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FÓSFORO

INTRODUÇÃO
Em 1669, o alemão Hennig Brand isolou pela primeira vez, através de urina
evaporada. O brilho emitido pela substância no escuro está na origem de sua
denominação: do grego phós, “luz”, e phóros, “transportador”.

Na tabela periódica
Fósforo é um elemento químico não-metálico, de símbolo P e número atômico
15, incluído no grupo Va do sistema periódico, que corresponde ao dos
nitrogenóides, muito inflamável, luminoso na obscuridade.

Na natureza
Combinações de fosfatos e outros sais. Como componente orgânico,
encontra-se nos nos organismos vivos sob as formas de fosfatos de cálcio
nos ossos e nos dentes.
Ésteres ortofosfóricos (associado a ossos, a ácidos aminados, a bases), de
ésteres difosfóricos (adenosina difosfórica ou A.D.P, que desempenham um
papel importante na reserva genética), de nucleotídeo no ácido
desoxirribonucléico (A.D.N.), faz parte da urina, do sangue ou líquidos
corporais.
UTILIDADES
Além de seu efeito o tamponamento do acido lático esses sais
liberam oxigênio aos tecidos com alguns trabalhos apresentando
uma melhora nas vias oxidativas.
Contribui junto com o cálcio para dar força e dureza aos ossos e
dentes, além de ser importante em muitos processos metabólicos,
na ativação de enzimas e das vitaminas do complexo B.

FUNÇÕES FISIOLÓGICAS
Resistência estrutural ao osso quando combinado ao cálcio;
Metabolismo energético;
Atua como tampão plasma e urina;
Mantém integridade celular;
Regula a atividade de algumas enzimas;
Transporte de oxigênio através do 2,3-difosfoglicerato eritrocitário.
Regulação do Fósforo
Os três principais órgãos são: Intestino Delgado; Rins; Esqueleto.
Os fatores de regulação da fosfatemia são em muitos casos os mesmos que
o do cálcio. São eles: Hormônio Paratireóideo (PTH), Vitamina D,
Hormônio de Crescimento (GH)

Exame de Patologia Clínica


Nome Exame: FÓSFORO URINÁRIO
Material: Urina de 24 horas
Coleta: Urina volume mínimo: 5 ml Coleta-se urina de 24 horas em frasco
contendo 20 ml de HCl a 50% por litro de urina. Manter a urina sob
refrigeração durante a coleta. Aliquotar 5 ml da urina e enviar ao laboratório
informando o volume total.
Exames de Patologia Clínica

Interpretação:
Excreção urinária aumentada de fósforo ocorre no hiperparatireoidismo.
Excreção diminuída é encontrada no hipoparatireoidismo e no pseudo-
hipoparatireoidismo.

Aumento: pseudo e hipoparatireoidismo, hipertireoidismo, insuficiência renal,


S. de Burnett, ingestão abusiva de fosfato, intoxicação por vitamina D,
acromegalia, fraturas em consolidação, insuficiência hepática aguda grave,
leucemia mielóide crônica, insuficiência supra-renal, obstrução intestinal,
coma diabético, acidose, rabdomiólise, hemólise, calcinose tumoral, S. de
lise tumoral, hipertermia maligna, anemia falciforme.

Diminuição: hiperparatireoidismo, falta de ingestão, má absorção intestinal,


deficiência de vitamina D, esteatorréia, osteomalacia oncogênica, S. de
Fanconi, S. renais dos túbulos proximais, câncer metastático, linfomas: de
Burkitt, histiocítico e mielomonocítico agudo, hipofosfatemia familiar,
pneumonia por legionella, hiperaldosteronismo, raquitismo tipo II, D. de
Wilson, sepse por Gram negativos, uso de corticóides, estrogênio, sais de
alumínio, alcalose respiratória.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
DEFINIÇÃO
Trata-se de movimentos cíclicos que envolvem elementos químicos
presentes no meio biológico e o ambiente geológico;
Elementos que são necessários ao desenvolvimento dos tecidos vivos;

BIO GEO QUÍMICOS

Porque os Porque o Porque são


organismos vivos meio terrestre
interagem no
ciclos de
é a fonte dos
processo de síntese elementos elementos
orgânica e químicos
decomposição dos
elementos
Elementos químicos mais presentes nos seres vivos ( % por peso)

Fonte: BIOLOGIA – BSCS: versão Verde, vol.1, 1979


Fósforo
O fósforo é essencial para plantas e animais na forma dos íons
PO43- e HPO42- (ortofosfato)
Faz parte de moléculas como ácidos nucléicos (DNA),
energéticas (ATP e ADP), de células lipídicas, e da estrutura do corpo
de animais como fosfato de cálcio (ossos, dentes, etc.) – ausente em
celulose, hemicelulose, lignina, e proteínas
Fósforo
Junto com N e K é um dos 3 nutrientes mais importantes
Um dos principais elementos da fotossíntese, transporte de
nutrientes, e transferência de energia.
Essencial para o florescimento e formação das sementes das
plantas
Fósforo
Três formas de fósforo nos solos:
Fósforo orgânico: na matéria viva, plantas, microrganismos, etc.
Fósforo solúvel: disponível. Orgânico bem como ortofosfato. Menor
proporção de P do solo
Fósforo adsorvido: indisponível. Anionicamente ligado a cátions de
Al, Fe e Ca.
Volumes de fósforo
A fitomassa terrestre tem 500,000,000 kg de P e o crescimento das plantas
assimila 100,000,000 kg de P/ano
Fitomassa marinha 75,000,000 kg de P, absorvendo 1,000,000,000 kg de
P/ano
Os solos têm por volta de 40,000,000,000 kg de P (15% na MO)
Na maioria dos solos 50-75% do P é inorgânico
Em solos neutros o P normalmente esta precipitado como fosfato de cálcio
Em solos ácidos precipita como fosfato de Al ou Fe
O ciclo do Fósforo
O ciclo do fósforo tem 2 componentes principais que ocorrem
em diferentes escalas de tempo:
No componente local ele cicla nos ecossistemas em tempo ecológico
Nos sedimentos ele faz parte da porção classificada em tempo geológico.
Somente será mobilizado milhões de anos mais tarde
O ciclo do Fósforo
O ciclo do Fósforo
Encontrado em formações rochosas, sedimentos, e em sais de
fosfato (absorvido por plantas), mas nunca na forma gasosa
Encontrado em pequenas quantidades, por isso é um fator
limitante para o crescimento de plantas terrestres e aquáticas
Ciclado pela água, solo, e sedimentos
O ciclo do Fósforo
A ciclagem do fósforo é uma das mais lentas, especialmente se
estiver nos sedimentos (feita por microrganismos).
Plantas absorvem fosfatos do solo e os incorporam a compostos
orgânicos
No solo pode ser adsorvido por partículas do solo, tornando-se,
assim, imobilizado
Perda de fósforo dos solos
Perdas volumosas logo após fertilização orgânica (chuva)
Perda gradual: excesso de P aplicado, etc.
Perdas por erosão: P está associado a partículas do solo. Aração,
transformação de ecossistemas florestais a agricultura, etc.
Queimas de compostos combustíveis
Rejeitos humanos (3,000,000 kg de P/ano)
Efeito antropogênico
Uso excessivo de fertilizantes
Contaminação das correntes de água pelo uso de ácido sulfúrico
para extrair o fósforo das rochas
Lixiviação contaminando lençóis freáticos causando eutrofização
Fósforo – um elemento ou um palito?
Quando se ouve falar de fósforo, o que a maioria das pessoas pensam inicialmente?
Para muitos, a idéia de palito de fósforo ou fósforo de segurança é a primeira coisa
que vem em mente. No entanto, poucos podem pensar em: fósforo, elemento químico
de número atômico 15, que se encontra na Tabela Periódica, logo abaixo do nitrogênio
e ao lado do silício.

Para o dicionário Aurélio, a definição de fósforo é:


Fósforo – do grego phosphóros, “que traz luz”, pelo latim phosphoru.

1- Quim. Elemento de número atômico 15, não metálico, reativo, com diversos
compostos importantes [símbolo: P].

2- Pequena haste de madeira ou cartão provida de uma cabeça impregnada de


substâncias que se inflamam quando atritadas com uma superfície áspera.

Mas, do quê um palito de fósforo é composto?


O seu corpo é formado de madeira de pinho, ou de papel ou papelão.
A sua cabeça é uma combinação de compostos químicos, predominantemente, KClO3,
clorato de potássio.
E o fósforo ... Onde está o fósforo no palito de fósforo? O fósforo está de fora.

Ele está do lado de fora da caixa dos palitos. A superfície áspera das caixas de fósforo é
um combinado de fósforo, sulfeto de antimônio, Sb2S3, trióxido de ferro, Fe2O3 e
goma arábica (cola).

Esse é o fósforo de segurança, ou palito de fósforo. O palito que não tem fósforo, mas
sim, uma substância que se inflama com facilidade ao ser atritada, o KClO3 e não
pólvora, como muitos acreditam.

Mas por que o palito de fósforo recebe esta denominação, uma vez que não possui
fósforo? Essa denominação é histórica e se firmou durante anos, pelo fato dos primeiros
palitos de fósforo possuírem fósforo em suas cabeças. Essa idéia não foi muito boa,
pois os palitos ao se atritarem uns com os outros, incendiavam a caixa. Daí surgiu a
idéia de colocar o fósforo do lado de fora da caixa. E o nome se firmou.

E o fósforo, o elemento químico?


Bem, o fósforo foi isolado em 1669, pelo alquimista Henning Brandt, a partir de
estudos de amostras de urina. O material obtido pelo alquimista emitia uma luz, e foi a
partir daí que surgiu o nome fósforo.
O fósforo (P) não ocorre livre na natureza. Em compostos, ocorre principalmente na
forma de fosfatos, tais como a fosforita (Ca3(PO4)2) e a hidroxiapatita
(Ca5(PO4)3OH), constituinte de dentes e ossos.

O elemento e os seus compostos são utilizados na fabricação de bombas, pesticidas,


fósforos de segurança e ácido fosfórico, H3PO4, ácido bastante empregado como
acidulante de alimentos enlatados e em refrigerantes e na produção de fertilizantes.

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