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Avaliação
em
Musicoterapia
co ter a pêu ti c a:
à A v a li a ç ão Musi icos
Introdução Conceitos Bás
Ementa
À medida que o uso da musicoterapia se torna mais difundido, também aumenta a necessidade de uma avaliação
detalhada. Ferramentas de avaliação padronizadas e conhecimento de como integrar a avaliação à prática clínica são
necessários para fins de ensino, pesquisa e clínicos em todo o mundo.
Com base nas conclusões dos membros do Consórcio Internacional de Avaliação da Musicoterapia (IMTAC), esta antologia
abrangente reúne as pesquisas mais recentes e os métodos de prática clínica sobre avaliação da musicoterapia. Olhando
para as ferramentas de avaliação disponíveis de forma holística, o livro cobre os principais modelos de avaliação usados
atualmente na prática clínica e detalha a configuração de cada modelo e motivação, desenvolvimento, base teórica e como
implementá-lo em um ambiente clínico.
ANOTAÇÕES
A forma de avaliar o desempenho de uma pessoa assistida é algo bem presente nas
discussões no meio acadêmico, principalmente na musicoterapia. Novas ferramentas
surgem com mais frequência nos dias atuais e as mais antigas passam por constantes
atualizações.
Ao falar sobre esse tema, é pertinente enfatizar que existem vários meios de avaliar uma
pessoa, entre inúmeros recursos desenvolvidos para prática clínica e educacional, eles se
desdobram como testes, escalas e questionários (Idem p.45).
Segundo Sampaio (2018) a pessoa que busca por tratamento, parte de um lugar de 'menos
saúde' e, com o apoio do musicoterapeuta, busca sair dessa zona para outra de 'mais saúde'.
O ponto de partida trata-se de uma avaliação diagnóstica musicoterapêutica.
O plano de atendimento musicoterapêutico é constituído por ponto de partida, o ponto de
chegada e a previsão de caminho que o paciente (ou grupo) junto musicoterapeuta irão
percorrer.
"Neste processo, o paciente irá de um 'estado atual' de menos saúde, ou de pior condição de saúde,
para um “estado pretendido” de mais saúde, ou de melhor condição de saúde (SAMPAIO, 2018).
Foi dito anteriormente sobre às 6 etapas que a AMTA trata referente ao processo musicoterapêutico,
falaremos agora sobre os quatro momentos em que a Avaliação Musicoterapêutica sob a perspectiva
de Sampaio. Segundo o autor (2018), elas se dividem da seguinte forma:
"1. No início do processo clínico, como Avaliação Diagnóstica inicial, no qual se busca descrever e
compreender o estado atual de saúde do paciente, bem como suas limitações e potenciais;
2. Ao final do processo clínico, para verificar se os objetivos terapêuticos foram alcançados e, portanto,
se o processo clínico pode ser finalizado;
Processo Musicoterapêutico
Talvez as escalas de avaliações não fossem usadas, principalmente se não fizessem parte do
campo teórico de um determinado modelo. Porém, até mesmo um modelo com base
psicanalítica, indicam procedimentos técnicos para o início do processo musicoterapêutico.
Por exemplo, Benenzon já utilizava de entrevistas preliminares, que incluem o levantamento
aberto ou diretivo da história sonoro-musical do paciente, o teste sonoro e os testes ativos.
Então o que já se tinham na musicoterapia era:
"Entrevista inicial – onde obtemos informações para o tratamento sobre “a história sonora”
do paciente e a “Queixa Principal” .
Fonte: http://www.clavedec.com/2017/07/musicoterapia-voce-sabia.html
FICHA MUSICOTERÁPICA
ANOTAÇÕES
Conceitos básicos sobre
avaliação em musicoterapia
Item
"Unidade representativa do conteúdo de uma ferramenta de avaliação (adaptado de
Urbina, 2014 apud Gattino 2020).
Tipos de itens:
Resposta Selecionada: O paciente ou o grupo seleciona uma dentre várias alternativas.
Escolha Forçada: Uma checklist é um exemplo de escolha forçada, por o paciente ou o
grupo fornece uma resposta, como sim ou não.
Itens de Resposta Construída ou Itens de Resposta Aberta: O paciente ou o grupo,
pode responder sem uma pré-definição das suas respostas de maneira livre.
Fenômeno: Um evento observável ou ocorrência física (Sagar, 2017 apud Gattino, 2020).
Fenômeno
Trata-se de um evento observável ou ocorrência física (Sagar, 2017 apud Gattino, 2021).
Para Gattino (p. 17 2020). O fenômeno se associa principalmente com a análise e
interpretação do método de observação.
Ferramenta de avaliação
"Qualquer dispositivo usado para poder coletar informações sobre o usuário" (Waldon &
Gattino, 2018).
Método de avaliação
Waldon e Gattino (2018 apud Gattino p. 17 2020) "definem os métodos de avaliação em
quatro categorias a partir do acrônimo RIOT (Reviewing, Interviewing, Observing,
Testing)" que trazendo para o português significa revisar documentos, entrevistas,
observações, e testes e medidas. A seguir iremos conhecer melhor o Modelo RIOT.
Utilização de provas /
Observações.
medidas (testes).
Waldon, E., & Gattino, G. (2018). Assessment in Music Therapy: Introductory
Considerations. In Music Therapy Assessment: Theory, Research, and Application (pp. 19-
41). London: Jessica Kingsley Publishers.
ANOTAÇÕES
Aqui existe uma relação direta entre o processo dos escores de cada item com os
conteúdos relevantes com o constructo avaliado pelo teste.
Medida ou mensuração:
"Qualquer informação que pode ser coletada de modo quantitativo, escore de um teste,
peso, altura, frequência, duração, etc". (Waldon & Gattino, 2018 apud Gattino p.18 2020)
Validade
A validade está mais ligada ao julgamento integrado do grau em que as evidências
empíricas correlaciona com o referencial teórico. Desta maneira é possível sustentação
da adequação e a qualidade das inferências e ações com base nos resultados dos
testes.
Confiabilidade
Para Gattino (2020), "se refere ao grau em que uma avaliação está livre de erros
aleatórios, produzindo os mesmos resultados (precisão) em várias aplicações para o
mesmo indivíduo ou grupo de indivíduos (Drost, 2011)".
Desta forma, a confiabilidade aponta a fidedignidade dos resultados da avaliação em si.
ANOTAÇÕES
planejamento;
coleta de dados;
análise, interpretação e conclusão;
documentação e comunicação dos resultados;
Em seguida um quadro desenvolvido por Gattino (2020) ilustrando o caminhar das quatros
etapas:
Gattino (2020)
Uma pesquisa quantitativa geralmente é utilizado escalas de avaliação validada para o uso
daquela determinada situação. Sempre utilizando métodos científicos, estruturados com
técnicas estatísticas para quantificar as respostas do avaliado para uma determinada ação
(estudo, tratamento etc).
ANOTAÇÕES
5) Saúde mental e física – estuda como o ser humano entende a sua própria saúde
mental e física (dentro ou fora do esperado) e pela necessidade de apoios segundo
diferentes terapias e cuidados.
Pensamentos: "se refere ao conteúdo e forma em que a pessoa pensa sobre diferentes
assuntos na sessão. Conteúdo do discurso verbal: avaliação do conteúdo e da forma de
utilizar a linguagem verbal na sessão" (GATTINO 2020).
Gestos, posturas e movimentos corporais: "foco no modo em que a pessoa interage com o
corpo no setting segundo os seus gestos, posturas (o modo que a pessoa posiciona o seu
corpo de diferentes formas) e por meio dos movimentos usados" (GATTINO 2020).
Expressões faciais: Expressões faciais estão associadas em sua maior parte com as emoções
e sensações.
ANOTAÇÕES
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Módulo II
te ra pê utica II:
à Ava li a çã o Musico B rasil.
trod ução o u so no
In
os e va lid ad os para
duzid
Protocolos tra
The Individual Music-Centered Assessment Profile for
Neurodevelopmental Disorders (IMCAP-ND)
Síntese do Manual
A IMCAP-ND é um método para observar, escutar e avaliar as respostas emocionais á música,
cognição e percepção, preferências, eficiência perceptiva e autoregulação nos indivíduos com
transtornos do neurodesenvolvimento. Junto ao fazer musical, e a enquadramento
desenvolvimentista e baseado na relação, o IMCAP-ND foca sobre como os clientes percebem,
interpretam e criam música com o terapeuta como primeiro passo para formular objetivos clínicos
e estratégias para trabalhar com clientes. O IMCAP-ND inclui três escalas fáceis de aplicar que
avaliam os clientes em vários níveis de desenvolvimentos e idades cronológicas desde crianças até
adultos. Além disso, proporciona ao terapeuta procedimentos e protocolos musicais, bem como
princípios orientadores para facilitar o processo de avaliação na sessão.
Eventos no Brasil
A coleta de dados do IMCAP-ND, é por meio da experiências musicais improvisadas, com base nos
interesses do cliente e na orientação musical, visando uma melhor leitura do quadro paciente.
Para Carpente (2017): "O IMCAP-ND examina habilidades musicais-emocionais, cognição musical e
habilidades de percepção, bem como responsividade musical que lida com preferências, eficiência
perceptiva e auto-regulação no jogo musical".
Frequência:
Apoio:
Meio:
II. AFETO MUSICAL: Como o cliente responde afetivamente para o jogo musical.
III. ADAPTAÇÃO AO JOGO MUSICAL: O cliente adapta a sua participação no jogo musical em resposta
ao terapeuta. Aqui, o cliente segue o que o terapeuta está fazendo tal como um parceiro de jogo, mas
não responde necessariamente a elementos musicais específicos (jogo musical paralelo).
IV. ENGAJAMENTO MUSICAL: O cliente usa elementos musicais específicos para alcançar ou se
engajar na música do terapeuta. Aqui, o cliente está engajado na música do terapeuta tal como
sinalizada, e não oferece ideias musicais originais. (jogo musical Paralelo/Interativo).
V. INTER-RELAÇÃO MUSICAL: O cliente contribui com ideias musicais originais para se engajar no jogo
musical com o terapeuta. (jogo musical paralelo/ interativo).
q) Inicia: começa espontaneamente uma interação musical significativa com a intenção de convidar o
terapeuta.
r) Modifica: inicia espontaneamente, uma mudança original e significativa em qualquer elemento
musical.
s) Diferencia: toma o papel de solista ou acompanhante usando o próprio material musical; contrasta
os próprios elementos musicais em relação ao terapeuta.
t) Assimila: incorpora ideias musicais do terapeuta dentro da sua própria musica original.
u) Conecta: une espontaneamente o material musical original com frases e seções existentes.
v) Interpõe: coloca ideias originais dentro dos espaços musicais oferecidos pelo terapeuta original.
w) Completa: usa as próprias ideias musicais para criar fechamentos para a música.
x) Lidera/segue: inicia de modo independente mudanças na liderança e no seguimento de papéis com
o terapeuta.
Respostas alvo:
I. PREFERÊNCIAS: em que medida o cliente responde com afeto positivo neste meio musical.
II. EFICIÊNCIA PERCEPTUAL: o sucesso relativo que o cliente tem neste meio musical quando realiza tarefas
perceptivas.
III. AUTO-REGULAÇÃO: em que medida o cliente mantém a atenção e a disponibilidade para interagir com este meio
musical.
Variações:
a) ANDAMENTO: lento (adagio) = 66–76 bpm; médio (andante) = 76–108 bpm; rápido (allegro) = 120–168 bpm.
b) DINÂMICA: suave = piano; média = mezzo-forte; intensa = forte.
c) ALTURAS: baixas = DÓ3–SI3; registro médio = DÓ4–SI4; elevadas = C5–B5.
d) ATAQUE: PD = principalmente destacado (staccato); DL = destacado (staccato) e ligado (legato); PL=principalmente
ligado (legato).
Anotações
IMCAP-ND
A música vai além do espaço terapêutico e o objetivo é que essas informações musicais possam ser
trabalhadas também no ambiente de convívio de cada família, é por isso que buscamos outra
ferramenta avaliativa que possa auxiliar os terapeutas nesse processo, surgindo a oportunidade de se
trabalhar conjuntamente com a MEL.
Music in Everyday Life (MEL) é um questionário criado por Grace Thampsom e Tali Gottfried e seu
principal objetivo é compreender a dinâmica musical dentro do cotidiano da família. Gattino diz que
“Este instrumento permite verificar, ao longo do tempo, a evolução da família dentro do tratamento
musicoterapêutico” (GATTINO, 2015, p. 47).
Esse questionário avaliativo tem sete domínios e foi elaborado para o uso da música na rotina diária das
famílias e/ou responsáveis, que têm filhos com TEA. Mas pode ser facilmente aplicado para diversos
grupos familiares. Os domínios são:
● Canto conjunto;
● Tocando instrumentos musicais juntos;
● Escutando músicas juntos;
● Utilizando aplicativos musicais juntos;
● Membros da família tocando instrumento
musical;
● Gêneros musicais preferidos;
● Frequência de uso de música para apoiar
atividades na vida cotidiana.
Anotações
MEL
A KAMUTHE foi a primeira escala da musicoterapia traduzida e validada para o Brasil. O delineamento
foi desenvolvido a partir das pesquisas do musicoteapeuta Gustavo Gattino, tema de sua tese de
doutorado aqui segue um recorte da aplicabilidade da escala, conforme a tese de Gattino.
Aplicação: realização de três encontros de 40 minutos para realizar atividades pré-determinadas com o
intuito de avaliar diferentes formas de comunicação pré-verbal da criança. Durante a realização dos
três encontros, um observador irá filmar todos os encontros para uma análise posterior.
Análise: serão analisados pequenos fragmentos de vídeo dos três encontros de avaliação. Em cada
encontro serão analisados os minutos de 4-7, 15-18 e de 25-28. Para cada trecho observado, o
avaliador irá analisar a ocorrência de comportamentos em intervalos de tempo de cinco segundos,
através de uma tabela de microanálise. Para cada manifestação, o avaliador deve marcar um x no
intervalo de cinco segundos. Segue um exemplo de tabela de microanálise para o comportamento
“gestos não convencionais”:
Se o comportamento durar mais do que cinco segundos, o avaliador deve marcar um x nos intervalos
de tempo seguintes. A soma consecutiva de intervalos marcados na tabela representa a duração do
comportamento. A análise do instrumento não diferencia se um comportamento surge de forma
espontânea ou de forma dirigida.
Contudo, o protocolo de atividades contempla situações onde essas duas possibilidades possam ser
observadas.
O instrumento também contempla a observação de comportamentos do musicoterapeuta. Da mesma
forma, as observações são feitas segundo a utilização da microanálise.
Para abordar este conteúdo, foi extraído informações e ilustrações do artigo acima,
com a referência:
As IAPs têm duas versões, uma a versão completa, originalmente publicada em 1987 no livro
Improvisational models of music therapy de Kenneth Bruscia e uma mais recente, que trata-
se de uma versão mais resumida. Está ultima versão foi enviada pelo próprio K. Bruscia para
os pesquisadores que estavam envolvidos na tradução e validação, o qual foi elaborada no
ano de 2012. Bruscia ao relatar sobre essa nova versão para a equipe de validação, disse
esta é uma versão mais funcional das IAPs. Esta escala têm seis perfis, e eles são: saliência,
tensão, autonomia, variabilidade, integração e congruência.
Todos os domínios
começam com a seção
"Fundamentos", que é
representada com a letra
“A” e continuam com
subdomínios, sendo cada
subdomínio representado
com as demais letras de
ordem alfabética e, em
seguida, as suas
respectivas habilidades.
DOCUMENTO DEFINIÇÃO
"Cada subdomínio
é avaliado por
meio do
sistema de
pontuação NRIC,
que poderá por
sua vez ser usado
de duas maneiras:
Quadro original se encontra na página 57 da dissertação.
estimado ou por
pontos (número de
chances dividida
por número de
acertos)".
Anotações
IMTAP
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Módulo III
t e r a p ê ut i ca II:
A v a l i a çã o M usico utas
Introdução à volvidos por musicoterape os.
Protocolos de
sen brasileir
Protocolos de avaliação musicoterapêutico
desenvolvido por brasileiros
Neste módulo iremos falar sobre três de vários instrumentos de avaliação desenvolvidos
por musicoterapeutas brasileiros. O primeiro que iremos abordar é sobre a escala
DEMUCA (Desenvolvimento Musical de Crianças com Autismo), desenvolvido pelo
educador musical Gleisson Oliveira e validado pela musicoterapeuta Marina Freire e
colaboradores. O segundo é o quadro audiomusicoverbal criado por Nydia Monteiro e
por último o protocolo de obervação de grupos em musicoterapia desenvolvido por
Claudia Zanini e colaboradores.
1. Comportamentos restritivos;
2. Interação social/Cognição;
3. Percepção/Exploração sonora;
4. Percepção/Exploração rítmica; Gleisson Oliveira
5. Exploração vocal;
6. Movimentação corporal com a música.
Marina Freire
Preenchimento da Escala DEMUCA
Para todos os itens apresentados em cada categoria, o avaliador deverá escolher a opção
mais predominante, ou seja, que melhor descreve a criança observada, entre “não”, “pouco”
e “muito”:
O peso dos itens varia apenas nas categorias Percepção/Exploração rítmica e Exploração vocal.
Ao todo, cinco itens têm peso dois, ou seja, têm o seu valor multiplicado por 2, e por isso são
destacados na escala com a notação “x2”. Isso acontece por serem itens de complexidade
progressiva, presentes em um fluxo previsível do desenvolvimento, em que os itens iniciais são
pré-requisitos dos itens subsequentes. Ou seja, ao ser capaz de realizar tais itens, a criança
demonstra já ter transcendido a fase de realização dos itens anteriores da mesma categoria.
Anotações
DEMUCA
* Contato Visual com o Terapeuta (CVT): ato de direcionar o olhar ao terapeuta durante a realização do exercício.
* Contato Visual com o Cuidador (CVC): ato de direcionar o olhar ao cuidador durante a realização do exercício.
* Contato Visual com o Objeto (CVO): ato de direcionar o olhar para um instrumento musical enquanto executado
pelo próprio sujeito ou pelo terapeuta.
* Seguir o Instrumento com o Olhar (SIO): ato de manter o olhar fixo no instrumento musical em movimento
enquanto executado pelo terapeuta na direção lateral, superior, inferior ou linha média em relação ao eixo central
da cabeça do sujeito.
* Cantar ou vocalizar (C): emitir sons vocais demonstrando intenção de acompanhar a canção.
* Acompanhar a Música com Movimentos (AMM): realizar movimentos corporais com a cabeça, membros
superiores ou membros inferiores seguindo a orientação do exercício musical.
* Sorrir (S): demonstrar agrado através do sorriso.
* Tocar (T): ato de segurar e movimentar um instrumento musical para produzir som.
* Esperar a Vez (EV): habilidade de esperar o momento solicitado através
da canção para executar uma ação musical.
* Reproduzir o Pulso Rítmico (RPR): habilidade de reproduzir o batimento regular da música através de palmas ou
instrumento musical.
* Sustentar o Pulso Rítmico (SPR): habilidade de reproduzir o batimento regular da música através de palmas ou
instrumento musical durante um período prolongado.
* Repetir Células Rítmicas (RCR): habilidade de reproduzir uma sequência rítmica simples através de palmas ou
instrumento musical frente a um modelo dado pelo terapeuta. Esta ação pode ocorrer por imitação (o terapeuta
demonstra e o sujeito repete) ou através de sincronização com o terapeuta (o terapeuta e o sujeito executam a
mesma célula rítmica simultaneamente).
* Imediatismo de Resposta Visual (IRVi): habilidade de direcionar o olhar no momento apropriado em resposta a
um comando musical dado pelo terapeuta durante a execução de um exercício.
* Imediatismo de Resposta Vocal (IRVo): habilidade de emitir um som vocal cantado ou falado no momento
apropriado em resposta a um comando musical dado pelo terapeuta durante a execução de um exercício.
* Imediatismo de Resposta Motora (IRM): habilidade de realizar movimentos corporais com a cabeça, membros
superiores ou membros inferiores no momento apropriado, em resposta a um comando musical dado pelo
terapeuta durante a execução de um exercício.
* Imediatismo de Resposta Rítmico (IRR): habilidade de executar uma sequência rítmica através de palmas ou de
um instrumento musical no momento apropriado, em resposta a um comando musical dado pelo terapeuta
durante a execução de um exercício.
PACAMTT
Anotações
Marilena do Nascimento
Nydia Monteiro
QUADRO DO DESENVOLVIMENTO
AUDIOMUSICOVERBAL INFANTIL
ANOTAÇÕES
O Protocolo de Observação de
Sessões Musicoterápicas Grupais
As autoras falam que para aplicar o protocolo "é imprescindível o conhecimento do Catálogo de
Definições para Observação das Sessões Musicoterápicas, documento que enumera e define
todos os itens que fazem parte do referido protocolo".
Claúdia Zanini
Name: Data:
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
Módulo IV
or om u s i ca i s para
n
Atividades so m us i c ot e rapia
avaliação e m
Utilizaremos os testes e vivências musicoterapêuticas que encontram-se nos anexos e
apêndices destes dois documentos:
Pág. 113
Pág. 114
Escores:
6 acertos = 6 pontos;
5 acertos = 5 pontos
4 acertos = 4 pontos
3 acertos = 3 pontos
2 acertos = 2 pontos
1 acertos = 1 ponto
nenhum acerto = 0
Pág. 116
Pág. 118
Escores:
6 acertos = 6 pontos
5 acertos = 5 pontos
4 acertos = 4 pontos
3 acertos = 3 pontos
2 acertos = 2 pontos
1 acerto = 1 ponto.
nenhum acerto = 0
Escore:
Conseguiu realizar:
Sim (....) Não (....)
Conseguiu = 1 ponto
Não conseguiu = 0
Pág. 126
Escores:
6 acertos = 6 pontos
5 acertos = 5 pontos
4 acertos = 4 pontos
3 acertos = 3 pontos
2 acertos = 2 pontos
1 acerto = 1 ponto.
nenhum acerto = 0
Figuras apresentadas:
− pássaro cantando (exemplo)
− sinos de igreja
− duas mãos sobre o teclado de um piano
− cachorro latindo
− leão
− mulher discando um telefone de disco
− avião
− mulher colocando pratos sobre a mesa
Acertos: a) Sim ( ) Não ( )
b) Sim ( ) Não ( )
c) Sim ( ) Não ( )
d) Sim ( ) Não ( )
e) Sim ( ) Não ( )
Total de acertos:..........
Escores:
Acertou 5 = 5 pontos
Acertou 4 = 6 pontos
Acertou 3 = 3 pontos
Acertou 2 = 2 pontos
Acertou 1 = 1 ponto
Errou todos os ítens = 0
Pág. 104
Pág. 105
Pág. 109
RELATÓRIO
ANOTAÇÕES
Cléber é uma criança de 7 anos e 3 meses com diagnóstico de TEA (CID F 84.0). O mesmo ingressou na
musicoterapia no dia 7 de Setembro de 2019, no programa de uma sessão semanal, com duração de 45
minutos. Inicialmente, o musicoterapeuta fez uma entrevista de anamnese e a aplicação da ficha
musicoterápica com a mãe do paciente, na adesão da terapia. Em seguida, investigou-se como Cléber se
organizava nas tarefas propostas, observando em que áreas e domínios o mesmo apresentava mais atraso
dentro do desenvolvimento neurotípico, assim como as potencialidades do mesmo. Após esse primeiro
momento, investigou-se, por meio de vídeos, informações que apontassem o engajamento da criança
dentro de sua rotina, em seus mais diversos contextos, e como se organizava nas tarefas diárias,
observando em que áreas e domínios, a criança apresentava mais atraso dentro do
neurodesenvolvimento.
É importante enfatizar que, a IMTAP não se propõe a diagnosticar nenhum paciente, seu principal objetivo
é tornar possível um acompanhamento do quadro evolutivo de Cléber, a partir de suas próprias
pontuações e o detalhamento do seu perfil individual, resultante da avaliação inicial, indicando a área com
maior potencialidade, área com maior dificuldade e a Musicalidade.
No parágrafo a seguir, falaremos de cada área avaliada de maneira especifica, inicialmente, as que apontam
maiores dificuldades:
● Comunicação Expressiva
Na avaliação admissional na área da comunicação expressiva, a criança apresentou um quadro de 42% em
seus fundamentos, indicando que se encontra dentro da classificação RARAMENTE no sistema NRIC.
Inicialmente, a criança estava no estágio pré-verbal, utilizando um pouco de estrutura silábica para
completar canções ou algumas palavras chaves. Cléber demostrou uma vocalização clara e de maneira
espontânea. A criança não apresentou ecolalia, mas as idiossincrasias eram bastante presentes.
Cléber completava o final das músicas, como “o meu pintinho amarelinho”, respondendo o “piu-piu” ou
“miau” do “atirei o pau no gato”, respondendo bem a técnica provocativa musical. Já na comunicação
receptiva, quando peço um beijo, por exemplo, ele dá sem restrição. O mesmo acontece com “tchau” ou
quando a música não lhe agrada, levando as mãos aos ouvidos, mostrando que não tem déficit auditivo.
Cléber apresentava idiossincrasia de fala, sua vocalização é clara, apropriada para a sua idade, mas muito
dessas vocalizações são utilizadas mais como auto-organização, do que iniciação de uma conversa.
● Social
O social ficou 65% em seus fundamentos na IMTAP, colocando-o dentro do quadro INCONSISTENTE no
sistema NRIC. A criança não demostra atraso nos “Fundamentos” da área social de forma significativa, pois o
mesmo apresenta consciência da presença de terceiros. Quando tem interesse, olha nos olhos dos mesmos,
mantendo o contato visual socialmente apropriado. Sua atenção compartilhada também não apresenta
nenhum prejuízo. Porém, quando não quer fazer alguma atividade, reage gritando, precisando de uma
intervenção mais comportamental.
Desta forma, o plano de atendimento para o Cléber, inicialmente, teve como foco nas atividades de
improvisações musicais. Essas atividades permitem uma aproximação do terapeuta com o paciente de forma
não invasiva, buscando assim, os interesses da criança e possibilitando abertura de canais de comunicação
para trabalhar as problemáticas com mais eficácia, fortalecendo a confiança e o vínculo inter-relacional.
Por fim, em musicoterapia, o processo de avaliação inclui duas fases básicas: avaliação inicial e avaliação
final. A avaliação inicial é a fase do processo terapêutico em que o terapeuta observa o paciente para
compreender e identificar de que maneira se relaciona com a problemática apresentada. A avaliação final é a
etapa em que o terapeuta avaliará se houve ou não a modificação da problemática do paciente em relação às
avaliações iniciais. Para que novos resultados sejam obtidos, se faz necessário uma futura aplicabilidade da
escala, de caráter comparativo com a avaliação inicial, para constatar os ganhos que Cléber obterá no
processo terapêutico, em suas respectivas áreas.
Atenciosamente,
Musicoterapeuta responsável
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
CARPENTE, J.A.; GATTINO, G.S. Inter-rater reliability on the Individual MusicCentered Assessment Profile
for Neurodevelopmental Disorders (IMCAP-ND) for autism spectrum disorder. Nordic Journal of Music
Therapy. 27:1-15, 2018.
GATTINO, G.; AZEVEDO, G.T.; SOUZA, F. Tradução para o português brasileiro e adaptação transcultural
da escala Music in Everyday Life (MEL) para uso no Brasil. In: Anais do XVII ENPEMT/IX ENEMT . XVII
ENPEMT – Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia / IX ENEMT – Encontro Nacional de
Estudantes de Musicoterapia. Goiânia, Brasil, 2017.
GATTINO, G.S.; FERRARI, K.D.; AZEVEDO, G.; SOUZA F.; DALPIZZOL, F.C.; SANTANA, D.C. Tradução,
adaptação transcultural e evidências de validade da escala Improvisation Assessment Profiles (IAPs) para
uso no Brasil: parte 1. Revista Brasileira de Musicoterapia. 20:92-116, 2016.
SILVA, A.M. Tradução para o português brasileiro e validação da escala "Individualized Music Therapy
Assessment Profile (IMTAP) para uso no Brasil. 2012. Dissertação de Mestrado pelo Programa de Pós-
Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do
Sul; 2012.