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PERGUNTAS
PARA UM EXAME
TEOLÓGICO
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PERGUNTAS
PARA UM EXAME TEOLÓGICO
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APRESENTAÇÃO
Este trabalho foi elaborado como um manual com base na experiência vivida e
vista de muitos Exames Teológicos, feitos por diversas Comissões, ao longo dos
primeiros anos que seguiram ao meu próprio exame e ordenação ao ministério, como
pastor na CBN – Convenção Batista Nacional. Há muito tenho desejado publicá-lo. Em
todo esse tempo, vi material semelhante sendo colocado à disposição dos candidatos ao
exame e cumprindo seu papel de auxiliá-los. Meu trabalho não é exatamente um livro,
mas tenho certeza que somará e contribuirá com o mesmo propósito ao lado dos demais.
O trabalho está dividido em duas partes. A primeira contém perguntas
organizadas em cada doutrina básica da Teologia Sistemática; Ética; Administração
Eclesiástica; o Modelo de Governo Batista Nacional e suas Instituições; e, ainda, sua
História. Na segunda parte estão as respostas.
Ser aprovado no Exame Teológico não torna ninguém um pastor, mas é ele quem
no seio das Igrejas Batistas Nacionais, dá a LEGITIMIDADE aos pastores chamados por
nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Sumo Pastor e Bispo das nossas almas
(Hb 13.20,21) (1 Pe 2.25; 5.4) para serem humildes portadores do título de: PASTOR
BATISTA NACIONAL. Para casos especiais a ORMIBAN pode propor e normatizar
exames e avaliações com características justas e diferenciadas; assim, apresentar-se
como pastor batista, não tendo se submetido ao Exame que lhe seja proposto é,
portanto, um desrespeito a si mesmo, ao rebanho, aos colegas e à Instituição. É a
quebra de um princípio de autoridade moral e espiritual.
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PERGUNTAS
TEOLOGIA PRÓPRIA
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CRISTOLOGIA
PNEUMATOLOGIA
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8) Qual a expressão correta: batismo com o ES ou no ES? Explique a diferença: O que é
o batismo?
9) Como se dá o batismo? Qual sua fórmula? O que é preciso fazer para merecer?
10) De onde ele vem? Com que finalidade? Prove:
11) Quando ele veio a primeira vez sobre a Igreja? Cite referências:
12) De acordo com Pedro, veio para quem? Com que base afirmou?
13) Havia batismo no AT? Explique:
14) Quantos e quais são os dons citados em: (1 Co 12.1-11) ?
15) Qual a prova do batismo? Qual dom? Por quê?
16) De que outros dons a Bíblia fala em: (Rm 12.6-8) (1 Co 12.28) (Ef 4.7-11) ?
17) Quais os frutos do ES conf. (Gl 5.22,23)? Por que se diz: o fruto?
18) O Amor é dom ou fruto, afinal? (1 Co 13)
19) O que é ser cheio do ES?
20) Que é o batismo com fogo, conf. falou João Batista? (Mt 3.11)
21) Pode uma pessoa receber o ES e ser possuída por demônios? Explique o episódio
de Saul em: (1 Sm 10.9-15; 16.14-23; 19.21-24)
Você é batizado? Tem todos os dons? Quais dons você tem? Por quê?
SOTEROLOGIA
ANTROPOLOGIA / HARMATIOLOGIA
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ANGELOLOGIA / HERESIOLOGIA
ESCATOLOGIA
BIBLIOLOGIA
ECLESIOLOGIA
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6) Cite alguns nomes e símbolos pelos quais a Bíblia se refere a ela?
7) Cite nomes pelos quais os membros são chamados no NT?
8) Quem são os membros da Igreja?
9) Qual a sua principal regra de fé e prática?
10) Quais suas ordenanças e quais seus sacramentos?
11) Que é sacramento?
12) O que significa o Batismo e qual a forma correta?
13) O que é o Batismo em nome de Jesus, conforme Pedro ensinou?
14) Qual é a expressão correta: Ceia do Senhor ou Santa Ceia? O que significa?
15) Quais são as teorias que falam do valor e misticismo na Ceia? Explique:
16) O que é a Ceia livre, restrita e ultra-restrita? Qual você defende?
17) Qual a missão integral da Igreja?
18) Quais características de crescimento se deve ter na Igreja?
19) Qual o plano financeiro para a Igreja? Cite textos:
20) Fale sobre a forma ou sistema de governo na Igreja Primitiva: Dê um exemplo:
21) Quais formas de governo encontramos, hoje, nas igrejas?
22) Quais os tipos de disciplina; e que significam? Dê uma referência.
23) Quais os 5 tipos de disciplina corretiva aplicados hoje?
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13) O que é a ANEM?
14) O que é ÉTICA, para você? Você tem ética?
15) Ao ser edificado com boa leitura e sermões de outros, você repassa à Igreja? Como?
16) Que critério deve ser adotado no uso de ilustrações no sermão?
17) Qual a melhor atitude quando surge um confronto entre o pastor e a liderança da
igreja? É assim que você age?
18) Quais os principais textos que apresentam as qualificações do pastor no NT?
19) O que fazer se a igreja se dividir em dois grupos num conflito direto?
20) Qual deve ser a influência do pastor na tesouraria?
21) Ao ser procurado por “ovelhas” que já não estão sob seu cuidado, como deve agir?
22) Como você recebe as críticas e queixa contra colegas? E como as faz?
23) Com que freqüência convém ao pastor sair de sua igreja para ministrar fora?
24) Como se recepciona num culto, um pastor visitante, desconhecido? E um famoso?
25) Qual sua atitude se no uso de seu púlpito um convidado seu, defender heresias, usar
de irreverência vulgar, ou pregar usos e costumes e disciplina?
CONCLUSÃO
OS BATISTAS NA HISTÓRIA
FÉ - LIBERDADE - DEMOCRACIA
O COMEÇO
Na Inglaterra, os grupos Batistas foram perseguidos pela igreja oficial, cujo líder
era o rei, e por grupos reformados. A primeira menção histórica de um grupo adotando o
nome Batista, ainda que tímida, mas não sem importância, acontece em 1612, quando
Thomas Hewlys volta da Holanda para Londres, já com a pregação do que pode ser
considerado o embrião dos Princípios Batistas da "Liberdade de consciência e
responsabilidade pessoal do homem, diante de Deus, não se adimitindo qualquer
mediador humano ou direção das autoridades nas questões de fé”; o que o levou à
prisão e à morte, 3 anos depois.
Os diversos grupos espalhados, com os chamados pais peregrinos deixaram,
pois, a Europa e demandaram às colônias inglesas da América do Norte. Em 1620, junto
com calvinistas, que viriam a originar os presbiterianos, desembarcaram do "May Flower"
e respiraram os ares da liberdade. Por terem uma visão própria de certos princípios dos
reformados, separaram-se e se instalaram na Ilha de Rhode, no estado da Virgínia, onde
organizaram em 1639 a Primeira Igreja Batista da América, tendo em Roger Williams,
seu principal lider. Desse começo, abriu-se a porta da liberdade religiosa, social e política
que inspirou a Constituição Americana na apologia da competência da alma humana, do
valor do indivíduo, da inviolabilidade da consciência, da igualdade de direitos e da
separação da Igreja e do Estado. É sabido que os fundadores da nação americana, os
que luraram contra o colonialismo inglês, tiveram participação de calvinistas e forte
influência e presença da Maçonaria. Mas o discurso ético e democrático que os Batistas,
já naquele tempo, reivindicavam como postura para os governantes, de que um Estado
laico (não controlado pela religião) não significa ter um governo imoral, injusto e opressor
de minorias mais fracas, em defesa de seus interesses egoístas pelo poder, muito mais,
deveria ser exemplo na prática em sua comunidade.
Desde os seus primórdios os Batistas decidimos democraticamente sobre as
questões que se referem à igreja, desde que mantidas as bases Bíblicas, das quais não
abrimos mão. A postura com a liberdade exercida pelos membros se confunde com a
história da Igreja. As famosas Declarações de Fé - documentos escritos por teólogos da
igreja que através dos séculos reproduzem nossa ideologia - já marcavam essa posição
muito antes do primeiro missionário norte americano por os pés no Brasil em 1860.
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Naquele ano, o pastor Thomas Jefferson Bowen aportou no Rio de Janeiro, capital do
Império de Brasil.
O pastor Bowen foi o primeiro missionário enviado ao Brasil pela Junta de Missões
das Igrejas Batistas do Sul dos Estados Unidos. Sua missão era organizar uma igreja de
língua inglesa para os imigrantes americanos. Também tinha a intenção de trabalhar
entre os escravos, já que fôra missionário na África, onde aprendera o dialeto "iorubá",
corrente entre os negros traficados para o Brasil. Impedido pelas autoridades, sujeitas ao
clero católico, de propagar a mensagem evangélica; mais o alto custo de vida, o clima
quente, a ameaça da febre amarela e um problema crônico de saúde, Bowen acabou
ficando no país apenas nove meses. Mas nesse período, a Guerra da Secessão dos
EUA, (1859 -1865) entre os estados do norte e do sul, curiosamente promoveu uma
onda evangelística informal através dos imigrantes que vinham fugindo da guerra civil.
Ao chegar, instalaram-se no estado de São Paulo na região de Stª Bárbara
D`Oeste onde fundaram um município com o sugestivo nome de Americana. Assim
nasceu a primeira igreja Batista em território brasileiro, em 10 de setembro de 1871, sob
a coordenação do pastor Richard Ratcliff. Durante dez anos, os cultos continuaram
destinados aos imigrantes e em inglês; somente iniciando as atividades regulares em
português, em 1881, com a chegada dos casais de missionários: William e Anne Bagby,
e Zachary e Kate Taylor, que rapidamente aprenderam o novo idioma, num colégio
presbiteriano de Campinas. Um fato interessante é que um dos professores era um ex-
padre, de Alagoas, Antonio Teixeira de Albuquerque, que se converteu lendo a Bíblia, e
veio a ser o primeiro brasileiro consagrado pastor batista.
As bases já estavam lançadas e o modelo de estrutura eclesiástica
congregacional onde cada igreja local é autônoma, livre e independente, ligando-se às
co-irmãs por associação e cooperação, marca que distingue os Batistas, além da fé
inabalável, determinaram seu crescimento. Foi, pois, com essa herança, que os cinco se
mudaram para Salvador, Bahia, então com 250 mil habitantes e fundaram, em 15 de
outubro de 1882, a Primeira Igreja Batista Brasileira.
À medida que as igrejas se multiplicavam surgiu a necessidade de firmar e
propagar seu ideário, o que começou a ser feito através de publicações, sendo o
primeiro periódico editado em 1901, ainda hoje em circulação. Ao missionário e músico
de origem judia polonesa, Salomão Guinsburg, homem de visão avançada para seu
tempo, coube o mérito de idealizar, conceber e por fim congregar todas as igrejas em
uma associação que se reunindo em Assembléia em 22 de junho de 1907, formaram a
CBB - Convenção Batista Brasileira.
Em Minas Gerais, os nomes de Otis Maddox e Rosalee Mills Appleby, estão
marcadamente ligados ao que viria, décadas depois com uma radical mudança, tornar os
Batistas “ainda mais intensos em sua proclamação, mais profundos em seu culto e vivos
em sua missão”.
OS BATISTAS NACIONAIS
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espelhado no relato de Atos, capítulo 2, mas era só o começo; e um pentecostes ainda
estava para eclodir. Na noite de 18 de outubro do mesmo ano, o pastor José Rego, que
fôra batizado no Espírito Santo, quatro anos antes, voltava de uma conferência, para o
Seminário Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, quando foi abordado e convidado
a participar de uma vigília pelos alunos. O que aconteceu naquela noite delineou a
história do ramo Batista pentecostal no país. O Espírito caiu, derramou, possuiu os
presentes, levando-os ao chão entre gemidos e lágrimas e concedendo os dons.
Imediatamente o pastor Rego comunicou-se com o pastor Enéas Tognini, que tivera sua
própria experiência há apenas dois meses, em 16 de agosto.
Logo o fogo começou a se alastrar pelas Igrejas do Rio de Janeiro onde
importantes lideranças de então embriagavam-se com o "mosto do céu". Seguidamente,
Belo Horizonte, São Paulo e Maceió, experimentaram o avivamento. Daí, a nova obra
não pode mais ser detida, o que gerou uma feroz oposição dentro da denominação,
contra o mover de Deus; acusado de heresia espírita, desagradável, negado, repudiado,
não reconhecido, condenado e estranho, num Manifesto adotado em todo Brasil pelas
demais igrejas Batistas. Assim, em 1965 sob a justificativa de divergências nas práticas
adotadas, 52 igrejas foram excluídas da Convenção Batista Brasileira, as quais, em 16
de setembro de 1967 organizaram-se na CBN, Convenção Batista Nacional.
Foi o pastor Tognini quem escreveu em certa ocasião: "Nos Estados Unidos da
América do Norte, existem mais de 33 milhões de batistas e mais de 60 grupos
diferentes, de Batistas. No Brasil há nada menos de 12 grupos diferentes. O essencial
em nossas divisões é quase sempre por questões administrativas... Divergimos no
secundário, somos um no essencial... O espírito de liberdade batista pode ser visto na
Igreja local, bem como nas convenções de âmbito nacional e, principalmente na Aliança
batista Mundial, que agrega em seu seio grupos heterogêneos nos pontos secundários.
E todos são Batistas.”
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O historiador batista, jornalista e professor Israel Belo de Azevedo, como diretor
do Departamento de Comunicação Social da Universidade gama Filho, no Rio, afirmou
que: "O princípio das decisões individuais produz uma democracia participativa, o que
está na raiz do pensamento batista. Não existe cristianismo sem isso, porque na
realidade ninguém pode empurrar sua responsabilidade para outro, nem para Deus."
É claro nas Escrituras, que o governo perfeito do Deus soberano, não é
democrático, mas uma Teocracia. Por meio dela, o Senhor guiou Israel até o juiz,
sacerdote e profeta Samuel, seu representante, quando este foi rejeitado; na verdade, o
próprio Deus. Sua presença e direção não impediram que os filhos da nação fizessem
mal, suas escolhas. A democracia opera em nível horizontal tentando regulamentar o
direito nas decisões, mas só pode ser bem conduzida se não perder sua relação vertical
com o Criador, que tem sempre a última palavra; e nos cabe obedecer. Como batistas
entre homens, num mundo sob o pecado, buscamos em nossas relações interpessoais
transformá-lo e conduzí-lo pela justiça, para a paz e alegria do Reino de Deus. Sir.
Winston Churchill -1874/1965 declarou: "A democracia, de todas as formas de governo
humano, é a menos pior."
Que saibamos usar todos os recursos que nos dá, neste tempo, o Senhor, com
sabedoria e temor, como luz do mundo e sal da terra, para o louvor da Sua glória.
Bibliografia
Tognini, Enéas - A História dos Batistas Nacionais
Tognini, Enéas - Eclesiologia
Revista Vinde - Nº 24 nov/97
Jornal O Batista Nacional - Edições diversas
Site CBB:www.batistas.org.br
Site CBN: www.cbn.org.br
RESPOSTAS
TEOLOGIA PRÓPRIA
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de seu texto. Se é o caso de não se ter uma prova favorável no conceito que a ciência
exija, igualmente, a ciência jamais apresentou uma prova da não existência. Fiquemos,
então, com o Argumento Teleológico:
O absoluto equilíbrio do universo e de toda a criação revelam uma perfeita
harmonia entre suas leis, levando a pensar na possibilidade da existência de um ser
criador com sabedoria e poder superiores; não sendo assim, a criação, uma obra do
acaso.
2) A Bíblia não se propõe em ser um tratado de filosofia nem um libelo jurídico em que
Deus se preocupe em tentar provar que exista, contra a negação de homens. Instintiva e
naturalmente o homem pensa e sente a divindade para preencher seu vazio existencial.
O que Deus fez, foi cercá-lo de evidências que pudesse perceber e levá-lo a buscar, e
através da Bíblia forneceu os elementos adequados e exatos para tal, mediante a fé. O
Salmo 19 é uma exposição Teleológica e é uma declaração da fé. Gênesis 1 trás na
ordem da criação a coerência científica que parte dos elementos mais simples, para as
formas mais complexas de vida.
9) Tudo é deus ou deus está em tudo. Árvores, pedras, ar, água, terra, fogo, animais,
homem e etc..
10) É a teoria (holística / universal) da grande alma ou energia comum de onde todas as
coisas derivam. Tudo é parte desta mesma energia, menos ou mais desenvolvida.
12) Crê que tudo deve conter fundamento lógico e satisfatório para se explicar; propor
que pode haver um deus parece uma idéia elevada, mas é fútil e pretensiosa. Nossa
mente finita e prática não alcança ou aceita, com sinceridade, o que é subjetivo e não
pode ser provado; é impossível afirmar que Deus existe.
13) Os atributos naturais em relação a si mesmo, são próprios e somente de Deus; são
absolutos, são completos e indissolúveis. São incomunicáveis porque não podem ser
doados ou compartilhados. São eles:
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■ Unidade – Define em Deus que Ele é um só; há um só Deus; é único; é uno. Fora dele
não há outro Deus, mas nele, dentro dele, revela-se a existência coletiva da Trindade,
com uma só natureza, um só caráter e um mesmo poder. Não se divide. Não se perde.
Não se acrescenta. Não se contradiz.
■ Imutabilidade – Deus é o que é. Não muda em sua natureza nem em seu caráter. Ele é
perfeito. Pronto. Definitivo.
■ Onipotência – Por tudo que é e que faz, é o atributo conclusivo do ser Deus. Ele é
onipotente porque é Deus e é Deus porque é onipotente. A manifestação deste atributo é
imediata à ação criativa. Tudo pode fazer. Tudo faz. Entretanto este poder, força e
capacidade não podem estar em desarmonia com sua natureza e princípios. Deus pode,
mas, não se permite fazer o que não é certo. É impossível. Ele tem poder sobre seu
próprio poder. É o que chamam de Onipotência moral: Deus não pode mentir; não pode
negar a si mesmo; não pode ser tentado; não pode pecar; não pode cometer injustiça.
15) Deus comunica, dá ao homem estes atributos como parte da natureza pessoal e
relacional, para que sejam exercidos. Teólogos diferentes apresentam listas diferentes
para classificar os atributos sem estarem errados. Nossa lista considerou oferecer uma
resposta prática em que diversos atributos podem estar compreendidos em outros, como
conseqüência natural. São eles:
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■ Justiça – A rigor, é a equidade e equilíbrio para julgar, deliberar, ponderar e determinar
a solução acertada sob normas, princípios e direitos, sem ferir, perverter e desprezar a
liberdade das razões e dos sentimentos. Estabelece-se pela verdade.
16) De forma simples, significa: três em unidade na unidade. Vemos a Deus, que é uno,
em três formas e manifestações pessoais distintas de si mesmo, com identidade e
atividade próprias, conservando, contudo, a mesma essência, natureza e eterna
divindade em sua relação com o homem: O Pai; O Filho; O Espírito Santo. Um em três.
17) Na Triunidade, a ênfase está na comunhão e coexistência das três pessoas divinas
consigo mesmo em que cada uma é o mesmo e único Deus, sendo presentes as duas
outras em cada pessoa. Três em um.
18) É a teoria de que o universo, a terra e o homem surgiram de uma fonte primária,
espontânea e elementar comum, que por combinações aleatórias e sucessivas
desenvolveu e resultou, finalmente, nas formas de vida que se vê, numa “seleção
natural”. Neste processo, Deus é desnecessário e inexistente. Seu autor, Charles
Darwin, (1809-1889) consolidou o que naturalistas como Charles Lyell (1797-1875) e
Jean Batiste LaMarck (1744-1829) já defendiam em suas observações, tornando-se o
maior e mais expressivo pensador e estudioso.
Quanto ao homem, afirma, não que este tenha evoluído do macaco; mas que
todas as espécies ou raças de macacos, (símeos) e o homem tiveram um ancestral
comum; e apenas uma, a que deu origem ao homem, evoluiu.
■ A narrativa do Gênesis mostra na ordem dos seis dias plena coerência com o que diz a
ciência quanto à formação dos elementos no universo e na Terra, surgindo a vida, das
formas mais simples para as mais complexas. A teoria do “Big Bang”, da grande
explosão que teria dado origem ao universo é muito parecida com (Gn 1.3) “Haja luz”!
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Lembrando das leis da Física, a tal explosão se deveria ter dado sobre alguma massa ou
energia, já existente, em reação. É a primeira lei da Termodinâmica que diz que toda
massa é ou se converte em energia e vice versa, sempre em valores constantes. Outra
Lei, a da Biogênese, afirma que a vida só provém de vida e refuta a Geração
Espontânea – vida surgindo do nada; o que provou Louis Pasteur. Até para que
houvesse a explosão, o Big Bang, algo ou alguém deveria prover a substância a explodir.
O próprio tempo é mostrado em sua relatividade quando um dia é descrito como tendo
mil anos e mil anos durando um dia para Deus. (Sl 90.4) (2 Pe 4.1) O dia de quase 24
horas existe em função da rotação da Terra sobre seu eixo, e ao redor do Sol. O mesmo
Sol criado no 4º dia. Aqui podemos entender cada dia como Eras, períodos diferentes
entre si que tiveram um princípio, meio e fim de duração. A criação, como Deus nos
revela, não é estúpida e não contradiz as Leis da ciência que Ele mesmo, Deus,
estabeleceu. O que os homens não querem é admitir um Deus Senhor e que exige
santidade.
20) Doutrina pode ser definida como um conjunto de idéias e princípios imprescindíveis
que formam as correntes de pensamentos de um grupo social e expressam suas crenças
e conhecimentos. A doutrina propõe modelos de vida e de valores, forma opiniões e
juízos e orienta quanto às ações. A doutrina deve conter verdades fundamentais
apresentadas com clareza e coerência, interpretando antecipadamente as mudanças por
sua aplicação sob preceitos bem organizados. Em nosso caso, doutrina, que significa
ensinamento: é a instrução das verdades bíblicas de modo lógico, ordenado e
sistemático. Assim, vale a doutrina, pelo poder de suprir a crença sem a restrição de um
credo e a prisão de um dogma; vale a doutrina, pela revelação do conhecimento da
verdade, na razão da fé; vale a doutrina, pelos frutos produzidos no caráter do crente e
pelo caminho apontado para os homens.
CRISTOLOGIA
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autoridades religiosas não tiveram dúvidas: se não era Deus, se dizia igual, um mesmo
com Ele; Jesus disse ser Deus. Motivo legal de seu julgamento: Blasfêmia.
■ Suas: (Mt 14.33) (Mc 2.5-12) (Lc 7.48-50) (Jo 4.24-26; 5.16-18, 23-26; 8.56-58; 9.35-
38; 10.30-38; 14.9,15). Antes e depois da ressurreição. (Mt 28.9) (Ap 1.17-20; 5.6-14)
■ Outros: (Jo 1.1,10-14) (Rm 9.1-5) (Tt 2.13) (Hb 1.1-8) (Tg 2.1) (1Pe 5.10,11; 2Pe 2.1)
(1 Jo 5..20)
5) Profeta: (Jo 4.19) (At 7.37) Sacerdote: (Hb 3.1) Rei: (Lc 23.42) (Jo 18.36)
6) Não foi criado. Foi gerado pelo E.S. de forma única. (Lc 1.26-35) (Hb1.1-16)
9) Era divino em perfeita santidade para que o sacrifício vicário tivesse valor e, humano,
para que o sangue fosse derramado e o sacrifício consumado. (Hb 2.14-18; 4.14,15;
9.22,27,28)
10) Comeu e bebeu: A ceia. (Mt 26) Dormiu: No barco. (Mt 8.24) Morreu.
12) Por ver o futuro do povo judeu em rejeitar o messias; o sofrimento e juízo eterno para
a humanidade que o rejeitaria e por sua própria dor, em todas as dimensões, que se
seguiria. – Consultar referências e considerar suas próprias conclusões.
13) Não há uma resposta conclusiva absoluta. Vale convicção pessoal, naturalmente,
embasada na Palavra. Como no choro à entrada da cidade, agora, os sentimentos eram
mais intensos; chegara a hora. Creio, pessoalmente, que se tratava da luta do Jesus
divino para NÃO ceder e lançar mão ao pleno poder e impedir o sofrimento e sacrifício do
Jesus humano. Isto revogaria o Decreto e propósito do amor eterno e imutável pela
salvação.
14) Interpretação pessoal. Nos três versículos o autor aos Hebreus disseca as naturezas
divina e humana de Jesus e a relação conflitante de todo homem, entre a razão e a
sensibilidade; mente e coração; o que se sabe e o que se sente. A dupla natureza única
e atípica de Jesus, só será conhecida na Glória. O servo perfeito em obediência, ao Pai e
ao seu próprio querer, (Mt 26.38,39) (Jo 10.17,18; 12.27) não poderia ser sujeitado a um
castigo que lhe impusesse sofrimento para aprender a obedecer, e só assim, ser
aperfeiçoado, como parece sugerir o texto. Isto seria duvidar, vacilar, incredulidade,
pecar. (Is 53.11) (1Pe 1.11) (Sl 22.24) Deus se fez homem para impor a si mesmo o alto
preço da justiça e juízo que decretou contra o homem, e pagar, por amor.
15) Isaías.
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17) Exemplos.
■ Isaque: O sinal mais evidente de sua vida foi o ser levado ao sacrifício por seu pai
Abraão; (Gn 22) mas, um dos mais impressionantes e mais belos momentos está no
envio de Eliezer, servo de Abraão e figura do Espírito Santo em busca de uma esposa
para Isaque. (Gn 24) Eliezer não vai a uma terra de estranhos e encontra Rebeca, figura
da Igreja. Todo o episódio é o completo relato profético, repetido em Cantares,
ministrado pelo próprio Jesus e consumado no Apocalipse, do encontro de Cristo com a
Igreja. O Arrebatamento. (Gn 24.63-67) (Ct 3.6,7; 6.10; 8.5) (Mt 25.1-12) (Ap 19.7)
■ José: O que é traído pelos irmãos; vendido por moedas de prata; tido como morto; o
que recebe aos que o negaram em um banquete, se dá a conhecer e perdoa. O humilde
servo que se torna senhor da terra, abaixo, somente, do grande rei, que lhe dá o nome
de: salvador do mundo. (Gn 37 a 46)
■ Moisés. Não é necessário dizer muito. O libertador. (Dt 18.17,18) (At 3.22) (Hb 3.1-19)
18) Exemplos.
■ A Arca de Noé: A Salvação do juízo divino foi proclamada e estabelecida de forma
única e condicional à entrada na Arca, pela fé. (Gn 6 à 9) (Hb 11.7) (Ef 4.5) O abrigo da
Arca é símbolo do batismo – morte e ressurreição em Jesus Cristo; novo nascimento
pela água e pelo Espírito. (1Pe 3.20,21) (Jo 3.5)
No que implica à Páscoa, não se pode ignorar o contexto da lei que segundo o AT
impunha normas à celebração. (Ex 12.1-20) (Lv 23.4-8) (Dt 16.1-8) A Páscoa acontecia
no primeiro mês. (Religioso – Abibe, antes do cativeiro Babilônio e Nissãn, após e
atualmente) No dia 10 o cordeiro era escolhido e separado, e no dia 14 preparado sendo
sacrificado à hora nona, às 15:00 horas. Ao por do sol, após às 18:00 hs, era o início do
dia 15, o sábado santo, litúrgico, cerimonial da Páscoa, a Páscoa propriamente dita,
quando o cordeiro era comido (em família) com pães asmos e ervas amargas; era o
Sêder, a refeição da Pessach. Páscoa era o momento em que o anjo da morte passava
sobre os lares egípcios; a Passagem. Nele nenhuma obra se fazia. Do dia 16 ao dia 20,
o trabalho era parcialmente liberado. Ao iniciar sempre no dia 14 do mês, os dias da
semana são rotativos. Jesus, o cordeiro, morreu no dia da preparação. (Mt 27.57-64) (Mc
15.42-46) (Lc 23.54-56) Poderia ser qualquer um, mas para termos os 3 dias até o
domingo, o 14 naquele ano deveria ser quarta-feira; Como responder? Fosse qual fosse
ele, o dia 15, seguinte à preparação, era de paralisação solene. Contados os sete dias,
nova paralisação; era o segundo sábado cerimonial da Páscoa: representando a
segunda passagem: a do povo pelo mar vermelho. E é claro, que nesta semana religiosa
o sétimo dia, o sábado verdadeiro, estava incluído; podendo fazer com que a semana
tivesse três sábados. – Mas, uma única sexta-feira. Em qual deles?
Outra evidência a se discutir e entender, está em que os textos sugerem a Ceia,
próxima ou durante a preparação, celebrada no cenáculo, (Mt 26.17-19) (Mc 14.12-16)
(Lc 22.7-13) na passagem do dia 14 para o dia 15. Ora, como Jesus foi morto na
preparação, dia 14, na hora nona, às 15:00 horas, como poderia cear a Páscoa após às
18:00 horas do mesmo dia? E se a Ceia fora o Sêder da Pessach, comemorado
conforme a Lei, sua morte se teria dado no dia 15, durante pleno sábado “solene” de
paralisação, incorrendo uma frontal violação e contradição pelos próprios sacerdotes,
diante de uma população perigosamente multiplicada e agitada naqueles dias. É o
apóstolo João quem responde, revelando que Jesus antecipara o Sêder, ao celebrar a
Ceia do sacrifício Pascal, Seu sacrifício, um dia antes. (Jo 13.1,2)
Os textos continuam e dizem que no dia seguinte, 15, de santa convocação
durante a Pessach, os sacerdotes foram a Pilatos pedir guardas para o sepulcro, e as
mulheres adquirir e preparar especiarias para ungir o corpo; mas por ser um sábado
22
“solene”, não puderam fazê-lo. Assim, no dia 16 as mulheres deram prosseguimento aos
preparativos dos ungüentos, porém, mais uma vez não concluíram em tempo de ir ao
sepulcro; e com a chegada do sábado “verdadeiro”, o sétimo dia da semana, dia 17,
recolheram-se. (Mc 16.1,2) De acordo com o evangelista Marcos, a compra ter-se-ia
dado após o sábado, restando a alta noite e madrugada de domingo para ir ao mercado.
Impossível. Improvável, se fosse o sétimo dia. As compras, então, se deram depois de
passar o dia 15 do sábado “cerimonial” da Pessach, durante o dia 16. Ao chegar, afinal,
o primeiro dia da semana, dia 18, quase comum na semana da festa Pascal, as mulheres
saíram para cumprir ao propósito da unção. Findara o sábado; (Mt 28.1-4) Nascia o sol;
(Mc 16.2) Era alta madrugada; (Lc 24.1) Ainda escuro; (Jo 20.1) e elas foram ao
sepulcro, mas Ele já não estava lá. Passados 3 dias e 3 noites, ressuscitou.
Nota: O tema acima foi estudado nas fontes constantes no apêndice ao final.
PNEUMATOLOGIA
1) É Deus. A terceira pessoa da Trindade, não por ordem de importância, mas, pela
revelação de seu ministério para com o homem no propósito divino. É Deus – A
declaração de Pedro a Ananias: (At 5.3,4)
8) Na prática, tanto faz. O uso da preposição “com”, indica o modo e ao mesmo tempo
dá a idéia de uma relação de parceria: junto. O uso de: “no”; a combinação da
preposição “em” + o pronome “o”, sugere: um lugar e aponta para uma presença
pessoal; é demonstrativo. O batismo com, ou no Espírito Santo, é a doação de uma
manifestação presencial de Deus. É uma “experiência sensorial concreta”. Aqueles que a
têm, evidenciam em si mesmos, atributos e capacidades humanas que jamais adquiriram
23
e, outras, sobre-humanas. São atuações no interior da alma e espírito do batizado, por
meio de frutos e dons e, exteriores através de dons “de poder”.
10) Vem de Deus. (Jo 14.16; 15.26) Vem com a finalidade de nos suprir por completo
todos os dias e conferir poder sobrenatural para pregarmos e Evangelho confrontando as
trevas. (Lc 24.49) (At 1.8)
12) Citando a profecia de Joel, (Jl 2.28-32) afirmou que era a promessa para sobre toda
a “carne”, todos os filhos de Israel, todos de todos os povos, todos os servos de Deus,
todos os que invocarem o nome do Senhor com arrependimento para salvação, a todos
quanto Ele chamar. (At 2.14-22, 38,39)
13) Como no Pentecoste, para a Igreja, não. Havia uma doação, um revestimento, uma
unção, uma cobertura, um enchimento. Eram manifestações individuais sobre pessoas
escolhidas por Deus com finalidades específicas. P/ex.: Os artífices do Tabernáculo; (Ex
31.1-11; 35.30-36) os setenta anciãos separados para auxiliar a Moisés. (Nm 11.16,17,
24-30) Os juízes. Os profetas.
14) Nove: Palavra de Sabedoria; ■ Palavra de Ciência; ■ Fé; Dons de Curar; ■ Operação
de Milagres ou Maravilhas; ■ Dom de Profecia; ■ Discernimento de Espíritos; ■
Variedade de Línguas; ■ Interpretação de Línguas.
Aos Romanos, Paulo agrega dons sobrenaturais com os talentos inatos do homem, que
podem ser aprimorados em excelência como dons divinos; são eles: ■ Profecia; ■
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Ministério ou Servir; ■ Ensinar; ■ Exortar ou dar ânimo, encorajar; ■ Contribuir; ■ Presidir
ou liderar; ■ exercer Misericórdia.
Na continuidade aos Coríntios há uma nova mistura entre dons de liderança e ministério
com os sobrenaturais e talentos inatos, vocacionais: ■ Apóstolos; ■ Profetas; ■ Mestres;
■ Operações de Milagres; ■ Dons de Curar; ■ Prestação de Socorro; ■ Governo ou
administrar; ■ Variedade de Línguas.
18) É fruto, mas também é dom. Paulo compara e apresenta o amor ao enumerar uma
lista de dons, mas não se refere ao amor chamando-o de dom. Ele descreve a sua
excelência. Podemos considerar como dom a partir do momento que entendemos que é
uma bênção, uma dádiva de Deus. O verdadeiro e perfeito amor vem dele, pois é a sua
natureza. (1Jo 4.8) Nós o recebemos pelo derramar de seu Espírito. (Rm 5.5-8) mas é
fruto, porque é plantado e semeado em nós para que se desenvolva e permaneça para
sempre, também, pelo nosso desejo e nosso trabalho.
19) Não há quem seja; mas, podemos e devemos estar cheios pela renovação contínua.
Se falamos em nos encher é porque nos esvaziamos. Encher é experimentar, viver em
constante, profunda e integral comunhão com Deus, pelo Espírito. É buscá-Lo de todo
coração e entendimento e, ao encontrá-Lo, aproveitar ao máximo e voltar a fazer o
mesmo, depois de se exaurir nas atividades, provações e tentações diárias.
SOTEROLOGIA
1) É o ato da maravilhosa graça e amor de Deus em oferecer por Seu favor e boa
vontade, sem que os homens façamos algo anteriormente para merecer receber, o
livramento da condenação do pecado, que é a morte, por intermédio do sacrifício de Seu
filho Jesus Cristo. (Jo 3.16) (Rm 6.23)
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2) Porque todos pecaram; (Rm 3.23) estamos sob a herança do pecado original em Adão
e, o salário, a consequência do pecado é a morte. (Rm 6.23)
3) (At 2.37,38; 16.30,31) (Rm 10.8-10,13) Crer em Jesus como seu único e suficiente
Senhor e Salvador, arrepender-se de seus pecados e confessar-se pecador, pedindo
perdão e entregando sua vida a Ele.
10) Remissão é o perdão da dívida; (do pecado) aceitando o credor, (Deus) uma
compensação que o satisfaça plenamente como pagamento e, assim, desconsiderando
o rigor da exigência inicial.
11) Eleição é a escolha de Deus nos dando acesso a todas as suas bênçãos; aos
servos, o direito de serem filhos: à salvação. Esta escolha em Cristo é uma eleição geral
e eterna para todo aquele que se candidatar a receber o voto de aprovação de Deus. Ser
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candidato (ao céu) é ter a “marca da candura”, a brancura, ser tornado alvo, ser
purificado. (Ef 1.3-6)
12) Liberdade de decidir e julgar o que lhe parecer melhor para si; liberdade de escolha.
13) É a doutrina que ensina que Deus decretou, já “previamente” pela sua soberania,
que os homens estão escolhidos e destinados a um fim, independente do que façam ou
aparentam ser: uma parte deve ser salva e a outra parte condenada.
Segundo ela, nada ou qualquer ação pode mudar este fato; “Deus não é injusto,
pois não é obrigado a salvar ninguém. A culpa é do homem; a queda de Adão foi sua
própria falta. Jesus não morreu por todos; mas, apenas pelos salvos. Não fosse assim,
os que se perdem atribuiriam fracasso à expiação”. Apenas, não sabem os homens,
quem faz ou fará parte de cada grupo. É irreversível.
14) Afirmar que se perde ou não é uma pretensão humana sobre o conhecimento da
Teologia cujo propósito pouco acrescenta à prática da vida cristã. Bem mais importante
do que definir um ponto doutrinário, é desfrutar e viver a salvação conforme o caráter
que o Salvador Jesus definiu para os salvos.
O candidato examinado deve apresentar sua convicção pessoal sob base bíblica, porém,
este autor apresenta as seguintes respostas a serem consideradas:
1º) Santidade de vida é o padrão e perfil exigido de quem está e é salvo. Entendemos
que o homem obtém a salvação mediante o reconhecimento e arrependimento de suas
culpas e a confissão sincera e completa de seus pecados, tornando-se nova criatura pelo
Novo Nascimento. (Jo 3.3-6) Sob este ponto de vista, assim como o nascimento físico só
ocorre uma vez, o nascimento do Espírito só deve, igualmente, ocorrer uma única vez.
Assim, ao nascer de novo e se tornar “filho de Deus”, a salvação é absoluta, pois faz
parte da natureza interior e implica em transformação, conversão, metanóia. Por esta
ótica, salvação não é algo que se possua como um objeto e seria impossível perdê-la
sem perder a vida, literalmente. Jesus, mesmo, disse que não abre mão, ou perde os
que vão a Ele. (Jo 6.37) Perder é uma ocorrência involuntária. Quem perde algo fica
separado e sem o conhecimento de onde esteja o objeto perdido. E sendo a salvação
adquirida em Cristo e por meio de Cristo – sempre presente – perder é inconcebível.
2º) Por outro lado, sabemos que os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus;
(Is 59.2) e João, pelo Espírito, afirma que mesmo os salvos, pecam, (1 Jo 1.7-10) e
Paulo, falando de si mesmo, descreve o esforço, trabalho e determinação para
permanência na salvação. (Rm 7.14-25) (Fp 3.7-14) Ora, se somos salvos pela graça de
Cristo – e somos, mas devemos viver uma vida de obras – testemunho de retidão,
santidade, verdade e justiça, que só é possível com a ajuda e força que vem de Deus,
então, ao cair nas tentações, se não perdemos, lançamos fora a salvação.
15) Identifique os dois teólogos: João Calvino e Jacob Armínio, exponha suas afirmações
e declare sua posição.
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16) É a base da teologia Calvinista, desenvolvida sobre a pregação de Agostinho, em
que a salvação é por mérito exclusivo de Deus, manifestando uma graça atrativa
irresistível a qual os predestinados à salvação são incapazes de se oporem a ela. Assim,
de modo sobrenatural os que devem ser salvos serão atraídos pelo poder desta graça,
inevitavelmente.
17) Tal pergunta é um sofisma. Jesus deu a sua vida voluntariamente. A morte do
Inocente cercada de injustiça e brutalidade e, envolvendo a mentira e o ódio, são da
natureza maligna. Porém, a condenação do homem à morte como sentença pelo pecado
foi decreto de Deus; e não uma atribuição imposta pelo diabo. A natureza divina/humana
vista em Jesus era algo inimaginável, até para aquele que fora participante da glória de
Deus. Matar o Salvador seria a 1ª opção de um impasse. A 2ª seria levar Jesus a desistir
da sua morte, a qual daria a salvação, ao tornar tudo mais grave por meio da tortura dos
flagelos, das humilhações e afrontas. Cremos que no seu desespero o diabo não teve o
controle da barbárie. A morte do Cordeiro foi o plano Eterno e exclusivo de Deus.
ANTROPOLOGIA / HARMATIOLOGIA
1) São as: do homem (da raça humana), sua origem, existência, conformação, natureza;
e a doutrina do pecado.
DICOTOMIA – Afirma que o homem se divide somente em duas partes; corpo e alma.
Ensina que espírito e alma não têm distinção. São uma mesma existência, substância e
natureza. TRICOTOMIA – Ensina que a divisão se dá nas três partes; corpo, alma e
espírito. E mesmo que as duas últimas tenham uma natureza substancial comum, se
distinguem por suas finalidades. As duas podem apresentar versículos e interpretações
para justificar suas posições, que isoladamente do contexto e do propósito as fazem
parecer absolutas, excluindo a outra tendenciosamente; o que não fazemos.
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■ Os Tricitomistas consideram tais referências, mas concordam que não são conclusivas;
por isso mesmo destacam os textos que apresentam alma e espírito com sentido
diferenciado, ainda que ninguém explique tudo plenamente; entre eles: (Is 57.16) Há,
entretanto, dois textos determinantes em favor da Tricotomia: (1Ts 5.23) (Hb 4.12) Diante
do exposto e sobre a explicação de SCOFIELD, consideramos a Tricotomia como a
melhor posição: “Sendo o homem, espírito, é capaz de ter conhecimento de Deus e ter
comunhão com Ele; sendo alma, ele tem conhecimento de si próprio; sendo corpo,
através dos sentidos, conhecimento do mundo.”
3) Salomão declara que o homem foi feito reto, por Deus. (Ec 7.29) A narrativa da
criação no Gênesis, (Gn 1.26) feito, o homem, à imagem, conforme a semelhança de
Deus, e depois, a sua queda (Gn 3) ao tomar do fruto da árvore do conhecimento do
bem e do mal, ratificam a inocência original.
4) Muito pode ser dito: Para exercer o domínio sobre a terra, a criação, povoar a terra e
fazê-la produzir frutos; (Gn 1.26-29; 2.5) numa relação pessoal e íntima, para o louvor de
Sua glória. (Ef 1.3-14)
IGUAL SEM SER O MESMO – Dizer que o homem foi criado à semelhança de
Deus, não é o mesmo que dizer que seja absolutamente igual a Deus; o que é óbvio.
Primeiro, porque o homem é antes, um corpo físico e Deus é espírito. Segundo, porque
no homem jamais haverá a absoluta perfeição do único e poderoso Deus. Contudo há
uma perfeição para nós estabelecida que pode e deve ser alcançada. (Gn 17.1) (Dt
18.13) (1Re 11.4) (Sl 101.2) (Mt 5.48) (Cl 1.28) (1Pe 5.10) Sabemos que só Jesus Cristo,
o segundo Adão, possui em si mesmo o resplendor da glória e a expressão exata de
Deus. (Hb 1.3) Só ele é a imagem do Deus invisível. (Cl 1.15) Não em sua aparência
encarnada, mas no todo de seu caráter; e a nós, cabe-nos, nele permanecer. (Jo 15)
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pertencem à constituição natural do homem. São elementos que compõem o homem
como tal, como as faculdades intelectuais, os sentimentos e a liberdade moral, que não
perdeu com o pecado, e que não poderia perder sem deixar de ser homem. Esta parte
da imagem de Deus, de fato, foi corrompida pelo pecado, mas ainda pertence ao
homem, mesmo depois da queda. O homem, independente da sua condição espiritual,
ainda é apresentado como imagem de Deus. Nos Evangelhos, e por todo o NT, a
doutrina da Salvação em seus aspectos da responsabilidade pessoal, Justificação e
Regeneração graciosas, o confirmam.
■ Imortalidade: “dom” que só Deus tem; (1Tm 6.16) e isto parecia excluir a idéia da
imortalidade humana. Deus a tem como qualidade essencial de sua natureza; tem-na em
Si e de Si próprio, mas aprouve-lhe por seu desígnio conceder a imortalidade ao espírito
do homem; ao homem.
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■ Semelhança Social: A natureza social de Deus é embasada em Suas afeições e são
relacionais. Os objetos de seu amor se encontram na trindade e implicam no que Ele
sente, sabe e nas intenções de sua relação para com o homem. Assim como Deus tem
uma natureza social, por desejo e vontade própria, Ele também dotou o homem de uma
natureza social, em que se inclui a necessidade sobre o desejo e vontade. (Gn 2.18; 3.8)
6) O Autoctonismo é a teoria que defende que os homens que possuem uma mesma
raça e cultura são originados da própria região em que vivem. Mas, o Autoctonismo esta
passando por uma redefinição sob as seguintes considerações:
A tradicional idéia das 3 raças: branca, negra e amarela (ou vermelha) divididas em
regiões distintas do planeta tem perdido sua força a mediada que mais valores comuns
são descobertos; e a cor da pele e aparência diferentes, bem com as distâncias não
explicam.
A Ciência Natural, mesmo defendendo a Evolução das Espécies, considera as
diferenças entre os homens, variedades de uma raça original, sendo elas, frutos da
seleção e adaptação ao habitat, ao longo dos tempos e após seu deslocamento. E a
Biologia, com as descobertas do Genoma humano e DNA, afirma hoje, que há
infinitamente mais características comuns do que diferentes.
A tradição histórica de cada povo apresenta em senso comum, a origem dos homens a
partir de um Homem em um Centro, que depois distribuiu-se em muitos povos.
A Filologia, estudando as línguas, sugere que todas parecem ser ramos de um
mesmo tronco, uma mesma raiz; e que Babel é uma possibilidade.
Assim, defendendo um lugar único e uma só origem para toda a Espécie humana, o
homem, e não as Raças, Evolução e Criação se aproximam no Autoctonismo.
7) Aloctonismo é a teoria que abrange todas as demais teorias que defendem que o
homem se originou em diferentes centros fora de seu habitat.
9) Dentro da teologia, afirma que Deus criou todas as almas no começo da existência, e
à medida que os homens são gerados, ou antes do nascimento, elas como que
encarnam ou reencarnam.
10) Ensina que Deus cria uma alma para cada corpo e esta não possui qualquer relação
direta com a hereditariedade, a raça ou a espécie. Sabemos, porém, que as
semelhanças com os nossos ascendentes não são apenas físicas; herdamos muito mais.
São talentos e aptidões inatos e expressões comportamentais que se manifestam,
mesmo fora de uma influência direta. Outro problema está na relação com o pecado:
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neste caso ou o pecado é só no corpo, ou Deus cria uma alma pecaminosa, já carregada
de pecado; sendo assim, o homem, inocente e Deus, culpado. (Ez 18.19-22)
11) É antes de tudo uma posição (Em Oposição) à boa, agradável e perfeita santidade e
vontade de Deus. Surge de sentimentos e pensamentos arrazoados contra Deus e em
favor de si mesmo, dos próprios interesses, acabando por atingir a terceiros; ao próximo.
Não devemos confundir pecado com o ato pecaminoso gerado por ele. Peca-se por
pensamento e sentimento, ainda que ocultados e não expressados; peca-se, então, por
atitudes, comportamento; em seguida peca-se pelas palavras proferidas; e por último,
peca-se pelas más ações consumadas ou pela omissão, quando se sabe do bem e do
certo e se recusa a fazê-lo.
12) Em Adão, ou para o homem, em todas as raças da espécie humana, podemos listar:
o Egoísmo na valorização exagerada de si mesmo, quando tentado, seduzido e adulado
em ser como igual a Deus; a Vaidade decorrente desta aceitação; a Arrogância e
Pretensão com que deu cabo ao que passou a crer; a Desconfiança e Descrença no
caráter de Deus, atribuindo-lhe mentira e falsidade; a Desobediência consciente no único
ato que lhe fora restringido; a Covardia e Hipocrisia em não admitir seu erro e ao lançar a
culpa sobre a mulher, e sobre o próprio Deus que a criara e a dera como companheira.
A conseqüência foi a morte geral da criação; morte como fim natural da vida e
morte como perda das bênçãos, favores e facilidades que haviam sobre ela enquanto
corria. Na declaração do Gênesis, (Gn 3.16-24) lemos e entendemos:
Para a mulher, a multiplicação das dores e sofrimentos da gravidez e do parto e a
sujeição ao marido. Depreende-se que não são apenas as dores físicas, mas, toda a
miséria vista hoje sobre a maternidade. Estupro, aborto, o abandono, abuso infantil dos
filhos pelos pais, deformidade e morte na gestação pelo consumo de drogas, a violência
doméstica dos companheiros sobre as mulheres.
Sobre o homem, o trabalho que passa a ser pesado, numa terra que não
responde mais com os frutos, mas com todos os tipos de espinhos que uma cruel e
verdadeira metáfora possa permitir. A escravidão, a exploração da mão-de-obra mal
paga, A pobreza de tantos debaixo da riqueza e ganância de alguns, a corrupção e
injustiça, as doenças do trabalho e os sonhos sepultados nos cemitérios.
Sobre a terra, sobre as formas de vida inferiores ao homem, em dignidade, um poder
destrutivo e degenerado que este não pode controlar. Desde a força dos climas e
elementos da natureza até as epidemias causadas pela vida microscópica. Maldição.
Enfim, a expulsão do Jardim, a perda da comunhão, a separação espiritual de Deus.
13) Entendem os teólogos, que tendo sido Adão, O Homem, o que fora criado
originalmente por Deus, nele estava e está toda a humanidade; inclusive, é evidente e
especialmente, a primeira mulher, que dele saíra, somente pela intervenção do Criador.
Assim, Eva estava nele, Adão; que a abrigava e tinha sobre ela a autoridade, governo e
responsabilidade. Nele, os dois eram uma carne. Nele estava a consciência moral. Mais,
fora a ele quem Deus ordenara a proibição de não comer do fruto. No entanto, sobre a
culpa exclusiva de Adão, pode-se suscitar a presunção da inocência de Eva, e/ou a
pergunta de qual seria o resultado se ele não tivesse provado, mas apenas ela.
14) 15) 16) As três perguntas devem ser respondidas em um só contexto, como segue:
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próximas, porém, respectivamente definidas sobre o que recebem das impressões do
corpo por meio do qual recebem.
É impossível para a ciência médica, para a filosofia e a teologia definirem,
identificarem e separarem a fronteira entre o cérebro a mente e a alma humana. Certo é,
que aquilo que somos e fazemos, é resultado de todas as informações e impressões
percebidas e assimiladas durante a vida. Todos os homens as recebem da mesma
forma: do corpo para a alma, e desta para o corpo. Podemos considerar a mente (Nous,
do grego) como o elo entre o corpo material e a alma/espírito imaterial. E em tudo em
todos, se manifesta o mesmo pecado original.
Aqui a unidade da espécie/raça é completa e o ser humano é parente de cada
membro da humanidade. Herda-se toda potencialidade para o bem e para o mal; geral e
pessoal, na família em que se é gerado. Cada indivíduo, como parte da raça é co-
responsável pelo pecado de todos; ou seja: é participante na, e da natureza pecaminosa
de Adão. Assim, podemos intuir que qualquer que estivesse no seu lugar cometeria o
mesmo ato, e é possuidor da mesma culpa. Por isso mesmo, também é recebedor de um
mesmo e único ato de redenção executado por um único homem: Jesus. (Rm 5.12-19)
O pecado e a culpa que dele advém são inerentes à raça. O corpo peca, mas
antes o pecado se origina na alma; e todos são de igual natureza. Desde a infância,
consciente ou não, ou instintivamente o padrão comportamental é um. (Pv 22.15) É
importante que esta interdependência universal seja bem entendida, ou levará o homem
para longe de seu livre arbítrio e de sua responsabilidade pessoal, na tentativa de
isentar-se de culpa; pois, quando a culpa é de todos acaba não sendo de ninguém.
17) João discorre o mesmo ensino de Paulo quando fala da luta da carne contra o
espírito. (Gl 5.16,17) (Rm 7.15-22; 8.4-6) O que o apóstolo quer dizer é que apesar de
nossa nova natureza, ainda estamos sujeitos a pecar, enquanto neste mundo, enquanto
neste corpo, nesta vida; e que Deus nos deixa claro esta verdade. Entretanto, nos
exorta a perseverar na santidade e resistir e evitar o pecado na dependência do Espírito
de Deus e na confiança no sacrifício de Jesus, que nos justifica. Ele fala da prática do
pecado; quer dizer: viver pecando voluntária e conscientemente. O pecado já não é
regra, é exceção. O que é nascido de Deus não está sob o poder do pecado de forma
que não possa resistir-lhe e vencê-lo. Não faz mais parte da natureza dos filhos de Deus,
a presença do pecado no seu dia a dia. O testemunho revela os filhos de Deus. Cometer
pecados de forma contumaz sob a desculpa da humanidade é, pois, ser falso crente; é
ser filho do diabo.
18) No céu, ante a glória de Deus, no coração do, então, querubim ungido, no íntimo de
satanás. (Ez 28.1-19)
19) Não. (2Pe 2.4) Pois teve diante de si, a glória da face de Deus. Era o mais excelente
dos anjos, de todas as criaturas em beleza e honra; menor, somente, que o próprio Deus
trino. Deus, conhecendo seu coração e suas obras, por decisão soberana, justa e
irrevogável decretou a sentença de juízo que o condena. (Ez 28.18,19) (2Ts 2.1-10) (Ap
20.1-10)
21) Para todo pecado há perdão – quando confessado mediante sincero e completo
arrependimento. Sem perdão, pecado para morte, é aquele cometido voluntariamente,
assumindo-se o pleno conhecimento da conseqüência e, declarando o não desejo da
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graça salvadora de Jesus. Mais do que o prazer no pecado, se estabelece a revolta e
resistência a qualquer ação de Deus. Ensinam, ainda, os teólogos, ser a “blasfêmia”
contra o Espírito Santo; que consiste em atribuir à Suas palavras e obras, a procedência
maligna: que Deus é mal, é o próprio diabo. Finalmente, considera-se para morte por
negar-se a todo o plano de redenção revelado na Trindade:
Tal pecador rejeita o amor de Deus Pai, que enviou Seu Filho; rejeita o Filho, que
intercede junto ao Pai, em favor do homem; e rejeita a intercessão do Espírito, que busca
convencer ao homem de seu pecado. Não havendo mais quem interceda, finda-se a
esperança e resta a morte. (1Jo 5.16,17) (Mt 12.27-32) (Is 53.12) (Hb 2.3,4; Hb 7.22,25)
(Rm 8.34; 8.26,27)
22) Há duas. A morte física, natural da vida do corpo e a morte espiritual que se
manifesta em duas condições: Quando o homem está na prática do pecado, separado da
comunhão com Deus, e diz a Escritura que está morto; e quando se der o juízo final e for
consumada a morte espiritual. (Rm 6.23) (Tg 1.15) (Ef 2.1,2,5,6) (Cl 2.13) (Ap 2.11; 20.6;
21.8) Os textos apresentam, ainda, a metáfora da morte para o pecado e para o mundo,
seguida da ressurreição com Cristo; o novo nascimento. (Rm 6.8-13) Mas, morte efetiva,
como dano resultante do pecado, são as duas.
23) Segundo a teologia Católica Romana é um lugar intermediário entre o céu e o inferno
para a expiação e punição das almas dos fiéis que morreram em pecado venial
(desculpável, leve) não perdoado em vida. Esta falsa doutrina, que compõe um dos
sacramentos, ensina que as almas dos penitentes podem ser ajudadas por meio de
orações, indulgências (ofertas) e especialmente com as missas encomendadas.
As primeiras menções da existência de tal lugar, vêm da religião persa e do
budismo. Na Grécia do século IV AC., Platão escreveu sobre a sua possibilidade no
Hades. No século V os padres romanos já defendiam e pregavam o purgatório como
realidade; mas, foram nos Concílios de Florença e Trento (1439/1476) que os papas
formalizaram oficialmente a doutrina. Nessas ocasiões a tormenta e o fogo foram
acrescentados e validados. Os apologistas do dogma usam de forma grosseira os textos
em (Mt 5.26; 12.32) (1Co 3.15) para justificar o credo. A refutação está na verdade,
justiça e na misericórdia de Deus, as quais encontramos em textos como: (Jo 5.24;
8.32,36) (Rm 5.1,2; 8.1) (Hb 9.26,27).
ANGELOLOGIA / HERESIOLOGIA
1) Anjo, do grego, angelos, significa mensageiro. São seres criados por Deus em seu
propósito soberano para serem testemunhas de toda a criação e de sua glória e, agentes
comunicadores de sua vontade para com o homem e executores de seu poder. Os anjos,
a semelhança de Deus e antes dos homens, também foram criados: espíritos pessoais,
pessoas, porém, sem corpos como os temos, dotados de inteligência, sentimentos e
vontade. São naturalmente santos, tendo como habitação original a proximidade do trono
de Deus, contemplando sua face; mas, são moralmente livres, possuidores de livre
arbítrio e sujeitos a tentação e ao pecado. Numa comparação em relação aos homens,
os anjos têm maior excelência em poder, porém não receberam o privilégio da intimidade
afetiva em amor dada aos filhos. Aos anjos, jamais chamou de filhos, mas em Jesus, o
unigênito, recebemos o direito por adoção. (Hb 1.5-8; 2.6,7) (Gl 4.1-7) (Ef 1.3-14)
Intérpretes consideram (Jó 1.6; 2.1) e (Sl 29.1; 89.6) a palavra filhos como uma alegoria
aos anjos pelo poder criativo e submissão.
34
2) De certa forma, anjo, é a expressão genérica para todas as categorias de anjos
identificadas e interpretadas pela teologia bíblica. Aos nomes relacionados foram
atribuídas hierarquias e funções que não podemos afirmar como exclusivas e restritas,
apenas, pelo relato bíblico de uma aparição ou intervenção. Além da identificação de
categorias individuais, vemos hostes (exércitos) tronos e principados. Assim como
encontramos um anjo com a missão de proteger e auxiliar uma pessoa, (Sl 91.11) (Mt
4.6) (At 12.7-10) há aqueles com a missão de guardar uma nação. (Dn 10.21) A ordem
conhecida e aceita é: Querubim; Serafim: Arcanjo e Anjo; com as respectivas funções:
■ Querubins – Com um significado incerto de: “aquele que ora e abençoa”, os querubins
são vistos, muito mais, em função de guardas, guardiões e representantes da majestade,
domínio, glória e poder da pessoa de Deus. São 81 as citações. Seja pessoalmente, (Gn
3.24) como figura nos ornamentos sagrados na Arca e no Templo de Salomão (Ex 25.18-
23) (1Re 6.29,32) ou na linguagem poética (2Sm 22.11) (Sl 18.10) e nas visões
proféticas. (Ez 10.1-20)
■ Serafiins – Derivado do original hebraico que significa arder e queimar - pelo fogo, só
aparece 2 vezes, e no capítulo 6 em Isaías. A relação ou função parece ser com a
purificação e santificação e adoração.
■ Arcanjo – O prefixo “Arc”, elevado, maior, principal, ao compor-se com anjo, descreve
uma posição de autoridade, liderança e superioridade entre os anjos. Aparece 2 vezes
na Bíblia: (Jd 9) Identificando nominalmente a Miguel, que recebe o título e em (1Ts
4.16). Por sua vez, Miguel está em mais 4 textos: (Dn 10.13,21; 12.1) (Ap 12.7) Ainda
que somente seu nome seja citado, vemos que o é como “um dos primeiros príncipes”.
Miguel é traduzido como: “Quem é como Deus?”
■ Anjo – É a designação geral e comum para a maioria das citações tanto no AT. quanto
no Novo Testamento. O único outro nome mencionado entre os anjos é Gabriel, que
significa; “homem de Deus, soldado de Deus.” Este, mesmo sem outro título, é
reconhecido como da mais elevada e especial condição, pela missão que lhe foi dada:
(Dn 8.16; 9.21) (Lc 1.19,26)
3) São considerados santos, puros, justos e bons. Em sua retidão são obedientes para a
execução de juízos. Daí, a imagem distorcida de passividade, tolerância e benevolência
ante o pecado se desfaz na consciência que possuem sobre o caráter de Deus e no
conhecimento de Sua vontade, para agirem com punição. Entretanto, são imperfeitos
diante do único que é perfeito: o próprio Deus. A queda é uma prova. (Ez 28) Aos anjos é
vedado aceitar adoração, a qual cabe somente a Deus; (Mt 4.10) (Lc 4.8) (Ap 22.8,9) e
aos homens é proibido lhes oferecer culto e dirigir orações. (Cl 2.18) Ainda que o
Evangelho seja fruto de admiração e júbilo por parte dos anjos e eles tenham participado
do seu anúncio profético, não lhes foi dado a prerrogativa de pregá-lo por iniciativa
própria, apesar de o desejarem. (1Pe 1.12) A pregação compete à Igreja, em fé, amor,
gratidão, responsabilidade e dever. Seu anúncio integral, como o fazemos hoje, será
feito abertamente por eles na segunda metade da Grande Tribulação. (Ap 14.6)
Passíveis de erro e de pecar voluntariamente, se o anúncio que os anjos venham a
fazer, ainda é de um outro evangelho, o anunciador e sua pregação são considerados
malditos. (Gl 1.8)
4) Nem todas as citações de anjos voando ou movendo-se nos ares falam de asas.
Tomemos 3 exemplos. (Ap 10.1) (Sl 18.10) (Jz 13.20) No caso de juízes, a referência é
ao Anjo do Senhor, que é interpretado como uma manifestação visível e especial do
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próprio Deus, Javé, ou mesmo, uma aparição de Jesus no AT; afirmação justificada pela
mensagem profética de libertação e pela adoração aceita. O Anjo do Senhor se destaca,
também, com igual entendimento, em: (Gn 16.7; 22.11) com Agar, e interrompendo o
sacrifício de Isaque; (Ex 3.2) na sarça com Moisés; (Js 5.13) a Josué, sendo identificado
como homem, varão e príncipe do exército do Senhor. Nestas últimas, não há referência
a asas e em voar.
Quanto aos anjos, propriamente, vemos: Em (Ex 25.20) (1Re 8.7) os querubins
têm 2 asas; já, em (Ez 1.6,11,24; 10.21) são 2 pares de asas, 4 asas; em (Is 6.2) os
serafins têm 6 asas. Lembramos que estas são as visões de homens, das coisas
celestiais e não uma declaração descritiva de Deus.
O sexo é uma característica física e de natureza mental – racional e emocional do
ser humano desde a concepção e o nascimento. Descreve sua existência integral. Sendo
os anjos, criados com uma natureza espiritual, um gênero ou sexo inexistente ou neutro
se torna incompreensível. Jesus ao responder aos saduceus sobre a ressurreição, não
afirma, mas nos dá a entender que a natureza espiritual dos homens pode vir a ser
assexuada “como os anjos no céu”. (Mt 22.30) (Mc12.25) Entretanto, em todas as
manifestações os anjos são descritos como varões; homens. Natureza espiritual que o
próprio Deus toma para si como de Homem, como Pai, como Senhor. Ao responder,
devemos nos ater ao limite de nossa compreensão da revelação.
5) A Bíblia nos fala de exércitos, milhares e milhões. (Gn 32.1,2) (1Cr 12.22) (Jó 25.3) (Sl
68.17) (Ap 5.11) Para se ter a idéia de um número, com a expressão da palavra anjos e
a autoridade máxima de quem afirma; Jesus: façamos uma projeção com valores
disponíveis na Bíblia e na história sobre (Mt 26.53) incluindo o poder inerente ao
exemplo. Ao mencionar as legiões, naturalmente, Jesus se referia às legiões romanas de
então para o entendimento dos seus ouvintes. Cada legião chegou a possuir 6 mil
soldados; assim, apenas 12 legiões já perfazem 72 mil guerreiros. Consideremos que
cada anjo estivesse com a autoridade e poder para matar os inimigos do Filho de Deus,
como fez o anjo enviado a Jerusalém em favor de Ezequias e por intercessão de Isaías
contra o exército de Senaqueribe, quando 185 mil assírios pereceram. (2Re 19.35) (2Cr
32.21) (Is 37.36) Multiplicando 72 mil por 185 mil, chegamos a 13.320 bilhões; cerca de o
dobro da população da Terra, hoje.
Ainda que a visão do Apocalipse seja futura, os teólogos não têm dúvida quanto a
revelação ser aplicada, também, a eventos anteriores. A descrição numérica da queda
se completa no contexto da afirmação de Jesus. (Ap 9.1-4; 12.4,9) (Lc 10.18)
7) Pelo orgulho e pela soberba que deixou brotar e crescer em seu interior, corrompeu-
se para a mentira, injustiça, engano e toda malícia e perversidade. (Jo 8.44) (At 13.10)
(2Co 4.4; 11.3,14,15) Sua intenção é matar, roubar e destruir (Jo 10.10) (1Pe 5.8) mas,
antes, ele tenta, induz ao erro e ao pecado, (1Cr 21.1) mesmo entre os crentes a
pretexto de consagração. (1Co 7.5) Ele induz à traição, infidelidade; (Jo 13.21,26,27) é
assassino; (Jo 8.44) é caluniador e acusador; (Ap 12.10) e responsável por toda
perversão moral, sexual e relacional. (Rm 1.18-32) (Gl 5.19-21) Imprime e reproduz nos
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corações dos homens, sua avareza, egoísmo, presunção, rebeldia, crueldade,
obstinação e imundície. (2Tm 3.1-9) (2Pe 2.4-32)
Seu poder: Os desastres na vida de Jó, incluindo manifestações sobre os
elementos da natureza, descrevem um poder que somente Deus possui e pode
conceder. (2Ts 2.9) (Ap 13.11-13) Eles podem causar doenças (Mt 9.32,33; 17.14-18) e
transfigurar-se, materializando-se ou não; (2Co 11.14)
8) Deus criou a todos os seres superiores; anjos e homens, dotados de livre arbítrio. Em
sua presciência Ele não se furtou em criar e deixar que a criatura escolhesse seu próprio
caminho. Nada acontece sem sua permissão e o querer de sua soberana vontade, a
qual, pouco entendemos. O conhecimento do bem e do mal, sempre lhe pertenceu; (Gn
2.17; 3.5) Ele é o Criador Onipotente que tem o pleno controle sobre a criação. Nem a
decorrência do mal foge ao cumprimento de Seu propósito. (Is 45.7) (Os 6.1)
10) O verdadeiro crente em Jesus pode e deve, nas condições que foram deixadas para
a Igreja nos diversos textos no NT. Na missão dos 12 e dos 70, Jesus nos confirmou
essa autoridade e ordenou o compromisso; (Mt 10.1-8) (Lc 10.1-19) compromisso que
deve se dar sob a unção do Espírito Santo, fé e a autoridade do nome de Jesus. (Mc
16.16-18) Há casos em que se requer especial consagração – jejum e oração, (Mt 17.21)
(Mc 9.29) mas, os demônios são obrigados a obedecer e sujeitar-se ao poder do Senhor
em nós. Essa autoridade e missão se repete nas ações e nos ensinos apostólicos. (At
19.11-15) (Rm 16.20) (Ef 6.10-18) (Tg 4.7) (1Pe 5.8,9)
12) Não; por vontade soberana de Deus, entre mortos e os vivos está vedada a
possibilidade de comunicação. Tentar fazê-lo é uma repulsiva afronta e desobediência.
(Dt 18.9-14) (Jó 7.9,10) (Is 8.19,20) Após a morte não há retorno nem para o corpo nem
para a alma. (Hb 9.27) Na parábola do rico e Lázaro, (Lc 16.19-31) Jesus ratificou a
proibição e impossibilidade de comunicação, seja presencial ou por mensageiros –
médiuns, entre vivos e mortos. O quadro narrado com a imagem de então, descreve a
vontade absoluta do Deus imutável.
O surgimento de um profeta semelhante a Elias era esperado, (Mt 11.14; 17.10-
13) (Lc 1.17) mas, quando este, João Batista, surgiu, os judeus o tiveram como a
ressurreição, ou melhor, a reaparição do primeiro. A semelhança se dava na postura de
caráter, tipo de pregação e vestimentas escolhidas; características que impressionaram
uma população carente da manifestação de Deus. João, porém, disse taxativamente que
não era Elias. (Jo 1.21)
Quanto ao episódio de Saul, respondemos: O que houve foi uma livre
manifestação de um espírito maligno de mentira, confusão e engano pela legalidade na
desobediência de Saul em consultar uma “bruxa” para ouvir o que queria ouvir.
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Consideremos os fatos anteriores e os decorrentes do episódio. Deus rejeitara a Saul
pela palavra de Samuel e, ambos não mais voltaram a falar com o rei; (1Sm 15.10-35) o
que Saul confirmou (1Sm 28.6,15) e Deus ratificou em nova reprovação. (1Cr 10.13) O
diálogo com o pretenso espírito de Samuel, além de atribuir contradição a Deus pelo que
determinara em (Dt 18.9-14), confere desobediência, ignorância e mentira ao “dito”
Samuel que anunciara a morte de Saul e de seus filhos para o dia seguinte; o que não
aconteceu. (1Sm 28.19) A feiticeira que conhecia o caráter corrupto e vingativo do rei e
certamente sua reação e intenção sobre o que esperar do que diria Samuel, e numa
sessão espírita; (1Sm 16.2; 28.8,9) deu a Saul a resposta que este queria. Finalmente,
lembramos que nenhum médium tem poder sobre o espírito dos santos de Deus que
Nele descansam.
13) É um erro calçado na interpretação literal e isolada das palavras sono e dormir ao se
referir aos mortos, ignorando o evidente contexto de separação e descanso do que se
tenha vivido na terra. Na parábola do rico e Lázaro, (Lc 16.22-30) Jesus expõe a
consciência como fato; o que também fica entendido em suas palavras ao ladrão na
cruz. (Lc 23.43) E João, na Revelação, (Ap 6.9,10) vê as almas dos que morreram na fé,
e por amor martirizados, clamando por justiça ao Senhor. A incomunicabilidade é com os
homens, os vivos, e não entre si ou com Deus.
15) É a doutrina herética que nega a revelação das três pessoas divinas da Trindade,
declarando-a como carnal e diabólica. Afirmam que Deus é somente o Espírito Santo e
que não existe a pessoa do Pai, este é um título. Ensinam que antes da encarnação de
Jesus, o Filho jamais existiu como pessoa, e que o Jesus homem, se a Trindade
existisse, teria dois pais espirituais diferentes. Jesus é a personificação material do
Espírito, só passando a existir, no nascimento em Belém, tornando-se a partir daí, o
centro da revelação e o único Deus pessoal. Nem Pai, nem Filho ou qualquer outro nome
ou título conhecido devem ser invocados. Jesus é o nome próprio de Deus; e somente
este Nome tem o poder de salvar ao ser invocado, e por meio do ato do batismo.
16) Absolutamente não! Ainda que a Maçonaria se apresente como uma sociedade
fraterna de interesses culturais e políticos, sua existência e prática estão essencialmente
imersas na religiosidade que afirma não ser seu fundamento. Como religião, possui
templos aos quais chamam: lojas, onde se celebram cerimônias rituais em seus altares
por meio de ministros oficiantes, são feias orações, se queimam incenso, tem batismo e,
muito mais, numa liturgia repleta de símbolos místicos e uma pregação que aceita todas
as formas de divindade.
Sendo desnecessário aqui, considerar as origens históricas, apenas, apontamos a
relação carregada do sincretismo e esoterismo Rosacruz: O nome invocado como
mediador é “Hiram Abif” e o deus cultuado (o grande arquiteto do universo) é “Gadu”; um
deus universal não identificável, para todos os credos. Dentre suas polêmicas figuras
mitológicas, está Bafomet: um cruzamento de homem e animais com cabeça de bode
tendo um pentagrama em sua fronte; deus e demônio. Essa imagem é negada pelos
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maçons, porém, está associada e presente em sua história e remonta ao séc.XIII, às
Cruzadas e aos Cavaleiros Templários, de quem descendem e aos místicos “Iluminati”.
Em suas reuniões em que são ordinárias as juras e pactos, todos os deuses são
exaltados e os fiéis de todos os credos não precisam negar sua fé ao ingressarem como
novos membros, mas devem declarar no ritual de iniciação, que: “são profanos e estão
vindo das trevas para a luz da maçonaria”; inclusive os cristãos. Tais reuniões são
herméticas, fechadas, secretas, e só tem acesso, aquele que é convidado e levado por
um membro. Defendendo a Maçonaria, um comentarista disse que em virtude de tudo
que é conhecido e das próprias Lojas, que são claramente identificadas, não é uma
sociedade secreta, porém, com segredos.
Se o que se ensina é bom e o que se faz tem virtude, por que ocultar aos
homens? Jesus disse que as palavras de vida e as boas obras devem ser vistas e
conhecidas. (Mt 5.13-16; 10.26,27) Mas é, sobretudo, Jesus, o grande problema Maçom.
Se, afirmam guardar valores do cristianismo, negam o Cristo Salvador por seu sacrifício
na cruz. Negam a ressurreição e a sua promessa fiel de vida eterna e proíbem que se
falem das doutrinas de Jesus em seus templos.
Os maçons enfatizam os altos valores morais como princípio fundamental para o
justo desenvolvimento da sociedade. Estão presentes em importantes movimentos
históricos mundiais contribuindo, muitas vezes, positivamente; mas, são a religião e
misticismo vividos, o grande engano e laço que prende homens bem intencionados
conduzindo-os ao inferno, pois, sem o verdadeiro Deus, as obras de justiça própria são:
trapo de imundície, (Is 64.6,7) e a virtude proclamada é mentira e apostasia. (2Ts 2.7-11)
(1Tm 4.1,2; 2Tm 3.1-5)
Para um crente, então, ser maçom é estar em adultério espiritual, infidelidade,
traição, desobediência, idolatria, rebeldia, feitiçaria. É trocar a vida pela morte.
ESCATOLOGIA
1) É a primeira parte de duas fases distintas da volta de Jesus que irá desencadear uma
série de eventos na terra e no céu para o que se pode descrever como: o Fim de todas
as coisas; o fim do mundo. O Arrebatamento será, propriamente, a saída, escape,
tomada repentina, rápida e enérgica da Igreja fiel, da terra, por Jesus, em um momento
inesperado quanto à sua exatidão, porém, cercado de sinais já profetizados. (Mt 24.3-
121) (Lc 12.35-46; 17.24-36) (Jo 14.1-3) (Rm 13.11) (1Co 15.20-23, 51-53) (1Ts 4.13-17;
5.2-4) O Arrebatamento compreende, se dará para a Igreja que estiver viva e todos os
que morreram na esperança e na fé tendo entregue suas vidas ao salvador Jesus. Ele
mesmo, Jesus, fará o chamado e os mortos ressuscitarão primeiro e receberão um corpo
glorificado, e em seguida e imediatamente, “num piscar de olhos”, os santos receberão
igualmente, o corpo glorificado sem passar pela morte, e ambos serão recebidos nos
céus. Nesta fase, Jesus não tocará seus pés na terra nem será visto; somente a Igreja
terá consciência e participação. Aos olhos do mundo será um desaparecimento brutal e
misterioso de parte da população; uma catástrofe.
2) As duas ressurreições de que nos fala a Bíblia, num sentido geral, descrevem uma
decisão e julgamento de Deus sobre os homens que participarão de ambas. A primeira
diz respeito aos salvos; a todos os que morreram na esperança e na fé desde Adão. A
segunda será a dos ímpios, igualmente, de todos os tempos desde a criação do homem.
Na primeira haverá a concessão legal e consumada dos galardões e recompensas, bem
como a vida mediante o corpo glorificado com o acesso a presença do Deus Pai. Na
segunda, os ímpios ressuscitados receberão a condenação a qual já estão sentenciados.
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(Dn 12.2) (Mt 25.31-46) (Jo 5.28,29) (Ap 20.5,11-15) Entre o desfecho de ambas há um
intervalo de mil anos, assim compreendido:
A primeira inclui três fases em três tempos e três grupos de ressuscitados em
condições características e distintas que se somarão até que se completem mutuamente.
A primeira fase é formada por Cristo – A Primícia – em sua ressurreição, resgatando e
levando consigo todos os fiéis que morreram antes e até sua morte na Cruz. (Mt 27.53)
(Lc 23.39-43) (At 26.23) (1Co 15.20,23) (Cl 1.18) A segunda fase abriga os santos que
morreram, a Igreja, depois de sua ressurreição até o momento do Arrebatamento. (1Ts
4.16) A terceira e última é formada pela Igreja que não estiver preparada, vigilante no ato
do Arrebatamento e for deixada para trás pelo Noivo (Mt 25.1-13) ante a Grande
Tribulação e neste período se reconciliar com o Salvador Jesus e, os ímpios que se
converterem, não aceitando o sinal da Besta. Estes dois grupos serão martirizados e
mortos pelas forças do Anticristo. (Ap 6.9-11; 7.9-14; 20.4; 22.12) A primeira ressurreição
se completará, então, e Jesus voltará em Glória com todos os santos e os exércitos
celestiais, sendo visto por toda a terra e prenderá Satanás por mil anos, após o qual se
dará a segunda ressurreição; o juízo final.
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APÊNDICE
LEITURA INDICADA PARA O EXAME TEOLÓGICO:
Manual Básico Batista Nacional e Manual da Ormiban / CBN
Eclesiologia – Tognini, Enéias / CBN
Os Fundamentos da Nossa Fé / JUERP
Calvário e Pentecostes – Nascimento, José Rego do / CBN
História dos Batistas Nacionais – Tognini, Enéias / CBN
Esboço de Teologia Sistemática – Langston, A B / JUERP
Introdução à Teologia Sistemática – Millard, J Erickson / VIDA NOVA
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Pearlman, M / VIDA
QUESTIONÁRIO EXEMPLO
PARA EXAME TEOLÓGICO NO ÂMBITO
DA ORMIBAN
ORDEM DOS MINISTROS BATISTAS NACIONAIS
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