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FACULDADE BILAC

PEDAGOGIA

GEORGIA FERREIRA DA COSTA

METODOLOGIA CIENTÍFICA

A Padronização de Relatórios Científicos e Afins

São José dos Campos

2020

GEORGIA FERREIRA DA COSTA


RA: 16003219

METODOLOGIA CIENTÍFICA

A Padronização de Relatórios Científicos e Afins

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso


de Pedagogia da Faculdade BILAC como
requisito parcial para a conclusão da
disciplina de Ensino em Educação À
Distância, sob orientação da Professora
Isabel Macedo.

São José dos Campos

2020

RESUMO
Hoje em dia, a capacidade do ser humano de acessar informações em qualquer
lugar é um problema potencial: o que é uma ajuda em certos casos, como
encontrar um lugar no GPS pode ser algo que estrague toda a construção
quando a mesma rede é utilizada para buscar informações para relatórios e
monografias formais. O mesmo se aplica para a padronização- assim que se
tornou possível a comunicação entre países diferentes, maneiras de padronizar
a produção e leitura de artigos foram almejadas por todos. Hoje, possuímos no
Brasil o padrão ABNT, requerido obrigatoriamente em monografias oficiais.

Da mesma forma que possuímos o padrão, também possuímos boas bases de


dados entre países que permitem o acesso de informações de confiança,
diminuindo muito o risco de uma monografia sair enviesada pela incapacidade
de acesso. Tudo isso, para um cientista ou qualquer outra pessoa que esteja a
produzir, é de grande ajuda.

SUMÁRIO

1. Bases de Dados e Pesquisa Bibliográfica


2. Bases de Dados: Portal Capes, Science Direct, Scopus, Web of Science
3. Pesquisa de Artigos
4. Pesquisa de Normas
5. Pesquisa de Patentes
6. Etapas de Pesquisa
7. Revisão da Literatura: leitura e fichamento
8. Problema e hipótese de pesquisa
9. Desenvolvimento: coleta de dados
10. Interpretação de resultados
11. Estrutura de Relatórios Científicos e Trabalhos de Conclusão de Curso
12. Introdução, Desenvolvimento e Conclusões
13. Padronização redacional: abreviaturas, símbolos, tabelas, figuras,
gráficos, citações.
14. Normas ABNT e ISO E – Apresentação de Resultados Científicos

1. Bases de Dados e Pesquisa Bibliográfica

Uma Base de Dados é um conjunto de dados inter relacionados, organizados de


forma a permitir a recuperação da informação armazenada por meios ópticos ou
magnéticos como discos e acessadas local ou remotamente.
Seu objetivo é fornecer informação atualizada (recursos estruturais), precisa e
confiável (não dar a informação pela metade) e de acordo com a demanda
(oferecer o que o usuário necessita).

Desde o início do desenvolvimento da Internet- como a ARPANET, a primeira


implementação do conceito de computadores interligados e que eventualmente
se tornou a Internet conhecida hoje- teve-se como objetivo o compartilhamento
de informações entre fronteiras. O processo todo passou por diversas fases,
sendo as mais importantes citadas:

1951 - Bases de dados numéricos

1960 - Bases de dados bibliográficos

1970 - 10 Bases disponíveis em 2 Bancos de dados (acesso on line)

1986 - Bases em suporte de CD-ROM

1990 - 3.200 Bases hospedadas em mais de 40 Bancos de Dados (acesso em


rede) : Dialog (+ 380 Bases) ; Orbit (+ 80 Bases) ; Questel (+ 40 Bases)

2000 - Milhões de computadores ligados em rede. - Globalização da informação.

A Pesquisa Bibliográfica pode ser feita em Bases de Dados e tira o risco de erros
ou viés em assuntos. Elas possuem citações bibliográficas acompanhadas ou
não dos resumos dos trabalhos publicados.

Elas existem para Informar aos usuários o que foi publicado e onde se publicou.
Incluem citações bibliográficas acompanhadas ou não dos resumo dos trabalhos
publicados. Podem ser acessados diretamente ou através de hospedeiros. Os
registros das bases de dados bibliográficos apresentam, para cada documento,
os seguintes elementos: número do documento (registro); título; autor(es);
referência da fonte (LV, ART, DIS, RT...); resumo; termos ou expressões de
indexação (descritores, termos livres); citações ou quantidade de referência;
instituição de origem do documento ou endereço do(s) autor(es); idioma do
documento, traduções; informações de caráter interno (número de classificação,
localização...)
2. Bases de Dados: Portal Capes, Science Direct, Scopus, Web of
Science

O Portal de Periódicos CAPES foi oficialmente criado pela Coordenação de


Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundação do Ministério
da Educação (MEC), em 11 de novembro de 2000. O portal de periódicos foi
elaborado com a pretensão de fortalecer os programas de pós-graduação no
Brasil por intermédio da democratização do acesso online à informação
científica.
O Portal de Periódicos CAPES fornece por meio do seu site acesso a diversos
conteúdos em formato eletrônico, tais como: textos disponíveis em mais de 45
mil publicações periódicas, nacionais e internacionais; diversas bases de dados
que reúnem trabalhos acadêmicos e científicos, além de patentes, teses e
dissertações entre outros tipos de materiais, cobrindo todas as áreas do
conhecimento. Possuem acesso livre e gratuito ao Portal de Periódicos CAPES
professores, pesquisadores, alunos e funcionários de instituições vinculadas ao
projeto. O portal pode ser acessado por intermédio de computadores conectados
à internet no interior das instituições que fazem parte do projeto ou por acesso
remoto por meio de usuário e senha, esta última maneira foi denominada como
acesso CAFE (Comunidade Acadêmica Federada).

A Science Direct é uma página web operada pela editora anglo-holandesa


Elsevier, lançado originalmente em março de 1997. É uma plataforma para
acesso de aproximadamente 2500 revistas científicas e mais de 26000 e-books.
Os periódicos são agrupados em quatro seções principais: Ciências Físicas e
Engenharia, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde e Ciências Sociais e
Humanas. O acesso aos resumos dos artigos são disponíveis livremente,
enquanto o acesso ao texto completo (em PDF e, em publicações mais novas,
também em HTML) geralmente é necessário uma subscrição ou uma compra
pay-per-view.

A SciVerse Scopus é uma banco de dados de resumos e citações de artigos


para jornais/revistas acadêmicos. Abrange cerca de 19,5 mil títulos de mais de
5.000 editoras internacionais, incluindo a cobertura de 16.500 revistas peer-
reviewed nos campos científico, técnico, e de ciências médicas e sociais
(incluindo as artes e humanidades). É propriedade da Elsevier e é disponibilizado
na Web para assinantes. Buscas na SciVerse Scopus incorporam pesquisas
científicas de páginas da web através de Scirus, outro produto Elsevier, bem
como bancos de dados de patentes.

Como o proprietário da SciVerse Scopus, a Elsevier, é também uma das


principais editoras de revistas científicas internacionais isto implica um evidente
conflito de interesses na escolha dos periódicos a serem incluídos na base de
dados.

SciVerse Scopus também oferece perfis de autores, que abrangem filiações, o


número de publicações e de seus dados bibliográficos, referências e detalhes
sobre o número de citações de cada documento publicado que ele tenha
recebido. Ele tem recursos de aviso que permitem que qualquer pessoa inscrita
possa controlar alterações em um perfil. Ao utilizar o SciVerse Scopus Author
Details qualquer um é capaz de procurar um autor, com o nome de filiação como
um limitador, verificar a identificação do autor e configurar um RSS automático
ou enviar avisos ao e-mail da página do autor.

O Web of Science (anteriormente conhecido como Web of Knowledge) é um


site que fornece acesso baseado em assinatura a vários bancos de dados que
fornecem dados abrangentes de citações para muitas disciplinas acadêmicas
diferentes. Foi originalmente produzido pelo Institute for Scientific Information
(ISI) e atualmente é mantido pela Clarivate Analytics (anteriormente o negócio
de Propriedade Intelectual e Ciência da Thomson Reuters).

O Web of Science é descrito como uma ferramenta de pesquisa unificadora que


permite ao usuário adquirir, analisar e disseminar informações do banco de
dados em tempo hábil. Isso é realizado devido à criação de um vocabulário
comum, chamado ontologia, para termos de pesquisa variados e dados variados.
Além disso, os termos de pesquisa geram informações relacionadas entre
categorias.

O conteúdo aceitável do Web of Science é determinado por um processo de


avaliação e seleção com base nos seguintes critérios: impacto, influência,
pontualidade, revisão por pares e representação geográfica.

O Web of Science emprega vários recursos de pesquisa e análise. Primeiro, a


indexação de citações é empregada, o que é aprimorado pela capacidade de
procurar resultados em todas as disciplinas. A influência, impacto, histórico e
metodologia de uma ideia podem ser seguidos desde a primeira instância, aviso
ou referência até os dias atuais. Essa tecnologia aponta para uma deficiência da
palavra-chave-único método de pesquisa.
Segundo, tendências e padrões sutis relevantes para a literatura ou pesquisa de
interesse se tornam aparentes. As tendências gerais indicam tópicos
significativos do dia, bem como a história relevante para o trabalho em questão
e para áreas específicas de estudo.

Terceiro, as tendências podem ser representadas graficamente.

Em 3 de setembro de 2014, a contagem total de arquivos da Web of Science era


de 90 milhões de registros, incluindo mais de um bilhão de referências citadas.
Esse serviço de citação indexa em média cerca de 65 milhões de itens por ano
e é descrito como o maior banco de dados de citações acessível.

3. Pesquisa de Artigos

Artigo científico é o trabalho acadêmico ou científico que apresenta e discute


ideias, métodos, técnicas, processos e resultados sucintos de uma pesquisa
realizada de acordo com o método científico ou inferência conforme a
hermenêutica das humanidades, cujo conhecimento produzido é aceito por uma
comunidade de pesquisadores.. Por esse motivo, considera-se científico o artigo
que foi submetido a exame por outros cientistas, que verificam as informações,
os métodos e a precisão lógico-metodológica das conclusões ou resultados
obtidos.

Em geral, a extensão varia de quatro a seis páginas, como é comum ciências


matemáticas, até 49 páginas (acima disso o texto é considerado um livro). Pode
ser resultado de sínteses de trabalhos maiores ou elaborados em número de três
ou quatro, em substituição às teses e dissertações; são desenvolvidos, nesses
casos, sob a assistência de um orientador acadêmico. São submetidos às
comissões e conselhos editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e
decidem sobre sua relevância e adequação ao veículo.

Um Artigo Científico pode ser pesquisado em diversos sites, como o SciELO e


as Bases de Dados citadas anteriormente. Para isso, é necessário ter o nome
do Artigo- ou uma parte deste, o nome do Autor e o ano de publicação. A maioria
das Bases de Dados permitem acesso gratuito às informações nelas contidas.

4. Pesquisa de Normas

A norma mais usada em Artigos Científicos no Brasil é a ABNT, formulada pela


Associação Brasileira de Normas Técnicas. Segundo as mesmas, um Artigo
deve conter:

1.Título

2. Autor(es)

3. Epígrafe (facultativa)

4. Resumo e Abstract

5. Palavras-chave;

6. Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão),

7. Referências.

Tendo em vista que o artigo se caracteriza por ser um trabalho extremamente


sucinto, exige-se que tenha algumas qualidades: linguagem correta e precisa,
coerência na argumentação, clareza na exposição das idéias, objetividade,
concisão e fidelidade às fontes citadas. Para que essas qualidades se
manifestem é necessário, principalmente, que o autor tenha um certo
conhecimento a respeito do que está escrevendo. Quanto à linguagem científica
é importante que sejam analisados os seguintes procedimentos no artigo
científico:

Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu penso”, “eu


acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações simplórias e sem valor
científico;

Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional, firmada


em dados concretos, onde pode-se apresentar argumentos de ordem subjetiva,
porém dentro de um ponto de vista científico;

Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se do vocabulário comum,


utilizado com clareza e precisão, mas cada ramo da ciência possui uma
terminologia técnica própria que deve ser observada;

A correção gramatical é indispensável, onde se deve procurar relatar a pesquisa


com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas, intercaladas com
parênteses, num único período. O uso de parágrafos deve ser dosado na medida
necessária para articular o raciocínio: toda vez que se dá um passo a mais no
desenvolvimento do raciocínio, muda-se o parágrafo.

Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas são


considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos no texto,
tendo suas fontes citadas em notas de rodapé.

Para a redação ser bem concisa e clara, não se deve seguir o ritmo comum do
nosso pensamento, que geralmente se baseia na associação livre de idéias e
imagens. Assim, ao explanar as idéias de modo coerente, se fazem necessários
cortes e adições de palavras ou frases. A estrutura da redação assemelha-se a
um esqueleto, constituído de vértebras interligadas entre si. O parágrafo é a
unidade que se desenvolve uma idéia central que se encontra ligada às idéias
secundárias devido ao mesmo sentido. Deste modo, quando se muda de
assunto, muda-se de parágrafo.
5. Pesquisa de Patentes

Patente é uma concessão pública, conferida pelo estado, que garante ao seu
titular a exclusividade ao explorar comercialmente a sua criação. A patente
insere-se nos denominados direitos de Propriedade Industrial cujos normativos
legais são em Portugal o Código da Propriedade Industrial e no Brasil a Lei da
Propriedade Industrial. Outra modalidade de patente é o Modelo de utilidade.

O direito de exclusividade garantido pela patente refere-se ao direito de


prevenção de que outros fabriquem, usem, vendam, ofereçam ou importem a
dita invenção. Em contrapartida, é disponibilizado acesso ao público sobre o
conhecimento dos pontos essenciais e as reivindicações que caracterizam a
novidade no invento. Os registros de patentes, por estarem disponíveis em
bancos de dados de livre acesso, constituem grandes bases de conhecimento
tecnológico, que podem ser usadas em pesquisas de diversas áreas.

Os requisitos básicos de patenteabilidade são: novidade; atividade inventiva e


aplicação industrial, como dito acima, os três estão definidos no artigo 8º da
LPI. Por aplicação industrial, entenda: a invenção tem de resolver um problema
técnico compreendido pelo estado da técnica; tem de ser aplicável em uma
indústria e tem de ser passível de reprodução por terceiros. Por "indústria"
atenha-se a uma definição em sentido amplo, que está mais relacionada ao ato
de reprodução em escala do que ao conceito de manufatura; nesse sentido, o
termo "indústria" definido no artigo 8º compreende também atividades como:
agricultura, extrativismo, construção civil, transporte, geração de energia,
mineração e serviços.

6. Etapas de Pesquisa

O planejamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de um processo


sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte
forma:

1) Escolha do tema;

2) Revisão de literatura;

3) Justificativa;

4) Formulação do problema;

5) Determinação de objetivos;

6) Metodologia;

7) Coleta de dados;

8) Tabulação de dados;

9) Análise e discussão dos resultados;

10) Conclusão da análise dos resultados;

11) Redação e apresentação do trabalho científico.


7. Revisão da Literatura: Leitura e Fichamento

O fichamento é um registro feito em fichas. Nele se resume as ideias principais

de um texto, que pode ser um livro, ou parte dele, um artigo de revista e uma

reportagem jornalística, por exemplo.

Utilizado como técnica de estudo pessoal, e muito útil como metodologia de

pesquisa do TCC, também serve para organizar apresentações.

Há basicamente dois tipos de fichamento. Em um deles são reunidas as citações

do conteúdo (fichamento de citação), enquanto no outro é incluída uma análise

crítica, expressando sua opinião pessoal sobre o tema (fichamentos textual e

bibliográfico).

Os fichamentos seguem a seguinte estrutura: cabeçalho, referência bibliográfica

e texto com o conteúdo principal.


8. Problema e hipótese de pesquisa

Toda investigação científica tem início com um problema.

Problema é uma sentença ou afirmação apresentada em forma interrogativa que


questiona a relação entre 2 ou mais variáveis. A resposta a este questionamento
é objeto e objetivo da pesquisa.

Segundo Gil (1991), nem todo problema é passível de tratamento científico, é


preciso identificar o que é científico daquilo que não é. Um problema é de
natureza científica se for solucionável e envolver variáveis que podem ser tidas
como testáveis.

Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente válido,


propõe-se uma resposta provável e provisória, isto é, uma hipótese. Ambos,
problema e hipótese são enunciados de relações entre variáveis, a diferença
reside em que o problema constitui sentença interrogativa e a hipótese sentença
afirmativa.

Simplificando, problema é uma questão que a pesquisa pretende responder.


Todo processo de pesquisa irá girar em torno de sua solução.

Hipótese é uma proposição enunciada para responder, tentativamente a um


problema.
A hipótese de trabalho é a resposta a um problema para cuja solução se realiza
toda a investigação.
A hipótese é uma proposição antecipatória à comprovação de uma realidade
existencial.
É uma espécie de pressuposição que antecede a constatação dos fatos. Por isso
se diz também que as hipóteses de trabalho são formulações provisórias do que
se procura conhecer e, em conseqüência, são supostas respostas para o
problema ou assunto da pesquisa. Daí elas poderão ser confirmadas ou
refutadas com o desenvolvimento da pesquisa.
É sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema. Porém, um
mesmo problema pode ter muitas hipóteses, que são soluções possíveis para a
sua resolução.

A Importância da Hipótese em um Artigo é:

● Orientar o planejamento dos procedimentos metodológicos da pesquisa;


● A pesquisa estará voltada para a procura de evidências que a
comprovem, sustentem ou refutem a afirmativa feita na hipótese;
● Dirigem a investigação indicando ao investigado o que procurar ou
pesquisar.
● Como fonte de formulação de novas hipóteses;
● Fontes para a formulação de hipóteses,
● Observação, resultado de outras pesquisas, cultura, ciência, experiência
pessoal, casualidade, intuição.
9. Desenvolvimento: Coleta de Dados

A coleta de dados é um processo que visa reunir os dados para uso secundário
por meio de técnicas específicas de pesquisa. Esses dados são utilizados para
tarefas de pesquisa, planejamento, estudo, desenvolvimento e experimentações.
A coleta de dados para pesquisa científica é definida a partir da problematização,
objetivos geral e específico e metodologia.

A coleta de dados é um processo que visa reunir os dados para uso secundário
por meio de técnicas específicas de pesquisa. Esses dados são utilizados para
tarefas de pesquisa, planejamento, estudo, desenvolvimento e experimentações.

A coleta de dados para pesquisa científica é definida a partir da problematização,


objetivos geral e específico e metodologia. Ela possibilita o uso de dados que
não se encontram em fontes documentais.

Ademais, alguns destes dados podem ser quantificados e submetidos a


tratamento estatístico na etapa de análise de dados.

Os dados de observação são oriundos de várias fontes, podendo ser coletados


de duas formas:

● Enumeração: referentes a uma variável discreta;


● Mensuração: referentes a uma variável contínua.

Perceba que temos as técnicas e procedimentos para a coleta de dados.

Em que, para o caso de uma pesquisa quantitativa, temos a possibilidade de


utilizar entrevistas e questionários, sendo que eles podem ser aplicados
presencialmente ou à distância, através de telefone, email, serviços de
mensagem, etc.

Já, no caso da pesquisa qualitativa, que precisa ir além de dados quantificáveis


e se aprofundar em aspectos subjetivos, pode-se fazer o uso de grupos focais,
entrevistas em profundidade, observação, levantamento de documentos, entre
outras atividades que propiciam este aprofundamento maior na investigação do
objeto da pesquisa.
10. Interpretação de Resultados

A Interpretação de Resultados é uma parte de uma investigação de cunho


teórico-empírico ou de uma pesquisa que se valeu de acervo documental, a partir
de dados colhidos em arquivos públicos e/ou privados, ou mesmo de um estudo
de caso, envolvendo determinadas organizações. As informações colhidas
podem ter origem em documentos, relatórios escritos ou disponibilizados na
Internet. Tais dados, por terem sido levantados em pesquisa de campo, devem
ser tabulados e expostos em forma de tabelas, gráficos, figuras, etc.

É uma etapa essencial da pesquisa, uma vez que os resultados, corretamente


analisados e interpretados, da pesquisa podem corroborar a análise de cunho
epistemológico constante do corpo de trabalho, confirmando ou refutando as
hipóteses de pesquisa.
11. Estrutura de Relatórios Científicos e Trabalhos de Conclusão de
Curso

A estrutura padronizada de Relatórios Científicos e TCCs é a seguinte:

● Título, subtítulo, autor(es);


● Credenciais do(s) autor(es). Essas vêm em nota de rodapé, indicando a
origem de seu credenciamento acadêmico;
● Resumo – este vem logo após o nome do autor. O resumo em língua
estrangeira aparece no final do artigo, após as referências;
● Introdução – apresenta-se o assunto, os objetivos, a metodologia, a
relevância do tema, as limitações e proposições;
● Desenvolvimento – corpo do artigo. Nele o autor expõe, demonstra o
estudo, apresenta a avaliação dos resultados e a comparação com outras
obras. Essa parte do texto pode ser subdividido em seções ou tópicos.
● Conclusão e comentários – inclui a dedução lógica do autor,
fundamentada no texto de forma reduzida;
● Referências – estas devem obedecer às normas da ABNT;
● Abstract, resume ou resumen;
● Data da produção do texto.

12. Introdução, Desenvolvimento e Conclusões

A introdução do trabalho será uma apresentação, uma espécie de preliminar


daquilo que será tratado no desenvolvimento do trabalho. Ela deve conter uma
contextualização inicial, deixar claro o objetivo geral e os objetivos específicos,
a sua metodologia e como o trabalho é estruturado.

O desenvolvimento do TCC está diretamente relacionado com a introdução, pois


são utilizados itens do primeiro elemento textual da monografia para justificar o
que é abordado no desenvolvimento. Por isso é indicado que seja escrita ao
final, mas utilizando o futuro como tempo verbal.

É no desenvolvimento da monografia que deve se descrever a pesquisa


realizada para o trabalho, de acordo com a metodologia apresentada na
introdução. Nesta parte que devem ser descritas as etapas e processos da
pesquisa de forma mais detalhada, abordando os dados colhidos e analisando
as informações obtidas.

Neste ponto, é possível contar com o apoio de recursos estatísticos e fazer uso
de ilustrações, tabelas e gráficos para facilitar a exposição e a compreensão dos
dados coletados. Também é de fundamental importância estabelecer conexões
entre os dados obtidos, o problema de pesquisa e a fundamentação teórica. Em
outras palavras, não basta apenas organizar as informações coletadas. Também
é preciso interpretá-las e fazer uma análise aprofundada.

A introdução e a conclusão se parecem em estrutura e desempenham papéis


complementares na pesquisa. Por isso temos que tomar cuidado para não
apresentar um trabalho bem escrito da introdução até o último tópico, mas com
uma conclusão cansada e desmotivada. A conclusão será, claramente, o último
ponto a se abordar no trabalho, então ela merece atenção. Também aqui deve-
se retomar, de forma mais objetiva, os resultados da sua pesquisa e relacionar,
sem se aprofundar muito, com o referencial teórico.

13. Padronização redacional: abreviaturas, símbolos, tabelas, figuras,


gráficos, citações

A organização em um trabalho acadêmico é um quesito muito importante. Além


de melhorar a nota final, é útil para a otimização da leitura e muitas vezes facilita
o leitor a entender a ideia do autor, função que as listas cumprem muito bem.
Com o auxílio que elas oferecem é possível, por exemplo, localizar uma
ilustração ou descobrir o significado de um símbolo ou sigla de modo eficaz. À
medida que o leitor consegue ler e correr pelo texto com mais facilidade e guiado
pelo próprio trabalho, seu interesse e sua compreensão sobre o assunto
aumentam bastante.

As listas são o meio pelo qual informações adicionais do texto são identificadas
e ordenados para facilitar sua localização e entendimento. Com o uso da lista,
torna-se possível citar esses elementos no texto pelo seu título apenas, pois a
lista já vai conter a página e, se houver, legenda e significado. Existem quatro
tipos diferentes de elementos que podem ser listados, e cada um deve estar em
uma lista própria.

A lista de ilustrações pode incluir todo o tipo de ilustrações: gráficos, figuras,


fotografias, lâminas, quadros etc, e tem como função principal a localização de
elementos no texto. É necessário que ela traga o número ou título da imagem, o
tipo de ilustração que aquele item é e a página onde ele se encontra. Os itens
devem ser apresentados na lista conforme a ordem em que aparecem no texto.
Se houver legendas, essas devem estar incluídas na lista também. Não é
necessário incluir uma miniatura ilustração.

Na lista de tabelas, apenas as tabelas que aparecem no texto devem ser


incluídas. Ela tem a mesma função que a lista de ilustrações. As tabelas
precisam ser citadas na mesma ordem com que aparecem no texto, com seus
respectivos títulos e o número da página em que se localizam. Assim como
ocorre com as ilustrações, caso haja alguma informação a mais sobre a tabela,
como legenda, isso tem que estar na lista. Apesar das listas de tabela e
ilustrações serem muito parecidas, tanto no conteúdo quanto na formatação,
elas precisam ser separadas.

As listas são divididas em dois padrões: um padrão para as listas de ilustrações


e tabelas, outro para lista de símbolos e de siglas e abreviaturas. As listas devem
estar identificadas com um título, de tamanho de fonte 12 (Times New Roman)
ou 10 (Arial), em caixa alta, centralizada e em negrito. Além disso, as listas
seguem um padrão com o espaçamento de 1,5 cm entre linhas e utilizam o
mesmo tamanho de fonte do título. Os padrões específicos para as listas são:
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES E DE TABELAS

● Alinhamento justificado.
● Linha pontilhada ou tracejada partindo do fim do texto e indo até o
número da página.

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

● Alinhamento à esquerda.
● Distância de 2 TABs entre sigla ou abreviatura e seu significado.

14. Normas ABNT e ISO E – Apresentação de Resultados


Científicos

● NBR 14724 – Trabalho Acadêmico

Estabelece os princípios gerais para construção de trabalhos acadêmicos (teses,


dissertações, TCC, monografias e outros). Seu foco está na apresentação dos
elementos para bancas, comissões, especialistas, etc.

● NBR 10520 – Citações


Já a norma NBR 10520 discorre sobre como devem ser apresentadas as
citações a outras fontes em trabalhos acadêmicos.

● NBR 6022 – Artigos científicos impressos

Apresenta os princípios para apresentação de artigos científicos em publicações


periódicas.

● NBR 6023 – Referências

A NBR 6023 descreve quais elementos devem ser incluídos em cada tipo de
referência bibliográfica. Essa norma é bastante extensa e deve ser examinada
cuidadosamente, pois pode levar a diversas interpretações.

● NBR 6027 – Sumário

Especifica os princípios gerais para apresentação de Sumário em qualquer tipo


de documento.

● NBR 6028 – Resumo e Abstract

Estabelece os requisitos para apresentação e elaboração de resumos. Segundo


a ABNT, é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento.

● NBR 6024 – Numeração progressiva das seções

Esta NBR define um sistema de numeração progressiva das seções de um


documento. Aplica-se a todos os tipos de documento, com exceção dos que
possuem sistema de numeração próprio ou não necessitem de numeração.

● NBR 6034 – Índice

Apresenta os princípios para elaboração e apresentação de índices.

● NBR 15287 – Projeto de pesquisa

Apresenta os princípios para elaboração e apresentação de projetos de


pesquisas.
Entretanto, as normas ABNT são apenas recomendações. Portanto, há espaço
para personalizações, o que é comum nas Instituições de Ensino Superior (IES).

Neste sentido, a ABNT confere maior uniformidade aos trabalhos elaborados.

Desta forma, existem diversas regras e detalhes que devem ser seguidos na
hora de escrever e formatar trabalhos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Metodologia Científica na produção de Artigos no campo da Pedagogia é


extensa, mas em prol de padronizar os estudos para que todos possam usufruir
dos mesmos. O uso da Internet tornou possível distribuir conhecimentos em uma
proporção jamais vista antes, e, ao juntar isso com o fato de que a padronização
existe no mundo inteiro, o acesso à informação viabiliza o encontrar de diversos
pontos de vista, diversas evidências sobre um mesmo ponto.

Com isso, a qualidade dos Artigos e Estudos perdem quase toda a possibilidade
de viés, o que torna possível a melhora na credibilidade dos mesmos, fato que
aumenta a possibilidade que tais estudos sejam usados.
REFERÊNCIAS

1. https://www.biblioteconomiadigital.com.br/2017/12/bases-de-dados-
conceito-classificacoes.html - Acesso em 14/01/2020, às 16:02.
2. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQ
UI20180806164918.pdf - PUC Minas - Acesso em 14/01/2020, às 16:51.
3. http://www.ufrgs.br/deds/copy_of_imagens/Manual%20Artigo%20Cientifi
co.pdf - UFRGS - Acesso em 14/01/2020, às 16:58.
4. http://joinville.ifsc.edu.br/~anael.krelling/Bacharelado%20em%20Engenh
aria%20Mec%C3%A2nica/MPE/3%20-
%20As%20Etapas%20da%20Pesquisa.pdf - IFSC Joinville - Acesso em
14/01/2020, às 17:10.
5. https://www.todamateria.com.br/fichamento/ - Acesso em 14/01/2020, às
17:14.
6. https://blog.mettzer.com/coleta-de-dados/ - Acesso em 14/01/2020, às
17:24.
7. Sampieri R. H. Metodologia De Pesquisa, 5° Ed, McGraw Hill - Artmed,
2006.
8. Fachin O. Fundamentos de metodologia, 5° Ed, Saraiva, 2006.
9. Dos Santos V., Candeloro R. J. Trabalhos Acadêmicos Uma Orientação
para a Pesquisa e Normas Técnicas, AGE Editora, 2006.

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