Não Convencionais
para Transmissão de
Energia Elétrica
Meia onda+ e
Transmissão CA
Segmentada
E. H. Watanabe
A. S. Pedroso
A. C. Ferreira
A. C. S. Lima
R. F. S. Dias
B. Chuco
S. L. S. L. Barcelos
Edson Hirokazu Watanabe
Nasceu em Miguel Pereira-RJ, Brasil, em 7 de
novembro de 1952, recebeu o título de engenheiro
eletrônico pela Escola de Engenharia (1975) e
Mestre (1976) pela COPPE, ambas da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. É doutor pelo Instituto
de Tecnologia de Tóquio (1981). Atualmente,
é Professor Titular do Programa de Engenharia
Elétrica da COPPE, onde atua desde 1981, e é,
atualmente, Vice-Diretor da COPPE/UFRJ. Sua
área de interesse é a de aplicações de eletrônica de
potência em sistemas de potência. É pesquisador
nível 1A do CNPq membro do IEEE (PES, IAS,
PELS), Cigre, IEE-Japão, Sociedade Brasileira de
Eletrônica de Potência e Sociedade Brasileira de
Automática.
Alternativas
Não Convencionais
para Transmissão de
Energia Elétrica
Meia-onda+
Transmissão CA
Segmentada
EXECUTORA PROPONENTES
1ª Edição
Brasília
2013
Tiragem: 2.500 livros
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – Aneel
SGAN Quadra 603, Módulos I e J, Asa Norte. CEP: 70830-030. Brasília – DF
Romeu Donizete Rufino
Diretor-Geral
CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL S.A. – Eletronorte
SCN Quadra 06, Conjunto A, Blocos B e C, Entrada Norte 2, Asa Norte. CEP: 70716-901. Brasília – DF
Josias Matos de Araujo
Diretor-Presidente
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. – Furnas
Rua Real Grandeza 219, Botafogo. CEP: 22281-900. Rio de Janeiro – RJ
Flavio Decat de Moura
Diretor-Presidente
CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. – Cemig GT
Avenida Barbacena, 1200, Santo Agostinho. CEP: 30190-131. Belo Horizonte – MG
Djalma Bastos de Moraes
Presidente
COMPANHIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA – CTEEP
Rua Casa do Ator, 1.155, Vila Olímpia. CEP: 04546-004. São Paulo – SP
César Augusto Ramirez Rojas
Presidente
EMPRESA AMAZONENSE DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA S.A. – EATE
Rua Tenente Negrão, 166, Itaim-Bibi. CEP: 04530-030. São Paulo – SP
Elmar de Oliveira Santana
Diretor-Técnico
FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE PROJETOS, PESQUISAS E ESTUDOS TECNOLÓGICOS – COPPETEC
Rua Miniz de Aragão, 360, Bloco 1, Ilha do Fundão, Cidade Universitária, CEP 21941-972. Rio de Janeiro - RJ
Segen Estefen
Diretor-Superintendente
Capa, projeto gráfico e diagramação:
Goya Editora LTDA.
Revisão:
Ricardo Dayan
A466
Alternativas não convencionais para transmissão de energia elétrica: meia
onda+ e transmissão CA Segmentada / Edson Hirokazu Watanabe ...
[et al.] . – Brasília : Teixeira, 2013.
560 p. : il.
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-88041-10-3
CDD 621.319
Esta publicação é parte integrante das atividades desenvolvidas no âmbito do Programa de P&D da Aneel.
Chamada 005/2008 publicada em setembro de 2008, relacionada ao Projeto Estratégico –
Alternativas não Convencionais para a Transmissão de Energia Elétrica em Longas Distâncias.
Todos os direitos estão reservados pelas empresas indicadas acima.
Os textos contidos nesta publicação podem ser reproduzidos,
armazenados ou transmitidos, desde que citada a fonte.
Fotos de abertura de capítulos: www.sxc.hu
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
SUMÁRIO
Apresentação......................................................................................................................... 15
Homenagem.......................................................................................................................... 19
Resumo Executivo............................................................................................................ 25
CAPÍTULO 1
Sumário 5
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
CAPÍTULO 2
Condicionantes Importantes
para Transmissão de Energia
2.1 Aspectos da modelagem e condicionantes para as análises......................................... 46
2.2 Modelagem de sistemas de aterramento e do comportamento elétrico do solo..... 47
2.2.1 Sistemas de aterramento de sistemas de transmissão.......................................... 47
2.2.2 Modelagem do solo..................................................................................................... 48
2.3 Modelagem de descarga atmosférica e análise de transitórios.................................... 50
2.3.1 Sobretensões em redes elétricas................................................................................ 50
2.3.2 Importância dos fenômenos transitórios nos sistemas elétricos........... 51
2.3.3 Fenômenos eletromagnéticos de
origem externa – Descargas atmosféricas........................................................... 52
2.3.4 Características básicas das descargas atmosféricas para
estudos de desempenho de linhas de transmissão............................................... 53
2.3.5 Tipos de descargas entre nuvem e solo................................................................... 55
2.3.6 Probabilidades dos parâmetros da corrente de descarga.................................... 56
2.3.7 Representação da frente de onda da corrente de descarga................................. 56
2.3.8 Densidade de descargas atmosféricas para o solo................................................ 57
2.3.9 Incidência direta e indireta de descargas atmosféricas........................................ 58
O Modelo Eletrogeométrico (MEG).................................................................... 58
Modificações do Modelo Eletrogeométrico....................................................... 60
Zonas de exposição dos cabos à descarga atmosférica................................60
2.3.10 Desempenho de linhas de transmissão à
incidência de descargas atmosféricas................................................................... 62
2.3.11 Condicionamentos em cabos para-raios com fibra ótica................................. 63
2.4 Modelagem de linhas de transmissão................................................................................ 64
2.4.1 Aspectos básicos da modelagem de linhas de transmissão................................ 64
2.4.2 Adequação dos modelos de linhas de transmissão
para estudos de descargas atmosféricas.................................................................. 66
2.4.3 Efeito coroa.................................................................................................................... 67
2.4.4 Modelagem da parte de aço dos cabos.................................................................... 68
2.5 Representação de transformadores.................................................................................... 69
2.6 Troncos de transmissão com elevado nível de compensação...................................... 70
Referências....................................................................................................................................... 73
6 Sumário
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
Sumário 7
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
8 Sumário
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 7
Sumário 9
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
CAPÍTULO 8
10 Sumário
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 9
Sumário 11
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
12 Sumário
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 12
Sumário 13
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
APÊNDICE A
APÊNDICE B
14 Sumário
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
APRESENTAÇÃO
H
á tempos existe no País a discussão de como aproveitar o grande
potencial hidráulico existente na bacia Amazônica. De fato, esse
aproveitamento energético era dito como um problema real pa-
ra ser resolvido e posto em prática na década de 1990. Porém, a
baixa taxa de crescimento da economia na década de 1980 e parte da déca-
da seguinte, com consequente baixo crescimento da demanda por energia
elétrica, acabou por postergar a realização desses projetos. Por outro lado,
as restrições ambientais cresceram muito ao longo dos anos e, por exemplo,
projetos de hidrelétricas na Amazônia com grandes reservatórios, como nos
aproveitamentos da região Sul e Sudeste, foram descartados. Mas, mesmo
com estas restrições, o potencial de geração de energia elétrica na Amazô-
nia é ímpar. Não existe no planeta outra região com tanta energia renovável.
Esta exploração requer a solução de problemas bastante específicos, tendo
em vista as necessidades de preservação ambiental assim como a geração e
transmissão de energia de forma a atender a vários critérios, mas principal-
mente o de modicidade tarifária.
Um dos problemas críticos para o aproveitamento de energia elétrica na
Amazônia está nas grandes distâncias envolvidas entre as possíveis usinas e
os centros consumidores de hoje. Há também a grande possibilidade de que
os centros consumidores se desloquem para outras regiões nas próximas dé-
cadas. Porém, tomando como referência a situação atual, a opção de trans-
missão de grandes blocos de energia entre a fonte e os centros consumidores
tem sido o foco principal.
Apresentação 15
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
16 Apresentação
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
Apresentação 17
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
HOMENAGEM
Homenagem 19
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
20 Homenagem
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
Homenagem 21
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
22 Homenagem
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
Homenagem 23
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
tratados de professor. Obviamente, não dão aula e não são professores stricto
sensu. Mas usam este tratamento por ser historicamente o tratamento mais
respeitado. Na verdade os médicos, advogados e políticos “surrupiaram” dos
professores este tratamento que a população classificou como o mais respei-
toso. É uma grande honra ser chamado de professor pelo Professor.
Professor Portela, aqui na UFRJ estamos reconhecendo o seu empenho
e desempenho como professor. A Universidade está valorizando os melhores
professores. O senhor merece o nosso respeito e homenagem.
Professor Emérito, meus sinceros parabéns!”
24 Homenagem
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
RESUMO EXECUTIVO
Capítulo 1
Este capítulo apresenta algumas reflexões acerca das estratégias e con-
dicionamentos de expansão da transmissão de energia elétrica considerando
um horizonte de 30 anos no País, em especial considerando a expansão da
transmissão com a integração da Amazônia. É comentada a necessidade de
contribuir para o planejamento de longo prazo com a inclusão de cenários
plausíveis que reflitam tempos de grandes modificações. Também considera a
inclusão de novas tecnologias como o uso dos equipamentos baseados na ele-
trônica de potência. Por fim, conclui que das opções que ainda necessitam de
estudos mais aprofundados é a transmissão baseada em linhas não convencio-
nais de pouco mais de meia-onda (MO+) e a transmissão em CA segmentada.
Capítulo 2
Este capítulo apresenta uma discussão sucinta sobre a modelagem de
alguns aspectos e condicionantes relevantes para a transmissão em longas
distâncias. Tais aspectos envolvem fenômenos que muitas vezes, em trans-
missão a curtas distâncias, são desprezados sem comprometimento dos re-
sultados, tendo em vista a influência modesta desses fenômenos frente a
outros mais proeminentes. Uma atenção especial é dada à modelagem do
solo em função da frequência e a modelagem de descargas atmosféricas pa-
ra análise de transitórios. Outro aspecto igualmente importante abordado
é a modelagem de equipamentos, em especial os transformadores, em uma
ampla faixa de frequência. Dessa forma, este capítulo apresenta uma gama
de modelos que permite ao leitor avaliar a importância de cada fenômeno,
dependendo do tipo de análise a ser elaborada.
Resumo Executivo 25
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 3
Este capítulo apresenta a caracterização de linhas não convencional. São
apresentados os critérios que foram adotados para classificar as linhas em
convencionais ou não convencionais, baseados em práticas adotadas no setor
elétrico brasileiro. Além disso, são apresentados os conceitos que são utili-
zados para otimizar uma linha de transmissão, de forma a aumentar sua ca-
pacidade de transmissão. É mostrado, no caso particular de linhas de pouco
mais de meio comprimento de onda, que o principal objetivo na otimização
é aumentar sua potência característica, o que é feito aplicando procedimen-
tos matemáticos baseados em hipóteses físicas robustas que levam em con-
sideração diversos aspectos importantes. Algumas restrições são impostas
para que as configurações obtidas sejam exequíveis. Diversas configurações
de linhas não convencionais são apresentadas e analisadas.
Capítulo 4
O capítulo 4 apresenta os conceitos básicos relacionados com a trans-
missão CA com suporte de tensão e começa apresentando as linhas de trans-
missão em CA com compensação paralela e a aplicação da compensação pa-
ralela controlada na transmissão à longa distância. É apresentado também
o controle de tensão na transmissão e seu reflexo na estabilidade eletrome-
cânica, assim como um caso teste onde é analisado o desempenho em regi-
me permanente e dinâmico. Os resultados do estudo comprovam a eficácia
da compensação paralela controlada na estabilidade, o que se traduz no au-
mento do grau de carregamento da linha sem prejuízo do desempenho di-
nâmico, mesmo no caso da manutenção de uma compensação fixa por re-
atores de linha.
Capítulo 5
Este capítulo apresenta um detalhamento da teoria de linhas de trans-
missão aplicada à linha de pouco mais que meio comprimento de onda. Di-
versos aspectos são avaliados, tais como carregamento da linha, fator de po-
tência, sobretensões transitórias e de regime permanente, compensação de
reativos e perdas. As análises são baseadas em modelos analíticos da linha,
e o equacionamento detalhado é apresentado. Alguns resultados foram ob-
26 Resumo Executivo
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
Capítulo 6
O capítulo 6 analisa a operação, em regime permanente, de um tronco
de transmissão utilizando linhas com pouco mais de meio comprimento de
onda (MO+) integrado ao sistema interligado nacional (SIN). Os casos ana-
lisados tomam como base dados fornecidos pela Empresa de Pesquisa Ener-
gética – EPE, os quais foram utilizados em estudos referentes à integração da
Usina de Belo Monte. Inicialmente, é analisado o efeito do ponto de conexão
na distribuição do fluxo em algumas interligações do sistema elétrico. Em
uma segunda etapa, fixado um ponto de conexão no Sudeste, analisa-se a
operação do tronco em MO+ com diferentes níveis de carregamento e cená-
rios de intercâmbio. Esta análise é feita considerando-se troncos em 800 kV
e 1.000 kV. É apresentada, também, uma rápida comparação com a trans-
missão utilizando elo CCAT.
Capítulo 7
No capítulo 7 são apresentados alguns estudos relacionados ao compor-
tamento transitório da meia-onda+. Inicialmente, considera-se o compor-
tamento da MO+ diante de transitórios eletromagnéticos, tais como surtos
de manobra e surtos atmosféricos. Neste caso, considera-se a operação da
MO+ isolada do sistema interligado nacional brasileiro (SIN). Em seguida, é
avaliado o comportamento da MO+, inserida no SIN, diante da ocorrência
de transitórios eletromecânicos. Como alguns resultados destes estudos in-
dicam a presença de sobretensões sustentadas bastante elevadas, é realizado
estudo adicional do efeito coroa na propagação de sinais lentos.
Resumo Executivo 27
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 8
O capítulo 8 apresenta algumas soluções não convencionais para am-
pliar a flexibilidade operacional da linha de pouco mais de meio comprimen-
to de onda. As soluções são baseadas em conversores eletrônicos. Dentre as
soluções apresentadas, está a possibilidade de realizar derivação ao longo da
linha MO+ utilizando conversores do tipo fonte de tensão (VSC – Voltage
Sourced Converter) e, assim, conectar cargas ao longo do corredor de trans-
missão, ou mesmo outros sistemas de potência. Uma análise analítica deta-
lhada é apresentada, em que diversas questões são avaliadas demostrando
a viabilidade técnica de se realizar transmissão “multi-terminal” em siste-
mas de MO+. São apresentados estudos de dispositivos FACTS (Flexible AC
Transmission System) aplicado ao sistema de transmissão MO+. Todas as aná-
lises são baseadas em modelos detalhados dos conversores, levando em con-
sideração o chaveamento destes, bem como em modelo detalhado da linha,
com os parâmetros dependentes com a frequência e considerando aspectos
como a transposição da linha.
Capítulo 9
Este capítulo 9 mostra que a transmissão em CA segmentada é uma for-
ma inovadora de transmissão de energia elétrica, com grande potencial para
aplicação na integração de recursos hidroelétricos remotos, e na interligação
entre áreas num sistema elétrico de grande porte. Mostra também que o em-
prego da transmissão CA segmentada na integração dos potenciais hidroelé-
tricos da Amazônia ajudará a atender aos requisitos de inserção regional da
transmissão, e de redução dos riscos de propagação de distúrbios em casca-
ta no Sistema Interligado Nacional. Descreve-se os princípios de operação e
modelagem matemática do conversor VSC (Voltage Sourced Converter), se-
guido de análise e simulações de operação em regime permanente da linha
CA segmentada. Um dos assuntos importantes tratados neste capítulo é a
delimitação da capacidade de controle de potência reativa dos VSCs.
28 Resumo Executivo
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
Capítulo 10
Este capítulo apresenta a análise de duas das principais tecnologias de
VSC disponíveis: O VSC de dois níveis e o VSC baseado em Conversor Mo-
dular Multinível (CMM). Mostra-se que ambas as tecnologias podem ser
aplicadas na integração de sistemas elétricos de potência síncronos ou assín-
cronos. Este capítulo trata também das estratégias de controle dos converso-
res de ambas as tecnologias, e apresenta uma síntese do modelo matemático e
o dimensionamento das principais componentes do CMM. Ao mesmo tem-
po, apresenta resultados de simulações para o CMM e o VSC de dois níveis.
Capítulo 11
Este capítulo apresenta um estudo de aplicação do VSC em B2B (back
to-back) para segmentar uma linha de transmissão longa em CA sem com-
pensação série, com o objetivo de maximizar a sua capacidade de transpor-
te de energia e, ao mesmo tempo, para avaliar o comportamento em regime
transitório. Ambos os conversores do VSC-B2B são controlados usando a
técnica de controle vetorial por corrente, a fim de controlar a potência ativa
e reativa de forma independente. A linha de transmissão CA tem compensa-
ção reativa através de reatores de linha e compensadores estáticos de reativos
(CER). Mostra-se que mesmo sem a compensação série capacitiva e mesmo
com uma linha de mais de 1.000 km, o sistema opera satisfatoriamente com
todos os fenômenos eletromagnéticos durante as manobras de energização
e transitórias das linhas controladas pelo sistema VSC-B2B. Também são
apresentados os resultados de testes de energização da linha CA segmenta-
da, religamento tripolar e monopolar, e controle da tensão e potência diante
de uma rejeição de carga. Outro teste avaliado é a recomposição dos sistemas
elétricos a partir de uma pequena fonte de energia conectada no terciário do
transformador de um dos lados do conversor VSC-B2B. Esta fonte de ener-
gia é utilizada para a energização controlada da linha segmentada mediante
o VSC-B2B. Este evento é feito considerando um caso hipotético em que os
sistemas elétricos interligados perderam a tensão. Também são simulados
defeitos trifásicos e monofásicos, assim como o controle da contribuição de
corrente de defeito. Por fim, é avaliada a contingência de rejeição de carga.
Resumo Executivo 29
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 12
O capítulo 12 é dedicado ao estudo das interligações regionais de siste-
mas elétricos. É apresentada uma releitura da operação interligada de áreas
síncronas. Recorda-se o controle primário de frequência no sistema inter-
ligado e a estratégia de controle TLB (tie line bias) usualmente adotada no
controle dos intercâmbios e da frequência nas áreas (AGC – automatic gene-
ration control). Em seguida, apresentam-se as limitações desta estrutura de
interligação das áreas tendo em vista atender a requisitos operacionais mais
amplos, exigidos pelos sistemas de grande porte numa visão de longo prazo.
É analisada a proposta de uma nova estrutura para os sistemas interligados,
com base na aplicação de interligações regionais em CA segmentadas. Inclui
se o exame de caso teste onde são comparados os desempenhos dinâmicos de
um sistema de laboratório com as áreas interligadas por linhas em CA con-
vencionais, e por linhas CA segmentadas. É estudada a interligação de áreas
síncronas com Controle TLB e são analisadas as características operacionais
no caso dos sistemas elétricos de grande porte. Analisa-se também a interli-
gação de áreas assíncronas com atenção no fluxo de potência, desempenho
dinâmico e perdas de transmissão. Os resultados obtidos no caso de estudo
servem como comprovação de princípios.
A estrutura de áreas assíncronas interligadas por linhas de transmissão
em CA segmentadas tem a propriedade de regionalizar os distúrbios, evitan-
do a propagação de processos em cascata através das áreas. As interligações
assíncronas com linhas em CA segmentadas trazem maior simplicidade e
controle nas transações de energia (compensação dos intercâmbios inadver-
tidos) e maior velocidade na modificação de intercâmbios.
A estrutura de áreas assíncronas interligadas é um esquema inovador de
transmissão de energia elétrica que, numa visão de longo prazo, vem atender
a requisitos operacionais de sistemas interligados de grande porte, como o
sistema brasileiro.
30 Resumo Executivo
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 1
31
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1.1 Introdução
O objetivo dos modernos projetos e operação dos sistemas de potência
é o de satisfazer a demanda com confiabilidade, segurança e a um custo mí-
nimo. Neste contexto, tem-se identificado nos últimos 30 anos um aumen-
to crescente nas pressões por uma maior qualidade do serviço e redução de
custos. Mais recentemente constata-se o aparecimento de um novo requisi-
to para os serviços de eletricidade, relacionado com a proteção ambiental.
Movidos por uma preocupação crescente de garantir um desenvolvimento
sustentado, os países buscam aumentar a participação de fontes renováveis
em suas matrizes energéticas, imprimindo, na década atual, uma caracterís-
tica do tipo “environmental concerned”. De um modo geral, as técnicas de
planejamento adotam hipóteses e/ou procedimentos que são tradicionais ou
foram incorporados ao longo do tempo, tornando-se assim elementos im-
plícitos. A rigor, eles carecem de uma reavaliação; sente-se a necessidade de
adotar para o futuro soluções modernas, de elevado conteúdo tecnológico
envolvendo novos conceitos de transmissão, maior aplicação de controle e
equipamentos baseados em eletrônica de potência.
Capítulo 1 33
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
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Rio Jacuí Atlântico Sudeste
RS Atlântico Sul
125 0 250 km
Paraguai
30° S
Projeção Policônica
Paraná 30° S
Capítulo 1 35
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 1 37
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 1 39
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
a distâncias da ordem de 100 km, com algumas precauções simples). Para ou-
tros tipos de pontos de ligação adicionais, este tipo de solução impõe medidas
adicionais não tão simples, por exemplo baseadas em eletrônica de potência.
Capítulo 1 41
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1.5 Solução em CC
A solução usando a transmissão em corrente contínua poderia ser dita
como a solução praticamente convencional do ponto de vista teórico e indi-
cada para transmissão a longas distâncias. No entanto, para aplicações em
tensões de 800 kV ou maiores ainda, há alguns desafios tecnológicos a serem
vencidos ou confirmados. Este livro não se dedicará a esta solução, mas fará
referência a ela sempre que necessário.
1.6 Objetivos
Nesse livro são feitos estudos de soluções não convencionais, abando-
nando deliberadamente o critério de escolher soluções similares a linhas e
equipamento de compensação de sistemas existentes. Também são conside-
rados critérios robustos de validade física, de impacto ambiental e de otimi-
zação do tronco de transmissão.
São identificadas, analisadas e consolidadas as informações relativas às
alternativas não convencionais em corrente alternada para transmissão em
longas distâncias, ou seja, tecnologias não convencionais potencialmente
competitivas para transmissão a longas distâncias, nomeadamente para os
cenários de geração de grandes blocos de energia da Amazônia.
As conclusões apresentadas são baseadas em comparação de desem-
penho das alternativas não convencionais de transmissão em CA diante de
um conjunto de situações operativas, e de capacidade de atender a diversos
Capítulo 1 43
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 2
Condicionantes Importantes
para Transmissão de Energia
45
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Capítulo 2 47
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π f α'
σ + j ω ε = σ0 + ∆i cot α' + j ∙ (S/m) (2.1)
2 1 MHz
α' = 0,706
∆i = 11,71 ∙ 10-3 S/m (2.2)
σ0 = 1 ∙ 10-3 S/m
Capítulo 2 49
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u = ±ZI (2.3)
Sendo o sinal “+” para ondas que se propagam no sentido tomado co-
mo positivo para a corrente, e o sinal “−” para ondas propagando-se em
sentido oposto. A “duração” dessas ondas é, em geral, da ordem de dezenas
de µs, verificando-se, além disso, inicialmente, uma subida muito rápida de
tensão, em um tempo da ordem de 1 µs. Por isso, é usual caracterizar as on-
das de tensão ligadas às descargas atmosféricas por uma onda estilizada de
tensão do tipo indicada na figura [31]. A figura 2.1 mostra a forma de onda
do impulso padronizado com um tempo de frente de onda de 1,2 µs e tempo
meio-valor de 50 µs, referenciado por impulso padrão 1,2/50 µs.
Capítulo 2 51
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1,0
Magnitude (pu)
0,5
0
0 1,2 50
Tempo (ms)
Capítulo 2 53
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vem uma mesma quantidade de carga de polaridade oposta. Isso leva ao sur-
gimento de uma tensão entre a nuvem e o solo, e esse bloco se desloca pelo
solo. Quando o campo elétrico em determinada região de cargas excede a
rigidez dielétrica do ar, verifica-se a formação de canais ionizados, mas sem
ainda ligar duas nuvens ou uma nuvem ao solo. Esse limiar é da ordem de
2 MV/m para o ar seco e nas condições atmosféricas padronizadas, poden-
do ser bem menor em função da altura da nuvem e da presença de gotas de
águas, o que nesse caso chega a ordem de 1 MV/m [24].
A maioria das descargas ocorre dentro de uma nuvem ou entre duas
nuvens, havendo apenas uma pequena parcela que ocorre entre nuvem e
solo. As descargas entre nuvem e solo podem ser caracterizadas pela pola-
ridade da carga da nuvem e pela direção do precursor da descarga. Aproxi-
madamente 90% das descargas são negativas.
A partir do solo e de objetos condutores não muito elevados, induz-se
um campo elétrico elevado o suficiente para causar o movimento ascenden-
te de canais de carga de sinal oposto à dos canais descendentes. Caso ocorra
a conexão de canais ascendentes e descendentes, há o estabelecimento de
um canal condutor ionizado entre nuvem e solo. Esse canal, por sua vez, se-
rá atravessado por uma corrente relativamente intensa em torno de 30 kA,
considerando-se uma média global. Essa corrente provê a descarga parcial
ou total da nuvem.
Tipicamente nas análises de transitórios eletromagnéticos associadas
às descargas atmosféricas, considera-se apenas a incidência de descargas
seja nos condutores de fase, seja nos cabos para-raios na torre. Desconsi-
dera-se também o efeito do canal de descarga, ou faz-se uma representação
bastante simplificada deste. No presente trabalho, adota-se a representação
mais detalhada dos condutores através da discretização destes por eletro-
dos cilíndricos. Essa metodologia permite representar a variação da altura
de condutores ao longo do vão, o que permite a avaliação da descarga tanto
ao meio do vão quanto na torre [18, 32].
Ao meio do vão, a distância entre condutores e para-raios é distinta da-
quela entre os mesmos cabos próximo às torres. É essa distância o princi-
pal parâmetro para a definição do desempenho do circuito de transmissão
face às descargas atmosféricas [24, 32]. Para os tempos envolvidos duran-
te as descargas ao meio do vão, a participação das torres é muito pequena.
Por exemplo, suponha um vão de um circuito de transmissão com dois ca-
bos para-raios e de comprimento igual a 400 m. Considere que uma des-
carga incide ao meio do vão. Admitindo que o modo mais rápido se pro-
paga com velocidade muito próxima à da luz, o tempo necessário para que
Capítulo 2 55
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Capítulo 2 57
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do distanciamento destes dos cabos de fase, deveria variar com a altura dos
cabos da linha, e não ter um valor fixo, o que era prática de projeto adota-
da antigamente. Para melhor compreensão da teoria do MEG, seja o fato
de que durante a evolução dos sucessivos canais do precursor da descarga
descendente negativa, desde que o precursor esteja a uma distância elevada
do solo e dos objetos ligados ao solo, o movimento do precursor quase não
é influenciado pela localização destes objetos ou pelo solo. Seja também
o fato de que, quando o precursor se aproxima do solo ou de outro ponto
mais próximo, que pode ser um cabo de fase ou um cabo para-raios, existe
uma tendência de se formar um último canal, que origina a descarga final,
se a distância entre o precursor ao solo (ou ao ponto) for inferior a uma
distância crítica, rs. Com fundamentos em formulações aproximadas nos
mecanismos físicos básicos de ionização dos canais e de descarga subse-
quente à formação do último canal, tal distância crítica – por vezes também
chamada de raio crítico de atração – pode ser relacionada com a amplitude
máxima da corrente de descarga subsequente à formação do último canal.
Essa relação entre corrente de descarga e distância crítica pode ser
mais bem compreendida se for considerado que, devido às cargas que são
deslocadas pelo precursor da descarga, estabelecem-se campos elétricos de
grande intensidade ao redor da linha de transmissão e da torre. Estes, por
sua vez, causam o deslocamento de cargas ascendentes em direção à ex-
tremidade do precursor, o qual pode deslocar o precursor de sua trajetória
inicial, atraindo-o para o solo, um cabo de fase ou um cabo para-raios. Se
forem consideradas iguais distâncias críticas para cabos de fase, cabos pa-
ra-raios e solo, a descarga incidirá no ponto mais próximo. Em princípio,
considerando-se toda a extensão de uma linha de transmissão, que pode
estar sujeita a variações de orografia e proximidade de obstáculos tais co-
mo árvores, torres, radares, antenas etc, um estudo acurado da incidência
de descargas na linha requereria uma análise tridimensional do modelo
eletrogeométrico. No entanto, do ponto de vista prático, é usual empregar
uma análise bidimensional para o estudo de desempenho de linhas com
cabos para-raios, enquanto que, para o caso de linhas sem cabos para-raios,
uma análise tridimensional parcial é aconselhável, visando considerar o
efeito de blindagem da torre. Já para o caso de subestações ou de instala-
ções isoladas que empreguem radares, antenas etc, deve-se empregar uma
análise totalmente tridimensional, sendo recomendadas estratégias dos ti-
pos apresentados em [17, 16, 30, 7].
Capítulo 2 59
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outros elementos, os quais também poderiam “captar” parte das descargas que
progridem em direção aos cabos da linha, tal que possa ser empregado com pou-
cas restrições o modelo eletrogeométrico bidimensional.
Figura 2.5: Geometria para um exemplo de linha trifásica com dois cabos para-raios
Capítulo 2 61
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• AB e FG – solo.
• BC e EF – fases externas.
• CD e DE – cabos para-raios.
uma sobretensão no cabo da ordem de MV. Claro que isso acontece se não
houver escorvamento de arco no isolamento da linha.
No caso de linhas sem cabos para-raios, obviamente a descarga desse
exemplo será qualquer descarga que incida diretamente na linha. No caso de
linhas bem protegidas contra descargas atmosféricas por meio de “cabos para
raios”, isso acontece para as descargas diretas de menor amplitude máxima, as
quais não são “captadas” pelos cabos para-raios. Entretanto, em função dos
acoplamentos eletromagnéticos existentes entre os cabos da linha, uma des-
carga que incida diretamente nos cabos para-raios, ou mesmo uma descar-
ga que incida em um ponto no solo próximo à linha, também pode acarretar
o surgimento de sobretensões nos cabos de fase, apesar de essas serem infe-
riores àquela ocasionada pela incidência direta da descarga no cabo de fase.
Se o valor da sobretensão for superior ao nível de isolamento da linha,
verifica-se o escorvamento do isolamento da linha, com a formação de um ar-
co no ar, provocando um curto-circuito, o que muitas vezes faz com que seja
necessário desligar a linha. Dessa forma, o arco é extinto e, geralmente, é sufi-
ciente religar a linha para que o serviço seja restabelecido. No entanto, se uma
descarga provocar, por exemplo, um arco no interior de um transformador,
haverá a destruição parcial do isolamento do equipamento, a qual exigirá um
tempo longo para reparo ou, em alguns casos, substituição do equipamento.
Portanto, fica claro que se deve evitar que sobretensões destruam os iso-
lamentos não regenerativos, e, como solução prática, em muitos casos, são
instalados para-raios entre fase e terra, devidamente coordenados com as
características de isolamento do material, nas subestações e próximos dos
transformadores. Quando a onda que se propaga pelo cabo atinge o termi-
nal do para-raios, se a tensão resultante entre os terminais do para-raios for
superior à tensão de operação do equipamento, parte da propagação passa
a ocorrer entre o para-raios e o terra, e parte prossegue pelo cabo, limitan-
do-se, desta forma, à tensão no ponto de instalação do para-raios de acordo
com as características operativas do equipamento.
Capítulo 2 63
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Yn = A B (2.5)
B A
A = Yc (I + H2) (I - H2)-1
(2.6)
B = -2YcH (I - H2)-1
Capítulo 2 65
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mento das tensões e correntes ao longo desse vão. Para tanto, é necessário
discretizar esse vão, dividindo em trechos menores. Supondo ainda que
são utilizadas 10 divisões, tem-se, portanto, 10 trechos de linhas de 30 m.
No caso de linhas de transmissão de extra-alta tensão, os condutores estão
em alturas acima de 10 m do solo, considerando-se ainda que no primeiro
trecho a altura média dos condutores seja de 20 m. Devido à divisão arbi-
trada, tem-se para esse primeiro trecho que os condutores estão a 20 m de
altura e 30 m de comprimento. Com isso, as dimensões transversais são
da mesma ordem de grandeza das dimensões longitudinais do circuito, e
o modelo convencional de linha de transmissão não representa de forma
fiel o comportamento elétrico desse trecho. Nota-se, ainda, que no caso de
circuitos de linhas de transmissão, quando analisados apenas em termos
das tensões e correntes terminais, as distâncias transversais são da ordem
de metros enquanto que o comprimento (distância longitudinal) é sempre
da ordem de centenas de quilômetros.
Uma outra abordagem é a utilização da técnica conhecida como multi-
plicação de quadripolos. Nesse tipo de abordagem, primeiro, é estabelecido
um quadripolo elementar Qi relacionando as tensões e correntes de entra-
da e saída de um trecho relativamente pequeno da linha. O quadripolo to-
tal da linha/cabo/eletrodo é obtido pela conexão em cascata dos diversos
quadripolos elementares. Supondo uma linha uniforme, tem-se n quadri-
polos para cada trecho pequeno de linha e o quadripoloi final Q f pode ser
obtido por Qf = Q [32, 30].
n
Capítulo 2 67
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Figura 2.7: Valor absoluto da impedância por unidade de comprimento para um condutor
“Rail” em função da frequência para diferentes valores de permeabilidade magnética
Capítulo 2 69
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Parâmetro LF SF FF VFF
Impedância de cc Muito importante Muito importante Importante Desprezível
Saturação Muito importante Importante Desprezível Desprezível
Perdas no Ferro Importante Desprezível Desprezível Desprezível
Correntes de Foucault Muito importante Importante Desprezível Desprezível
Acoplamento Capacitivo Desprezível Importante Muito importante Muito importante
A B
LT
343 km
A B
Qeq = QC · QL · QLT · QL · QC = (2.7)
C D
y11 y12
Yeq = y y (2.8)
12 22
Capítulo 2 71
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Onde:
y11 = DB-1
y12 = C − D · B-1 · A
y22 = B-1 · A
Esse procedimento pode ser aplicado para cada uma das sequências,
positiva e zero. A matriz de admitância de sequência zero Yc0 é apresenta-
da em (2.9), e a de sequência positiva Yc1 em (2.10). Visto que a linha de
transmissão, o capacitor série e o indutor em derivação são representados
por matrizes simétricas e balanceadas, a matriz de admitância equivalen-
te também é simétrica e balanceada. Portanto, é necessário calcular apenas
dois dos quatro elementos das matrizes em (2.9) e (2.10).
ys0 ym0
yc0 = (2.9)
ym0 ys0
ys1 ym1
yc1 = (2.10)
ym1 ys1
Referências
[1] IEEE Guide For Safety In Ac Substation Grounding. ANSI/IEEE Std
80-1986, 1986.
[2] IEEE Standard Techniques For High-Voltage Testing (Revision of IE-
EE Std 4-1 978). IEEE Std 4-1995, 1995.
[3] Proteção de Edificações contra Descargas Atmosféricas. ABNT,
1993, Norma Técnica Brasileira NBR-5419.
Capítulo 2 73
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Capítulo 2 75
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CAPÍTULO 3
77
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Capítulo 3 79
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1 2
y m
y m
0 0
1
1 2
0 1 2 1 0 1 2
x m
1
x m
Figura 3.1: Equipotenciais e linhas de forças para (a) um único condutor e para (b) um
feixe convencional de quatro subcondutores
5
4
3
2
1
y m
0
1
2
3
4
5
5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5
x m
Figura 3.2: Equipotenciais e linhas de forças para um feixe elíptico composto por 12
subcondutores
cApÍtuLo 3 81
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2 2
U
(3.1) U
Pc = 1 = 1
Zc L1
C1
1
Pc ∝ C1 ∝
L1
Pc
Lembrando que Ic = , tem-se que
nf U1
Pc
Jc =
(3.4)
nf U1 A
1
Jc ∝
R1
υ
1 Pode se definir um fator de velocidade, dado por: kυ = υ1, onde υ0 é a velocidade de fase das ondas eletromagnéticas
0
no vácuo. E este fator ser incluído como variável a ser otimizada também. Porém, dada sua pequena faixa de
variação, isto não foi adotado, foi assumido que a velocidade de fase das ondas é constante e igual a υ 1 = 0,99 υ0.
Capítulo 3 83
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Pc = nf υ1 q1 U1 (3.5)
este valor deve ser menor do que Emax. O cálculo de Emax será apresentado
adiante na seção 3.3.1, pois a definição deste campo pode ser interpretada
como uma restrição no processo de otimização da linha.
É possível, então, definir um fator que exprima o quão próximo do li-
mite teórico de carga admissível e, por conseguinte, de campo elétrico má-
ximo está a carga elétrica de sequência positiva da linha, i.e.:
q1 (3.8)
ku =
nsqad
Pc = nf ns qad υ1 U1 ku (3.9)
O valor máximo idealizado de ku, sem que haja efeito corona, é igual
à unidade, o que ocorreria quando as cargas nos subcondutores estivessem
uniformemente distribuídas. Logo, o valor máximo teórico da potência ca-
racterística de uma linha é igual a
Capítulo 3 85
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ns qadυ1 ku (3.11)
Jc =
A
A = ns χ π r2 (3.12)
2π ε υ1 Emax ku
(3.13)
r=
Jc χ
Pc
(3.14)
ns =
2π ε υ1nf rEmax ku
Pc = 2π ε υ1 Emax nf U1 ku ns r, (3.15)
ku′ ns′ r ′ = ku ns r
ku′ ku
=
χ ′r ′ χ r
χ ′ns′ r ′ 2 = χ ns r 2
A′ = A
A
S=
ns′
Capítulo 3 87
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ku ns r
(3.17)
ku′ =
ns′ r ′
(3.18) S
Jc′ = Jc
S′
3.3 Restrições
A partir da otimização do fator ku, é possível determinar a localização
de cada subcondutor, de forma que o objetivo de elevar a potência carac-
terística seja alcançado. Porém, é necessário levar em conta algumas limi-
tações de ordem física, que impõem certas restrições na localização destes.
Essas restrições incluem fatores como o campo elétrico máximo na superfí-
cie de cada subcondutor, as distâncias mínimas entre as fases, e destas para
a estrutura, a altura mínima em relação ao solo, e, também, é desejado que
as cargas nos condutores sejam equalizadas – o que minimiza as perdas na
linha. E tudo isso deve ser traduzido em linguagem matemática, de forma
que o problema possa ser resolvido por meio de equações. Assim, nas seções
subsequentes são mostrados os critérios que definem as principais restri-
ções na otimização da linha, bem como o equacionamento destas, para que
finalmente o problema de otimização possa ser resolvido.
Capítulo 3 89
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⎛ 0,0301 ⎞
Ecr = 2,16 ⎜ 1+
⎝ ⎟ [ MVrms /m ] (3.19)
r ⎠
r
Ecr
Onde kf = e E0 = 2,438 MV/m. Os parâmetros A0 e A1 foram ajusta-
E0
dos de acordo com os dados experimentais de Peek, sendo A0 = 829,70 m-1
e A1 = 781,53 MV-1.
A determinação do campo elétrico crítico depende de diversos fatores
como a umidade relativa do ar, a altitude em que se encontra o condutor, a
rugosidade da superfície deste, a temperatura ambiente e da superfície dos
condutores, proximidade do condutor com a estrutura da linha, entre ou-
tros fatores de menor relevância. Esses fatores podem ser levados em conta,
corrigindo-se os valores de Ecr e r em (3.20), de modo a compensar o erro
que se comete quando as condições de referências não são atendidas, i.e.:
r' = r δ (3.21)
(3.22)Ecr
Ecr′ =
δm
(3.23)
0,28924b
δ=
tc + 273
(3.25)Ecr
Ecr′ =
δ ms
Capítulo 3 91
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n
qj hmx ⎧⎪⎛ ri ⎞ h ⎡ ⎛
h
⎞ ⎤ − ⎛ ri ⎞ cos ⎡h γ − α ⎫⎪
Ei(γ ) = ∑ ∑ ⎨⎜ ⎟ cos h
⎢⎣ ⎝ γ − α ⎜
D′i j ⎠ ⎥ ⎝ D ⎠ ⎟ ⎣ ( D )
ij ⎬
⎤
⎦ +
j=1
2πε ri h=1 ⎪⎩⎝ Dij′ ⎠ ⎦ ij ⎪⎭
j≠i
qj hmx ⎧⎪⎛ ri ⎞ h ⎡ ⎛ ⎞ ⎤ ⎛ ri ⎞
h
⎫⎪
2πε ri ∑ ⎨⎜ ⎟ cos h
⎢⎣ ⎝ γ − α −
D′i j ⎠ ⎥ ⎜⎝ D ⎟⎠ cos ⎡
⎣ h (γ − α )
Dij ⎦ ⎬ + , (3.26)
⎤
h=1 ⎩⎪⎝ Dij′ ⎠ ⎦ ij ⎭⎪
qj ⎧⎪ hmx ⎛ ri ⎞ ⎤ ⎫⎪
h
⎡
⎨1+ ∑ 2 ⎜ ⎟ cos ⎢h ⎛ γ − α D′ ⎞ ⎥ ⎬
2πε ri ⎪ h=1 ⎝ Dij′ ⎠ ⎣ ⎝ i j⎠ ⎦
⎪⎭
⎩
Dij Condutor
P D j
Condutor ij
i Dij¢
D¢ii D¢ij
Solo
Imagem
i
Imagem
j
Capítulo 3 93
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sendo,
n
qi ⎧⎪ xp − xi xp − xi ⎫⎪
Ex solo = ∑ ⎨ 2 − 2 ⎬ (3.28b)
2π ε ⎪⎩ ( xi − xp ) + ( yi − yp ) ( xi − xp ) + ( yi − yp ) ⎪⎭
2 2
i=1
n
qi ⎧⎪ yp − yi yp − yi ⎫⎪
Ey solo = ∑ ⎨ − ⎬ (3.28c)
⎪⎩ ( xi − xp ) + ( yi − yp ) ( xi − xp ) + ( yi − yp ) ⎪⎭
2 2
i=1 2π ε 2 2
2 É comum se calcular o campo elétrico a uma altura um pouco acima do solo, e.g., yp = 1,80 m, isto porque as
pessoas são mais sensibilizadas pelo campo na altura da cabeça.
κ
⎛ Esolo 1 ⎞ ⎛ H1 ⎞
⎜⎝ E 2 ⎟⎠ = ⎜⎝ H ⎟⎠ , (3.29)
solo 2
hi ≥ hmin (3.30)
3 O campo elétrico no solo também pode ser minimizado adicionando cabos de blindagem aterrados, dispostos
em paralelo aos cabos de fases e situados nos pontos de maiores magnitudes de campo. Ou, no caso de linha de
circuito duplo, pode-se alterar o “faseamento” para reduzir os valores do campo. Porém, essas alternativas não foram
analisadas porque o objetivo do trabalho é otimizar a linha através da otimização de sua configuração geométrica.
Capítulo 3 95
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valor pode ser superior como, por exemplo, cita-se o caso da Rússia em que
para regiões povoadas adotam-se 5 kVrms/m, para regiões pouco povoadas
e reservadas, basicamente para agricultura este limite sobe para 15 kVrms/m.
Já para regiões pouco povoadas em que o maquinário da agricultura não
tem acesso, o limite é elevado para 20 kVrms/m4 [17]. No Brasil, FURNAS
adotou os limites 5/10/15 kVrms /m para esses três tipos de regiões, povoa-
da, pouco povoada com agricultura e pouco povoada sem maquinário, res-
pectivamente [17].
Neste trabalho, no processo de otimização, adotou-se para limite de
campo elétrico no solo o valor de (Esolo max), i.e.,
4 Na Rússia, para regiões não povoadas como o deserto gélico da Sibéria, ou regiões montanhosas, não existe um
limite para o campo elétrico no solo [17].
5 Para o caso de descargas de correntes elevadas atingirem os cabos para-raios sem que haja escorvamento de
tensão, são calculadas as alturas mínimas entre estes e os cabos de fase, e supõe-se que os aterramentos de “pé de
torre” são adequados, projetados criteriosamente aplicando metodologias baseadas em conceitos robustos, de
base física, e, se possível, avaliando a resistividade do solo para uma ampla gama de frequências.
Capítulo 3 97
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
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σ 0,05 U0,5
6 Pode-se entender como tensão de frente de onda lenta como sendo um impulso unidirecional, caracterizado por
um valor máximo de tensão, Um, pelo tempo de frente de onda, t1 = 250 µs, e pelo tempo de duração de meia-
onda, t2 = 2.500 µs.
7 Segundo a CEI (Commission Electrotechnique Internationale), as condições de referências correspondem a uma
pressão de 1.013 mb (760 mmHg), a 20°C, com umidade absoluta de 11 g/m3 [19].
α α
′ = 0,95 U0,5 (δ ) (γ )
U 0,5 (3.33a)
Sendo,
⎛ 1 ⎞, para d ≤ 1,5 m
α = − 0,1428 d + 1,2143 ⎟, para 1,5 < d < 3,6 m
⎜ (3.33c)
⎜ ⎟, para d ≥ 3,6 m
⎜⎝ 0,7 ⎟⎠
p1 = 1 − p1 (3.34)
Capítulo 3 99
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pn = 1 − (1 − p1)n (3.35)
11
10 2,0
1,9
9 1,8
1,7
8
6
0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1
p150
Figura 3.4: Distâncias de isolamento entre fases para uma linha de 1.000 kV,
considerando probabilidade acumulada para 150 elementos em paralelo.
Com temperatura ambiente de 45°C, altitude de 1.000 m e fator km = 1,2
Figura 3.5: Distâncias de isolamento entre fases para uma linha de 765 kV,
considerando probabilidade acumulada para 150 elementos em paralelo.
Com temperatura ambiente de 45 °C, altitude de 1.000 m e fator km = 1,2
Capítulo 3 101
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 3.6: Simetria das fases externas em relação ao plano vertical central da linha
Com relação aos feixes das fases, podem-se impor restrições que garan-
tam que a forma final seja regular. No caso deste trabalho, determinou-se
que a forma final dos feixes fosse elíptica, o que já inclui o caso convencio-
nal que é a forma circular. Para isto, as coordenadas dos subcondutores dos
feixes devem atender à equação da elipse, i.e.:
( xi − xc ext )2 ( yi − yc ext )
2
+ = 1 (3.38a)
Rx2 ext R y2 ext
( xi − xc int )2 ( yi − yc int )
2
+ = 1 (3.38b)
Rx2 int R y2 int
Para a fase central, onde (xc ext, yc ext) e (xc int, yc int) são as coordenadas
dos centros das elipses das fases externas e central, respectivamente; Rx ext e
Ry ext são os raios das elipses externas, nas direções x e y, respectivamente;
e, Rx int e Ry int são os raios da elipse interna, nas direções x e y, respectiva-
mente. Rearrumando (3.38), tem-se:
Kext ≤ 1 (3.40a)
Kint ≤ 1 (3.40b)
Capítulo 3 103
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
3.5 Resultados
A seguir são apresentados alguns dos resultados obtidos de configura-
ções geométricas para linhas de 765 kV e 1.000 kV. Os resultados foram divi-
didos em duas subseções. Na primeira, são mostrados resultados para o caso
de não fixar as formas dos feixes, e, na segunda, são mostrados os resulta-
dos para o caso de se incluir todas as restrições apresentadas anteriormente.
Vale ressaltar que o fato de as fases serem compostas por feixes de sub-
condutores, o fator de utilização sempre será menor do que o máximo teórico
e, além disso, a existência das restrições limita ainda mais a maximização do
fator de utilização. Por este motivo, o seu valor final será ainda menor. Para o
caso de não fixar a forma dos feixes, os valores alcançados para ku serão maio-
res do que quando se fixa. Para o caso de se fixar a forma do feixe, o máximo
valor obtido para ku não ultrapassou 0,83, tratando-se de um valor aceitável,
haja vista que linhas convencionais muitas vezes têm fator de utilização inferior
à metade deste valor. Para todos os casos analisados, o condutor comercial cal-
culado foi o bluejay – resultado obtido pela metodologia apresentada na seção
3.2.3 –, lembrando ainda que todos os cálculos foram feitos considerando uma
altitude de 1.000 m, temperatura ambiente de 45 °C, temperatura na superfície
do condutor igual a 65 °C. Porém, não se considerou a ação do vento, nem a
dilatação dos cabos com a temperatura, porque julgou-se que esses resultados
servem como diretrizes a serem seguidas em busca da otimização final da li-
nha. Em casos práticos, cálculos para o refinamento dos resultados devem ser
aplicados para se chegar à solução final da geometria da linha.
Capítulo 3 105
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Torre
40
h m
30
Meio do vão
20
10
20 15 10 5 0 5 10 15 20
y m
Figura 3.7: Linha de 765 kV com oito subcondutores por fase e Pc = 4,8 GW
Torre
40
h m
30
Meio do vão
20
10
20 15 10 5 0 5 10 15 20
y m
Torre
45
h m
35
Meio do vão
25
15
20 15 10 5 0 5 10 15 20
y m
Torre
45
h m
35
Meio do vão
25
15
20 15 10 5 0 5 10 15 20
y m
Figura 3.10: Linha de 1.000 kV com 12 subcondutores por fase e Pc = 9,35 GW,
alterando-se os valores iniciais
Capítulo 3 107
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
40 Torre
h m
30
Meio do vão
20
10
15 10 5 0 5 10 15
y m
8 Outra forma de compensar a redução em Pc é elevando o nível de tensão, e.g., para 800 kV, como foi apresentado
em [20], em que se obteve uma potência característica de 4,8 GW com oito condutores por fase.
10
Esolo kVrmsm
6
0
100 75 50 25 0 25 50 75 100
y m
Para uma linha de 1.000 kV, como 12 condutores por fase, a máxima
potência característica obtida foi de Pc = 8,0 GW – para as condições de
temperatura e altitude consideradas. Neste caso, o fator de utilização obtido
é aproximadamente igual a ku = 0,83, e o campo elétrico no solo é mostrado
na figura 3.14, em que seu valor máximo é de aproximadamente 8 kVrms/m.
65
55
Torre
45
h m
35
Meio do vão
25
15
20 15 10 5 0 5 10 15 20
y m
Capítulo 3 109
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
10
Esolo kVrmsm
6
0
100 75 50 25 0 25 50 75 100
y m
Referências
[1] IEEE Guide For The Application Of Insulation Coordination.
IEEE Std 1313.2-1999, 1999.
[2] IEEE Standard For Insulation Coordination - Definitions, Prin-
ciples, And Rules. IEEE Std 1313.1-1996, 2 Oct. 1996.
[3] Estimating Lightning Performance Of Transmission Lines. II. Up-
dates to Analytical Models, Power Delivery. IEEE Transactions
On, v. 8, n. 3, p. 1254-1267, Jul. 1993.
[4] ALEKSANDROV, G. N. Ultra-High Voltage Overhead Transmis-
sion Lines. Electric Technology U.S.S.R., v. 1, p. 1-9, 1971.
[5] ______, Overhead Transmission Lines Of Ultra-Raised Current
Capacity. Electric Technology U.S.S.R, v. 3, p. 1-14, 1981.
Capítulo 3 111
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
[30] SUN, D. I.; ASHLEY, B.; BREWER, B.; HUGHES, A.; TINNEY,
W. F. Optimal Power Flow By Newton Approach. IEEE Trans-
actions on Power Apparatus And Systems, v. PAS-103, n. 10, p.
2864-2880, 1984.
[31] GOMES JR., S. Otimização de Linhas Aéreas de Transmissão
Considerando Novas Concepções Construtivas para os Feixes de
Condutores. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio de
Janeiro (COPPE/UFRJ), dez. 1995.
[32] TROTT, M. The Mathematica Guidebook For Numetrics. Cham-
paign, Illinois: Springer Science+Business Media, Inc., 2006.
[33] WATANABE, E. H.; AREDES, M.; PORTELA, C. M. Energy And
Environment – Technologial Challenges For The Future. Tokyo,
Japan: Springer-Verlag, 2001, ch. Electric Energy and Environ-
ment: Some Technological Challenges in Brazil, p. 10-40.
[34] WOLFRAM, S.The Mathematica Book, fifth edition, Wolfram
Media, 2003.
Capítulo 3 113
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 4
115
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Onde:
ES = fasor tensão no extremo gerador (tensão aplicada)
IS = fasor corrente no extremo gerador (injetada na linha)
ER = fasor tensão no extremo recebedor (queda de tensão)
IS = fasor corrente no extremo recebedor (saindo da linha)
γ = jβ = j 2 π f LC (2)
Capítulo 4 117
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2π
λ=
β
(3)
1 L
Zs = =
Ys C
Yb 1
A = 1+ B=
Yc Yc
(4)
Y Y Y +Y Y +Y Y
D = 1+ a C= a b a c b c
Yc Yc
1 E 1
E R0 = ES ∴ R0 = (5)
A Es 2π s
cos
λ
QG 0 = E R0 C * (8)
Capítulo 4 119
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 4 121
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Comprimento – km
3,0
2,5
2,0
Carregamento – SIL
1,5
1,0
0,5
0,0
0 200 400 600 800
Capítulo 4 123
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executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1
V= (E1x 2 )2 + (E 2 x1 )2 + 2E1E 2 x1x 2 cos δ , (11)
x12
dP ∂P ∂P ∂x12
= +
dδ ∂δ ∂x12 ∂δ
(12)
dP ⎛ E E ⎞ ⎛ P 2 x x ⎞
= K = ⎜ 1 2 cos δ ⎟ + ⎜ 2 1 2 ⎟
dδ ⎝ x12 ⎠0 ⎝ V x12 ⎠0
ΔP
K1
+ - Δω Δδ
ΔPm 1/2Hs 377/s
-
K2 K4
ΔX12 ΔB ΔV + Outros
-X1X2 GCER + Sinais
+
ΔX12
K3
Figura 4.8: Diagrama de blocos do sistema relativo ao movimento do rotor em um
sistema com controle de tensão na transmissão
Capítulo 4 125
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 4.10: Caso base de fluxo de potência (caso 31) – Injeção máxima de 2.200 MW
Capítulo 4 127
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 4.13: Tensão no compensador estático (barra 11) para o evento A
Figura 4.15: Fluxo de potência ativa nas linhas entre as barras 12 e 11 para o evento A
Figura 4.16: Fluxo de potência ativa nas linhas entre as barras 10 e 11 para o evento A
Capítulo 4 129
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 4.20: Fluxo de potência nas linhas entre as barras 10 e 11 para o evento B
4.5 Conclusões
Os resultados do estudo comprovam a eficácia da compensação shunt
controlada na estabilidade. Este benefício se traduz no aumento do grau de
carregamento da linha sem prejuízo do desempenho dinâmico, mesmo no
caso da manutenção de uma compensação fixa por reatores de linha. É im-
portante frisar que o emprego desta compensação fixa por reatores de linha
vem atender a requisitos de desempenho transitório.
Referências
[1] CRARY, S. B. Power System Stability, v. I. Steady State Stability, John
Wiley, 1945.
[2] VENIKOV, V. Transient Process In Electrical Power Systems. MIR
Publishers, 1980.
[3] GYUGGI, L. Dynamic Compensation Of AC Transmission Lines
By Solid-State Synchronous Voltage Sources. IEEE – PES Summer
Meeting – Paper 434-1 PWRD, 1993.
[4] PORTELA, C. M. et al. Solicitação de Disjuntores de Manobra de Li-
nhas Não Convencionais. SNPTEE XIX, Rio de Janeiro, RJ, out. 2007.
[5] CLAIR, H. P. St. Practical Concepts In Capability And Performance
Of Transmission Lines. AIEE Trans, v. 72, Dec.1953.
Capítulo 4 131
Alternativas Não Convencionais para a
Transmissão de Energia Elétrica – Estado da Arte
CAPÍTULO 5
133
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1 A linha com comprimento elétrico equivalente exatamente igual a meio comprimento de onda apresenta incon-
venientes que impossibilitam sua operação [7][8]. Por esse motivo, neste trabalho a linha de transmissão, ou o
tronco de transmissão, sempre terá um comprimento um pouco maior do que meio comprimento de onda. E,
para simplificar e encurtar o termo designado para identificá-la, optou-se por se utilizar o termo meia-onda mais
ou então o símbolo MO+, para sempre lembrar que o comprimento elétrico equivalente da linha é ligeiramente
superior a meio comprimento de onda.
I1 Z I2
U1 Y Y U2
2 2
Capítulo 5 135
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
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10
8
ad a
6
20
15 e a a
10
Balanço de Reativos pu
f b b
5
c
0
d
c
5 e
10 d f
15
20
90 60 30 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270
Ângulo de Potência graus
Um 1+cos(δ ) (5.3)
=
U0 1+cos(Θ)
Capítulo 5 137
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
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16
1.0
14
Detalhes a
de 0.5
12
pu
b
10 0 c
Tensão pu
170 175 180 185 190
8
graus d
cf
6 e
4 f
2 ab
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Ângulo de Potência graus
U1 U2
Fluxo de Potência
#1 #2
Linha de
Transmissão
x=L x=0
Terminal Terminal
Emissor Receptor
posta no terminal 2.
A tensão e a corrente em qualquer ponto da linha podem ser determi-
nadas por:
⎡ ⎤
⎡ U ⎤ ⎢ cosh(γ x) ZC senh(γ x) ⎥ ⎡ U 2 ⎤
⎢ x ⎥ = ⎢ 1 ⎥ = ⎢ ⎥ (5.4)
⎢⎣ I x ⎥⎦ ⎢ senh(γ x) cosh(γ x) ⎥ ⎢⎣ I 2 ⎥⎦
⎣ Z C ⎦
⎡ Z ⎤
U x =U 0 ⎢cos(δ ) cosh(xγ ) + C sen(δ ) senh(xγ )⎥ −
⎣ ZT ⎦
(5.5)
⎡ Z ⎤
j U 0 ⎢sen(δ ) cosh(xγ )+ C sen(δ ) senh(xγ )⎥
⎣ ZT ⎦
Capítulo 5 139
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
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U 0 ⎡ ZC ⎤
Ix = ⎢ cos(δ ) cosh(xγ ) + cos(δ ) senh(xγ )⎥ −
ZC ⎣ ZT ⎦
(5.6)
U ⎡ Z ⎤
j 0 ⎢sen(δ ) senh(xγ )+ C sen(δ ) cosh(xγ )⎥
ZC ⎣ ZT ⎦
Ux Z
U x pu = = cos(δ ) cos(Θ) + C sen(δ ) sen(Θ)−
U0 ZT
(5.7)
⎡ Z ⎤
j ⎢sen(δ ) cos(Θ)− C cos(δ ) sen(Θ)⎥
⎣ ZT ⎦
I x ZC
I x pu = = = cos(δ ) cos(Θ) + sen(δ ) sen(Θ)+
I C ZT
(5.8)
⎡ Z ⎤
j ⎢cos(δ ) sen(Θ)− C sen(δ ) cos(Θ)⎥
⎣ ZT ⎦
uma relação igual a 0, o que significa que a linha está em aberto (ZT = ∞), a
tensão no meio de uma linha de 1,10 π é igual a zero, ao passo que a corrente
permanece igual a 1 pu. Por outro lado, à medida que a relação entre as im-
pedâncias aumenta, a tensão no ponto central se eleva proporcionalmente a
este aumento, tendendo para infinito quando a linha está em curto ( ZZTC ) = ∞,
novamente observa-se que a corrente neste ponto é igual a 1 pu.
É importante frisar que, quando a relação ( ZZTC ) é maior do que a uni-
dade, a potência transmitida é maior do que a potência característica, e tal
fato faz com que a tensão ao longo da linha alcance valores muito elevados
para o caso de linhas longas, o mesmo não acontece para linhas curtas. Isso
se apresenta como um fator desfavorável ao se optar por linhas muito lon-
gas, contudo pode-se otimizar a linha de forma a aumentar a potência ca-
racterística e, por conseguinte, a potência máxima transmitida.
2,5
2,0
2,0
1,5
1,5
Tensão pu
P 1,0 Pc
1,0
0,5
0,5
0
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
2,5
2,0
2,0
1,5
1,5
Corrente pu
P 1,0 Pc
1,0
0,5
0,5
0
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
Capítulo 5 141
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2,0
Zc ZT
90°
1,5
60°
Tensão pu
30°
1,0 0°
90° 30°
60°
0,5 90° 90°
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
Figura 5.8: Perfil de tensão ao longo da linha, para | ZTC | = 0,2 e variando ∠ ZTC de -90° a 90°
Z Z
2,0
Zc ZT
90°
1,5
60°
Corrente pu
30°
1,0 0°
30°
90° 60°
0,5 90°
90°
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
Figura 5.9: Perfil de corrente ao longo da linha, para | ZTC | = 0,2 e variando ∠ ZTC de -90° a 90°
Z Z
2,0
Zc ZT
90°
1,5 90°
60°
Tensão pu
30°
1,0 0°
30°
60°
0,5 90°
90°
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
2,0
Zc ZT
90°
1,5 90° 60°
Corrente pu
30°
1,0 0°
30°
60°
0,5 90°
90°
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
Figura 5.11: Perfil de corrente ao longo da linha, para | ZTC | = 1,0 e variando ∠ ZTC de -90° a 90°
Z Z
2,0
Zc ZT
90° 90°
1,5
60°
Tensão pu
30°
1,0 0°
30°
60°
0,5 90°
90°
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
Capítulo 5 143
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2.
Zc ZT
90°
1.5 90°
60°
Corrente pu
30°
1. 0°
30°
60°
0.5
90°
90°
0.
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
Figura 5.13: Perfil de corrente ao longo da linha, para | ZTC | = 1,2 e variando ∠ ZTC de -90° a 90°
Z Z
Zuʹ′ = f p + j ω ℒ
(5.9) ( )
Yuʹ′ = j ω ℒ (5.10)
⎡ Z ⎤
(
U ʹ′x pu = e− j δ ⎢cosh −1+ j f p x puΘ + C 1− j f p senh
⎣ ZT
) ( )
−1+ j f p x puΘ ⎥
⎦
(5.11)
⎡ ZC ⎤
U ʹ′x pu = e− j δ ⎢cosh
⎣
( −1+ j f p x puΘ +
ZT
)
1− j f p senh −1+ j f p x puΘ ⎥
⎦
( )
⎡
⎢ ZC cosh
senh ( −1+ j f p x puΘ ⎤)
I xʹ′ pu = e −j δ
⎢⎣ ZT
( −1+ j f p x puΘ + ) 1− j f p
⎥
⎥⎦
(5.12)
⎡
⎢ ZC cosh
senh ( −1+ j f p x puΘ ⎤ )
I xʹ′ pu = e −j δ
⎢⎣ ZT
( −1+ j f p x puΘ + ) 1− j f p
⎥
⎥⎦
2,0
2,0
1,5
1,5
Tensão pu
P 1,0 Pc
1,0
0,5
0,5
0
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
Capítulo 5 145
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2,5
2,0 2.0
1.5
1,5
Corrente pu
P 1.0 Pc
1,0
0.5
0,5
0
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Π
Comprimento Elétrico rad
YΠ
4
3
2
1
0
1 ZΠ
2
3
4
5
0 3Π 5Π 3Π 7Π 2Π
Π Π
4 2
Π
4 4 2 4
X = ξs X0 (5.13)
Y = ξd Y0 (5.14)
Θ = ξ s ξ d Θ0 (5.15)
ξs
ZC = Z (5.16)
ξ d C0
2 Em termos práticos, pode-se considerar essa distância igual ou inferior a 300 km.
Capítulo 5 147
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2
U0
PC0 = (5.17)
ZC0
ξd
PC = P (5.18)
ξ s C0
P ξd sen(δ )
= (5.19)
PC0 ξ s sen ξ ξ Θ
(
s d 0 )
E, derivando (5.19) em relação a ξs, tem-se:
∂ ⎛ P ⎞ 1 P ⎡ 1 1 ⎤
⎜ ⎟ = − − ξ s ξ d Θ cot
∂ξ s ⎝ PC0 ⎠ ξ s PC0 ⎢⎣ 2 2
( )
ξ s ξ d Θ ⎥
⎦
(5.20)
E (PPc 0 ) ξ s ∂ (Pc 0 )
P
1 1
Eξ s
= P
(Pc 0 ) ∂ξ s
= − − ξ s ξ d Θ cot
2 2
( )
ξ s ξ d Θ (5.21)
Capítulo 5 149
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
15
10
1,05 Π
5
1,10 Π
EPEΞs pu
1,0
0
5,81
5
10,91
10
15
0 2Π 5Π 7Π 4Π 3Π
Π Π Π
6 3 2
Π
3 6 6 3 2
i2 = 0 →u−(t ) = u+(t − 2T )
Supondo que a tensão da fonte seja uma função do tempo genérica, f(t),
pode-se definir as tensões terminais da linha para cada intervalo de tempo
T de acordo com a tabela 5.1.
Capítulo 5 151
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executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
f (t)= Re [U e j ω t ] U = Û e j δs
Onde u02(t) é o valor de (5.25) para t = 0, e ψ(t) é uma função que re-
presenta a propagação de onda em cada intervalo de tempo T, definida de
acordo com a tabela 5.2.
q = −e − j κ = −e − j 2Θ
Assim,
2 3 4 5 n
Ψ (t) =1+q+q +q +q +q +…+q n = 0, 1, 2,…
1−qn
Sn = (5.27)
1−q
n 1−qn
Max n[u2 (t)]= S Û = 2
max Û (5.28)
1−q
8
n4
Smax
6
n3
4,0
n
Smax
4
n2
2,1
2
n1
0
0 Π Π Π 2Π 5Π Π 7Π
6 3 2 3 6 6
Figura 5.18: Variação dos fatores Snmax e Smax em função do comprimento elétrico, Θ
Capítulo 5 153
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2,50
1,50
Tensão pu
0,50
0,50
1,50
2,50
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tempo ms
Figura 5.19: Tensão na fase a do terminal 2 de uma linha energizada a partir de um
barramento “infinito”, em t = 0, sem resistor de pré-inserção
2,50
1,50
Tensão pu
0,50
0,50
1,50
2,50
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tempo ms
Figura 5.20: Tensão na fase a do terminal 2 de uma linha energizada a partir de um
barramento “infinito”, em t = 0, com resistor de pré-inserção
2,50
1,50
Tensão pu
0,50
0,50
1,50
2,50
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tempo ms
Figura 5.21: Tensão em uma das fases no terminal 2 de uma linha energizada a partir de
um barramento “infinito”, em t = 0, sem resistor de pré-inserção, em condições mais severas
2,50
1,50
Tensão pu
0,50
0,50
1,50
2,50
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tempo ms
Figura 5.22: Tensão em uma das fases no terminal 2 de uma linha energizada a partir de
um barramento “infinito”, em t = 0, com resistor de pré-inserção, em condições mais severas
Capítulo 5 155
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
5,0
2,5 u2 a
4,0 1,5 u2 b
0,5
u2 c
3,0 0,5
1,5
2,0
Tensão pu
2,5
0,00 0,05 0,10
1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Tempo s
(a)
4,0 2,5 u2 a
1,5 u2 b
3,0 0,5 u2 c
0,5
2,0 1,5
Tensão pu
2,5
0,00 0,05 0,10
1,0
0,0
1,0
2,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Tempo s
(b)
Figura 5.23: Tensões de fase no terminal 2 da linha energizada a partir de um
barramento “infinito” (a) sem resistor de pré-inserção e (b) com resistor de pré-inserção
5,0
2,5 u2 a
4,0 1,5 u2 b
0,5
u2 c
3,0 0,5
1,5
2,0
Tensão pu
2,5
0,00 0,05 0,10
1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Tempo s
(a)
5,0
2,5 u2 a
4,0 1,5 u2 b
0,5
u2 c
3,0 0,5
1,5
2,0
Tensão pu
2,5
0,00 0,05 0,10
1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Tempo s
(b)
Figura 5.24: Tensões de fase no terminal 2 da linha energizada a partir de um
barramento “infinito”, em condições mais severas, (a) sem resistor de pré-inserção e (b)
com resistor de pré-inserção
Capítulo 5 157
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Capítulo 5 159
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8
Tensão pu
6 u2 0,95
u2 1,0
Potência GW
4
u2 1,02
2
u2 1,05
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
8
Tensão pu
6 u2 0,95
u2 1,0
Potência GW
4
u2 1,02
2
u2 1,05
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
0,8 u2 1,00
Perdas GW
0,6 u2 1,02
0,4 u2 1,05
0,2
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
100
Tensão pu
80 u2 0,95
Perdas Relativas
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
Capítulo 5 161
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executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
u2 1,00
Potência GW
4
u2 1,02
2
u2 1,05
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
8
Tensão pu
6 u2 0,95
u2 1,00
Potência GW
4
u2 1,02
2
u2 1,05
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
0,8 u2 1,00
Perdas GW
0,6 u2 1,02
0,4 u2 1,05
0,2
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
100
Tensão pu
80 u2 0,95
Perdas Relativas
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
Capítulo 5 163
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executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
6 u2 1,02
4 u2 1,05
2
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
14
Tensão pu
12
u2 0,95
10
u2 1,00
Potência GW
6 u2 1,02
4 u2 1,05
2
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
Muito embora as perdas nessa configuração sejam maiores que nos ca-
sos anteriores (cerca de 1 GW), como o circuito possui uma potência nomi-
nal bem superior, as perdas percentuais são da mesma ordem de grandeza
que nas configurações anteriores. As perdas percentuais, em condições nor-
mais de operação, variam de 11% a 14%.
1,8
1,6 Tensão pu
1,4 u2 0,95
1,2 u2 1,00
Perdas GW
1,0
u2 1,02
0,8
0,6 u2 1,05
0,4
0,2
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
100
Tensão pu
80 u2 0,95
Perdas Relativas
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
Capítulo 5 165
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executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
6 u2 1,02
4 u2 1,05
2
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
14
Tensão pu
12
u2 0,95
10
u2 1,00
Potência GW
6 u2 1,02
4 u2 1,05
2
2
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
1,8
1,6 Tensão pu
1,4 u2 0,95
1,2 u2 1,00
Perdas GW
1,0
u2 1,02
0,8
0,6 u2 1,05
0,4
0,2
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
100
Tensão pu
80 u2 0,95
Perdas Relativas
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
Capítulo 5 167
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
u2 1,00
Perdas GW
0,3
u2 1,02
0,2
u2 1,05
0,1
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
0,5
Tensão pu
0,4 u2 0,95
u2 1,00
Perdas GW
0,3
u2 1,02
0,2
u2 1,05
0,1
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
100
Tensão pu
80 u2 0,95
Perdas Relativas
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
Capítulo 5 169
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
das perdas relativas. O valor absoluto das perdas é menor, visto que a “no-
va” potência nominal é um quarto da potência nominal original, mas a per-
centagem dessas perdas em relação à potência injetada no circuito sofre um
aumento de cerca de 2 a 3 por cento.
Para o circuito de 1.000 kV, a operação em 500 kV não apresenta maio-
res dificuldades. Para os circuitos de 800 kV, a operação com metade da ten-
são nominal implica operar com 400 kV, que não é um dos níveis de tensões
considerados na rede básica. A figura 5.39 avalia as perdas para o circuito de
800 kV com feixe elíptico operando em 400 kV e 500 kV, onde se vê que não
há grandes mudanças das perdas, muito embora as potências sejam bastan-
te diferentes. No caso da operação em 500 kV, a potência nominal é da or-
dem de 1,9 GW, enquanto que em 400 kV a potência nominal é de 1,2 GW.
0,5
Tensão pu
0,4 u2 0,95
u2 1,00
Perdas GW
0,3
u2 1,02
0,2
u2 1,05
0,1
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
(a) 400 kV
0,5
Tensão pu
0,4 u2 0,95
u2 1,00
Perdas GW
0,3
u2 1,02
0,2
u2 1,05
0,1
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
(b) 500 kV
Figura 5.39: Perdas nos circuitos de 8.000 kV operando com tensão reduzida
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
(a) 400 kV
100
Tensão pu
80 u2 0,95
Perdas Relativas
u2 1,00
60
u2 1,02
40
u2 1,05
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Ângulo de Potência graus
(b) 500 kV
Figura 5.40: Perdas percentuais para o circuito de 800kV operando com tensão reduzida
Capítulo 5 171
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Referências
[1] AREDES, M.; EMMERIK, R. D.; PORTELA, C. M. Facts Applied
To Very Long Distance Transmission Lines. Proceedings 2003 Inter-
national Conference On AC Power Delivery At Long And Very Long
Distances, p. 395-403, Sept. 2003, Novosibirsk, Rússia.
[2] AREDES, M.; PORTELA, C. M.; EMMERIK, E. L.; SILVA DIAS,
R. F. da. Static Series Compensators Applied To Very Long Distance
Transmission Lines. Electrical Engineering (Archiv fur Elektrotech-
nik), v. 86, n. 2, p. 69-76, 2004. [Online]. Available: <http://dx.doi.
org/10.1007/s00202-003-0191-5>.
[3] AREDES, M.; SASSO, E. M.; EMMERIK, E. L.; PORTELA, C. M.
The Gto-Controlled Series Capacitor Applied To Half-Wave Length
Transmission Lines. IPST – International Conference on Power Sys-
tems Transients, 2003.
Capítulo 5 173
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
CAPÍTULO 6
175
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
6.1 Introdução
Os trabalhos relacionados à transmissão a longas distâncias utilizan-
do linhas com pouco mais de meio comprimento de onda usualmente con-
centram-se em sistemas radiais, onde a geração é conectada diretamente a
um centro de carga. No âmbito do Projeto Transmitir, porém, acordou-se
pela necessidade de se considerar o atual modelo do sistema elétrico brasi-
leiro, o qual, em algumas situações, irá requerer a integração da transmis-
são utilizando sistemas de mais de meia-onda ao sistema interligado, não
se tendo simplesmente uma transmissão ponto a ponto. Deste modo, pro-
cura-se apresentar neste capítulo alguns resultados que permitam analisar
esta operação.
Os casos analisados tomam como base dados fornecidos pela Empresa
de Pesquisa Energética - EPE, os quais foram utilizados em estudos referen-
tes à integração da Usina de Belo Monte. Nos casos recebidos, a interligação
entre Belo Monte e o Sudeste é realizada através de elos de corrente con-
tínua, e o procedimento adotado neste trabalho é a substituição de um ou
mais bipolos por linhas de transmissão de pouco mais de meio comprimen-
to de onda (MO+). Inicialmente, procura-se analisar o efeito do ponto de
conexão na distribuição do fluxo em algumas interligações do sistema elé-
trico. Porém, chama-se a atenção de que em todos os casos simulados é ado-
tado um comprimento fixo de 2.600 km para a linha de transmissão MO+,
mesmo que isto não reflita a distância real entre os dois pontos conectados.
Em uma segunda etapa, fixado um ponto de conexão no Sudeste, anali-
sa-se a operação do tronco em MO+ com diferentes níveis de carregamento
e cenários de intercâmbio. Esta análise é feita considerando-se troncos em
800 kV e 1.000 kV. É apresentada, também, uma rápida comparação com a
transmissão utilizando elo CCAT.
Capítulo 6 177
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Tabela 6.1: Parâmetros unitários da linha de transmissão em 800 kV com feixes circulares
Impedância longitudinal (Ω /km) Admitância transversal (µ S/km)
Sequência positiva 0,0106439 + j 0,255654 6,51233
Sequência zero 0,304346 + j 1,31062 3,23774
Figura 6.2: Arranjo dos condutores para o sistema de 800 kV - feixes elípticos
Tabela 6.2: Parâmetros unitários da linha de transmissão em 800 kV com feixes elípticos
Impedância longitudinal(Ω /km) Admitância transversal(µ S/km)
Sequência positiva 0,006600 + j 0,17248 9,902
Sequência zero 0,3415 + j 1,07154 3,23774
Figura 6.3: Arranjo dos condutores para o sistema de 1.000 kV - Feixes elípticos
Tabela 6.3: Parâmetros unitários da linha de transmissão em 1.000 kV com feixes elípticos
Impedância longitudinal (Ω /km) Admitância transversal (µ S/km)
Sequência positiva 0,00545812 + j 0,152339 11,0871
Sequência zero 0,293417 + j 1,21478 3,85937
Capítulo 6 179
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Xingu
11000 MW 40 MW Tucurui
BELO
MONTE 40 MW
Parauapebas
1900 MW Miracema
1,058 30 pu
2700 MW
1,062 41,5 pu
4000 MW
4000 MW
Serra da Mesa
1,038 50,5 pu
3800 MW
3800 MW
Estreito
1,087 12 pu
SUDESTE
Figura 6.4: Diagrama do caso de estudo 1 com transmissão CCAT para o Sudeste –
Caso original
Xingu
600 MW Tucurui
11000 MW 600 MW
BELO
MONTE 1,10 7,2 pu Parauapebas
10 MW Miracema
1,093 4,1 pu
330 MW
5500 MW 1,10 1 pu
1600 Mvar
5500 MW
1600 Mvar
1,078 0,89 pu
Serra da Mesa
2 LTs λ/2+ 1000kV
8520 MW
55 Mvar
4800 MW
55 Mvar
4800 MW
Estreito
1,074 13 pu
SUDESTE
Figura 6.5: Distribuição de fluxos, duas LTs MO+, 1.000 kV - 8,52 GW, Xingu-Estreito
XINGU--PA500
10008
70001 70002 70003 70004 70005
5520.1 -5520.1 5520.1 -5472.0 5472.0 -5410.0 5410.0 -5309.6 5309.6 -5173.4
ESTREI-MG500
4302 0.975 70009 70008 70007 70006
-4793.3 4793.3 -4793.3 4836.4 -4836.4 4911.1 -4911.1 5029.2 -5029.2 5173.4
80.6j 55.0j -55.0j -2485.4j 2485.4j -3393.6j 3393.6j
-2051.5j 2051.5j 624.6j
1.047 0.991 0.826 0.637 0.590
1.074
Capítulo 6 181
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1.1
1
Tensão (pu)
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
70001 70002 70003 70004 70005 70006 70007 70008 70009
Barras
Figura 6.7: Perfil de tensão na linha de transmissão MO+ referente às condições
apresentadas na figura 6.6
No caso em que pontos de injeção são Assis 500 kV e Bauru 440 kV, fi-
gura 6.9, 4.100 MW escoam de Xingu a Assis e 5.900 MW escoam de Xin-
gu a Bauru. Em ambos os casos, as linhas de transmissão MO+ 1.000 kV –
8.520 MW escoam grande parte do fluxo de potência, operando abaixo da
capacidade térmica.
Os resultados obtidos para os casos 3 e 4 são apresentados nas figuras
6.10 e 6.11. No caso 3, o ponto de injeção no SIN é Bauru. O fluxo de po-
tência em cada linha de transmissão MO+ 1.000 kV – 8.520 MW é de 4.900
MW. Para o caso 4, em que o ponto de injeção no SIN é Assis, são transmi-
tidos 4.800 MW através de cada uma das linhas de transmissão MO+ 1.000
kV – 8.520 MW.
Xingu
420 MW Tucurui
11000 MW
420 MW
BELO
MONTE 1,098 2 pu Miracema
Parauapebas 1,084 16 pu
1200 MW
620 MW
1,089 11 pu
Serra da Mesa
5900 MW
-600 Mvar 2 LTs λ/2+ 1000kV
8520 MW
4100 MW
5200 MW
600 Mvar
-1000 Mvar
1025 Mvar
3300 MW
1,054 7,5 pu
Bauru 1,022 21 pu
Assis SUDESTE
1,047 16 pu
Figura 6.8: Caso 1 – Distribuição de fluxos para o caso com duas LTs MO+ 1.000 kV –
8.520 MW chegando a Assis 440 kV e Bauru 440 kV
Capítulo 6 183
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Xingu
470 MW Tucurui
11000 MW
470 MW
BELO Miracema
MONTE 1,099 2,6 Parauapebas 1,086 16
480 MW
960 MW
1,096 11
4700 MW
4800 MW
600 Mvar
1400 Mvar
1,067 8,9
200 Mvar
4100 MW
Bauru
1,029 21
Assis
SUDESTE
1,064 19
Figura 6.9: Caso 2 – Distribuição de fluxos para o caso com duas LTs MO+ 1.000 kV –
8.520 MW chegando a Assis 500 kV e Bauru 440 kV
Xingu
370 MW Tucurui
11000 MW
370 MW
BELO Miracema
MONTE 1,10 1.3 pu Parauapebas 1,082 17 pu
820 MW
1400 MW
1,093 10 pu
4900 MW
600 Mvar
4200 MW
1100 Mvar
600 Mvar
4200 MW
1,067 6,2 pu
Bauru
0,99 17 pu
SUDESTE
Figura 6.10: Caso 3 – Distribuição de fluxos para o caso com duas LTs MO+ 1.000 kV –
8.520 MW chegando a Bauru
Xingu
340 MW Tucurui
11000 MW
340 MW
BELO
MONTE 1,1 9.9 pu Parauapebas Miracema
1,081 6 pu
920 MW
1500 MW
1,092 1.23 pu
2 LTs λ/2+ 1000kV
8520 MW Serra da Mesa
4800 MW
-1100 Mvar
4800 MW
-1100 Mvar
1,068 5.41 pu -530 Mvar
-530 Mvar
4100 MW
4100 MW
Assis
1,05 5.2 pu
SUDESTE
Figura 6.11: Caso 4 – Distribuição de fluxos no SIN para o caso com duas LTs MO+ 1.000
kV – 8.520 MW chegando a Assis 500 kV
Capítulo 6 185
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Xingu
280 MW Tucurui
11000 MW
280 MW
BELO
Miracema
MONTE 1,09 5,9 puParauapebas
1,073 11 pu
1100 MW
1800 MW
1,069 1 3.1 pu
4700 MW
300 Mvar
340 Mvar
4100 MW
340 Mvar
4100 MW
1,024 2,2 pu
Bauru
0,976 17 pu
SUDESTE
Figura 6.12: Caso 5 – Distribuição de fluxos para o caso com duas LTs MO+ 800 kV –
4.850 MW chegando a Bauru
Xingu
270 MW Tucurui
11000 MW
270 MW
BELO Miracema
MONTE 1,091 16 pu Parauapebas 1,073 1.3 pu
1100 MW
1800 MW
1,071 7,05 pu
4600 MW
140 Mvar
490 Mvar
4000 MW
4000 MW
490 Mvar
1,029 12,4 pu
Assis
1,056 4,8 pu
SUDESTE
Figura 6.13: Caso 6 – Distribuição de fluxos para o caso com duas LTs MO+ 800 kV –
4.850 MW chegando a Assis 500 kV
XINGU--PA500 70005
10008 70001 70002 70003 70004
4625.6 -4625.6 4625.6 -4560.6 4560.6 -4484.8 4484.8 -4397.7 4397.7 -4307.4
311.8j -140.5j 140.5j -781.8j 781.8j -820.5j 820.5j -230.8j 230.8j 578.9j
0.938 1.096 1.038 0.943 0.869
1.029
ASSIS--SP500
4282
70009 70008 70007 70006
-4046.8 4046.8 -4046.8 4101.2 -4101.2 4157.3 -4157.3 4225.1 -4225.1 4307.4
Figura 6.14: Tronco de transmissão MO+ referente às condições apresentadas na figura 6.13
1.05
0.95
0.85
70001 70002 70003 70004 70005 70006 70007 70008 70009
Barras
Figura 6.15: Perfil de tensão na linha de transmissão MO+ referente às condições
apresentadas na figura 6.13
Capítulo 6 187
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Xingu
270 MW Tucurui
8200 MW
270 MW Miracema
BELO
MONTE 1,1 5,1 pu 1,096 11 pu
Parauapebas
1700 MW
1000 MW
1,1 4,0 pu
2 LTs λ/2+ 1000kV
8520 MW Serra da Mesa
3500 MW
1800 Mvar
3500 MW
1800 Mvar
1,094 0,44 pu
370 Mvar
2900 MW
2900 MW
370 Mvar
Assis
1,096 7,2 pu
SUDESTE
Figura 6.16: Distribuição de fluxos – tronco MO+ com duas LTs de 1.000 kV – 8.520 MW
– Fluxo intermediário
Xingu
400 MW Tucurui
4300 MW
400 MW
BELO
MONTE 1,059 17.5 pu
Parauapebas
1600 MW Miracema
1,058 24 pu
500 MW
1,077 19 pu
250 Mvar
70 MW
70 MW
Assis
1,089 13 pu
SUDESTE
Figura 6.17: Distribuição de fluxos – tronco MO+ com duas LTs de 1.000 kV – 8.520 MW
– Fluxo Próximo de Zero
Xingu
825 MW Tucurui
1400 MW 825 MW
BELO
MONTE
1,105 44,6 pu
Parauapebas
1900 MW
Miracema
1,10 44 pu
1,108 41 pu
2100 MW
140 Mvar
Assis
1,098 29 pu
SUDESTE
Figura 6.18: Distribuição de fluxos – tronco MO+ com duas LTs de 1.000 kV – 8.520 MW
– Norte Importador
Capítulo 6 189
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
0.8
0.6 Norte Exp.
0.4 Norte Exp. Int.
Intercâmbio zero
0.2
Norte imp.
0
70001 70002 70003 70004 70005 70006 70007 70008 70009
Barras
Figura 6.19: Comparação entre os perfis de tensão da linha de transmissão MO+ 1.000
kV – 8.520 MW para os diferentes cenários analisados
Xingu
240 MW Tucurui
8200 MW
240 MW
BELO
MONTE 1,098 9,85 pu
Parauapebas
1200 MW
Miracema
1,087 6,3 pu
1,089 1.29 pu
1800 MW
2 LTs λ/2+ 800kV
4850 MW
3400 MW
-500 Mvar
Serra da Mesa
3400 MW
-500 Mvar
1,056 6,76 pu
360 Mvar
2900 MW
2900 MW
360 Mvar
Assis
1,09 5,5 pu
SUDESTE
Figura 6.20: Distribuição de fluxos – tronco MO+ com duas LTs de 800 kV – 4.850 MW –
Fluxo intermediário
Capítulo 6 191
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
foram realizadas simulações onde o tronco com duas LTs com MO+ foi subs-
tituído por um tronco CCAT com dois bipolos de 800 kV-4.000 MW cada.
Os dados do elo CCAT são os mesmos utilizados nos estudos relacionados
à transmissão de Belo Monte, corrigindo-se o comprimento da linha para
2.600 km. O sistema, bem como os cenários de geração, são os mesmos uti-
lizados na análise do tronco MO+.
Xingu
450 MW Tucurui
4300 MW
450 MW
BELO
MONTE 1,054 13 pu
Parauapebas
1600 MW
Miracema
1,062 20 pu
1,067 14 pu
470 MW
2 LTs λ/2+ 800kV
440 MW 8520 MW
1200 Mvar
Serra da Mesa
440 MW
1200 MVar
1,065 7 pu
210 Mvar
210 Mvar
115 MW
115 MW
Assis
1,089 8,5 pu
SUDESTE
Figura 6.21: Distribuição de fluxos – tronco MO+ com duas LTs de 800 kV – 4.850 MW –
Fluxo Próximo de Zero
2100 MW
1,099 40 pu
1600 MW
800 Mvar
1,075 32 pu
1900 MW
470 Mvar
1900 MW
470 Mvar
Assis
1,076 25 pu
SUDESTE
Figura 6.22: Distribuição de fluxos – tronco MO+ com duas LTs de 800 kV – 4.850 MW –
Norte Importador
1.2
1
Tensão (pu)
0.8
0.6
Norte Exp.
0.4 Norte Exp. Int.
Intercâmbio zero
0.2
Norte imp.
0
70001 70002 70003 70004 70005 70006 70007 70008 70009
Barras
Figura 6.23: Comparação entre os perfis de tensão da linha de transmissão MO+ 800 kV
– 4.850 MW para os diferentes cenários analisados
Capítulo 6 193
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Xingu
40 MW Tucurui
11000 MW
BELO 40 MW
MONTE 1.091 36, 6 pu
Parauapebas
1900 MW
Miracema
1.057 15,3 pu
2700 MW
1.067 27,3 pu
HVDC 800kV
4000 MW
3800 MW
1.044 36, 2 pu
Assis
1.016 3, 2 pu
SUDESTE
Tabela 6.5: Comparação entre alternativas de transmissão utilizando linhas MO+ e elo CCAT
Belo Monte Xingu Assis 500 kV I. Solteira
Cenário P (MW) V (pu) θ (°) P (MW) V (pu) θ (°) P (MW) P (MW)
Base 11.000 1,068 5,41 9.600 1,05 -5,2 8.250 3.170
MO+ Intermediário 8.200 1,094 0,44 7.000 1,096 -7,2 5.800 2.900
1.000 kV N. Importador 1.400 1,09 -33 3.200 1,098 -29 4.200 2.800
Zero 4.300 1,09 -12,4 920 109 -13 -140 1.860
Base 11.000 1,029 12,4 9.200 1,056 -4,8 8.000 3.000
MO+ Intermediário 8.200 1,056 6,76 6.800 1,09 -5,5 5.800 2.640
800 kV N. Importador 1.400 1,075 -32 3.200 1,076 -25 3.800 2.380
Zero 4.300 1,065 -7 880 1,089 -8,5 230 1.390
Base 11.000 1,044 36,2 8.000 1,016 -3,2 7.600 2.650
Intermediário 8.200 1,05 6,23 7.000 1,014 2,05 6.600 2.080
HVDC
N. Importador 1.400 1,043 -11 4.000 1,065 -22 4.200 1.800
Zero 4.300 1,094 5,44 400 1,096 -4,4 320 830
Uma análise desta tabela indica uma maior parcela de perdas referen-
te à transmissão em MO+, sendo que a alternativa em 1.000 kV apresenta
as maiores perdas. Estes resultados estão de acordo com a característica já
conhecida de uma linha MO+, qual seja seu rendimento cai drasticamen-
te quando se transmite potências inferiores à sua potência nominal. Este é
o caso do tronco de 1.000 kV, com capacidade de transmitir 17.000 MW, e
para alguns cenários utilizando tronco MO+ de 800 kV, com capacidade de
transmitir 9.700 MW. Deste modo, pode-se obter uma redução das perdas
associadas ao tronco MO+ alterando-se sua potência nominal através da
variação de sua tensão de operação. Este processo é ilustrado na tabela 6.6
que apresenta a comparação entre o desempenho do tronco de transmissão
MO+ 800 kV, com e sem controle de tensão, e do tronco HVDC 800 kV. Para
os casos utilizando MO+, permitiu-se que os transformadores associados à
linha operassem com taps na faixa de 0,6 a 1,4 pu.
Xingu
280 MW Tucurui
8200 MW
BELO 280 MW
MONTE 1.097 9,9 pu
Parauapebas
Miracema
1000 MW
1.089 5,5 pu
1500 MW
1.088 1, 42 pu
HVDC 800kV
3500 MW
Serra da Mesa
3500 MW
3300 MW
3300 MW
1.05 6, 23 pu
Assis
1.014 2, 05 pu
SUDESTE
Capítulo 6 195
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Tabela 6.6: Efeito do controle de tensão nas perdas de uma LT MO+ 800 kV
Belo Monte Xingu Assis 500 kV 70001 70009 I. Solteira
Caso P (MW) V (pu) θ (°) P (MW) V (pu) θ (°) P (MW) V (pu) V (pu) P (MW)
MO+
4.300 MW 1,065 -7,0 880 1,089 -8,5 230 1,025 1,052 1.384
800 kV **
MO+
4.300 MW 1,029 -4,6 820 1,099 -6,5 500 0,735 0,695 1.150
800 kV *
HVDC 4.300 MW 1,080 -19 800 0,98 -3,9 796 – – 925
* Com controle de tensão; ** Sem controle de tensão
Xingu
540 MW Tucurui
4300 MW
BELO 540 MW
MONTE 1.086 1,8 pu
Parauapebas
2000 MW Miracema
1.06 9, 7 pu
1.078 3,1 pu
24 MW
HVDC 800kV
200 MW
Serra da Mesa
200 MW
1.094 5, 44 pu
160 MW
160 MW
Assis
1.096 4, 4 pu
SUDESTE
Xingu
1000 MW Tucurui
1400 MW
BELO 1000 MW
MONTE 1.095 25.7 pu
Parauapebas
2200 MW
Miracema
1.098 28 pu
1.079 22 pu
1400 MW
HVDC 800kV
2000 MW
2100 MW
2100 MW
1.043 11 pu
Assis
1.065 22 pu
SUDESTE
Capítulo 6 197
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 7
199
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
7.1 Introdução
O objetivo deste capítulo é apresentar alguns estudos relacionados ao
comportamento transitório da meia-onda+ (MO+). Para tanto, o capítulo
está basicamente dividido em três partes. Na primeira, considera-se o com-
portamento da MO+ face aos transitórios eletromagnéticos como surtos de
manobra e surtos atmosféricos. Em todas essas análises, considera-se a MO+
de “forma isolada”, i.e., sem a inserção desta no sistema interligado nacional
brasileiro (SIN). Na segunda parte, é avaliado o comportamento da MO+,
inserida no SIN, durante a ocorrência de transitórios eletromecânicos. Al-
guns dos resultados dessa seção indicaram a presença de sobretensões sus-
tentadas bastante elevadas, o que levou a um estudo adicional do efeito co-
roa na propagação de sinais lentos. Esse último estudo não é, estritamente
falando, um estudo típico de transitórios eletromagnéticos, contudo faz-se
necessário o emprego de modelos detalhados do circuito de transmissão
como ocorre nas análises envolvendo a propagação de surtos em linhas de
transmissão aéreas.
O surto de manobra considerado foi o de energização do circuito de
MO . Para a análise de surto atmosférico, foi primeiro realizada uma ava-
+
Capítulo 7 201
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
A maioria das descargas ocorre dentro de uma nuvem e entre duas nu-
vens, sendo apenas uma pequena parcela das descargas que ocorre entre
nuvem e solo. A relação entre o número de descargas entre nuvens e o nú-
mero de descargas para o solo varia com a latitude. Em [9] emprega-se uma
expressão empírica baseada em dados de 13 países. As descargas atmosfé-
ricas entre nuvem e solo compõem o fator preponderante para a definição
do isolamento dos equipamentos de extra-alta tensão e naturalmente os de
ultra-alta tensão. A importância da representação adequada do comporta-
mento da rede face à incidência das descargas atmosféricas reside no fato
que a grande maioria dos curtos-circuitos e interrupções não programadas
são causadas por estas, no Brasil, em particular, onde há uma elevada inci-
dência de descargas e conjunção com terrenos onde o comportamento do
solo não é favorável ao escoamento da descarga atmosférica.
A grande maioria das descargas ocorre dentro de uma nuvem e entre
duas nuvens, e somente uma pequena parcela ocorre entre uma nuvem e o
solo. Tipicamente, tem-se que a relação entre o número de descargas entre
nuvens e o número de descargas para o solo varia entre dois perto dos polos
até mais de seis nas regiões tropicais [9]. As descargas entre nuvem e solo
podem ser caracterizadas pela polaridade da carga da nuvem e pela direção
do precursor da descarga.
Após a formação do primeiro canal, há um efeito em cascata que leva a
progressão de canais, permitindo o deslocamento de cargas. Na extremida-
de do último canal, há um acúmulo de carga elétrica que leva a um intenso
campo elétrico na vizinhança, gerando uma ionização da área e conseguente
formação de um novo canal condutor. Esse último canal descendente é co-
nhecido como precursor de descarga. A velocidade de progressão é da or-
dem de 105 m/s a 106 m/s, com um tempo de ocorrência entre 25 µ s a 50 µ
s [28]. Esse movimento das cargas induz, no solo e em outros objetos metá-
licos não muito elevados, um campo elétrico capaz de causar o movimento
ascendente de canais de cargas de sinal oposto a dos canais descentes. Isso
se mantém até que ocorra a conexão entre canais ascendentes e descenden-
tes. Dessa maneira, fica estabelecido um canal “condutor” ionizado entre a
nuvem e o solo. Em sequência, esse canal é atravessado por uma corrente
relativamente intensa, a média global apresenta um valor de pico da ordem
de 30 kA. Essa corrente, conhecida também como corrente de retorno, é
responsável pela descarga parcial ou total da nuvem, tem velocidade de pro-
pagação entre 107 m/s a 108 m/s, representando o ponto alto da descarga
atmosférica, quando o relâmpago e o aquecimento causam uma expansão
do ar na região levando ao trovão.
• Descargas diretas:
▷▷ Quando incidem em algum ponto da torre.
▷▷ Quando incidem nos cabos para-raios ou em algum dos condu-
tores ou subcondutores de fase.
• Descargas indiretas:
▷▷ Quando incidem em ponto do solo próximo à linha de transmissão.
Capítulo 7 203
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
• Forma de onda.
• Amplitude máxima.
• Polaridade.
• Tempo de frente de onda.
• Derivada máxima da corrente na frente de onda em relação ao tempo.
tf 10/90
dIo/dtf 10
tf 30/90
t [µs]
10%
30%
dIo/dtf 30/90
90%
o
1 pico - 100%
2o pico
i [kA]
Figura 7.1: Forma de onda típica de uma corrente de descarga com polaridade
negativa [38]
1 http://thunder.nsstc.nasa.gov/data/OTDsummaries
Capítulo 7 205
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
N g = aN ib (7.1)
5 ≤ I0 ≤ 200
1
P(I 0 ) = 2,6 (7.2)
⎛ I 0 ⎞
1+ ⎜ ⎟
⎝ 31 ⎠
1 ⎛ (ln x − µ )2 ⎞
PDF(x) = exp⎜− ⎟ (7.3)
x 2πσ x ⎝ 2σ x2 ⎠
Capítulo 7 207
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
0.025
0.020
Probabilidade
0.015
0.010
0.005
0.000
0 20 40 60 80 100 120
I0 kA
(at)n
i(t) = kI 0 exp(−bt)u(t) (7.6)
1+(at)n
⎛ 1 ⎞
b ⎛ na ⎞ n
k = exp⎜ ⎜ ⎟ ⎟ (7.7)
⎜ a ⎝ b ⎠ ⎟
⎝ ⎠
exp( tαft ) −1
i(t) = I 0 (7.8)
exp(α )−1
Capítulo 7 209
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
⎧
exp( tf )−1
αt
⎪
⎪ I0 exp(α ) − 1
t ≤ tf
⎪
i(t) = ⎨ I0 tf < t ≤ t1 (7.9)
⎪
⎪ I 0 (1 − tt−t1
2 −t1
) t1 < t ≤ t2
⎪
⎩ 0 t > t2
1.0
Α6
0.8 Α4
Α2
Amplitude p.u.
0.6
Α0
0.4 Α2
Α4
0.2 Α6
0.0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
Tempo em p.u. ttf
1.0
0.8
Amplitude p.u.
0.6
0.4
0.2
0.0
0 20 40 60 80 100
Tempo Μs
Capítulo 7 211
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
120
100
80
60
40
20
0
100 50 0 50 100
Capítulo 7 213
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Tabela 7.1: Número de descargas diretas que atingem os circuitos de pouco mais de
meio comprimento de onda
800 kV 800 kV 1.000 kV 1.000 kV circ.
elip. circ. elip. circ.
fase < 10−3 < 10−3 0,001 0,001
para-raios 20,8 19,6 21,4 22,3
Capítulo 7 215
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 7 217
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 7 219
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
LT LT LT LT
(a) descarga incide na torre e (b) descarga incide nos cabos para-raios ao meio do vão
Figura 7.7: Estrutura do circuito para análise das sobretensões no caso da incidência
de descarga atmosférica
Capítulo 7 221
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
b
a
(a) configuração #1
b
a
36 m
a 18m
b
(c) configuração #3 – com “anel de equalização”
Figura 7.8: Aterramento das estruturas metálicas para o circuito de λ /2+ 800 kV
Capítulo 7 223
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1.0
0.8
Amplitude [p.u]
0.6
0.4
0.2
0.0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Tempo [μs]
Capítulo 7 225
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2
Torre
Meio vao
1.5
1
Tensao [MV]
0.5
−0.5
−1
0 5 10 15 20
Tempo [µ s]
Figura 7.11: Sobretensão na cadeia de isoladores para uma descarga incidindo junto à
torre e nos cabos para-raios ao meio do vão para um circuito de meia-onda+ 800 kV
Capítulo 7 227
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
(a) Fase a
(b) Fase b
(c) Fase c
(a) Fase a
(b) Fase b
(c) Fase c
Capítulo 7 229
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
A A
B B
C C
• Energização sob curto: esse estudo tem como objetivo avaliar as so-
bretensões ao longo da linha quando esta é energizada na presença
de um curto-circuito. A resistência de falta considerada foi de 10 Ω.
Capítulo 7 231
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
44
30
24
-15 -10 -5 0 5 10 15
Distância Horizontal (m)
Figura 7.15: Arranjos dos condutores na torre, para uma linha de 800 kV com feixes
elípticos de oito subcontudores por fase
Figura 7.17: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Capítulo 7 233
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.19: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Figura 7.21: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Capítulo 7 235
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Análise estatística
(a) tA
(b) tb (c) tc
Figura 7.22: Distribuição dos tempos de fechamento dos polos utilizados no estudo
estatístico
Capítulo 7 237
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
50
Distância Vertical m
45
40
35
30
20 15 10 5 0 5 10 15 20
Distância Horizontal m
Figura 7.25: Arranjos dos condutores na torre, para uma linha de 800 kV com feixes
circulares de seis subcontudores por fase
Figura 7.27: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Capítulo 7 239
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.29: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Análise estatística
(a) tA
(b) tb (c) tc
Figura 7.30: Distribuição dos tempos de fechamento dos polos utilizados no estudo
estatístico
Capítulo 7 241
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
55
50
Distância Vertical m
45
40
35
30
20 15 10 5 0 5 10 15 20
Distância Horizontal m
Figura 7.33: Arranjos dos condutores na torre, para uma linha de 1.000 kV com feixes
elípticos de 12 subcontudores por fase
Capítulo 7 243
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.35: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Da mesma forma que nos casos anteriores, o tempo de inserção não deve
ser inferior a 18 ms. Depois desse tempo de inserção, a máxima tensão é apro-
ximadamente 1,26 pu, conforme indicado na figura 7.36. A figura 7.37 mos-
tra a energia dissipada por fase em função do tempo de inserção do resistor.
Figura 7.37: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Capítulo 7 245
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Análise estatística
(a) tA
(b) tb (c) tc
Figura 7.38: Distribuição dos tempos de fechamento dos polos utilizados no estudo
estatístico
Nos estudos de energização sob curto para linha de 1.000 kV com fei-
xes elípticos, foi considerado um curto fase-terra na fase a com uma resis-
tência de 10 Ω, localizada em diferentes pontos ao longo da linha. Foi con-
siderada a energização com o fechamento sincronizado dos polos no ponto
de máxima tensão da fase a da fonte, e com a resistência de pré-inserção de
72,5 Ω. A figura 7.40 mostra a máxima tensão ao longo da linha em função
da localização da falta. A sobretensão é mais severa quando existe um curto
localizado a 1.950 km do terminal emissor.
Capítulo 7 247
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
55
Distância Vertical m
50
45
40
35
20 15 10 5 0 5 10 15 20
Distância Horizontal m
Figura 7.41: Arranjos dos condutores na torre, para uma linha de 1.000k V com feixes
circulares de oito subcontudores por fase
Figura 7.43: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Capítulo 7 249
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.45: Energia dissipada nos resistores de fase em função do valor da resistência
de pré-inserção
Análise estatística
(a) tA
(b) tb (c) tc
Figura 7.46: Distribuição dos tempos de fechamento dos polos utilizados no estudo
estatístico
Capítulo 7 251
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 7 253
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
XINGU--PA500
10008 70001 70002 70003 70004 70005
4790.9 -4790.9 4790.9 -4753.2 4753.2 -4694.1 4694.1 -4592.5 4592.5 -4457.1
-1034.4j 1183.8j -1183.8j -1675.5j 1675.5j -3332.2j 3332.2j -2658.0j 2658.0j -113.7j
1.021 1.053 1.031 0.879 0.655
1.068
ASSIS--SP500
4282
MO6-1000
70009 70008 70007 70006
-4125.8 4125.8 -4125.8 4157.0 -4157.0 4215.9 -4215.9 4320.1 -4320.1 4457.1
-529.6j 636.4j -636.4j -2170.1j 2170.1j -3550.6j 3550.6j -2565.0j 2565.0j 113.7j
1.050 0.975 1.027 0.994 0.833 0.614 0.511
Figura 7.51: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da perda de uma linha de transmissão MO+.
Figura 7.52: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Tensões ao longo da linha MO+
diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Figura 7.53: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Colinas-Miracema da interligação Norte/Sul diante da perda de uma das linhas de
transmissão MO+
Figura 7.54: Duas LTs MO+ 1000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Xingu/Tucuruí diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Capítulo 7 255
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.55: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Xingu/Tucuruí diante da ocorrência de um curto-circuito em Xingu seguido da perda de
um dos circuitos do trecho Xingu-Tucuruí
Figura 7.56: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Xingu seguido da perda
de um dos circuitos do trecho Xingu-Tucuruí
Figura 7.57: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Tensões na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Xingu seguido da perda
de um dos circuitos do trecho Xingu-Tucuruí
Figura 7.58: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência em um dos
circuitos da interligação Norte/Sul diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Capítulo 7 257
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.59: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis, com abertura do
trecho Assis-Marimbondo
Figura 7.60: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Tensões na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis, com abertura do
trecho Assis-Marimbondo
Figura 7.61: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Colinas-Miracema da interligação Norte/Sul da ocorrência de um curto-circuito em
Assis, com abertura do trecho Assis-Marimbondo
Figura 7.62: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Tensão em Araraquara diante
da ocorrência de um curto-circuito em Assis, com abertura do trecho Assis-Marimbondo
Figura 7.63: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Xingu/Tucuruí diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+, com abertura do
trecho Assis-Marimbondo
Capítulo 7 259
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.64: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda
de uma das LTs Assis-Londrina
Figura 7.65: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Tensões na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda
de uma das LTs Assis-Londrina
Figura 7.66: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Xingu/Tucuruí diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Figura 7.67: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Colinas-Miracema da interligação Norte/Sul da ocorrência de um curto-circuito em Assis
seguido da perda de uma das LTs Assis-Londrina
Capítulo 7 261
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.68: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Tensão em Araraquara diante da
ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda de uma das LTs Assis-Londrina
Figura 7.71: Duas LTs λ /2+ 800 kV chegando a Assis – Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da perda de uma linha de transmissão MO+
Capítulo 7 263
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.72: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis - Tensões ao longo da linha MO+
diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Figura 7.73: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis - Fluxos de potência no trecho
Xingu/Tucuruí diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Figura 7.74: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis - Fluxos de potência no trecho
Xingu-Tucuruí diante da ocorrência de um curto-circuito em Xingu seguido da perda de
um dos circuitos do trecho Xingu-Tucuruí
Figura 7.75: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis - Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Xingu seguido da perda
de um dos circuitos do trecho Xingu-Tucuruí
Capítulo 7 265
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.76: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis - Tensões na linha de transmissão
MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Xingu seguido da perda de um dos
circuitos do trecho Xingu-Tucuruí
Figura 7.77: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis - Fluxos de potência em um dos
circuitos da interligação Norte/Sul diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Figura 7.78: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda
do trecho Assis-Marimbondo
Figura 7.79: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Tensões na linha de transmissão
MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda do trecho
Assis-Marimbondo
Figura 7.80: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Colinas-Miracema da interligação Norte/Sul da ocorrência de um curto-circuito em Assis
seguido da perda do trecho Assis-Marimbondo
Capítulo 7 267
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.81: Duas LTs MO+ 1.000 kV chegando a Assis – Tensão em Araraquara diante da
ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda do trecho Assis-Marimbondo
Figura 7.82: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Xingu/Tucuruí diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda do
trecho Assis-Marimbondo
Figura 7.83: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Fluxos de potência na linha de
transmissão MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda
de uma das LTs Assis-Londrina
Figura 7.84: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Tensões na linha de transmissão
MO+ diante da ocorrência de um curto-circuito em Assis seguido da perda de uma das
LTs Assis-Londrina
Capítulo 7 269
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Figura 7.85: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Xingu/Tucuruí diante da perda de uma das linhas de transmissão MO+
Figura 7.86: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Fluxos de potência no trecho
Colinas-Miracema da interligação Norte/Sul da ocorrência de um curto-circuito em Assis
seguido da perda de uma das LTs Assis-Londrina
Figura 7.87: Duas LTs MO+ 800 kV chegando a Assis – Tensão em Araraquara diante da
ocorrência de um curto- circuito em Assis seguido da perda de uma das LTs Assis-Londrina
7.4.3 Comentários
Capítulo 7 271
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2
1 ⎛ E ⎞ ⎛ E E ⎞
= −A0 ⎜ cr −1⎟ + A1 Ecr ⎜ cr −1− ln cr ⎟ (7.12)
r ⎝ E0 ⎠ ⎝ E0 E0 ⎠
0.5
Ec [pu]
0 Ecr1 ≠ Ecr2
-0.5
-1.0 Ecr2
0 50 100 150 200 250 300 350
Graus [º]
Capítulo 7 273
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
C1 G2
G1 C1 G1 C2 G2 C2 Gn Cn Gn Cn
Capítulo 7 275
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Devido G ser muito pequeno para cada seção quando comparado aos
outros parâmetros, será desprezado, considerando-se somente C como pa-
râmetro transversal da linha. Para uma LT trabalhando na região linear, sig-
nifica que C é a capacitância geométrica, e que a tensão é inferior à tensão
crítica, ou seja, à tensão limiar antes da ocorrência do corona. Atingida e
ultrapassada esta tensão, ocorrerá o corona.
O efeito corona apresenta características não lineares, em que ocor-
re dissipação de energia, associada à ionização, e aumento da capacitân-
cia, que, diferentemente da capacitância geométrica, será definida como a
capacitância dinâmica, devido ao aumento do raio da camada ionizada ao
redor do condutor. Em regimes transitórios, o efeito corona provoca maior
atenuação, pois dissipa energia e maior distorção dos surtos durante a pro-
pagação por causa do atraso nesta, em razão da parcela da onda de surto
com tensão superior à tensão crítica.
A dissipação de energia e o aumento da capacitância constituem os as-
pectos essenciais associados ao efeito corona, e podem ser observados nas
curvas carga-tensão (qv) medidas em um condutor sob este efeito. Esta cur-
va pode ser aproximada por segmentos de reta, conforme mostra a figura
7.90a. Esse tipo de abordagem é conhecido como Aproximação Estática. O
segmento ab indica tensões inferiores à tensão crítica, vc, onde a capacitân-
cia é igual à capacitância geométrica da LT. O segmento bc, cujas tensões
são superiores à tensão crítica, mostra uma capacitância dinâmica, cd1, com
valor superior à capacitância geométrica da LT, até atingir a tensão, vt. Já o
segmento cd mostra um aumento da capacitância dinâmica, cd2, até atingir
a tensão máxima, vmax. Por último, o segmento de, com tensões inferiores
à tensão máxima, retornando à capacitância geométrica da LT.
Para estudos envolvendo sinais rápidos, há uma grande excursão da
tensão ao longo da curva qv da linha de transmissão, sendo necessária uma
maior discretização da curva qv para obtenção de respostas mais próximas
ao real. Naturalmente, com o aumento no número de segmentos, maior é a
aproximação da modelagem à curva original. Contudo, nos casos de sinais
lentos, as variações de tensão são menores, sendo possível empregar uma
aproximação mais simples, com apenas três segmentos de reta, conforme
mostra a figura 7.90b. A legenda C0 indica a capacitância geométrica do cir-
cuito, i.e., sem efeito corona. Uma alternativa a ambas as abordagens é o em-
prego da Aproximação Dinâmica, encontrada em [41]. Considerando ape-
nas a aproximação por três segmentos de reta, é possível obter um circuito
equivalente para a representação do efeito corona como mostra a figura 7.91.
q d
q2
c
q1
b
C0
v
a vc vʼ vmax
v v1 v2
C0
V1
• Domínio do tempo.
• Domínio harmônico.
Capítulo 7 277
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Vx dxY eY YeY
dx
δ Vx+dx
22 2
Modelo π
⎛ A B ⎞
QLT = ⎜ ⎟ (7.14)
⎝ C D ⎠
Δ l LT
1 2
I1 I2
Z
Y
Ye YYe
V1 V2
22 2 J
Quadripolo
Capítulo 7 279
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
⎛ V ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ j ⎟ = Q .⎜ Vk ⎟ + ⎜ 0 ⎟⎟ (7.16)
⎜ I j ⎟ eqLT ⎜ I k ⎟ ⎜⎝ J m ⎠
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
onde
⎛ 0 ⎞ ⎛ 0 ⎞ ⎛ 0 ⎞ ⎛ 0 ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ = ⎜⎜ ⎟⎟ +QLTk .⎜⎜ ⎟⎟ +...+QLTk .QLT (i−1) ...QLT 3 .QLT 2 .⎜⎜ ⎟⎟ (7.18)
⎝ J m ⎠ ⎝ J k ⎠ ⎝ J i−1 ⎠ ⎝ J1 ⎠
• Cálculo dos valores iniciais das tensões e correntes para os i+1 pontos
da linha: considera-se uma iteração de ordem 0, que nenhum cabo está
sob o efeito do coroa; portanto as correntes [J] são iguais a zero. Então:
⎛ V ⎞ ⎛ ⎞
⎜ j ⎟ = Q .⎜ Vk ⎟ (7.19)
⎜ I j ⎟ eqLT ⎜ I k ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
Sendo
⎛ V ⎞ ⎛ V ⎞
⎜ i−1 ⎟ = QLTi .⎜ i ⎟ (7.21)
⎜ Ii−1 ⎟ ⎜ Ii ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
• Cálculo dos valores iniciais das matrizes [J] para os i pontos da linha:
calculadas as tensões em todos os i pontos da linha, considera-se que
os cabos possam estar sob o efeito corona, calculam-se as densidades
de corrente auxiliar δ em todos estes pontos. Por fim, calculam-se as
componentes de J nestes pontos.
⎧ J
⎪ TaRen,p = I aRen,p − I aRen,p−1
⎨ (2.22)
⎪⎩ J TaImn,p = I aImn,p − I aImn,p−1
Capítulo 7 281
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
⎧
⎪ J aRen,p = J aRen,p − J TaRen,p
⎨
⎪⎩ J aImn,p = J TaImn,p − J TaImn,p
(7.23)
Tabela 7.6: Tensões máximas encontradas ao longo do circuito para diferentes valores
de carregamento
Carregamento (pu) Vmax (pu) (DH) Vmax (pu) (ATP)
1,5 1,358 1,349
1,7 1,519 1,501
2,0 1,675 1,649
2,1 1,717 1,701
Referências
[1] AMETANI, A.; KAWAMURA, T. A Method Of A Lightning Surge
Analysis Recommended In Japan Using Emtp. Power Delivery, IEEE
Transactions on 20, 2, p. 867-875, Apr. 2005.
Capítulo 7 283
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 7 285
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Capítulo 7 287
Alternativas Não Convencionais para Transmissão de Energia Elétrica
Meia-onda+ e Trasnmissão CA Segmentada
CAPÍTULO 8
289
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1 Para evitar eventuais mal-entendimentos, será utilizado o termo "tap passivo" para o tap que foi modelado como
um elemento passivo, seja como impedância ou como admitância, conforme mostrado nesta seção. E, para seguir
a mesma linha de raciocínio, sera utilizado o termo "tap ativo" quando o tap for modelado como um elemento ati-
vo, i.e., fonte de corrente ou de tensão, conforme mostrado adiante.
Capítulo 8 291
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x tap
−1
⎡U x ⎤ ⎡ Y11′ Y12′ Y13′ ⎤ ⎡ − 1 0 ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ Zπ 1 ⎥ ⎡ U1 ⎤
⎢U tap1 ⎥ = − ⎢ Y21′ Y22′ Y23′ ⎥ ⎢ 0 0 ⎥ ⎢ ⎥ (8.1)
⎢U ⎥ ⎢ Y′ Y′ Y′ ⎥ ⎢ 0 − Z1π 3 ⎥ ⎢⎣ U 2 ⎥⎦
⎣ tap2 ⎦ ⎣ 31 32 33 ⎦ ⎢⎣ ⎥⎦
1 1 Y Y (8.2a)
Y11′ = + + π1 + π 2
Zπ 1 Zπ 2 2 2
1 (8.2b)
′ = Y12′ = −
Y21
Zπ 2
′ = Y13′ = 0
Y31 (8.2c)
1 Y 1 (8.2d)
′ =
Y22 + π2 +
Zπ 2 2 Ztap
1 (8.2e)
′ = Y23
Y32 ′ −
Ztap
1 Yπ 3 1 (8.2f)
′ =
Y33 + +
Zπ 3 2 Ztap
(8.2g)
Zπ 1 = j Zc sen ( Θx ) (8.3a)
(
Zπ 2 = j Zc sen Θtap − Θx ) (8.3b)
Yπ 2 1
=j tan ( Θx ) (8.3d)
2 Zc
Yπ 2
2
=j
1
Zc
(
tan Θtap − Θx ) (8.3e)
Yπ 3
2
=j
1
Zc
(
tan Θ − Θtap ) (8.3f)
L
Com Zc = C11 , em que L1 e C1 são a indutância e capacitância por uni-
dade de comprimento de sequência positiva da linha.
Capítulo 8 293
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⎧ ⎧ ⎡Z ⎫
⎪ 1 ⎪⎨e j δ ⎢ tap cos Θ − Θtap cos Θtap − Θx + j sen ( Θ − Θx ) ⎤⎥ + j sen ( Θx ) ⎪⎬
( ) ( )
⎪ Δ ⎪⎩ ⎣ Zc ⎦ ⎪⎭
Z
⎡ tap ⎪ ⎤ ⎫ ⎫ , Θ < Θ
(
⎢ ZΘ −cos
cos
⎣ c
() () ( )
Θ −cos
Θtap Θtap
Θtap ⎪Θxtap+−j Θ
cos− Θ
Ux ⎪
sen )
x (+Θj − Θ(xΘ
sen )
⎤
⎥
⎦
−+ Θ x ) ⎥(+Θj xsen
j sen
⎦
) ⎪
⎪⎭
⎪
⎬ ( Θx ) ⎬
⎪⎭
x tap
=⎨ (8.4)
U0 ⎪ 1 ⎧ Ztap ⎫
( ) (
⎪ Δ ⎨ Z cos Θtap cos Θtap⎫− Θx + j ⎡⎣e sen,(Θ ) jδ
Θ − Θx ) ⎤⎦ + sen ( Θx ) ⎬
x > Θtap
) ( ) ⎩ c
Θtap cos Θtap − Θx + j ⎡⎣e⎪j δ sen ( Θ − Θx ) ⎤⎦ + sen ( Θx ) ⎬
⎫
⎭
ap
( ) ( ⎪
)
cos Θtap cos Θtap − Θ⎪x + j ⎡⎣e j δ sen ( Θ − Θx ) ⎤⎦ + sen ⎭ (Θ )
x ⎬
⎭
c ⎩
Ztap
Δ=
Zc
( ) ( )
cos Θ − Θtap cos Θtap + j sen( Θ )
Ztap pu
1,6
1,4 0,0
0,1
1,2 0,2
Tansão Ux pu
0,3
0,4
1,0
0,5
0,6
0,8 0,7
0,8
0,6 0,9
1,0
1,1 Π
0,4
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Posição ao longo da linha rad
Figura 8.2: Perfil de tensão, variando |Ztap| com ∠Ztap = 0, para Θx = 0,55 π (rad)
2 Entende-se por balanço de reativos a soma das partes imaginárias das potências complexas nos terminais 1 e 2.
Capítulo 8 295
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(a)
(b)
Figura 8.3: Detalhes da (a) potência transmitida e do (b) balanço de reativos
Ztap pu
1
0,0
Ztap pu
3
0,0
0,1
Máxima Tensão Umax pu
2 0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
1
0,7
0,8
0,9
1,0
0
180 190 200 210 220
Ângulo de potência ∆ graus
Capítulo 8 297
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Para o caso extremo, quando |Ztap| = 1,0 p.u., o ângulo de abertura deve
ser igual a δ ≃ 3,29571 rad (δ ≃ 188,83°) para se transmitir 1,0 p.u. de po-
tência no terminal emissor. O perfil de tensão para este valor de δ, variando
a amplitude da impedância desde 0 até 10 p.u., é apresentado na figura 8.6,
onde pode ser observado que as tensões ao longo da linha praticamente não
ultrapassam a tensão nominal. Sendo o valor máximo obtido, para o pior ca-
so, aproximadamente igual a 102% da tensão nominal U0.
Capítulo 8 299
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3 Ztap
90°
Potência transmitida P1 Pc p.u. 2
60°
1 30°
0°
0 30°
60°
1
90°
2
3
150 160 170 180 190 200 210 220
Ângulo de potência ∆ graus
3.
2.5
2. Impedância Capacitiva
P1 Pc p.u.
1.5
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap rad
1.
0.75
Q1 Q2 Pc p.u.
0.5
Impedância Capacitiva
0.25
0.
0.25
Impedância Indutiva
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap rad
Capítulo 8 301
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tap
1.6
1.4
0.1
0.2
1.2
0.3
Uxpu p.u.
1. 0.4
0.5
0.8
0.6
1.1 Π
0.4
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
1.6
tap
1.4
0.6
1.2
0.7
Uxpu p.u.
1. 0.8
0.9
0.8
0.6
1.1 Π
0.4
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.13: Perfil de tensão variando Θtap em passos de 0,1 Θ
Para cada valor de Θtap e de |Ztap| , existe um valor para a abertura an-
gular δ em que se mantém a potência transmitida constante e igual a 1,0
p.u., e, analogamente, existe um valor para o caso de se desejar manter a
potência recebida constante. Os valores de δ para manter P1 = 1,0 p.u. ou
P2 = 1,0 p.u. são mostrados na figura 8.14 e na figura 8.15, respectivamen-
te. Onde se mostra que no ponto Θtap = 0,6 π rad (≃ 1.483 km) é possível
manter a potência transmitida constante independentemente da amplitude
do tap, sem precisar alterar a abertura angular. E, no ponto Θtap = 0,5 π rad
(≃ 1.236 km), consegue-se manter a potência recebida constante. Esses pon-
tos apresentam-se como pontos notáveis e, aparentemente, ideais para se in-
serir o tap série com a função de drenar/fornecer energia. Esses pontos são
uma consequência das ondas estacionárias ao longo da linha de transmis-
são, correspondendo a nós de corrente. A existência destes pontos pode ser
explicada analisando as equações de uma linha de transmissão. Para o caso
em questão se está considerando que as tensões nos terminais emissor e re-
ceptor são impostas, i.e., as tensões nos terminais são definidas pelas fontes
de tensão, então a tensão e corrente em qualquer ponto da linha podem ser
definidas a partir das condições de contorno em um dos terminais. Consi-
derando inicialmente o caso de se determinar a tensão a partir do terminal
emissor, a tensão e a corrente no ponto x para uma linha ideal são dadas por:
(8.7)
Ux = U 1 cos(Θx )− j Z c I1 sen(Θx )
U1
I x = −j sen(Θx )+ I1 cos(Θx ) (8.8)
Zc
U1 (8.9)
Iπ = −
2 Zc
Capítulo 8 303
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U2
Ix = j sen(Θ− Θx )+ I 2 cos(Θ− Θx ) (8.11)
Zc
Ztap p.u.
260
250
0
240 0.1
230 0.2
0.3
220
∆ graus
0.4
210 0.5
0.6
200
0.7
190 0.8
0.9
180
1.
1.1 Π
170
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap rad
220
Ztap p.u.
215
0
210 0.1
0.2
∆ graus
205
200
195
1.1 Π
190
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap rad
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
Ztap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.16: Perfil de tensão quando Θtap = 0,6 π rad,
variando |Ztap| com (a) ∠Ztap = 0 e (b) ∠Ztap = 180°
Capítulo 8 305
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Ztap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.17: Perfil de tensão quando Θtap = 0,5 π rad,
variando |Ztap| com (a) ∠Ztap = 0 e (b) ∠Ztap = 180°
De forma análoga ao que foi feito para o tap série, será feita uma análise
qualitativa da inserção de uma admitância em derivação, permitindo dimen-
sionar as consequências da inserção de um tap em derivação na linha, anali-
sando os efeitos no perfil de tensão, potência transmitida e balanço de reativos,
em função da amplitude, da fase e da posição dessa admitância.
A figura 8.18 apresenta o circuito de sequência positiva do sistema idealizado,
para o caso do ponto de observação encontrar-se antes da posição do tap, sendo
Ux a tensão no ponto de observação (Θx) e Utap a tensão na posição do tap (Θtap).
Onde,
Capítulo 8 307
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⎧ ⎧ ⎡ Y ⎫
⎪ 1 ⎪⎨e j δ ⎢ sen ( Θ − Θx ) + j tap sen Θ − Θtap sen Θtap − Θx ⎤⎥ + sen ( Θx ) ⎪⎬
( ) ( )
⎪ Δ ⎪⎩ ⎣ Yc ⎦ ⎪⎭
⎧ ⎪ , Θx < Θtap
1 ⎪⎧ j δ ⎡ ⎪ Ytap sen Θ − Θ ⎤ ⎪⎫
⎪
⎪
⎨e ⎢ sen ( ΘU− Θx )⎪+ j
Δ ⎩⎪ ⎣ Yc
( ) (
tap sen Θtap − Θx ⎥ + sen ( Θx ) ⎬ )
x
=⎨ ⎦ ⎭⎪ (8.14)
⎪ U0 ⎪ 1 ⎧ Y ⎫
⎪
⎪ ⎩
jδ
( ) (
⎪ Δ ⎨e sen ( Θ − Θx ) − j Y sen Θtap sen Θtap − Θx + sen ( Θx ) ⎬
tap
)
=⎨ ⎪ c
, Θx > Θtap ⎭
⎧ ⎪ Y ⎫
⎪
⎪
1 jδ
Δ⎩
⎨e sen ( Θ − Θx )⎪− j
⎩
tap
Yc
( ) (
sen Θtap sen Θtap − Θx + sen ( Θx ) ⎬
⎭
)
⎪
⎪
⎪ Onde, Yc = 1/Zc é a admitância característica da linha, em (S), e:
⎩
Ytap
Δ = sen( Θ ) + j
Yc
(
sen Θ − Θtap sen Θtap ) ( )
Sendo Θ o comprimento elétrico equivalente da linha, em radianos.
A figura 8.19 apresenta o perfil de tensão, considerando o tap posicio-
nado no meio da linha (Θx = Θ/2 = 1.728 rad, ≃ 1.361 km), para a amplitu-
de da admitância Ytap variando de 0 a 1,0 p.u., em passos de 0,1 p.u. e com
fase igual a 0 – o que corresponde ao dreno de energia ativa da linha.
Para o caso em que a fase da relação Ytap/Yc seja igual a 180° – corresponden-
te a uma condutância negativa, por conseguinte, fornecendo energia – exis-
te um efeito simétrico ao caso anterior, em relação ao meio da linha, como
observado na figura 8.20.
Ytap p.u.
1.4
1.2 0
0.1
1. 0.2
0.3
0.8
Uxpu p.u.
0.4
0.5
0.6
0.6
0.4 0.7
0.8
0.2 0.9
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
Figura 8.19: Perfil de tensão ao longo da linha, variando |Ytap| em passos de 0,1 p.u. e
com ∠Ytap = 0, para Θx = 0,55 π (rad)
Ytap p.u.
1.4
1.2 0
0.1
1. 0.2
0.3
0.8
Uxpu p.u.
0.4
0.5
0.6
0.6
0.4 0.7
0.8
0.2 0.9
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
Figura 8.20: Perfil de tensão ao longo da linha, variando |Ytap| em passos de 0,1 p.u. e
com ∠Ytap = 180°, para Θx = 0,55 π (rad)
1 ⎡⎢ ⎤
I1 = j
Zc ⎢
tan Θtap − ( ) 1
sen Θtap ( )
⎥ U1 + j 1
⎥
1
Z c sen Θtap
Utap
( )
(8.15)
⎣ ⎦
1 ⎡⎢ ⎤
I2 = j
Zc ⎢
(
tan Θ − Θtap −
1
sen Θ − Θtap
) ( )
⎥ U2 + j 1
⎥
1
(
Z c sen Θ − Θtap
Utap
)
⎣ ⎦ (8.16)
⎤
( )
n Θ − Θtap −
(
1
sen Θ − Θtap )
⎥ U2 + j 1
⎥ Z
1
c sen Θ − Θtap
Utap
( )
⎦
Capítulo 8 309
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=
jδ
= Y tap
tap Y
S1 U 1 I 1 e − cos( Θ ) + j Yc cos Θtap sen Θ − Θtap ( ) ( ) (8.17)
Pc Pc (
Yc sen Θ − Θtap sen Θtap + j sen ( Θ )) ( )
S2 U 2 I 2 e
= =
−j δ
− cos( Θ ) + j
Y tap
Yc ( ) ( )
cos Θ − Θtap sen Θtap
(8.18)
sen ( Θ − Θtap ) sen ( Θtap ) + j sen( Θ )
Pc Pc Y tap
Yc
Ytap p.u.
3
0
0.1
2 0.2
P1 Pc p.u. 0.3
0.4
0.5
0.6
1
0.7
0.8
0.9
1.
0
180 190 200 210 220
∆ graus
(a)
Ytap p.u.
2
0
0.1
0.2
Q1 Q2 Pc p.u.
1
0.3
0.4
0.5
0.6
0
0.7
0.8
0.9
1.
1
180 190 200 210 220
∆ graus
(b)
Figura 8.21: Detalhes da (a) potência transmitida e do (b) balanço de reativos
Capítulo 8 311
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Ytap p.u.
3.5
3.
0
2.5 0.1
0.2
2.
Uxpu p.u.
0.3
0.4
1.5
0.5
1. 0.6
0.5
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
Figura 8.22: Perfil de tensão para δ = 4,0 rad, variando |Ytap| em passos de 0,1 p.u.
com ∠Ytap = 0, para Θx = 0,55 π (rad)
Ytap p.u.
5
4
0
3
0.1
2 0.2
1 0.3
P2 Pc p.u.
0.4
0
0.5
1 0.6
2 0.7
0.8
3
0.9
4 1.
5
90 60 30 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270
∆ graus
Figura 8.23: Potência recebida P2 em função de δ, variando |Ytap| em passos de 0,1 p.u.
com ∠Ytap = 0, para Θx = 0,55 π (rad)
ω Lind
Z cap = j
1− Ccap Lind ω 2
Capítulo 8 313
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3.5
Ytap
3.
90
2.5 60
30
2.
Uxpu p.u.
0
1.5 30
1. 60
90
0.5
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
Figura 8.24: Perfil de tensão variando ∠Ytap de −90° a 90° em passos de 30°,
para |Ytap| = 0,2 p.u.
6
Ytap
90
4 60
30
P1 Pc p.u.
0
2
30
60
0 90
2
180 190 200 210 220
∆ graus
(a)
2
Ytap
90
0 60
30
P2 Pc p.u.
0
2
30
60
4 90
6
180 190 200 210 220
∆ graus
(b)
Figura 8.25: Potências transmitidas no (a) terminal 1 e no (b) terminal 2,
variando ∠Ytap de −90° a 90°, em passos de 30°, para |Ytap| = 0,2 p.u.
Capítulo 8 315
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
20
Ytap
90
15
60
Q1 Q2 Pc p.u.
30
10
0
5 30
60
0 90
5
180 190 200 210 220 230 240 250 260 270
∆ graus
3.5
3.
2.5
Admitância Indutiva
P1 Pc p.u.
2.
1.5
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
20
Ytap
90
15
60
Q1 Q2 Pc p.u.
30
10
0
5 30
60
0 90
5
180 190 200 210 220 230 240 250 260 270
∆ graus
Capítulo 8 317
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1.5 0.1
0.2
1.25 0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.
0.5
0.75 0.6
0.7
0.5 0.8
0.9
1.1 Π
0.25
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
Figura 8.29: Perfil de tensão ao longo da linha, quando se varia a posição do tap,
Θtap, em passos de 0,1 Θ, para Ytap = 0,2 ∠0 p.u.
5
4 tap
3 0.1
2 0.2
1 0.3
P1 Pc p.u.
0.4
0
0.5
1
0.6
2
0.7
3
0.8
4 0.9
5
90 60 30 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270
∆ graus
5
4 tap
3 0.1
2 0.2
1 0.3
P1 Pc p.u.
0.4
0
0.5
1
0.6
2
0.7
3
0.8
4 0.9
5
90 60 30 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270
∆ graus
Figura 8.31: Potência recebida no terminal 2, variando Θtap, em passos de 0,1 Θ, para
Ytap = 0,2 ∠0 p.u.
Ytap p.u.
260
250
0
240 0.1
230 0.2
0.3
220
∆ graus
0.4
210 0.5
0.6
200
0.7
190 0.8
0.9
180
1.
1.1 Π
170
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap rad
Capítulo 8 319
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
220
Ytap p.u.
215
0
210 0.1
0.2
∆ graus
205
200
195
1.1 Π
190
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap rad
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
Ytap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.34: Perfil de tensão, quando Θtap = 0,1 π rad (≃ 247,5 km), variando |Ytap|
considerando (a) ∠Ytap = 0 e (b) ∠Ytap = 180°
Capítulo 8 321
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Ytap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.35: Perfil de tensão variando-se |Ytap|, para Θtap = π rad (≃2.475 km),
considerando (a) ∠Ytap = 0 e (b) ∠Ytap = 180°
tap
2
0
0.1
Q1 Q2 Pc p.u.
1 0.2
0.3
0.4
0.5
0 0.6
0.7
0.8
0.9
1
180 190 200 210 220
∆ graus
Figura 8.36: Balanço de reativos, variando Θtap, em passos de 0,1 Θ, para Ytap = 0,2∠0 p.u.
Capítulo 8 323
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Nesta subseção, será analisado o tap série como uma fonte de tensão.
A figura 8.37 apresenta o modelo do circuito analisado.
⎧
{ ( ) }
⎪ cossec ( Θ ) e U0 sen ( Θ − Θx ) + ⎡⎣U0 +U tap cos Θ − Θtap ⎤⎦ sen ( Θx ) ,para Θx < Θtap
jδ
+ 0⎡U
U ( (
+U+U coscos
⎣ 0 tap tap ) )
Θ −ΘΘ−tapΘtap
⎦ ⎦U }}
( Θx( Θ) ⎪⎪x ,para
⎤ sen
⎤ sen
x =⎨
) ,para
Θx Θ < xΘ<tapΘtap
(8.19)
{ ( ) }
⎪ cossec ( Θ ) ⎡e j δ U0 −U tap cos Θtap ⎤ sen ( Θ − Θx ) + U0 sen ( Θx ) , para Θx > Θtap
⎣ ⎦
) )
tap
⎦ ⎦ ( Θ (−ΘΘ−x Θ
⎤ sen
⎤ sen ) +x )U+0 Usen
0 (}}
senΘx( Θ
) x
⎪
,)para
⎪
⎩
Θx Θ
, para > xΘ>tapΘtap
U tap = K u U 0 (8.20)
⎧
{ ( ) }
⎪ cossec ( Θ ) e sen ( Θ − Θx ) + ⎡⎣1+ K u cos Θ − Θtap ⎤⎦ sen ( Θx ) ,para Θx < Θtap
jδ
⎣ ) ⎣u u
+Θ⎡x1+ ( ( ) )
+K⎡1+cos K Θ cos
−Θ
⎦ ⎦U } }
sen⎤( Θ
− Θ⎤ tap
Θtap sen
=⎨
⎪Θ ) ,para
x x )( ⎪ ,para
x Θx <ΘΘxtap
< Θtap
(8.21)
{ ⎣ ( )
U0 ⎪ cossec ( Θ ) ⎡e j δ − K cos Θ ⎤ sen Θ − Θ + sen Θ
u tap ⎦ ( x) ( x) } , para Θ x > Θtap
} }
⎪
() )⎦
sen⎤⎦( Θ
osap Θ⎤ tap − (Θ
sen )
Θx−) +Θxsen+( Θ
sen (
x) x ⎪
Θ , )
para , para
Θ >ΘΘ
⎩ x xtap tap
> Θ
Capítulo 8 325
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Utap p.u.
1.6
1.4 0
1.2 0.1
0.2
1. 0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.8
0.5
0.6 0.6
0.7
0.4 0.8
0.9
0.2
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
Utap p.u.
1.6
1.4 0
1.2 0.1
0.2
1. 0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.8
0.5
0.6 0.6
0.7
0.4 0.8
0.9
0.2
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.38: Perfis de tensão ao longo da linha, quando uma fonte de tensão
é conectada em série no meio da linha, (a) drenando e (b) injetando energia,
considerando a fase da tensão da tap igual à da corrente no ponto em questão
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
Utap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.39: Perfis de tensão ao longo da linha, quando uma fonte de tensão é
conectada em série no ponto Θtap = 0,6 π rad tanto (a) drenando quanto (b) injetando
energia na linha, considerando a fase da tensão da tap à da corrente no ponto em questão
Capítulo 8 327
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Utap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.40: Perfis de tensão ao longo da linha, quando uma fonte de tensão é
conectada em série no ponto Θtap = 0,5 π rad, (a) drenando (b) injetando energia,
considerando a fase da tensão da tap igual à da corrente no ponto em questão
Utap p.u.
3
0
0.1
2 0.2
0.3
P1 Pc p.u.
0.4
0.5
0.6
1
0.7
0.8
0.9
1.
0
180 190 200 210 220
∆ graus
(a)
Utap p.u.
3
0
2 0.1
0.2
Q1 Q2 Pc p.u.
0.3
1 0.4
0.5
0.6
0.7
0
0.8
0.9
1.
1
180 190 200 210 220
∆ graus
(b)
Figura 8.41: (a) Potência transmitida e (b) balanço de reativos de acordo com a
variação da amplitude da tensão do tap ativo no meio da linha, considerado a fase igual
à da corrente no ponto em questão
Capítulo 8 329
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
1.4
Utap
90
1.2
60
Uxpu p.u.
30
1. 0
30
60
0.8
90
1.1 Π
0.6
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
2.
Utap
1.5 90
90
P1 Pc p.u.
1.
0.5
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap p.u.
(a) (b)
Figura 8.44: Diagrama fasorial da tensão e corrente quando uma fonte com
fase igual a −90° é inserida no (a) terminal 2 e no (b) terminal 1
Capítulo 8 331
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2.
Utap
1.5 90
90
P1 Pc p.u.
1.
0.5
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
tap p.u.
⎧
{ ( )
⎪ cossec ( Θ ) e U0 sen ( Θ − Θx ) + ⎡⎣U0 − j I tapZ c sen Θ − Θtap ⎤⎦ sen ( Θx ) ,
jδ
}
⎣ ) ⎣u u
+Θ⎡x1+ +K⎡1+cos( ( ) )
K Θ cos
−Θ − Θ⎤ tap
Θtap } }
sen ⎪Θ,para,para
⎦ ⎦(Ux x=)( ⎪⎨ x )
sen⎤ Θ Θx <ΘΘxtap
< Θtap
(8.22)
{ ( )
⎪ cossec ( Θ ) ⎡e j δ U0 − j I tapZ c sen Θtap ⎤ sen ( Θ − Θx ) +U0 sen ( Θx ) ,
⎣ ⎦ }
() ) sen⎤⎦( Θ
s Θ⎤ tap
ap ⎦
− (Θ
sen )
Θx−) +Θxsen+( Θ} }
senx (
) )
⎪
Θ, xpara
⎪
⎩
Θx >ΘΘxtap
, para > Θtap
⎧
{ ( )
⎪ cossec ( Θ ) e sen ( Θ − Θx ) + ⎡⎣1− j K i sen Θ − Θtap ⎤⎦ sen ( Θx ) ,
jδ
}
⎣ ) ⎣u u
+Θ⎡x1+ +K⎡1+cos ( ( ) )
K Θ cos
−Θ Θtap sen⎤( Θ
− Θ⎤ tap
⎦ ⎦U } }
sen
=⎨
⎪Θ,para,para
x x )( ⎪ x )
Θx <ΘΘxtap< Θtap
(8.24)
{ ⎣ i( )
U0 ⎪ cossec ( Θ ) ⎡e j δ − j K sen Θ ⎤ sen Θ − Θ + sen Θ
tap ⎦ ( x) ( x) , }
() )
⎦ ⎦(
⎤
osap Θtap ⎤
sen Θ − (Θ
sen Θx−) +Θxsen } }
) +( Θsenx )( Θ, xpara
⎪
) ⎪⎩, para
Θx >ΘΘxtap
> Θtap
Capítulo 8 333
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Itap p.u.
4.
0
3. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
2.
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
Itap p.u.
4.
0
3. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
2.
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.47: Perfil de tensão, quando uma fonte de corrente é inserida
no meio da linha, tanto (a) injetando quanto (b) drenando corrente
Itap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.48: Perfil de tensão quando uma fonte de corrente é conectada
em Θtap = 0,1 π rad, tanto (a) injetando quanto (b) drenando corrente
Capítulo 8 335
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
0
0.1
1.
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
0.5 0.5
0.6
0.7
0. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
Itap p.u.
2.5
0
2. 0.1
0.2
0.3
Uxpu p.u.
0.4
1.5
0.5
0.6
0.7
1. 0.8
0.9
1.
1.1 Π
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.49: Perfil de tensão quando uma fonte de corrente é
conectada em Θtap = π rad, (a) injetando (b) drenando
90
1.5
60
Uxpu p.u.
30
1. 0
30
60
0.5
90
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
Capítulo 8 337
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
2.
Itap
1.5 90
90
P1 Pc p.u.
1.
0.5
1.1 Π
0.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(a)
1.
Itap
0.5 90
Q1 Q2 Pc p.u.
90
0.
0.5
1.1 Π
1.
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
rad
(b)
Figura 8.51: Variação da (a) potência transmitida e do (b) balanço de reativos,
variando a posição da fonte de corrente com fase de −90° (indutiva) e 90° (capacitiva),
em relação à tensão no ponto em que se encontra o tap
Capítulo 8 339
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Pc = 2 × 8.0 GW
2700 km
1000 kV 1000 kV
18 kV 500 kV 500 kV 500 kV
∆ TCA ∆
∆− Equivalente
Geração 69kV 69kV SIN
P = 3000 MW
Q = 986 MVAr
TCAD TCAS
LT LT LT
Geração 18 kV 230 kV
Local P = 1000 MW
Q = 328.68 Mvar
Figura 8.52: Sistema simulado
C1
n
C2
Capítulo 8 341
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
8.3.2 Transformadores
umec
18/230 kV
Geração
1100 MVA
Local 0.08 p.u.
Figura 8.54: Subsistema local
Esse subsistema também pode ser interpretado como uma possível co-
nexão interáreas.
Figura 8.55: Distâncias dos complexos de Belo Monte aos grandes centros
consumidores do país
cApÍtuLo 8 343
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
Capítulo 8 345
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
executora: Coppetec. proponentes: Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Cemig GT, CTEEP e EATE.
65
55
Torre
45
h m
35
Meio do vão
25
15
20 15 10 5 0 5 10 15 20
y m
LT1
A A
B B
C C
LT2
A A
B B
C C
25 km 50 km 50 km 25 km
150 km
Figura 8.57: Esquema de transposição em cada trecho de 150 km