Você está na página 1de 36

TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA

Material didático compilado e adaptado de


outras fontes por PAULO ROBERTO PREVEDELLO
com o objetivo único de orientar o estudo dos
alunos do 1º período na disciplina de
Epidemiologia e Saúde Pública

CURITIBA
2018
SUMÁRIO
1 EPIDEMIOLOGIA .................................................................................................................................................................. 3
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS ................................................................................................................................................. 3
1.2 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................................................................... 5
1.3 OBJETIVOS PRINCIPAIS DA EPIDEMIOLOGIA ............................................................................................................ 5
1.4 UTILIDADES MAIS CITADAS DA EPIDEMIOLOGIA ..................................................................................................... 6
1.5 ÁREA DE ATUAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA .................................................................................................................... 7
1.6 EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA ............................................................................................................................. 7
2 SAÚDE ...................................................................................................................................................................................... 8
2.1 FATORES DETERMINANTES EM SAÚDE ..................................................................................................................... 9
3 DOENÇA ................................................................................................................................................................................... 9
3.1 ETIOLOGIA OU CAUSALIDADES DAS DOENÇAS ..................................................................................................... 10
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ..................................................................................................................... 11
4 INDICADORES DE SAÚDE ............................................................................................................................................... 13
4.1 PRINCIPAIS MODALIDADES DE INDICADORES DE SAÚDE .................................................................................. 14
4.2 INDICADORES DE MORTALIDADE ............................................................................................................................... 15
4.2.1 MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS ................................................................................................... 16
4.2.2 MORTALIDADE INFANTIL ............................................................................................................................................ 18
4.2.3 MORTALIDADE MATERNA .......................................................................................................................................... 19
4.2.4 INDICADORES DE FECUNDIDADE ............................................................................................................................ 20
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ..................................................................................................................... 21
5 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS ................................................................................................................... 23
5.1 INCIDÊNCIA DE DOENÇAS ............................................................................................................................................. 23
5.2 PREVALÊNCIA DE DOENÇAS ........................................................................................................................................ 24
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ..................................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................... 29

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 2
1 EPIDEMIOLOGIA

Entender a epidemiologia é de um imenso valor para todos aqueles que se dedicam a


ajudar o ser humano atuando na área da saúde. Como tal o conhecimento da epidemiologia tem
aberto um extraordinário caminho que permite enormes avanços para a humanidade. Seu grande
objetivo tem sido e sempre será combater as enfermidades e hoje incorpora aos seus misteres
a busca pela saúde. (RESTREPO, 2010)

1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

Termo de origem grega formado da junção dos seguintes termos:

EPI = Sobre

DEMIO = Povo

LOGIA = Estudo

A epidemiologia originou-se das observações de Hipócrates feitas há mais de 2000 anos


de que fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. Entretanto, foi somente no
século XIX que a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida
em larga escala.

Figura 1: Hipócrates (460 A.C. – 370 A.C.) considerado o pai da medicina


Fonte: http://joanvalentinefoundation.org/who-was-hippocrates/ Acesso em 15 Fev 18

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 3
O primeiro registro do emprego dessa expressão na área da Saúde Coletiva data de 1802,
na Espanha, no sentido de estudar epidemias locais.
Isso determinou não somente o início formal da epidemiologia como também as suas mais
espetaculares descobertas.
Os achados de John Snow, de que o risco de contrair cólera em Londres estava
relacionado ao consumo de água proveniente de uma determinada companhia, proporcionaram
uma das mais espetaculares conquistas da epidemiologia.
John Snow identificou o local de moradia de cada pessoa que morreu por cólera em
Londres entre 1848-49 e 1853-54 e notou uma evidente associação entre a origem da água
utilizada para beber e as mortes ocorridas. A partir disso, Snow comparou o número de óbitos
por cólera em áreas abastecidas por diferentes companhias e verificou que a taxa de mortes foi
mais alta entre as pessoas que consumiam água fornecida pela companhia Southwark.
Baseado nessa sua investigação, Snow construiu a teoria sobre a transmissão das
doenças infecciosas em geral e sugeriu que a cólera era disseminada através da água
contaminada.
Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no suprimento de água, mesmo antes da
descoberta do micro-organismo causador da cólera. (BONITA, 2010)

Figura 2: fotografia do médico inglês John Snow (1813 York – 1858 Londres)
Fonte: (RESTREPO, 2010)

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 4
À medida que o conhecimento sobre as doenças infectocontagiosas evoluiu durante o
século 19, o conhecimento epidemiológico avançou na perspectiva de identificar os mecanismos
de transmissão das doenças e de controle de epidemias.
A aplicação do raciocínio epidemiológico no estabelecimento dos fatores determinantes
de outras doenças e agravos foi somente iniciada no século 20.

1.2 DEFINIÇÃO

É possível conceituar epidemiologia como a ciência que estuda o processo saúde-doença


na sociedade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das doenças, danos à saúde
e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle
ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, à
administração e à avaliação das ações de saúde.
A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), em seu Guia de Métodos de Ensino
(ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1973), define epidemiologia como:
O estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas
coletividades humanas.
Enquanto a clínica dedica-se ao estudo da doença no indivíduo, analisando caso a caso,
a epidemiologia debruça-se sobre os problemas de saúde em grupos de pessoas, às vezes
grupos pequenos, na maioria das vezes envolvendo populações numerosas.
É importante considerar que os agravos em saúde não ocorrem ao acaso: sua distribuição
desigual é produto da ação de fatores que também se distribuem desigualmente na população.
Assim, o conhecimento dos fatores determinantes das doenças permite a aplicação de
medidas preventivas e curativas alvo específicas, cientificamente identificadas.

1.3 OBJETIVOS PRINCIPAIS DA EPIDEMIOLOGIA

1. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações


humanas.
2. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações
de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades.
3. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 5
1.4 UTILIDADES MAIS CITADAS DA EPIDEMIOLOGIA

Entre as utilidades mais citadas da epidemiologia, estão:


✓ analisar a situação de saúde;
✓ identificar perfis e fatores de risco;
✓ proceder à avaliação epidemiológica de serviços;
✓ entender a causalidade dos agravos à saúde;
✓ descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural;
✓ avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e às
necessidades das populações;
✓ testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de Intervenção, bem
como a qualidade, acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar,
prevenir e tratar os agravos de saúde na comunidade;
✓ identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentam
maior risco de serem atingidos por determinado agravo;
✓ definir os modos de transmissão;
✓ identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças;
✓ estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde;
✓ estabelecer medidas preventivas;
✓ auxiliar o planejamento e desenvolvimento dos serviços de saúde;
✓ gerar dados para a administração e avaliação de serviços de saúde;
✓ estabelecer critérios para a Vigilância em Saúde. (BORGES, 2010)

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 6
1.5 ÁREA DE ATUAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA

O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana, que pode ser
definida em termos geográficos ou outro qualquer. Por exemplo, um grupo específico de
pacientes hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria pode constituir uma unidade de
estudo.
Em geral, a população utilizada em um estudo epidemiológico é aquela localizada em uma
determinada área ou país em um certo momento do tempo. (BONITA, 2010).

Figura 3: Taxa de mortalidade infantil a nível mundial


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia. Acesso em 16 Fev 18

1.6 EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA

Em termos gerais, saúde pública refere-se a ações coletivas visando melhorar a saúde
das populações. A epidemiologia, uma das ferramentas para melhorar a saúde pública, é
utilizada de várias formas. Os primeiros estudos epidemiológicos tinham por objetivos investigar
a causa (etiologia) das doenças transmissíveis. Tais estudos continuam sendo essenciais porque
possibilitam a identificação de métodos preventivos. Nesse sentido, a epidemiologia é uma
ciência médica básica que tem por objetivo melhorar a saúde das populações, especialmente
dos menos favorecidos.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 7
Em tratando-se de saúde pública a epidemiologia atua em quatro áreas:

DESCRIÇÃO: Conhecer e estudar a distribuição dos problemas e agravos de saúde das


populações cobertas pelas equipes das Unidades Básicas de Saúde.

CAUSALIDADE: Investigar as causas desses problemas nas comunidades. Fatores


nutricionais, comportamentais, sociais, psíquicos, condições de moradia, saneamento básico
etc.

PREVISÃO: Apontar quem é mais propenso a adquirir e morrer desses problemas.


Auxiliando a desenvolver ações voltadas a populações específicas, por exemplo: crianças,
gestantes, mulheres, idosos, trabalhadores rurais etc.

AVALIAÇÃO: Auxiliar na avaliação de medidas implementadas para decisão de


manutenção ou correção, por exemplo: efetividade de campanhas de imunização, avaliação
periódica do controle de doenças endêmicas, efeito de intervenções comunitárias etc.

2 SAÚDE

Segundo o dicionário Aurélio, saúde significa conservação da vida, robustez, vigor, estado
em que se é sadio ou são, disposição do organismo, moral ou mental.
Segundo Almeida Filho (2003), saúde vem do latim “salutis” que origina também, desde
salvar (livrar do perigo, afastar o risco), até saudar (desejar saúde) e são; de “sânus” se originam
sanidade e sanitário.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de
doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de doenças e afecções.
Por outras palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia funcional e
metabólica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social).

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 8
2.1 FATORES DETERMINANTES EM SAÚDE

São os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos raciais, psicológicos e


comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco
na população.
A Organização Mundial da Saúde adota a definição segundo a qual os fatores
determinantes em saúde são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham.

Quando os fatores determinantes são relacionados ao indivíduo eles são chamados de


micro determinantes e quando relacionados às comunidades ou populações são chamados de
macro determinantes:

MICRODETERMINANTES:
✓ características genéticas e imunológicas;
✓ acesso a serviços de saúde;
O Produto Nacional Bruto (PNB) é a somatória
✓ escolaridade/educação; de todas as riquezas produzidas por empresas
pertencentes a um país, independentemente do
✓ posição na sociedade; local em que elas estejam atuando. Por exemplo:
o PNB do Brasil é o conjunto de riquezas
✓ personalidade; geradas a partir de produtos fabricados por
✓ hábitos; empresas brasileiras, independentemente se
essas empresas atuarem no país ou não.
✓ cuidados em terceira idade e outros.

MACRODETERMINANTES:
Qual é a diferença entre PIB e PNB?
✓ políticas públicas; A diferença entre Produto Interno Bruto e
✓ desenvolvimento sustentável; Produto Nacional Bruto está no fato de o PIB ser
a somatória de todas as riquezas produzidas
✓ Produto Nacional Bruto (PNB); dentro do território sem considerar a sua
nacionalidade e sem levar em consideração as
✓ desigualdades de renda; remessas advindas do exterior. Por isso, fala-se
em “interno”, pois diz respeito apenas ao
✓ ambiente social; território do país. Já o PNB não se preocupa com
a localidade, e sim com a nacionalidade, haja
✓ iniquidades sociais; vista que as empresas nacionais que atuam no
✓ posição hierárquica. exterior remetem parte de seus lucros para o seu
país de origem.

3 DOENÇA

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 9
Os principais dicionaristas da língua portuguesa definem doença como: alteração ou
perturbação na saúde, no equilíbrio dos seres vivos; moléstia.
A palavra doença procede do latim dolentia, de dolens, entis, particípio presente do verbo
doleo, dolere, sentir ou causar dor, afligir-se, amargurar-se. Doença, em latim, era designada por
morbus, donde mórbido, morbidade, morbífico, morbígeno etc.

3.1 ETIOLOGIA OU CAUSALIDADES DAS DOENÇAS

Etiologia vem do grego aitía que significa causa, associado ao já conhecido logos, estudo.
Etiologia é o estudo das causas, por isto usamos o termo agente etiológico para definir o
causador de uma doença ou patologia.
Embora algumas doenças sejam causadas unicamente por fatores genéticos, a maioria
delas resulta da interação destes com fatores ambientais.
A diabetes, por exemplo, apresenta os componentes genéticos e ambientais. Nesse
contexto, o ambiente é definido da forma mais ampla possível para permitir a inclusão de
qualquer fator biológico, químico, físico, psicológico, econômico e cultural, que possa afetar a
saúde.
O comportamento e o estilo de vida são de grande importância nessa conexão, e a
epidemiologia é cada vez mais usada para estudar a influência e a possibilidade de intervenção
preventiva através da promoção da saúde.

Figura 4: paciente com febre amarela


Fonte: http://www.webdiario.com.br/noticia/16300 Acesso em 16 Fev 18

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 10
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

1. Qual a primeira referência histórica da epidemiologia?

2. Qual o primeiro registro do emprego da expressão epidemiologia na área da Saúde Coletiva?

3. Descreva a contribuição do médico inglês John Snow à epidemiologia moderna:

4. Como a Associação Internacional de Epidemiologia (IEA) define a epidemiologia?

5. Cite os três principais objetivos da epidemiologia:

6. Qual o alvo de um estudo epidemiológico?

7. Como a epidemiologia auxilia a Saúde Pública?

8. Como a Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde?

9. O que são fatores determinantes de saúde?

10. Diferencie fatores micro determinantes e macro determinantes de saúde:

11. Cite 03 fatores micro determinantes de saúde:

12. Cite 03 fatores macro determinantes de saúde:

13. O que significa etiologia?

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 11
RESPOSTAS:

1. A primeira referência histórica da epidemiologia foram as observações feitas por


Hipócrates, o pai da medicina, de que fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças.
2. O primeiro registro do emprego dessa expressão na área da Saúde Coletiva foi em 1802
na Espanha no sentido de estudar epidemias locais.
3. Ao comparar o número de óbitos por cólera em Londres nos anos de 1848-49 e 1853-54
ele verificou que a taxa de mortes era diferente em áreas abastecidas por diferentes companhias
de distribuição de água. Baseado nesta investigação construiu a teoria sobre a transmissão das
doenças infecciosas em geral, sugerindo que o cólera era disseminada pela água contaminada.
4. A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), define epidemiologia como o estudo
dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades
humanas.
5. - Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações
humanas.
- Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de
prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades.
- Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
6. O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana.
7. Ao procurar as causas das doenças transmissíveis a epidemiologia melhora a saúde das
populações, especialmente dos menos favorecidos.
8. Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de
doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
9. Fatores determinantes de saúde são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos
raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e
seus fatores de risco na população.
10. Quando os fatores são relacionados ao indivíduo eles são chamados de micro
determinantes e quando relacionados às comunidades são chamados de macro determinante.
11. Características genéticas e imunológicas; acesso a serviços de saúde; escolaridade e
educação; posição na sociedade; personalidade; hábitos; cuidados em terceira idade e outros.
12. Políticas públicas; desenvolvimento sustentável; Produto Nacional Bruto (PNB);
desigualdades de renda; ambiente social; iniquidades sociais; posição hierárquica.
13. Etiologia é o estudo das causas de uma doença.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 12
4 INDICADORES DE SAÚDE

Os indicadores de saúde são frequências relativas compostas por um numerador e um


denominador que fornecem informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões
relacionados às condições de vida da população e ao desempenho do sistema de saúde
Através de indicadores de saúde, podemos descrever as condições de saúde da
população e as suas características demográficas.
Os indicadores são diferentes de índices, pois incluem apenas um aspecto, como a
mortalidade. Já o índice expressa situações com múltiplas dimensões, incorporando numa única
medida diferentes indicadores.
Um índice muito comum na área da Saúde Pública é o de Desenvolvimento Humano
(IDH). O índice de desenvolvimento humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza,
alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para diversos países do
mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população,
especialmente o bem-estar infantil. Todo ano, os países da ONU são classificados de acordo
com essas medidas.
Os dois Países com o maior índice são: Noruega com 0,944 e Austrália com 0,933. Os
dois Países com o menor índice são: República Democrática do Congo com 0,338 e Nigéria com
0,337. Brasil está enquadrado como um País com BOM IDH, ocupando a 79ª Posição com 0,744.

Figura 4: demonstrativo de IDH pelo mundo.


Fonte: http://www.eduardothomas.com.br/2015/10/idh-indice-de-desenvolvimento-humano-no-brasil/

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 13
A qualidade dos indicadores de saúde vai depender da sua validade (capacidade de medir
o que se pretende); confiabilidade (reprodutibilidade), mensurabilidade, relevância e custo-
efetividade.
Para que sejam efetivamente utilizados, os indicadores precisam ser organizados,
atualizados, disponibilizados e comparados com outros indicadores. No planejamento local,
podem estar voltados para o interesse específico da unidade de saúde que vai utilizá-los.
Quem melhor define os indicadores são os profissionais de saúde, a população e os
gestores diretamente envolvidos no processo de trabalho. (BOING, 2016)

4.1 PRINCIPAIS MODALIDADES DE INDICADORES DE SAÚDE

a) Indicadores de morbidade: indicam a incidência e prevalência de doenças;


b) Indicadores de mortalidade: indicam a mortalidade através, por exemplo, da taxa de
mortalidade geral, taxa de mortalidade infantil, taxa de mortalidade por grupos de causas (como
doenças cardiovasculares, respiratórias e câncer) e razão de mortalidade materna;
c) Indicadores relacionados à nutrição, crescimento e desenvolvimento: indicam, por
exemplo, proporção de nascidos vivos com baixo peso e proporção de adultos com obesidade;
d) Indicadores demográficos: indicam, por exemplo, distribuição da população segundo
sexo e idade;
e) Indicadores socioeconômicos: indicam, por exemplo, escolaridade, renda, moradia e
emprego da população;
f) Indicadores relacionados à saúde ambiental: indicam, por exemplo, qualidade do
solo, da água e do ar;
g) Indicadores relacionados aos serviços de saúde: indicam, por exemplo, número de
profissionais da saúde por 1.000 habitantes e número de atendimentos em especialidades
básicas por 1.000 habitantes.
É necessário que as equipes de saúde conheçam o perfil epidemiológico da população
adscrita, isto é, de que ela adoece, quais as principais queixas que a leva à Unidade de Saúde,
de que ela morre, por quais motivos é internada, quais são os principais fatores determinantes
das doenças na população, etc.
Além disso, precisa saber qual é a sua composição etária, quantas crianças nascem e até
quantos anos vivem em média.
Ao dispor dessas informações ao longo do tempo, a equipe poderá, inclusive, avaliar se as
ações que está desempenhando são efetivas.
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 14
Por exemplo, em determinado bairro a Equipe de Saúde da Família, verificou que o
indicador de mortalidade infantil foi muito alto em 2013.
Depois de algumas reuniões e ao analisar outros dados, decidiu que algumas ações eram
necessárias para reduzir, em 2014, o óbito de crianças menores de 1 ano.
A equipe verificou com quais recursos humanos, financeiros, físicos e de equipamentos
contava e, a partir disso, definiu as seguintes ações:
a) aumentar a taxa de imunização em crianças;
b) acompanhar com maior periodicidade as famílias com crianças de baixo peso;
c) fazer campanhas ensinando e difundindo a Terapia de Reidratação Oral;
d) melhorar a quantidade e a qualidade das consultas pré-natais;
e) numa ação intersetorial, conseguir junto à empresa de esgoto e saneamento a provisão
de água encanada e coleta de esgoto em uma parte do bairro não coberta;
f) criar um grupo de gestantes e recém-nascidos, onde gestantes, mães e profissionais da
saúde conversem sobre temas essenciais, como o aleitamento materno;
g) discutir com a Secretaria de Saúde a ampliação e melhorias na UTI neonatal.

Essas ações foram implementadas ao longo de 2014 e, ao final desse período, é essencial
que se tenha o indicador de mortalidade infantil atualizado; afinal, é preciso saber se as ações
surtiram efeito ou se não alteraram a realidade e precisam de modificações.

Outro exemplo: por meio de indicadores de saúde, determinada equipe pôde identificar
que, historicamente, entre os meses de janeiro e fevereiro, há expressivo aumento nos
atendimentos na Unidade de Saúde por diarreia, micose e insolação.
Sabendo disso, os profissionais podem, em novembro e dezembro, desenvolver ações
para minimizar essa demanda no serviço de saúde, como atuar com os agentes comunitárias de
saúde em instruções às pessoas durante as visitas domiciliares e promover ações intersetoriais
no ambiente, como drenagem de córregos, pavimentação de ruas e limpeza urbana antes da
temporada de chuva.

4.2 INDICADORES DE MORTALIDADE


“E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a
morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de
fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida)”.

João Cabral de Mello Neto


Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 15
4.2.1 MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS

A mortalidade proporcional, como o próprio nome diz, é um indicador do tipo proporção,


que apresenta, no numerador, os óbitos (por região, causa, sexo ou idade), e, no denominador,
o total de óbitos cuja fração se deseja conhecer.

A mortalidade proporcional por causas pode ser definida como:

Por exemplo, em 2013, no Brasil, morreram 1.210.474 pessoas. Desse total de óbitos,
339.672 foram por doenças do aparelho circulatório (DAC).
Aplicando-se a fórmula anterior, ou seja, dividindo-se 339.672 (número de óbitos por DAC)
por 1.210.474 (total de óbitos no período) e, em seguida, multiplicando-se o valor obtido por 100,
chega-se a 28,06%.
Portanto, de cada 100 mortes que ocorreram no Brasil, em 2013, 28,06 foram por doenças
do aparelho circulatório.

Mortalidade proporcional por DAC no Brasil em 2013:

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 16
O gráfico 1, a seguir, representa a evolução da mortalidade proporcional por causas
segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a
Saúde (CID), no Brasil, de 1930 a 2009.

Figura 5: Distribuição proporcional das causas de morte – Brasil, 1930-2009


Fonte: Barbosa da Silva e cols. In: Rouquairol & Almeida Filho: Epidemiologia & Saúde, 2003. pp 293.

Note que há uma redução expressiva na proporção de óbitos por doenças infecto
parasitarias e um aumento na proporção de óbitos por doenças circulatórias e neoplasias ao longo
do período. Esse fenômeno é conhecido como transição epidemiológica, que vem ocorrendo
paralelamente à transição demográfica no nosso país, caracterizada pela queda da fecundidade
e envelhecimento populacional.
No Brasil, as doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito (responsáveis por
quase um terço do total de mortes). Em segundo lugar encontram-se as neoplasias e em terceiro
as causas externas.
Cabe destacar, no entanto, que algumas regiões e grupos populacionais mais pobres do
Brasil ainda conjugam altas taxas de doenças infectocontagiosas, carência nutricional e
morbidade materno-infantil com doenças crônicas e mortes por causas externas.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 17
Figura 6: Distribuição proporcional das principais causas de morte segundo capítulos da Classificação
Internacional de Doenças
Fonte: BOING, Antonio Fernando. Epidemiologia. 2016

4.2.2 MORTALIDADE INFANTIL

A taxa, ou coeficiente de mortalidade infantil, é uma estimativa do risco de morte a que está
exposta uma população de nascidos vivos em determinada área e período, antes de completar o
primeiro ano de vida. A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais consagrados
mundialmente, sendo utilizado, internacionalmente como indicador de qualidade de vida e
desenvolvimento, por expressar a situação de saúde de uma comunidade e as desigualdades de
saúde entre grupos sociais e regiões.
A taxa de mortalidade infantil é calculada por meio da seguinte equação:

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 18
Calcula-se a taxa de mortalidade neonatal através da seguinte equação:

4.2.3 MORTALIDADE MATERNA

A 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças define morte materna como a


“morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação,
independentemente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa
relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida
a causas acidentais ou incidentais.” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1998, p. 143).
A razão de mortalidade materna é calculada através da seguinte equação:

Relatório da Organização Mundial da Saúde mostrou que onze países da América Latina
e do Caribe apresentaram avanços significativos na redução das mortes relacionadas com
complicações durante a gravidez e no parto desde 1990 (OMS, 2014).
O Brasil está entre os onze países da região com melhores resultados, reduziu em 43% a
mortalidade materna. O Uruguai foi o país que obteve maior redução (-67%), seguido do Peru (-
64%). Nesse cenário, o Brasil foi incluso na categoria dos países com “baixa” mortalidade
materna (menos de 100 mortes por 100.000), passando de 120 mortes por 100.000 nascidos
vivos em 1990, para 69/100.000 nascidos vivos, em 2013 (OMS, 2014).

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 19
4.2.4 INDICADORES DE FECUNDIDADE

Primeiro, vamos aprender a diferenciar fertilidade de fecundidade.


Fertilidade é a capacidade de gerar filhos. Toda mulher, teoricamente, tem essa
capacidade desde a menarca até a menopausa. Fecundidade se refere à realização do potencial
de procriar, que pode ser alterado por esterilidade ou uso de métodos anticoncepcionais.
A taxa bruta (ou geral) de natalidade é calculada através da seguinte equação:

No Brasil, a taxa de fecundidade total caiu de aproximadamente 6 filhos por mulher, na


década de 1960, para 2,4 filhos por mulher, em 2000 (ONU, 2000).
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE
em 2013, a taxa de fecundidade total no Brasil foi de 1,77 filho por mulher.
A média foi inferior à chamada taxa de reposição (de 2,1), que significa o mínimo de filhos
que cada brasileira deveria gerar para que, no período de 30 anos, a população total do país
permanecesse estável.
A acentuada queda na fecundidade da mulher brasileira nos últimos 40 anos foi um dos
fatores responsáveis pelas mudanças na estrutura etária da população. Isso ocorreu em todas
as regiões do país, mas ainda persistem as diferenças regionais.
As regiões Norte e Nordeste, apesar de terem apresentado queda na fecundidade, ainda
mantêm valores superiores aos encontrados na Região Sul e Sudeste do país (IBGE, 2009).
A queda da fecundidade, aliada à queda da mortalidade, provocou importantes mudanças
na estrutura da população segundo idade e sexo, com diminuição do ritmo de crescimento
populacional e envelhecimento da população (maior proporção de idosos).
Esse fenômeno é denominado transição demográfica.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 20
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

1. O que são indicadores de saúde?

2. Qual a diferença entre indicadores de saúde e índices de saúde?

3. O que é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)?

4. Quais são os países com melhor IDH, e quais os com pior?

5. Cite quatro indicadores de saúde:

6. Defina Mortalidade proporcional por causas:

7. Defina mortalidade infantil:

8. Como 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças define morte materna?

9. Diferencie fertilidade de fecundidade:

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 21
RESPOSTAS:

1. Indicadores de saúde são frequências relativas compostas por um numerador e um


denominador que fornecem informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões
relacionados às condições de vida da população e ao desempenho do sistema de saúde.

2. A diferença entre indicadores e índices de saúde é que os primeiros incluem um único aspecto,
como a mortalidade enquanto que os segundos expressão situações com múltiplas dimensões,
incorporando numa única medida diferentes indicadores.

3. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza,


alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para diversos países do mundo.
É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o
bem-estar infantil.

4. Os dois Países com o maior IDH são: Noruega com 0,944 e Austrália com 0,933. Os dois Países
com o menor índice são: República Democrática do Congo com 0,338 e Nigéria com 0,337.

5. - Indicadores de morbidade
- Indicadores de mortalidade
- Indicadores relacionados à nutrição, crescimento e desenvolvimento:
- Indicadores demográficos:
- Indicadores socioeconômicos

6. A mortalidade proporcional, como o próprio nome diz, é um indicador do tipo proporção, que
apresenta, no numerador, os óbitos (por região, causa, sexo ou idade), e, no denominador, o total de
óbitos cuja fração se deseja conhecer..

7. A taxa, ou coeficiente de mortalidade infantil, é uma estimativa do risco de morte a que está
exposta uma população de nascidos vivos em determinada área e período, antes de completar o primeiro
ano de vida.

8. A 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças define morte materna como a “morte
de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da
duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela
gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.”.

9. Fertilidade é a capacidade de gerar filhos. Toda mulher, teoricamente, tem essa capacidade
desde a menarca até a menopausa. Fecundidade se refere à realização do potencial de procriar, que
pode ser alterado por esterilidade ou uso de métodos anticoncepcionais.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 22
5 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇAS

Doenças são marcadores culturais das sociedades humanas, decorrentes da forma como
nossa espécie organiza sua vida social e da forma como ela convive com outras espécies e com
o meio ambiente.
É possível, assim, compreender como doenças “aparecem” e “somem”, e como vão se
transformando ao longo do tempo.
O que se compreende como doença inclui: disfunção física ou psicológica; estado subjetivo
em que a pessoa percebe não estar bem; e um estado de disfunção social que acomete o
indivíduo quando doente. As doenças não são, portanto, apenas algo diagnosticado por
profissionais de saúde, mas também fenômenos subjetivos auto percebidos.
Descrever as condições de saúde da população, medindo a frequência com que ocorrem
os problemas de saúde em populações humanas, é um dos objetivos da epidemiologia. Para fazer
essas mensurações, utilizamos as medidas de incidência e prevalência.

5.1 INCIDÊNCIA DE DOENÇAS

A incidência diz respeito à frequência com que surgem novos casos de uma doença num
intervalo de tempo, como se fosse um “filme” sobre a ocorrência da doença, no qual cada quadro
pode conter um novo caso ou novos casos. É, assim, uma medida dinâmica.

Vejamos como calcular a incidência de doenças:

A constante é uma potência com base de 10 (100, 1.000, 100.000), pela qual se multiplica
o resultado para torná-lo mais “amigável”, ou seja, para se ter um número inteiro.
É muito mais difícil compreender uma taxa de 0,15 morte por 1.000 habitantes a uma taxa
de 15 mortes por 100.000 habitantes.
Quanto menor for o numerador em relação ao denominador, maior a constante utilizada.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 23
Imagine, como exemplo, que, entre 400 crianças cadastradas na Estratégia Saúde da
Família e acompanhadas durante um ano, foram diagnosticados, neste período, 20 casos novos
de anemia.
O cálculo da taxa de incidência será:

Incidência = 20/400 = 0,05

Multiplicando por 1.000 (constante) nos dará a seguinte taxa de incidência: 50 casos novos
de anemia por 1.000 crianças no ano.
Como você pode notar, os casos novos, ou incidentes, são aqueles que não estavam
doentes no início do período de observação, mas que adoeceram no decorrer desse período.
Para que possam ser detectados, é necessário que cada indivíduo seja observado no
mínimo duas vezes, ou que se conheça a data do diagnóstico.

5.2 PREVALÊNCIA DE DOENÇAS

A prevalência se refere ao número de casos existentes de uma doença em um dado


momento; é uma “fotografia” sobre a sua ocorrência, sendo assim uma medida estática.
Os casos existentes são daqueles que adoeceram em algum momento do passado,
somados aos casos novos dos que ainda estão vivos e doentes
Existem três tipos de medidas de prevalência:

a) Prevalência pontual ou instantânea


Frequência de casos existentes em um dado instante no tempo (ex.: em determinado dia,
como primeiro dia ou último dia do ano).

b) Prevalência de período
Frequência de casos existentes em um período de tempo (ex.: durante um ano).

c) Prevalência na vida
Frequência de pessoas que apresentaram pelo menos um episódio da doença ao longo da
vida.
Ao contrário da incidência, para medir a prevalência os indivíduos são observados uma
única vez.
Vejamos como calcular a prevalência:

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 24
Voltemos ao exemplo das crianças acompanhadas pela Equipe de Saúde da Família.
Suponha que em determinada semana todas as crianças fizeram exames laboratoriais. Das 400
crianças participantes, foram encontradas 40 com resultado positivo para Ascaris lumbricoides.

Cálculo da prevalência de verminose por Ascaris:

Prevalência = 40/400 = 0,01

Multiplicado por 100 (constante), nos dará a seguinte prevalência: 10 casos existentes de
verminose por Ascaris a cada 100 crianças.

Entre os fatores que influenciam a prevalência de um agravo à saúde, excluída a migração,


estão a incidência, as curas e os óbitos.

Figura 6: Demonstração gráfica da prevalência


Fonte: BOING, 2016

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 25
Como podemos ver, a prevalência é alimentada pela incidência. Por outro lado,
dependendo do agravo à saúde, as pessoas podem se curar ou morrer.

Quanto à migração, o raciocínio é bastante simples. A chegada a um município de novos


moradores com determinada doença aumentará sua prevalência, correto? Da mesma maneira, a
saída de pessoas doentes diminuirá sua frequência, ou seja, sem se modificar o risco e a
sobrevida pode haver flutuação nos casos existentes de determinada doença em função de
processos migratórios.

Portanto, entre os fatores que aumentam a prevalência, podemos citar:

a) a maior frequência com que surgem novos casos (incidência);

b) melhoria no tratamento, prolongando-se o tempo de sobrevivência, porém sem levar à


cura (aumento da duração da doença).

A diminuição da prevalência pode ser devido à:

a) redução no número de casos novos, atingida mediante a prevenção primária (conjunto


de ações que atuam sobre os fatores de risco e que visam evitar a instalação das doenças na
população através de medidas de promoção da saúde e proteção específica);

b) redução no tempo de duração dos casos, atingida através da prevenção secundária


(conjunto de ações que visam identificar e corrigir, o mais precocemente possível, qualquer desvio
da normalidade, seja por diagnóstico precoce ou por tratamento adequado), em razão do óbito
mais precoce pela doença em questão, ou seja, menor tempo de sobrevivência.

PRINCIPAIS USOS DAS MEDIDAS DE PREVALÊNCIA

Planejamento de ações e serviços de saúde, previsão de recursos humanos, diagnósticos


e terapêuticos.
Por exemplo, o conhecimento sobre a prevalência de hipertensão arterial entre os adultos
de determinada área de abrangência pode orientar o número necessário de consultas de
acompanhamento, reuniões de grupos de promoção da saúde e provisão de medicamentos para
hipertensão na farmácia da Unidade de Saúde.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 26
Para conhecer mais sobre a aplicação do método epidemiológico, sobretudo no caso de
epidemias, sugiro o filme: E a vida continua.

Produção de: Sarah Pillsbury e Midge Sanford.

Direção de: Roger Sottiswoode.

Intérpretes: Matthew Modine; Phil Collins; Anjelica


Huston e outros.

Estados Unidos da América, 2003.

Duração: 141 min

Baseado na obra “And the band played on: politics,


people, andthe AIDS epidemic” de Randy Shilts

Os primeiros momentos da epidemia da AIDS na história de um pesquisador e sua luta


para isolar o vírus e alertar as autoridades para os perigos da doença.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Oal5AKk1-TA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

1. Em determinada área de abrangência de uma equipe da Estratégia Saúde da Família,


moravam e eram efetivamente acompanhadas, em 2015, um total de 4.622 pessoas adultas
(idade entre 20 e 59 anos). Ao verificar os registros de casos de hipertensão arterial sistêmica
(HAS) existentes nessa população, a equipe identificou que, no mesmo ano, havia 1.248
hipertensos.
Devemos calcular a prevalência ou a incidência?
Qual a utilidade dessa informação?

2. No ano de 2013 moravam em Santa Catarina 749.213 idosos (pessoas com 60 anos ou
mais de idade). Nessa população foram diagnosticados 97 novos casos de Aids no mesmo ano.
Já em 2003, a população era de 467.017 idosos e surgiram 49 casos novos da doença (BRASIL,
2013).
Qual a medida que deve ser calculada: prevalência ou incidência?
Quando o risco de ter tuberculose foi maior em Santa Catarina, em 2003 ou em 2013?

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 27
3. Quais são as medidas de frequência de doenças?
4. O que é incidência de uma doença?
5. O que é prevalência de uma doença?
6. Cite dois fatores que aumentam a prevalência de uma doença:
7. Cite dois fatores que diminuem a prevalência de uma doença:

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 28
RESPOSTAS:

1. Como se trata de casos existentes, calculamos a prevalência. Nesse exemplo, não se verificou
quantos casos novos de HAS surgiram, o que caracterizaria incidência, mas se identificou quantas
pessoas estavam com doença em determinado período, ou seja, é uma medida estática (prevalência).
E como calculamos a prevalência?
É bastante simples. Dividimos o número de pessoas com a doença pelo total da população e
multiplicamos por uma constante.
Prevalência = 1.248 ÷ 4.622 x 100 = 27%
Com esses dados, podemos comparar se a prevalência de hipertensão nessa área (que pode ser
um bairro) é parecida com o que se observa nos bairros vizinhos, no restante do município, no estado ou
no país. Valores mais elevados exigirão especial atenção da equipe e as ações para o controle da doença
no bairro precisarão ser rediscutidas ou, caso não existam, implementadas. Além disso, a medida pode
ser utilizada para fazer comparações no tempo, ou seja, verificar se a prevalência está aumentando,
diminuindo ou estabilizou ao longo de meses ou anos.

2. Nesse exemplo tratamos de casos novos, assim calculamos a incidência. Não se tratou de
quantas pessoas estavam com Aids, mas sim de quantas pessoas desenvolveram essa doença nos
períodos identificados.
Como calculamos a incidência?
Também é simples. Basta dividir o número de casos novos surgidos
Incidência em 2003 = 49 ÷ 467.017 x 100.000 = 10,5 casos novos de AIDS por 100.000 hab
Incidência em 2013 = 97 ÷ 749.213 x 100.000 = 13 casos novos de AIDS por 100.000 hab
Podemos afirmar que o risco de desenvolver AIDS entre os idosos catarinenses foi maior em 2013
quando comparado com 2003. Isso porque a incidência no ano de 2013 foi maior que em 2003.

3. As medidas de frequência de doenças são incidência e prevalência.

4. A incidência de uma doença diz respeito à frequência com que surgem novos casos de uma
doença num intervalo de tempo.

5. A prevalência se refere ao número de casos existentes de uma doença em um dado momento.

6. - A maior frequência com que surgem novos casos (incidência);


- Melhoria no tratamento, prolongando-se o tempo de sobrevivência, porém sem levar à
cura (aumento da duração da doença).

7. -Redução no número de casos novos;


- Redução no tempo de duração dos casos.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 29
6 CONQUISTAS DA EPIDEMIOLOGIA

VARIOLA
A erradicação da varíola contribuiu enormemente para a saúde e o bem-estar de milhares
de pessoas, principalmente nos países pobres. A varíola ilustra as realizações e frustrações da
saúde pública moderna.
Em 1790 foi demonstrado
que a contaminação pela
varíola bovina conferia
proteção contra a varíola
humana. No entanto, somente
200 anos mais tarde é que
foram aceitos e difundidos os
benefícios dessa descoberta.
Uma intensa campanha
para eliminar a varíola humana
foi coordenada durante muitos
anos pela Organização
Mundial de Saúde (OMS).
A epidemiologia desempenhou papel central nesse processo, principalmente por:
● fornecer informações sobre a distribuição dos casos e sobre o modelo, mecanismos e
níveis de transmissão;
● mapeamento de epidemias da doença; e
● avaliação das medidas de controle instituídas
O fato de não haver hospedeiro animal e o baixo número médio de casos secundários à
infecção a partir de casos primários foi fundamental para o sucesso alcançado.
Quando o programa de erradicação da varíola em 10 anos foi proposto pela OMS em
1967, 10 a 15 milhões de novos casos e dois milhões de mortes ocorriam anualmente em 31
países. Entre 1967 e 1976, houve registro da doença somente em dois países, sendo que o
último caso notificado, em 1977, era o de uma mulher que havia sido contaminada pelo vírus em
laboratório. A varíola foi declarada erradicada em 8 de maio de 1980.
Vários fatores contribuíram para o sucesso desse programa: compromisso político
universal, objetivos técnicos definidos, cronograma preciso, treinamento adequado aos
profissionais de saúde e estratégias flexíveis. Além disso, a doença possuía muitas
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 30
características que tornaram a sua eliminação possível, e havia disponibilidade de uma vacina
termoestável efetiva.
Em 1979 a OMS possuía estoque suficiente para vacinar contra varíola 200 milhões de
pessoas. Esse estoque foi, em seguida, reduzido para 2,5 milhões de doses, mas dada a
possibilidade de a varíola ser usada como uma arma biológica, a OMS continua a manter em
estoque uma quantidade adequada de vacina.

ENVENENAMENTO POR METILMERCÚRIO


Na idade média, o mercúrio já era conhecido como uma substância perigosa. Mais
recentemente tornou-se um símbolo do perigo da poluição ambiental.
Na década de 1950,
compostos de mercúrio foram
liberados na descarga de água
de uma indústria em
Minamata, Japão, dentro de
uma pequena baía.
Isso levou à acumulação de
metil mercúrio nos peixes,
causando grave causa de
envenenamento nas pessoas
que os ingeriram. Esse foi o
primeiro relato de epidemia
por envenenamento com metil
mercúrio envolvendo peixes e
levou vários anos de pesquisa para que fosse identificada a causa exata do envenenamento.
A doença de Minamata tornou-se uma das doenças ambientais melhor documentadas.
Uma segunda epidemia ocorreu na década de 1960 em outra região do Japão. Desde então,
envenenamentos menos severos por metil mercúrio em peixes têm sido notificados em diversos
países.
FEBRE REUMÁTICA E DOENÇA CARDÍACA REUMÁTICA
A febre reumática e a doença cardíaca reumática estão associadas com o baixo nível
socioeconômico, particularmente em habitações precárias e aglomeração familiar, situações
essas que favorecem a disseminação de infecções estreptocócicas das vias aéreas superiores.
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 31
Nos países mais desenvolvidos, o declínio da febre reumática começou no início do
século XX muito antes da introdução de drogas efetivas, tais como as sulfonamidas e a penicilina.

Gráfico: Ocorrência de febre reumática na Dinamarca, 1862-1962

Atualmente, essa doença quase desapareceu em países desenvolvidos, embora ainda


existam bolsões de incidência relativamente alta entre grupos socioeconomicamente menos
favorecidos.
Estudos epidemiológicos têm, também, demonstrado a importância de fatores
socioeconômicos na ocorrência de epidemias da febre reumática e na difusão da amigdalite
estreptocócica.
Claramente, as causas dessas doenças são mais complexas que aquelas envolvendo o
envenenamento por metil mercúrio, para o qual existe um único fator causal específico.
DISTÚRBIOS POR DEFICIÊNCIA DE IODO
A deficiência de iodo, predominante em certas regiões montanhosas, causa perda da
energia física e mental associada com a produção inadequada do hormônio da tireoide, que
contém iodo. O bócio e o cretinismo foram inicialmente descritos há cerca de 400 anos, mas
somente no século XX é que foi adquirido conhecimento suficiente que permitiu sua efetiva
prevenção e controle.
Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 32
Em 1915, o bócio endêmico
foi denominado a doença de
mais fácil prevenção, e o uso
do sal iodado para o seu
controle foi proposto no
mesmo ano na Suíça. Os
primeiros ensaios clínicos com
iodo foram realizados em
Ohio, EUA, com 5 mil
adolescentes do sexo feminino
com idade entre 11 e 18 anos.
Os efeitos profiláticos e terá-
pêuticos foram impressionantes e, em 1924, o sal iodado foi, então, introduzido em larga escala
em vários países.
O uso de sal iodado é efetivo porque é consumido em todas as classes sociais, em
quantidade aproximadamente igual, durante todo o ano. O sucesso desse programa depende da
produção e da distribuição do sal, do cumprimento de leis regulatórias, de controle de qualidade
e conscientização pública.

TABAGISMO, ASBESTO E CÂNCER DE PULMÃO


O câncer de pulmão era uma doença rara, mas, a partir de 1930, houve um aumento
dramático na sua ocorrência, principalmente entre homens. Atualmente, está claro que a
principal causa de aumento da taxa de câncer de pulmão é o tabagismo. Os primeiros estudos
epidemiológicos estabelecendo a ligação entre o câncer de pulmão e o hábito de fumar foram
publicados em 1950. Estudo feito em médicos Britânicos:

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 33
Asbesto: silicato do gênero anfibólio, fibroso, inalterável ao fogo, cuja variedade
mais pura é o amianto.
Os estudos epidemiológicos podem fornecer medidas quantitativas da contribuição de
diferentes fatores ambientais na causalidade das doenças.

FRATURA DE QUADRIL
A pesquisa epidemiológica sobre acidentes envolve, frequentemente, a colaboração entre
epidemiologistas e profissionais das áreas sociais e ambientais.
Traumas relacionados a quedas, sobretudo fratura de colo de fêmur (fraturas de quadril)
em pessoas idosas, têm atraído a atenção dos pesquisadores devido às implicações para os
serviços de saúde quanto ao atendimento dessa população.
As fraturas de colo de fêmur aumentam exponencialmente com a idade. Isto se deve à
maior tendência de sofrer quedas, à intensidade do trauma na queda e à capacidade de o osso
suportar esses traumas.
Com o aumento da população idosa, se esforços não forem dirigidos visando à prevenção
de acidentes, a incidência de fratura de quadril tenderá a aumentar proporcionalmente.
Dentre todos os traumas, a fratura do colo do fêmur é a que responde pelo maior tempo
de hospitalização e pelos mais elevados custos de tratamento.
Em um estudo realizado na Holanda sobre o custo decorrente de traumas, a fratura de
quadril – que ocupou somente a décima quarta colocação entre 25 tipos de acidentes –
respondeu por 20% de todos os gastos associados a acidentes.

HIV/AIDS
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) foi identificada, inicialmente, como uma
doença completamente distinta em 1981, nos EUA. Em 1990, foi estimado que 10 milhões de
pessoas estavam infectadas pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV).
Desde então, 25 milhões de pessoas morreram de AIDS e mais 40 milhões de pessoas
foram infectadas pelo HIV,27 o que torna a doença uma das maiores epidemias infecciosas já
registradas na história da humanidade.
Dentre as 3,1 milhões de mortes por AIDS em 2005, aproximadamente 95% ocorreram
em países pobres, sendo 70% na África e 20% na Ásia. A maioria dos 4,3-6,6 milhões de pessoas
recém-infectadas pelo HIV vive nessas regiões.

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 34
Entretanto, os níveis de infecção e a forma de transmissão variam consideravelmente
nessas regiões e entre seus países A AIDS tem um longo período de incubação e, sem
tratamento, cerca de metade dos infectados com o vírus da imunodeficiência humana
desenvolvem a doença dentro de nove anos de infecção.
O vírus é encontrado no sangue, sêmen e nas secreções vaginais. A transmissão ocorre
principalmente através da relação sexual ou do compartilhamento de agulhas contaminadas. O
vírus pode, também, ser transmitido através da transfusão de sangue contaminado ou de seus
derivados, e de uma mãe infectada ao seu bebê durante o parto ou ainda pela amamentação.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

1. Cite 4 conquistas da epidemiologia a nível mundial?

2. O que os métodos epidemiológicos permitiram descobrir em ralação à varíola?

3. Em que ano a OMS propôs o programa de erradicação da varíola?

4. Em que ano foi registrado o último caso de varíola, onde foi e como foi a contaminação?

5. Em que data foi considerada erradicada a varíola?

6. Que papel importante a epidemiologia desempenhou na primeira epidemia causada por


poluição ambiental e que epidemia foi esta?

7. Quais as principais condições que tornam a febre reumática e doença cardíaca reumática um
problema de saúde pública?

8. Quais as duas principais consequências da falta de iodo no organismo humano?

9. Na sua opinião o porquê houve um aumento significativo de câncer de pulmão entre os homens
a partir da década de 30?

10. Qual a causa de um índice tão alto de fratura do quadril em idosos?

11. Na sua opinião qual foi a contribuição da epidemiologia no combate a epidemia de AIDS?

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 35
REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, Naomar. Epidemiologia &. Saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003

BOING, Antonio Fernando. D’ORSI, Eleonora. REIBNITZ JR, Calvino. Epidemiologia.


Florianópolis. SC. Universidade Federal de Santa Catarina. 2016

BONITA, R. et al. Epidemiologia básica [tradução e revisão científica Juraci A. Cesar]. - 2.ed. -
São Paulo, Santos. 2010

BORGES, Ana Paula Abreu e COIMBRA, Angela Maria Castilho. Envelhecimento e Saúde da
Pessoa Idosa. Rio de Janeiro, RJ. Fundação Osvaldo Cruz. 2010

RESTREPO, Guillermo. Biometria comunitária. Bogotá, Colombia. Fundacion Universitária


Juan N Corpas. 2010

Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 36

Você também pode gostar