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relação de emprego, como afirma Alice Monteiro de Barros, “prevalece no Brasil, como regra geral a forma livre de celebração
do contrato, que pode assumir o caráter expresso (verbal ou escrito) ou tácito (arts. 442 e 443 da CLT)”.
RELAÇÃO DE TRABALHO:
O trabalho desenvolvido com pessoalidade, com não eventualidade, com subordinação e mediante remuneração leva à
caracterização de uma relação de emprego (relação de trabalho stricto sensu), enquanto o trabalho prestado com ausência de uma
ou de algumas dessas características implica na existência de uma relação de trabalho. Entre as diversas espécies de relação de
trabalho, analisaremos as seguintes:
Espécies de trabalhadores afins (não empregados):
Autônomo: Considera-se autônomo o prestador de serviços que desenvolve sua atividade sem estar subordinado a horário,
livre de fiscalização do destinatário dos serviços e, eventualmente, com auxílio de terceiros. O autônomo tem ampla liberdade
quanto à forma e o modo de execução dos serviços, estabelece o preço dos serviços e, como decorrência da ausência de
subordinação, assume os riscos da própria atividade, diferentemente do empregado, que transfere os riscos ao empregador (art.
2º, CLT). Os trabalhadores autônomos mais típicos são os profissionais liberais (médicos, dentistas, advogados, engenheiros etc.).
No entanto, também profissionais técnicos (desenhistas, contadores, tradutores e intérpretes etc.) e trabalhadores que, mesmo sem
possuir diploma de nível superior ou técnico, exercem seu trabalho com autonomia (pedreiros, marceneiros, mecânicos etc.)
podem ser trabalhadores autônomos. Em qualquer caso, porém, é essencial a inexistência de subordinação na prestação dos
serviços para que seja caracterizado o trabalho autônomo.
Eventual: O trabalhador eventual é aquele que exerce suas atividades de forma esporádica, descontínua, fortuita.
Avulso & Portuário: prestação de serviços em caráter eventual, porém sendo a contratação intermediada por sindicato ou
órgão gestor de mão de obra. Exemplo típico desta modalidade de contratação corresponde aos trabalhadores portuários.
Voluntário: É aquele prestado com ânimo e causa benevolentes, de cunho gratuito. O trabalho prestado de forma gratuita ou
voluntária caracteriza uma relação de trabalho, mas não uma relação de emprego.
Sócio: figura no contrato social, não conta com subordinação e envolve o affectio societatis.
Sócio-Cooperado: figura no contrato social de entidade cooperativa. Sendo lícita o funcionamento da entidade cooperativa,
não se confunde com empregado, na forma do art. 442, parágrafo único da CLT.
Estagiário: É definido como o “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos”.
Pequeno Empreiteiro: Pequeno empreiteiro é a pessoa física que, como profissional autônomo, executa, só e pessoalmente
(ou, no máximo, com algum auxiliar), a empreitada, de valor econômico não elevado.
Terceirização: é a contratação de trabalhadores por interposta pessoa, ou seja, o serviço é prestado por meio de uma relação
triangular da qual fazem parte o trabalhador, a empresa terceirizante (prestadora de serviços) e a tomadora dos serviços. O
trabalhador presta serviços para a tomadora, mas sempre por intermédio da empresa terceirizante, não havendo contratação direta
neste caso. Trata-se, portanto, de uma subcontratação de mão de obra. O trabalho não é prestado por meio de uma relação
bilateral, como tradicionalmente ocorre na relação de emprego.
Parceria na Área de Beleza: A Lei n. 12.592/2012, com as alterações da Lei n. 13.352/2016, dispõe sobre o contrato de
parceria entre os profissionais que exercem as atividades de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e
maquiador (denominados profissionais- parceiros) e pessoas jurídicas registradas como salão de beleza (denominado salão-
parceiro). O contrato de parceria será firmado por escrito, devendo ser homologado pelo sindicato da categoria profissional e
laboral e, na ausência desses, pelo órgão local competente do Ministério do Trabalho, perante duas testemunhas (art. 1º-A, § 8º,
Lei n. 12.592/2012).
Servidor Público Estatutário: profissional que estabelece vínculo de natureza institucional-estatutária com a Administração
Pública, por meio da ocupação de cargo público, em provimento efetivo ou comissionado.
Servidor Público Temporário: trabalhador contratado pela Administração Pública, em caráter temporário, para atender
necessidade temporária de excepcional interesse público, na forma art. 37, IX, da CF/88. Conforme a tese firmada pelo STF na
ADI 3395, tal relação não tem natureza empregatícia.
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Atividades: Prezado(a) Aluno(a), leia atentamente o texto acima (3x) e responda individualmente as seguintes perguntas identificando a
folha individual de respostas com o seu #nome completo, #nome da turma, #nome da disciplina, #data & o # título do trabalho:
1. Conceitue Relação de
Trabalho!
2. Conceitue Relação de
Emprego!
3. Diferencie Relação de
Emprego e Relação de
Trabalho!
4. Por que a Relação de
Emprego é importante
para o Direito do
Trabalho?
5. Cite os Elementos
Característicos da
Relação de Trabalho!
6. Explique
"Pessoalidade", "Não
Eventualidade" &
"Onerosidade"!
7. Conceitue
"Empregado" !
8. Conceitue
"Empregador"!
9. Fale da Natureza
Jurídica da Relação
de Emprego!
10. Cite os tipos de
trabalhadores que não
são considerados
empregados !
11. Fale sobre o
trabalhador
autônomo!
12. Fale sobre o
trabalhador
voluntário!
13. Fale sobre Parceria
na Área da Beleza!
14. Fale sobre
Terceirização!