Você está na página 1de 4

Resumo crítico “Origem do Poder Político”

Fernando de Almeida Filipe

Resumo
O presente trabalho tem por objecto a origem do poder político, e como objectivo trazer
uma discussão teórica sobre o assunto. A origem do poder político é uma questão muito
pertinente para a ciência política que procura cada vez mais compreender o que está na
base da aceitação. Primeiramente abordamos sobre a noção do poder. A seguir
procuramos apresentar uma discussão em torno da origem do poder apresentando a
visão de autores que abordam a questão do poder por meio da legitimidade, legitimação
Por fim, procura-se demonstrar que a legitimidade adquire força jurídica vinculativa
através da sua consagração em Constituições.

Palavras-chaves: Poder, Poder Político, legitimação, Legitimidade.

Abstract
O presente trabalho tem por objecto a origem do poder político, e como objetivo trazer
uma discussão teórica sobre o assunto. A origem do poder político é uma questão muito
pertinente para a ciência política que procura cada vez mais compreender o que está na
base da aceitação. Primeiramente abordamos sobre a noção do poder. A seguir
procuramos apresentar uma discussão em torno da origem do poder apresentando a
visão de autores que abordam a questão do poder por meio da legitimidade, legitimação
Por fim, procura-se demonstrar que a legitimidade adquire força jurídica vinculativa através
da sua consagração em Constituições.

Palavras-chaves: Poder, Poder Político, legitimidade, legitimação.

Introdução
Com este resumo Crítico, nos propusemos a abordar sobre a origem do poder, e
que a mesma, constituí para alguns autores objecto de estudo da ciência política entre
eles: Duverger (1981, Fernandes,. A ciência política é uma disciplina autónoma
recentemente e um dos seus objectos de estudo central é o poder. Para falar da origem
do poder político, se torna imprescindível, sabermos o que é primeiramente o poder, e
tal questão será alvas de um certo comentário a fim de podermos compreender porque a
origem do poder político constituí uma questão pertinente para a ciência política.
“Em seu significado mais geral, a palavra Poder designa a capacidade ou a
possibilidade de agir, de produzir efeitos” (BOBBiO, 1998, p.934).

O poder é um daqueles conceitos de fácil compreensão mas de definição


complexa. Talvez por isso, foi, ao longo dos tempos, objecto das definições mais
diversas. NORBERTO BOBBIO (1989: 232), (…) consoante o mesmo seja identificado
com uma coisa que se usa para adquirir outros bens1, com a capacidade de um sujeito
alcançar certos efeitos, ou com uma relação entre dois sujeitos que implica a
possibilidade de um deles obter do outro um comportamento determinado2. (apud
CAMPOS, 2209, p.1)

A complexidade da conceptualização é devida a utilização do termo poder na


prática que para alguns pode significar a capacidade de mandar e se fazer obedecer por
outros usando de todos os meios para alcançar os seus objectivos por outro lado, há
quem associe o poder a hierarquia daí, a complexidade do termo mais que em grande
medida, nos apresenta uma ideia simples que a podemos mensurar e notaremos que nela
estão incluso outros aspectos como: o uso da força, a persuasão, o poderio económicos,
elementos esses que afirmam por vezes a capacidade de certos indivíduos persuadirem a
outrem.

Metodologia

Utilizou-se o método bibliográfico de investigação buscando encontrar na


literatura existente definição e as possíveis implicações sobre a origem do poder
político. Com esse objectivo, foram utilizados diversos tipos de materiais baseando-se
em publicações como: Livros, artigo, dicionário, teses. O tipo de pesquisa que
realizamos é pura uma vez que não pretendemos apresentar formas concretas a cerca da
origem do poder.
A sequência de procedimentos se deu da seguinte forma: primeiramente foi feita
uma selecção do material encontrado sobre o tema, optando-se pelas fontes consistentes
e pertinentes de acordo com os objectivos da pesquisa.

1
Assim, em 1651, THOMAS HOBBES define «o PODER de um homem» como «os meios que tem no
presente para obter qualquer Bem aparente no futuro» – THOMASHOBBES (1996: 62).
2
Veja-se a definição de poder de ROBERT DAHL, como «relação entre actores, no qual um induz os
outros a agirem de um modo que de outra forma não agiriam» – apud NORBERTO BOBBIO (1989:
232).
Breve discussão (teórica) sobre a Origem do poder político

As questões da sede de poder começam desde as famílias, decisões políticas e


tantas outras figurando, a ideia de ser capaz de influenciar nas decisões de uma
sociedade e daí falar-se do campo em que o poder desempenha o seu papel crucial que é
na política. Nos últimos tempos se considera o poder como um indicar crucial em
qualquer esfera da sociedade. (MACHADO, 2012, p.29)

Parafraseando Bastos, o poder político está ligado ao Estado e o


mesmo é o único capaz de o exercer. A criação do Estado, não implica a
inexistência dos outros poderes estais sejam eles, económicos, religiosos e
entre outros. Todos continuam a existir mas se tornam subordinados ao
Estado ( BASTOS, 200, p.94)

Segundo Campos 2009, p.2 “O poder político consiste, originariamente, na


possibilidade de impor pela força, aos indivíduos membros de um grupo social (da
cidade, ou polis), a adopção de um determinado comportamento”. O poder político vai
ser então, a capacidade que o Estado tem para impor a criação das leis que o mesmo cria
em um território privado.

Para descrevermos a origem do poder político nos referiremos a duas questões


abordadas pelo Campos que são : A legitimação e a legitimidade do poder político. E
por outro lado apresentaremos a visão de Bonavides que nos apresenta mais um
elemento a ter em conta que é a legalidade além da legitimação e legitimidade que
também são abordados por ele e por último a visão da relação existente entre o poder
político e jurídico.

Sem aceitação por parte da população, nenhum regime ainda que não
democrático poderá persistir (Campos, 2009, p.). Concordamos com esta visão de
Campus uma vez que a relação da obediência é resultante do consentimento da
população caso não haja pode gerar uma revolta e ainda, segundo Duverger (1981,
p.15)” seja como for, todo poder repousa largamente sobre as crenças. Os governados
acreditam que é preciso obedecer, e que é preciso obedecer aos governantes
estabelecidos de certa forma”. A origem do poder político está, assim, em última
instância, no consentimento (expresso ou tácito) dos destinatários do poder em serem
governados. (CAMPOS, 2009, p.4)

Bonavides (2009), Campos (2009) defendem a ideia que com o surgimento do


conceito de legitimidade se deu origem ao questionamento do porquê da aceitação
política por parte do povo. A questão central passou a ser: o porquê da aceitação do
poder político ou, o que justifica esta aceitação? Foram proposta ao decorrer da história
diversos paradigma para a justiçarão do poder entre eles: legitimidade divina (Deus) ou
democrática (povo), dinástica (tradição) ou revolucionária (progresso), ou da natureza
(força ou razão).
Não se deve confundir legitimação e legitimidade democrática: esta diz respeito
aos processos formais de designação dos titulares do poder, aquela à obediência
concreta e generalizada dos destinatários do poder. Em grande medida, é notória
probabilidade de um poder legítimo do ponto de vista democrático ser, um poder
legitimado por intermédio do voto que não somente designa os titulares do poder mas,
também traduz a aceitação por parte do povo e o mesmo o aceitará de forma expressa
quanto mais o considerar legítimo. Ora, nos Estados democráticos, a ideia de
legitimidade dominante na população tende a ser a ideia da legitimidade democrática do
poder político. Nesses Estados, a legitimação é afirmada na sujeição periódica a eleições
do grupo que conjunturalmente ocupa o poder e ainda nas sondagens com que se
expressa a solidez do apoio popular (Campus, 2009, p.6)

“Por outro lado, nos Estados ocidentais contemporâneos, a legitimidade não


depende apenas da consagração de um procedimento democrático, mas também do
respeito de determinados princípios que asseguram o não abuso do poder e a protecção
dos direitos dos cidadãos – daí que se fale em regimes liberais-democráticos. Estes
princípios de legitimidade adquirem força jurídica vinculativa através da sua
consagração em Constituições.” (CAMPUS, 2009, p.6-7)

Conclusão

O poder tem sido um indicador de extrema relevância em todos os âmbitos da


sociedade mas o mesmo tem mais impacto na política porque tem a capacidade de
influenciar o rumo de uma sociedade e, a ciência política procura compreender a origem
do poder político com base em elementos como a legitimidade, legalidade, legitimação
que são apresentados por alguns teóricos a fim de compreendermos em que base se
assenta a origem do mesmo.

Bibliografia

BOBBIO, Norberto. Et al. Dicionário de Política. Brasília: Ed. UNB, 1998.

BONAVIDES, Paulo (2000). Ciência Política, 10ª Edição, São Paulo: Malheiros
Editores.

DUVERGER, Maurice (1981), Ciência Política: Teoria e Métodos, 3ª Edição, Rio de


Janeiroo: Zahar Editores, pp.9-99

BASTOS, Celso Ribeiro (2004), Curso de Teoria do Estado e Ciência Política 6ª , São
Paulo: Celso Bastos Editora

CAMPOS, Manuel Fontaine, “Natureza, origem e exercício do poder político”, in


Comunicação apresentada no Curso de Ética e Política, Fundação Spes, 2009.
Disponível no site repositório.ucp.pt/-bistream/ …/1/com-nac_2009_ED_1207_-
Campos_Manuel_01.pdf

Você também pode gostar