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Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1- IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Autor: Milda Catarina Steinhorst

Disciplina/Área:
Matemática

Escola de
Implementação do Colégio Estadual Tancredo Neves-Ensino Fundamental, Médio
Projeto e sua e Profissional.
localização:

Município da escola: Francisco Beltrão – Pr.

Núcleo Regional de
Francisco Beltrão – Pr.
Educação:

Professor
Franklin Angelo Krukoski
Orientador:

Instituição de Ensino
Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE
Superior:

Relação
Interdisciplinar: Matemática

Há um constante desafio presente nas salas de aula onde


existe um público heterogêneo de alunos que não veem a escola
como uma necessidade, como uma oportunidade para a sua
formação e transformação social, tornando-se uma problemática
para o ensino.
Objetiva-se incutir e despertar nos educandos, um olhar crítico
para a aplicação da matemática financeira e os impostos
indexados nos bens e serviços assim como em tudo que
Resumo: produzimos e consumimos, observando o poder de compra e
estudando as melhores propostas e escolhas nas tomadas de
decisões do ponto de vista econômico social e político.
Desta forma, espera-se contribuir para uma educação de
qualidade e que os alunos consigam transferir os conhecimentos
adquiridos para análise de escolhas de financiamentos, as quais
são marcadas por uma carga tributária intensiva com altas taxas
de juros e que os mesmos possam gerenciar o seu próprio
dinheiro fruto do seu trabalho, contribuindo para a autonomia,
criando reflexões do cotidiano que envolvam transações
comerciais e financeiras.
Como estratégia no processo ensino aprendizagem será
utilizada a resolução de problemas contextualizando o ensino da
Matemática Financeira com impostos cobrados no Brasil.
Destaca-se também como estratégia de ensino o uso de
tecnologias, como planilhas eletrônicas, internet, entre outras.

Palavras-chave:
Matemática Financeira; impostos-Resolução de Problemas.

Formato do Material
Unidade Didática
Didático:

Público: Terceiros anos- Ensino Médio

APRESENTAÇÃO

Estamos inseridos em um sistema capitalista em que a quantidade de impostos,


embutidos nos bens, serviços e produtos consumidos por todos os cidadãos, está
contribuindo alarmantemente para o desenvolvimento da máquina pública, de forma que
as políticas públicas não contribuem para oferecer qualidade de vida aos brasileiros. A
maioria dos educandos desconhece o sistema tributário brasileiro e, àqueles que já
obtiveram essa informação, desconhecem quanto pagam e qual são as alíquotas
aplicadas. Dessa forma a Matemática financeira assume um importante papel de
socializar essas situações, verificando e apurando alternativas de consumo, ressaltando
o poder de compra e de escolha.
A matemática financeira é uma disciplina do conteúdo estruturante Tratamento da
Informação oriunda das ciências sociais acumuladas ao longo do tempo. É de extrema
importância a essência desse contingente para o desenvolvimento de condições de
leitura e escrita de nossos alunos, com um olhar crítico aos assuntos e fatos do passado
e do presente na sociedade.
Este trabalho visa socializar estes saberes de forma contextualizada e
interdisciplinar, para que o educando do ensino médio compreenda a aplicabilidade da
matemática financeira, incorporando-a aos diversos ramos da atividade humana e como
esta contribui para a tomada de decisões de cunho particular e social. Visa também,
despertar nos alunos a conscientização, o interesse e o conhecimento pelos impostos de
forma que eles reconheçam suas responsabilidades e tenham condições de reivindicar
seus direitos como cidadãos, sempre que se sentirem lesados de uma forma ou outra.
A formação de um aluno crítico e reflexivo necessita que ele compreenda e dê
significado aos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade (Diretrizes
Curriculares Estaduais DCE’s). A matemática financeira contribui de forma significativa
para a formação dos alunos com tais características. Conteúdos abordados pela
matemática financeira, juntamente com a aprendizagem do manuseio de ferramentas
tecnológicas contribuirão para uma atuação mais ampla deste aluno no mercado de
trabalho, além de mostrar aos alunos uma aplicação real dos conteúdos, trabalhados na
escola, no seu cotidiano. Isso deve incentivá-los a continuar buscando conhecimento,
mesmo após o término do ensino médio.
Esta produção didática Pedagógica visa fundamentar a aplicação do Projeto de
Intervenção Pedagógica na Escola para implementação do professor PDE. Este projeto
será realizado com alunos do 3O Ano do Colégio Estadual Tancredo Neves, Ensino
Fundamental e Médio e Profissionalizante na cidade de Francisco Beltrão, Estado do
Paraná. Nesta unidade didática serão sugeridas atividades abordando conteúdos
matemáticos para serem trabalhadas em sala de aula, como, porcentagens, juros
simples, juros compostos, sistemas de amortização. O tempo total previsto para o
desenvolvimento das atividades será de 32 horas aulas. Desta forma, espera-se
contribuir para uma educação de qualidade, que os alunos consigam transferir os
conhecimentos adquiridos para análise de investimentos, percebendo que estes são
marcadas por uma carga tributária intensiva com altas taxas de juros e que os mesmos
possam gerenciar o seu próprio dinheiro, fruto do seu trabalho.
A unidade didática será amparada por textos de fundamentação teórica,
pesquisas, acompanhado de respectivas atividades a serem desenvolvidas nas aulas de
Matemática e como estratégia no processo ensino aprendizagem será utilizada a
resolução de problemas contextualizando o ensino da Matemática Financeira com a
incidência dos impostos no Brasil. Destaca-se também como estratégia de ensino o uso
de tecnologias como a calculadora, planilhas eletrônicas, internet, entre outros.
MATEMÁTICA FINANCEIRA E CIDADANIA

Diversas razões nos fazem refletir sobre os Impostos


no nosso dia a dia. Estamos imersos numa sociedade em
que o consumismo é incentivado freneticamente em nossos
meios de comunicação. Estratégias de marketing são muito bem arquitetadas e
apresentadas, induzindo a utilização de produtos e marcas, levando-os a um
consumismo exagerado e possivelmente a um endividamento precoce.
Com reflexão à sociedade moderna se objetiva junto aos educandos incutir
discussões sobre a inserção dos impostos em nossa sociedade, respeitando o meio
cultural no qual estão inseridos e os conhecimentos por ora adquiridos, para desenvolver
o processo ensino-aprendizagem da matemática de forma contextualizada incutindo uma
formação cidadã.

O que são tributos?

A palavra “tributo” deriva do latim tributum. Diz respeito àquilo que, por dever é
entregue ao Estado. Foi empregada, originariamente, para designar as contribuições em
ouro, escravos ou sob qualquer modalidade que, nas guerras, o povo vencido, se
obrigava a pagar uma indenização de guerra em forma de um tributo. Mais tarde passou
a designar as contribuições exigidas dos próprios súditos para o custeio das atividades
estatais. Nesse sentido é a palavra “tributo” empregado na Constituição de 1946,
compreendendo, genericamente, todas as prestações em dinheiro, arrecadadas
compulsoriamente pelo Estado e destinadas à manutenção dos serviços públicos. Na
sistemática brasileira o gênero “tributo” tem como espécies os impostos, as taxas e as
contribuições de melhoria, que, embora possuindo o caráter de prestação coercitivo,
apresentam traços peculiares que os diferenciam. (Art.50. CTN).
História dos Tributos no Brasil

ÉPOCA DAS DESCOBERTAS E DAS PRIMEIRAS


EXPEDIÇÕES (1500 – 1532).
A primeira obrigação fiscal implantada pelo
Brasil refere-se à indústria extrativa de pau brasil.
Considerado pelos portugueses como monopólio real,
autorizou que se iniciasse a colonização e pagassem
um ônus fiscal, em forma de tributo.

ÉPOCA DAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS DE (1532 -1548)


Mais tarde, com o intuito de resguardar as terras desmatadas, o então soberano
português D. João III, convidou os fidalgos portugueses para povoar o Brasil. Em 10 de
março de 1534 o litoral do Brasil foi dividido em 15 partes distribuídos a donatários
(capitão, chefe superior) com direito de sucessão. Desde então os tributos foram divididos
em:
Renda do Real Erário
 Monopólio de comércio do pau-brasil, de especiarias e drogas.
 Direitos régios cobrados nas alfândegas reais sobre importação e exportação de
mercadorias (em geral 10% do valor comerciado).
 Quinto (20% do valor obtido pela extração) dos metais e pedras preciosas (ouro, cobre,
prata, pérola, chumbo, estanho etc).
 Dízimo (10% do valor sobre a venda) do pescado e das colheitas de todos os produtos
da terra, colhidos ou fabricados e um imposto cobrado sobre cada índio tornado escravo.
Rendas do donatário (capitão-mor e governador):
 Monopólio das explorações de moendas de água e de quaisquer outros engenhos.
 Direitos de passagem dos rios (barcagem).
 Quinto (20%) do produto do pau-brasil, especiarias e drogas.
 Dízimo do quinto (2%) dos metais e pedras preciosas que se encontrassem na
capitania.
 Redízima (ou seja, 10% da dízima, ou ainda 1%) de todas as rendas da Coroa.
Nesse período os tributos eram pagos in natura ou em espécie, sendo todos pertencentes
e enviados para Portugal.

ÉPOCA DO GOVERNO-GERAL (1548-1763)

Os tributos eram cobrados pelos “rendeiros” (cobradores de rendas) que possuíam


plenos poderes, inclusive para prender os sonegadores ou em atraso. Os tributos pagos
in natura serviam de moeda subsidiária como açúcar, tabaco, cravo, pano de algodão,
farinha, carne salgada, couro, pau-brasil, entre outros.

A moeda que circulava no Brasil era a portuguesa (o “real” ou o “cruzado”) que não
era utilizada para pagamento de tributos. Não existia uma organização ou um sistema
tributário.

ÉPOCA DA CORTE PORTUGUESA E DO REINO UNIDO (1763-1822)

Quando as tropas de Napoleão


Bonaparte, Imperador da França, invadiram
Portugal, a família real portuguesa fugiu
para o Brasil, iniciando um novo período
histórico na colônia. O Brasil passa a ser a
sede da monarquia portuguesa de 1808 à
1815.Foram tomadas e criadas medidas de
cunho político e econômico na então
colônia.

O príncipe D. João VI, ao chegar na


Bahia, em 24 de janeiro de 1808, abre os portos do Brasil às nações amigas, liberando o
comércio, até então permitido apenas para Portugal. A partir de então, permitiu-se a
Importação de produtos estrangeiros, criando a aduana brasileira.
Com a vinda da família real para o Brasil, aumentaram-se as despesas aos cofres
públicos, novos serviços foram criadas e consequentemente novas taxas de arrecadação
assim como, o aumento das alíquotas nos tributos já existentes.

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL (1822)

Após a decretação do Ato Adicional de 12 de agosto de 1834 foram traçados os


limites e os fundamentos do direito Tributário Nacional. Após essa data criaram novas
disposições tributárias, modificando e alterando as competências tributárias. Houve um
avanço nas concepções de Estado surgiram novas cartas constitucionais, os tributos
passaram a ser definidos visando o bem-estar social. Novas leis e regras foram criadas
para direcionar a aplicação social dos recursos arrecadados com os tributos.
Divisão dos Tributos

OS TRIBUTOS DIVIDEM-SE EM:


Tributos Vinculados Tributos Não Vinculados
São aqueles cuja cobrança se justifica pela São aqueles cobrados pelo Estado sem a
existência de uma determinada atividade do exigência da contraprestação de serviços ou
Estado, beneficiando o cidadão de alguma obras específicas ao contribuinte. O Estado, pelo
forma. Existe uma contraprestação estatal. São seu poder de império, cobra esse tipo de tributo
tributos vinculados, as taxas e as contribuições para obter recursos para financiar suas
de melhoria. Exemplo: Coleta de lixo; atividades estatais. É a ação do Estado em
Fornecimento de água tratada; A emissão de busca da realização do bem comum.
um passaporte; A realização de uma obra
pública entre outras. (o que irá beneficiar o
cidadão)

Competência dos tributos:

Competência Comum
Taxas e Contribuição de Melhoria
Podem ser instituído por qualquer
ente tributante: União, Estados, Tributos que estão vinculados a uma
Distrito Federal e Município prestação de serviço concreto.

Os Tributos podem ser


de Competência Comum
ou Privada.
Competência Privada
Cada imposto é de competência de Impostos
um ente tributante. Desta forma, se Tributos que não estão vinculados a
um ente deixar de cobrar, o outro não uma prestação de serviço específica.
terá direito sobre o mesmo.

Classificação dos impostos

Os impostos podem ser diretos ou indiretos, progressivos ou regressivos:


DIRETO:
É aquele em que a pessoa que paga (contribuinte de fato) é a mesma que faz o
recolhimento aos cofres públicos (contribuinte de direito).
São eles: IRPJ, I R PF, IPVA, IPTU.

INDIRETO:
É aquele em que o contribuinte de fato não é o mesmo que o de direito O exemplo
clássico é o ICMS. É falsa a ideia que é o comerciante quem paga esse imposto. Na
verdade esse imposto está embutido na mercadoria e ele é quem deve repassar para o
Estado. Exemplos: ICMS, IPI E ISS.

PROGRESSIVO
O tributo é progressivo com relação à renda quando sua alíquota aumenta em razão do
crescimento do valor do objeto tributado, ou seja, o valor aumenta de acordo com a
capacidade econômica do contribuinte. Existem alíquota diferenciadas que aumentam à
medida que os rendimentos ficam maiores. Exemplos: IRPF e IRPJ

REGRESSIVO
O tributo é regressivo em relação à renda do contribuinte quando a proporção entre o
imposto a pagar e a renda decresce com o aumento do nível de renda, ou seja, não
considera o poder aquisitivo nem a capacidade econômica do contribuinte.
A característica dos impostos indiretos, como aqueles que incidem sobre o consumo,
onde as alíquotas dos impostos são as mesmas para todos os indivíduos
independentemente dos níveis de renda individuais. Exemplo: ICMS
IRPJ • Imposto sobre a Renda-Pessoa Jurídica

• Imposto de Renda-Pessoa Física


IRPF

• Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores


IPVA

• Imposto Predial Territorial Urbano


IPTU

ICM • Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviço


S
• Imposto sobre Produtos Industrializados
IPI

• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza


ISS

O ICMS e o IPI são tributos indiretos e regressivos. Isso significa que, proporcionalmente,
quem ganha menos paga mais. Independente da capacidade contributiva, todos pagam
o mesmo valor do imposto, que está embutido no preço de um determinado produto.

Particularidades dos Tributos

Pertencem a um ente público formado pelos Estados, União, Distrito Federal e


Municípios. Tem fundamento jurídico. Sua finalidade é manter o Estado para que este
possa realizar sua função social.

O FINANCIAMENTO DO ESTADO
Segundo Aristóteles, filósofo grego (384-322 a.C.), o Estado existe para prover a
boa qualidade de vida, não simplesmente a vida.
De acordo coma a Escola de Administração Fazendária – ESAF, a função social dos
tributos se compromete em:
 Garantir os direitos coletivos e individuais;
 Ordenar as relações de trabalho e emprego;
 Organizar o espaço territorial terrestre, aéreo e marítimo;
 Dar base de sustentação para as transações financeiras, patrimoniais, comerciais e
para as relações internacionais; e
 Garantir a defesa externa e segurança interna.
É o imposto um tributo destinado a atender às necessidades gerais da
administração pública, sem assegurar ao contribuinte qualquer proveito direto em
contraprestação à parcela que pagou.
A taxa, ao contrário, destina-se a remunerar serviços específicos, efetivamente
prestados ou colocados ao alcance do contribuinte. Corresponde sempre a uma
contraposição direta pelo serviço recebido ou posto à sua disposição, mesmo que o
contribuinte dele não se utilize como é o caso dos serviços municipais de água e esgoto,
que, quando existentes e colocados em funcionamento, acarretam sempre a exigência
da taxa correspondente. De acordo com o art. 77 do CTN admite a existência de duas
modalidades distintas de taxas a seguir:
Taxas de fiscalização: decorrem do exercício do poder de polícia pelo ente estatal.
Exemplo: taxas de publicidade, de localização de estabelecimento comercial e taxa de
licença para construção de imóveis, cobradas pelo Município.
Taxas de serviços: são aquelas que têm como fato gerador a utilização de
determinados serviços públicos. Exemplos: taxa de emissão de passaporte, taxa de
coleta de lixo, taxa para emissão de certidão de bons antecedentes.
Entretanto, para a contribuição de melhoria se entende o tributo cobrado em
virtude de obra pública, quando esta valoriza o imóvel de propriedade do contribuinte.
Equivale, assim, a uma compensação pelo enriquecimento dela decorrente.
Tanto a União como os Estados, os Municípios e o Distrito Federal têm
competência para a criação de taxas e contribuições de melhoria. Quanto aos impostos,
entretanto, a Constituição adota um sistema de rígida discriminação. A União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios somente podem arrecadar os impostos que lhes foram
atribuídos. Tal princípio constitucional apenas sofre exceção relativamente à União, que
poderá instituir outros impostos, desde que não tenham base de cálculo e fato gerador
idênticos aos que já foram previstos, para os impostos devidos às demais entidades
públicas.
Contribuições especiais ou parafiscais

Segundo a Escola de Administração Fazendária – Esaf, a competência para a


instituição de tais contribuições é exclusiva da União (CF, art. 149, caput), ressalvada a
possibilidade de Estados-Membros e Municípios instituírem contribuição social,
descontada de seus servidores, para custeio, em benefício destes, de sistemas de
previdência e assistência social (CF, art. 149, § 1º).

Essas contribuições se desdobram em (CF, art. 149):


Sociais-interesse de categorias profissionais-interesse de categorias econômicas.

SOCIAIS
A contribuição social é a fonte de financiamento do sistema de seguridade social,
responsável pelos serviços prestados pelo Estado em decorrência dos direitos sociais
presentes no texto constitucional (CF, arts. 194 a 195).
No conceito de seguridade social, estão compreendidas as previdências sociais, a
assistência à saúde e a assistência social. Entre as contribuições sociais existentes em
nosso país, temos:
• Contribuição de empregados,
empregadores e autônomos para o
Previdenciária
INSS, calculada sobre a respectiva
remuneração.

• Fundo de Garantia do Tempo de


FGTS
Serviço.

• Programa de Integração Social.


PIS

• Programa de Formação do
Pasep
Patrimônio do Servidor Público

• Contribuição para o Financiamento


Cofins
da Seguridade Social

• Contribuição Social sobre o Lucro


CSLL Líquido.

CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS

Tratam de contribuições instituídas no interesse de categorias que possuem


profissões legalmente regulamentadas, destinadas a custear as atividades de
controle, fiscalização e disciplina do exercício profissional. Enquadram-se aqui
as anuidades cobradas pelos Conselhos Federais que registram, regulam e
fiscalizam o exercício de profissões (ex.: engenheiros, advogados, médicos,
corretores, contadores, etc).

CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS ECONÔMICAS

Discrimina, assim, a Constituição, como pertinentes à União Estados, Distrito


Federal e Municípios Art.153,CF.
Compete à União instituir impostos sobre:
Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros – II

Trata-se de contribuições compulsórias cobradas de empregadores e


empregados para o repasse a órgãos de defesa de seus interesses (sindicatos
e entidades de ensino e de serviço social – Senai, Sebrae, Sesi, entre outros).
Enquadram-se nesse conceito a contribuição sindical (Decreto-Lei nº 2.377, de
8/7/1940), descontada de todo trabalhador e empregador em favor dos
sindicatos respectivos.

Imposto de Produtos Estrangeiros; (II)

Imposto sobre a Exportação de Produtos Nacionais e


Nacionalizados.(IE)

Imposto sobre a renda e Proventos de Qualquer Natureza.(IR)

Imposto sobre Produtos Industrializados.(IPI)

Imposto sobre Operações de Crédito,câmbio,Seguros,ou Relativas a


Títulos, ou valores Mobiliários.(IOF)

ImpostoTerritorial Rural.(ITR)

Imposto sobre Grandes Fortunas.(IGF)

Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros–II


Fato Gerador É a entrada de produto estrangeiro em território nacional.

Contribuinte-É o importador (ou o arrematante, quando se tratar de produtos


apreendidos ou abandonados).

Base de cálculo -É o preço normal do produto, quando da importação

Alíquotas-Podem ser alteradas a qualquer tempo, pelo PoderExecutivo,


desde que respeitados os limites e as condições fixados em lei.

Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros – II

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IE

Fato gerador É a saída de produto do território nacional.

Alíquotas podem ser alteradas a qualquer tempo, pelo Poder Executivo,


desde que respeitados os limites e as condições fixados em le i.

Contribuinte É o exportador.

Base de cálculo É o preço normal do produto, quando da exportação.


I

Ambos os impostos sobre o comércio exterior (II e IE) não têm finalidade
arrecadatória, destinam-se a regular o fluxo comercial do País com os outros países.
Como instrumento de política econômica, pode ser utilizado para assegurar
abastecimento interno, produzir superávit na balança comercial ou estimular a
concorrência interna.
.

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IR

Fato gerador: É a renda, ou seja, o produto do capital, do trabalho ou da


combinação de ambos, e os proventos de qualquer natureza, assim
entendidos os acréscimos patrimo-niais não compreendidos no conceito de
renda..

Contribuinte: É o titular da renda ou dos proventos.

Base de cálculo É o montante da renda ou dos proventos tributáveis.

Alíquotas São progressivas e variáveis para as pessoas físicas e para as


pessoas jurídicas.

No caso do rendimento do servidor público estadual e municipal, o Imposto de


Renda descontado fica com o tesouro do governo do respectivo Estado ou Municipal.
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

Fato gerador -É a industrialização, assim entendida qualquer operação


que modifique a natureza ou a finalidade de um produto, ou o aperfeiçoe
para o consumo. Também incide sobre a importação de produtos
industrializados.

Contribuinte
É o industrial ou quem a ele a lei equiparar, bem como o importador ou
quem a ele for equiparado.

Base de cálculo
É o valor da operação que está modificando o produto. No caso da
importação, é o valor da operação acrescido do imposto de importação e
demais despesas. No caso de produtos apreendidos ou abandonados, é
o valor da arrematação dos produto

Alíquotas-No caso das alíquotas, o IPI pode ser considerado um imposto


seletivo, pois variam em função do produdo, isto é, se o produto for
supérfluo, sua alíquota será maior e, se o produto for essencial, sua
alíquota será menor. Ex.: carros de luxo, bebidas, cigarros e perfumaria
têm as alíquotas mais altas.

Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguros, ou Relativas a Títulos ou


Valores Mobiliários - IOF

Fato gerador: nas operações de crédito – é a efetiva entrega (total ou


parcial) do valor do objeto da operação,nas operações relativas a títulos
imobiliários – é a emissão, a transmissão, o pagamento ou o resgate
desses títulos, conforme a lei.

Nas operações de câmbio – é a troca de moedas ou de documentos que


as representem.
Nas operações de seguro – é a emissão da apólice ou do documento
equiva-lente, ou o recebimento do prêmio seguro

Contribuinte - É quem se beneficia da operação financeira

Base de cálculo - É o valor da operação.

Alíquotas Podem ser alteradas administrativamente em razão da política


econômica do governo federal, não estando sujeitas ao princípio da
anterioridade.
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR

Fato gerador É a propriedade de imóvel localizado fora da zona urbana do


Município.

Contribuinte É o proprietário.

Base de cálculo É o valor da terra nua, a ser fornecido pelo contribuinte em


sua declaração.

Alíquotas São variáveis conforme o percentual de utilização da propriedade,


em escala constante na lei e que leva em consideração também a área total
do imóvel e sua localização geográfi ca no Brasil.

Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 153, inciso VII, atribui à União
competência para instituir imposto sobre grandes fortunas, nos termos de Lei
Complementar. Entretanto, até agora esse imposto não foi instituído, nem editada a
Lei Complementar para definir o que se deve entender como grande fortuna.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviço de


Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.(ICMS)

Imposto sobre a Propriedade de Veículos automotores.(IPVA)

Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou


Direitos.(ITCMD)
ICMS- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviço de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicaçã tem como fato gerador a
circulação de mercadoria (inclui minerais, combustíveis e energia elétrica), a prestação
de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e a prestação de serviços de
comunicação (somente quando a comunicação for onerosa). O contribuinte é aquele que
promove a operação ou a prestação objeto de incidência do imposto sendo a base de
cálculo o valor da operação de circulação de mercadoria ou da prestação de serviço.Suas
alíquotas têm limites fixados pelo Senado Federal e suas reduções são condicionadas à
aprovação de todos os Estados mediante convênio; variam conforme as regiões do país
e de acordo com a natureza do produto.

IPVA -Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, tem como fato


gerador a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie (aeronaves,
embarcações, automóveis, caminhões, motocicletas, enfim, qualquer veículo cuja
propulsão dependa de motorização). Sendo como contribuinte o proprietário do veículo e
a base de cálculo é o valor venal do veículo diferenciando conforme a espécie.

ITCMD-Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou


Direitos. Seu fato gerador é a transmissão por morte ou por doação de quaisquer bens
ou direitos. A contribuição vem do herdeiro ou o legatário, ou seja, quem recebe a
herança ou o legado, no caso de transmissão causa mortis, e o donatário, no caso de
doação a base de cálculo é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos as alíquotas
variam de 2% a 4%.
Art156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.(IPTU)

Imposto sobre Serviços. (ISS)

Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter vivos.(ITBI)

IPTU-Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano tem como fato


gerador a propriedade de imóvel situado na zona urbana do município e quem contribui
é o proprietário do imóvel e a base de cálculo é o valor venal do imóvel as alíquota são
estabelecidas pela lei municipal, em geral, maiores para os imóveis não construídos
(terrenos). A Constituição Federal admite três formas de progressividade: no tempo, para
punir a especulação imobiliária em propriedades urbanas não edificadas, não utilizadas
ou subutilizadas (art. 182, § 4º, II); em razão do valor do imóvel (art. 156, § 1º, I); em
razão da localização do imóvel (art. 156, § 1º, II).

ISS- Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza, este tem como fato gerador o
serviço prestado, exceto os de comunicação e os de transporte estadual e interestadual,
que são tributados pelo ICMS o contribuinte é o prestador de serviços e a base de cálculo
é o valor do serviço prestado sendo as alíquotas fixadas pela legislação municipal. Estão
sujeitos a pagamento do ISS os serviços prestados por médicos, dentistas, psicólogos,
costureiras, cabeleireiros, esteticistas, massagistas, advogados, contadores, barbeiros,
corretores, tradutores, e os serviços relacionados com revelação de filmes e fotografia,
estabelecimentos de ensino, lavanderia, cobranças diversas, transportes intramunicipais,
hotelaria, jardinagem e outros prestadores de serviço.

ITBI-Imposto sobre Transmissão Inter Vivos, a qualquer Título, por Ato Oneroso,
de Bens Imóveis, por Natureza ou Acessão Física, e de Direitos Reais sobre Imóveis,
exceto os de garantia, bem como Cessão de Direitos a sua aquisição o fato gerador é a
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso sendo o Contribuinte qualquer
das partes na operação tributada a base de cálculo é o valor venal do imóvel e as
alíquotas são estabelecidas pela lei de cada município.

Repartição das Receitas Tributárias

REPARTIÇÃO INDIRETA

Quando são formados fundos e a repartição depende de critérios previstos na


legislação destacando-se os seguintes:

•: 25% do ICMS arrecadado pelos Estados


pertence aos Municípios; o principal critério para
ICMS distribuição é o movimento econômico do
Município.

•48% do produto da arrecadação desses impostos


IR e IPI pela União é dividido da seguinte forma:
21,5% para o Fundo de Participação dos Estados – FPE, que é dividido entre as
unidades federadas, observando-se critérios da legislação;

• 22,5% para o Fundo de Participação dos Municípios – FPM, que é


distribuído aos Municípios, observados alguns critérios da legislação. Essa
constitui a principal fonte de arrecadação da maioria dos Municípios do
Brasil;

3,0% para os programas de financiamento do setor produtivo das Regiões


Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Do total que cabe ao Nordeste, 50% é
destinado à região semiárida;

• 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro


decênio do mês de dezembro de cada ano; (incluído pela Emenda
Constitucional nº 55, de 2007).

Existe ainda um fundo de compensação aos Estados e Municípios por suas


exportações isentas do ICMS. Para isso, a União repassa 10% do IPI aos Estados,
proporcionalmente às suas exportações de produtos industrializados. Esse valor limita-
se a 20%, no máximo, para cada Estado. Por sua vez, cada Estado repassa 25% do que
recebe da União aos Municípios, obedecendo aos mesmos critérios de roteiro do ICMS.

REPARTIÇÃO INDIRETA

Quando um percentual do imposto arrecadado pela União ou pelo Estado é


repartido entre os entes tributantes.

Alguns exemplos da alta carga tributária de alguns produtos:


EDUCAÇÃO FINANCEIRA X REALIDADE PESSOAL

Estamos inseridos numa sociedade que exige sempre mais uma conduta ética
associada a ótimo desempenho cognitivo e social. O desenvolvimento global associa
uma complexidade científico-tecnológico propondo um desafio educacional diante às
situações reais das escolas. Refletir e querer um ambiente escolar voltado para nossa
realidade, inserida no tempo e espaço é transcender para uma realização pessoal com
formação cidadã. Neste sentido a matemática financeira vem contribuir para o
desenvolvimento autônomo, cidadão, consciente, para a transformação do seu mundo
analisando situações que os cercam como conhecimento sobre o dinheiro público
resultante dos tributos.

O Projeto que envolve a disciplina de matemática de forma interdisciplinar com


Impostos no Brasil vem assumir um papel importante na conscientização dos gastos
necessários ou do desperdício da empregabilidade do próprio dinheiro, observando se é
o melhor momento para a realização da compra de um bem ou serviço e se o pagamento
deve ser a vista ou a prazo.
MATEMÁTICA FINANCEIRA E SUA APLICAÇÃO

A matemática financeira nos possibilita a problematização e a resolução de


situações e fatos vivenciados do cotidiano das pessoas. Tratar de juros simples, juros
compostos, porcentagens entre outros é imprescindível. Estamos imersos em um mundo
capitalista e globalizado, no qual a sociedade encontra-se voltada ao consumismo,
marcadas por inúmeras prestações e altas taxas de juros. Desta forma, todo o
conhecimento matemático e a base educacional contribuirão para o aluno empregar
melhor os recursos financeiros provenientes de seu próprio trabalho. Para isto, é urgente
a educação financeira das futuras gerações!

Valor do dinheiro no tempo

Trata da entrada e saída do dinheiro de caixas, que engloba o valor presente, o


valor futuro e pagamentos das mais diversas situações. Refletir que receber R$ 5.000,00
hoje tem um valor maior que receber os mesmos R$ 5.000,00 em sessenta ou noventa
dias, ou por tempo indeterminado. Ou seja:
Receber um valor hoje perfaz uma quantia maior amanhã (Valor futuro=VF)
Receber um valor amanhã perfaz uma quantia menor amanhã (Valor
Presente=VP)
Denodadamente, tais situações foram sendo estudadas a rigor observando-se que
o valor do dinheiro no tempo poderá ser um risco se não bem pensado. Cada cidadão
deve ter consciência das entradas e saídas de dinheiro, seu valor presente e valor futuro,
assim como o fluxo de caixa. Para estudar todas as situações podemos representá-las
numa linha horizontal, chamada “linha do tempo” iniciando do zero, da esquerda para a
direita com o valor presente onde cada época é acrescida o valor futuro, comparando o
total dos fluxos associados com o investimento, onde os valores para cima do eixo
horizontal correspondem as entradas de investimento e para baixo do eixo horizontal as
saídas de dinheiro ou gastos referentes a investimento.
Conceitos básicos da matemática financeira

Acredita-se que é um dos cálculos mais antigos direcionados a situações


financeiras. Sua representação simbólica é %, (lê-se: por cento) que significa por cem.
Quando efetuamos o cálculo de porcentagem estamos encontrando quantas partes do
cento existem no principal. Indicaremos por:
P = percentagem
AP = Aumento percentual
DP = Desconto percentual
i = taxa percentual (é a razão entre o “aumento” ou o “acréscimo” obtido no fim de um
período financeiro e o capital inicial).
C = Capital
CI = Capital inicial
CF = Capital final
Porcentagem:
FAÇA SUAS CONSIDERAÇÕES À VISTA OU À PRAZO?

PROMOÇÃO
OPORTUNIDADE
ÚNICA!!!

Adquira essa possante por R$ 4.500,00 a prazo, ou a vista com 20% de desconto. E aí
galera o que vamos fazer? Vamos juntar o dinheiro para pagar à vista? Parcelar? Quanto
é no à vista?

Resolução
Temos duas formas de resolver:
1a Consideremos o valor de R$ 4.500,00 = a 100%, como o desconto é de 20%, temos a
possibilidade de calcular 80% dos R$ 4.500,00. Considerar a taxa percentual.
Então:
80
80% = 100 = 0,80 de 4.500,00.

Representação Matemática:
𝐷𝑃 = 0,80𝑥 4500,00 = 𝟑. 𝟔𝟎𝟎, 𝟎𝟎
2a Calcular os 20% do total do capital(C) e subtrair depois para ver quanto se deve pagar.
Resolução- Sempre considerar a taxa percentual, ou seja:
20
20% = 100 = 0,20 de 4.500,00

𝐷𝑃 = 0,20 𝑥 4.500,00 = 900,00


subtraindo, para ver quanto fica a referida moto, temos:
4.500,00 − 900,00 = 𝟑. 𝟔𝟎𝟎, 𝟎𝟎
E agora é você quem decide!

Supomos que este livro custe R$ 70,00 e esta oferta se


estenda até o dia 25 de outubro deste ano. Depois desta data a
aquisição do mesmo só se concretiza com um aumento de 15%.
Quanto custará o livro após a data da oferta.

Resolução

Temos duas formas de resolver esta situação problema.


1a) Considerando o valor principal (C) de R$70,00 como 100% e um aumento de 15%
após a oferta, termos:
100% + 15% = 115%.
Em seguida passar para taxa percentual. Cento e quinze por cento é por cada 100.
115
= 1,15
100
O livro passará a custar R$:
𝐴𝑃 = 1,15 𝑥 70,00 = 80,50 80,50

2ª) Poderemos optar em calcular os 15% de R$ 70,00 e depois adicionar ao principal (C).
Assim:
15
15% = = 0,15
100
O livro passará a custar R$:
𝐴𝑃 = 0,15 𝑥 70,00 = 10,50

Aumento ou Acréscimo ao capital ou principal


80,50
𝐴𝑃 = 70,00 + 10,50 = 80,50

Cálculo para taxas percentuais

Taxa de juro: é a razão entre o juro obtido no fim do primeiro período financeiro e o capital
inicial. Indicaremos por i.
Pode ser representada de duas formas:
 Forma percentual: representa o juro de 100 unidades do capital, no período tomado
como unidade de tempo.
 Forma unitária; ou centesimal.
Observe exemplo, conforme tabela, abaixo:

Taxa de juros Forma percentual Forma unitária Referência temporal

5 por cento ao dia 5,00% 0,050 a.d


30 por cento ao mês 30,00% 0,300 a.m

70,4 por cento ao bimestre 70,40% 0,704 a.b

80,5 por cento ao semestre 80,50% 0,805 a.s

380 por cento ao ano 380,00% 3,800 a.a


CUIDADOS ESPECIAIS – REGRAS BÁSICAS

Nos cálculos financeiros e de um modo geral nas operações e taxas de juros


ambas devem estar representadas na mesma unidade de tempo. Exemplo:

Se uma operação for realizada com uma taxa anual e o tempo necessário para
tal operação é mensal, bimestral ou diário essa taxa deverá ser transformada
conforme solicitado ou vice-versa.

Exemplo:
Senhor Alfredo paga um aluguel de um apartamento de R$ 3.400.00 em 2013. Com o
vencimento do contrato esse aluguel passou a ser RS 3.839.60
Qual a taxa aplicada para renovação desse contrato?
Resolução:
Subtrai-se o valor (capital) final menos o valor ou (capital) inicial e efetua-se o quociente,
dessa diferença com o capital inicial. Assim:
𝑉𝐹 − 𝑉𝐼
𝑖=
𝑉𝐼
Substituindo, temos:
3.839,60 − 3.400,00 439,60
𝑖= = = 12,929411%
3.400,00 3.400,00

Juro (j): é o rendimento produzido por um capital por um determinado período de tempo.
Como se fosse um aluguel pago pelo capital emprestado.
Taxas de Juros (i): é o coeficiente que determina o valor do juro, isto é, a remuneração
do fator capital que devem ser eficientes de maneira a remunerar:
a) O risco envolvido na operação.
b) A perda do poder de compra do capital motivado pela inflação.
c) O capital emprestado ou aplicado.
As taxas de juros podem ser: percentual e unitária e se referem a uma unidade de tempo
(mês, bimestre, trimestre, semestre, ano).
A taxa percentual se aplica aos “centos” do capital ou para cada centésima parte do
capital.
A taxa unitária refere-se na unidade de capital em certo período de tempo.
Tempo (t): é a duração de um período do capital aplicado que pode ser em dias,
meses ou anos.
O tempo se apresenta de duas formas:
Tempo Exato: Como o nome já diz, considera a data exata, ou seja, 365 dias anuais ou
366 dias (ano bissexto) e o mês com 28 dias, 29, 30, ou 31dias.
Tempo Comercial: (aproximado): Leva em conta o ano comercial, o mês com 30 dias e
ano de 360 dias.

Os juros podem ser capitalizados sob duas formas:


Juros simples e/ou juros compostos.

Juros simples

Os juros simples, também conhecido como regime de capitalização simples, se


assemelham a uma progressão aritmética (PA), onde os juros crescem de forma linear
ao longo do tempo e, somente se, ao capital inicial desde o momento da aplicação ou
empréstimo.

J= juros
i = taxa (unitária)
t = tempo
C = capital

𝐽 = 𝐶. 𝑖. 𝑡

Se adicionarmos o capital aos juros, teremos um Montante (M).


𝑀=𝐶 + 𝐽
𝑀 = 𝐶 + (𝐶. 𝑖 . 𝑡)
𝑀 = 𝐶 . [1 + (𝑖. 𝑡)]
𝐶=𝑀– 𝐽
𝐽=𝑀 − 𝐶

Por exemplo: Uma pessoa emprestou um capital de R$ 1.200,00 a uma taxa de 10% ao
ano durante cinco anos. A tabela abaixo representa a evolução do dinheiro no tempo
determinado.
Apuração Juros apurados ano a Saldo Crescimen
do Saldo ano devedor ao to anual do
Ano inicial em final de cada saldo
cada ano ($) ano devedor
($) ($)
Início do 10 ano - - 1.200,00 -
Fim do10ano 1.200,00 0,10x1.200,00=120,00 1.320,00 120,00
0
Fim do2 ano 1.320,00 0,10x1.200,00=120,00 1.440,00 120,00
0
Fim do3 ano 1.440,00 0,10x1.200,00=120,00 1.560,00 120,00
Fim do40ano 1.560,00 0,10x1.200,00=120,00 1.680,00 120,00
0
Fim do5 ano 1.680,00 0,10x1.200,00=120,00 1.900,00 120,00

Veja os exemplos:
1)Uma geladeira comprada por D. Maria custava R$ 1.300,00 se fosse paga à vista,
porém ela teve que parcelar em 10 vezes com juros de 1,8% ao mês. Quanto D. Maria
pagou de juros? Qual foi o custo total da geladeira?
Resolução
Nesse exemplo a taxa e o tempo estão em mesma unidade. Sempre transformar a taxa
percentual em taxa unitária, temos:
1,8
= 0,018
100

Vamos relembrar a fórmula:


𝐽 =𝐶∗𝑖∗𝑡
Substituindo:
𝐽 = 1.300,00 ∗ 0.018 ∗ 10 = 234,00
Custo total= Montante
𝑀=𝐶 + 𝐽
𝑀 = 1300,00 + 234,00
𝑀 = 1.534,00
Resposta: Ao final de 10 meses D. Maria terá pagado só em juros R$ 234,00 e um
montante de R$ 1.534,00

2)Uma determinada pessoa se submeteu a um empréstimo bancário no valor de R$


64.000,00 para ser pago em 18 meses com uma taxa de 10,2% (por cento) ao ano.
Quanto terá que pagar no final dos 18 meses?
Relembrando:
Temos que trabalhar com mesma unidade de tempo e taxa. Assim
10,2
= 0,85 𝑎. 𝑚
12

0,85
Transformando em taxa unitária, teremos= = 0,0085
100

Empregando a fórmula de juros:


𝐽 = 𝑐∗𝑖∗𝑡
𝐽 = 64.000,00 ∗ 0,0085 ∗ 18
= 979,20
Resposta: Ao final de 18 meses a pessoa terá que pagar um montante de R$ 64.979,20

3)Calcular a taxa de juros simples cobrados sobre um capital de R$ 10.000,00 que rendeu
R$ 1.800,00 em um período de três meses?

Resolução:
Quando tivermos o valor do capital, o juro e o tempo, utilizaremos a seguinte fórmula para
encontrarmos a taxa, para isso precisamos apenas isolar o i (taxa):
𝐽
𝑖=
𝐶∗𝑡

1.800,00
Substituindo, teremos 𝑖 = 10.000,00∗3 = 0.06
Juros Compostos

Os juros compostos, também conhecidos como regime de capitalização composta, se


incorporam ao capital, formando e se agregando juro sobre juro, referente a cada período,
formando sempre um novo valor para o capital que vai acumulando ao que chamamos
de montante no decorrer do tempo. Tem como característica ser equivalente a uma
Progressão Geométrica (PG), no qual os juros se concentram sobre o saldo apurado no
início do período correspondente e não somente sobre o capital inicial. Exemplificando
temos:

Inicio 𝑀0 = 𝐶

Ao final do primeiro período 𝑀1 = 𝐶 (1 + 𝑖)

Ao final do segundo período 𝑀2 = 𝐶 (1 + 𝑖)2 = (1 + 𝑖). (1 + 𝑖)

Ao final do terceiro período 𝑀3 = 𝐶(1 + 𝑖)3 = (1 + 𝑖). (1 + 𝑖). (1 + 𝑖)

Ao final do quarto período 𝑀4 = 𝐶(1 + 𝑖)4 = (1 + 𝑖). (1 + 𝑖). (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)

Generalizando:

𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡

Representação da tabela anterior com aplicação de juros compostos

Apuração Juros apurados ano a Saldo Crescimento


do Saldo ano devedor ao anual de
Ano inicial em final de Juros - saldo
cada ano ($) cada ano devedor
($) ($)
Início do 1º - - 1.200,00 -
ano
Fim do 10 ano 1.200,00 0,10x1.200,00=120,00 1.320,00 120,00
Fim do 20 ano 1.320,00 0,10x1.320,00=132,00 1.452,00 132,00
Fim do 30 ano 1.452,00 0,10x1.452,00=145,20 1.597,20 145,20
Fim do 40 ano 1.597,20 0,10x1.560,00=159,72 1.756,92 159,72
Fim do 50 ano 1.756,92 0,10x1.756,92=175,69 1.932,61 175,69
Veja mais exemplos
1)Quais devem ser os juros obtidos quando aplicado o valor de R$ 7.500,00 por um ano
com uma taxa de 1,7 ao mês?

𝐶 = 7.500,00

1,7
𝑖 = 1,7 𝑎𝑜 𝑚ê𝑠 = = 0,017 𝑎. 𝑚
100

𝑡 = 1 𝑎𝑛𝑜 = 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Como a taxa está em meses, vamos trabalhar com o tempo em meses.

𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡

𝑀 = 7.500,00(1 + 0.017)12

𝑀 = 7.500,00(1,017)12

𝑀 = 7.500,00 ∗ 1,224197 ⇒

𝑀 = 9.181,47

Sabemos que o montante menos o capital, nos dá os juros. Dessa forma teremos:

J=M-C 𝐽 = 9.181,47 − 7.500,00

𝐽 = 1.681,47

Resposta: Após um ano de aplicação teremos:

𝑀 = 𝑅$ 9.181,47

𝐽 = 𝑅$ 1.681,47
2)Paulo foi a uma agência fazer um investimento de R$ 10.000,00. Falando com o
atendente se verificou que a melhor taxa nominal era de 24% a.a, capitalização composta
mensal. Mesmo inseguro Paulo optou pela aplicação bancária.

Resolução:

Lembre-se o regime de capitalização é composta, mas os acréscimos dos juros são


mensais indexados sempre a um novo montante.

Taxa de 24% ao ano. E em um mês?

24
= 2%𝑎. 𝑚.
12

𝐶 = 10.000,00

2
𝑖 = 2% = = 0,02
100

𝑡 = 1 𝑎𝑛𝑜 = 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

Seguindo nossa fórmula para o Montante de juros Compostos

𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡

𝑀 = 10.000,00(1 + 0,02)12

𝑀 = 10.000,00 ∗ 1,2682418

𝑀 = 12.618,41

𝐽 =𝑀−𝐶
𝐽 = 12.618,41 − 10.000,00

𝐽 = 2.618,41

R: No final de um ano Paulo terá um rendimento de R$ 2.618,41

COMO USAR A CALCULADORA CIENTÍFICA:


Observa-se a taxa (i) aplicada e soma-se com a unidade, que nesse caso
representa o total. Essa soma, eleva-se ao número de períodos, t. Esse resultado
multiplica-se pelo capita (C), da seguinte forma:

𝑀 = 𝐶 + (1 + 𝑖)t
Exemplo:
Calcular o valor de uma promissória de R$ 1400,00 com taxa de 3,5% ao mês durante
9 meses. Na Matemática financeira, com o uso da calculadora procede-se da seguinte
maneira:
𝑀 = 1.400,00 ∗ (1 + 0,035)9
𝑀 = 1.400.00 ∗ (1,035)9
𝑀 = 1.400.00 ∗1,3628
𝑀 = 1.907,92

CONHECENDO O FINANCIAMENTO DA CASA E DO CARRO


SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

Referem-se aos sistemas de pagamento de empréstimos e financiamentos


realizados. Os sistemas de amortização mais comuns são:
Sistema francês de amortização (SFA), também conhecida como tabela Price, tem
como característica principal, as prestações fixas.
Sistema de amortização constante (SAC), prestações decrescentes.
Sistema de amortização Misto, (SAM), prestações representam as médias
aritméticas entre o SFA e SAC.
Sistema americano de amortização (SAA). Os juros são pagos periodicamente e
a amortização do capital é feito somente ao final do prazo estabelecido.
Nessa unidade didática vamos trabalhar com a Tabela Price (SFA) e com o
sistema de amortização constante (SAC). O Sistema de Amortização Francês é muito
utilizado para financiamentos de automóveis. Já o sistema SAC é utilizado para financiar
imóveis utilizados principalmente pela CAIXA ECONÔMICA. Vejamos:

SISTEMA SAC

SAC (Sistema de Amortização Constante): Atualmente o mais utilizado pelos


bancos para os financiamentos de imóveis. Ao longo do prazo a amortização
é constante, reduzindo o principal. Como os juros são calculados com base
no principal, serão sempre decrescentes. Assim, neste sistema a parcela
inicial é maior, porém decresce ao longo do prazo. O Saldo devedor decresce
a partir do 1º pagamento.

Conceito:
Nesse sistema de amortização, o valor das amortizações calculadas é fixo
enquanto que as prestações são decrescentes juntamente com os juros, que são
calculados a partir do saldo devedor. Trata-se de um sistema prático e fácil não
necessitando de calculadora financeira, onde a amortização é calculada dividindo o saldo
devedor inicial pelo número de parcelas e os juros cobrados são calculados
multiplicando-se a taxa de juros pelo saldo devedor anterior. A prestação é a soma da
amortização com os juros. Exemplos de utilização são os financiamentos imobiliários pela
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, como o MINHA CASA MINHA VIDA.
Para exemplificar, considere um financiamento imobiliário de R$100.000,00, a ser
liquidado em 30 anos (360 meses). A taxa contratada é de 5% a.a. (taxa nominal). Temos
os seguintes resultados:
𝑃𝑉
𝐴𝑀𝑂𝑅𝑇 =
𝑛ú𝑚 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠
100.000,00
𝐴𝑀𝑂𝑅𝑇 = = 𝟐𝟕𝟕, 𝟕𝟕𝟖
360
𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆𝑛 = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟𝑛−1 ∗ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠
𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆1 = 100.000,00 ∗ 0,0041667
𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆1 = 𝟒𝟏𝟔, 𝟔𝟕
𝑃𝑅𝐸𝑆𝑇𝐴ÇÃ𝑂𝑛 = 𝐴𝑀𝑂𝑅𝑇 + 𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆𝑛
𝑃𝑅𝐸𝑆𝑇𝐴ÇÃ𝑂1 = 277,78 + 416,67 = 𝟔𝟗𝟒, 𝟒𝟒
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟𝑛 = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟𝑛−1 − 𝐴𝑀𝑂𝑅𝑇
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟1 = 100.000,00 − 277,78 = 𝟗𝟗. 𝟕𝟐𝟐, 𝟐𝟐

Calcula-se periodicamente cada um dos itens anteriores e completa-se a tabela,


conforme a seguir:

Períodos Saldo Devedor Amortização Juros Prestação


0 R$ 100.000,00
1 R$ 99.722,22 R$ 277,78 R$ 416,67 R$ 694,44
2 R$ 99.444,44 R$ 277,78 R$ 415,51 R$ 693,29
3 R$ 99.166,67 R$ 277,78 R$ 414,35 R$ 692,13
4 R$ 98.888,89 R$ 277,78 R$ 413,19 R$ 690,97
5 R$ 98.611,11 R$ 277,78 R$ 412,04 R$ 689,82
... ... ... ... ...
357 R$ 833,33 R$ 277,78 R$ 4,63 R$ 282,41
358 R$ 555,56 R$ 277,78 R$ 3,47 R$ 281,25
359 R$ 277,78 R$ 277,78 R$ 2,31 R$ 280,09
360 -R$ 0,00 R$ 277,78 R$ 1,16 R$ 278,94
TOTAIS R$ 100.000,00 R$ 75.208,33 R$ 175.208,33
SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS

Ou Tabela Price: As prestações calculadas neste sistema são constantes. Cada


prestação é composta de uma cota de amortização e juros, que variam em sentido
inverso ao longo do prazo de financiamento. A prestação inicial tende a ser menor,
em relação ao SAC. Outro ponto importante a destacar, é que inicialmente a
prestação é composta principalmente por juros e não por amortização, apenas se
percebe a diminuição do Saldo Devedor, com aproximadamente 50% das prestações
pagas.

Conceito:
As parcelas de amortização são crescentes enquanto que os juros decrescem. A
prestação tem o mesmo valor todos os meses. A prestação é a soma da amortização
mais os juros que são cobrados sempre pelo saldo devedor.
Para calcular o valor das parcelas pela Tabela Price deve-se usar o sistema
utilizado em juros compostos. O valor amortizado é crescente ao longo do tempo diferente
dos juros que decrescem proporcionalmente. Utilizado para financiamentos de veículos,
eletrodomésticos, financiamentos em geral.
A prestação é calculada utilizando-se a seguinte expressão:
𝑃𝑉 . 𝑖
𝑃𝑀𝑇 =
1 − (1 + 𝑖)−𝑛

A amortização é calculada subtraindo-se da prestação os juros, que são


calculados a partir do saldo devedor, como no SAC.
Para exemplificar, consideremos o mesmo caso do exemplo anterior: um
financiamento de R$100.000,00 pelo prazo de 360 meses, a taxa de 5% a.a. (taxa
nominal).
Assim, temos:
𝑃𝑉 . 𝑖
𝑃𝑀𝑇 =
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
100.000,00 . 0,0041667
𝑃𝑀𝑇 =
1 − (1 + 0,0041667)−360
416,67
𝑃𝑀𝑇 = = 𝟓𝟑𝟔, 𝟖𝟐
0,776176079
𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆𝑛 = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟𝑛−1 ∗ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠
𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆1 = 100.000,00 ∗ 0,0041667
𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆1 = 𝟒𝟏𝟔, 𝟔𝟕
𝐴𝑀𝑂𝑅𝑇𝑛 = 𝑃𝑀𝑇 − 𝐽𝑈𝑅𝑂𝑆𝑛
𝐴𝑀𝑂𝑅𝑇1 = 536,82 − 416,67 = 𝟏𝟐𝟎, 𝟏𝟓
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟𝑛 = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟𝑛−1 − 𝐴𝑀𝑂𝑅𝑇
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑒𝑑𝑜𝑟1 = 100.000,00 − 120,15 = 𝟗𝟗. 𝟖𝟕𝟗, 𝟖𝟓

Calcula-se periodicamente cada um dos itens anteriores e completa-se a tabela,


conforme a seguir:
Períodos Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
- R$ 100.000,00
1 R$ 99.879,85 R$ 120,15 R$ 416,67 R$ 536,82
2 R$ 99.759,19 R$ 120,66 R$ 416,17 R$ 536,82
3 R$ 99.638,03 R$ 121,16 R$ 415,66 R$ 536,82
4 R$ 99.516,37 R$ 121,66 R$ 415,16 R$ 536,82
5 R$ 99.394,20 R$ 122,17 R$ 414,65 R$ 536,82
... ... ... ... ...
357 R$ 1.597,14 R$ 527,97 R$ 8,85 R$ 536,82
358 R$ 1.066,97 R$ 530,17 R$ 6,65 R$ 536,82
359 R$ 534,59 R$ 532,38 R$ 4,45 R$ 536,82
360 -R$ 0,00 R$ 534,59 R$ 2,23 R$ 536,82
TOTAIS R$ 100.000,00 R$ 93.255,78 R$ 193.255,78

Pode-se verificar que o valor final, pago pelo SAC, é menor que o pago pelo SFA. O
cidadão tomador do empréstimo deve analisar calmamente qual é sua situação
financeira, as condições de pagamento e suas necessidades para tomar suas decisões.
Comparando-se o valor da parcela do SAC e o SFA, verifica-se que a parcela do SAC
inicia com valor maior e decresce, terminando menor que o valor da parcela do SFA,
conforme o gráfico abaixo:
Comparação SAC x SFA
R$800,00

R$700,00

R$600,00

R$500,00

R$400,00

R$300,00

R$200,00

R$100,00

R$-
11
22
33
44
55
66
77
88
99
110
121
132
143
154
165
176
187
198
209
220
231
242
253
264
275
286
297
308
319
330
341
352
-

Prestação SAC Prestação SFA

A COMPRA DO CARRO
De acordo com a Anfavea, o total de impostos sobre o preço dos automóveis no
Brasil é de 28,1% para modelos flex e 29,3% a gasolina. Se o IPI fosse reduzido
novamente a zero à carga tributária cairia para 21,8%, mesmo assim seguiria distante de
outros países.
O Método utilizado para compra de veículos é a tabela Price (prestações fixas).
Pedro sonha com a compra do seu primeiro carro. Nesse caso ele não dispõe de
todo o dinheiro para pagamento à vista. Vai ter que financiar uma parte do tão sonhado
carro. Está apavorado com a alta taxa de juros e consequentemente com o valor das
prestações. Fez várias simulações. Mas quais dos sistemas vai ser mais vantajoso?
Vamos calcular os valores das parcelas referentes ao Sistema SAC e ao Sistema SAF
para verificar o mais vantajoso.
Considere que o valor a ser financiado seja de R$20.000,00, a uma taxa de 3%
a.m. e que Pedro tenha optado por financiar em 5 pagamentos. Veja as tabelas dos
financiamentos:
Sistema Francês de Amortização - SFA
Período Prestação Amortização Juros SaldoDev.
0 - - - 20.000,00
1 4.367,09 3.767,09 600,00 16.231,91
2 4.367,09 3.880,10 486,98 12.352,81
3 4.367,09 3.996,51 370,58 8.356,30
4 4.367,09 4.116,40 250,69 4.239,90
5 4.367,09 4.239,90 127,20 0
Total 21.835,45 20.000,00 1.835,45 -

Sistema de Amortização Constante - SAC


Período Prestação Amortização Juros SaldoDev.
0 - - - 20.000,00
1 4.600,00 4.000,00 600,00 1.600,00
2 4.480,00 4.000,00 480,00 1.200,00
3 4.360,00 4.000,00 360,00 8.000,00
4 4.240,00 4.000,00 240,00 4.000,00
5 4.120,00 4.000,00 120,00 0
Total 21.800,00 20.000,00 1.800,00 -

Atividades – Sistemas de amortização


1) Analise a tabela de financiamento e responda:
a) Qual é o montante que Pedro pagará pelo carro depois de quitar todas as prestações?
b) Qual o valor de juros no final do período?
c) O IOF é um imposto sobre operações financeiras, quanto por cento corresponde o
valor incluso no carro e pago por Pedro?
d) Calcule a taxa percentual referente aos juros cobrados.

2) Veja uma cidadã que está em dúvidas quanto as taxas cobradas em uma situação em
que ela se encontra. Fez um financiamento de um determinado carro ANO 2011/2011.
Entrada de R$ 12.0000,00 e financiamento de R$ 13.500,00. Juros de 1,6% a.m, em 36
parcelas de R$ 534,02. Isso está correto?
Desafio!!! Em duplas tente descobrir se essa taxa com esta prestação está certa?
Se estiver errada, calcule a taxa correta, por tentativas.

Como calcular o valor da entrada de um financiamento?


Considere que queremos financiar um carro no valor de R$ 60.000,00, e saber quanto é
a entrada exigida, com juros de 2% ao mês em três anos com parcelas de R$ 2.000,00?
𝑃𝑀𝑇 = 2.000,00
2
𝑖 = 2% = = 0,02
100
𝑡 = 36 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠
Procedimento:
Calculando o Capital (C), referente as informações acima, temos:
𝑃𝑉. 𝑖
𝑃𝑀𝑇 =
1 − (1 + 𝑖)−𝑡
𝑃𝑉 ∗ 0,02
2000 =
1 − (1 + 0,02)−36
𝑃𝑉 ∗ 0,02
2000 =
1 − 0,490223
𝑃𝑉 ∗ 0,02
2000 =
0,509776
2000 ∗ 0,509776 = 𝑃𝑉 ∗ 0,02
1.019,5537 = 𝑃𝑉 ∗ 0,02
𝑃𝑉 = 50.977,68

Assim, a entrada deve ser a diferença entre o PV e o valor o veículo, ou seja:


𝐸𝑁𝑇𝑅𝐴𝐷𝐴 = 60.000,00 − 50.977,68 = 9.022,32
Os juros pagos ao final do financiamento correspondem a:
36 ∗ 2000 = 72000
Logo os juros correspondem a R$ 21022,32 (72000 – 50977,68), ou seja 41,24% do valor
do financiado.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS - IMPOSTOS

Objetivos:
 Conscientizar nossos alunos quanto ao papel de cidadão, crítico e reflexivo.
 Refletir sobre a Arrecadação de Impostos no Brasil e a aplicação do dinheiro
público.
 Proporcionar maneiras de conscientização em relação ao dinheiro e sua aplicação
diante do sistema capitalista em que vivemos.
 Perceber como somos atingidos pela tributação brasileira e sobrem quem incidem
as maiores taxas.

Procedimento
1-Pesquisar sobre:
1.a - Imposto e cidadania
1.b - Patrimônio Público: Bem Coletivo
1.c--Principais Tributos (Nomes com respectivas abreviações e alíquotas)
1.d-Devemos pagar Impostos? Quais são nossos deveres e direitos?
2 - Pessoas com menos de dois salários pagam mais impostos que pessoas ricas?
O Sistema é justo ou injusto? Justifique.
3-Verificar a taxa percentual de diferentes salários com seus devidos acréscimos.
4-Transforme em meses quanto cada cidadão demora em pagar seus impostos de
acordo com cada salário durante um ano.
5-Pesquisar os seguintes itens: 05 de alimentação, 05 de vestuário, 05 de bebida, 05
de material de limpeza, 05 de perfumes. Investigar a carga tributária, ou seja, a taxa
percentual cobrada em Impostos e calculando a quantidade de impostos em R$, e qual
seria o valor dos produtos pesquisados sem os mesmos, utilizando a tabela a seguir.

Produto Valor Taxa/perc.(i) Valor em R$ Valor em R$


Em R$ em impostos s/ impostos
Alimento (01)
Alimento (02)
Alimento (03)
Alimento (04)
Alimento (05)
Vestuário(01)
Vestuário(02)
Vestuário(03)
Vestuário(04)
Vestuário(05)
Perfume (01)
Perfume (02)
Perfume (03)
Perfume (04)
Perfume (05)
Bebida (01)
Bebida (02)
Bebida (03)
Bebida (04)
Bebida (05)
Mat.Limp(01)
Mat.Limp(02)
Mat.Limp(03)
Mat.Limp(04)
Mat.Limp(05)

Metodologia:

 Primeiramente terão uma palestra sobre impostos cobrados no Brasil, que será
ministrada pelo Sr. Wilson Lopes, contador da empresa.
 Para encerramento da palestra- Apresentar o vídeo Impostômetro encontrado em:
(http://www.impostometro.com.br/curiosidades).
 Dividir a turma em grupos de cinco ou seis elementos e sortear os temas
anteriores.
 A seguir assistir: ”Sonegação de Impostos já passa de R$ 200bilhões” e
”Disponível em: “https://www.youtube.com/watch?v=QZEyuO_34wg
 Entregar a tabela para preenchimento referente a atividade número 05(cinco).
 Breve apresentação de cada equipe com entrega dos trabalhos.
 Exposição da atividade número 05 (cinco) no saguão
 Fechamento: Vídeo “Brasil fica em último em ranking sobre retorno sobre impostos
pagos. Disponível em: http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-
nacional/v/brasil-fica-em-ultimo-em-ranking-sobre-retorno-sobre-impostos-
pagos/1780967/

Duração:
8 horas/aula.

Recursos metodológicos:
Laboratório de informática - Internet – calculadora – material para anotações.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS – JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

Objetivos
 Proporcionar maneiras de conscientização em relação ao dinheiro e sua aplicação
diante do sistema capitalista em que vivemos.
 Entender a Matemática Financeira reconhecendo sua aplicação nos mais diversos
ramos da atividade humana.
 Resolver problemas que envolvam preço de custo e de venda, lucro e prejuízo.
 Reconhecer a aplicação de juros simples e compostos em diferentes situações.
 Determinar porcentagens com e sem o uso de calculadoras.

Procedimento
 Assistir ao vídeo: Juros simples e compostos, Análise e viabilidade de transações
financeiras. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6MVtIdTL6M8
 Entregar as atividades de resolução de problemas conforme abaixo:

Duração:
16 horas/aula

Recursos Metodológicas:
Vídeo, material impresso, laboratório de informática, tv pendrive, calculadora, material
escolar.
DA TEORIA À PRÁTICA – ATIVIDADES PROPOSTAS

1) Uma determinada aplicação financeira iniciada em 14 de abril de 2014 com vencimento


em 06 de dezembro de 2014 gerou um juro considerável. Nessa situação, quantos dias
esse capital ficou aplicado?

2) Uma aplicação ficou financiada 5788 dias. Isso corresponde a quantos anos, meses
ou dias pelo tempo comercial?

3) Determine a taxa mensal referente a juros simples com incidência de 24%aa (ao ano).

4) Encontrar a taxa de juros simples aplicado por cinco anos, proporcional a 12,05%am.

5) O juro cobrado por um referido banco no cartão de crédito é de 8,71%am (ao mês). Se
esse cidadão não conseguir quitar sua dívida, qual a taxa percentual que esse cidadão
pagará durante um semestre? E durante um ano?

6) A secretária da Administração e da Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara,


apresentou nesta quarta-feira (16) o novo modelo de controle informatizado do
abastecimento de combustíveis para veículos da frota pública do Estado. Entre as
novidades está a utilização do cartão de pagamento magnético, que permitirá
gerenciamento individualizado dos veículos e uma economia projetada de 15% a 20%. O
sistema será implantado e operado pela empresa Nutricash, de Salvador (BA), vencedora
de licitação. O Estado possui frota de 16 mil veículos distribuídos em todos os 399
municípios, com consumo anual de R$ 36,8 milhões de litros de combustíveis.
Considerando que o desconto seja de 18%, qual será a economia de combustível em
litros para o estado do Paraná?

7) Veja essas situações:


Um determinado veículo que custa R$ 31.190,00, paga de impostos R$ 10.545,34.
Pergunta-se:
-Qual o valor do carro sem impostos?
-Qual é a taxa percentual?

ATIVIDADES – JUROS SIMPLES

8) Calcular o juro simples gerado por uma capital de R$70.000,00, quando aplicado por
10 meses à taxa de 9% a.m.

9) Encontrar o capital que aplicado à taxa de 21,5% a.m. durante 4 meses, produz o juro
simples de R$ 124.356,00.

10) Calcular o Juro simples produzido pelo capital de R$15.300,00, tomado a 84%a.a.,
durante três meses.

11) Ao substituir meu carro por um novo, fiz um financiamento para pagá-lo. Ao final do
financiamento paguei R$ 8.600,00 e de juros paguei R$ 3.600,00 com uma taxa de 2%
ao mês. Por quantos anos ficarei pagando? E qual é o preço do computador sem os
juros?

12) Para pintar um determinado casarão foi gasto de material R$ 48.504,00 à prazo. O
valor do material à vista ficaria em R$ 37.600,00 e a taxa de juros é de 2,9% a.m. Quantos
meses o proprietário levará para pagar?

13) Uma pessoa retirou do FGTS, a quantia de R$ 37.466,00 e aplicou durante 3,5
semestres. O valor dos juros obtidos foi de R$ 11.466,00. Pergunta-se: Quanto é a taxa
de juros ao trimestre (a.t)?

14) O valor principal de um CDC é de R$ 4.000,00. Houve uma retirada de R$ 4.900,00


após o primeiro mês. Qual a taxa aplicada para essa situação a.d.?
15) O preço à vista de uma mercadoria é R$ 260,00. O comprador pode pagar 20% no
ato da compra e o restante em uma única parcela de R$ 257,92 vencível em 3 meses.
Admitindo-se o regime de juros simples, qual a taxa de juros anual cobrada na venda a
prazo?

16) É descontado de todo trabalhador brasileiro um percentual referente ao INSS


conforme as informações abaixo:
Até R$ 1.040,22 ..........8%
De R$ 1.040,23 a R$ 1.733,70 ..........9%
De R$ 1.733,71 à R$ 3.467,40 .........11%
Nessa perspectiva, calcule o desconto de INSS de um trabalhador que ganha:
Um salário mínimo? (R$ 724,00)
E se a pessoa ganha dois salários mínimos?
E no caso de a pessoa ganhar R$ 3.139,00?

17) A tabela abaixo representa os acréscimo do salário mínimo ocorridos no Brasil. Nessa
situação encontre ano a ano a taxa percentual começando de 2010:

01.01.2010 R$ 510,00
01.01.2011 R$ 540,00
01.03.2011 R$ 545,00
01.01.2012 R$ 622,00
01.01.2013 R$ 678,00
01.01.2014 R$ 724,00

18) (ENEM, 2009) João deve 12 parcelas de R$ 150,00 referentes ao cheque especial
de seu banco e cinco parcelas de R$ 80,00 referentes ao cartão de crédito. O gerente do
banco lhe ofereceu duas parcelas de desconto no cheque especial, caso João quitasse
esta dívida imediatamente ou, na mesma condição, isto é, quitação imediata, com 25%
de desconto na dívida do cartão. João também poderia renegociar suas dívidas em 18
parcelas mensais de R$ 125,00. Sabendo desses termos, José, amigo de João, ofereceu-
lhe emprestar o dinheiro que julgasse necessário pelo tempo de 18 meses, com juros de
25% sobre o total emprestado.
A opção que dá a João o menor gasto seria:
a) Renegociar suas dívidas com o banco.
b) Pegar emprestado de José o dinheiro referente à quitação das duas dívidas.
c) Recusar o empréstimo de José e pagar todas as parcelas pendentes nos devidos
prazos.
d) Pegar emprestado de José o dinheiro referente à quitação do cheque especial e pagar
as parcelas do cartão de crédito.
e) Pegar emprestado de José o dinheiro referente à quitação do cartão de crédito e pagar
as parcelas do cheque especial.

ATIVIDADES – JUROS COMPOSTOS


19) Qual o valor do montante do financiamento de um bem equivalente a R$ 14.000,00
com uma taxa de juros de 1,5% ao mês durante um ano, no regime de juros compostos?

20) Em uma agência bancária foi realizado um empréstimo de R$ 100.000,00 para um


investimento com taxa de 2% ao mês, qual o montante final que deverá ser pago ao
banco após 10 meses de empréstimo?

21) Osvaldo precisa de R$ 35.000,00 para comprar um automóvel. Ele não quer financiar,
pois acha que os juros são muito altos. Dispõe de R$ 25.000,00 atualmente. Se ele
investir essa quantia que dispõe, em quantos meses terá o dinheiro que necessita,
considerando uma taxa de investimento de 1% a.m.?

22) Um investidor pretende retirar ao final de certo período R$ 100.000,00, para comprar
uma casa. Atualmente dispõe de R$60.000,00. Se ele obter rendimentos mensais de
2,5%, em quanto tempo conseguirá seu objetivo?
23) Uma pessoa deseja ficar milionária antes dos 40 anos. Ela possui R$20.000,00
atualmente e tem 17 anos. Qual é a taxa de juros que ela precisa auferir para obter essa
quantia antes dos 40 anos de idade?

24) Determine a taxa composta mensal que faz um capital quadriplicar em 2 anos (dica:
suponha um valor qualquer para o capital, por exemplo, R$10.000,00).

25) (ENEM, 2000) João deseja comprar um carro cujo preço à vista, com todos os pontos
possíveis, é de R$ 21.000,00 e esse valor não será reajustado nos próximos meses.
Ele tem R$ 20.000,00, que podem ser aplicados a uma taxa de juros compostos de 2%
ao mês, e escolhe deixar todo o seu dinheiro aplicado até que o montante atinja o valor
do carro.
Para ter o carro, João deverá esperar:
a) Dois meses, e terá a quantia exata.
b) Três meses, e terá a quantia exata.
c) Três meses, e ainda sobrarão, aproximadamente, R$ 225,00.
d) Quatro meses, e terá a quantia exata.
e) Quatro meses, e ainda sobrarão, aproximadamente, R$ 430,00.

26) (ENEM, 2011) Considere que uma pessoa decida investir uma determinada quantia
e que lhe sejam apresentadas três possibilidades de investimento, com rentabilidades
líquidas garantidas pelo período de um ano, conforme descritas:
Investimento A: 3% ao mês.
Investimento B: 36% ao ano.
Investimento C: 18% ao semestre.
As rentabilidades, para esses investimentos, incidem sobre o valor do período anterior.
O quadro fornece algumas aproximações para a análise das rentabilidades:

N 1,03n

3 1,093

6 1,194
9 1,305

12 1,426
Para escolher o investimento com a maior rentabilidade anual, essa pessoa deverá:
a) Escolher qualquer um dos investimentos A, B ou C, pois as suas rentabilidades anuais
são iguais a 36%.
b) Escolher os investimentos A ou C, pois suas rentabilidades anuais são iguais a 39%.
c) Escolher o investimento A, pois a sua rentabilidade anual é maior que as rentabilidades
anuais dos investimentos B e C.
d) Escolher o investimento B, pois sua rentabilidade de 36% é maior que as rentabilidades
de 3% do investimento A e de 18% do investimento C.
e) Escolher o investimento C, pois sua rentabilidade de 39% ao ano é maior que a
rentabilidade de 36% ao ano dos investimentos A e B.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS – SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO


 Sistema de Amortização Constante (SAC)
 Sistema Francês de Amortização (SFA)
 Financiamentos

Objetivos:
 Conhecer os diferentes sistemas de amortização.
 Saber reconhecer fórmulas e empregá-las de maneira eficiente.
 Fazer paralelo da matemática com situações do dia a dia.
 Conhecer diferentes situações de possibilidades de financiamentos destinados
aos cidadãos.

Procedimento:
 Vídeo sobre sistemas de amortização. Disponível em:
(http://www.matematicadidatica.com.br/SistemasAmortizacao.aspx)
 Resolver situações problemas apresentados.
 Formar duplas ou trios dependendo das possibilidades da turma.
 Pesquisar diferentes sistemas de financiamentos
 Simular a compra de uma casa através do site da Caixa Econômica Federal.
Disponível em: www1.caixa.gov.br/casa/habitação e www.caixa.gov.br/novo_habitacao
Duração:
Oito horas/aula

Recursos Metodológicos:
 Material escolar, laboratório de informática, calculadora.

ATIVIDADES - SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO.


27) Considere um financiamento de um automóvel em 36 pagamentos, a taxa de 1,16%
a.m. O valor do automóvel é de R$50.000,00. Construa a tabela Price para os 5 primeiros
pagamentos.

28) João pretende financiar um veículo e quer saber quando vai amortizar em cada uma
das parcelas, pois pretende amortizar várias parcelas com seu 13° salário. Seu objetivo
é financiar um veículo de 25.000,00 em 10 pagamentos. A taxa adotada será 1,2% a.m.
Construa a tabela Price e a tabela do SAC para verificar em qual dos casos ele
conseguirá amortizar mais prestações com seu 13°salário.

29) (DESAFIO) Em qual parcela o pagamento de um automóvel de R$30.000,00,


financiado em 36 pagamentos terá o mesmo valor tanto para a tabela PRICE como para
o SAC, sendo a taxa de juros adotada de 1%.
(Resposta: Construir as duas tabelas e verificar).

Respostas das atividades propostas:


1 – 236 dias
2 - 16 anos e 28 dias
3 – 2% ao mês
4 - 723%
5 - 52,26%a.s. e 104,52%a.a.
6 - 6,624 milhões de litros
7 – 20644,66 e 33,81%
8 – R$ 63.000,00
9 - R$ 144600,00
10 - R$3.213,00
11 - 3 anos, R$5000,00
12 - 10 meses
13 - (6,3%)
14 - (22,5% ao mês = 0,75% a.d.)
15 - (8% a.m. = 96% a.a.)
16 - R$ 57,92; R$ 130,32; R$ 345,29
17 - I= 30/510 = 5,88%; I= 5.00/540 = 0,93%; I=77/545 = 14,12%; I=56/622 = 9,00%; I=
46/678 = 6.78%
18 – Resolução:
Se João renegociasse suas dívidas, teria:
𝐶𝑎 = 18. (125) = 2250,00
Se João pegasse emprestado o dinheiro referente à quitação das duas dívidas, teria
como custo:
3 1
𝐶𝑏 = [1500 + (400)] (1 + ) 𝑓𝑙𝑥
4 4
1
𝐶𝑏 = 1800 (1 + )
4
𝐶𝑏 = 2.250,00
Já se João tivesse pagado as dívidas no prazo devido, teria pago:
𝐶𝑐 = 12.150 + 5.80 = 2200
E se tivesse tomado emprestado apenas o dinheiro emprestado referente à quitação do
cheque especial, teria como custo:
1
𝐶𝑑 = 1500 (1 + ) + 400
4
𝐶𝑑 = 2275
E se tivesse tomado emprestado apenas o dinheiro referente à quitação do cartão de
crédito, João terá por custo:
1
𝐶𝑒 = 300(1 + ) + 12𝑥150
4
𝐶𝑒 = 375 + 1800 = 2175
19 - R:16.738,54

20 - R: 121.899,44

21 - Como resolver?

𝑀 = 35.000

𝐶 = 25.000

𝑖 = 1%

Substituindo na fórmula, tem-se:

35000 = 25000(1 + 0,01)𝑡

35000
= 1,01𝑡
25000

1,4 = 1,01𝑡

log 1,4 = log 1,01𝑡 = 𝑡. log 1,01

log 1,4
𝑡= = 33,81 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
log 1,01

Como ele não poderá investir por 33,81 meses, terá que investir por pelo menos 34
meses.

22 - R: 21 meses.

23 - R: i = 1,4274
Como resolver:
𝐶 = 20.000
𝑀 = 1.000.000
𝑡 = 23 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 276 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
Substituindo na fórmula:
1.000.000 = 20.000 (1 + 𝑖)276
1.000.000
= (1 + 𝑖)276
20.000
50 = (1 + 𝑖)276
276
√50 = 1 + 𝑖
1,014275 = 1 + 𝑖
𝑖 = 1,014275 − 1 = 0,014275 = 1,4275%
24 - i = 5,95%
25 – c
26 – c
27 -
Período Saldo Dev Juros Amort Prestação
0 50000
1 R$ 48.873,06 580 R$ 1.126,94 R$ 1.706,94
2 R$ 47.733,05 566,9275 R$ 1.140,01 R$ 1.706,94
3 R$ 46.579,81 553,7034 R$ 1.153,24 R$ 1.706,94
4 R$ 45.413,20 540,3258 R$ 1.166,61 R$ 1.706,94
5 R$ 44.233,05 526,7931 R$ 1.180,15 R$ 1.706,94

28 –
PRICE
Período Saldo Dev Juros Amort Prestação
0 R$ 25.000,00
1 R$ 22.632,05 R$ 300,00 R$ 2.367,95 R$ 2.667,95
2 R$ 20.235,68 R$ 271,58 R$ 2.396,37 R$ 2.667,95
3 R$ 17.810,56 R$ 242,83 R$ 2.425,12 R$ 2.667,95
4 R$ 15.356,33 R$ 213,73 R$ 2.454,22 R$ 2.667,95
5 R$ 12.872,66 R$ 184,28 R$ 2.483,68 R$ 2.667,95
6 R$ 10.359,18 R$ 154,47 R$ 2.513,48 R$ 2.667,95
7 R$ 7.815,54 R$ 124,31 R$ 2.543,64 R$ 2.667,95
8 R$ 5.241,37 R$ 93,79 R$ 2.574,17 R$ 2.667,95
9 R$ 2.636,32 R$ 62,90 R$ 2.605,06 R$ 2.667,95
10 R$ 0,00 R$ 31,64 R$ 2.636,32 R$ 2.667,95

SAC
Período Saldo Dev Juros Amort Prestação
0 R$ 25.000,00
1 R$ 22.500,00 R$ 300,00 R$ 2.500,00 R$ 2.800,00
2 R$ 20.000,00 R$ 270,00 R$ 2.500,00 R$ 2.770,00
3 R$ 17.500,00 R$ 240,00 R$ 2.500,00 R$ 2.740,00
4 R$ 15.000,00 R$ 210,00 R$ 2.500,00 R$ 2.710,00
5 R$ 12.500,00 R$ 180,00 R$ 2.500,00 R$ 2.680,00
6 R$ 10.000,00 R$ 150,00 R$ 2.500,00 R$ 2.650,00
7 R$ 7.500,00 R$ 120,00 R$ 2.500,00 R$ 2.620,00
8 R$ 5.000,00 R$ 90,00 R$ 2.500,00 R$ 2.590,00
9 R$ 2.500,00 R$ 60,00 R$ 2.500,00 R$ 2.560,00
10 R$ 0,00 R$ 30,00 R$ 2.500,00 R$ 2.530,00

29 -
SAC
17 R$ 15.833,33 166,6667 R$ 833,33 R$ 1.000,00
18 R$ 15.000,00 158,3333 R$ 833,33 R$ 991,67

PRICE
17 R$ 17.164,50 179,8112 R$ 816,62 R$ 996,43
18 R$ 16.339,72 171,645 R$ 824,78 R$ 996,43

BIBLIOGRAFIA

ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 10. Ed. São
Paulo: Atlas, 2008.272p.

Bruni Leal Adriano, Famá Rubens; Matemática Financeira, 5a Edição, Editora Atlas,
2008.

D’Ambrósio, Nicolau e Ubiratan, Matemática Comercial e Financeira, Companhia


Editora Nacional, 29a edição, São Paulo, 1983.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática.12.ed.


SÃO PAULO: Ática, 2000.176 p.

PERETTI, Luiz Carlos. Educação financeira: aprenda a cuidar do seu dinheiro. Dois
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em:<www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_mat.pdf>. Acesso
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http://www.esaf.fazenda.gov.br/educacao_fiscal/pnef/publicacoes/cadernos-
pedagogicos-pnef (Acessado em 01 se setembro de 2014)

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dos-juros-compostos.htmhttp://www.porcentagem.org/Acessado em 02/de maio em 2014

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2014).

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http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=413
(Acessado em 12 de agosto de 2014)

Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=QZEyuO_34wg (acessado em 10 de setembro de


2014).

http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-nacional/v/brasil-fica-em-ultimo-em-ranking-
sobre-retorno-sobre-impostos-pagos/1780967/ (acessado em 10 de setembro de 2008).

http://www.impostometro.com.br/curiosidades (acessado em 10 de setembro de 2008).

Sites pesquisados para imagens

http://www.historia.seed.pr.gov.br/

http://www.simexport.com.br/Portals/188125/images/shutterstock_105200687

http://www.impostoderenda.org/2014/04/28/apenas-15-do-brasil-paga-imposto-de-
renda/
http://www.hondabiz125.com.br

http://user.img.todaoferta.uol.com.br/F/7/DN/KQVZY7/bigPhoto_0.jpg

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