caixa Perfil do domínio.
4. Na coluna denominada Domínio / Subdomínio, liste os domínios que foram avaliados.
5. À direita de cada domínio, coloque uma marca na posição aproximada correspondente
à pontuação para o domínio, conforme determinado na caixa Resumo do domínio na
conclusão das planilhas de pontuação de cada domínio. Use as marcações de pontuação
ao longo da borda inferior do gráfico para referência.
6. Conecte as marcações usando uma régua". (BEXTEL et al., 2007))

Criação de um gráfico de perfil de subdomínio

O mesmo se aplica para domínios de interesse. O avaliador poderá também fazer gráficos as
pontuações dos subdomínios. Segue as instruções para preencher e criar os gráficos de
diferentes subdomínios.
ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Etapa 9
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

"1. Insira o nome do cliente, data de nascimento e data de avaliação no formulário gráfico
IMTAP.
2. Insira um título para o gráfico. Este deve ser o nome do domínio.
3. Marque a caixa Perfil de subdomínio.
4. Na coluna denominada Domínio / Subdomínio, liste os subdomínios que foram
avaliados.
5. À direita de cada subdomínio, coloque uma marca na posição aproximada
correspondente à pontuação para o subdomínio, conforme determinado na caixa
Resumo do Domínio na conclusão das planilhas de pontuação de cada domínio. Use as
marcações de pontuação ao longo da borda inferior do gráfico para referência.
6. Conecte as marcações usando uma régua.
O gráfico IMTAP pode ser usado de forma criativa para comparar e fornecer dados de
avaliação.
Várias cores ou símbolos podem ser usados para traçar o progresso ao longo do tempo
ou para comparar os dados da avaliação". (BEXTEL et al., 2007))

ANOTAÇÕES IMPORTANTES

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Quadro original se encontra na página 180 do livro orginal.

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Quadro original se encontra na página 180 do livro orginal.

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Solução Problema
NOME:

Criança de 6 anos, diagnóstico não fechado, apresenta


comportamento opositor a tudo que as pessoas mais velhas
propõe, como professores, terapeutas, pais e avós. A mãe
procurou por musicoterapia porque ouviu falar que a
música acalma. O que fazer nessa situação?

DOMINIOS  OBJETIVOS

PROCEDIMENTO

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Name: Data:

MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Módulo III

o G r á f ic a d o s
Repres en t a ç ã
d o s n o E x c e l !
r e s u l ta
MÓDULO 3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS
RESULTADOS NO EXCEL

Neste módulo iremos aprender a construir gráficos no programa


Excel a partir dos resultados coletados de diferentes avaliações.
Com isso, ressaltamos a importância do uso do computador para
realizar essa aula. Os gráficos que serão trabalhados são os de
barras, colunas e linhas. Esses três gráficos serão aplicados nos
seguintes contextos: representação gráfica de uma avaliação de
diferentes Domínios; representação gráfica de uma avaliação dos
Subdomínios de um Domínio especifico; representação gráfica de
uma avaliação de comparação de resultados, como avaliação inicial
com avaliação parcial, avaliações mensais, trimestrais, semestrais
ou anuais.

ANOTAÇÕES

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O primeiro Gráfico que iremos aprender a fazer no Excel é um gráfico de coluna.
Utilizaremos os mesmos dados do Gráfico anterior, que apresenta o escore de
cada domínio. Segue o modelo:

ANOTAÇÕES

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Criando um Gráfico
da IMTAP no Excel

Vamos aprender o passo a passo

Abra o programa Excel.

Escreva o nome de todos os Domínios na


coluna da letra A.

Digite todo escore final de cada Domínio


na coluna da letra B.

Selecione as duas colunas.

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Criando um Gráfico
da IMTAP no Excel

Na barra de tarefa, clica na aba “Inserir” e


clique nos ícones dos gráficos.

Escolha o gráfico de Coluna.

Depois de escolher o gráfico, renomeei o


título do gráfico por “Avaliação
Musicoterapêutica”.

acrescente os demais títulos, clique na


primeira opção no ícone superior do lado
direito. Ao abrir uma janela, selecione
“Títulos dos Eixos”.

Nomeei o eixo da esquerda com a


nomenclatura “Sistema NRIC”. Agora faço o
mesmo com o eixo abaixo do gráfico com o
título “Domínios” e seu gráfico estar feito.

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AGORA SEGUINDO O MESMO PASSO
A PASSO, ALTERE O NOME DA
“COLUNA A” PARA OS SUBDOMÍNIOS
DA COMUNICAÇÃO EXPRESSIVA E
REPRODUZA O GRÁFICO A SEGUIR:

O MESMO RESULTA EM GRÁFICO DE BARRAS:

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A Quantificação IMTAP
Módulo
Visão geral

O IMTAP também pode ser usado no módulo de quantificação. Trata-se de uma ferramenta
para coletar dados em pesquisa, financiamento de terceiros e documentação. Segundas as
autoras (BEXTEL et al., 2007)) "É útil para documentar o progresso para pais / responsáveis,
educadores, profissionais de saúde e outros que possam precisar de representações visuais e
/ ou numéricas da intervenção da musicoterapia". O avaliador pode-se utilizar desse recurso
principalmente para quantificar os resultados terapêuticos por meios replicáveis.

O módulo de quantificação IMTAP passa a ser um complemento do sistema de pontuação


NRIC padrão. Pois se utilizando desse recurso, se torna mais preciso a coleta de uma
determinada habilidade para fornecer dados estatísticos.

Para Bexter e colaboradores (2007) "A observação de uma única habilidade fornece uma
amostra de comportamento, que é então convertida em uma porcentagem. Durante o
processo de quantificação, o clínico alterna entre observar o cliente e registrar os dados". As
sessões poderão tanto ser gravadas ou ao vivo, contudo, utilizando-se da segunda alternativa,
é importante que o observador seja um agente adicional (por exemplo um co-terapeuta) para
coletar dados enquanto as vivências acontecem.

Preparação

Etapa 1: seleção de habilidades


Para Bexter (2007) "A quantificação pode ser mais útil na documentação de habilidades
específicas ou conjuntos de habilidades, como o subdomínio de fundamentos de cada
domínio IMTAP". Lembre-se que o quanto a habilidade for mais clara e objetiva melhor é a
implementação desse protocolo, principalmente as que deixem pouco ou nenhum espaço
para debate ou interpretação. Por exemplo, medir habilidades como “Alcances para tocar /
tocar instrumento” (GM, Aiii) ao invés de algo mais subjetivo como medir seu empenho em
transcrever ideias musicais por meio de símbolos ou notação (MUS, Gxiii). Por isso que é
importante escolher a habilidade exata que você deseja medir antes de começar a
quantificação.

Etapa 2: o período de observação / registro


O registro preciso de dados é a chave para fornecer resultados estatísticos precisos. Com isso
em mente, o desafio de observar e registrar dados pode ser assustador. Este método de
coleta de dados utiliza um período dedicado apenas para observação, seguido por um
período de registro dedicado.
O exemplo a seguir, foi retirado do manual, a qual as autores usaram uma estrutura de
registro de cinco segundos para observação de 5 segundos. Para as autoras, a decisão sobre
o período de tempo é uma etapa que elas julgam importante na preparação para a coleta de
dados (BEXTEL et al., 2007)).
Se o comportamento que você está observando ocorre frequentemente ou em
um ritmo rápido durante a atividade (por exemplo, um cliente muito animado
ou ocorrência frequente da habilidade), você pode querer usar um curto
período de tempo, como uma observação e registro de três segundos . Se o
comportamento for lento, como um cliente com movimentos muito lentos
respondendo em um ritmo lento e com atraso significativo, você pode desejar
estender o tempo alocado para observação e registro.
No entanto, o período de observação e registro não deve ser ajustado após o
início da contagem (BEXTER 2007).

Etapa 3: selecionar um sistema de indicação de tempo

Esta é uma escolha pessoal do avaliador, o mesmo pode usar um aparelho eletrônico (celular /
tablet) com cronômetro ou mesmo marcar no relógio de parede.

Conforme ao exemplo a seguir, um período de observação / registro de cinco segundos foi


escolhido. Um loop gravado foi feito com a dica verbal “Observe” para iniciar a marcação
(gravação). Em intervalos de cinco segundos, as dicas verbais “Grave” e, cinco segundos depois,
“Observe” foram repetidas por um tempo hábil para coletar os dados.

Coleção de dados

Enquanto o avaliador acompanha a gravação da sessão via vídeo (com o dispositivo


escolhido para representar os períodos de observação e registro), o mesmo irá marcar
cada símbolo apenas uma única vez, independentemente do número de vezes que o
comportamento foi demonstrado.

Mesmo que o cliente tenha demonstrado “Alcança para tocar / tocar instrumento” três
vezes em um período de observação, o + é marcado uma única vez. Segundo Bexter e
colaboradores (2007):
Se o cliente não demonstrou esse comportamento porque ele / ela estava distraído
verbalmente (por exemplo, falando consigo mesmo, falando com o terapeuta,
cantando, etc.), corte o símbolo V para indicar uma distração verbal. Se o cliente não
alcançou o instrumento porque estava distraído com os movimentos motores (bater,
bater, etc.), o símbolo M deve ser marcado. O comportamento fora da tarefa, como
sonhar acordado, contemplar a luz, recusa em cooperar, etc., seria marcado com o
símbolo O. Por último, o "N / A" pode ser usado quando a oportunidade não foi
apresentada ou não pôde ser gravada (por exemplo, o cliente deixa cair o martelo, o
terapeuta interrompe a música para redirecionar ou o cliente sai do campo de visão do
gravador) .

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No caso do paciente tocar um instrumento duas vezes conforme a sugestão do
musicoterapeuta, mas quando instruído novamente no mesmo período de observação, ele
pedir ao terapeuta uma nova atividade, isso seria registrado como duas barras na mesma
caixa: um + para a habilidade demonstrada e um V para indicar distração verbal.

Como é o delineamento da contagem das pontuações?

1. Conte o número de respostas de cada tipo e insira no espaço em branco correspondente


na parte inferior da folha de contagem.

2. Insira o número total de caixas no segundo espaço em branco.

3. Divida o primeiro número pelo segundo para chegar à sua porcentagem.

4. Insira o resultado no espaço em branco final.

ATENÇÃO

Se 6 caixas forem preenchidas e a criança avaliada demostrar uma habilidade desejada (+)
em 3 delas, a criança demonstrou 50 % da habilidade desejada conforme a figura (exemplo
retirado do manual - BEXTEL et al., 2007)) abaixo:

No exemplo a seguir, você notará uma criança a qual demonstrou a habilidade desejada em 50%
das vezes, entretanto a mesma criança demonstrou também uma distração verbal em 33 % das
vezes. Isso é esperado, já que os clientes geralmente demonstram vários comportamentos no
mesmo período de observação.

É importante salientar que a presença de um comportamento não se diz respeito a exclusão do


outro. Os pacientes que apresentam a habilidade desejada 100 % do tempo é o mesmo que
pode apresentar uma necessidade nas áreas de distração verbal, distração motora ou
comportamento fora da tarefa conforme o exemplo a seguir:
Para as autoras, mudanças significativas no comportamento podem ser observadas
à medida que essas porcentagens aumentam ou diminuem (Para as autoras,
mudanças significativas no comportamento podem ser observadas à medida que
essas porcentagens aumentam ou diminuem (BEXTEL et al., 2007).

Segue um exemplo de Alexndre M. da Silva em sua dissertação de mestrado:

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(BAXTER el at p.181, 2007)

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Name: Data:

MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Módulo IV

D e v o l u t i v a s !
Relató r io s e
MÓDULO 4 – RELATÓRIOS E DEVOLUTIVAS.

Para finalizar nosso curso, neste módulo, discutiremos as


inúmeras possibilidades de construir um relatório de maneira
informativa, que apresente dados, dentro de uma avaliação
quantitativa, mas levando em consideração também todo
processo avaliativo em uma perspectiva qualitativa. Além do
documento a ser entregue aos responsáveis, é importante o
profissional saber lidar com os mesmos, descrevendo como
foi pensada todas as etapas de avaliação e intervenção da
pessoa avaliada, o que foi trabalhado e o quais serão as
ações futuras..

ANOTAÇÕES

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RELATÓRIO

O relatório clínico tem como um dos principais objetivos, descrever o


processo musicoterapêutico, a partir da avaliação inicial (ou parcial),
embasando um plano de intervenção construído pelo profissional, até
o resultado parcial e/ou final do tratamento.

Nesse documento, o musicoterapeuta pontua as dificuldades que o


paciente vem apresentando em seu processo terapêutico, assim como
suas potencialidades. Também é importante enfatizar as ações futuras
que o musicoterapeuta irá adotar, ou no caso de desligamento, relatar
o processo de alta.

O relatório quando é utilizado para fins de encaminhamento, é


importante deixar claro os interesses do paciente, facilitando para o
futuro profissional, informações que podem favorecer sua ações
terapêuticas.

Por se tratar de um documento, é importate o relatório ter todas as


informações do profissional, como nome completo, número do
cadastro profissional e a assinatura carimbada.

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Nome completo do profissional
Musicoterapeuta Clínico
CPMT-BR 000 / 00

Cléber é uma criança de 7 anos e 3 meses com diagnóstico de TEA (CID F 84.0). O mesmo ingressou na
musicoterapia no dia 7 de Setembro de 2019, no programa de uma sessão semanal, com duração de 45
minutos.  Inicialmente, o musicoterapeuta fez uma entrevista de anamnese e a aplicação da ficha
musicoterápica com a mãe do paciente, na adesão da terapia. Em seguida, investigou-se como Cléber se
organizava nas tarefas propostas, observando em que áreas e domínios o mesmo apresentava mais atraso
dentro do desenvolvimento neurotípico, assim como as potencialidades do mesmo.  Após esse primeiro
momento, investigou-se, por meio de vídeos, informações que apontassem o engajamento da criança
dentro de sua rotina, em seus mais diversos contextos, e como se organizava nas tarefas diárias,
observando em que áreas e domínios, a criança apresentava mais atraso dentro do
neurodesenvolvimento.

Ao longo da sessão de avaliação admissional, o terapeuta utilizou-se de um instrumento avaliativo


denominado IMTAP (Individualized Music Therapy Assessment Profile), por meio do qual foi constatado
que Cléber necessitava de apoio em alguns subdomínios na área Comunicação Expressiva.  Seus pontos
fortes, segundo os escores da escala, são nas áreas da Motricidade Ampla, Cognitivo, Sensorial,
Comunicação Receptiva e Musicalidade. Essas áreas foram avaliadas pela escala citada, e os resultados de
cada uma dessas avaliações estão descritas no decorrer deste documento.
      
A realização do registro de dados na IMTAP, se dá por meio da utilização do sistema NRIC, sendo o N-
Nunca (0%); R – Raramente (abaixo de 50%); I - Inconsistente (entre 50 e 79%); e C - Consistente (de 80 a
100%).

É importante enfatizar que, a IMTAP não se propõe a diagnosticar nenhum paciente, seu principal objetivo
é tornar possível um acompanhamento do quadro evolutivo de Cléber, a partir de suas próprias
pontuações e o detalhamento do seu perfil individual, resultante da avaliação inicial, indicando a área com
maior potencialidade, área com maior dificuldade e a Musicalidade.

Nome da clinica, endereço e complemento, Cidade, estado e País


(00) 3456-7890 alo@emaildaclinica.com.br
sitedaclinica.com.br

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No início do procedimento, Cléber entrou no setting acompanhado com a sua mãe, mas em curto espaço de
tempo, a mesma saiu, possibilitando que a criança pudesse explorar o ambiente de maneira mais livre.
Cléber apresentou interesse pelas baquetas e violão.  Nesse primeiro contato, o musicoterapeuta percebeu
que a criança apresentava algumas estereotipias e dificuldade de ficar sentada por um certo período de
tempo. Também foi observado que o mesmo verbalizava algumas silabas, concluindo o final das canções,
principalmente música de cantigas de roda.

No parágrafo a seguir, falaremos de cada área avaliada de maneira especifica, inicialmente, as que apontam
maiores dificuldades:
 
●     Comunicação Expressiva
Na avaliação admissional na área da comunicação expressiva, a criança apresentou um quadro de 42% em
seus fundamentos, indicando que se encontra dentro da classificação RARAMENTE no sistema NRIC. 
Inicialmente, a criança estava no estágio pré-verbal, utilizando um pouco de estrutura silábica para
completar canções ou algumas palavras chaves. Cléber demostrou uma vocalização clara e de maneira
espontânea.  A criança não apresentou ecolalia, mas as idiossincrasias eram bastante presentes.

Cléber completava o final das músicas, como “o meu pintinho amarelinho”, respondendo o “piu-piu” ou
“miau” do “atirei o pau no gato”, respondendo bem a técnica provocativa musical. Já na comunicação
receptiva, quando peço um beijo, por exemplo, ele dá sem restrição. O mesmo acontece com “tchau” ou
quando a música não lhe agrada, levando as mãos aos ouvidos, mostrando que não tem déficit auditivo.

Cléber apresentava idiossincrasia de fala, sua vocalização é clara, apropriada para a sua idade, mas muito
dessas vocalizações são utilizadas mais como auto-organização, do que iniciação de uma conversa.
  
● Social
O social ficou 65% em seus fundamentos na IMTAP, colocando-o dentro do quadro INCONSISTENTE no
sistema NRIC. A criança não demostra atraso nos “Fundamentos” da área social de forma significativa, pois o
mesmo apresenta consciência da presença de terceiros. Quando tem interesse, olha nos olhos dos mesmos,
mantendo o contato visual socialmente apropriado. Sua atenção compartilhada também não apresenta
nenhum prejuízo. Porém, quando não quer fazer alguma atividade, reage gritando, precisando de uma
intervenção mais comportamental.

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Já em outros subdomínios, como “Tomada de Turnos”, “Seguindo Instruções/Comandos” e, principalmente,
“Habilidades Relacionais”, precisam ser mais trabalhadas e estimuladas.
  
O parágrafo a seguir abordará as potencialidade de Cléber conforme a IMTAP.
    
●      Área Motora
Na motricidade ampla, Cléber atingiu 83 % nos fundamentos, colocando-o dentro do quadro RARAMENTE no
sistema NRIC da IMTAP. Cléber se move espontaneamente pela sala, utiliza do tônus muscular
apropriadamente durante o movimento, mas com uma particularidade no andar. A sua marcha do calcanhar
aos dedos é regular. Porém se faz necessário intervir nas habilidades da motricidade fina.
 
●     Musicalidade
O domínio da musicalidade da criança iniciou-se com 90% em seu fundamento da IMTAP, colocando-o dentro
do quadro CONSISTENTE no sistema NRIC. Ele é alertado pela música, indica desejo de ter contato com um
instrumento musical, principalmente a baqueta e o violão, explora o instrumento com facilidade e vocaliza
em resposta à música. O seu canto é espontâneo e segue o andamento da música.  Seu gosto musical se
resume à música infantil.

Desta forma, o plano de atendimento para o Cléber, inicialmente, teve como foco nas atividades de
improvisações musicais. Essas atividades permitem uma aproximação do terapeuta com o paciente de forma
não invasiva, buscando assim, os interesses da criança e possibilitando abertura de canais de comunicação
para trabalhar as problemáticas com mais eficácia, fortalecendo a confiança e o vínculo inter-relacional.

Por fim, em musicoterapia, o processo de avaliação inclui duas fases básicas: avaliação inicial e avaliação
final. A avaliação inicial é a fase do processo terapêutico em que o terapeuta observa o paciente para
compreender e identificar de que maneira se relaciona com a problemática apresentada. A avaliação final é a
etapa em que o terapeuta avaliará se houve ou não a modificação da problemática do paciente em relação às
avaliações iniciais. Para que novos resultados sejam obtidos, se faz necessário uma futura aplicabilidade da
escala, de caráter comparativo com a avaliação inicial, para constatar os ganhos que Cléber obterá no
processo terapêutico, em suas respectivas áreas.

Atenciosamente,
Musicoterapeuta responsável

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DEVOLUTIVA

O objetivo da devolutiva é apresentar em uma reunião com os


responsáveis (ou instituição que trabalha) os resultados da
avaliação musicoterapêutica realizadas durante o período
destinado as sessões de atendimento para o paciente.

O profissional deverá levar amostras dos registros, observação e


anotação, durante os atendimentos, para melhor entender, sobre
o processo como um todo.  verificando no transcorrer da analise
os pontos de desafios e potencialidades, que o paciente
demostrou e como o profissional interviu diante dessas demandas.

É importante o musicoterapeuta deixar as informações mais


compreensivas o possível, fugindo de termos muitos técnicos, a
não ser que os responsáveis estejam familiarizados com os
mesmos.

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Testes de Alexandre M. da Silva

Pág. 104

Pág. 105
Pág. 106

Pág. 109
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MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Muito
Obrigado!!

Obrigado pela confiança.


Espero ter ajudado
você a dominar melhor esse
assunto. Sucesso.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

•BAXTER, H T., BERGHOFER, J. A; MACEWAN, L.; NELSON, J.;


PETERS, K.; ROBERTS, P. The Individualized Music Therapy
Assessment Profile: IMTAP. London, Jessica Kingsley Publishers,
2007.

•GATTINO, Gustavo Schulz. Musicoterapia e Autismo: Teoria e


Prática / Gustavo Schulz Gattino. São Paulo: Memmun, 2015.

• SILVA, Alexandre Mauat da. Tradução para o português


brasileiro e validação da escala Individualized Music Therapy
Assessment Profile (IMTAP) para uso no Brasil. Dissertação
(Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2012.
120f.

•THAUT, M. & HOEMBERG, V. (2014). Handbook of neurologic


music therapy. Oxford University Press.

•União Brasileira das Associaçoes de Musicoterapia - UBAM.


JUSTIFICATIVA PARA PROJETOS DE MUSICOTERAPIA. UBAM /
Comissão de Políticas de Organização Profissional. Relatoria:
Camila Acosta Gonçalves e Lázaro Castro; Presidente: Eber
Marques Jr. Arte e diagramação: Fernanda Franzoni Zaguini.
Disponível em: http://ubammusicoterapia.com.br/wp-
content/uploads/2019/12/Justificativa-para-Projetos-de-
Musicoterapia.pdf. Acesso em 16 de abril de 2020.

•Waldon, E., & Gattino, G. (2018). Assessment in Music


Therapy: Introductory Considerations. In Music Therapy
Assessment: Theory, Research, and Application (pp. 19-41).
London: Jessica Kingsley Publishers.

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Antônio Bruno Verga Pinto
Musicoterapeuta Clínico
CPMT-CE 007 / 16

Bruno Verga é musicoterapeuta e educador musical. Especialista em


Musicoterapia pela Faculdade Padre Dourado (FACPED) através do
Instituto Graduale. Graduado em licenciatura plena em música pela
Universidade Estadual do Ceará (UECE). É formado pela Academy of
Neurologic Music Therapy em Musicoterapia Neurológica (NMT), tem
formação na Abordagem Plurimodal de Musicoterapia-APM e certificado
na Individual Music-Centered Assessment Profile for
Neurodevelopmental Disorders (IMCAP-ND).
Atualmente desenvolve um trabalho clínico com crianças com atraso do
neurodesenvolvimento e reabilitação neurológica no Centro
Especializado em Reabilitação – CER II de Maracanaú-CE e Fundador da
BV Musicoterapia LTDA. É professor convidado do curso de pós-
graduação em Musicoterapia pelo instituto Graduale – FACPED e
ministram cursos e oficinas de capacitação nas áreas da educação e da
saúde.

Contatos: (85) 9 8739-1478. E-mail: mt.brunovega@gmail.com

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ESTE E-BOOK É O RESULTADO DE UM TRABALHO QUE TEM
COMO O SEU PRINCIPAL OBJETIVO ABORDAR O ASSUNTO
ESCALA IMTAP DENTRO DE UMA LINGUAGEM DE FÁCIL
COMPREENSÃO E DA MANEIRA MAIS PEDAGÓGICA POSSÍVEL.
NELE O LEITOR ENCONTRARÁ ASSUNTOS ACERCA DA
TRADUÇÃO E VALIDAÇÃO DESSE INSTRUMENTO AVALIATIVO,
ASSIM COMO O CONTEXTO HISTÓRICO E SUA
APLICABILIDADE, PASSANDO PELAS 9 ETAPAS, DA
AVALIAÇÃO ADMISSIONAL ATÉ A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA.
TAMBÉM FOI INSERIDO CASOS CLÍNICOS, SOLUÇÃO
PROBLEMAS, EXERCÍCIOS RELACIONADO A CADA UM DOS 4
MÓDULOS E UM MODELO DE RELATÓRIO AVALIATIVO,
PONTUANDO PARTICULARIDADES DA PROPRIA ESCALAS.
Antônio Bruno Verga Pinto

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