Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Leis de Kirchhoff
Em alguns casos, um circuito não pode ser resolvido 2. três ramos: BAEF, BDF e BCGF
através de associações em série e paralelo. Nessas
3. três malhas: ABDFEA, BCGFDB e ABCGFEA
situações geralmente são necessárias outras leis, além
da lei de Ohm, para sua resolução. Estas leis adicio-
nais são as leis de Kirchhoff, as quais propiciam uma 6.2 Primeira Lei de Kirchhoff
maneira geral e sistemática de análise de circuitos. Elas
são duas, a saber: Uma boa introdução à Primeira Lei de Kirchhoff já foi
vista no circuito paralelo. Num dado nó entrava a cor-
• Primeira lei de Kirchhoff ou lei das Correntes rente total do circuito e do mesmo nó partiam as corren-
tes parciais para cada resistor. Como no nó não há possi-
• Segunda lei de Kirchhoff ou lei das Tensões
bilidade de armazenamento de cargas ou vazamento das
Para o uso destas leis são necessárias algumas mesmas, tem-se que a quantidade de cargas que chegam
definições: ao nó é exatamente igual à quantidade de cargas que
saem do nó.
• Nó: é um ponto do circuito onde se conectam no Desta constatação surge o enunciado da primeira lei
mı́nimo três elementos. É um ponto onde várias de Kirchhoff:
correntes se juntam ou se dividem.
“A SOMA ALG ÉBRICA DAS CORRENTES EM UM N Ó
• Ramo ou braço: é um trecho de um circuito com- É SEMPRE IGUAL A ZERO .”
preendido entre dois nós consecutivos. Todos os
elementos pertencentes ao ramo são percorridos
pela mesma corrente elétrica. n
Nó B: I1 + I2 − I3 = 0
Nó F: −I1 − I2 + I3 = 0
57
C AP ÍTULO 6. L EIS DE K IRCHHOFF
n
do outro lado as correntes que saem do mesmo nó (nesse
caso apenas a I3 ), temos:
∑ Vi = 0 (6.2)
i=0
I1 + I2 = I3
Observando o resultado da equação podemos concluir Para a aplicação da lei de Kirchhoff das tensões, faz-
que a soma das correntes que entram no nó é igual a se necessário adotar alguns procedimentos que são des-
soma das correntes que saem dele. Essa é uma outra critos a seguir:
forma de se interpretar a primeira lei de Kirchhoff.
1. Atribuir sentidos arbitrários para as correntes em
todos os ramos;
6.3 Segunda Lei de Kirchhoff 2. Polarizar as fontes de f.e.m. com positivo sempre
na placa maior da fonte, conforme a figura 6.4;
A lei de Kirchhoff das tensões é aplicada nas malhas.
Ela já foi usada no estudo dos circuitos de resistores em
série, onde a soma das quedas de tensão nos resistores é
igual à f.e.m. da fonte.
Se no circuito existe mais de uma fonte de f.e.m.
deve-se determinar a resultante das mesmas, ou seja, Figura 6.4:
somá-las considerando os seus sentidos relativos.
Figura 6.3:
Figura 6.6:
O sinal negativo que aparece para o valor da corrente I das correntes. Então, simplificando-se as equações
significa que o sentido escolhido para ela está invertido. e colocando-as na forma de um sistema, obtém-se:
Neste exemplo, o sentido correto da corrente elétrica I é
I1 +I2 −I3 = 0
para baixo na figura 6.8 e não para cima como foi arbi- 4I1 = 24
trado no inı́cio da resolução.
−4I1 +6I2 =0
Exemplo 6.2 : No circuito da figura 6.9, calcule os valo- 6. Existem vários métodos para se resolver um sis-
res das correntes I1 , I2 e I3 a partir dos valores das f.e.m.s tema de equações. Nesse caso foi usado o método
e das resistências elétricas usando as leis de Kirchhoff. da substituição:
Da segunda equação obtém-se:
24
I1 = = 6A
4
Substituindo-se o valor de I1 na terceira equação
obtém-se:
−4 · 6 + 6I2 = 0; Logo:
24
I2 = = 4A
6
Então, substituindo-se os valores de I1 e I2 na pri-
Figura 6.9: meira equação obtém-se:
6 + 4 − I3 = 0; Logo:
Resolução: I3 = 10A
1. O circuito possui 2 nós, 3 ramos e 3 malhas.
Figura 6.10:
9IA − 3(4) = 42
Então: IA = 6A
Figura 6.19:
Figura 6.15:
7. Calcule o valor e o sentido correto das correntes
nos ramos no circuito da figura 6.20.
Figura 6.16:
Figura 6.20:
Figura 6.21:
Figura 6.25:
4. R3 = 1Ω
5. I1 = 4A; I2 = 0; R3 = 1, 5Ω
6. I2 = 0, 8A; I3 = 0, 6A; R2 = 2, 5Ω
7. I1 = 6A; I2 = 4A; I3 = 10A
8. I1 = 9A; I2 = 1, 5A
9. I = 3A para cima
10. Vs = 14V ; R = 4Ω
Figura 6.24: