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Trabalho Final
São Paulo, SP
2º Semestre, 2020
Atividade Acadêmica: Química Nova
Exposição ativa
Como o MAST possui várias atrações, uma visita hipotética seria de interesse de
diversas áreas: química, física, biologia, geografia, história, mostrando-se prolífica para
todos os professores, integrando-os, quando possível. Reitera-se que a visita hipotética
pode ser online ou presencial.
Atendo-nos ao foco do ensino de química, o professor deve acompanhar os
alunos durante a exposição e comentá-la, complementando com experiências da sala de
aula ou informações que julgar cabível e interessante aos alunos. Uma cooperação pode
ser feita com os docentes de biologia e física nas partes de interdisciplinaridade (ciclos
biogeoquímicos, fusão nuclear), onde o foco pode ser dividido seguindo o que já foi
apresentado nas disciplinas, servindo de complemento.
Um exemplo de comentário é a contextualização dos elementos químicos e seu
espectro de absorção e emissão característicos na seção “O Universo”, fundamento que
possibilitou a análise elementar nas estrelas, aproximando o aluno do processo de
produção científica. Um outro, é a explicação das funções de cada vidraria na seção dos
laboratórios antigo e novo.
Sala de aula
Neste caso, propõe-se uma aula em conjunto envolvendo as três matérias
majoritárias na exposição. No entanto, como química é o tema geral, esta terá maior
peso na aula. A sequência da exposição será a mesma da aula.
Inicia-se com a contextualização do envolvimento natural do ser humano com o
seu ambiente, intrinsecamente através de reações químicas, como a formação da
imagem na córnea, metabolismo na digestão de alimentos, etc. Essa transformação de
moléculas químicas dentro no nosso corpo foi inicialmente melhor compreendida por
Pasteur, com seu estudo sobre geração espontânea da vida e componentes necessários
para a mesma. O professor de biologia pode aqui auxiliar. Daí, nasce a ligação entre
biologia e suas diversas áreas com a química, que, em suma, denomina-se bioquímica,
estudando as reações metabólicas e compostos fundamentais e presentes na vida como
conhecemos. Não obstante, alguns destes são capazes de causar doenças e males, como
é o caso de elementos radioativos, estudados pioneiramente por Curie, direcionando
para a área da radio e quimioterapia, auxiliando na medicina.
Outras enfermidades se dão por agentes tóxicos contaminantes em várias rotas
de exposição no nosso dia a dia, sendo a dieta e o meio ambiente dois deles. Aqui, o
palestrante de biologia entra em cena para ministrar o conteúdo de ciclos
biogeoquímicos, ligando-os com os agentes tóxicos químicos já mencionados. Sugere-
se uma animação para melhor visualização dos ciclos. O professor de química pode
estar em cena para explicar a síntese industrial de fertilizantes (amônia).
Então, segue-se para a explicação dos componentes do laboratório, onde as
análises tomam rumo: instrumentos, vidrarias e outros componentes. Esta parte pode ser
feita no laboratório do colégio, caso haja um. A contextualização do laboratório antigo
pode ser feita, com o auxílio de imagens para ilustração deste. Também por meio de
mídias digitais, o aluno deve ser exposto a um laboratório atual, com instrumentação
como espectrômetros, já dando uma ideia do que vem adiante na interface com física.
Caso não haja laboratório, deve ser feito a apresentação na íntegra por meio do celular
do professor, por exemplo.
Por fim, tem-se a integração de física e química. Pode-se iniciar com a
contextualização por meio da seguinte pergunta: “De onde vêm os elementos
químicos?”, então se direciona para as estrelas, sendo conhecidas por serem “fábricas de
elementos químicos”. Tal aprofundamento deve ser feito por um físico que tenha
conhecimento sobre a área, ou astrofísico. Finalmente, finaliza-se com uma noção sobre
a espectroscopia, da forma já sugerida em exposição ativa, área fundamental para a
ciência do espaço. Para complementar o conceito de espectro de emissão, pode-se fazer
o teste de chama com soluções de diferentes metais como experimento demonstrativo.
Se não for possível, buscar no meio digital um vídeo.
Gerais
• Que aplicações das interfaces multidisciplinares há no mundo atual? Cite 3
exemplos.
• Como você imagina a ciência sendo feita atualmente, com relação a integração
entre as áreas do conhecimento?
Comenta-se que o questionário não deve ter função de pressionar os alunos, isto
é, valer “pontos na média”, uma vez que a ideia do projeto é buscar e desenvolver o
interesse do discente por meio de uma atividade complementar ao programa escolar,
deixando-o livre para realiza-la de forma genuína. Uma ideia de como estão os alunos,
em termos de conhecimento, é fazer perguntas sobre o conteúdo visto em sala no
decorrer da exposição ou aula, em função de auxiliar a avaliação.
A aula foi pensada no modelo presencial, mas também é possível adaptá-lo ao
online, com o ambiente digital que se passam as aulas normalmente, preparação do
material pelos professores, planejamento do arranjo e sequência que passar-se-á a aula e
devidos recursos para a apresentação das mídias necessárias.
Atividade Científica: Seminário 1
Dados do Palestrante
Nome: Gerald B. Hammond
Instituição de origem: Universidade de Louisville
Título do seminário: Guia de Viagem: Oportunidades e Desafios de um Professor de
Química
Local e data de apresentação do seminário: Instituto de Química da USP de São Carlos
(IQSC) em 11 de maio de 2015
URL: https://www.youtube.com/watch?v=8VaO8NlVv2w
Resumo do seminário
O seminário tratou das dificuldades de ser um produtor científico. O ministrador
aborda os aspectos técnicos, científicos, econômicos, burocráticos e até em certo
momento emocionais de estar em posição de liderança de seu projeto. Rapidamente foi
feita a introdução baseada nestes aspectos e então se segue à parte maior do evento, a
apresentação de quatro estudos desenvolvidos por Gerald, mostrando suas respectivas
complicações, aplicações e raciocínios do porquê de estar fazendo tal análise. Vale dizer
que o campo aqui é química orgânica sintética, voltado para catálise com ouro, um
assunto não muito usual em razão de suas barreiras econômicas. Adicionalmente, o
flúor teve sua aparição de uma maneira diferente do tradicionalmente abordado na área:
como CF2 e não como substituinte do anel benzênico. Ainda, a catálise com paládio,
corriqueiramente aplicada em laboratórios e indústrias, com uma aproximação
inovadora, utilizando o que o autor chama de “solventes rígidos”, é estudada.
Dados do Palestrante
Nome: Adriana Seidel
Instituição de origem: Universidade do Estado de Santa Catarina
Título do seminário: A Química envolvida na Apicultura
Local e data de apresentação do seminário: UDESC (online, transmissão ao vivo) em 24
de junho de 2020
URL: https://www.youtube.com/watch?v=EnhuouVu9kM
Resumo do seminário
A palestrante abordou um produto bem apreciado no Brasil, o mel, com uma
abordagem sempre em foco da química, durante todo o seminário. Foi apresentado
primeiramente o número de pesquisas científicas relacionados a apicultura e química
juntamente, em seguida já com a composição química do mel e seus usos e benefícios
na sociedade. Propriedades químicas justificativas dos benefícios e de fenômenos
observáveis, como a cristalização, foram explicados. Além disso, as abelhas, principais
protagonistas na produção desse bem de consumo, teve sua aparição, com informações
acerca de seu desenvolvimento etário, tipos de abelha (e consequentemente, méis) e
mecanismos envolvendo a confecção do mel. Um artigo que estuda a relação entre
agressividade e neuropeptídios na espécie mais comum de abelha (Apis mellifera) por
meio da espectroscopia de massas foi destrinchado, com a apresentação dos métodos,
resultados, discussões e conclusão. Tal estudo tem o objetivo de estudar a origem da
agressividade, bem como fatores influentes e os efeitos destes neuropeptídios.
URLs: Exposições:
https://artsandculture.google.com/exhibit/%C2%A0migra%C3%A7%C3%B5es-
%C3%A0-mesa/5QJyihZYvv_dIw
https://artsandculture.google.com/exhibit/festa-do-
imigrante%C2%A0/ZwIiZdEksns8IA
https://artsandculture.google.com/exhibit/viagem-sonho-e-destino/GQLCZOwEZpgsJw
Site Oficial: https://museudaimigracao.org.br
Portal do Google: https://artsandculture.google.com/partner/museu-da-imigracao
O portal do museu da imigração do estado de São Paulo no Google Arts and
Culture contém uma breve descrição do que se trata o museu, uma coleção com vários
itens de natureza histórica sobre o museu: fotos de toda a equipe de serviços em atuação
do que antigamente foi a Hospedaria de Imigrantes do Brás, também contando com os
imigrantes; fotos de objetos utilizados e dos eventos mais atuais realizados também.
Conta também com o acesso a 4 exposições virtuais, das quais 3 foram visitadas.
Foto 4: Entrada do museu enquanto ainda era a Hospedaria do Brás (exposição “Viagem, sonho
e destino”)
URLs: http://www.museubunkyo.org.br/index.htm
http://www.japao100.com.br/home/
https://www.bunkyo.org.br/br/home/
Foto 7: Exposição de Ryo Mizuno, o homem que iniciou a onda de imigração japonesa
no Brasil, no começo do século XX
URLs: https://www.museudalinguaportuguesa.org.br
https://artsandculture.google.com/partner/museu-da-lingua-portuguesa
Foto 11: Sala supracitada da exposição “Machado de Assis, mas este capítulo não é sério”
URL: http://www.mds.org.br
O Museu da Diversidade Sexual tem como objetivo expor a questão sexual por
meio da expressão da sua comunidade, membros da LGBT, desdobrando-se em termos
históricos, culturais, sociais e até econômicos. Representando uma parcela significativa
da população (10%), esta comunidade ainda é alvo de preconceito e discriminação no
mundo atual; daí nasce a necessidade de um espaço de divulgação da sua identidade e
de abertura para debate e diálogo de suas questões e dificuldades.
Com uma interface concisa, o museu oferece ao visitante breves resumos sobre
as exposições efetuadas no passado, bem como fotografias em alguns dos casos. A que
se sobressai é a “Queerentena”, exemplar exclusivamente online, contando com as
experiências e sentimentos da comunidade frente as barreiras impostas pela pandemia.
As atividades culturais, como palestras, performances e projetos, encontram-se
pausadas, visto o evento agora citado. No entanto, pode-se visualizar as recomendações
de material envolvendo temas recorrentes na comunidade e abordados em palestras,
para mais informações. O contato para fins educativos e de visita é de fácil visualização.
Outras informações administrativas e burocráticas também estão disponíveis.
A linguagem utilizada é bem simples e acessível, algo positivo e que inclusive
está de acordo com a meta da instituição de alcançar todos os públicos. Contudo, o
material das exposições é demasiado curto, passando uma ideia vaga do que foi
ocorrido. Ainda, as imagens certas vezes não ajudam muito a expor, como algumas
vezes elas se restringem a fotos. Claro que a Queerentena é uma exceção, visto que foi
construída para o modelo virtual. As outras abas do site são mais curtas, basicamente
oferecendo um contato para mais informações.
Num panorama geral, o museu demonstra uma falta no conteúdo online ou
pouca transferência do que foi passado no presencial. Pessoalmente, houve essa
carência entre ambos os ambientes: uma maior ênfase apenas na parte presencial me é
sentido, sendo que atualmente nem esta parte pode ser experienciada. Com melhores
esperanças, essa esfera deve ser melhor instrutiva e viva que a online. Quanto mais não
seja, os relatos dos artistas e membros na exposição virtual se mostram
contemporâneos, atingindo e se identificando com grande parte do público
principalmente jovem adulto, e com certo conteúdo.
Figura 3: Pintura de uma das artistas da comunidade