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3 INTRODUÇÃO
4 UNIDADE 1 - Politeísmo
7 UNIDADE 2 - Hinduismo
10 UNIDADE 3 - Budismo
14 UNIDADE 4 - Religiões Africanas
17 UNIDADE 5 - Mitraismo
19 UNIDADE 6 - Judaismo
22 UNIDADE 7 - Cristianismo
UNIDADE 8 - A Bíblia
SUMÁRIO
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31 UNIDADE 9 - Islamismo
34 REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 - Politeísmo
UNIDADE 2 - Hinduismo
* O caminho das boas ações – agir de- SHIVA – O destruidor. Aqui, na figura
sinteressadamente, sem nenhuma inten- de Shiva, devemos entender a destrui-
ção de obter recompensa para si mesmo; ção como parte do ciclo de nascimento e
morte que envolve a tudo o que faz parte
* O caminho da ioga – ioga e meditação
deste mundo terreno. Shiva é sempre re-
4) A crença na existência do karma. presentado dançando, como forma de re-
Importante entender que o conceito de presentação do fluir da energia vital. Sua
karma, no hinduismo, não se refere unica- montaria é Nandi, o touro branco. Sua es-
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Conforme Ganeri:
Matsya, o peixe;
Kurna, a tartaruga;
Varaha, o porco;
Narasimha, o homem-leão
Vamana, o anão;
Parashurama, o guerreiro
Senhor Rama
Senhor Krishna
Buda
(1998, p.17)
UNIDADE 3 - Budismo
a união com aquilo que é desprazeroso é ferentes correntes retiram os textos que
sofrimento; não obter o que queremos é lhes servirão como guia. São eles a Sutra
sofrimento; em resumo, os cinco agrega- Pitaka (discursos de Buda), Vinaya Pitaka
dos influenciados pelo apego são sofri- (conjunto de texto sobre regras de con-
mento. (...)” duta dos monges) e a Abhidharma Pitaka
(sobre os aspectos filosóficos do pensa-
2) A segunda nobre verdade: “(...) esta
mento de Buda).
é a nobre verdade da origem do sofrimen-
to: é este sentimento que conduz a uma A partir daí, o budismo se expande pelo
renovada existência, acompanhado pela Oriente, formando, dentre as principais
cobiça e pelo prazer, buscando o prazer linhagens a Theravada ou Hinayana (pe-
aqui e ali; isto é, o desejo pelos prazeres quena barca) no Sri Lanka – onde o rei
sensuais, o desejo por ser/existir, o desejo ordenou a construção do grande templo
por não ser/existir...”. Mahavira, centro do budismo hinayana
durante séculos - Tailândia e Península
3) A terceira nobre verdade: “(...) esta
Malaia; e o Mahayana (a grande barca) na
é a nobre verdade da cessação do sofri-
China, Vietnã, Tibete, Coréia e Japão.
mento: é o desaparecimento e cessação
sem deixar vestígios daquele mesmo de-
sejo, o abandono e renúncia à ele, a liber-
A Difusão do Budismo
tação dele, a independência dele. (...)” Partindo da região de seu surgimento,
o budismo espalhou-se para outras partes
4) A quarta nobre verdade: “(...) esta
da Índia.
é a nobre verdade do caminho que conduz
à cessação do sofrimento: é este nobre Durante o reinado de Asoka, o budismo
caminho óctuplo: entendimento correto, gozou de grande prestígio, pois o próprio
pensamento correto, linguagem correta, rei havia se convertido. Após seu proces-
ação correta, modo de vida correto, es- so expansionista, que transformaria o
forço correto, atenção plena correta, con- território de seu império numa extensão
centração correta. (...)”http://pt.wikipedia. muito próxima do que é a Índia de hoje, o
org/wiki/Budismo
rei resolvera governar a partir de precei-
Não existe no budismo, um livro sagra- tos budistas: construiu hospedarias para
do que norteie o pensamento e a conduta os viajantes, tratamento médico a huma-
dos fiéis, como é a Bíblia para os cristãos nos e animais; aboliu a tortura e a pena
ou o Corão para os muçulmanos; contudo, de morte. Substituiu a caça - como lazer
os ensinamentos do Buda, já por volta do da família real - pela peregrinação em lo-
século I a.C., começavam a ser registra- cais budistas. Com o objetivo de levar o
dos. Estas transcrições foram realizadas budismo a outras regiões, o rei Asoka te-
primeiramente no Sri Lanka, constituin- ria enviado emissários para Síria, Egito e
do-se assim, o Cânone Páli, que confere Macedônia. Chegando o império mauria
aos textos do Sri Lanka o reconhecimento ao final, por volta do século II a.C., a Índia
como os textos mais fiéis aos ensinamen- foi então dominada pelos Sunga e depois
tos do Buda. Esta coleção de transcrições pelos Kanva, que foram perseguidores do
é chamada de Tripitaka, é dela que as di- budismo. Durante a dinastia gupta (320 –
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- entendimento correto,
- pensamento correto,
- linguagem correta,
- ação correta,
- modo de vida correto,
- esforço correto,
- atenção plena correta,
- concentração correta
O Budismo No Tibete
Inicialmente, entre os séculos VII e VIII,
o budismo teve pequena penetração no
Tibete, sofrendo grande represália da
religião local, o Bon, uma antiga religião
xamânica local, que partia do princípio de
que todos os seres vivos possuiriam alma.
ser correntes, fazendo parte da co- Olorun ocupa esse lugar entre os yo-
munidade, que podem ter, herdado rubá. Na região dos grandes lagos o
o seu poder ou ter-se tornado bruxas deus supremo é o todo-poderoso e
involuntariamente, por ciúmes, ódio onipresente Mulungu.” (Giordani, p.
ou inveja. A eliminação da bruxaria 160)
é importante, dado que a bruxa não
Além do deus-criador, haveriam os deu-
sabe por vezes que embruxou a pes-
ses secundários ligados às forças da natu-
soa em questão. No mundo africano,
reza – o trovão, os raios, a terra, as águas
não é possível separar totalmen-
etc – existindo ainda os gênios que seriam
te a magia e a bruxaria da religião.”
como espíritos que vagam pela terra po-
(Grandes Impérios e civilizações, p.
dendo ter diferentes comportamentos
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desde roubar comida, a revelar segredos
No caso das religiões africanas, a crença ou mesmo proteger a aldeia. Também al-
na existência de um único princípio criador guns animais representariam espíritos
para tudo o que existe facilitou em muito protetores, como o crocodilo – para egíp-
a aceitação tanto do islamismo quanto do cios e mandingas – as cobras gigantes e as
cristianismo entre os povos africanos. tartarugas. Também os astros seriam con-
“Os atributos dessa divindade su- siderados divindades - como entre os pri-
prema são imprecisos. Deus (para meiros povos da atual Etiópia – sendo o Sol
eles) reside muito longe, quer além e a Lua os mais importantes dentre eles.
do firmamento, que nas profunde- Tal como as religiões tradicionais que
zas. Este distanciamento é, em cer- eram diversas, porém com uma lógica se-
tos mitos, a punição de uma falta melhante, os cultos também possuíam
humana, pois houve um tempo em particularidades e pontos em comum. Um
que Deus e o céu estavam ao alcan- desses pontos comuns era a existência dos
ce do homem. Mas a consequência sacrifícios. A função desse era sempre a de
deste distanciamento de um Deus transferir forças, não apenas ao sacrifica-
impessoal, todo-poderoso, que não dor, mas a todo o grupo a que ele pertencia.
tem necessidade de nada e (acres- Acompanhando o sacrifício, as cerimônias
centam alguns) infinitamente bom, eram sempre marcadas pelo canto e pela
portanto não podendo fazer o mal, é dança.
que a religião quase nunca se dirige a
ele. (Para eles) Deus não tem neces- Num mundo compreendido como um
sidade dos homens. Entre os Dogon, campo envolto por tanta magia, a figura
Amma, o deus criador, possui um lu- dos sacerdotes, adivinhos e curandeiros,
gar especial no culto: cada chefe de seria sempre muito importante, esten-
família oferece-lhe sacrifício. Para dendo-se a função desses personagens a
os bambara, Faro, o deus superior, várias instâncias da vida cotidiana, como:
criou-se a si mesmo do caos original, prever problemas, detectar doenças, en-
venceu o deus da terra, Pemba, e or- contrar curas e localizar feiticeiros e feiti-
ganizou o mundo. Entre os achanti, ceiras.
Nyamé ou Nana é o deus supremo.
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UNIDADE 5 - Mitraismo
Religião antiga, de origens indianas, Certa vez teria Mitra encontrado, o tou-
tendo sido difundida com maior força pela ro primordial, com o qual travara grande
Pérsia, a partir do II milênio a.C. Possui um batalha. Agarrado aos chifres do animal,
grande conjunto de símbolos iconográ- Mitra teria sido arrastado e chutado, mas
ficos, mistérios e rituais iniciáticos pelos sem desistir, esperou até que o animal se
quais passavam os seus fiéis, não pos- cansasse. Agarrando-o finalmente pelas
suindo um codex escrito de regras e leis. pernas, teria levado o animal até uma ca-
verna, onde um corvo enviado pelo deus
O mitraísmo derivou do zoroastrismo; Sol teria lhe informado que Mitra deve-
religião monoteísta que professava a ria sacrificar o animal. Tomando a faca às
crença no deus único Ahura Mazda, que mãos, Mitra crava o flanco do animal: da
simbolizaria o bem, e sua eterna luta con- coluna vertebral do animal, sairia o trigo;
tra o mal, representado por Arimã. Alguns seu sangue transfigurar-se-ia em vinho;
documentos do II milênio apontam para de seu sêmen, purificado pela luz da Lua,
a presença de Mitra, na mitologia persa, sairiam os animais úteis ao homem. À ca-
como um aliado de Ahura Mazda, como verna teria chegado um cão, que comeu o
uma espécie de “juiz das almas”. trigo, um escorpião que cravou as pinças
Segundo o mito, Mitra teria nascido de nos testículos do touro e uma serpente.
uma pedra, próximo a uma fonte, sob a Para os mitólogos, esta alegoria da tau-
proteção de uma árvore sagrada. Tal qual roctonia – o sacrifício do touro – simboli-
a Athena grega, Mitra também teria nas- zaria o poder de Mitra, como o ordenador
cido paramentado. O deus persa, nasceria do universo.
com a cabeça coberta com o barrete frí-
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UNIDADE 6 - Judaismo
ísmo pré-exílico dominado pela família sa- Saul é o primeiro rei; seu sucessor foi
cerdotal de Aarão, cujo posto passava de Davi que já era soberano das tribos me-
pai para filho, para um judaísmo no qual os ridionais e que, eleito em Hebron, con-
leigos especialistas na Lei, os chamados seguiu unificar Israel, tomou a cidade de
“doutores da lei” ou “escribas” formam Jerusalém e para lá transferiu sua resi-
uma nova “classe”. Dessa classe nasce dência. Apesar de tudo, no final de seu
uma tradição de intérpretes da lei conhe- reino teve de conter a ganância de seus
cidos como “fariseus” que, depois do cris- próprios herdeiros revoltosos Absalão e
tianismo passa a ser mal vista, mas que Adonias e foi sucedido por Salomão (961
possui grande importância para a história – 922 a. C.). Este não realizou guerras nem
do judaísmo e até mesmo do cristianismo. conquistas, mas organizou o reino e deu
início a uma intensa atividade de constru-
Principais Períodos da His- ção, inclusive do Templo de Jerusalém; do
ponto de vista externo caracterizou-se
tória de Israel pela diplomacia.
1) Dos patriarcas aos Juízes.
3) Os reinos de Israel e Judá (922 –
Este período se inicia, aproximadamen- 587 a.C.)
te, no segundo milênio a.C. com a saída de
Com a morte de Salomão houve uma
Abraão da cidade de Ur na Mesopotâmia
série de tensões políticas que acabaram
até seu estabelecimento na Palestina.
por levar o reino à seguinte divisão: como
Tem início, então, o período dos patriar-
vimos, Israel ao Norte e Judá ao Sul. As ca-
cas: Abraão, seu filho Isaac e seu neto
pitais do norte foram Siquém, Tirsa e Sa-
Jacó ou Israel. O povo de Israel migra para
maria, reunia dez dos territórios das doze
o Egito, provavelmente motivado pela ca-
tribos e teve por rei Jeroboão. O reino de
restia. Alguns séculos mais tarde a escra-
Judá teve por capital Jerusalém, congrega-
vidão faz com que haja a esperança de um
va os territórios das tribos de Judá e Ben-
libertador que se concretiza em Moisés no
jamin e tinha por rei Roboão.
episódio do êxodo. Os hebreus vagaram
por quarenta anos pelo deserto. No de- Em 724 a.C. o rei da Assíria, Salma-
serto do Sinai Moisés recebe o decálogo e nasar V conquistou Israel, a qual já era um
estabelece as leis civis e religiosas. reino tributário, ou seja, que já pagava tri-
butos aos assírios. Com a queda da Sama-
Ocorre a formação das Doze Tribos e a
ria as classes mais altas foram deportadas
conquista da Palestina ou Canaã, seja por
para a Babilônia e não retornaram mais à
meios pacíficos ou por meio de guerras
Israel.
como as da tomada de Jericó ou da expul-
são dos filisteus. Este é o período dos Ju- O reino de Judá resistiu mais de um
ízes que vai desde a morte de Josué (su- século depois da conquista de Israel. En-
cessor de Moisés) até o estabelecimento frentou a imposição do culto assírio no
da monarquia. templo de Jerusalém. O rei Josias, porém,
conseguiu resistir a essa imposição e até
2) A monarquia (1020 – 926)
mesmo reconquistou terras do antigo ter-
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ritório de Israel. Judá, no entanto, cai em por toda Palestina e depois concentrou-se
587 ou 586 a.C. sob o rei babilônico Nabu- em Jerusalém. Com a derrota dos judeus
codonosor. praticamente desaparecem alguns dos
grupos mais significativos de Jerusalém:
4) A época persa (538 – 333 a.C.) os saduceus, essênios, zelotes o sumo sa-
Em 538, Ciro autorizou o retorno dos cerdócio e o Sinédrio de Jerusalém. A so-
judeus e a reconstrução do Templo de Je- brevivência da cultura judaica só foi possí-
rusalém, pois pela política deste soberano vel pela existência de várias comunidades
havia o respeito pelos cultos dos povos no mediterrâneo e pela história, ainda
conquistados desde que se mantivessem não bem documentada da academia de
submissos aos interesses do rei. Pela cro- Jâmnia. Segundo se diz, o mestre fariseu
nologia tradicional, Esdras, que era sacer- Yohanan bem Zakkay saiu da cidade de Je-
dote e escriba, fez a leitura da lei diante do rusalém com a permissão de Vespasiano e
povo, renovando a aliança do Sinai. Isto foi fundou nesta cidade uma nova academia
feito graças à carta que Artaxerxes deu a e um novo sinédrio. Daqui se inicia o perí-
Esdras reconhecendo a lei dos judeus, re- odo conhecido como judaísmo pós-bíblico
gistrada em Esd 7, 12-26. caracterizado pela manutenção da cultu-
ra e da religião mesmo fora do território
5) A Época helenística (333 – 63 a.C.) original de Israel.
Este período se inicia com a conquista A ausência do território foi com-
da Palestina por Alexandre Magno. Nos pensada com algumas instituições cultu-
séculos seguintes, os eventos políticos rais e religiosas como a autoridade assu-
demonstram que houve um longo contato mida pela instituição das sinagogas e a
entre o judaísmo e o helenismo. Há duas tradição rabínica das halacá, “estrada” ou
sucessões de conquistas: a dos ptolomeus “caminho”, conjunto de normas ou precei-
e depois a dos selêucidas. A imposição de tos contidos na Torá. O conjunto das nor-
costumes helênicos provocou inúmeras mas escritas recebeu o nome de halakhot
revoltas como por exemplo a dos hassi- e tornado oficial instituiu a Mixná (palavra
deus e a dos macabeus. que significa “ensinamento”).
6) A Época romana A Mixná foi estudada e comentada
Inicia-se com a conquista da Palestina tanto na Palestina como na Babilônia. As
por Pompeu em 64 a.C. Depois de uma discussões dos expositores levou à cons-
série de sucessões, Herodes um funcio- trução da Guemará (complementação à
nário dos hasmoneus, foi reconhecido por Mixná) e ambas juntas forma o Talmude.
Roma como “rei federado”, ou seja, como Portanto, há dois talmudes, um palestino
rei dos judeus, mas submetido ao império ou jerosimilitano (concluído na metade do
romano e ao seu governo na Palestina. século V) e um Talmude babilônico. Dizem
Governou entre (37 a.C. até 4 d.C.) Neste os estudiosos que o Talmude se tornou a
período, as revoltas contra o novo domi- pátria do judaísmo da diáspora.
nador continuaram.
UNIDADE 7 - Cristianismo
UNIDADE 8 - A Bíblia
de São Paulo ou atribuídas a ele; seis car- Quarto livro: formação dos discípu-
tas de apóstolos ou atribuídas a eles e um los e discurso eclesiástico;
livro profético de São João: o Apocalipse. Quinto livro: Judéia e Jerusalém e o
O primeiro elemento a destacarmos é discurso escatológico.
o chamado fato ou fenômeno sinótico. Os O Evangelho de Marcos é considerado
evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas o mais antigo dos quatro evangelhos, foi
são assim denominados em razão do para- escrito em grego entre os anos 70 e 76
lelismo de seus conteúdos, mas foram es- provavelmente em Roma e é dirigido a
critos independentemente. Várias teorias cristãos de origem pagã. Uma das caracte-
surgiram para explicar o fenômeno sinóti- rísticas de seu evangelho é não apresen-
co sendo que se considera que após a mis- tar dados a respeito da vida de Jesus antes
são de Jesus e o anúncio do Evangelho (o de seu ministério. O tema fundamental e
querigma) surge a tradição comum. Esta tipicamente marciano é o “segredo mar-
tradição comum explica as semelhanças ciano”. Normalmente é dividido em três
entre os sinóticos, além do Evangelho de partes:
João e as cartas paulinas. Mas a teoria da
fonte Q (quelle, em alemão, fonte) expli- o ministério de Jesus na Galiléia;
caria as semelhanças ainda mais sólidas a viagem de Jesus à Jerusalém, paixão
entre os três evangelhos sinóticos, tra- e morte;
ta-se de uma coletânea de lógia (ditos de
capítulo final sobre o túmulo vazio e a
Jesus) que também foram utilizados por
ressurreição.
Mateus, Marcos e Lucas.
O Evangelho de Lucas foi escrito depois
O Evangelho de Mateus não é o mais an-
do ano 70 e é dirigido a uma comunida-
tigo, mas é o primeiro na ordem canônica,
de cristã de origem pagã; foi escrito em
foi escrito provavelmente entre 80 e 85,
grego. Lucas não conheceu Jesus. Utili-
em grego, mas já se supôs que tenha sido
zou como fonte o Evangelho de Marcos,
escrito em aramaico, provavelmente na
a fonte “Q” e tradições orais e escritas de
Palestina e se dirige à comunidade judai-
diversas origens. Um dos aspectos mais
co-cristã, utiliza metodologias rabínicas e
relevantes do Evangelho de Lucas é a
cita abundantemente o Antigo Testamen-
apresentação dos cantos Magnificat, Be-
to. Este evangelho é atribuído ao apósto-
nedictus e Nunc dimittis apresentando
lo, mas os estudiosos também falam em
uma dimensão universalista e de atenção
uma “escola mateana”. Em geral, a divisão
aos pobres e humildes. Este Evangelho é
deste evangelho é feita da seguinte for-
parte da obra de Lucas, pois ele também
ma:
é autor dos Atos dos Apóstolos. As princi-
Primeiro livro: o anúncio do reino pais partes são:
com o sermão da montanha;
prólogo e narrações da infância;
Segundo livro: ministério na Galiléia
e o discurso missionário; ministério na Galiléia;
UNIDADE 9 - Islamismo
Mesquita islâmica. Imagem: Grandes Impérios e Civilizações. O mundo islamita. Ediciones Del Prado.
REFERÊNCIAS