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Muita gente fica na dúvida e não sabe direito o que é reciclagem, o que é coleta seletiva, o que
quer dizer minimização de resíduos. Para evitar confusões, colocamos abaixo uma pequena
descrição de cada um dos termos:
Coleta seletiva - É a atividade de separar o lixo, para que ele seja enviado para reciclagem.
Separar o lixo é não misturar os materiais passíveis de serem reaproveitados ou reciclados
(usualmente plásticos, vidros, papéis, metais) com o resto do lixo (restos de alimentos, papéis
sujos, lixo do banheiro). A coleta seletiva tanto pode ser realizada por uma pessoa sozinha, que
esteja preocupada com o montante de lixo que estamos gerando (desde que ela planeje com
antecedência para onde vai encaminhar o material separado), quanto por um grupo de pessoas
(condomínio, escola, cidade, etc.). Organizar um programa de coleta seletiva não é tão
complicado, MAS EXIGE PLANEJAMENTO CUIDADOSO.
Reciclagem - É uma atividade - na maior parte dos casos, industrial - que transforma os
materiais já usados em outros produtos que podem ser comercializados. Através da reciclagem,
papéis velhos transformam-se em novas folhas ou caixas de papelão; os vidros se transformam
em novas garrafas ou frascos; os plásticos podem se transformar em vassouras, potes,
camisetas; os metais transformam-se em novas latas ou recipientes.
Minimização de resíduos - É um conceito que abrange mais do que a simples coleta seletiva
e envio do lixo para reciclagem. Pressupões três regrinhas básicas que devem ser seguidas:
primeiro pensar em todas as maneiras de REDUZIR o lixo, depois, REAPROVEITAR tudo o que
for possível, e só depois pensar em enviar materiais para RECICLAR. Essa forma de atuação é
chamada de “3 R”, que é a letra inicial de cada uma das palavras-chave.
Qualquer cidadão preocupado com os destinos do nosso planeta pode se envolver num
programa de coleta seletiva. Se você está sozinho nessa empreitada, basta procurar onde
encaminhar o seu lixo, o que é possível reciclar, e começar. O problema maior nesse caso é
que, se na sua cidade não existe um programa organizado pela Prefeitura, você terá que
pesquisar para descobrir para onde mandar seus recicláveis. NÃO SEPARE O LIXO SEM TER
PLANEJADO PRIMEIRO PARA ONDE MANDAR.
Se você faz parte de um grupo, seja uma escola, condomínio, igreja, associação ou qualquer
outro tipo de agremiação, e quer organizar um programa, consulte o Roteiro para implantação
de coleta seletiva. NUNCA COMECE UM PROGRAMA SEM TER PLANEJADO TODAS AS ETAPAS
PRIMEIREIRAMENTE. Um programa implantado sem planejamento está fadado ao fracasso, ou
seus resultados serão muito abaixo do esperado. É necessária uma pesquisa prévia e um
empenho de tempo e energia para organizar tudo com cuidado. Mas os resultados irão
recompensar.
Um Programa de Coleta Seletiva não é tarefa difícil de realizar, porém é trabalhoso, exige
dedicação e empenho, pois engloba pelo menos três etapas: planejamento, implantação e
manutenção, todas com detalhes muito importantes. O primeiro movimento é verificar a
existência de pessoas interessadas em fazer esse trabalho. Uma pessoa só não consegue arcar
com tudo por muito tempo, pois uma das principais razões para o sucesso de programas desse
tipo é a participação e o envolvimento do maior número de pessoas. Formado um grupo (3 ou
4 já são suficientes), o próximo movimento é reuni-las em grupo, e mãos à obra!
É importante desde o início ir informando sobre os passos que estão sendo dados e sempre
convidar os demais para participar, utilizando-se para isso formas costumeiras de organização
(reuniões de professores, APM, condôminos, etc.)
Pode-se decidir:
· Se a coleta vai ser de todos os materiais ou só dos mais fáceis de comercializar
· Se a coleta vai ser em um lugar só ou com pontos intermediários (ex.: corredores, por
andares etc.)
· Quem vai fazer a coleta
· Onde vai ser estocado o material, inclusive o recolhimento com a frequência necessária
· Para quem vai ser vendido e/ou doado o material
· Como vai ser o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da estocagem
· Recursos materiais necessários
5. Educação ambiental
Esta parte também é essencial para o programa dar certo: envolve todas as atividades de
informação, sensibilização e mobilização de todos os segmentos envolvidos.
· Primeiro passo consiste em listar os diferentes segmentos. Ex.: em uma escola temos alunos,
professores, funcionários da limpeza e do conselho administrativo, pais, etc. Em um condomínio
temos: moradores (jovens, crianças, adultos, funcionários da limpeza, empregadas domésticas
etc.)
· Segundo passo é pensar que tipo de informação cada segmento deve receber.
· Terceiro passo: pensando em cada segmento e nas informações que se quer passar,
PLANEJAR quais atividades elaborar para cada um, visando atingi-lo com mais sucesso e
objetivo. Entre as atividades usadas sugerimos algumas: cartazes, palestras, folhetos, reuniões,
festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais
pessoas.
· Quarto passo é planejar a inauguração do programa: é hora de fazer alguma comemoração,
exposição, palestra, treinamento, etc. Fazer dessa data algo marcante é algo que vale a pena e
ajuda a alcançar muito mais gente.
1. Em função de todos os dados levantados já se pode passar para uma previsão de quando
lançar o programa. Deve-se levar em conta todos os materiais educativos/informativos, que
precisam ser elaborados, tudo o que precisa ser comprado e/ou adaptado, reformado, etc.
2. Divisão dos trabalhos: nessa fase, como aparecem várias tarefas, contatos, etc., que
precisam ser feitos, é muito importante dividir os afazeres. Assim, o acerto com os sucateiros, a
elaboração dos materiais educativos, a compra dos materiais, o treinamento do pessoal de
limpeza, a organização da inauguração do programa são tarefas executadas mais facilmente
com a divisão de trabalho.
3. Acertos finais: pode-se resolver o que está pendente e finalmente, partir para a inauguração.
4. Inauguração do programa: esta deve ser muito divulgada e ter sempre uma característica
alegre, de festa, mas também, onde as informações principais possam ser repassadas.
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INTRODUÇÃO:
METODOLOGIA:
RESULTADOS:
CONCLUSÕES:
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Diariamente são produzidos no Brasil em média 750g de lixo por habitante. Desse
montante, papel, metais, vidro e plásticos podem ser reciclados, quando separados
adequadamente. O que sobra é lixo orgânico – para o qual as cidades não têm outra
destinação a não ser aterros sanitários – onde o lixo se decompõe gerando gases nocivos
para o meio ambiente e para a população, e o espaço para os aterros também já está se
esgotando.
“O lixo é um problema global que deve ser resolvido com atitudes de indivíduos, dentro
de casa. O aterro sanitário não é inteligente. Afinal, um grande volume de lixo que pode
ser fonte de energia é dispensado.”, diz Luciano Prozillo. “O que oferecemos é uma
solução de remediação capaz de diminuir a demanda por aterros sanitários e ainda gerar
energia autossustentável. Essa é a essência desse empreendimento.”, completa.
Processo
Ao invés de ser depositado em um aterro, o lixo urbano, hospitalar ou industrial, é
encaminhado para uma “Unidade de Tratamento de Resíduos Urbanos”, onde o sistema
de processamento começa em uma esteira de triagem, onde são separados os metais do
restante do lixo. Depois da esteira, todo o material é triturado e levado ao “Reator de
Micro-ondas”.
“Para a implantação em pequenos municípios, para onde essa solução é mais adequada,
é preciso incentivo do Governo.”, diz Luciano Prozillo, da Propower Energy. Em Minas
Gerais, foram disponibilizados pelo Fhidro (Fundo de Recuperação, Proteção e
Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais), 20
milhões de reais para investimento em novas tecnologias. Valor aplicado em duas
unidades de tratamento em municípios do entorno de Belo Horizonte e Bacia do Rio das
Velhas. “Esperamos movimento semelhante em outras cidades.”, completa Prozillo.
Revista Ecoturismo
Os donos do lixo
O lixo - quem diria? - virou um grande negócio no Brasil. Diante de um
mercado de 20 bilhões de reais, empresários se unem a banqueiros para
investir no setor
Ana Luiza Herzog e Samantha Lima
Exame - 01/06/2011
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Em uma entrevista recente gravada em vídeo pela revista americana de negócios Fortune, o
executivo David Steiner soltou a seguinte previsão: daqui a dez anos, será possível extrair
tanta riqueza do lixo que as empresas do setor poderão fazer sua coleta de graça, sem que
nenhum governo tenha de pagar pelo serviço. Ao ouvir a declaração, o interlocutor de Steiner
esboçou um sorrisinho de deboche, mas não retrucou. David Steiner ainda está em posição de
receber crédito por suas palavras, por mais que elas soem como delírio. Há sete anos ele é o
presidente da Waste Management, a maior empresa de lixo dos Estados Unidos e uma das
maiores do mundo. Sob sua gestão estão 273 aterros sanitários, 17 usinas de geração de
energia por meio da incineração do lixo e 119 operações de conversão do gás metano dos
aterros em energia. A Waste Management ainda opera 91 estações de reciclagem de lixo
comum e 34 de processamento de lixo orgânico. Com isso, fatura cerca de 12 bilhões de
dólares por ano. Hoje, não há nada no Brasil que se pareça com isso - nem em tamanho de
receita nem em modelo. Mas, para alguns empresários e investidores, a Waste Management já
é uma referência num negócio por muito tempo negligenciado. Segundo estimativas, o
mercado de lixo, hoje tremendamente pulverizado, movimenta quase 20 bilhões de reais por
ano no país.
UM PROBLEMA NO MUNDO TODO: A geração de lixo não para de crescer – e boa parte
desse volume não tem destino adequado – Veja o infográfico
Com os negócios da Estre nessa toada, não é de admirar que, numa palestra recente dada em
São Paulo para convidados do Bank of America Merrill Lynch, o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva tenha feito menção a Quintella, presente na plateia, dizendo que ele "está rindo de
orelha a orelha com o lixo". O que faz Quintella sorrir não é tanto o que ele já conseguiu
construir, mas o potencial que vê pela frente. Ainda hoje a coleta atinge apenas 88% do lixo
gerado no Brasil. E, desse volume, 42% ainda são destinados aos lixões. No ano passado,
depois de quase 20 anos tramitando no Congresso Nacional, a lei da Política Nacional de
Resíduos Sólidos foi finalmente aprovada. Com ela, foi determinado que 2014 será a data-
limite para que todos os municípios do país fechem seus lixões. As prefeituras também terão
de estabelecer programas de gestão do lixo que permitam separar os resíduos - aquilo que
pode ser reaproveitado - dos rejeitos - material que realmente merece ir para os aterros. Além
disso, a lei deixa claro que a indústria e os consumidores têm deveres a cumprir em relação
aos resíduos que geram. Mas isso é o que está no papel. "Há ainda muitos questionamentos
sobre como todas essas premissas vão funcionar na prática", diz Fabricio Soler, advogado
especializado em meio ambiente do escritório Felsberg e Associados, de São Paulo. E se vão
funcionar.
CONSÓRCIO DE RESÍDUOS
No passado, muito dinheiro público foi distribuído a pequenos municípios para que eles
construíssem aterros. O baixo volume de resíduos, associado ao custo e à complexidade de
operação do empreendimento, fez com que a maioria se transformasse em lixões. O desafio
agora está em fazer com que os municípios trabalhem juntos, de modo a criar uma espécie de
"consórcio" para administrar seu lixo.
VAMOS PROPAGAR A CONSCIENTIZAÇÂO DE PRESERVAÇÃO
COMPOSTO ORGANICO
Quanto é reciclado?
Em 2008, aproximadamente 3 %, do lixo sólido orgânico urbano gerado no Brasil foi reciclado.
("compostado"). Em Minas Gerais, considerando somente a área urbana, 4% dos resíduos
orgânicos gerados são reciclados.
Valor
O composto tem em média 2,5% da soma dos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio - NPK.
Assim, aplicando-se dez toneladas por hectare, doze vezes maior que a recomendada para um
fertilizante mineral, se estará levando para a planta, 250 kg de NPK, mesma quantidade de
nutrientes essenciais encontrada no adubo "químico", cujo preço é de R$ 800 a R$ 900 a
tonelada. O valor do composto orgânico oscila entre R$100,00 e R$150,00 a tonelada.
Conhecendo o material
No Brasil, esses componentes orgânicos somam cerca de 60% do peso do lixo coletado. Nos
Estados Unidos representa 12%, Índia 68% e França 23%.
As variações são as seguintes: quanto mais desenvolvido o país ou mais alta é a classe social,
menor é a proporção de resíduos orgânicos compostáveis e, maior a de recicláveis (papel,
papelão, vidro, metais e plásticos).
Sua história
O uso de resíduos orgânicos como adubo para as plantas se perde no tempo. Já no ano 43 da
era Cristã, o filósofo Virgílio relatava em seu livro "As Geórgicas", como restos de culturas e
estercos animais amontoados se transformavam em material para ser aplicado nas terras de
cultura e aumentar as colheitas. Na China e na Índia, a compostagem é uma prática "agro-
sanitária" milenar.
E as limitações?
Para a produção de um composto de lixo com aspecto atraente, convidativo, para o agricultor
comprá-lo e aplicar em suas lavouras, é importante evitar a presença de partículas grosseiras,
de cacos de vidro, de louça, pedaços de plástico, pedrinhas e outros contaminantes que podem
ser removidos com uma boa catação e um peneiramento final do produto acabado. Fala-se que
o lixo pode conter metais pesados, tóxicos para as plantas e para quem delas se alimentar. Os
metais pesados são encontrados com freqüência em materiais coloridos presentes no lixo
urbano, tais como revistas, etiquetas, borrachas, plásticos, tecidos, entre outros. Adotando-se o
sistema de descarte seletivo domiciliar em lixo seco e lixo húmido, neste último recipiente estão
incluídos os restos de cozinha, não será detectada quantidade significativa de metais pesados.
Especificações de Composto
A legislação brasileira determina que o fertilizante orgânico composto para ser comercializado
deve apresentar as seguintes garantias: matéria orgânica: mínimo de 40%; índice pH: mínimo
6,0; teor de nitrogênio: 1,0% e relação carbono/nitrogênio: 18/1; não deve conter patogênicos e
metais pesados acima dos limites toleráveis.
É importante saber...
Aterro
No aterro, o caldo, também conhecido por chorume, que resulta do processo de degradação
natural do lixo, se não for corretamente tratado, irá contaminar o lençol freático e os cursos
d'água das proximidades.
Incineração
Não é indicada a incineração de resíduos orgânicos domiciliares, uma vez que estes possuem
baixíssimo poder calorífico, com altas concentrações de água.
O ciclo da reciclagem
Voltando às Origens
Através da formação de pilhas/leiras, o composto é produzido a partir da degradação biológica
da matéria orgânica em presença de oxigênio do ar. Os produtos gerados no processo de
decomposição são: composto, gás carbônico, calor e água.
A transformação da matéria orgânica em gás carbônico e vapor de água reduz o peso e o
volume da pilha de material que está sendo compostado. Preparar o composto de forma
correta significa proporcionar aos microorganismos responsáveis pela degradação, condições
favoráveis de desenvolvimento e reprodução, ou seja, a pilha de composto deve possuir
resíduos orgânicos, umidade e oxigênio em proporções adequadas.