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Hudison Thiago da Silva -Engenheiro Mecânico e Seg.

do Trabalho - CREA - ES- 024031/D

PROJETO DE LINHA DE VIDA

VINCULADO A ART N° 0820190139388 – DATA: 31/12/2019

1. DADOS EMPRESA

CONCRETIZE FABRICACAO DE ESTRUTURAS E CONSTRUCAO EIRELI EPP


RUA ROBERTO VIVACQUA VIEIRA, 619 A 630 – São Joaquim – Cachoeiro de Itapemirim-ES
CNPJ: 26.940.054/0001-20

2. HIERARQUIA DE SOLUÇÕES CONTRA QUEDA DE ALTURA

A Norma Regulamentadora nº 35 do Ministério do Trabalho estabelece os requisitos mínimos e


as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização
e a execução, de modo a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta
ou indiretamente com essa atividade. Considera que trabalhar em altura seja toda atividade
executada acima de 2,00m do nível inferior, onde haja risco de queda.
Contudo, no item 35.4 – Planejamento, Organização e Execução, subitem 35.4.2, obriga a utilização
de uma hierarquia de controle para a proteção contra a queda de altura quando do planejamento do
trabalho, da seguinte forma:

• Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução.
• Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do
trabalho de outra forma.
• Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.
A hierarquia é dividida em três partes: eliminar, prevenir e mitigar os riscos de queda. Sendo
que, os dois primeiros eliminam o risco de queda

Figura 1: HIERARQUIA DE CONTROLE PROPOSTA PARA TRABALHO EM ALTURA

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3. DADOS INICIAIS
PESO MÁXIMO DO TRABALHADOR: 75 Kg
Nº MÁXIMO DE TRABALHADOR POR LINHA DE VIDA: 1
ALTURA MÁXIMA DE QUEDA: 12m
ALTURA MÍNIMA DE QUEDA: 9m

• TODOS OS TRABALHADORES QUE FOREM EXECUTAR TRABALHO EM ALTURA


DEVERÃO POSSUIR TREINAMENTO CONFORME NORMAS VIGENTES.

• O DESLOCAMENTO DO COLABORADOR ATÉ O POSTO DE TRABALHO DEVERÁ SER


REALIZADO COM TOTAL SEGURANÇA, SUGERIMOS A ADOÇÃO DE CESTO
ELEVATÓRIO OU PLATAFORMA ARTICULADA.

• DEVERÁ SER REALIZADO TODOS OS PROCEDIMENTOS PRÉ-INICIAIS ANTES DE


INICIAR O TRABALHO EM ALTURA.

• OS PONTOS DE ACORAGEM FORAM DIMENSIONADOS COM O MAIS ALTO GRAU DE


SEGURANÇA, A ESTRUTURA DE CONCRETO ONDE SERÃO FIXADOS DEVERÃO
ATENDER A ESSE CÁLCULO DE FORÇAS E TENSÕES ESPECIFICADAS NESTE
RELATÓRIO, DEVENDO AO ENGENHEIRO RESPONSÁVEL PELO CALCULO
ESTRUTURAL DO GALPÃO RESPONSABILIZAR-SE POR ESTE REQUISITO.

O FATOR DE QUEDA UTILIZADO NO PROJETO É IGUAL A 2

Figura 2: FATOR DE QUEDA IGUAL A 2

Sempre que possível, para o projeto, deve ser escolhido um ponto de ancoragem que
minimize a queda e que nunca deve exceder o fator de queda 2.

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4. MEMORIAL DE CÁLCULO DA LINHA DE VIDA

LINHA – VÃO MÁXIMO: 6m


Comprimento do Talabarte: 1,5m
Comprimento do Absorvedor de Energia Estendido: 0,9m

DADOS ENTRADA
Peso do Corpo (m) 100 Kg
Vão (L) 6,02 m
Diâmetro do Cabo (d) 12,7 mm
Construção do Cabo 6x19 AA
Fator de Multiplicação (Tabela Cabo de Aço) 0,416
Môdulo de Elasticidade Cabo (Tabela Cabo de Aço) 10500 kgf / mm²
Força de Ruptura do Cabo (fu) 10364 kgf
Número de Pessoas (n) 2 n
Comprimento Talabarte (a) 1,5 m
Comprimento abs. Estendido (c ) 0,9 m

FORÇA CABO - ITERAÇÃO 3035 kgf


CÁLCULOS
FLECHA (%) 3%
Área Metálica do Cabo de Aço 67 mm²
Comprimento do cabo c 3% 6.034,45 mm
Dl alongamento cabo (ΔL) 25,996 mm
Flecha inicial parabólica (f1) 181 mm
Flecha inicial cabo reto (f2) 209 mm
Flecha total carga dinâmica (f3) 349,49 mm
Distância de frenagem 141 mm
Carga corpo (P) 700 kgf
Força no cabo (T1) 3.035 kgf
Força admissível (Fadm) 4.146 kgf
Número de pessoas (n) 2 n
Hmin cabo/piso – talabarte (ZLQ1) 5,55 m
Coeficiente de utilização do cabo 73% %
FATOR DE SERVIÇO DO CABO 2,73

ZONA LIVRE DE QUEDA (ZLQ): Flecha Total Carga Dinâmica + Comprimento do Talabarte +
Comprimento do Absorvedor de Energia Estendido + Distância do elemento de engate do cinturão
até o pé da pessoa (1,5m). Adotamos 1,8m para prevenir escorregamento do cinto + Distância de
segurança (1 metro; determinada nas normas NBR 14626, 14627, 14628,
14629, 15834).

ZLQ = 349,49 + 1500 + 900 + 1800 + 1000 = 5549,49 mm = 5,55 m

FORÇA ADMISSIVEL ENCONTRADA: 3.843 kgf (2 TRABALHADORES POR LINHA, EM


OPERAÇÃO TEREMOS APENAS 1 TRABALHADOR POR LINHA).

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AFIM DE GARANTIR A MAIOR SEGURANÇA NA OPERAÇÃO A LINHA DE VIDA FOI


DIMENSIONADA PARA 2 TRABALHADORES POR LINHA, SENDO QUE NA OPERAÇÃO SÓ
SERÁ PERMITIDO 1 TRABALHADOR POR LINHA AUMENTANDO AINDA MAIS A GARANTIA DE
SEGURANÇA DAS ATIVIDADES EM ALTURA.

5. MEMORIAL DE CÁLCULO DE TENSÃO NOS PONTOS DE ANCORAGEM


(PA)

PONTO DE ANCORAGEM – MOD -1

Figura 3: DADOS DOS MATERIAIS

FORÇA APLICADA: 48507,5 N – 4.949,74 Kgf

Figura 4: DIAGRAMA DE FORÇA APLICADA NO PONTO DE ANCORAGEM

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Figura 5: TENSÃO ENCONTRADA

Figura 6: COEFICIENTE DE SEGURANÇA

PORTANTO PARA O SUPORTE ACIMA ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS , NÃO
OCORRERÁ FALHA DOS COMPONENTES METÁLICOS ESTANDO ASSIM APTO A SUPORTAR AS
CARGAS DE TRABALHO ESPECIFICADAS.

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PONTO DE ANCORAGEM – MOD -2

Figura 7: DADOS DOS MATERIAIS

Figura 8: TENSÃO ENCONTRADA

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Figura 9: COEFICIENTE DE SEGURANÇA

PORTANTO PARA O SUPORTE ACIMA ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS , NÃO
OCORRERÁ FALHA DOS COMPONENTES METÁLICOS ESTANDO ASSIM APTO A SUPORTAR AS
CARGAS DE TRABALHO ESPECIFICADAS.

6. ESTICADORES PARA CABO DE AÇO

Utilizar esticadores forjados de Alta Capacidade Manilha x Manilha conforme modelo abaixo:

Figura 10: Esticador Modelo Manilha x Manilha

Marca: Qualifix
Carga de Trabalho: 3265 kgf
FS = 5 (Fator de Segurança)

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Modelo: 22-457

Figura 11: Tabela Esticadores Cabo de Aço Qualifix

7. GRAMPOS NAS JUNÇÕES

Deverá ser utilizado 6 grampos leves galvanizados espaçados 65mm e torqueados em 3 kg/f
conforme recomendação do fabricante SIVA abaixo:

Figura 12: Tabela Grampos Leves - SIVA

Poderá também ser utilizado 3 grampos pesados espaçados 76 mm e torqueados em 7,50 kg/f
conforme recomendação do fabricante SIVA abaixo:

Figura 13: Tabela Grampos pesados – SIVA

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O cabo de aço nunca deverá ficar em contato direto, então deverá ser utilizado sapatilho conforme
modelo fabricante SIVA abaixo:

Figura 14: Tabela Sapatilho cabo de aço - SIVA

Figura 15: Fixação correta dos grampos – SIVA

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8. CABO DE AÇO

CABO DE AÇO: 1/2” 6X19 AA – 10364 kgf

9. PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO

Em cada ponto de ancoragem da linha de vida deverá ser fixada uma plaqueta contendo as
seguintes informações:
RAZÃO SOCIAL:
FABRICANTE CNPJ:
Endereço:
EQUIPAMENTO LINHA DE VIDA
Nº MÁXIMO DE TRABALHADOR 1 TRABALHADOR POR LINHA MAX 75 KG
Nº Série / Ano Fabricação 2019
Massa do Equipamento 35 kg
Responsável Projeto Eng. Hudison Thiago da Silva - CREA - ES- 024031/D
Figura 16: Plaqueta de Identificação

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10. MATERIAIS

LINHA DE VIDA

PONTO DE ANCORAGEM MOD-1


LISTA DE MATERIAL
ITEM QTD DESCRIÇÃO MATERIAL
Mod-1.01 2 Cha pa 3/8" x 490 x 300 ASTM - A36
Mod-1.02 8 Reforço do Ol ha l 1/2"x 137 x 68 ASTM - A36
Mod-2.03 2 Ol ha l 1"x 190 x 68 ASTM - A36
Mod-1.04 6 PA Es tojo M20 x 355 C/PORCAS AUTO TRAVANTES ASTM - A325
12 PORCAS AUTOTRAVANTES M20 ASTM - A325
12 ARRUELAS LISAS REFORÇADAS M20 ASTM - A325

PONTO DE ANCORAGEM MOD-2


LISTA DE MATERIAL
ITEM QTD DESCRIÇÃO MATERIAL
Mod-2.01 2 Cha pa 3/8" x 400 x 250 ASTM - A36
Mod-2.02 8 Reforço do Ol ha l 1/2"x 112 x 68 ASTM - A36
Mod-2.03 2 Ol ha l 1"x 190 x 68 ASTM - A36
Mod-2.04 6 PA Es tojo M20 x 230 C/PORCAS AUTO TRAVANTES ASTM - A325
12 PORCAS AUTOTRAVANTES M20 ASTM - A325
12 ARRUELAS LISAS REFORÇADAS M20 ASTM - A325

CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS


LISTA DE MATERIAL
ITEM QTD DESCRIÇÃO MATERIAL
13 METROS - CABO DE AÇO 1/2" 6X19 AA - 10364 kgf
2 ESTICADOR FORJADO 7/8" CT: 3265 kgf
24 GRAMPOS LEVES 1/2"
4 SAPATILHOS LEVES 1/2"

OS ARQUIVOS REFERENTES AOS PROJETOS DOS PONTOS DE ANCORAGEM SE ENCONTRAM ANEXO.

11. INSTALAÇÃO DA LINHA DE VIDA

Ao instalar a linha de vida, deve ser considerada, entre outros fatores, a segurança das pessoas
que executam a instalação, o projeto e as instruções de instalação. Não se deve esquecer de que
qualquer operação deve ser precedida de uma análise do método de execução e da análise de
risco.

• Segurança das pessoas que instalam

Quando se utiliza uma linha de vida, geralmente é porque não há outro sistema de proteção para os
riscos de queda de altura. Por isso, devem ser previstos os sistemas de segurança para que o

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trabalhador acesse a linha de vida. Em muitos casos é somente necessário o uso de equipamentos
de proteção individual, utilizando diferentes pontos de ancoragem ou linhas de vida provisórias. É
necessário treinamento específico e conforme os requisitos da legislação por parte dos
trabalhadores e um planejamento dos sistemas de segurança de cada instalação. Além do risco
associado com a altura, outros riscos e interferências devem ser avaliados, por exemplo os riscos
elétricos e fenômenos da natureza, e deve ser garantida a coordenação das ações preventivas em
todas as situações que forem exigidas.

• Instruções de instalação

Cada linha deve ter o projeto, as especificações técnicas de montagem, o cálculo e a anotação de
responsabilidade técnica (ART). Contudo, o instalador deve sempre seguir os requisitos definidos
pelo projetista ou fabricante, pois isso facilitará a aplicação das instruções de instalação.

Recomenda-se que os instaladores tenham treinamento específico na montagem para cada tipo de
linha de vida.

Os instaladores devem verificar se os equipamentos de proteção individual, talabarte, conexões e


suporte são adequados para conectar na linha de vida.

• Entendimento do projeto de instalação

O projeto de instalação pode ser elaborado pelo projetista ou fabricante, mas o instalador deve
conhecê-lo com profundidade e cumprir as determinações exigidas. Entretanto, o instalador deve se
comunicar com o projetista ou fabricante quando alterações se fizerem necessárias em função de
novas variáveis que podem ocorrer durante a instalação, que antes não haviam sido identificadas.

12. MANUTENÇÃO

Conforme a NR-35 cita os itens abaixo:

3.1.1 A inspeção inicial deve ser realizada após a instalação, alteração ou mudança de local.

3.1.2 A inspeção periódica do sistema de ancoragem deve ser efetuada de acordo com o
procedimento operacional, considerando o projeto do sistema de ancoragem e o de montagem,
respeitando as instruções do fabricante e as normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis, com
periodicidade não superior a 12 meses.

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