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Direito Civil
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Sumário
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Maurício tornaram-se seus apoiadores e os pais de Fernanda, os apoiadores dela. Em 2021, Fernanda e
Maurício assinaram contratos com uma emissora de TV, também assinados por seus respectivos
apoiadores. Como precisarão morar próximo à emissora, o casal terá de mudar-se de sua cidade e, por
isso, está buscando alugar um apartamento. Nesta conjuntura, Maurício e Fernanda conheceram Miguel,
proprietário do imóvel que o casal pretende locar. Sobre a situação apresentada, conforme a legislação
brasileira, assinale a afirmativa correta.
Registro no Registro
Se por pessoa jurídica
Público de Empresas
empresária
Mercantis
Sócio
Personalidade separada – art. 49-A, CC
Pessoa jurídica
Confusão
patrimonial
Desconsideração Abuso da
Art. 50
da personalidade personalidade
Desvio de
finalidade
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A) Tendo em vista a absoluta autonomia da pessoa jurídica em relação aos seus sócios, não é possível,
em nenhuma hipótese, que, na ação de execução, Olívia atinja o patrimônio da pessoa jurídica Paulo
Compra e Venda de Joias Ltda.
B) É possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica, a fim de se atingir o patrimônio da
sociedade Paulo Compra e Venda de Joias Ltda., independentemente de restar configurada a situação
de abuso da personalidade jurídica.
C) Ainda que se comprove o abuso da personalidade jurídica, a legislação apenas reconhece a hipótese
de desconsideração direta da personalidade jurídica, não se admitindo a desconsideração inversa, razão
pela qual não é possível que Olívia atinja o patrimônio da sociedade Paulo Compra e Venda de Joias
Ltda.
D) É possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica, a fim de que Olívia atinja o patrimônio
da sociedade Paulo Compra e Venda de Joias Ltda., caso se considere que Paulo praticou desvio de
finalidade ou confusão patrimonial.
A) A convocação de Assembleia Geral feita pela Associação Atlética apresenta um vício formal que
conduz à nulidade absoluta, haja vista a impossibilidade da realização de Assembleia Geral por meio
eletrônico.
B) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é possível juridicamente, desde que respeitada
a participação e a manifestação dos associados, salvo para alteração estatutária, que deverá ser feita por
reunião presencial, de modo que o edital da Associação Atlética é nulo, admitindo-se a conversão.
C) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é válida, desde que garantida a participação e
a manifestação dos associados, além do respeito às normas estatutárias, inclusive, para a finalidade de
alteração dos estatutos.
D) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é anulável, por falta de previsão legal, admitindo-
se, por conseguinte, a convalidação.
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Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também
restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são
separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem
como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos (colhidos). Já os frutos pendentes
(ainda não colhidos) devem ser restituídos, assim como aqueles que tenham sido colhidos por
antecipação.
O possuidor de má-fé deve devolver todos os frutos colhidos ou pendentes, bem como
aqueles que deixou de colher por culpa sua (art. 1.216, CC), devendo, neste último caso, ser
responsabilizado no caso de perecimento do frutos não colhidos por sua culpa (reparação de
danos – responsabilidade civil). Mas tem direito, o possuidor de má-fé a ser indenizado pelas
despesas de produção e custeio.
Os frutos naturais são aqueles provenientes da coisa principal (frutas, por exemplo).
Estes, tão logo sejam separados da coisa principal consideram-se colhidos.
Os frutos industriais são aqueles que derivam de uma atividade humana (tudo o que venha
a ser produzido em uma fábrica, por exemplo). Estes, assim, como os naturais, logo após
separados consideram-se colhidos.
Os frutos civis derivam de uma relação jurídica ou econômica (rendimentos de aplicações
financeiras, aluguel de imóveis, por exemplo). Estes são percebidos na data prevista para
vencimento do aluguel ou do “aniversário” da aplicação financeira.
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São voluptuárias aquelas feitas para o mero prazer, sem aumento da utilidade da coisa
(decoração do jardim) - art. 96, CC.
Benfeitorias necessárias: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a
estas benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas. O possuidor
de má-fé tem direito de ser ressarcido apenas quanto a estas benfeitorias (aquele que tiver o
dever de indenizar tem direito de optar entre o valor atual da coisa e o custo dela), não possuindo
direito de retenção.
Benfeitorias úteis: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a estas
benfeitorias (pelo valor atual) ou exercer o direito de retenção pelo valor delas.
Benfeitorias voluptuárias: o possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado quanto a
estas benfeitorias ou de retirá-las, desde que não haja detrimento da coisa (que não haja a
desvalorização do imóvel, por exemplo), caso não lhes sejam pagas. O possuidor de má-fé não
tem direito a levantar as benfeitorias voluptuárias.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a
que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse
do reivindicante.
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Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído
no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1° O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria
força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
§ 2° Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de
outro direito sobre a coisa.
Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á
provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve de alguma das
outras por modo vicioso.
Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o
terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.
Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões não aparentes,
salvo quando os respectivos títulos provierem do possuidor do prédio serviente, ou
daqueles de quem este o houve.
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A) Mélvio não faz jus ao direito de retenção por benfeitorias, pois sua posse é de má-fé e as benfeitorias,
ainda que necessárias, não devem ser indenizadas, porque não mais existiam quando a ação de
reintegração de posse transitou em julgado.
B) Mélvio é possuidor de boa-fé, fazendo jus ao direito de retenção por benfeitorias e devendo ser
indenizado por Cassandra com base no valor delas.
C) Mélvio é possuidor de má-fé, não fazendo jus ao direito de retenção por benfeitorias, mas deve ser
indenizado por Cassandra com base no valor delas.
D) Mélvio é possuidor de má-fé, fazendo jus ao direito de retenção por benfeitorias e devendo ser
indenizado pelo valor atual delas.
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Os casados sob esse regime, não podem constituir sociedade entre si (art. 977, CC).
Arts. 1.672 e seguintes, CC: por este regime, cada cônjuge conserva como de seu
domínio os haveres que trouxe para o casamento, e os conseguidos ao longo de sua duração,
administrando-os e aproveitando os seus frutos. Mas, na época da dissolução do vínculo
conjugal procede-se à divisão do acervo adquirido a título oneroso.
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A) Silvana não precisa de autorização de Arnaldo para alienar o apartamento, pois destina-se ao
incremento da renda familiar.
B) A autorização de Arnaldo para alienação por Silvana é necessária, por conta do regime da comunhão
parcial de bens.
C) Silvana não precisa de autorização de Arnaldo para alienar o apartamento, pois se trata de bem
particular.
D) A autorização de Arnaldo para alienação por Silvana é necessária e decorre do casamento,
independentemente do regime de bens.
A) As ações e o apartamento.
B) O carro e o prêmio de loteria.
C) O carro e o apartamento.
D) As ações e o prêmio de loteria.
5. Sucessões: morte
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- Real
MORTE
- Presumida
A) Somente com a localização do corpo de Gumercindo será possível a decretação de sua morte e a
transferência da propriedade dos bens para os herdeiros.
B) Eles devem requerer a declaração de ausência, com nomeação de curador dos bens, e, após um ano,
a sucessão provisória; a sucessão definitiva, com transferência da propriedade dos bens, só poderá
ocorrer depois de dez anos de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão
provisória.
C) Eles devem requerer a sucessão definitiva do ausente, pois ele já teria mais de oitenta anos de idade,
e as últimas notícias dele datam de mais de cinco anos.
D) Eles devem requerer que seja declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, por ele se
encontrar desaparecido há mais de dois anos, abrindo-se, assim, a sucessão.
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6. Aceitação e renúncia
*Para todos verem: esquema.
Parte do herdeiro
renunciante acresce
aos herdeiros de
Efeitos mesma classe
Ninguém representa
herdeiro renunciante
7. Exclusão da sucessão
*Para todos verem: tabela comparativa.
INDIGNIDADE DESERDAÇÃO
Decorre de lei. Decorre da vontade do autor da herança.
Hipóteses: art. 1.814, CC. Hipóteses: art. 1.814 + art. 1.962 + art. 1.963,
CC.
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Admite reabilitação, mediante perdão do Não comporta perdão, pois o ato correspondente
ofendido. é praticado em testamento (ato de última
vontade). Pode, contudo, novo testamento
revogar o anterior.
Nem sempre os fatos são anteriores à morte do Os suportes fáticos são anteriores à morte do
autor da herança. autor da herança.
A) A pretensão de Hermes não poderá ser concretizada segundo o Direito brasileiro, visto que o
descendente, herdeiro necessário, não poderá ser privado de sua legítima pelo ascendente, em nenhuma
hipótese.
B) Não é necessário que Hermes realize qualquer disposição ainda em vida, pois o abandono pelos
descendentes é causa legal de exclusão da sucessão do ascendente, por indignidade.
C) Existe a possibilidade de deserdar o herdeiro necessário por meio de testamento, mas apenas em
razão de ofensa física, injúria grave e relações ilícitas com madrasta ou padrasto atribuídas ao
descendente.
D) É possível que Hermes disponha sobre deserdação de Lorena em testamento, indicando,
expressamente, o seu desamparo em momento de grave enfermidade como causa que justifica esse ato.
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8. Sucessão legítima
*Para todos verem: esquema.
Falecido solteiro
DESCENDENTES
- Mais próximos excluem os mais remotos;
- Existe direito de representação;
- Filhos sucedem por cabeça;
- Outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se
achem ou não no mesmo grau.
ASCENDENTES
- Mais próximos excluem os mais remotos;
- Não há direito de representação;
- Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os
ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a
outra aos da linha materna.
COLATERAIS
- Mais próximos excluem os mais remotos;
- Ordem: 1º irmãos - 2º sobrinhos - 3º tios - 4º demais colaterais;
- Existe direito de representação – FILHOS DE IRMÃOS: irmão
unilateral – peso 1 - irmão bilateral – peso 2.
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Quem paga;
Objeto do pagamento;
Lugar do pagamento;
Tempo do pagamento.
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Se houver pagamento por terceiro não interessado, sem que o devedor saiba ou em
oposição ao devedor não terá o terceiro direito de pedir o reembolso para o devedor, se este
último tinha meios para ilidir a ação.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o
valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a
pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Prova: o devedor que paga, tem direito à quitação regular e pode reter o pagamento, se
não lhe for entregue a quitação. Quitação é a prova efetiva do pagamento. Seus requisitos se
encontram no artigo 320:
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o
valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo
e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se
de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
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Muito importante:
“Artigo 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do
credor relativamente ao previsto no contrato.”
Temos uma importante relação com o Princípio da boa-fé objetiva. Temos aqui a aplicação
da “supressio” e da “surrectio”.
“Supressio” significa supressão, por renúncia tácita, pelo não exercício com o passar do
tempo.
Já a “surrectio” significa que, ao mesmo tempo em que o credor, por exemplo, perde o
direito do pagamento no domicílio estipulado, significa que o devedor ganha um novo domicílio
para efetuar o pagamento.
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10) FGV - 2020 - OAB – 31º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Jacira mora em um apartamento alugado, sendo a locação garantida por fiança prestada por seu pai,
José. Certa vez, Jacira conversava com sua irmã Laura acerca de suas dificuldades financeiras, e
declarou que temia não ser capaz de pagar o próximo aluguel do imóvel. Compadecida da situação da
irmã, Laura procurou o locador do imóvel e, na data de vencimento do aluguel, pagou, em nome próprio,
o valor devido por Jacira, sem oposição desta. Nesse cenário, em relação ao débito do aluguel daquele
mês, assinale a afirmativa correta.
A) Laura, como terceira interessada, sub-rogou-se em todos os direitos que o locador tinha em face de
Jacira, inclusive a garantia fidejussória.
B) Laura, como terceira não interessada, tem apenas direito de regresso em face de Jacira.
C) Laura, como devedora solidária, sub-rogou-se nos direitos que o locador tinha em face de Jacira, mas
não quanto à garantia fidejussória.
D) Laura, tendo realizado mera liberalidade, não tem qualquer direito em face de Jacira.
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A sub-rogação pode ser entendida como a substituição de uma pessoa por outra,
realizada através do pagamento.
O exemplo que pode ser trazido é o caso do fiador que paga a dívida do devedor, para
que não seja responsabilizado pelo pagamento. Ao fazer isso, o credor sai da relação
obrigacional, já que recebeu o pagamento e o então fiador passa a ser o novo credor do devedor
(que não pagou e então continuará devendo, mas agora para o novo credor, que era seu antigo
fiador).
Importante destacar que na sub-rogação não há a extinção da dívida e sim a substituição
de uma pessoa por outra através do pagamento. A sub-rogação transfere ao novo credor todos
os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor
principal e os fiadores.
Há dois grandes tipos de sub-rogação: legal e convencional.
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Como regra, quem deverá escolher qual dívida será paga, é o devedor (artigo 352). Se o
devedor nada fizer e a quitação for omissa quanto ao pagamento, então teremos a imputação
legal, ou seja, a lei, no seu artigo 355, que diz quais serão as dívidas a serem pagas:
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à
imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas
forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
Assim:
1. Havendo capital e juros, primeiro se fará nos juros;
2. A imputação será feita na dívida vencida em primeiro lugar;
3. Se todas forem vencidas na mesma data, então a imputação deverá ser feita na
mais onerosa.
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Além disso, é necessária a chamada “intenção de novar”. O animo de novar está expresso
no artigo 361.
Não é possível que haja novação de obrigações nulas e extintas (artigo 367). Assim, a
obrigação meramente anulável pode ser objeto de novação.
Obrigação ainda pode ser adimplida Obrigação não pode mais ser cumprida
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Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança
especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da
pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.
Assim, quando houver clausula penal moratória, poderá o credor exigir o cumprimento da
obrigação e o cumprimento da clausula penal moratória.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal
tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente
excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
Ainda que o prejuízo exceda o previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir
indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como
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mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente. Assim, não se pode
cumular multa compensatória com indenização por perdas e danos decorrentes do
inadimplemento da obrigação. Contudo, se no contrato estiver previsto tal possibilidade, a multa
compensatória será já o mínimo de indenização. Cabe ao credor então comprovar o prejuízo
excedente.
11) FGV - 2017 - OAB – 22º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Festas Ltda., compradora, celebrou, após negociações paritárias, contrato de compra e venda com
Chocolates S/A, vendedora. O objeto do contrato eram 100 caixas de chocolate, pelo preço total de R$
1.000,00, a serem entregues no dia 1º de novembro de 2016, data em que se comemorou o aniversário
de 50 anos de existência da sociedade. No contrato, estava prevista uma multa de R$ 1.000,00 caso
houvesse atraso na entrega. Chocolates S/A, devido ao excesso de encomendas, não conseguiu entregar
as caixas na data combinada, mas somente dois dias depois. Festas Ltda., dizendo que a comemoração
já havia acontecido, recusou-se a receber e ainda cobrou a multa. Por sua vez, Chocolates S/A não
aceitou pagar a multa, afirmando que o atraso de dois dias não justificava sua cobrança e que o produto
vendido era o melhor do mercado. Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) Festas Ltda. tem razão, pois houve o inadimplemento absoluto por perda da utilidade da prestação e
a multa é uma cláusula penal compensatória.
B) Chocolates S/A não deve pagar a multa, pois a cláusula penal, quantificada em valor idêntico ao valor
da prestação principal, é abusiva.
C) Chocolates S/A adimpliu sua prestação, ainda que dois dias depois, razão pela qual nada deve a título
de multa.
D) Festas Ltda. só pode exigir 2% de multa (R$ 20,00), teto da cláusula penal, segundo o Código de
Defesa do Consumidor.
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Perda total ou
parcial da
propriedade
Anterioridade do
Aquisição
direito daquele
realizada de
que ganhou a
forma onerosa
ação judicial
Indenização Pelos
Indenização Custas
Restituição dos frutos prejuízos que
pelas judiciais e
integral do que tiver sido diretamente
despesas dos honorários do
preço obrigado a resultarem da
contratos advogado
restituir evicção
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12) FGV - 2019 - OAB – 30º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Joana doou a Renata um livro raro de Direito Civil, que constava da coleção de sua falecida avó, Marta.
Esta, na condição de testadora, havia destinado a biblioteca como legado, em testamento, para sua neta,
Joana (legatária). Renata se ofereceu para visitar a biblioteca, circunstância na qual se encantou com a
coleção de clássicos franceses. Renata, então, ofereceu-se para adquirir, ao preço de R$ 1.000,00 (mil
reais), todos os livros da coleção, oportunidade em que foi informada, por Joana, acerca da existência de
ação que corria na Vara de Sucessões, movida pelos herdeiros legítimos de Marta. A ação visava
impugnar a validade do testamento e, por conseguinte, reconhecer a ineficácia do legado (da biblioteca)
recebido por Joana. Mesmo assim, Renata decidiu adquirir a coleção, pagando o respectivo preço.
Diante de tais situações, assinale a afirmativa correta.
A) Quanto aos livros adquiridos pelo contrato de compra e venda, Renata não pode demandar Joana pela
evicção, pois sabia que a coisa era litigiosa.
B) Com relação ao livro recebido em doação, Joana responde pela evicção, especialmente porque, na
data da avença, Renata não sabia da existência de litígio.
C) A informação prestada por Joana a Renata, acerca da existência de litígio sobre a biblioteca que
recebeu em legado, deve ser interpretada como cláusula tácita de reforço da responsabilidade pela
evicção.
D) O contrato gratuito firmado entre Renata e Joana classifica-se como contrato de natureza aleatória,
pois Marta soube posteriormente do risco da perda do bem pela evicção.
Observação: preço que sua fixação fica ao livre arbítrio da outra parte - nulo, segundo
artigo 489 do CC.
b) Coisa: pode ser a venda de algo que já existe ou de bens que virão a existir (coisa
futura) conforme artigo 483 do CC.
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Atual
Coisa
Futura
Terceiro
Elementos
Mercado/ bolsa
Preço Índices/
parâmetros
Costumes
13) FGV - 2020 - OAB – 31º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Antônio, divorciado, proprietário de três imóveis devidamente registrados no RGI, de valores de mercado
semelhantes, decidiu transferir onerosamente um de seus bens ao seu filho mais velho, Bruno, que
mostrou interesse na aquisição por valor próximo ao de mercado.
No entanto, ao consultar seus dois outros filhos (irmãos do pretendente comprador), um deles, Carlos,
opôs-se à venda. Diante disso, bastante chateado com a atitude de Carlos, seu filho que não concordou
com a compra e venda do imóvel, decidiu realizar uma doação a favor de Bruno.
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A) A compra e venda de ascendente para descendente só pode ser impedida pelos demais descendentes
e pelo cônjuge, se a oposição for unânime.
B) Não há, na ordem civil, qualquer impedimento à realização de contrato de compra e venda de pai para
filho, motivo pelo qual a oposição feita por Carlos não poderia gerar a anulação do negócio.
C) Antônio não poderia, como reação à legítima oposição de Carlos, promover a doação do bem para um
de seus filhos (Bruno), sendo tal contrato nulo de pleno direito.
D) É legítima a doação de ascendentes para descendente, independentemente da anuência dos demais,
eis que o ato importa antecipação do que lhe cabe na herança.
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Obs.: mútuo para um menor. O Código Civil protege o menor, dizendo que quem empresta
para um menor, não poderá reaver o que emprestou. Contudo, há várias exceções, de quando
o mutuante pode, portanto, reaver o que foi emprestado. São elas:
a) O representante do menor ratificar o empréstimo;
b) Se o menor, em caso de ausência do representante, se viu obrigado a contraí‑lo
para os seus alimentos habituais;
c) Se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho, caso em que a execução do
credor não lhes poderá ultrapassar as forças;
d) Se o empréstimo reverteu em benefício do menor;
e) Se este obteve o empréstimo maliciosamente.
14) FGV - 2017 - OAB – 23º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Cássio, mutuante, celebrou contrato de mútuo gratuito com Felipe, mutuário, cujo objeto era a quantia de
R$ 5.000,00, em 1º de outubro de 2016, pelo prazo de seis meses. Foi combinado que a entrega do
dinheiro seria feita no parque da cidade. No entanto, Felipe, após receber o dinheiro, foi furtado no
caminho de casa.
Em 1º de abril de 2017, Cássio telefonou para Felipe para combinar o pagamento da quantia emprestada,
mas este respondeu que não seria possível, em razão da perda do bem por fato alheio à sua vontade.
Acerca dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) Cássio tem direito à devolução do dinheiro, ainda que a perda da coisa não tenha sido por culpa do
devedor, Felipe.
B) Cássio tem direito à devolução do dinheiro e ao pagamento de juros, ainda que a perda da coisa não
tenha sido por culpa do devedor, Felipe.
C) Cássio tem direito somente à devolução de metade do dinheiro, pois a perda da coisa não foi por culpa
do devedor, Felipe.
D) Cássio não tem direito à devolução do dinheiro, pois a perda da coisa não foi por culpa do devedor,
Felipe.
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Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar
culpa da vítima ou força maior.
Atentar para as excludentes: nas quais o dono/detentor não será responsabilizado: culpa
da vítima e força maior.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das
coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
15) FGV - 2022 - OAB – 36º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Henrique, mecânico da oficina Carro Bom, durante a manutenção do veículo de Sofia, deixado aos seus
cuidados, arranhou o veículo acidentalmente, causando danos materiais à mesma. Ciente de que
Henrique não tinha muitos bens materiais e que a execução em face de Henrique poderia ser frustrada,
Sofia pretende ajuizar ação indenizatória em face da oficina Carro Bom. A esse respeito, é correto
afirmar que Carro Bom responderá
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A) pelos danos causados a Sofia, devendo-se perquirir se houve culpa em eligendo pela oficina de um
preposto desqualificado.
B) subsidiariamente pelos danos causados por Henrique, caso este não tenha bens suficientes para
saldar a execução.
C) objetivamente pelos danos, sendo vedado o regresso em face do mecânico que atuou culposamente,
pois a oficina não poderá repassar o risco de seu negócio a terceiros.
D) objetivamente pelos danos, sendo permitido o regresso em face do mecânico que atuou culposamente.
Vários bens
Único bem
Regra: impenhorabilidade
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Muito importante: quando o ofendido não for o doador, mas cônjuge, ascendente,
descendente, ou irmão deste, ou descendente adotivo, também pode o doador pleitear a
revogação da doação, de acordo com o artigo 558 do CC.
b) Por descumprimento de encargo: especialmante previsto no art. 562 do CC:
Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o
donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá
notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a
obrigação assumida
A) Maria poderá pedir a nulidade das doações feitas por João, já que negócio jurídico nulo não é passível
de convalidação.
B) As doações realizadas por João para Carla são passíveis de anulação, em um prazo de até dois anos
da dissolução da sociedade conjugal.
C) O prazo para pedir a anulação das doações feitas por João para Carla é de dois anos a partir da
celebração do negócio jurídico tendo, portanto, o prazo já expirado.
D) Maria nada poderá fazer com relação às doações feitas por João, já que não são oriundas da legítima
de João.
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A) A garantia prestada por Fernando para Karine é do tipo subsidiária, ou seja, primeiro os bens de Karine
serão demandados e, caso insuficientes, então os bens de Fernando poderão ser demandados.
B) Há responsabiidade solidária entre Fernando e Karine, já que ambos estarão devendo para Fernanda.
C) O benefício de ordem não decorre automaticamente da lei, devendo ser expressamente colocado no
contrato entabulado entre as partes.
D) A fiança, por ser uma garantia real, não incide sobre todo o patrimônio do fiador, mas sim somente
sobre os bens para tanto designados.
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Importante: vale lembrar que se a culpa for exclusiva da vítima, não teremos
responsabilização do ofensor, já que é causa que quebra o nexo causal.
Observação:
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização
devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência,
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe
lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
A) A responsabilidade do médico é do tipo objetiva, ou seja, não necessita a comprovação de culpa para
a configuração do dever de indenizar.
B) Leonardo Santos irá responder pelo regime da responsabilidade subjetiva, de forma que Flávia precisa
demonstrar a culpa do causador do dano.
C) Para que haja a configuração do dever de indenizar, por ser responsabilidade objetiva, Flávia precisa
somente demonstrar o dano sofrido.
D) Flávia não faz jus a nenhum tipo de indenização, já que a obrigação do médico não é de resultado e,
por isso, eventuais danos podem ocorrer em decorrência do tratamento médico.
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Testamento
Unidades autônomas + partes
comuns
Idenficação da fração
ideal
Instituição
Finalidade
Aquisação de todas as
unidades por uma só
Extinção pessoa
Destruição do imóvel
Desapropriação
Forma de condomínio edilício, mas sem
construção, onde existem partes de
De lotes propriedade exclusiva e partes comuns.
Seria a regulamentação dos chamados
"condomínios fechados"
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A) De fato não podem os amigos de João e Maria utilizar o imóvel, pois o regime de multipropriedade, ao
contrário do condominial, é personalíssimo.
B) Como houve cessão da fração de tempo através de aluguel, o casal de amigos não poderá acessar o
imóvel, já que o regime de multipropriedade admite apenas a cessão gratuita a terceiros.
C) No regime de multipropriedade, podem usar o imóvel João e Maria, diretamente, ou, então, terceiros
a quem eles tenham cedido a fração de tempo, seja em forma de locação ou de comodato.
D) Como João e Maria não poderão usar o imóvel desde o início de sua fração de tempo, não poderão
ceder a terceiros, mas poderão estender seu período sobre a próxima fração de tempo.
6. Alimentos
*Para todos verem: esquema.
ALIMENTOS
Dever
Pressupostos Sujeitos da Obrigação Mudança = Alimentos
Parentesco familiar de de fixação Art. 1.695
obrigação alimentar revisionais gravídicos
sustento
Necessidade
Pelo seu
x
possibilidade trabalho ou Para a
Ascendentes Divisível;
Vínculo ≠ x
bens não Majoração
pode custear pais, avós... não solidária gestante
proporcionali
as despesas
dade
Exoneração:
- Constituição de Fixados, com
nova família, por o nascimento
si só, não do filho,
Irmãos autoriza
convertem-se
exoneração;
- Maioridade não automaticame
é suficiente para nte
exonerar.
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Súmula 596 do STJ: A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e
subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu
cumprimento pelos pais.
Súmula 621 do STJ: Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante
do pagamento retroagem à data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade.
A) Como Pedro é parente colateral de Maria, não tem obrigação de prestar alimentos a esta, ainda que
haja necessidade por parte dela.
B) Pedro só será obrigado a prestar alimentos caso Maria não possua ascendentes nem descendentes,
ou, se os possuir, estes não tiverem condições de prestá-los ou complementá-los.
C) A obrigação de prestar alimentos é solidária entre ascendentes, descendentes e colaterais, em
havendo necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante.
D) Pedro não tem obrigação de prestar alimentos, pois não é irmão de Maria.
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Rompimento de testamento
TESTAMENTO É CUMPRIDO TESTAMENTO NÃO É
= mas com redução das CUMPRIDO = rompe-se;
disposições ao limite da parte Sucessão será exclusivamente
disponível; legítima.
Sucessão será legítima – 50%
Art. 1.973, CC
e testamentária – 50%.
A) poderá dispor de 15% de seu patrimônio para Alice, apenas pela forma pública.
B) poderá dispor da totalidade de seu patrimônio para Alice, seja por instrumento público, particular ou
cerrado.
C) poderá dispor de até metade da sua herança para Alice, apenas por instrumento público.
D) poderá dispor de até metade de seu patrimônio para Alice, por qualquer forma de testamento.
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8–C 9–D 10 – B 11 – A 12 – A 13 – D 14 – A
15 – D 16 – B 17 – A 18 – B 19 – C 20 – B 21 – D
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]]]
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