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[Mulheres da Bíblia] “A Filha de Jefté –

Uma Submissão Sacrificial – Parte 1” por


Dr. Joel Beeke
por Flávia Silveira | segunda-feira, 29 abril, 2013 | Jovens Mulheres, Mulheres da
Bíblia, Submissão

Consideremos a filha de Jefté, cuja história é contada em Juízes 11:29-40. A filha de Jefté
viveu uma vida tão contagiante que ela influenciou muitas pessoas nos seus dias e nas
gerações vindouras. Os versículos 39 e 40 dizem: “Daqui veio o costume em Israel de as
filhas de Israel saírem por quatro dias, de ano em ano, a cantar em memória da filha de
Jefté, o gileadita.” Elas não podiam esquecer esta filha, pois sua vida foi um testemunho
de que a graça de Deus pode alcançar pecadores como nós . Pela bênção do Espírito, sua
submissão sacrificial influenciou muitos jovens a entregar suas vidas ao serviço de Deus.
Consideremos a contagiante submissão sacrificial da filha de Jefté olhando, inicialmente
para as circunstâncias difíceis que demandaram a sua submissão. Em seguida,
consideraremos várias maneiras em que essa filha mostrou submissão sacrificial. Então
vamos analisar como o seu tipo de submissão sacrificial é contagiante ainda hoje.
Trataremos especificamente, o difícil chamado à submissão, o maravilhoso exercício da
submissão, e a inspiradora submissão contagiante. O Difícil Chamado à Submissão. Os
planos de Deus são, muitas vezes diferentes dos nossos. Quando isso acontece, nos
deparamos com uma escolha: procederemos teimosamente no caminho que traçamos
para nós mesmos, ou mudaremos de rumo seguindo o caminho que Deus colocou diante
de nós? Esta escolha pode ser difícil. Você gostaria de jogar futebol com seus amigos nas
noites de quinta-feira, mas Deus está chamando você para uma programação da igreja
que é nas noites de quinta-feira. Qual caminho você vai tomar? Você gostaria de ter uma
carreira no Direito, mas agora Deus está chamando você para a maternidade. Qual
caminho você vai tomar? Isso não vale apenas para os planos de carreira. Pode ser que
tenhamos planejado passar o resto de nossas vidas com o homem ou a mulher que
amávamos. Mas Deus tomou aquele homem ou mulher de nós. Quando Deus nos chama
para algo que não tínhamos planejado, devemos nos submeter, reconhecendo que Sua
Vontade tem prioridade sobre a nossa própria orando para que a nossa vontade se
conforme a Dele. Esse tipo de submissão é um dos mais difíceis aspectos da vida cristã.
No entanto, é precisamente o que a filha de Jefté mostrou. Ela colocou de lado seus
próprios planos – suas esperanças e sonhos para a glória de Deus e por muitas gerações,
as filhas de Israel comemoraram a sua submissão. Para entender a filha de Jefté,
devemos primeiro entender Jefté e seu voto. O contexto histórico do voto de Jefté Para
que não consideremos o caso de Jefté e sua filha apenas como uma história trágica sobre
um voto tolo que custou a vida de uma menina inocente, vamos examinar o contexto
histórico deste incidente. Deus havia guiado os israelitas através do deserto para a terra
prometida de Canaã. Mas eles não completaram a conquista do povo de lá como Deus
havia ordenado, e agora eles estavam sofrendo as consequências. As pessoas estavam
sendo corrompidas pela adoração a deuses estranhos. Deus estava derramando
julgamento sobre eles, permitindo que outras nações os conquistassem e oprimissem.
Depois de anos de sofrimento, os filhos de Israel clamaram a Deus para que os
salvassem. E ele o faria. Ao longo do livro de Juízes, Deus enviou vários líderes para
resgatarem o seu povo da destruição e da opressão. Jefté foi um dos juízes que Deus
levantou para liderar a luta contra os opressores. À primeira vista, Jefté não era o tipo de
homem que você esperaria que Deus escolhesse. Ele era o filho ilegítimo de um gileadita
e uma prostituta. Seus meio-irmãos expulsaram-no da casa de seu pai, e ele foi forçado a
viver com um bando de marginalizados na terra de Tobe. No entanto, não é assim que
Deus trabalha tantas vezes? Ele não procura os melhores para fazer a Sua Vontade, ele
escolhe os oprimidos e os marginalizados, para que, utilizando-os poderosamente, Ele
possa receber toda a glória. Nas palavras de Paulo, Deus escolhe as “as coisas loucas do
mundo… as coisas fracas do mundo… as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e
aquelas que não são”(1 Coríntios. 1:27-28) para fazer seus milagres. Os anciãos de
Gileade pediram que Jefté os liderassem contra os amonitas que tinham se congregado
para combater os israelitas. Depois de algumas negociações, Jefté concordou em fazê-lo.
Ele enviou mensageiros ao rei dos amonitas. O rei recusou-se a ouvir, então Jefté
preparou seus homens para lutar contra os amonitas. Enquanto a batalha estava prestes a
começar, Jefté orou a Deus, tomando este voto: “Se, com efeito, me entregares os filhos
de Amom nas minhas mãos, quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro,
voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em
holocausto.” (Jz 11:30-31). Como poderia Jefté fazer um voto tão tolo? Será que ele não
teve a clarividência de pensar que alguém que ele amava poderia sair sua casa? Será que
ele não percebeu que ele estava fazendo uma promessa que poderia significar o sacrifício
de sua única e preciosa filha? Falhando em compreender o voto de Jefté Antes de
tirarmos conclusões apressadas, deixe-nos dar uma olhada mais cuidadosa na passagem.
Quando terminarmos, descobriremos que Jefté não fez um voto apressado e tolo, e que
ele não ofereceu a sua filha como um holocausto. Isto vai contra algumas antigas
interpretações desta história. Alguns comentaristas afirmaram que Jefté viveu em tempos
difíceis e que, indubitavelmente, foi influenciado por ideias pagãs, as quais incluíam
sacrifícios humanos e suborno aos deuses, a fim de se conseguir seus favores. De acordo
com esta antiga visão, Jefté deu vazão a estas ideias pagãs e, por isso, deve ser
menosprezado. Entretanto, examinando esta narrativa de perto, podem ser percebidas no
contexto, oito questões que, quando consideradas conjuntamente, conduzem-nos para
longe da suposição de que Jefté sacrificou a sua filha. Em primeiro lugar, Jefté não era um
homem precipitado. Jurar que você sacrificará qualquer pessoa que saia de sua casa para
o encontrar pode ser precipitado. Porém, Jefté já tinha provado aos anciãos de Israel e ao
rei dos Amonitas que era um homem cauteloso. Um pouco antes, Jefté não atendeu
prontamente o pedido dos anciãos para se tornar o líder de Israel, mas, cuidadosamente,
os questionou a fim de descobrir, primeiramente, os seus motivos e intenções. Ele também
não se precipitou na batalha, mas enviou mensageiros aos Amonitas em uma tentativa de
encontrar uma alternativa diplomática em vez da guerra, para pleitear a justiça da causa
de Israel. Segundo, em suas discussões com os Amonitas, Jefté demonstrou sua
familiaridade com as Escrituras. Seguramente, então, ele devia ter conhecimento de que
Levítico 18.21 e Deuteronômio 12.29-32 proíbem o oferecimento de sacrifícios humanos –
especialmente seus próprios filhos – como uma abominação diante de Deus. Em adição,
Juízes 11 está colocado em um contexto de reforma. Israel, incluindo Jefté, tinha se
arrependido e voltado para o Deus vivo. Terceiro, quando Jefté fez o seu voto, o Espírito
de Deus estava sobre ele. O Espírito o inspiraria a fazer um voto que contrariasse tão
claramente a Escritura revelada pelo próprio Espírito? Isso é difícil de acreditar, desde que
a Palavra e o Espírito nunca contradizem um ao outro. Também é difícil acreditar que
Israel tivesse seguido a Jefté como um líder se ele tivesse desobedecido a Escritura de
forma tão notória
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e se tivesse, de fato, sacrificado a sua filha. Quarto, olhemos mais de perto Juízes 11.31,
que diz: “quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso
dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto”. Uma
possível opção para essa tradução é lembrar que holocausto em hebraico nem sempre
significa sacrifício-sangrento. A palavra hebraica também pode significar “total dedicação”.
Neste caso, o voto de Jefté teria sido: quem sair da porta da minha casa “será do
SENHOR, e eu o oferecerei para uma completa dedicação ao SENHOR”. Outra questão
de tradução nos impede de entender a passagem corretamente. O último verso de Juízes
11 diz que as filhas de Israel iam anualmente para “lamentar” a filha de Jefté. A palavra
traduzida aqui como “lamentar” não é traduzida deste modo em nenhum outro lugar na
Bíblia. Ao invés disso, ela é entendida como “ensaiar” ou “comemorar”. Assim, as filhas de
Israel não lamentaram a morte da filha de Jefté. Elas comemoraram sua dedicação ao
serviço de Deus, o qual envolvia a submissão total do seu coração. Quinto, depois de
derrotar os Amonitas e encontrar a filha, Jefté teve bastante tempo para ponderar acerca
do que faria. Ele concedeu à sua filha dois meses para que ela lamentasse a sua
virgindade. Você não acha que, se realmente Jefté pretendesse sacrificar a sua filha, os
sacerdotes de Siló teriam vindo até ele durante aquele tempo a fim de o lembrarem da
proibição divina relativa ao sacrifício humano? Sexto, mesmo se o voto de Jefté tivesse
sido precipitado, Levítico 5.4-5 lhe oferecia a possibilidade de se arrepender de tal voto e
Levítico 27 a possibilidade de Jefté redimir a sua filha mediante o pagamento de um
resgate. Mesmo assim, Jefté recusou essas opções. Sétimo, quando a filha de Jefté foi
lamentar por dois meses, ela não lamentou a sua morte iminente, mas sim a sua
virgindade perpétua (Juízes 11.38). Finalmente, note que Jefté é recomendado em vez de
ser repreendido na Escritura. Ele governou sobre Israel durante outros seis anos. E 1
Samuel 12.11 menciona Jefté como um dos que mantiveram Israel a salvo. Samuel teria
recomendado Jefté se ele tivesse sacrificado a própria filha? Mais importante, Hebreus
11.32 menciona Jefté como um herói da fé em lugar de uma figura pagã desprezível.
Em conclusão, então, Jefté não prometeu matar sua filha, mas a dedicou ao serviço de
Deus, o que envolveu o desafio notável da sua virgindade perpétua. É o que diz o
versículo 39, que ele levou a cabo o seu voto, mas não adiciona, “e ela morreu”. Ao invés
disso, diz que, “ela jamais foi possuída por varão”. Jefté cumpriu o seu voto assim porque
a sua filha viveu o resto da vida como uma virgem.

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