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COMO IMPLANTAR A COLETA SELETIVA

Inicialmente é necessário a conscientização de todos para a busca de soluções para


o grave problema. Isto é possível através de palestras, manual de Coleta Seletiva e
cartazes demonstrando as vantagens da reciclagem, da preservação dos recursos
naturais e a não poluição do meio ambiente.
Na próxima fase, é necessário sinalizar e disponibilizar coletores específicos para
cada tipo de material em lugar comum a todos e de fácil acesso. Hoje, além dos
coletores é possível disponibilizar sacos de lixos nas cores padrões de cada
material.
Na última fase é necessário ter um sistema pré-determinado para o recolhimento
dos materiais selecionados e que deverão ser encaminhados para as usinas de
reciclagens.
SISTEMAS DE COLETA DE SELETIVA
Existem algumas formas de coletas de
materiais recicláveis.
O primeiro exemplo é o sistema de porta a
porta onde os caminhões do serviço de
limpeza passam recolhendo os materiais
separados, como na coleta de lixo comum,
mas em dias específicos.
O segundo exemplo é através da entrega
voluntária (PEV) em postos de coleta
distribuídos pela cidade nas escolas, praças, supermercados, etc., onde a população
entrega os materiais separados nos respectivos coletores.
Hoje existem, também, empresas especializadas que retiram os materiais
selecionados e encaminham para as usinas de reciclagens mediante contratos ou
solicitações. Este método é mais adequado às empresas onde o volume de material
é maior.
O PRIMEIRO PASSO
A SEPARAÇÃO DO LIXO RECICLÁVEL DO NÃO
RECICLÁVEL
No cotidiano de nossas cidades, são produzidas milhares de
toneladas de lixo. Há muito tempo este resíduo é um dos
grandes problemas que o poder público e a sociedade tem
enfrentado, buscando soluções que nem sempre atendem
as necessidades. Razão disso a degradação do meio ambiente, tais como as
contaminações de nossos rios, a poluição do ar, ruas sujas, proliferação de insetos,
ratos, etc, causando doenças.
A solução mais eficiente é a separação dos materiais recicláveis para o
reaproveitamento, transformando o problema do lixo em solução econômica e
social. Para que isto seja possível é preciso que todos participem colaborando com
o programa de Coleta Seletiva.
A Só Lixeiras faz a sua parte fabricando e comercializando a maior linha de
coletores (lixeiras) para ambientes domésticos, comerciais, industriais e
condomínios. Seguindo os padrões CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
a Só Lixeiras trabalha para que o resíduo seja separado na origem, facilitando todos
os processos posteriores para a reciclagem. Desta forma, permite que toda
empresa enquadrada no projeto de responsabilidade ambiental, atenda também as
normas de qualidade ISO 14001.
COLETA SELETIVA
É a separação dos materiais que podem ser reciclados, na sua fonte geradora.
BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA
• Para 75 latas de aço, recicladas, preserva-se uma
árvore que seria usada como carvão.
• Para cada tonelada de papel reciclado, evita-se a
derrubada de 16 a 30 árvores adulta, em média.
• A cada 100 toneladas de plástico reciclado, evita-se a
extração de 1 tonelada de petróleo e a economia em torno de 90% de energia.
• 10% de vidro reciclado, economiza-se 4% de energia e reduz 10% no consumo
de água.
As vantagens da reciclagem são muitas mas acima de tudo, ela melhora a
qualidade de vida, minimiza os efeitos da poluição no planeta, gera empregos e
rendas, além de valorizar as empresas ambientalmente corretas.
MATERIAIS RECICLÁVEIS
Os principais materiais recicláveis são papéis, plásticos, vidro e metal.
Todos deverão ser separados e colocados em coletores ou sacos plásticos de
preferência na cor padrão de cada material conforme resolução do CONAMA
(Conselho Nacional do Meio Ambiente).
MATERIAIS NÃO RECICLÁVEIS
Lixo Orgânico ou Úmido - São restos de comidas, cascas de frutas e legumes, etc.
Rejeitos - Lenços e guardanapos de papel, absorvente e papel higiênico, fraldas,
papéis sujos, espelhos, cerâmicas, porcelanas, etc.
Resíduos Especiais - Pilhas e baterias.
Resíduos Hospitalar - Curativos, gazes, algodão, seringas, etc.
Lixo Químico ou Tóxico - Embalagens de agrotóxico.

GUIA DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS


PLÁSTICO - cor padrão vermelho
Reciclável: Não Reciclável:
• Copos • Tomadas
• Garrafas • Cabos de Panelas
• Sacos/Sacolas • Adesivos
• Frascos de produtos • Espuma
• Tampas • Embalagens
• Potes Metalizadas
• Canos e Tubos de PVC (Biscoitos e Salgadinhos)
• Embalagens Pet
(Refrigerantes, Suco,
Óleo, Vinagre, etc.
METAL - Cor padrão amarelo
Reciclável: Não Reciclável:
• Tampinhas de Garrafas • Clipes
• Latas • Grampos
• Enlatados • Esponja de Aço
• Panelas sem cabo • Aerossóis
• Ferragens • Latas de Tinta
• Arames • Latas de Verniz,
• Chapas Solventes Químicos,
• Canos Inseticídas
• Pregos
• Cobre
Papel - Cor padrão azul
Reciclável: Não Reciclável:
• Jornais e Revistas • Etiquetas Adesivas
• Listas Telefônicas • Papel Carbono
• Papel Sulfite/Rascunho • Papel Celofane
• Papel de Fax • Fita Crepe
• Folhas de Caderno • Papéis Sanitários
• Formulários de Computador • Papéis Metalizados
• Caixas em Geral (ondulado) • Papéis Parafinados
• Aparas de Papel • Papéis Plastificados
• Fotocópias • Guardanapos
• Envelopes • Bitucas de Cigarros
• Rascunhos • Fotografias
• Cartazes Velhos
Vidro - Cor padrão verde
Reciclável: Não Reciclável:
• Garrafas • Portas de Vidro
• Potes de Conservas • Espelhos
• Embalagens • Boxes Temperados
• Frascos de Remédios • Louças
• Copos • Cerâmicas
• Cacos dos Produtos Citados • Óculos
• Pára-brisas • Pirex
• Porcelanas
• Vidros Especiais (tampa
de forno e microondas)
• Tubo de TV

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O que é coleta seletiva, reciclagem e minimização de resíduos

Muita gente fica na dúvida e não sabe direito o que é reciclagem, o que é coleta seletiva, o que
quer dizer minimização de resíduos. Para evitar confusões, colocamos abaixo uma pequena
descrição de cada um dos termos:

Coleta seletiva - É a atividade de separar o lixo, para que ele seja enviado para reciclagem.
Separar o lixo é não misturar os materiais passíveis de serem reaproveitados ou reciclados
(usualmente plásticos, vidros, papéis, metais) com o resto do lixo (restos de alimentos, papéis
sujos, lixo do banheiro). A coleta seletiva tanto pode ser realizada por uma pessoa sozinha, que
esteja preocupada com o montante de lixo que estamos gerando (desde que ela planeje com
antecedência para onde vai encaminhar o material separado), quanto por um grupo de pessoas
(condomínio, escola, cidade, etc.). Organizar um programa de coleta seletiva não é tão
complicado, MAS EXIGE PLANEJAMENTO CUIDADOSO.

Reciclagem - É uma atividade - na maior parte dos casos, industrial - que transforma os
materiais já usados em outros produtos que podem ser comercializados. Através da reciclagem,
papéis velhos transformam-se em novas folhas ou caixas de papelão; os vidros se transformam
em novas garrafas ou frascos; os plásticos podem se transformar em vassouras, potes,
camisetas; os metais transformam-se em novas latas ou recipientes.

Minimização de resíduos - É um conceito que abrange mais do que a simples coleta seletiva
e envio do lixo para reciclagem. Pressupões três regrinhas básicas que devem ser seguidas:
primeiro pensar em todas as maneiras de REDUZIR o lixo, depois, REAPROVEITAR tudo o que
for possível, e só depois pensar em enviar materiais para RECICLAR. Essa forma de atuação é
chamada de “3 R”, que é a letra inicial de cada uma das palavras-chave.

Quem pode fazer coleta seletiva?

Qualquer cidadão preocupado com os destinos do nosso planeta pode se envolver num
programa de coleta seletiva. Se você está sozinho nessa empreitada, basta procurar onde
encaminhar o seu lixo, o que é possível reciclar, e começar. O problema maior nesse caso é
que, se na sua cidade não existe um programa organizado pela Prefeitura, você terá que
pesquisar para descobrir para onde mandar seus recicláveis. NÃO SEPARE O LIXO SEM TER
PLANEJADO PRIMEIRO PARA ONDE MANDAR.

Se você faz parte de um grupo, seja uma escola, condomínio, igreja, associação ou qualquer
outro tipo de agremiação, e quer organizar um programa, consulte o Roteiro para implantação
de coleta seletiva. NUNCA COMECE UM PROGRAMA SEM TER PLANEJADO TODAS AS ETAPAS
PRIMEIREIRAMENTE. Um programa implantado sem planejamento está fadado ao fracasso, ou
seus resultados serão muito abaixo do esperado. É necessária uma pesquisa prévia e um
empenho de tempo e energia para organizar tudo com cuidado. Mas os resultados irão
recompensar.

Roteiro para a realização de Programa de Coleta Seletiva

Um Programa de Coleta Seletiva não é tarefa difícil de realizar, porém é trabalhoso, exige
dedicação e empenho, pois engloba pelo menos três etapas: planejamento, implantação e
manutenção, todas com detalhes muito importantes. O primeiro movimento é verificar a
existência de pessoas interessadas em fazer esse trabalho. Uma pessoa só não consegue arcar
com tudo por muito tempo, pois uma das principais razões para o sucesso de programas desse
tipo é a participação e o envolvimento do maior número de pessoas. Formado um grupo (3 ou
4 já são suficientes), o próximo movimento é reuni-las em grupo, e mãos à obra!

É importante desde o início ir informando sobre os passos que estão sendo dados e sempre
convidar os demais para participar, utilizando-se para isso formas costumeiras de organização
(reuniões de professores, APM, condôminos, etc.)

PRIMEIRA ETAPA: PLANEJAMENTO

1. Conhecendo um pouco o lixo do local:


· Quantidade diária gerada (pode ser em peso ou volume)
· De que materiais o lixo é composto e suas relativas proporções (quanto de lixo orgânico,
papel, alumínio, plásticos, outros metais, vidro, etc.)
· Qual caminho que o lixo faz: desde onde é gerado até onde é disposto para a coleta geral.
· Identificar se há materiais já coletados separadamente, se sim, para onde são encaminhados.

2. Conhecendo as características do local:


· Instalações físicas (local para armazenagem, locais intermediários, etc.)
· Recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam ser reutilizados)
· Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo, e como ela é feita (quantas pessoas tem,
freqüência)

3. Conhecendo um pouco o mercado dos recicláveis


· Preços: podem ser observados através do boletim do CEMPRE (http://www.cempre.org.br/)
· Compradores: pode-se iniciar a pesquisa pela lista do CEMPRE (disponível na Internet), lista
do Instituto Gea, por um pequeno estudo do que existe disso no bairro e por uma consulta às
Páginas Amarelas (sucatas, papel, aparas, etc.)
· Doação: uma opção para quem vai implantar a coleta seletiva é encaminhar os materiais para
associações que vendem ou reaproveitam. Assim, é bom ter uma lista desses interessados à
mão: o Instituto GEA tem uma lista e esta pode ser complementada fazendo uma pesquisa pela
região, pois há muitas entidades beneficentes que aceitam jornais, revistas, vidros, etc.

4. Montando a parte operacional do projeto


Com todos esses dados, já está na hora de começar a planejar como vai ser todo o esquema.
Sabendo-se as quantidades geradas de lixo por tipo de material, as possibilidades de
estocagem no local, os recursos humanos existentes, etc.

Pode-se decidir:
· Se a coleta vai ser de todos os materiais ou só dos mais fáceis de comercializar
· Se a coleta vai ser em um lugar só ou com pontos intermediários (ex.: corredores, por
andares etc.)
· Quem vai fazer a coleta
· Onde vai ser estocado o material, inclusive o recolhimento com a frequência necessária
· Para quem vai ser vendido e/ou doado o material
· Como vai ser o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da estocagem
· Recursos materiais necessários

Com toda a parte anterior definida pode-se:


· Fazer a lista do que precisa ser adquirido (o Instituto GEA tem a lista de fornecedores de
vários materiais, com vários tipos de preços)
· Fazer a lista do que pode ser recuperado
· Fazer a lista do que precisa ser adaptado
· Fazer a lista do que mais precisa ser providenciado (placas sinalizadoras, adesivos, etc.)

5. Educação ambiental

Esta parte também é essencial para o programa dar certo: envolve todas as atividades de
informação, sensibilização e mobilização de todos os segmentos envolvidos.

· Primeiro passo consiste em listar os diferentes segmentos. Ex.: em uma escola temos alunos,
professores, funcionários da limpeza e do conselho administrativo, pais, etc. Em um condomínio
temos: moradores (jovens, crianças, adultos, funcionários da limpeza, empregadas domésticas
etc.)
· Segundo passo é pensar que tipo de informação cada segmento deve receber.
· Terceiro passo: pensando em cada segmento e nas informações que se quer passar,
PLANEJAR quais atividades elaborar para cada um, visando atingi-lo com mais sucesso e
objetivo. Entre as atividades usadas sugerimos algumas: cartazes, palestras, folhetos, reuniões,
festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais
pessoas.
· Quarto passo é planejar a inauguração do programa: é hora de fazer alguma comemoração,
exposição, palestra, treinamento, etc. Fazer dessa data algo marcante é algo que vale a pena e
ajuda a alcançar muito mais gente.

SEGUNDA ETAPA: IMPLANTAÇÃO

1. Em função de todos os dados levantados já se pode passar para uma previsão de quando
lançar o programa. Deve-se levar em conta todos os materiais educativos/informativos, que
precisam ser elaborados, tudo o que precisa ser comprado e/ou adaptado, reformado, etc.

2. Divisão dos trabalhos: nessa fase, como aparecem várias tarefas, contatos, etc., que
precisam ser feitos, é muito importante dividir os afazeres. Assim, o acerto com os sucateiros, a
elaboração dos materiais educativos, a compra dos materiais, o treinamento do pessoal de
limpeza, a organização da inauguração do programa são tarefas executadas mais facilmente
com a divisão de trabalho.
3. Acertos finais: pode-se resolver o que está pendente e finalmente, partir para a inauguração.

4. Inauguração do programa: esta deve ser muito divulgada e ter sempre uma característica
alegre, de festa, mas também, onde as informações principais possam ser repassadas.

TERCEIRA ETAPA: MANUTENÇÃO

· Acompanhamento e gerenciamento da coleta, do armazenamento, venda e/ou doação dos


materiais.

· Levantamento das quantidades coletadas, se possível até setorizado.

· Atividades contínuas de informação, sensibilização e incentivos; importantíssimo repassar os


resultados, retomar os objetivos, etc. Jornais, palestras, reuniões, gincanas, cartazes são
instrumentos que devem ser utilizados.

· Balanço do andamento e resultado do programa.

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DIGESTOR DE RESIDUOS ORGÂNICOS PARA PROCESSAMENTO DE


LIXO ORGÂNICO ( SOBRAS DE COZINHA ) VISANDO SUA
UTILIZAÇÃO COMO ADUBO EM HORTAS E JARDINS.

INTRODUÇÃO:

O lixo orgânico apresenta-se hoje como um dos componentes impactantes


dos lixões e mesmo dos aterros sanitários. Seu descarte indevido, manejo
sem a adoção dos critérios necessários, e mesmo a permanência por
longo período no pátio de restaurantes industriais e mesmo em nível
doméstico, acaba por gerar situações que contribuem para a poluição do
nosso meio ambiente, além de propiciar a proliferação de bactérias e
germes patogênicos, prejudiciais á saúde do ser humano. O presente
trabalho propõe um Sistema Modular para o Tratamento Biológico do Lixo
Orgânico, através de um processo de decomposição fermentativa,
auxiliado por um inóculo, constituído de uma mistura de farelos diversos
inoculados com microorganismos do tipo fermentativo. O processo
contempla destacadamente as fases acetogênica e metânogenica,
resultando com produto final o Nutriente Orgânico Reciclado (NOR), que
pode ser utilizado como adubo, evitando assim, o uso de agrotóxicos e
fertilizantes químicos. Além disso, o sistema, já em testes em Escolas da
Rede Pública, tem como objetivo fornecer um modelo de manejo
ecologicamente correto, que vem sendo empregado conjuntamente com
outros dispositivos, como Sistemas para Captação e Armazenamento de
Água de Chuva. Pretende-se dar ênfase, com este programa de atuação, a
práticas de Educação Ambiental com o objetivo de criar uma consciência
ecológica, participativa e comunitária.

METODOLOGIA:

Os trabalhos vêm sendo desenvolvidos na UNIARARAS, por uma equipe


de pesquisadores integrando as áreas de Física, Biologia, Química e
Gestão Ambiental. O equipamento consiste em um sistema tubular em
forma de "U", sendo que o material orgânico é carregado diariamente por
um dos ramos do "U", e descartado pelo outro. O Sistema possui na sua
base uma câmara especialmente projetada para coletar o líquido residual
(chorume) utilizando uma peneira estática, permitindo, ao mesmo tempo, o
fluxo da matéria orgânica já em processamento através do reator.
Inicialmente, o material coletado, que consiste na sobra resultante do
preparo dos alimentos, mais a sobra dos pratos ou bandejas é moído e
misturado com o inóculo. O tempo de residência do material no interior do
reator é calculado de acordo com as dimensões do tubo, da quantidade
diária de material para carga e da quantidade de inóculo adicionada. Um
reator típico opera com tempo de residência em torno de 21 dias. Quando
o sistema entra em regime, a mesma quantidade (aproximadamente) de
material carregado no digestor é descartado, deslocando-se por gravidade
ao longo do reator tubular. O material descartado é posto para secagem ao
sol em um terreiro de concreto e após isso é triturado para incorporação ao
solo. O liquido descartado durante o processo está sendo estudado para
uso como agente degradante, uma vez que é rico em microorganismos.

RESULTADOS:

O teste inicial do Digestor foi realizado na UNESP - Campus de RIo Claro,


onde se encontra instalado um protótipo projetado para processar o
descarte diário de cerca de 300 refeições do Restaurante Universitário. Os
resultados até agora apresentados vem se mostrando promissores,
levando-se em conta que os testes foram iniciados em meados de 2004. O
Nutriente Orgânico Reciclado ( NOR ) vem sendo utilizado como adubo em
hortas e jardins, o que trouxe uma sensível melhora na qualidade das
plantas e hortaliças. Os resultados quantitativos serão obtidos após análise
de amostras do material já enviado para laboratórios especializados. No
momento estão sendo realizados testes em "plots" experimentais
constituídos por canteiros de hortaliças, o que permitirá uma análise da
qualidade do solo e das plantas, além de dados para cálculos estatisticos.
Por outro lado, vários protótipos de menor dimensão estão montados no
Laboratório de Meio Ambiente da UNIARARAS, o que permitirá a obtenção
de importantes dados visando a otimização e o melhor dimensionamento
do sistema. Paralelamente ao processo de pesquisa, alguns digestores de
pequeno porte encontram-se instalados em duas Escolas Publicas da
cidade de Limeira, como parte de um Programa Integrado de Manejo
Ambiental, envolvendo o Programa Escola da Família, Entidades
Ambientais e Empresas que aderiram solidariamente ao Programa.

CONCLUSÕES:

A operação dos Digestores nos locais onde foram instalados, proporcionou


uma sensível melhora na qualidade do manejo do lixo orgânico
(especificamente as sobras de cozinha ), além de despertar a consciência
ecológica nos funcionários, alunos e professores. Outro fator que convém
destacar é a característica integradora e multidisciplinar da proposta,
envolvendo professores e alunos das Instituições, o que ficou demonstrado
quando o Projeto foi apresentado na III JIU (Jornada Integrada
Universitária), realizada no mês de setembro na UNIARARAS. A partir de
então, a participação de pesquisadores de outras áreas permitiu um
incremento no processo de pesquisa sobre o funcionamento e a
otimização do equipamento proposto. Além do funcionamento do Digestor,
surgiu também o interesse no projeto dos sistemas periféricos
(alimentação do Digestor e secagem do produto final), o que resultou no
desenvolvimento de um secador solar apropriado para esta finalidade, cujo
protótipo já foi construído e se encontra hoje na fase de coleta de dados.

Instituição de fomento: Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: Processamento; Resíduos; Digestão.

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Diariamente são produzidos no Brasil em média 750g de lixo por habitante. Desse
montante, papel, metais, vidro e plásticos podem ser reciclados, quando separados
adequadamente. O que sobra é lixo orgânico – para o qual as cidades não têm outra
destinação a não ser aterros sanitários – onde o lixo se decompõe gerando gases nocivos
para o meio ambiente e para a população, e o espaço para os aterros também já está se
esgotando.

Depois de 8 anos de pesquisas financiadas pela Propower Energy, de Luciano Prozillo,


pesquisadores e cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina e Mato Grosso
desenvolveram uma tecnologia capaz de tratar resíduos urbanos, orgânicos, hospitalares,
industriais e ainda gerar energia e combustível a partir deles.

“O lixo é um problema global que deve ser resolvido com atitudes de indivíduos, dentro
de casa. O aterro sanitário não é inteligente. Afinal, um grande volume de lixo que pode
ser fonte de energia é dispensado.”, diz Luciano Prozillo. “O que oferecemos é uma
solução de remediação capaz de diminuir a demanda por aterros sanitários e ainda gerar
energia autossustentável. Essa é a essência desse empreendimento.”, completa.

O processo elaborado pelo projeto envolve a utilização de micro-ondas, tecnologia já


utilizada para inúmeras aplicações no mundo todo, porém nunca voltada para o
processamento de lixo. “Trata-se de uma solução imediata, barata, inédita e inovadora”,
diz Prozillo.

Processo
Ao invés de ser depositado em um aterro, o lixo urbano, hospitalar ou industrial, é
encaminhado para uma “Unidade de Tratamento de Resíduos Urbanos”, onde o sistema
de processamento começa em uma esteira de triagem, onde são separados os metais do
restante do lixo. Depois da esteira, todo o material é triturado e levado ao “Reator de
Micro-ondas”.

Dentro do Reator, o lixo é aquecido a uma temperatura controlada, a maior parte da


água retirada e é completamente esterilizado. Esse processo é rápido e seu resultado,
uma biomassa sem cheiro e sem contaminação, é transferida para uma Unidade
Termogeradora que produzirá energia elétrica para o sistema.

O balanço energético é positivo: o sistema consome internamente 15% do conteúdo


energético, sendo assim totalmente autossustentável. O saldo de 85% restantes são
distribuídos para o sistema ou podem ser aplicadas em outros processos – dependendo
de onde a unidade está instalada (Cidades, Indústrias ou Hospitais).

Além da transformação em energia, outro processo associado à “Unidade de Tratamento


de Resíduos Urbanos” é o Craqueamento do plástico, que por sua vez, gera
combustível. “Para a geração de combustível, separamos o plástico na triagem e após
uma reação termocatalica recupera-se as formas originais de hidrocarbonetos, sendo
uma fração diesel e a outra, gasolina”, explica Luciano.

“Não se trata de biodiesel, mas do reaproveitamento de hidrocarbonetos contidos no


material original, menos agressivo por não conter enxofre. O índice de conversão vai de
75% a 98%, dependendo do material utilizado.”, explica Luciano.
As Unidades são moduladas em cerca de 50 toneladas de lixo por dia, dependendo da
demanda do município ou empresa. O primeiro projeto piloto está sendo instalado na
cidade de Matozinhos em Minas Gerais e há negociação para a cidade de Itu, no interior
de São Paulo. Algumas demonstrações oficiais vêm sendo realizadas em algumas
cidades para apresentar o processo a prefeitos e assessores de tecnologia.

“Para a implantação em pequenos municípios, para onde essa solução é mais adequada,
é preciso incentivo do Governo.”, diz Luciano Prozillo, da Propower Energy. Em Minas
Gerais, foram disponibilizados pelo Fhidro (Fundo de Recuperação, Proteção e
Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais), 20
milhões de reais para investimento em novas tecnologias. Valor aplicado em duas
unidades de tratamento em municípios do entorno de Belo Horizonte e Bacia do Rio das
Velhas. “Esperamos movimento semelhante em outras cidades.”, completa Prozillo.

Revista Ecoturismo

Os donos do lixo
O lixo - quem diria? - virou um grande negócio no Brasil. Diante de um
mercado de 20 bilhões de reais, empresários se unem a banqueiros para
investir no setor
Ana Luiza Herzog e Samantha Lima
Exame - 01/06/2011

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Em uma entrevista recente gravada em vídeo pela revista americana de negócios Fortune, o
executivo David Steiner soltou a seguinte previsão: daqui a dez anos, será possível extrair
tanta riqueza do lixo que as empresas do setor poderão fazer sua coleta de graça, sem que
nenhum governo tenha de pagar pelo serviço. Ao ouvir a declaração, o interlocutor de Steiner
esboçou um sorrisinho de deboche, mas não retrucou. David Steiner ainda está em posição de
receber crédito por suas palavras, por mais que elas soem como delírio. Há sete anos ele é o
presidente da Waste Management, a maior empresa de lixo dos Estados Unidos e uma das
maiores do mundo. Sob sua gestão estão 273 aterros sanitários, 17 usinas de geração de
energia por meio da incineração do lixo e 119 operações de conversão do gás metano dos
aterros em energia. A Waste Management ainda opera 91 estações de reciclagem de lixo
comum e 34 de processamento de lixo orgânico. Com isso, fatura cerca de 12 bilhões de
dólares por ano. Hoje, não há nada no Brasil que se pareça com isso - nem em tamanho de
receita nem em modelo. Mas, para alguns empresários e investidores, a Waste Management já
é uma referência num negócio por muito tempo negligenciado. Segundo estimativas, o
mercado de lixo, hoje tremendamente pulverizado, movimenta quase 20 bilhões de reais por
ano no país.

Um dos que acompanham com entusiasmo o desempenho da Waste Management e sonham


em fazer algo parecido é o paulista Wilson Quintella Júnior, de 54 anos - o homem à frente da
Estre. A empresa nasceu há 11 anos com a construção de um aterro sanitário no município de
Paulínia, no interior de São Paulo - na época, Quintella deixou um emprego na GP
Investimentos para se dedicar ao novo negócio. De lá para cá, ampliou seus domínios e hoje
opera dez aterros, que atendem centenas de clientes públicos e privados e estão localizados
nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná e em Bogotá, na Colômbia, e Buenos
Aires, na Argentina. Outros dois deverão ser inaugurados nos próximos meses - na cidade
paulista de Piratininga e em Aracaju. Em março deste ano, Quintella fez uma manobra ousada:
com a ajuda do BTG Pactual, de André Esteves, atropelou um fundo de private equity que
vinha já há algum tempo negociando a empresa de coleta de lixo urbano Cavo, do grupo
Camargo Corrêa, e a comprou por 610 milhões de reais. A aquisição da Cavo fará com que o
faturamento da Estre, previsto para alcançar 640 milhões de reais em 2011, dobre.

UM PROBLEMA NO MUNDO TODO: A geração de lixo não para de crescer – e boa parte
desse volume não tem destino adequado – Veja o infográfico

Com os negócios da Estre nessa toada, não é de admirar que, numa palestra recente dada em
São Paulo para convidados do Bank of America Merrill Lynch, o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva tenha feito menção a Quintella, presente na plateia, dizendo que ele "está rindo de
orelha a orelha com o lixo". O que faz Quintella sorrir não é tanto o que ele já conseguiu
construir, mas o potencial que vê pela frente. Ainda hoje a coleta atinge apenas 88% do lixo
gerado no Brasil. E, desse volume, 42% ainda são destinados aos lixões. No ano passado,
depois de quase 20 anos tramitando no Congresso Nacional, a lei da Política Nacional de
Resíduos Sólidos foi finalmente aprovada. Com ela, foi determinado que 2014 será a data-
limite para que todos os municípios do país fechem seus lixões. As prefeituras também terão
de estabelecer programas de gestão do lixo que permitam separar os resíduos - aquilo que
pode ser reaproveitado - dos rejeitos - material que realmente merece ir para os aterros. Além
disso, a lei deixa claro que a indústria e os consumidores têm deveres a cumprir em relação
aos resíduos que geram. Mas isso é o que está no papel. "Há ainda muitos questionamentos
sobre como todas essas premissas vão funcionar na prática", diz Fabricio Soler, advogado
especializado em meio ambiente do escritório Felsberg e Associados, de São Paulo. E se vão
funcionar.

CONSÓRCIO DE RESÍDUOS
No passado, muito dinheiro público foi distribuído a pequenos municípios para que eles
construíssem aterros. O baixo volume de resíduos, associado ao custo e à complexidade de
operação do empreendimento, fez com que a maioria se transformasse em lixões. O desafio
agora está em fazer com que os municípios trabalhem juntos, de modo a criar uma espécie de
"consórcio" para administrar seu lixo.
VAMOS PROPAGAR A CONSCIENTIZAÇÂO DE PRESERVAÇÃO

FRASES DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA SEREM UTILIZADAS

(Copie e cole em seus e-mails)


Orgânicos (Restos de Alimentos, Podas de Árvores, etc)
O mercado para reciclagem de Composto Organico / Alimentos

COMPOSTO ORGANICO

O mercado para reciclagem

Compostagem é a denominação que se dá para um processo de transformação de resíduos


sólidos orgânicos não perigosos - restos vegetais e animais - em um adubo bom e barato. Os
resíduos urbanos, ou seja, os restos de cozinha (vegetais e animais), de podas de jardins e de
quintais, classificados como lixo domiciliar, dão por decomposição efetuada por
microorganismos encontrados nesses mesmos materiais orgânicos, dois novos e importantes
componentes: sais minerais contendo nutrientes para as raízes das plantas e húmus, material
de coloração escura, melhorador e condicionador do solo.
O composto é um fertilizante bom, pelas suas excelentes qualidades, melhorando as
propriedades físicas, químicas e bioquímicas do solo. É barato por ser produzido a partir de
matéria-prima praticamente sem valor, descartada como lixo. Pelo fato de se produzir
composto com resíduos de baixo ou nenhum valor econômico, pode-se adubar as plantas com
doses consideradas elevadas.

Quanto é reciclado?

Em 2008, aproximadamente 3 %, do lixo sólido orgânico urbano gerado no Brasil foi reciclado.
("compostado"). Em Minas Gerais, considerando somente a área urbana, 4% dos resíduos
orgânicos gerados são reciclados.

Valor

O composto tem em média 2,5% da soma dos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio - NPK.
Assim, aplicando-se dez toneladas por hectare, doze vezes maior que a recomendada para um
fertilizante mineral, se estará levando para a planta, 250 kg de NPK, mesma quantidade de
nutrientes essenciais encontrada no adubo "químico", cujo preço é de R$ 800 a R$ 900 a
tonelada. O valor do composto orgânico oscila entre R$100,00 e R$150,00 a tonelada.

Conhecendo o material

Para compostagem, transformação dos resíduos sólidos orgânicos em um fertilizante


denominado composto, podem ser utilizados o lixo domiciliar e o de limpeza em logradouros
públicos.

Qual o peso desses resíduos no lixo?

No Brasil, esses componentes orgânicos somam cerca de 60% do peso do lixo coletado. Nos
Estados Unidos representa 12%, Índia 68% e França 23%.
As variações são as seguintes: quanto mais desenvolvido o país ou mais alta é a classe social,
menor é a proporção de resíduos orgânicos compostáveis e, maior a de recicláveis (papel,
papelão, vidro, metais e plásticos).

Sua história

O uso de resíduos orgânicos como adubo para as plantas se perde no tempo. Já no ano 43 da
era Cristã, o filósofo Virgílio relatava em seu livro "As Geórgicas", como restos de culturas e
estercos animais amontoados se transformavam em material para ser aplicado nas terras de
cultura e aumentar as colheitas. Na China e na Índia, a compostagem é uma prática "agro-
sanitária" milenar.
E as limitações?

Para a produção de um composto de lixo com aspecto atraente, convidativo, para o agricultor
comprá-lo e aplicar em suas lavouras, é importante evitar a presença de partículas grosseiras,
de cacos de vidro, de louça, pedaços de plástico, pedrinhas e outros contaminantes que podem
ser removidos com uma boa catação e um peneiramento final do produto acabado. Fala-se que
o lixo pode conter metais pesados, tóxicos para as plantas e para quem delas se alimentar. Os
metais pesados são encontrados com freqüência em materiais coloridos presentes no lixo
urbano, tais como revistas, etiquetas, borrachas, plásticos, tecidos, entre outros. Adotando-se o
sistema de descarte seletivo domiciliar em lixo seco e lixo húmido, neste último recipiente estão
incluídos os restos de cozinha, não será detectada quantidade significativa de metais pesados.

Especificações de Composto

A legislação brasileira determina que o fertilizante orgânico composto para ser comercializado
deve apresentar as seguintes garantias: matéria orgânica: mínimo de 40%; índice pH: mínimo
6,0; teor de nitrogênio: 1,0% e relação carbono/nitrogênio: 18/1; não deve conter patogênicos e
metais pesados acima dos limites toleráveis.

É importante saber...

Redução na Fonte de Geração


Existem várias maneiras de se promover a redução do desperdício, com a diminuição da
geração de resíduos orgânicos, seja em restaurantes, indústrias ou mesmo domicílios. Em
todos os casos vale a criatividade e o esforço em educar.

Aterro

No aterro, o caldo, também conhecido por chorume, que resulta do processo de degradação
natural do lixo, se não for corretamente tratado, irá contaminar o lençol freático e os cursos
d'água das proximidades.

Incineração

Não é indicada a incineração de resíduos orgânicos domiciliares, uma vez que estes possuem
baixíssimo poder calorífico, com altas concentrações de água.

O ciclo da reciclagem

Voltando às Origens
Através da formação de pilhas/leiras, o composto é produzido a partir da degradação biológica
da matéria orgânica em presença de oxigênio do ar. Os produtos gerados no processo de
decomposição são: composto, gás carbônico, calor e água.
A transformação da matéria orgânica em gás carbônico e vapor de água reduz o peso e o
volume da pilha de material que está sendo compostado. Preparar o composto de forma
correta significa proporcionar aos microorganismos responsáveis pela degradação, condições
favoráveis de desenvolvimento e reprodução, ou seja, a pilha de composto deve possuir
resíduos orgânicos, umidade e oxigênio em proporções adequadas.

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