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Direito comercial

ATOS DE COMÉRCIO

Comerciante ( p. física)

Sociedade comercial (p. jurídica)

Para ser comerciante ou soc. Comercial era essência que Praticassem atos de comercio.

Regulamento 737/1850- elencava os ato de comércio.

O código Civil –

Art. 2045, do CC.

Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil e a


Parte Primeira do Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850.

Código comercial

Parte I- do comercio em geral – revogado pelo CÓDIGO CIVIL

Parte II – do comércio marítimo

Parte III – das quebras – revogado pelo Decreto- lei 7669/45, ver. Lei 11.101/05 (lei de falências)

Teoria da empresa

Empresário individual (P. física)

Empresário coletivo ou sociedade empresária (P. jurídica)

Histórico

1- Fase das corporações de ofício (SUBJETIVISMO) – feita pelos comerciantes para os


comerciantes.
Teoria dos atos de comercio (OBJETIVISMO) – Existia um rol enumerativo que listava os atos
de comercio (França) . (Cód. Comercial Brasileiro – 1850)
2- Teoria da empresa (itália) – Atividade Empresária – Brasil Lei. 10.406/02 – NCC - derogando o
Código Comercial.
Art. 2037 do CC.
O Código Comercial continua disciplinado o Comércio marítimo.
O direito empresarial continua a ser um ramo autônomo do direito, por contar com estrutura,
princípios e características próprias..

Conceito de empresário
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Considera-se empresário quem exerce1 profissionalmente2 ativ. Econômica3 organizada4


1- PESSOALIDADE (SÓCIO é diferente de EMPRESÁRIO)
2- PROFISSIONALMENTE ( habitualidade)
3- ATIV. ECONÔMICA (visa lucro)- todo empresário visa lucro, mas nem todo aquele que visa
lucro é empresário.
4- ORGANIZADA (REUNE OS FATORES DE PRODUÇÃO):
 Capital
 Insumos (matéria prima)
 Mão de obra (colaboradores = PREPOSTOS - (EMPREGADOS – CLT
PREPONENTE

PRESTADORES DE ERVIÇO E.I ou


SOC. E

 Tecnologia (técnica necessária para desenvolver a empresa)

Quando falta um dos fatores de produção não haverá organização, então não será sociedade
empresária, será sociedade simples (Fábio Ulhoa Coelho).

O preponente responde pelos atos praticados por seus prepostos (empregados ou prestadores de
serviço) no exercício da atividade empresária. Dentro ou fora do estabelecimento empresaria. Se os
atos praticados forem desenvolvidos dentro do estabelecimento respondera o preponente independente
do ato. Fora do estabelecimento responderá o preponente no limite dos poderes conferidos ao preposto.

Quando falta um do requisitos para caracterizar o empresário será uma ATIVIDADE CIVIL

Empresário e aquele que:

Produz bens Ex. montadora de veículos

Serviços ex. banco

ou

Circulação bens ex. loja de roupa

Serviços ex. agência de turismo

ATIVIDADE EMPRESÁRIA
- é a organização econômica dos fatores de produção desenvolvida por pessoa natural ou jurídica para
produção ou circulação de bens ou serviços através de um estabelecimento empresarial e que visa o
lucro.

A pessoa física= empresário individual

A pessoa jurídica= sociedade empresária. (sócios e não empresários)

ATIVIDADE CIVIL

 é aquela que não é empresária.


 produtor rural NÃO registrado.
 As cooperativas
 Profissão intelectual

PRODUTOR RURAL NÃO REGISTRADO

O produtor rural tem a faculdade de não registrar sua atividade

- registrado desenvolve atividade empresária

Não registrado desenvolve atividade civil

COOPERATIVAS

Se a cooperativa desenvolve SEMPRE atividade civil. PU, ART.982 DO CC.

- constituem uma espécie de associação sob a forma de uma sociedade simples com número aberto de
membros (não há limite de membros);

- pode ser constituída até mesmo sem capital;

- na cooperativa os sócios podem responder de forma limitada ou ilimitada.

PROFISSÃO INTELECTUAL

Profissionais liberais

Art. 966, do CC

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual,


de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

- aqueles que exercem atividade de cunho:

 Científica – médico, contador, advogado, etc.


 Literária – escritor, jornalista..
 Artística – desenhista, artista plástico, músico, ator, dançarino...

EXCEÇÃO: elemento de empresa


Elemento de empresa- são todas as atividades desenvolvidas pela empresa.

SOCIEDADE SIMPLES X SOCIEDADE EMPRESÁRIA

SOC. SIMPLES- são aquelas que desenvolvem atividade civil – REGISTRO CIVIL DE PESSOAS
JURÍDICAS – inscrição do ato constitutivo

SOC. EMPRESÁRIA – desenvolvem atividade empresária- REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS


MERCANTIS (JUNTAS COMERCIAIS)

O registro confere regularidade.

Se uma sociedade empresária deixa de ser registrada ela não deixa de ser empresária pois o registro
não é característica ele apenas confere regularidade.

Com o registro o empresário pode matricular-se no INSS, no CNPJ, a participação em licitações


públicas o registro é imperativo. O REGISTRO CONFERE PERSONALIDADE JURÍDICA.

E decorre da personalidade jurídica:

 Autonomia negocial -
 Autonomia processual
 Autonomia patrimonial- tem patrimônio social.

Principais espécies de registro:


1- Matrícula- registro dos chamados auxiliares do comércio (leiloeiros, tradutores públicos,
interpretes comerciais etc.) – a matrícula representa a regularidade. Registro público de
empresas mercantis (junta comercial)
2- Arquivamento – registro dos atos constitutivos da sociedade empresárias no órgão
competente (juntas comerciais). Prazo: 30 dias da concepção (lavratura) dos atos
constitutivos. Os efeitos do registro (se respeitados os 30 dias) produzirão efeitos “ex tunc”.
Se não cumprido os 30 dias os efeitos serão “ex nunc”
3- Autenticações- registro da escrituração da empresa. Se o empresário não registrou a
contabilidade ela não valerá como prova a seu favor.

CAPACIDADE PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA

- todos aqueles que estiverem em pleno gozo de sua capacidade civil e não forem legalmente
impedidos.

1 - maiores de 18 anos, nacionais ou estrangeiros (desde que não seja realtiva ou


absolutamente incapazes no CC) + os emancipados;

2 – IMPEDIDOS: magistrados, militares da ativa, membros do MP, etc.

Podem exercer atividade empresária


OS RELATIVAMENTE INCAPAZES = ASSISTIDOS + AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
OS ABSOLITAMENTE INCAPAZES = REPRESENTADOS + AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
1- Incapacidade superveniente
2- Sucessão por morte

MENOR? ART.974, CC

INICIAR – NÃO PODE

CONTINUAR - PODE

REGRA DE PRESERVAÇÃO DA EMPRESA- ART. 974

... PODE continuar uma empresa antes exercida por seus pais ou por autor da herança.

IMPEDIDOS – podem ser sócios, acionistas ou cotistas de uma determinada sociedade empresária,
desde que não exerça a administração.

É possível constituição de sociedade entre cônjuges desde que não esteja casados nos regimes de
comunhão universal de bens ou de separação obrigatória. (arts. 972 a 980 do CC)o

O empresário casado pode alienar bens da empresa sem a assinatura (autorização) do cônjuge,
independente do regime matrimonial. Art. 978, CC

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,


qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da
empresa ou gravá-los de ônus real.

Art. 979..

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro


Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o
título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou
inalienabilidade.

OBRIGAÇÕES DO EMPREÁRIO

a) Registro – art. 967


DNRC normatizador e fiscalizador

Federal

Registro público de empresas mercantis

Junta comercial – executor

Órgão estadual

Administrativa Estado

Junta comercial subordinação técnica DNRC (Federal)

Lei 8934/94 – registro público de empresas mercantis


DNRC – Departamento nacional de registro de comércio
Cabe mandado de segurança contra ato do presidente da junta comercial?
R- sim e tem que ser ajuizado na justiça federal (STF)

EXCEÇÃO
O registro do rural é facultativo

ART. 971, CC

Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode,
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que,
depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a
registro.

B) escrituração dos livros comerciais

Livro obrigatório comum?

R- art. 1180, cc, livro diário

Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que
pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Exceção: art. 1179, § 2º

-pequeno empresário
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se
refere o art. 970.

Art. 3º da LC 123/06 define: microempresa e empresa de pequeno porte

Empresário individual - ME = Faturamento bruto anual é igual ou inferior a R$


. 240.000,00

Sociedade empresária EPP = FB anual acima de R$ 240.000 e igual ou inferior a


. R$ 2.400.000,00

Sociedade simples

Art. 68 da LC 123/96

Pequeno empresário:

SÓ O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (pessoa física), caracterizado como micro


empresa e receita bruta anual de até R$ 36.000,00.

Princípio que rege a escrituração dos livros

Art. 1190. – princípio da sigilosidade

Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou


tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o
empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as
formalidades prescritas em lei.

Exceção: não se aplica as autoridades fazendárias quando do exercício da


fiscalização de impostos.

Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em


parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da
fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis
especiais.

- A falta de escrituração configura crime falimentar. Art. 178 da lei de falências.

C) Demonstrativos contáveis
1- Balanço patrimonial (art. 1188 do CC) – apura ativo e passivo
2- Balanço de resultado econômico (art.1189) – apura lucros e perdas
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a
situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as
disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.

Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que


acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.

Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de


lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e
débito, na forma da lei especial.

ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL / COMERCIAL

ART. 1142, CC

Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para


exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

É o complexo de bens ou todo o complexo de bens organizado por empresário, ou sociedade


empresária para o desenvolvimento (exercício) da empresa.

O bem tem que estar ligado diretamente atividade empresarial.

Ex. um imóvel alugado em que o dinheiro do aluguel é revertido para a atividade, as este imóvel não
integra o conceito de estabelecimento por não estar ligado diretamente a atividade, apenas faz parte do
patrimônio.

Estabelecimento não é sujeito de direito e sim objeto de direito. Art. 1143

Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios


jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Complexo de bens-

1- MATERIAIS (COPÓREOS) ( veículos, máquinas, imóvel e etc)-


2- IMATERIAIS (INCORPÓREOS) (marca, patente, ponto comercial, nome, etc)
os bens isolados contam com autonomia funcional, porém uma vez reunidos e organizados,
formam um todo unitário, podem ser objeto de negócio jurídico.

Neg. jurídico – CONSTITUTIVOS – não implicam na transferência do domínio (propriedade):

Usufruto

Comodato

arrendamento

NEG. JURÍDICO TRANSLATIVO:


 Alienação – trespasse – alienação do estabelecimento empresarial
 Dação em pagamento
 doação

TRESPASSE – trespassante (alienante)

Trespassatário (adquirente)

Art. 1144, cc, só produz efeitos perante terceiros se for averbado na junta comercial e publicado na
imprensa oficial.

Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento
do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à
margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público
de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

- se o contrato não for averbado na junta terá efeito apenas entre as parte.

O estabelecimento comercial é uma das principais garantias dos credores.

Requisitos para alienar:

a)Pagamento a todos os credores

b) matem patrimônio suficiênte para solver a dívida com os credores.

c) Com autorização unânime dos credores (deverão ser notificados e eles não oferecerem oposição em
30 dias considera-se autorizada tacitamente o trespasse).

Arts. 1142 ao 1149.

O alienante do estabelecimento empresaria estará solidariamente com o estabelecimento comercial por


1 ano.

Obrigações vencidas - a contar da publicação do trespasse.

Obrigações a vencer - a contar do efetivo vencimento.

Subrogação automática

Garantir a continuidade da atividade.

O adquirente subroga-se em todos os contratos, salvo pacto em contrário.

A subrogação das dívidas só passa para o adquirente se elas forem escrituradas. Art. 1.146

Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos


anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
As dívidas trabalhistas. Art. 10 e 448 da CLT.

Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos


adquiridos por seus empregados.

Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os


contratos de trabalho dos respectivos empregados.

As dívidas tributárias: art. 133 do ctn

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a
contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

Aplica-se a regra do cc a toda dívida que não seja trabalhista ou tributária.

O alienante (devedor primitivo) é solidário pelo prazo de 1 ano.

Divida vencida a partir da publicação (do trespasse)

Vincenda do vencimento da dívida

Exceção: contratos personalíssimos (contratos de confiança), não haverá subrogação automática.

Ex.: contrato para prestação de serviço de advogado, contrato de locação.

Proibição de concorrência

Antes do cc/2002 era necessário a cláusula de não restabelecimento. O código regulamentou a matéria.

O trespassante fica proibido restabelecer-se em atividade idêntica ou similar na mesma praça pelo
período de 5 anos, salvo acordo em contrário.

Mesma praça- depende do caso concreto.

Art. 1147.

Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não


pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a


proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.
AVIAMENTO (fundo de comércio)

É a aptidão humana de gerar lucro. É o valor organizacional. É o valor agregado ao, é fruto da
capacidade inventiva do empresário.

Aviamento e estabelecimento são institutos indissociáveis (atávicos), indistintamente ligados.

PONTO ENPRESARIAL

É um bem imaterial do estabelecimento.

- é elemento essencial do establecimento.

É o local físico, o endereço, o local onde está o estabelecimento comercial.

O local só adquire valor e for desenvolvida atividade empresária.

Cliente x freguês

Freguês – é um cliente em potencial.

Cliente já entrou, já comprou , é um consumidor do estabelecimento.

Quando o legislador protege o ponto empresarial está protegendo a freguesia, a clientela, o acesso da
mão de obra, o acesso aos fornecedores, escoamento de produção, ou seja todas as vantagens etc.

- o desenvolvimento de atividade em imóvel alugado.

O ponto empresarial mesmo formado por locatário também merece proteção.

A Lei 8.245/91

-ação de renovatória ou ação de renovação compulsória do contrato de locação.

Presentes alguns requisitos os locatário entra com a ação para forçar o locador a renovar o contrato.

Requisitos:

1- prazo mínimo do contrato que se pretende renovar ou o somatório dos prazos ininterruptos dos
contratos deve ser e 5 anos.
“Acessio temporis” – somatório dos prazos dos contratos. Tem que ser contratos ininterruptos.
2- Deve ser contrato escrito e com prazo determinado.
3- O locatário deverá estar explorando o mesmo ramo de atividade a pelo menos 3 anos
ininterruptos.

Prazo para propositura da ação

Deve ser proposta no interregno de:


1 ano no máximo

06 meses no mínimo

- do fim do contrato.

- prazo decadencial

DIREITOS DO LOCADOR

Exceção de retomada ou direito de recusa.

Ex.: despejo para uso próprio, ou ascendente, descendente ou cônjuge;

- reformas impostas pelo poder público.

Arts. 51, 52, 71, 72 e 74 da lei 8.245.

NOME EMPRESARIAL

Marca = identifica um produto ou um serviço. (Nike, adidas, gol, coca-cola)

Nome – identifica o empresário individual ou a sociedade empresária

É o elemento de identificação do empresário ou da sociedade empresária.

Função de identificação, individualização em meio a pluralidade.

- utilizado nas relações com terceiros.

Regido pelos princípios da novidade, veracidade ou autenticidade.

Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de


conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.

Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da


lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.

2 espécies:

A) Firma individual empresário individual


Social/ razão social sociedade
B) Denominação sociedade

Tecnicamente não se pode chamar denominação de razão social, pois razão social é a firma.

Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou
abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do
gênero de atividade.
Arts. 1.155 ao 1.168 do CC.

A proteção do nome empresarial se dar através do registro empresário ou da sociedade empresária na


junta comercial (ato constitutivo =contrato ou estatuto).

Marca se registra no INPI (FEDERAL)- PROTEÇÃO NACIONAL

O registro é chamado de ARQUIVAMENTO.

A partir do registro se adquire o direito de usar com exclusividade o nome dentro do referido Estado. As
juntas são estaduais. – PROTEÇÃO ESTADUAL

Principio da novidade – o nome deve ser novo, uma novidade.

Em caso de duplicação de nome, o que registrou com anterioridade e se sente prejudicado pode
promover uma ação pedindo a anulação contra a junta comercial, que é imprescritível.

FIRMA

Nome completo + descrição de sua pessoa

Abreviado mais completa gênero de atividade

Nome empresarial construída a partir de uma firma é um nome civil.

- FRANCISCO PENANTE

- F. PENANTE

-FP (NÃO PODE)

- FRANCISCO PENANTE – PRODUTOS ELETRÔNICOS

O ramo de atividade é facultativo na firma.

Nome de um empresário individual

Firma social

Nome(s) do(S) sócio(s) – completo ou abreviado

Jaó da silva & Renata franco

j. Silva & R. Franco

j. Silva & Cia (outros)

Cia no início é S/A

FRANCISCO PENANTE & CIA

Nome empresarial de uma sociedade .

Se o nome está na firma a responsabilidade a priori é ilimitada


Firma social não admite elemento fantasia.

DENOMINAÇÃO (

-nome (elemento) fantasia

SVALTEC – PRODUTOS ELETRÔNICOS

- o ramo de atividade deve está sempre presente.

O Nome empresarial é INALIENÁVEL.

Não há alienação autônoma no direito brasileiro.

F. PENANTE & CIA LTDA , sucessor de R. SARAIVA & CIA LTDA.

POR ocasião do trepasse o adquirente poderá usar o nome do trespassante antecedido de seu nome.
EM RESPEITO AO PRINCIPIO DA AUTENTICIDADE ,VERACIDADE E PUBLICIDADE.

Se um sócio sai (excluído, falecido) da sociedade, seu nome deve ser retirado. Principio da
autenticidade, veracidade.

O novo CC determina um aespecie própria de nome para cada tipo societário

SOCIEDADE EM NOME COLETIVO

SOCIEDADE COMANDITA SIMPLES

SOCIEDADE LIMITADA

SOCIEDADE COMANDITA POR AÇÕES

SOCIEDADE ANÔNIMA

Nas SOCIEDADE em que houver a presença de sócio de responsabilidade ilimitada o nome


empresarial se dará por firma . art. 1157.

Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará


sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la
aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.
TIPO DE SOCIEDADE RESPONSABILIDADE DOS ESPÉCIE DE NOME
SÓCIOS EMPRESARIAL
SOCIEDADE EM NOME Todos ILIMITADA FIRMA
COLETIVO
SOCIEDADE COMANDITA COMANDITADOS – FIRMA
SIMPLES ILIMITADAMENTE
COMANDITÁRIOS –
LIMITADAMENTE
SOCIEDADE LIMITADA LIMITADAMENTE DENOMINAÇÃO/FIRMA
SOCIEDADE COMANDITA DIRETORES- ILIMITADA FIRMA/ DENOMINAÇÃO
POR AÇÕES COMUNS- LIMITADA
SOCIEDADE ANÔNIMA LIMITADA DENOMINAÇÃO
EXCEÇÕES

Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela
palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.
SOCIEDADE LIMITADA, SOCIEDADE COMANDITA POR AÇÕES e nas SOCIEDADE ANÔNIMA , os
termos abreviados ou na forma extensa (LTDA, C/A e S/A), tem que estar sempre presente.

Ex. se o termo LTDA NÃO ESTIVER PRESENTE A RESPONSABILIDADE SERÁ ILIMITADA.

A S/A é também conhecida como COMPANHIA.

O nome COMPANHIA DEVE ESTAR NO COMEÇO OU NO MEIO, INDICA S/A

LEI DAS S/A’s – admite que o nome do fundador ou acionista..... componha nome e mesmo assim será
denominção. O nome so sócio só é permitido para homenagear.. excepcionalmente.

COOPERATIVA-u

A partir do vocábulo cooperativa mais a sua denominação.

Ex.: cooperativa Agropecuária Santa Maria.

Agropecuária santa Maria – cooperativa

O hifén dá ao vocábulo o mesmo efeito como se estivesse na frente.

O vocábulo cooperativa deve vir antes da atividade.

NOME EMPREARIA MICROEMPRESA - M. E.

EMPRESA PEPEQUENO PORTE- EPP


PESSOAS JURÍDICAS NO DIREITO BRASILEIRO

DIREITO PÚBLICO

DIREITO RPIVDO

SOCIEDADES – união de pessoa com fins lucrativos

ASSOCIAÇOES- união de pessoas sem fins lucrativos

FUNDAÇÕES – união de bens sem fins lucrativos

SOCIEDADE- é a união entre duas ou mais pessoas que se obrigam a conjugar esforços para a
realização de um objetivo comum e ao final a partilha dos resultados (união de pessoas com fins
lucrativos)

No que toca a denominação do nome empresarial, a denominação das sociedades simples,


associações e fundações contará com a mesma proteção.

Desenvolve atividade civil

SOCIEDADES –personificadas – simples - Registro civil de pessoas juridicas

empresárias – registro pub. Emp. Mercantins - juntas comerciais-

autonomia negocial

autonomia processual

autonomia patrimonial

– N/C

- C/S

- LTDA

- C/A

S/A

Despersonificadas- sem personalidade jurídica sociedade em comum

Sociedade em conta de participação

OBS.: As sociedades simples também podem adotar um dos tipos de sociedades empresarias, exceto
tipo S/A e C/A , porém continuam sendo simples. Art. 983, CC.
SOCIEDADE EM COMUM – arts. 986 a 990, CC – cujos atos constitutivos não foram levados a registro.

- não pode titularizar patrimônio. Os créditos e débitos serão partilhados pelos sócios em igualdade de
condições. Foi criado uma ficção jurídica chamado (patrimônio especial- formados pelos bens afetos a
sociedadades – utilizados na exploração da atividade). Benefício de ordem do Art. 1024 do CC, EX.
aquele que contratou pela sociedade em comum. Os sócios são co-titulares do patrimônio.

Um terceiro pode provar a existência por todos os meios de provas admitidos em direito.

Um sócio só poderá provar a existência as sociedade em comum através de documento escrito.

A responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada.

ENTRE O SOCIO E DEMAIS SÓCIOS É SOLIDÁRIA.

OBS.: EM TODAS AS SOCIEDADES A RESPONSABILIDADE QUE O SÓCIO TEM PERANTE A


SOCIEDADE É SEMPRE SUBSIDIÁRIA. ART. 1024, CC.

Divide-se em

1- Sociedade em comum de fato – sequer conta com ato constitutivo


2- Sociedade em comum irregular- conta com ato constitutivo e este não foi levado a registro.

-o

SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO

Arts. 991 a 996, CC

Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto


social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua
própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes.

É de natureza secreta.

Não há irregularidade na ausência do registro, uma vez que o registro cofere publicidade.

Não é irregular.

Pode ter o seu ato constitutivo levado a registro. Será um mero registro de sociedade e não faz nascer
a personalidade jurídica.

Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual
inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à
sociedade.

É formada a partir de 2 classes de sócios:


- ostensivo realiza os negócios jurídicos pela sociedade,

mas em seu próprio nome. Tem poderes de gestão, é quem opera a atividade.

Tem a responsabilidade ilimitada e exclusivamente frente a terceiros.

-participantes (oculto)- também conhecidos como sócios ocultos – são meros aportadores de capital,
são apenas investidores, não participam da consecução da atividade.

Se o sócio participante praticou um ato de gestão responderá ilimitadamente frente a terceiros pelo ato.

A responsabilidade do sócio participante pode ser ilimitada ou limitada frente ao sócio ostensivo.

- está proibida de ter nome. O nome empresária é próprio daqueles que tem personalidade jurídica.

Quem figura no polo passivo das ações é o sócio ostensivo.

PRINCIPAIS ESPECIES DE REGISTROS

1- AQUIVAMENTO- registro do ato ocnstiutivo. A alteração deve ser registrada e se denomina


também arquivamento.
2- MATRÍCULA – registro dos auxiliares do comercio (tradutores públicos, leiloeiros, interpretes
comercial, etc.) para exercerem a atividade devem estar registrados.
3- AUTENTICAÇÃO- registro da escrituração contábil da empresa. Só assim a escrituração contará
eficácia erga omnes, e ser utilizada como prova.

Adro

CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES

QUADRO GERAL

1- QUANTO AO OBJETO
A) Sociedade empresária – é aquela que tem por objeto o exercício da atividade própria de
empresário sujeito a registro.

Art. 982.

Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que


tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art.
967); e, simples, as demais.

SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOC. EM NOME COLETIVO

SOC. EM COMANDITA SIMPLES


SOC. EM COMANDITA POR AÇÕES *

SOC. ANÔNIMA *

SOC. LTDA

*Só podem ser empresárias

O registro deve ser feito na JUNTA COMERCIAL

B) Sociedade simples – é a tida por não empresária.

intelectual

Intelectual científica

Artística

- aquela sociedade que não possui organização empresarial

ART. 982, PU

Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a


sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.

COOPERATIVA

SOC. SIMPES SOC. EM NOME COLETIVO

SOC. EM COMANDITA SIMPLES

SOC. LTDA

Todas são personificadas – possuem personalidade jurídica

O registro é constitutivo – art. 985, CC

O registro deve ser feito no registro civil de pessoa jurídica.

Art. 1.150, CC.

Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de


Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro
Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele
registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.
Exceções:

1- sociedade de advogados deve ser registrada na OAB e não no cartório.


2- Cooperativa- em que pese se tratar de uma sociedade simples deve ser registrada na junta
comercial.
São 3 os atributos advindos da personalidade jurídica

1- titularidade negocial – realizar negócios jurídicos


2- titularidade processual- possibilidade de demandar e ser demandada
3- autonomia patrimonial – vai ter um patrimônio próprio, distinto do patrimônio individual dos
sócios.

SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS

1- SOCIEDADE EM COMUM
2- SOC. EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO

SOCIEDADES PERSONIFICADAS
1- SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
ART. 1.039, CC,
- todos os sócios terão responsabilidade ILIMITADA E SOLIDÁRIA (ENTRE OS SÓCIOS).
- só pessoa física pode ser sócio desse tipo societário.
- o sócio responde com seu patrimônio próprio pelas dívidas da sociedade.

2- SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Art. 1045

Duas categorias de sócios


a) Comanditado responsabilidade solidária e ilimitada
Só pessoa física
b) Comanditário responsabilidade limitada
Pode ser pessoa física
Pessoa jurídica

3- SOCIEDADE LIMITADA

1- CLASSIFICAÇÃO
A- Contratual – o ato constitutivo é um contrato social.
B- Pode ser nacional

Estrangeira

Art. 1.126, CC

Nacional – requisitos cumulativos:

a) Ser organizada de acordo com a lei brasileira


b) A sede da administração tem que ser no país.
Na falta de um deles a sociedade é estrangeira.
Qualquer sociedade estrangeira só pode funcionar no país se tiver altorização do poder executivo
federal.

Art. 1.134, CC.

Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem
autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos
subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista
de sociedade anônima brasileira.

c- pode ser de pessoa ou de capital

c.1 – de pessoa- a característica subjetiva (atributo pessoal do sócio) é indispensável


para o exercício da atividade.

c.2 – de capital – quando o importante para sociedade é o capital investido.

É possível a penhora de cotas sociais de uma sociedade Ltda?

R- doutrina sociedade de capitais – as cotas são penhoráveis


sociedade de pessoas – as cotas são impenhoráveis

STJ mesmo sendo sociedade de pessoas as cotas são penhoráveis.

Adota o princípio da ordem pública (art. 591, CPC)

Não há vedação legal para a penhora

Art. 649, CPC as cotas sociais não estão no rol dos bens impenhoráveis

Preferência na arrematação para o sócio ou a própria sociedade. (por analogia se aplica


o art. 1.118, CPC)

Solução do CC.

Art. 1026, CC.

Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do


devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou
na parte que lhe tocar em liquidação.

- pode-se pedir a penhora dos lucros decorrentes da cota.

Legislação aplicável

- CC, arts. 1052 e SS.


- omissão: regras de sociedade simples;

- contrato social- cláusula prevê regência supletiva pelas lei das S/A.

Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas
normas da sociedade simples.

Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade


limitada pelas normas da sociedade anônima.

Constituição da sociedade Ltda

A) Requisitos de validade do contrato social


1- Agente capaz – menor pode ser sócio?
STF= Sim, desde que preenchidos alguns requisitos:
A) Devidamente assistido ou representado;
B) O capital social deve estar totalmente integralizado.
C) O menor não pode exercer a asministração.
2- objeto lícito
3- forma legal
a- instrumento particular
b- escritura pública
em ambas as formas é necessário visto do advogado sob pena de
nulidade. (8906/94- OAB, art. 1º)
Exceção: não se exige essa obrigatoriedade para ME e EPP.
B) Pressupostos de existência.
1- Pluralidade de sócio= 2 ou mais sócios
a) Unipessoal De forma originária não pode.
A lei admite de forma incidental (unipessoalidade temporária .
. por 180 dias)
Art. 1033, IV, CC

Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:

IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta


dias;

b) Cônjuges = sim
Não comunhão universal de bens
Separação obrigatória (ex. casar com mais de 60 anos)

Art. 977, CC.


Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros,
desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da
separação obrigatória.

2) “affectio societatis” – vontade comum entre os sócios

RESPONSABILIDADE SO SÓCIO

- a responsabilidade do sócio está restrita ao valor de suas quotas, mas todos os


sócios respondem de forma solidária pelo que falta para a integralização do capital
social.

Art. 1.052, CC. –

Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao


valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social.

- Subscrição – comprometimento do sócio com a sociedade.

-integralização – quando o sócio efetivamente paga.

Capital social é o valor destinado para a exploração da atividade econômica da


sociedade provindo da contribuição dos sócios.

Sócio remisso - O sócio que deixa de integralizar total ou integralizou parcialmente


suas cotas. Art. 1.004, pu, CC.

- exclusão

- ação de indenização

- Redução da cota

Art. 1.004.

Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à
indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já
realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031.

EXCEÇÕES:
- dívida trabalhista (jurisprudência unificada) – vai para o patrimônio do sócio

- dívida com o INSS - “

- os casos de desconsideração da personalidade jurídica - “

COTAS SOCIAIS

As cotas sociais conferem ao seu titular direito de sócio de uma sociedade Ltda.

FORMAS DE INTEGRALIZAÇÃO

a) Dinheiro
b) Bens móveis
Imóveis

O sócio responde pela evicção.

Obs.: não incide IBTI

Art. 156, § 2º, I CF

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens


imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto
os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

§ 2º - O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao


patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão
de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente
for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil;

c) Crédito – responde pela solvência

Obs.: é vedada a integralização com prestação de serviços.

Art. 1055, §2º, CC.


Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma
ou diversas a cada sócio.

§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.

TRANSFERÊNCIA DE COTAS

- QUEM define é o contrato social.

Omissão: art. 1.057, CC

De sócio para sócio- não precisa de autorização

De sócio para terceiro – só se não houver a oposição de mais de ¼ do capital social.

Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou
parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a
estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.

DIREITOS DOS SÓCIOS

1- Participação nos lucros. Art. 1008, CC.

Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de


participar dos lucros e das perdas.
2- Deliberar sobre assuntos sociais.
- assembleia ou reunião
- art. 1072, § 1º, CC.

§ 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for


superior a dez. (decisão não pode ser tomada em reunião)

Assembleia – tem formalidades que constam no CC

Reunião – número de formalidade menores desde que estejam no contrato social.

Art. 1079, CC.

Art. 1.079. Aplica-se às reuniões dos sócios, nos casos omissos no contrato, o
estabelecido nesta Seção sobre a assembleia, obedecido o disposto no § 1o do art.
1.072.
Decisões

Art. 1.010, CC.

Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre
os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos,
contados segundo o valor das quotas de cada um.

§ 1o Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a


mais de metade do capital.

§ 2o Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de empate,


e, se este persistir, decidirá o juiz.

§ 3o Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação


interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a
seu voto.

CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES

1- Quanto ao ato constitutivo


a- Soc. Contratuais
b- Sociedades estatutárias (institucionais)

SOCIEDADAE CONTRATUAIS SOCIEDADES ESTATUTÁRIAS


(INSTITUCIONAIS)
Contrato social Estatuto social
Capital social dividido em QUOTAS Capital social em AÇÕES
DUPLO VÍNCULO – existe um liame VÍNCULO É ÚNICO- não há o vinculo do
jurídico entre os sócios e a sociedade e sócios entre si.
outro dos sócios entre si.
(SOLIDARIEDADE)
- nome coletivo - Comandita por ações

- comandita simples - sociedade anônimas

- limitada

2- Quanto as condições para alienação da participação societária


Sociedades de pessoas Sociedades de capital
Atributos pessoais do sócios constitui São irrelevantes os atributos pessoais
um fator relevante dos sócios
O ingresso de terceiros dependerá - basta capacidade financeira.
de autorização unânime dos sócios.
Ex. art. 1.057 – se o contrato for
omisso e n houver oposição de mais
de ¼ dos sócios.
- nome coletivo - comandita por ações
- comandita simples - sociedade anônima
LT DA
Se o contrato for silente, ela será O contrato pessoas da ltda é que vai
considerada de pessoas. dizer se é de pessoas ou capital

3- Quanto a responsabilidade dos sócios

Mistas Ilimitada Limitadas


- Nome coletivo Ltda
Sociedade anônima
Comandita simples Comanditados Comanditários
Comandita por ações Diretores comuns

Exemplos

LTDA (S/P – sociedade de pessoas)

SÓCIOS SUBSCRIÇÃO INTEGRALIAÇÃO SALDO DEVEDOR


A 100.00 50.000 - 50.000
B 100.000 100.000 0
C 200.000 100.000 - 100.000
400.000 250.000 - 150. 000

Credor em R$ 500.000
A responsabilidade dos sócios é limitada ao capital subscrito e não integralizado. O credor
pode investir-se no patrimônio dos sócios até o valor de R$ 150.000.
O credor pode se investir-se contra o patrimônio pessoas de qualquer dos sócios pois há
solidariedade.

SOCIEDADE ANÔNIMA (S/C – sociedade de CAPITAL

SÓCIOS SUBSCRIÇÃO INTEGRALIAÇÃO SALDO DEVEDOR


A 100.00 50.000 - 50.000
B 100.000 100.000 0
C 200.000 100.000 - 100.000
400.000 250.000 - 150. 000
Credor em R$ 500.000
A responsabilidade dos sócios é limitada ao capital subscrito e não integralizado. O credor
pode investir-se no patrimônio SOCIAL até o valor de R$ 150.000.
O credor NÃO pode se investir-se contra o patrimônio pessoas de qualquer dos sócios pois
NÃO há solidariedade.

DIREITO CAMBIÁRIO

- conjunto de regras que disciplinam os títulos de crédito

Títulos de crédito - São documentos representativos de uma obrigação pecuniária


necessários ao exercício de um direito literal e autônomo.

- letra de câmbio - dec. 57. 663/66 – lei uniforme CC entre 887 e 926
- Nota promissória – Dec 2.044/1908 – lei Saraiva aplicação supletiva
- Cheque – Lei 7.357/ 85 – lei do cheque
- duplicata - lei 5. 474/68 Lei do cheque

- todos são Títulos de crédito extrajudiciais.


- estão regulados em legislação especial

Principais características dos títulos de créditos

Negociabilidade - a função primeira é propiciar a circulação de riquezas.

Executividade - na medida em que podem ser executados diretamente. Já se desprede a


presunção de liquidez e certeza.

REQUISITOS FUNDAMENTAIS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

- CARTULARIDADE – coorporificam o próprio direito.


- LITERALIDADE- são documentos escritos. Vale o que está consignado na cártula.
Aproveita tanto ao credor como ao devedor.
- AUTONOMIA – as obrigações são autônomas, é um direito próprio que está desvinculado
dos demais.
Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé.

TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE

LETRA DE CÂMBIO

- título de crédito a ordem – deve trazer desde seu nascimento a pessoa do beneficiário
(favorecido).
- criado mediante saque – emitir uma letra de câmbio.
Carlos sacou uma letra de câmbio contra Bruno em favor de Pedro.

aceita lc

Carlos Bruno pedro apresenta Bruno facultativo

N aceita lc -- vencto antecipado

Emitente= sacado favorecido

sacador tomador protesto

três posições jurídicas


- uma única pessoa pode ocupar duas posições jurídicas
sacador = sacado
sacador = tomador

- título de crédito abstrato – pode se emitida a partir de qualquer evento.

ACEITE
O aceite é facultativo e o não aceite implica no vencimento antecipado da dívida.
O tomador deve no primeiro dia útil depois da recusa promover o protesto.
Protesto gera o vencimento antecipado da letra contra co sacador e coobrigados cambiários
(endossantes e avalista)
O sacado que aceita a letra é aceitante. E reconheceu pagá-lo no total e data informados.
Anverso = frente
O aceite é promovido no anverso da letra através de assinatura na margem esquerda. O
aceite tem que estar no título.
O sacado que não aceita a letra não tem qualquer obrigação cambial
Se houver avalista ele poderá ser acionado
Recusa parcial do aceite
Espécies:
a- Aceite limitativo – o sacado reconhece parcialmente a obrigação.
- o tomador deve promover o protesto – equivale a recusa total
- enseja o direito do tomador no primeiro dia útil ao proteste e gera o vencimento
antecipado da dívida.

b- aceite modificativo – o sacado lança uma cláusula para pagamento em outra data.

- equivale a recusa total.

CLÁUSULA NÃO ACEITÁVEL

- é estipulação do sacador que estipula que o título não pode ser apresentado antes do vencimento.

AVAL

- trata-se de uma garantia cambial.


Duas posições jurídicas

Avalisado

Avalista

O aval é uma obrigação autônoma. É igual a obrigação garantida.

AVAL FIANÇA
Garantia cambial Garantia civil
Autônoma Acessória

Pode ser:

Em preto; identifica quem é pessoa que é favorecida.

Em branco: quando não há a identificação da pessoa favorecida. = aval do sacador (considera-se


garantido o sacador).

O aval parcial é permitido pela legislação especial e proibido pelo CC, prevalesce a legislação especial.

ENDOSSO

- A letra de cambio transfere-se pelo endosso.

- é meio através do qual o títulos circulam.

Transferência da propriedade

- investe os endossantes na condição de codevedores solidários- os endossantes são garantidores do


titulo de crédito.

Duas posições jurídicas

a- Endossante -
b- Endossatário -

Endosso parcial é proibido


CLÁUSULA SEM GARANTIA-

Lançamento da cláusula, sem a investidura do endossante como devedor solidário.

CLÁUSULA NÃO A ORDEM- impede o endosso. – foca proibida a circulação como título cambial ele vai
circular como seção civil (não há autonomia).

NOTA PROMISSÓRIA

- uma pessoa promete pagar uma quantia a outrem ou a quem esta indicar.

- retrata uma declaração unilateral da vontade.

- formação de duas posições jurídicas

promitente beneficiário–

emitente favorecido

sacador - tomador

sacado

- título a ordem- tem que trazer o nome do beneficiário.

- não é passível de aceite

- pode ser transferida por endosso

- pode ser garantida por aval

CHEQUE

- ordem de pagamento em dinheiro e a vista.

- 3 posições jurídicas

Emitente sacado beneficiário

Sacador banco/ instituição financeira tomador

- o sacado será sempre uma instituição financeira.

- segue a uma padronização mínimo determinado por resolução do banco Central REs. 885/83.

- o banco é mero intermediário mas não tem qualquer obrigação cambial.


- não comporta o aceite pois o sacador é o responsável pelo pagamento.

- o cheque é transferível por endosso.

- garante-se por aval.

- quando houver dois valore, vale o menor valor.

- vale o valor por extenso.

- cheque pós-datado (pré- datado) - segundo a lei é inválida a cláusula que pós date cheque.

súmula 370 STJ, reconhece a ocorrência do cheque em data anterior a data convencionada entre as
partes.

Cheque cruzado – permite que ja identificada a pessoa que foi beneficiada. Impede o desconto na boca
do caixa. Deve ser depositado.

Prazo prescricional- será de 6 meses – a contar da expiração do prazo de apresentação do cheque.


Tem como prazo de apresentação de 30 dias (mesma praça) ou 60 dias (praça diferente) da emissão.

- art. 59 da lei do cheque.

DUPLICATA

- é título de crédito causal- só pode ser emitida a partir de causas específicas: compra e venda mercantil
e prestação de serviços.

2 posições jurídicas:

Vendedor comprador

Sacador sacado

- título emitido em razão de um negócio a prazo. A partir de 30 dias.

- - completa-se pelo aceite

- o aceite é obrigatório.

Transfere-se pelo endosso.

Garante-se pelo aval.

- em todo contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no Brasil com prazo não
inferior de 30 dias, a contar da data de entrega ou despacho da mercadoria, emitirá o vendedor a
respectiva fatura para apresentação ao comprador, no ato de emissão dessa fatura poderá ser extraída
duplicata para circulação.
TÍTULO DE CRÉDITO ACEITE ENDOSSO AVAL
LETRA DE CÂMBIO SIM – FACULTATIVO SIM SIM
NOTA PROMISSÓRIA SIM SIM
CHEQUE SIM SIM
DUPLICATA SIM – OBRIGATÓTIO SIM SIM

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