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Abertura PDF
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O que é abertura na fotografia? É um dos elementos fundamentais de qualquer foto, se não for a configuração de câmera
mais importante que você fará. Controlar a quantidade de luz que chega ao sensor da sua câmera não é o único papel
daquele grande buraco em sua lente. Ele também possibilita você ser criativo com a profundidade de campo.
Neste tutorial nós não só responderemos à pergunta “O que é abertura”; nós mostraremos como usar a abertura de sua
câmera para começar a ser criativo com a luz.
Colocada de forma simples, a abertura é um buraco dentro da lente pelo qual a luz passa para alcançar o sensor da sua
câmera. Você usa abertura, velocidade do obturador e ISO combinados para criar uma exposição.
Por que eu iria querer alterar a quantidade de luz que chega ao sensor?
Bem, vamos olhar rapidamente para os outros elementos da exposição: velocidade do obturador e ISO. A escolha de
velocidade do obturador dita quanto tempo o sensor fica exposto à luz que passa através da abertura. Essa escolha
também tem uma relevância em como o movimento é capturado em suas fotos; velocidades mais rápidas permite a
você congelar o movimento, enquanto que velocidades mais lentas permitem a você adicionar “motion blur”, um borrão,
para um resultado mais artístico.
Se as condições de luz e as configurações de ISO da câmera – que determinam o quão sensível à luz o sensor fica –
permanecerem constantes, então o único modo de assegurar que o sensor receba luz suficiente para fazer exposições
consistentes, enquanto a velocidade do obturador aumenta e diminui, é abrir e fechar a abertura.
À medida que a velocidade do obturador fica mais rápida (criando um tempo de exposição menor), a abertura precisa
ser ampliada (para aumentar a intensidade da luz).
À medida que a velocidade do obturador fica mais lenta (criando um tempo de exposição maior), a abertura precisa ser
diminuída (para reduzir a intensidade da luz). É tudo uma questão de equilibrar esses dois elementos.
Eu já vi fotógrafos falarem sobre usar aberturas “grandes” e “pequenas” – o que eles querem dizer?
Esses termos se referem ao tamanho da abertura que está sendo usada. É um pouco confuso, porque as maiores
aberturas têm relação com os números f-stop menores (como f/1.8, f/2.8, f/4).
Entretanto, quando um fotógrafo diz que ele está usando uma “abertura pequena”, ele na verdade quer dizer que está
usando f-stops com números maiores (tais como f/11, f/16, e assim por diante).
Se você pensar na abertura como uma fração, ao invés de um “f-stop”, a coisa faz mais sentido. Por exemplo, 1/4 é maior
do que 1/16, então uma abertura de f/4 deixará mais luz entrar do que uma de f/16.
Assim como afeta a exposição, sua escolha de abertura também lhe dá controle sobre a profundidade de campo em uma
imagem – e essa é uma das armas mais potentes no arsenal de um fotógrafo criativo.
Profundidade de Campo?
OK, pense na profundidade de campo como sendo uma zona que se estende à frente e atrás do ponto de foco na qual
os elementos ainda parecem aceitavelmente nítidos.
Reduzindo a profundidade de campo você pode fazer uma parte precisa de uma foto ficar nítida e permitir que outras
áreas se tornem borradas. Isso permite a você chamar atenção para partes chave da imagem, e ocultar elementos que
poderiam ser uma distração.
Aumentar a profundidade de campo, por outro lado, tem o efeito contrário, fazendo mais “camadas” numa cena
parecerem nítidas.
Enquanto que profundidade de campo numa foto é influenciada por vários fatores, incluindo distância de foco e
comprimento focal da lente, em termos de abertura a coisa se resume a isto: quanto maior a abertura usada, menor é
a profundidade de campo captada; quanto menor é a abertura usada, maior é a profundidade de campo que você capta.
Colocando de outro modo, grandes buracos é igual a mais borrão de fundo; pequenos buracos é igual a mais nitidez.
A escolha da abertura é a consideração mais importante para uma completa gama de situações. Por exemplo, fotógrafos
de paisagem tipicamente usam pequenas aberturas com lentes grande-angulares para dar às suas fotos a maior
profundidade possível.
É assim que eles alcançam aquelas vistas detalhadas nas quais todos os elementos, desde flores aos pés deles até
montanhas no horizonte, são reproduzidos tão nitidamente por todo o quadro.
Fotógrafos de retrato e vida selvagem frequentemente optam pelo outro lado da balança, usando lentes longas e
grandes aberturas para espremer um tema nítido entre um primeiro plano e fundo borrados.
Abertura se torna ainda mais crucial à medida que você chega se aproxima do tema. Quanto mais próximo você foca,
menos profundidade de campo será captada para uma dada abertura.
É por isso que fotografia macro requer o uso de foco preciso e aberturas muito pequenas, já que nesse caso a
profundidade de campo geralmente pode ser medida em milímetros.
Quando o controle sobre a profundidade de campo é importante numa imagem, então sim, escolha Prioridade de
Abertura – “Aperture Priority” em inglês (A ou Av no disco de modos da sua câmera). É um modo de exposição
automática que permite a você manualmente escolher um f-stop, com a câmera selecionando uma velocidade do
obturador correspondente para alcançar o que ela calcula como boa exposição, baseada na abertura que você escolheu,
modo de medição, ISO e assim por diante.
Embora você possa confiar em Prioridade Abertura para fotografia do dia a dia, você tem que ter consciência de como
mudar a abertura afeta a velocidade do obturador.
Você pode, por exemplo, selecionar uma pequena abertura quando fotografar uma paisagem, mas se o tempo de
exposição se estende a segundos, você precisará colocar a câmera num tripé.
Então existe uma melhor abertura que eu deva usar?
O intervalo de abertura intermediário para sua lente – geralmente de f/8 a f/11 – fornece um bom equilíbrio entre
profundidade de campo e velocidade do obturador. Muitas lentes tendem a entregar imagens de qualidade ótima nessas
configurações de abertura.
AVISO: Essa afirmação de que a qualidade ótima é entregue por muitas lentes na faixa de f/8 a f/11 só é válida
quando se usa um sistema de quadro cheio (Full Frame). Em sistemas “cropados” a qualidade ótima é alcançada
geralmente na faixa de f/5.6 a f/8. Fotografar acima disso em sistemas “cropados”, ou seja, a partir de f/11, já
começa a introduzir difração, que é uma redução na nitidez da imagem. Da mesma forma em sistemas de quadro
cheio, a difração começa a gerar seus efeitos a partir de f/16. Quando digo “sistema”, quero dizer a combinação
de sensor e lente do mesmo formato. Então:
Sistemas de quadro cheio = Câmera + Lente (ambos de quadro cheio). Ex.: 5D Mark III + EF 24-70mm f/2.8L.
Sistemas “cropados” = Câmera + Lente (ambos no formato crop). Ex.: T5i + EF-S 18-55mm f/3.5-5.6.
Embora lentes sejam classificadas usando um alcance fixo de aberturas, nem todas as lentes são iguais. Há um motivo
para que uma lente 50mm f/1.8 custe cerca de US$ 220, enquanto que uma lente 50mm f/1.2 custe-lhe dez vezes mais
que esse valor – e esse motivo, em essência, é velocidade da lente (no Brasil chamado de “claridade” da lente).
Quando fotógrafos descrevem uma lente como sendo “rápida” ou “lenta”, eles não estão se referindo à agilidade do seu
sistema de autofoco, mais sim o quão larga é sua abertura máxima.
Lentes rápidas (claras) oferecem grandes aberturas que deixam mais luz entrar, dando a você uma velocidade do
obturador mais rápida com a qual trabalhar. Elas são procuradas para se trabalhar com pouca luz, profundidade de
campo exageradamente pequena e fotografia que frequentemente requer tempos de exposição extremamente rápidos,
tais como fotografia de vida selvagem e esportes.
Lentes escuras (lentas) não captam tanta luz quanto as rápidas, por isso a exposição requer uma velocidade do obturador
mais lenta. Elas são geralmente mais leves do que lentes rápidas, e consideravelmente mais gentis com seu bolso.
Então, uma lente 10-20mm f/3.5 é mais rápida do que uma 600mm f/4?
Ah, não. Uma lente é referida como rápida ou lenta quando é comparada a lentes que tem um comprimento focal similar.
Para seu comprimento focal extremo, uma lente 600mm f/4 é rápida, enquanto que uma lente oferecendo uma abertura
máxima de f/3.5 a 20mm é relativamente lenta; existem lentes 20mm disponíveis com aberturas máximas mais rápidas
de f/2.8 e f/1.8.
Muitas lentes zoom possuem uma “abertura flutuante”, de modo que a abertura máxima muda à medida que você usa
o zoom. Uma lente 100-400mm f/4.5-5.6 oferece f/4 como uma abertura máxima, mas ela gradualmente estreita até
f/5.6 à medida que a lente faz zoom para 400mm.
Lentes zoom com aberturas flutuantes são geralmente mais lentas e baratas do que lentes zoom que mantêm a mesma
abertura máxima por todo seu alcance.
Se você precisa das aberturas máximas mais rápidas, então você deve procurar por lentes prime de alta qualidade, ao
invés de zooms. Comece a economizar já...
DO QUE É FEITA UMA ABERTURA?
1 – Lâminas.
2 – Motor.
3 – Localização.
Passo 1.
Passo 2.
Passo 4.
Muitas lentes tem uma abertura mínima de f/22, apesar de que algumas (tais como as lentes macro) oferecem uma
configuração ainda menor de, digamos, f/32.
Mas por que a abertura mínima raramente é listada ao lado do comprimento focal, assim como é com a abertura
máxima? É porque a menor abertura raramente é recomendada para ser usada, já que isso leva a imagens mais difusas
e sem contraste devido a um fenômeno ótico conhecido como difração.
Difração ocorre quando ondas de luz entrando na lente são “dobradas” pelas bordas das lâminas da abertura.
Cada configuração de abertura causa isso, mas o dobramento é geralmente mínimo. Contudo, à medida que as aberturas
ficam menores, o efeito se torna mais significante.
Na menor abertura as ondas de luz são tão dobradas e espalhadas pelas lâminas do diafragma que a imagem parece
embaçada, muito embora esteja focada corretamente.
Então, mesmo que a menor abertura possibilite a você maximizar a profundidade de campo quando você está
fotografando paisagens, a resolução irá se deteriorar.
AVISO: Este site recomenda f/16, mas eu discordo completamente (outros autores de artigos também
discordam). Assim como outros fotógrafos (com os quais aprendi), ao se fotografar paisagens eu
recomendo usar a menor abertura que sua lente permitir sem haver deterioração da imagem
(geralmente f/5.6 a f/8 para sistema cropado e f/8 a f/11 para quadro cheio) e se utilizar da técnica da
distância hiperfocal para deixar tudo em foco. Falaremos sobre distância hiperfocal em outro artigo.
Passe pelos f-stops no modo Prioridade Abertura e a sequência de números que aparece no visor pode parecer bem
aleatória. Por que f/5.6 pula para f/8 quando você fecha a abertura em uma etapa completa, e f/8 para f/11, para f/16
e assim por diante? Parece haver uma lógica nisso.
Como esses números são calculados é, na verdade, bem complicado, mas a coisa a se lembrar é que um f-stop não é
uma medida do diâmetro da abertura, mas uma expressão da razão entre o diâmetro da pupila de entrada e o
comprimento focal. Isso significa que valores de abertura são constantes, não importando que lente está em uso.
Por exemplo, uma lente 80mm com uma abertura de f/4 terá um diâmetro de pupila de 20mm (80÷4), enquanto que
uma lente 400mm com uma abertura de f/4 terá um diâmetro de pupila de 100mm (400÷4). Enquanto que a lente
400mm tem uma pupila consideravelmente maior, ela deixa entrar exatamente a mesma quantidade de luz que a mesma
abertura f/4 deixa na lente 80mm, já que a luz está muito mais fraca depois de ter viajado por todo o comprimento focal
da lente.
Fonte: http://www.digitalcameraworld.com/2014/02/27/what-is-aperture-everything-you-need-to-know-about-
controlling-light-creatively/