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Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora
muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas
isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas.
Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque
nenhuma mentira vem da verdade.
1 João 2:18-21
Para começar esse assunto precisamos entender que o alvo principal de nossa busca é o
conhecimento de Deus. Não meramente encontrar doutrinas, mas com elas, chegar ao
conhecimento de Deus.
“O Fim principal do homem é glorificar a Deus e goza-lo para sempre” (Breve Catecismo)
- Por nossos próprios esforços não podemos chegar-nos a Deus (Deus precisa revelar-se, e Ele
o fez em Sua infinita misericórdia e benevolência.
Como?
1) Na criação
2) Na história
3) Na providencia
4) Mas principalmente nesse livro que chamamos de bíblia.
Outra pergunta que devemos fazer é a seguinte, essa bíblia é inspirada? Podemos acreditar
nesse livro e em sua revelação apresentada?
Alguém pode dizer: Muito bem, vamos agora falar sobre a primeira doutrina, a doutrina de
Deus.
Quando abrimos a bíblia descobrimos que ela não é só uma coleção de doutrinas expressas,
encontramos também uma porção de histórias sobre:
1) Reis
2) Príncipes
3) Nascimentos
4) Mortes
5) Relatos de casamentos
6) E assim por diante
Se a bíblia fosse apenas uma coleção de doutrinas, seria fácil, pois teríamos apenas que
encontrar a página, e encontrar a doutrina.
Então surge a pergunta: Como essas doutrinas podem ser encontradas? O que fazer para
descobri-las?
Alguém poderá dizer: “Não estou interessado em doutrinas. Sou uma pessoa da bíblia. Que as
pessoas curiosas discutam sobre doutrinas se desejarem; você me dá a bíblia e eu fico
satisfeito. ”
Essa seria uma declaração insensata e ridícula, pois a pessoa que se aproxima da bíblia deve
crer em algo como resultado de sua leitura.
Pare e pense: a maioria das seitas proeminentes dizem que estão fundamentadas na bíblia.
E não adianta dizermos que não cremos no que essas pessoas creem, precisamos saber como
encontrar cada doutrina se esperamos algum dia libertar essas pessoas de seus erros e leva-las
ao verdadeiro conhecimento de Deus.
Devemos estar em condição de explicar-lhes o erro e onde não são bíblias, ajuda-las a
descobrirem a fonte de seus erros.
A Igreja Primitiva
Nossos irmãos na igreja primitiva chegaram a essa mesma condição. João diz que haviam
pessoas entre toda a igreja cristã que alegavam crer na verdade, porém alguns a haviam
abandonado.
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas
isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
1 João 2:19
Eram culpados de erro e de heresias em uma ou outra parte. Tal como foi lá, é hoje também.
Precisamos conhecer o que cremos e por que cremos.
Então como podemos chegar ao conhecimento dessas doutrinas? O que devemos fazer?
Vamos propor três coisas principais que nos ajudarão a entender essa matéria.
1) Primeiro ponto importante é que teremos que tratar sobre qual é o lugar que a Razão,
o Discernimento e o Intelecto ocupam netas questões.
Somente por meio da razão ninguém tem como chegar a Deus. O Intelecto é insuficiente. “ O
mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria”. 1 Cor. 1:21.
A mente e a lógica humana fracassam, alguns dos gênios da história descobriram que lhes
faltavam algo, que vai além deles.
1) Devemos nos apegar a bíblia como única fonte de revelação que leva Deus. Precisamos
aceitar a bíblia.
Não podemos possuir conhecimento de Deus a parte do que a bíblia me comunica. Temos que
ser como João Wesley, homens e mulheres de um livro.
- Devo submeter-me inteiramente a bíblia, e tal fato terá em mira certas coisas.
A). Quando leio a bíblia e suas doutrinas devo saber que estou lindando com algo que está
além do meu entendimento.
Exemplo; você pode entender a doutrina da Trindade? Quando lidamos com a bíblia, há um
limite para razão. Nossa razão nos conduz até determinado ponto, e então entramos na esfera
da revelação, onde Deus graciosamente Se apraz em manifestar-Se a nós.
2) Precisamos aceitar verdades onde não podemos entende-las nem plenamente explica-
las.
Isso é uma definição de fé muito aceitável; veja: fé significa que homens e mulheres decidem
muito deliberadamente viver satisfeitos somente com o que têm na Bíblia, e então param de
fazer perguntas.
Vocês podem dizer prontamente se alguém é ou não verdadeiramente uma pessoa de fé.
Basta ouvi-la.
Alguns estão sempre dizendo, mas eu não vejo isso e não posso entender aquilo. Fé,
entretanto, pressupõe que vivemos felizes em nos achar apegados a esse livro, e que estamos
sempre prontos a declarar, Deus revelou tudo o que quis revelar e tudo o que é bom para mim
se acha nesse livro.
Pensem quando por exemplo sobre quando começamos a discutir o problema do mal – como
ele entrou neste mundo. A Bíblia não nos informa o por que Deus o permitiu. Mas se
deixarmos a fé assumir o comando, nem pergunta faremos sobre esse ponto. Se a bíblia não
me diz nada, então não tenho nada a dizer.
Vamos ver isso de uma outra forma: Não caia na tentação de tentar misturar filosofia com
revelação. Mas alguém diz: Não sou filosofo. Ser filosofo não está necessariamente
relacionado com alguém que estudou filosofia ou tem a profissão de filosofo. Todos nós somos
filósofos. Cada pessoa que tem uma opinião sobre alguma coisa é automaticamente um
filosofo.
Como os que não creem em milagres ou no sobrenatural só por que diz que não podem
entender.
3) Jamais devemos permitir que sejamos dominados pelo nosso própria logica ou por
nosso desejo de possuir um sistema perfeito.
Isso é por que todos nós somos filósofos, temos o costume de querer entender tudo, e as
vezes passamos do ensino das escrituras saindo fora dela para tentar chegar a uma conclusão.
4) Nessa divisão que fizemos a última coisa a dizer é a seguinte: devemos submetermos
não somente a autoridade desse livro, mas também a orientação, a inspiração e a
iluminação do Espirito Santo.
Não podemos ler a bíblia da mesma maneira que lemos qualquer livro. Coisas espirituais
devem ser entendidas de forma espiritual. Portanto devemos sempre começarmos rogando a
Deus pelo Espirito Santo, para que nos instrua, ilumine, nos guarde do erro e dos perigos sutis.
2) O método pelo qual podemos chegar a doutrina. Se lembre que a bíblia não é uma
mera coleção de doutrinas.
Não iremos buscar nossas doutrinas em um certo número de textos. Alguns acham que é
assim. Isso não avança o suficiente.
- Descubramos toda declaração que pudermos achar na bíblia sobre o tema especifico.
- Então tendo, tendo-os reunido, tendo-o ordenado, procedemos a descobrir a doutrina que
repousa no fundamento.
Veja essas afirmações: Qual é a doutrina que estão propondo? O que elas nos expressam?
Qual elemento básico é comum a todas essas afirmações? Essa é a nossa doutrina.
Quando fizermos isso, veremos que existem certas regras que devem ser observadas.
1) Qualquer doutrina na qual alegamos crer, a partir da bíblia, deve ser sempre
claramente demonstrada na bíblia. Se não posso provar-lhes que a doutrina que
defendo se encontra na Bíblia, ou que a Bíblia a comprova ou demonstra, então devo
rejeitá-la.
Vamos ilustrar:
Já aprendemos que as pessoas as pessoas virão até nós dizendo que creem na bíblia. Então
vocês devem perguntar a elas: Mas de onde veio essa doutrina? Ah, lhes dirão, certa vez
alguém teve uma visão ou uma mensagem. Não podemos aceitar nada assim.
Dizemos, mas isso não está na bíblia, aí eles dizem, claro que não, nossa revelação e tradição
vai além do cânon do NT.
Devemos rejeitar.
Não podemos aceitar algo que vem em parte da escritura e outra parte de fora da escritura.
Deve ser pura, sem adulteração.
Temos que ter em mente que a escritura foi escrita para pessoas comuns e escravos.
Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne,
nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.
1 Coríntios 1:26
1 João 2:27
Essas pois são as regras gerais, vamos agora ver quais são as especificas.
Coletamos e reunimos os textos, o que fazer com eles? Há duas coisas essenciais a fazer.
Às vezes é fácil entender as doutrinas, olhamos para o texto e dizemos, isso é assim, isso
chama-se dedução.
Mas há outro método que se chama indução, exemplo a doutrina da trindade. Que Deus é um
em três pessoas. Isso não é dedução, é indução.
A luz do que estudamos, seria possível que cada cristão fosse capaz de concordar com todos os
demais cristãos sobre cada doutrina bíblica?
Outra causa para tais diferenças é que sempre temos a tendência de começar uma
teoria, e, uma vez iniciada, tentamos forçar as escrituras a nos favorecerem. Exemplo,
a igreja católica Romana.
Outra coisa é a pessoa pegar de maneira literal aquilo que tem o sentido simbólico.
Exemplo é quando Jesus diz; isso é o meu corpo... Isso é simbólico por que Jesus
estava lá quando falou... A mesma coisa o cálice que representa o sangue, não é literal.
Nosso Senhor teve que dizer a alguns de Seu próprios discípulos: O espírito é o que
vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida
(João 6:63). Foi preciso que lhes dissesse que, a não ser que comessem a carne do
Filho do homem, e bebessem o seu sangue, não teriam vida em si mesmos. Eles
disseram: Como podemos fazer isso? Estavam materializando-o, literalizando-o. Então
Ele disse: “Minhas palavras são espírito, a carne para nada aproveita. ”
Outra coisa é que existem assuntos na Bíblia sobre os quais não podemos falar
conclusivamente. E só saberemos quando chegarmos a glória. “Agora vemos e
entendemos em parte, como espelho, obscuramente. 1Cor 13:12. Nosso
conhecimento não perfeito, não é final, estejamos contentes com a revelação que nos
é dada.
Outra coisa é que há doutrinas na bíblia que nos são conclusivas, como a salvação,
morte e ressurreição de Jesus Cristo, o sobrenatural, o miraculoso. Sobre isso não
pode haver discordância.
E por fim as demais coisas onde não podemos ser conclusivos, sejamos
compreensíveis, sejamos tolerantes. Admitamos nossa incapacidade, pois um dia tudo
nos será manifesto.
Amém