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Universidade do Vale do Paraíba

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
NO ESPAÇO
Manual do Professor com
Atividades de Ciências e Matemática

National Aeronautics
and Space Administration

Este material é de Domínio Público


e não possui direitos autorais.
Não é necessária a permissão para sua duplicação.
EG-1999-02-115-HQ

Produto Educacional
Professores Pré a 8ª séries do
Ensino Fundamental
SPACE FOOD
AND NUTRITION
An Educator’s Guide
With Activities in
Science and Mathematic

National Aeronautics
and Space Administration

This publications is in the Public Domain and is not protected by copyright.


Permission is not required for duplication.
EG-1999-02-115-HQ
Alimentação e Nutrição no Espaço

Estamos dando oportunidade de que alguns textos da NASA, de domínio público,


tenham condições de ser editados e com isto os colocamos à disposição de professores.
A atualização do que se ensina é condição fundamental para desenvolvimento
das sociedades modernas, que necessitam de conhecimento atualizado para entender os avan-
ços proporcionados rapidamente pela ciência, apropriados pela tecnologia e transformados
em bens de uso corrente.
Este “Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática” procura
tornar acessível a maneira de resolver os problemas de alimentação e nutrição nas naves
espaciais.
No ambiente de microgravidade a água não sai dos copos e tem de ser sugada
por canudinhos, como os refrescos, aqui na Terra, são sugados, por comodidade. No espaço,
isto se faz por necessidade.
A fisiologia da deglutição e da mastigação precisa ser mais bem entendida e
praticada nos novos ambientes.
As embalagens devem ter pouca massa porque é uma palavra de ordem a sua
redução, nas naves espaciais.
Enfim, há muito que repensar, diante do ambiente oferecido.
São dadas as regras do Jogo - Estação Espacial Internacional - que ficará em
operação durante 10 anos.
A água, nas condições de vida de uma Estação Espacial, é preciosa e não pode ser
usada para fins que não sejam os estritamente necessários e indispensáveis. Assim, os vasos
sanitários usam ar e não água, para a exaustão. Há necessidade de radiadores especiais para
diminuir a temperatura da Estação Espacial. A temperatura externa varia de - 100º C a 120º C.
Há necessidade de suprimentos e de troca de tripulação, durante o percurso da Estação.
Enfim, é necessário aprender a viver em uma Estação Espacial, durante 10 anos.
Novos problemas se apresentam e é necessário solucioná-los.
Participar, na medida do possível, da vida na Estação Espacial é um exercício de
criatividade constante e o Manual é um convite para que professores inovadores induzam
alunos a esta aventura do pensamento.

Baptista Gargione Filho


Reitor da Univap
Universidade do Vale do Paraíba
Ficha Catalográfica

N23a National Aeronautics and Space Administration


Alimentação e Nutrição no Espaço - Manual do Professor com
Atividades de Ciências e Matemática [Traduzido pela Universidade do
Vale do Paraíba]. São José dos Campos: Univap. 2001.
64p.: il.; 21 cm

1. Nutrição. 2. Desidratação de alimentos. 3. Ciência 4. Tecnologia.


5. Matemática. 6. Método Científico. 7. Ensino Fundamental. I. NASA.
II. Universidade do Vale do Paraíba III. t.

Esta publicação é de domínio público e não está protegida por direitos autorais.
Não é necessária a permissão para cópias.
EG-1999-02-115-HQ

Supervisão Gráfica: Profª Maria da Fátima Ramia Manfredini - Pró-Reitoria de Cultura e Divulgação - Univap

 Tradução e Digitação: ComUnique Assessoria S/C - (12) 3941-8062  Revisão: Profª Glória Cardozo

Bertti - (12) 3922-1168  Designer Gráfico: Spiral Comunicação - (12) 3902-6358  Designer da Capa:

Fábio Siqueira  Impressão: JAC Gráfica e Editora - (12) 3928-1555  Publicação: Univap/2001
Alimentação e Nutrição no Espaço
Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática

Agradecimentos
National Aeronautics and Space Agradecimentos especiais aos seguintes
Administration colaboradores e revisores:
Departamento de Recursos Humanos e
Educação Charles T. Bourland, Ph. D.
Divisão de Educação Gerente de Sistemas, Space Station Food
Washington, D.C. Divisão de Suporte à Tripulação
NASA Johnson Space Center
Grupo de Trabalho em Educação
NASA Johnson Space Center Debbie A . Brown
Houston, Texas ISS Education Liaison
Grupo de Trabalho em Educação
Autores NASA Johnson Space Center
Angelo A. Casaburri
Programa de Serviços Educacionais Gregory L. Vogt, Ed. D.
Aeroespaciais Crew Educational Affairs Liaison
NASA Johnson Space Center Grupo de Trabalho em Educação
Houston, Texas NASA Johnson Space Center

Cathy A . Gardner Karol L. Yeatts, Ed. D.


Dickinson Independent School District 1998 Einstein Fellow
Dickinson, Texas Miami Dade County Public Schools
Miami, Flórida
Editor
Jane A . George
Programa Teaching from Space
NASA
Washington D.C.
Universidade do Vale do Paraíba
REITORIA
Reitor
Prof. Dr. Baptista Gargione Filho

Vice-Reitor e Pró-Reitor de Integração Universidade / Sociedade


Prof. Dr. Antônio de Souza Teixeira Júnior

Pró-Reitor de Credenciamento e Recredenciamento de Cursos


e de Recredenciamento da Universidade
Prof. João Luiz Teixeira Pinto

Pró-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças


Ailton Teixeira

Pró-Reitora de Assuntos Jurídicos


Dr.ª Maria Cristina Goulart Pupio Silva

Pró-Reitora de Cultura e Divulgação


Prof.ª Maria da Fátima Ramia Manfredini

* * * *

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO


Diretora
Prof.ª Maria Valdelis Nunes Pereira

CURSO NORMAL SUPERIOR


Coordenadora
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Campus Centro:  Praça Cândido Dias Castejón, 116 - Centro


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http://www.univap.br
Sumário

Padrões Educacionais Nacionais de Ciências .................................................................................. 9


Padrões Educacionais Nacionais de Matemática ............................................................................ 10
Introdução ........................................................................................................................................ 11
Mercury............................................................................................................................................ 12
Gemini ............................................................................................................................................. 13
Apollo .............................................................................................................................................. 14
Skylab .............................................................................................................................................. 16
Projeto Teste Apollo-Soyuz ............................................................................................................ 17
Ônibus Espacial ............................................................................................................................... 18
Estação Espacial Internacional........................................................................................................ 20
Departamento de Engenharia de Sistemas de Alimentos ................................................................ 22
Tipos de Alimentos para Viagens Espaciais ................................................................................... 23
Microgravidade ............................................................................................................................... 24
Atividades em Sala de Aula ............................................................................................................ 27
Atividades para as séries de Pré a 4ª
1. Preparação de Alimentos para Viagens Espaciais ............................................................ 28
2. Seleção de Alimentos ........................................................................................................ 30
3. Planejamento e Porções de Refeições ............................................................................... 34
Atividades para as séries de 5ª a 8ª
4. Classificação de Alimentos para Viagens Espaciais ......................................................... 36
5. Amadurecimento de Frutas, Legumes e Verduras .............................................................. 38
6. Desenvolvimento de Bolor ................................................................................................ 40
7. Quanto é Desperdício? ...................................................................................................... 45
8. Desidratação de Alimentos para Vôos Espaciais .............................................................. 48

Apêndices
Apêndice A: Lista Básica de Alimentos e Bebidas do Ônibus Espacial .............................. 49
Apêndice B: Lista de Cardápio Diário da Estação Espacial Internacional .......................... 52
Apêndice C: Cardápio Padrão da Missão Gemini (Ciclo de 4 dias) .................................... 56
Apêndice D: Cardápio Padrão do Ônibus Espacial
(4 dias de um cardápio de uma semana) ................................................................................ 57
Apêndice E: Cardápio Padrão da Estação Espacial Internacional
(4 dias de um cardápio de um mês) ....................................................................................... 58
Apêndice F: Receita da Tortilla Espacial ............................................................................ 59
Apêndice G: Pirâmide de Alimentos da USDA .................................................................... 60
Bibliografia ..................................................................................................................................... 61
Recursos da NASA para Educadores .............................................................................................. 62
Padrões Educacionais Nacionais de Ciências
(Estados Unidos)

Padrões Educacionais de Ciências


Conselho Nacional de Pesquisa, 1996
Matriz de Séries: Pré a 8ª séries
Atividades

Preparação Seleção de Planejamento Classificação Amadurecimento Desenvolvimento Quanto é Desidratação


de Alimentos Alimentos e Porções de de Alimentos de Frutas, de Bolor Desperdício? de Alimentos
para Viagens Refeições para Viagens Legumes e para os Vôos
Espaciais Espaciais Verduras Espaciais

Ciência como
Questionamento
Capacidades
necessárias para os √ √ √ √ √ √ √ √
questionamentos
científicos

Ciência da Vida
Matéria, energia e √ √ √ √ √
organização em
sistemas vivos

Ciência sob
Perspectivas Pessoais
e Sociais
√ √ √ √ √ √ √
Saúde Pessoal

Ciências Físicas
Propriedades dos
√ √
objetos e materiais

Posição e movimento
dos objetos

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 11
Padrões Educacionais Nacionais de Matemática
(Estados Unidos)

Padrões Educacionais de Matemática


Conselho Nacional dos Professores de
Matriz de Matemática, 1998
Atividades Séries: Pré a 8ª séries

Preparação Seleção de Planejamento Classificação Amadurecimento Desenvolvimento Quanto é Desidratação


de Alimentos Alimentos e Porções de de alimentos de Frutas, de Bolor Desperdício? de Alimentos
para Viagens Refeições para Viagens Legumes e para os Vôos
Espaciais Espaciais Verduras Espaciais

Computação
√ √ √ √ √
Medidas √ √ √ √ √
Raciocínio √ √ √ √ √ √ √ √
Observação √ √ √ √ √ √ √ √
Comunicação √ √ √ √ √ √ √ √

12 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Introdução

D
esde a missão de John Glenn em órbita a carne, o peixe e certas frutas e deixar que se-
da Terra até o programa da Estação cassem ao sol. Esfregar sal ou salgar os ali-
Espacial Internacional, a pesquisa so- mentos em água com sal, um modo antigo de
bre alimentação no espaço tem respondido ao preservar comida, também ajudava a mantê-la
desafio de fornecer alimentos que tenham um fresca. Mais tarde, outras técnicas foram desen-
sabor agradável e possam ser levados ao espa- volvidas para o cozimento, processamento e
ço. Para entender mais esse processo, podemos conservação dos alimentos em embalagens her-
voltar na história. Os exploradores sempre ti- méticas. Com o desenvolvimento da pasteuri-
veram de enfrentar o problema de como levar zação e da comida enlatada, uma grande varie-
alimento em suas jornadas. A bordo de um na- dade de alimentos pôde ser armazenada e leva-
vio a vela ou de um Ônibus Espacial, esses ex- da em longas viagens. Mais recentemente, a re-
ploradores sempre experimentaram o problema frigeração e o resfriamento rápido têm sido usa-
do espaço para armazenagem adequada de ali- dos para conservar o sabor e os nutrientes de
mentos. Os alimentos precisam estar em boas alimentos e evitar a deterioração.
condições durante toda a viagem e também pre-
cisam fornecer todos os nutrientes necessários Embora essas formas de alimentos embalados se-
para evitar doenças decorrentes da deficiência jam bons para viagens terrestres, nem sempre são
de vitaminas, como o escorbuto. viáveis para viagens ao espaço. Há limitações de
peso e volume, e as condições de microgravidade
Há muitos anos, o homem descobriu que o ali- experimentadas no espaço também afetam a em-
mento estaria bom para o consumo se fosse de- balagem dos alimentos. Para enfrentar esses desa-
sidratado e armazenado em um local frio e seco fios, desenvolveram-se procedimentos especiais
até a hora de comer. Os primeiros processos de de preparação, embalagem e armazenagem de ali-
desidratação de alimentos consistiam em cortar mentos para vôos espaciais.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 13
Mercury

N
o início do programa espacial, conhe- Os alimentos em tubos apresentaram muitos de-
cido como Projeto Mercury, os vôos es- safios para os desenvolvedores. Primeiro, um
paciais duravam apenas de alguns mi- método para a remoção do alimento do tubo
nutos a um dia inteiro. Devido à curta duração, era necessário. Um pequeno canudo foi colo-
não eram necessárias refeições completas. A cado dentro da abertura. Ele permitiu que os
refeição principal era feita antes do vôo. En- astronautas apertassem o conteúdo do tubo di-
tretanto, os astronautas do Mercury contribuí- reto para dentro da boca. Isso é parecido com
ram para o desenvolvimento de alimentos es- tomar seu refrigerante preferido com um canu-
paciais. Eles testaram a fisiologia da dinho a não ser pelo fato de que o alimento era
mastigação, da deglutição de alimentos líqui- um pouco mais espesso. Materiais especiais
dos e sólidos em ambiente de microgravidade. foram desenvolvidos para revestir a superfí-
Esses primeiros astronautas comeram peque- cie interna do tubo de alumínio para evitar a
nos cubinhos, comidas desidratadas por con- formação de gás de hidrogênio como resulta-
gelamento e semilíquidos em tubos como os do do contato do material com os ácidos con-
de creme dental. Esses alimentos não tinham tidos em alguns alimentos, como molho de
gosto muito bom e houve problemas com as maçã. Essa embalagem de tubo de alumínio
tentativas de reidratar os alimentos desidrata- normalmente pesava mais do que o alimento
dos por congelamento. que continha. Devido a esse fato, em vôos pos-
teriores foi usada uma embalagem de plástico,
mais leve.

Durante os últimos vôos de teste do Mercury,


foram testados alimentos pequenos, para se-
rem ingeridos de uma vez só. Eram alimen-
tos sólidos processados na forma de cubos
desidratados compactados. Eles poderiam
ser reidratados com a saliva da boca no mo-
mento da mastigação. Alimentos flutuando no
ambiente de microgravidade podem danifi-
car os equipamentos e ser aspirados; por-
tanto, os cubos eram revestidos com uma
gelatina comestível para evitar que esfare-
Comida espacial inicial do Projeto Mercury: cubos lassem. Esses alimentos eram embalados a
de alimento e lanches pequenos desidratados com vácuo em embalagens individuais de filme
cobertura de gelatina, que era necessária para evitar plástico laminado transparente de quatro ca-
o esfarelamento.
madas. Essa embalagem também oferecia
proteção contra umidade, perda de sabor e
deterioração.

14 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Gemini

O
s maiores avanços no campo da alimen- cessados, os alimentos eram resfriados rapidamen-
tação no projeto Gemini foram o au- te e colocados em bandejas para secagem que iam
mento da variedade e a melhoria das para dentro de uma câmara de vácuo onde a pres-
embalagens. O processo de desidratação ofere- são do ar é reduzida. Aplicava-se, então, calor
ceu alimentos mais parecidos com os da Terra através de placas de aquecimento. Sob essas con-
– incluindo a cor, o sabor, a forma e a textura. dições, de pressão reduzida e temperatura aumen-
Alguns exemplos dos alimentos levados pelas tada, os cristais de gelo da comida congelada se
tripulações das missões Gemini foram sucos de desfazem e o vapor d’água que permanece é
uva e de laranja, cubos de torrada com canela, condensado de volta para gelo em placas frias da
coquetel de frutas, cubos de chocolate, “nuggets” câmara de vácuo. Como a água é a única coisa
de peru, molho de maçã, sopa creme de gali- removida com esse processo, a comida que passa
nha, coquetel de camarão, ensopado de carne por ele mantém todos os óleos e sabores essenci-
bovina, frango com arroz e peru com molho. ais. A textura é porosa e pode ser facilmente
reidratada com água para que seja ingerida.
A desidratação ocorre naturalmente em climas
quentes, e em climas frios é chamada de seca- Para reidratar a comida, era injetada água na
gem por congelamento. As técnicas de secagem embalagem através de uma abertura com uma bis-
por congelamento no programa espacial consis- naga de água. A outra parte da embalagem pos-
tiram em fatiar e cortar os alimentos em cubos suía uma abertura por onde a comida poderia ser
ou liqüefazer alimentos preparados para redu- espremida e sair para dentro da boca do astro-
zir o tempo de preparo. Depois de cozidos e pro- nauta. Devido ao tamanho da abertura, o tama-
nho dos pedaços de comida tinha de ser reduzi-
do. Depois de terminada a refeição, eram colo-
cados tabletes germicidas dentro das embalagens
para evitar a proliferação de micróbios em qual-
quer resíduo deixado na embalagem.

As vantagens dos alimentos desidratados através


de congelamento foram importantíssimas em seu
desenvolvimento. O alimento fica mais leve, pois
toda a água foi retirada. O alimento tem mais tempo
Embalagem de alimento das missões Gemini.
de validade e pode ser armazenado em temperatura
ambiente. O alimento também tem sabor e textura
mais parecidos com os de alimentos frescos.

A ingestão de nutrientes adequados tornou-se


uma grande preocupação com os vôos mais lon-
gos das missões Gemini. Cada membro tinha
um suprimento de 0,58 kg de alimento por dia.
Estavam incluídos sucos desidratados, comidas
desidratadas e reidratadas, compactadas e sem
migalhas (em pedaços pequenos que podiam ser
comidos de uma só vez). Isso era distribuído
Exemplos de alimentos que foram desidratados e nas três refeições diárias dos astronautas. As
embalados em celofane para uso dos astronautas refeições eram planejadas antecipadamente e o
das missões Gemini. cardápio se repetia a cada 4 dias.
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 15
Apollo

A
preparação, manipulação e consumo
dos alimentos espaciais durante as mis-
sões Mercury e Gemini ofereceram ex-
periências suficientes para o desenvolvimento
mais profundo de alimentos para futuras via-
gens espaciais. O programa Apollo utilizou em-
balagens de alimentos semelhantes às usadas
pelo programa Gemini, mas a variedade de ali-
mentos aumentou consideravelmente. Os alimen-
tos reidratáveis foram acondicionados em em-
balagens plásticas chamadas de “spoon bowl”
Fotografia do pacote para ser ingerido com colher das
[em Inglês: tigela de colher]. A água era injeta- missões Apollo antes da reidratação e abertura. Essa
da por uma pistola na abertura pequena da em- embalagem foi chamada de “spoon bowl” (tigela de
colher) para diferenciá-la da embalagem das missões
balagem. Depois de reidratada, abria-se um tipo Gemini e das primeiras missões Apollo, que
de “zip” e o alimento podia ser ingerido com necessitavam ser espremidas para o alimento ir direto
uma colher, pois a umidade do alimento fazia para dentro da boca. Esse tipo de embalagem resultou
em melhoria significativa para o consumo de
com que ele “grudasse” na colher. A refeição alimentos pelos tripulantes e para seu conforto. A água
ficou um pouco mais parecida com a que se faz quente era injetada e reidratava o alimento. A parte
superior da embalagem era aberta com tesouras e o
na Terra. alimento ingerido com uma colher.

Uma outra embalagem nova, o “wetpack” [pa-


cote molhado] ou bolsa flexível termo-
estabilizada, não necessitava de água para
reidratação, pois o conteúdo de água estava re-
tido no alimento. Havia dois tipos dessas em-
balagens termoestabilizadas: uma flexível de
plástico e laminado de alumínio, e uma lata com
uma abertura do tamanho total da tampa que era
puxada. Uma desvantagem dos produtos em lata
Embalagem de alimento das missões Apollo.
era que ficavam mais pesados, ou seja, cerca
de quatro vezes o peso dos alimentos ANEL PARA O DEDO ETIQUETA DIZENDO O
desidratados. Com essas novas emba- CONTEÚDO DA EMBALAGEM

lagens, os astronautas das missões


FECHAMENTO TIPO “ZIP”
Apollo podiam ver e cheirar o que
VELCRO DO GANCHO
estavam comendo, bem como comer
com uma colher pela primeira vez no ESPAÇO VAZIO VELCRO PARA EMPILHAR
AS EMBALAGENS

espaço. Isso acrescentou um pouco


mais de prazer às refeições, o que não
ETIQUETA COM NÚMERO
havia nos primeiros alimentos. O DE SÉRIE

espaço de armazenagem das novas TUBO PARA ENCOLHIMENTO

VÁLVULA

VELCRO DO GANCHO Corpo da válvula


As partes da embalagem de alimento da Apollo Anéis ‘‘O’’
mostram a complexidade e a engenharia que cabeçote
precisaram ser usadas para projetar as
embalagens de alimentos nos primeiros anos
Tigela de Colher da Apollo mola

porca
dos vôos espaciais. PESO DA EMBALAGEM VAZIA: 17,2g. retentor

16 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
embalagens permitiu que o suprimento de alimen- eram reconstituídos com água quente ou à
tos para um astronauta, equivalente a uma semana, temperatura ambiente. Alguns dos alimentos
coubesse em uma embalagem resistente à pressão consumidos nas missões Apollo foram café,
que era do tamanho de três caixas de sapatos. cubinhos de bacon, cereal de milho, ovos me-
xidos, bolachas de queijo, sanduíches de car-
As missões Apollo à Lua propuseram um de- ne bovina, pudim de chocolate, salada de
safio enorme à questão da alimentação. O tubo atum, pasta de amendoim, rosbife, espague-
de alimentação da Mercury foi reintroduzido te e salsichas.
como um sistema de alimentação de emergên-
cia. Ele continha uma fórmula especial, em Visite o site http://spacelink.nasa.gov/
vez de comida de verdade. Nos vôos das mis- space.food para ver e copiar a lista completa
sões Apollo, os alimentos sólidos e líquidos de alimentos das missões Apollo.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 17
Skylab

A
experiência de um jantar no Skylab foi
muito diferente de todos os outros vôos
espaciais. O laboratório do Skylab con-
tava com congelador, geladeira, bandejas de
aquecimento e uma mesa. Fazer uma refeição
no Skylab era mais parecido com uma refeição
em casa. A maior diferença era o ambiente de
microgravidade.

O suprimento de alimentos a bordo era sufici-


ente para alimentar três astronautas por, apro-
ximadamente, 112 dias. O cardápio foi planeja-
Esta bandeja de alimentos do Skylab possuía do para atender às necessidades nutricionais de
compartimentos individuais nos quais as embalagens
de comida em lata eram encaixadas para aque- cada astronauta diariamente, tendo por base suas
cimento. Na hora da refeição, um membro da equipe idades, peso corporal e atividades previstas.
selecionava os alimentos e colocava –os sobre a Cada astronauta ingeria 2.800 calorias por dia.
bandeja para aquecê-los.
Esses requisitos nutricionais eram parte dos
experimentos científicos a serem realizados no
Skylab.

Os alimentos do Skylab foram acondicionados


em embalagens especiais. As bebidas
reidratáveis foram colocadas em uma embala-
gem para líquidos, compactável, como sanfona.
Todos os outros alimentos foram embalados em
latas de alumínio de vários tamanhos ou em
embalagens reidratáveis.

Para preparar as refeições, os tripulantes do


Skylab colocavam a comida desejada em uma
bandeja de aquecimento. Esse foi o primeiro
dispositivo capaz de aquecer alimentos (atra-
vés de condução) durante vôos espaciais. Os
alimentos consistiam em produtos como presun-
Owen K. Garriot, astronauta do Skylab, comendo na to, chili, purê de batatas, sorvete, filé de carne
cozinha do Skylab.
bovina e aspargo.

Visite o site http://spacelink.nasa.gov/


space.food para ver e copiar a lista completa
de alimentos do Skylab.

18 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Projeto Teste Apollo-Soyuz

O
s astronautas norte-americanos do Pro-
jeto Teste Apollo-Soyuz levaram ali-
mentos semelhantes aos consumidos
pelos astronautas das missões Apollo e do
Skylab. Os astronautas russos levaram alimen-
tos em latas de metal e tubos de alumínio. Sua
nave tinha uma pequena unidade de aquecimen-
to a bordo, e os cardápios individuais eram es-
colhidos por cada astronauta. Em geral, a refei-
ção consistia em uma carne ou patê de carne,
Comida espacial russa.
pão, queijo, sopa, frutas secas e algum tipo de
noz, café e bolo.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 19
Ônibus Espacial

P
ara o Ônibus Espacial, foi designada uma
abordagem de alimentos mais parecidos
com os da Terra, através da atualização
das embalagens e dos equipamentos. A varie-
dade de alimentos cresceu para 74 diferentes
tipos de alimentos e 20 tipos de bebidas. As
alterações foram impulsionadas pelo número re-
lativamente grande de astronautas a bordo e pela
freqüência maior de vôos. O cardápio padrão
do Ônibus Espacial é planejado para uma mis-
são típica de ida e volta em 7 dias. Os astro-
Alimentos preparados nas bandejas de alimento do
Ônibus Espacial, presas com velcro nos armários de
acondicionamento do deck médio.

minutos. A reconstituição e o aquecimento dos


alimentos tomam cerca de 20-30 minutos a mais.
Usa-se uma bandeja de alimentos como prato.
A bandeja se prende ao colo do astronauta atra-
vés de uma tira de pano ou pode ser prendida
na parede. Os utensílios consistem em uma faca,
um garfo, uma colher e uma tesoura para abrir
os pacotes de alimentos. Muitos astronautas
dirão que uma das coisas mais importantes que
eles levam em seus bolsos é a tesoura. Eles não
poderiam se alimentar sem ela!
Vista do Ônibus Espacial Challenger do STS-7 SPAS.

nautas podem substituir itens a partir de uma


lista aprovada ou até planejar seus próprios car-
dápios, mas esses cardápios escolhidos pelos
astronautas têm de ser aprovados por
nutricionistas para assegurar o fornecimento de
uma dieta balanceada em termos de nutrientes.
No Ônibus Espacial, a comida é preparada em
uma cozinha no deck médio do Ônibus. A uni-
dade modular contém um recipiente de água e
um forno. O recipiente de água – que pode for-
necer água quente, gelada ou à temperatura am-
biente – é usado para a reidratação de alimen-
tos, e o forno é usado para aquecer os alimen-
tos a uma temperatura adequada para serem in-
geridos. O forno é de convecção com circula-
Foto a bordo do STS-91: o astronauta Dominic Gorie
ção de ar forçada e aquece os alimentos em re- prepara uma refeição no deck médio do Ônibus
cipientes de diferentes tamanhos, formatos e Espacial Discovery. Gorie prepara-se para usar o
materiais. Uma refeição completa de uma equipe equipamento para acrescentar água a um dos pacotes
reidratáveis.
de quatro astronautas pode ser preparada em 5

20 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Questões de peso e volume sempre foram - EDO) são feitas de plástico flexível e possu-
cruciais para os projetistas de qualquer equi- em uma válvula para a colocação da água. Elas
pamento a ser levado ao espaço. As embala- substituíram os pacotes quadrados reidratáveis
gens de alimentos e de bebidas não são exce- permanentemente. Além disso, um compactador
ção. Com o aumento da duração das missões do de lixo foi desenvolvido para reduzir o volume
Ônibus Espacial, as embalagens de alimentos e de lixo, e as novas embalagens foram projetadas
bebidas precisaram ser modificadas. Os paco- de modo a serem compatíveis com o
tes reidratáveis rígidos haviam provado ser de- compactador.
sajeitados e problemáticos em missões mais
longas. Pacotes feitos de material mais flexível Visite o site http://spacelink.nasa.gov/
foram desenvolvidos e testados no STS-44 space.food para ver e copiar a lista completa
(1991). Essas embalagens para períodos mais de alimentos do Ônibus Espacial e o cardápio
extensos em órbita (Extended Duration Orbiter padrão do Ônibus Espacial.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 21
Estação Espacial Internacional

A
Estação Espacial Internacional
(International Space Station - ISS) tor-
nar-se-á operante de forma ininterrupta
com uma tripulação de três pessoas. Mais tar-
de, a tripulação aumentará para um máximo de
sete pessoas. A tripulação residirá no Módulo
Habitacional (HAB). Os alimentos e outros su-
primentos serão repostos a cada 90 dias pelo
Módulo de Logística Multifuncional (Multi- Bandeja de alimentos vazia da Estação Espacial
Purpose Logistic Module – MPLM). O MPLM é Internacional.

um módulo pressurizado levado pelo Ônibus Es-


pacial na ogiva de carga que é usada para trans-
portar materiais e suprimentos. O sistema de ali-
mentos descrito aqui é para a missão da Estação
Espacial Internacional completa e será conside-
ravelmente diferente do sistema do Ônibus Es-
pacial. Entretanto, até 2004, quando o módulo
HAB for lançado, os moradores da ISS irão uti-
lizar um sistema alimentar criado em parceria
pelos Estados Unidos e a Rússia (Shuttle-Mir).
Bandeja de alimentos da Estação Espacial
Internacional (alimentos congelados).
As células de combustível, que fornecem ener-
gia elétrica para o Ônibus Espacial, produzem
água como subproduto, a qual é usada para pre-
parar alimentos e para beber. Entretanto, na es-
tação ISS, a energia elétrica será fornecida atra-
vés da energia solar. Essa energia não produz
água. A água será reciclada a partir de várias
fontes, mas não será suficiente para o uso com
os alimentos. Portanto, a maioria dos alimentos
planejados para a Estação Espacial Internacio-
nal será congelada, refrigerada e
termoestabilizada (processada por calor, enla-
tada e armazenada na temperatura ambiente) e
não precisará de água antes do consumo. Em-
Armazenagem de comida congelada da Estação
bora muitas das bebidas devam estar em forma Espacial Internacional. Os alimentos serão
desidratada, os sucos concentrados serão acres- acondicionados em gavetas de puxar, que permitem
centados às bebidas oferecidas aos tripulantes a visão completa do conteúdo da embalagem. As
bordas salientes fazem a interface entre as
e serão armazenados em uma geladeira a bordo. embalagens, o forno e a bandeja de servir.

Como no Ônibus Espacial, as embalagens de


bebida da Estação Espacial Internacional serão conectará ao equipamento, ou área da cozinha,
de um metal e um laminado plástico para que o de modo que possa ser introduzida a água na
produto tenha um prazo de validade maior. Um embalagem. Essa água será misturada com o pó
adaptador localizado na embalagem se da bebida que já está dentro da embalagem. O

22 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
adaptador usado para adicionar água também for- teúdo é ingerido com garfo ou colher.
nece o canudo para o astronauta usar para beber.
A embalagem de alimento é feita de material que Visite o site http://spacelink.nasa.gov/
pode ir ao forno de microondas. A parte de cima space.food para copiar a lista completa de ali-
da embalagem é cortada com tesoura, e o con- mentos da Estação Espacial Internacional.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 23
Departamento de Engenharia de Sistemas de Alimentos

O
s tipos de alimento que os astronautas
ingerem não são fórmulas misteriosas,
mas alimentos preparados aqui na Ter-
ra com muitos dos ingredientes normalmente en-
contrados em nossos supermercados. As dietas
são planejadas de modo a suprirem, para cada
membro da tripulação, os nutrientes necessários,
de acordo com as quantidades recomendadas
de vitaminas e minerais necessários para as ati-
vidades realizadas no ambiente espacial.

Os alimentos levados em vôos espaciais são


Quatro pessoas participam de uma ‘‘avaliação
estudados e desenvolvidos no Departamento de sensorial’’ de melão no Departamento de Engenharia
Engenharia de Sistemas de Alimentos, no de Sistemas de Alimentos da NASA. Esse
Johnson Space Center da NASA, em Houston, departamento consiste em várias áreas: Cozinha
(acima), Sala de Desidratação por Congelamento,
Texas. Os alimentos são testados quanto ao seu Sala de Embalagem, Laboratório Analítico,
valor nutricional, como se comportam quando Embalagem, Fabricação e Área de Degustação.
congelados, a armazenagem e o processo de em-
balagem, e, é claro, o sabor. Os astronautas são de acordo com as embalagens de alimentos que
chamados a experimentar os produtos e avaliar irão abrigar na Estação Espacial Internacional.
itens como aparência, cor, aroma, sabor e tex- Essas bandejas serão diferentes das usadas no
tura. Esse departamento usa as avaliações dos Ônibus Espacial porque na Estação Espacial ha-
astronautas para ajudar a projetar alimentos me- verá uma mesa à disposição para as refeições;
lhores para o espaço. no Ônibus Espacial não há mesa. A bandeja da
Estação Espacial será presa na mesa.
Os astronautas escolhem seus cardápios cerca de
5 meses antes de voarem. Para a Estação Eespacial Desde o início das viagens do homem ao espa-
Internacional, eles escolherão cardápios para vôos ço, os alimentos sempre foram um item impor-
de 30 dias. Os membros da tripulação armazena- tante e envolveu astronautas, técnicos e enge-
rão os alimentos no compartimento de alimentos nheiros. Como o alimento é uma parte impor-
localizado dentro da Estação. tante da vida, é crucial que o sistema de ali-
mentação no espaço seja o melhor possível. Os
Os astronautas usarão, na Estação Espacial In- astronautas da Estação Espacial Internacional
ternacional, uma bandeja especial para conter não podem pegar o carro e ir ao supermercado
os alimentos durante sua preparação, e também se não quiserem o jantar de será servido. O su-
para comer. Como tudo se movimenta em uma primento de alimentos tem de ser nutritivo e sa-
situação de microgravidade, os utensílios e as boroso para que os astronautas mantenham sua
embalagens têm de ficar presos de alguma for- saúde em bom estado enquanto estiverem em
ma. As bandejas de alimentos serão projetadas suas importantes missões no espaço.

24 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Tipos de Alimentos para Viagens Espaciais

E xistem oito categorias de alimentos para vi-


agens espaciais:

Alimentos reidratáveis: A água é removida


de alimentos reidratáveis para torná-los mais
fáceis de armazenar. Esse processo de desi-
dratação (também conhecido como secagem
por congelamento) está explicado no capítu-
lo sobre a missão Gemini. A água é
recolocada nos alimentos antes de serem in-
geridos. Os alimentos reidratáveis incluem
bebidas bem como alimentos sólidos. Cere- Os alimentos a serem consumidos no Ônibus
ais quentes, como mingau de aveia, são ali- Espacial apresentam-se de várias maneiras. As
categorias aqui representadas são: alimentos
mentos reidratáveis. temoestabilizados, com média umidade, reidratáveis,
em sua forma natural e bebidas.
Alimentos Termoestabilizados: Os alimentos
termoestabilizados são processados através de peru defumado são os únicos alimentos irradia-
calor para que possam ser armazenados em tem- dos usados até agora. Esses produtos são cozi-
peratura ambiente. A maioria das frutas e pei- dos e embalados em sacos flexíveis de alumí-
xes (atum) são termoestabilizados em latas. As nio e esterilizados através de radiação ionizante
latas são abertas através de tampas de puxar para que possam ser mantidos à temperatura
semelhantes às que encontramos em produtos ambiente. Estão sendo desenvolvidos outros
que consumimos normalmente. Os pudins são produtos irradiados para serem usados na Esta-
embalados em copos plásticos. ção Espacial Internacional.

Alimentos com Grau Intermediário de Umi- Alimentos Congelados: Esses alimentos são
dade: São alimentos conservados através da re- congelados rapidamente para evitar o acúmulo
tirada de parte da água do produto deixando-se de cristais maiores. Isso mantém a textura ori-
o suficiente para manter a textura mole. Desse ginal do alimento e faz com que ele tenha o gos-
modo, ele pode ser ingerido sem que tenha que to de fresco. Os exemplos incluem: quiches,
haver preparo. Esses alimentos incluem pêsse- ensopados e torta de frango.
gos secos, pêras secas, abricós secos e charque.
Alimentos Frescos: Esses alimentos não são
Alimentos em sua Forma Natural: Esses ali- nem processados nem conservados artificial-
mentos estão prontos para o consumo e são ar- mente. Incluem bananas e maçãs.
mazenados em sacos flexíveis. Eles incluem
nozes, barras de cereais, tipo “granola”, e bo- Alimentos Refrigerados: Esses alimentos re-
lachas. querem armazenagem em local frio ou em refri-
gerador para evitar que estraguem. Incluem-se
Alimentos Irradiados: Filés de carne bovina e aqui queijos cremosos e creme azedo.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 25
Microgravidade

O
s alimentos e o modo como são ingeri-
dos e embalados sempre foram afeta-
dos pela microgravidade do ambiente
espacial. Um ambiente de microgravidade é
aquele em que os efeitos da gravidade são bem
reduzidos. A microgravidade ocorre quando uma
nave está em órbita da Terra. A nave e tudo que
ela contém estão em estado de queda livre, por
isso que um pacote de bombons parece flutuar
quando solto dentro do Ônibus Espacial. O bom-
bom não cai no chão do Ônibus porque o chão
está caindo também.

Devido a esse fenômeno, os alimentos são arma-


zenados e servidos de modo a evitar que o ali-
mento se mova dentro do Ônibus Espacial ou da
Estação Espacial Internacional. Migalhas ou lí-
quidos poderiam danificar equipamentos ou ser
inalados. Muitos dos alimentos são embalados
com líquidos, pois os líquidos fazem os alimen-
tos grudarem, e, quando fora da embalagem, pe-
daços maiores se juntam devido à coesão. É como O astronauta Loren J. Shriver a bordo do STS-46 tenta
uma gota de água em papel parafinado. A única pegar bombons flutuando no deck da nave. Shriver
diferença é que essa gota de água está se movi- está usando fone de ouvido para comunicar-se com
os controladores no solo.
mentando em ambiente de microgravidade den-
tro do Ônibus Espacial. São usados canudinhos
especiais para que os astronautas possam beber garfo e a colher, assim como a tesoura, são pre-
os líquidos. Eles possuem presilhas que podem sos a ímãs na bandeja de alimentação quando
ser apertadas para que o líquido não suba para não estão sendo usados. Os efeitos da
fora por ação dos capilares e pela tensão super- microgravidade têm um impacto enorme no de-
ficial quando não estiver sendo ingerido. senvolvimento de alimentos para viagens espa-
ciais, desde a embalagem, a escolha dos ali-
A microgravidade também faz com que os uten- mentos até os requisitos para sistemas de ali-
sílios usados para a refeição flutuem. A faca, o mentação relacionados.

26 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
1. Cozinha para processar alimentos no Ônibus Espacial.
2. Bandeja de alimento do Ônibus Espacial vista de cima.
3. Bandeja do Ônibus Espacial vista de baixo com a correia fechada.
4. Bandeja do Ônibus Espacial vista de baixo com a correia aberta.
5. Componentes do recipiente reidratável do Ônibus Espacial.
6. Bandeja de acondicionamento do Ônibus Espacial. Os alimentos do Ônibus
Espacial são armazenados em gavetas de puxar etiquetadas no deck médio. O
conteúdo das gavetas fica coberto com uma tela, que permite a visão de cima
dos alimentos ali contidos.
7. Equipamentos de cozinha do Ônibus Espacial. Eles consistem em duas partes:
forno de convecção com circulação de ar forçada e uma estação de reidratação
na qual há um equipamento que serve água quente, gelada ou na temperatura
ambiente.
8. Componentes da embalagem de bebida do Ônibus Espacial.
9. Pacote de alimento reidratável do Ônibus Espacial. Vistas de cima e de baixo de
brócolis gratinado. A etiqueta mostra o nome do alimento, as instruções de
preparo e o número do lote. A parte inferior tem velcro para prender na bandeja
de alimentação do Ônibus Espacial.
10.Embalagens de bebida do Ônibus Espacial.
11.O astronauta Dr. Franklin R. Chang-Diaz prepara uma tortilha no equipamento
para processamento de alimentos do Ônibus Espacial.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 27
28 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Atividades em Sala de Aula

E
stas atividades enfatizam o envolvimen-
to prático e cooperativo dos alunos. Sem-
pre que possível, eles utilizarão mate-
riais e ferramentas baratos e fáceis de obter.

Atividades para as séries de Pré a 4ª

Atividade 1: Preparação de Alimentos para Via-


gens Espaciais.
Atividade 2: Seleção de Alimentos.
Atividade 3: Planejamento e Porções de Refeições.

Atividades para as séries de 5ª a 8ª

Atividade 4: Classificação de Alimentos para


Viagens Espaciais.
Atividade 5: Amadurecimento de Frutas, Legu-
mes e Verduras.
Atividade 6: Desenvolvimento de Bolor.
Atividade 7: Quanto é Desperdício?
Atividade 8: Desidratação de Alimentos para
Vôos Espaciais.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 29
Atividade 1:
Preparação de Alimentos para Viagens Espaciais
Objetivo Água
Medir as quantidades adequadas e misturar in- Canudinhos
gredientes de alimentos sólidos e bebidas Colheres de plástico
reidratáveis. Sacos plásticos para sanduíche com fecho tipo zip.

Padrões de Ciências Informações de Referência


 Ciência como Questionamento: Capacida- Os viajantes sabem, há muito tempo, que o
des necessárias para fazer questionamentos condensamento de alimentos torna as viagens mais
científicos. fáceis. Não há diferença no caso do programa es-
 Ciência da Vida: Matéria, energia e organi- pacial. Os esportistas que fazem trilhas levam ali-
zação de sistemas vivos. mentos desidratados para não ter de carregar mui-
 Ciência sob Perspectivas Pessoais e Sociais: to peso. Isso torna sua viagem mais fácil. Todo
Saúde pessoal. peso que é levado ao espaço significa consumo
de combustível na decolagem. É importante eli-
minar o peso em excesso. Como as células de com-
Padrões de Matemática bustível do Ônibus Espacial produzem água como
 Computação.
subproduto, a água é algo fácil de obter. Portanto,
 Medidas.
levar alimentos que possam ser reidratados com
essa água faz sentido, pois isso reduz o peso a ser
Dicas Úteis levantado. Os alimentos reidratados também ocu-
Os alunos podem trabalhar em grupos de qua- pam menos espaço e o espaço é um item também
tro. Para crianças mais novas do Ensino Funda- crítico a bordo do Ônibus Espacial.
mental, os ingredientes podem ser medidos an-
teriormente ou as quantidades podem ser pre- Procedimento para Alimentos Reidratáveis
determinadas. Leia as instruções de preparo do pudim instan-
tâneo. Calcule a quantidade dos ingredientes
O leite desnatado não tem a consistência do lei- secos necessários para uma porção individual
te integral, que normalmente é usado para pu- (peso ÷ nº de pessoas no grupo). A receita do
dins instantâneos. Sugira aos alunos que acres- pudim instantâneo pede leite semi desnatado.
centem água em pequenas quantidades, mistu- Registre a quantidade necessária para uma por-
rem e repitam o processo até que se chegue à ção. Leia as instruções de preparo no rótulo do
leite em pó desnatado e calcule a quantidade
consistência desejada. (Isso quer dizer que pode
necessária para uma porção de pudim instantâ-
ser necessário apenas metade da quantidade de
neo (quantidade ÷ nº de pessoas no grupo). Meça
água). os ingredientes do pudim instantâneo e a quan-
tidade adequada de leite em pó desnatado, e
Materiais Necessários por Grupo coloque ambos em um saquinho fechado com
1 pacote de mistura de pudim instantâneo1 zip. Misture os ingredientes secos até que es-
1 pacote de suco instantâneo em pó tejam uniformes. Coloque a quantidade neces-
Açúcar sária de água para dissolver a mistura. Feche
Adoçante artificial o saquinho e mexa-o em suas mãos até que mis-
Leite em pó desnatado ture bem.

1
N. T.: Nos Estados Unidos existem pudins instantâneos que não precisam ir ao fogo, bastando misturar o pó da
embalagem com a quantidade de leite determinada. Talvez isso não exista aqui no Brasil e precise ser substituído por
outro alimento instantâneo.

30 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Procedimento para Bebidas Reidratáveis controle por computador ou para condução de
Leia as instruções de preparo na embalagem do estudos nutricionais, e uma data de validade. As
suco instantâneo. Calcule a quantidade de pó etiquetas incluem pontos coloridos para identifi-
de suco para uma porção individual (quantida- car os membros da tripulação:
de do pacote ÷ nº de porções). Meça o ingredi- Padrão de cores
ente seco e coloque-o em um saquinho com zip. Vermelho Comandante
Calcule a quantidade de água para uma porção Amarelo Piloto
(quantidade ÷ nº de porções individuais). Meça Azul Especialista 1
a quantidade de água e coloque a água no saqui- Verde Especialista 2
Laranja Especialista 3
nho. Feche o saquinho e mexa-o em suas mãos Roxo Especialista 4 ou
até que esteja uniforme. Calcule a quantidade Especialista em ogiva de carga 1
de açúcar ou adoçante artificial que terá de co- Marrom Especialista 5 ou
locar por porção e acrescente. Especialista em ogiva de carga 1

Discussão As etiquetas também incluem a quantidade de


1. Quais as alterações que você observou? água para reidratar os alimentos e o tempo e
2. A temperatura da água faria alguma diferença? temperatura necessários para ingeri-los.
3. Por que você usou um saquinho tipo zip e não
uma tigela? Finalmente, coloque uma etiqueta de velcro em-
4. Como o fato de estar no espaço afetaria a baixo do pacote para grudar com a micro-
maneira de preparar esses alimentos? gravidade. Os prendedores de velcro devem estar
no lado oposto ao da etiqueta do pacote.
Aprofundamento
1. Divida os alunos em grupos para calcularem Avaliação
a quantidade dos ingredientes sólidos e lí- Os alunos escrevem os procedimentos para a
quidos para fazer porções individuais para elaboração de um alimento e uma bebida
todos os membros do grupo. reidratáveis.
2. Os passos listados nas embalagens são o úni-
co modo de preparar esses alimentos? Faça Alimento para o Cérebro!
os alunos desenvolverem um modo alternati- Suco de laranja puro ou leite não podem ser
vo para misturarem os ingredientes líquidos desidratados. Os cristais do suco de laranja,
e sólidos. Compare os resultados com o mé- quando reidratados, tornam-se apenas pedrinhas
todo contido na embalagem. de laranja na água. Existe um suco de laranja
3. A receita sugere que o pudim vá à geladeira an- seco por congelamento, mas é difícil de reidratar.
tes de ser servido. Como pode eliminar a refri- Ainda assim, muitos astronautas gostariam de
geração e ainda assim poder servi-lo gelado? tomar suco de laranja. O leite integral não se
4. Use a discussão para tópicos de um diário de dissolve muito bem. Ele flutua em pelotes e tem
bordo. gosto desagradável. O leite desnatado deve ser
5. Projete uma etiqueta para embalagem de ali- usado para armazenagem no espaço. Durante os
mento a ser levado ao espaço. Prepare uma eti- anos 60, a General Foods desenvolveu um suco
queta para um pacote que contenha as seguintes de laranja artificial chamado Tang que poderia
informações: nome do produto, data de fabrica- ser usado no espaço no lugar do suco de laran-
ção, instruções de preparo no espaço (se neces- ja. Hoje esse produto está disponível em vários
sário), um código de barras para controle por sabores diferentes.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 31
Atividade 2:
Seleção de Alimentos
Objetivo o Ônibus Espacial, eles escolhem um menu que
Determinar a aceitação dos produtos alimenta- os alimentará durante toda a duração de sua mis-
res para vôos espaciais através da participação são. Para a Estação Espacial Internacional, eles
de um painel de degustação. escolherão um cardápio de 30 dias. Esses ali-
mentos serão armazenados na cozinha. Realiza-
Padrões de Ciências se um painel de degustação para que os astro-
 Ciência como Questionamento: Capacida- nautas experimentem variedades de alimentos
des necessárias para fazer questionamentos quando estão escolhendo seus cardápios. Isso
científicos. permite a astronautas saberem se gostam ou não
 Ciência da Vida: Matéria, energia e organi- dos alimentos antes de irem para o espaço. Os
zação em sistemas vivos. alimentos são testados quanto à aparência, cor,
 Ciência sob Perspectivas Pessoais e Sociais: aroma, sabor e textura. Não adianta os astro-
Saúde pessoal. nautas levarem para o espaço alimentos que eles
não apreciem. Esse painel ajuda na escolha do
Padrões de Matemática cardápio mais desejável e reduz a quantidade
 Computação. de lixo e desperdício de alimentos não comi-
dos, desagradáveis ou parcialmente ingeridos.
Dicas Úteis
1. Se o sabor de um alimento não agradar abso- Procedimento
lutamente, apague aquele alimento da lista. Divida os alunos em grupos. Esses grupos fica-
2. Os alunos não devem discutir os alimentos
rão conhecidos como grupos de especialistas, e
com membros do grupo enquanto estão expe-
cada grupo será responsável por um tipo de ali-
rimentando. Cada aluno deve fazer sua pró-
mento espacial. Cada grupo será responsável
pria avaliação e depois comparar.
pela degustação de vários alimentos dentro de
3. Se necessário, use água ou bolachas salga-
seu grupo particular. Eles preencherão o For-
das entre as amostras para remover os sabo-
mulário de Avaliação do Painel de Degustação,
res anteriores.
dando notas para aparência, cor, aroma, sabor
4. Muitos desses alimentos podem ser encon-
trados em qualquer supermercado. e textura. Os alunos classificarão esses itens
usando os valores numéricos que estão na parte
Materiais necessários inferior do formulário.
Bandeja
Pratos descartáveis Cada grupo somará os resultados dados a cada
Amostras de alimentos (do cardápio incluído alimento e os colocarão no formulário. Se um
no apêndice) item receber nota 6 ou menor, devem ser feitos
Amostras de bebidas (do cardápio incluído no comentários para explicar a nota baixa. Todos
apêndice) os outros itens devem ser descritos quanto a suas
Água qualidades positivas. Lembre com os alunos um
Bolachas salgadas grande número de palavras que podem ser usa-
Formulário de Painel de Degustação das para esse tipo de descrição.
Formulário de Comentários Descritivos do Pai-
nel de Degustação Discussão
1. Quais alimentos a serem levados para o es-
Informações de Referência paço você prefere?
Os astronautas escolhem seu cardápio para o 2. Em cada grupo de alimentos, qual recebeu a
espaço cerca de 5 meses antes de partirem. Para nota mais alta? Por quê?

32 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
3. Em cada grupo de alimentos, qual recebeu a Avaliação
nota mais baixa? Por quê? Quando estiverem completos a degustação, a
4. Por que você acha que é importante testar os avaliação e a computação dos dados, cada gru-
alimentos antes de levá-los ao espaço? po deve preparar uma pequena apresentação
para partilhar com a classe suas descobertas.
Aprofundamento
1. Os alunos usarão os formulários de avalia-
ção para escolherem uma refeição.
2. Use as palavras descritivas do Formulário
de Avaliação do Painel de Degustação para
escrever um parágrafo sobre os alimentos que
você testou.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 33
Formulário de Avaliação do Painel de Degustação

ITEM
Aparência

Cor

Aroma

Sabor

Textura

Geral

Comentários

Notas altas Notas médias Notas baixas

9- Adore 6- Gostei um pouco 3- Achei meio ruim


8- Gostei muito 5- Nem sim nem não 2- Achei muito ruim
7- Gostei 4- Achei um pouco ruim 1- Detestei

34 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Procedimentos do Painel de Degustação e
Formulário de Comentários Descritivos
Quando os alunos forem dar uma nota a um alimento do Painel de Degustação, eles devem adotar as
diretrizes que se seguem:
1. Ênfase sobre a qualidade do alimento e não sobre preferências individuais como o que um gosta
ou deixa de gostar.
2. Se você detestar, absolutamente, um determinado tipo de alimento, não dê nota a ele.
3. Se um produto tiver nota abaixo de 6 em qualquer categoria, deve haver uma explicação no
espaço reservado para isso.
4. A nota geral é a sua nota para as suas impressões globais sobre o produto, e não necessariamente
uma média das outras categorias. Entretanto, essa nota deve ser consistente com as outras.
5. Não converse com os outros membros do painel enquanto estiver fazendo as avaliações.
6. Não fume, beba ou coma por 60 minutos antes dos painéis.
7. Se necessário, use água ou bolachas salgadas entre as amostras para limpar o paladar.
8. Se tiver alguma pergunta com relação ao Painel de Degustação, peça explicações para a pessoa
que esteja conduzindo o painel.

Comentários Descritivos
Apresentamos aqui uma lista de termos que podem ser usados para descrever um alimento e podem
ajudar no desenvolvimento de alimentos. Você pode usar a lista para descrever os atributos da
amostra de alimento que está degustando. Uma nota 6 ou menor deve estar acompanhada de explica-
ções para justificar a nota baixa.

Gosto/Ordem Textura Cor/Aparência


Amargo Crocante Sem graça, sem brilho
Doce Mole Lustro
Azedo Duro Reluzente, espumante
Salgado Insuficiente Lustroso
Oxidado Rígido Escuro
Rançoso Mastigável Gorduroso
Estragado, passado Firme Liso
Sem gosto Granuloso Manchado
Metálico Pegajoso Velho
Sem sabor Empelotado Pálido
Mofado, bolorento Mole, polpudo
Fermentado Pastoso
Floral Borrachudo
Pegajoso
Viscoso, firme
Macio
Gorduroso
Suculento

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 35
Atividade 3:
Planejamento e Porções de Refeições
Objetivo que podem ser presas à roupa dos astronautas
Planejar um cardápio para vôo de 5 dias e pro- ou à parede para que fiquem no lugar. Elas tam-
jetar uma bandeja de alimentos que possa ser bém têm tiras de velcro para grudar nas emba-
usada no espaço. lagens dos alimentos e bebidas; os utensílios
são presos com ímãs. A bandeja de alimento da
Padrões de Ciências Estação Espacial Internacional terá lugar para
 Ciência como Questionamento: Capacida- embalagens especiais na forma de tigelas. Elas
des necessárias para fazer questionamentos se encaixam no lugar e prendem o alimento à
científicos. bandeja. Essas embalagens são semelhantes às
 Ciência da Vida: Matéria, energia e organi- embalagens individuais de pratos congelados
zação em sistemas vivos. que são encontradas nos supermercados. A úni-
 Ciência sob Perspectivas Pessoais e Sociais: ca diferença é que elas são feitas de plástico
Saúde pessoal. rígido em vez de alumínio ou papelão.
 Ciências Físicas: Posição e movimento de
objetos. Procedimento
Os alunos planejarão um cardápio de 5 dias
Padrões de Matemática nutricionalmente balanceado para os astronau-
 Computação. tas. É importante que os astronautas recebam as
calorias necessárias para cada dia para que pos-
Dicas Úteis sam manter seu nível de energia e a boa saúde.
1. Para alunos do pré à primeira série, fotos de ali- Para balancear as refeições, utilize a Pirâmide
mentos de revistas e anúncios podem ser usados de Alimentos incluída no apêndice. Usando os
para planejar o cardápio. Os alunos podem tam- grupos de alimentos recomendados, e as quan-
bém cortar figuras de papel espelho e colar em uma tidades sugeridas por dia na atividade 4, esco-
folha, simulando a bandeja do Ônibus Espacial. lha alimentos que irão preencher os requisitos
2. Alguns materiais que podem ser usados para as de ingestão diária para os astronautas.
bandejas são: caixas, caixas de papelão, velcro,
ímãs, papel alumínio, papel espelho e cola. Esti- Os alunos irão projetar e construir uma bandeja
mule os alunos a serem criativos em seus projetos. para encaixar seus alimentos. Para ajudar os
astronautas a se alimentarem no Ônibus Espa-
Materiais cial, foi projetada uma bandeja especial para
Pirâmide de alimentos do Departamento de Agri- ajudar a segurar os diferentes tipos de comidas
cultura dos Estados Unidos (United State e bebidas. Isso evita que a comida saia flutuan-
Departament of Agriculture - USDA - Apêndice G) do no ambiente de microgravidade da nave.
Grupos de alimentos e quadro de doses diárias
(Atividade 4). Discussão
1. Quais os tipos de problemas que você pode-
Informações de Referência rá enfrentar quando estiver tentando comer
Os astronautas utilizam bandejas especiais no no espaço?
espaço devido ao ambiente de microgravidade. 2. Há outras maneiras de servir comida espa-
Essas bandejas são projetadas para acondicio- cial?
nar tudo no lugar enquanto a comida está sendo 3. Por que é tão importante que os astronautas
preparada e ingerida. No Ônibus Espacial, as recebam as doses de calorias e de nutrição
bandejas usadas possuem tiras na parte de trás recomendadas por dia?

36 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Aprofundamento em sacos plásticos com fechamento tipo zip para
Faça que os alunos planejem e preparem um al- serem os alimentos do Ônibus Espacial. Para a
moço de comida espacial. As bandejas que eles Estação Espacial Internacional, deverão ser fi-
planejaram e construíram serão usadas. O car- guras de embalagens de alimentos congelados.
dápio para o dia será escolhido da Lista de Ali- Isopor ou gesso de paris podem ser usados para
mentos da Estação Espacial Internacional. A ad- dar à embalagem um peso mais parecido com o
ministração da escola deverá ser convidada, do alimento de verdade.
bem como líderes da comunidade e pais. Lem-
bre-se de convidar a imprensa local. Avaliação
Avalie cada bandeja de alimentos pelo seu pro-
Os alunos podem cortar figuras de alimentos de jeto e sua utilidade. Verifique se as refeições
embalagens reais e colocar os “reidratáveis” planejadas são balanceadas nutricionalmente.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 37
Atividade 4:
Classificação de Alimentos para Viagens Espaciais
Objetivo Grupos de alimentos e o Quadro das
Classificar os alimentos que constam nas listas de Recomendações Diárias Sugeridas
alimentos do Ônibus Espacial e da Estação Espa-
cial Internacional em grupos principais de alimen- Grupos de alimentos Sugestão de Porções Diárias
tos encontrados na Pirâmide de Alimentos.
Grãos
Padrões de Ciências (Pão, Cereais matinais,
 Ciência como Questionamento: Capacida- Arroz e Macarrão) 6 a 11 porções
des necessárias para fazer questionamentos Frutas 2 a 4 porções
científicos. Verduras e Legumes 3 a 5 porções
 Ciência sob Perspectivas Pessoais e Sociais: Carnes
Saúde pessoal. (Carne bovina, frango,
peixe, ovos e nozes) 2 a 3 porções
Materiais necessários Laticínios
Lista Básica de Alimentos e Bebidas do Ônibus (Leite, Iogurte
Espacial (Apêndice A). e Queijo) 2 a 3 porções
Lista de Cardápios Diário da Estação Espacial Óleos
Internacional (Apêndice B). (Gorduras e Doces) Consumir com moderação
Pirâmide de Alimentos da USDA (Apêndice G).
Procedimento
Informações de Referência Usando a Lista Básica de Alimentos e Bebidas
A Pirâmide de Alimentos foi construída para do Ônibus Espacial ou a Lista de Cardápio Diá-
ajudar as pessoas a manter uma dieta que seja rio da Estação Espacial Internacional, classifi-
adequada em termos de valores nutricionais. A que os alimentos de acordo com os grupos prin-
manutenção de uma boa saúde no espaço é im- cipais mostrados acima.
portante e, para ajudar a conseguir isso, uma
boa dieta é questão crucial. Refeições balance- Discussão
adas com alimentos nutricionalmente bons aju- 1. Quais os alimentos que podem se encaixar
dam a garantir que os astronautas sejam capa- em mais de um grupo?
zes de desempenhar suas tarefas no espaço. 2. Na sua opinião, qual grupo de alimentos tem
a melhor seleção de alimentos?
O Departamento de Agricultura dos Estados Uni- 3. Por que é importante manter uma boa saúde
dos (United State Departament of Agriculture - no espaço?
USDA) fez recomendações para uma dieta saudá- 4. Como uma dieta balanceada ajuda a manter
vel. Os alimentos estão agrupados de acordo com uma boa saúde?
os nutrientes que fornecem. Muitos alimentos,
como milho, são difíceis de classificar em um úni- Aprofundamento
co grupo específico. O milho verde pode ser clas- 1. Peça para a classe planejar seu próprio cardá-
sificado como vegetal com amido, mas as tortilhas pio para a Estação Espacial Internacional para
de milho estão na categoria de grãos. Feijões se- uma tripulação que é renovada a cada 30 dias
cos e ervilhas (legumes) podem ser contados tan- ou um cardápio para o Ônibus Espacial com
to como vegetais com amido quanto como carne. troca de tripulação a cada 7 dias. Faça que
analisem quantas vezes um alimento ou grupo
Segue um endereço na Internet onde se pode de alimento foi servido e se alguns itens foram
obter maiores informações sobre a Pirâmide de servidos em combinação com outros (como
Alimentos e nutrição: peixe sempre servido com batatas fritas). Evi-
http://www.usda.gov/fcs/cnpp/using.htm te escolhas monótonas ou repetitivas, aumen-

38 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
tando a variedade de alimentos escolhidos. Digite as informações dos cardápios e de-
2. Usando o computador, crie um banco de termine quais refeições estão balanceadas,
dados. Faça um modelo de banco de dados procurando pelos campos vazios nos gru-
que inclua campos como dia (1, 2, 3 etc.), pos de alimentos.
refeição (café da manhã, almoço, jantar e
possivelmente lanche) e os seis grupos Avaliação
maiores de alimentos (grãos, verduras e le- Os alunos comparam o que descobriram.
gumes, frutas, laticínios, carne e óleo).

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 39
Atividade 5:
Amadurecimento de Frutas, Legumes e Verduras
Objetivos compartimento de alimentos frescos contém
Comparar a velocidade de amadurecimento de tortilhas, pão fresco, pão doce, frutas frescas,
frutas, legumes e verduras quando expostos ao como maçãs, bananas e laranjas e legumes fres-
ar e o efeito do uso de um inibidor químico so- cos como cenoura e salsão. Durante o vôo espa-
bre a velocidade de amadurecimento. cial, as frutas e vegetais duram menos devido à
ausência de um refrigerador e devem ser consu-
Medir a área de frutas, legumes e verduras ex- midos nos primeiros 7 dias de vôo. A cenoura e
postos. o salsão são os itens mais perecíveis e devem
ser consumidos nos primeiros 2 dias de vôo.
Padrões de Ciências
 Ciência como Questionamento: Capacida- A bordo da Estação Espacial Internacional, ha-
des necessárias para fazer questionamentos verá refrigeradores e os alimentos refrigerados
científicos. incluirão frutas e legumes frescos e tratados.
 Ciência da Vida: Matéria, energia e organi- Certos tipos de frutas e legumes têm uma vali-
zação dos sistemas vivos. dade de até 60 dias.
 Ciência sob Perspectivas Pessoais e Sociais:
Saúde pessoal. Quando alguns tipos de frutas e legumes são
fatiados e expostos ao ar, a superfície em con-
Padrões de Matemática tato com o ar fica mais escura. Existem inúme-
 Medidas. ras técnicas que podem ser adotadas para tratar
frutas e legumes frescos: irradiação, uma ca-
Materiais Necessários mada de cera, inibidor de etileno (o etileno é
Água destilada um hormônio vegetal que causa o amadureci-
Frutas como maçãs e bananas mento), embalagem com controle de atmosfera,
Legumes como cenoura e salsão embalagem com atmosfera modificada e o uso
Tabletes mastigáveis de vitamina C de um inibidor químico.
Tigelas pequenas e fundas de plástico
Faca
Essa atividade enfoca um desses processos – o
Colheres grandes
uso de um inibidor químico – como modo de em-
Pratos descartáveis
balar frutas e legumes fatiados em porções indivi-
duais, para não haver desperdício. O fatiamento
Informações de Referência
elimina o peso e a perda da casca e das sementes.
Os alimentos do Ônibus Espacial são embala-
dos e acondicionados em compartimentos com
chave no Johnson Space Center, em Houtson, Alguns alimentos ficam facilmente mais escuros,
Texas, aproximadamente por um mês antes do como o caso da banana e da maçã, pêra e pêssego.
lançamento e são mantidos refrigerados até seu Você pode proteger esses alimentos do escure-
envio ao local de lançamento. Cerca de 3 se- cimento evitando que fiquem expostos ao ar. Um
manas antes do lançamento, os compartimentos outro modo é tratar o alimento com vitamina C.
de alimentos são mandados ao Kennedy Space
Center, na Flórida. Lá, os alimentos ficam no Procedimento
refrigerador até 2 a 3 dias antes do lançamento. 1. Coloque água dentro de duas pequenas tige-
Além dos compartimentos de refeições e de ou- las fundas de plástico. Dissolva a pastilha de
tros itens de dispensa suplementares, um com- vitamina C em uma e deixe a outra só com
partimento com chave de alimentos frescos é água. Coloque uma etiqueta identificando a
embalado no Kennedy e instalado no Ônibus Es- tigela que está com a vitamina C como “Vita-
pacial 18 a 24 horas antes do lançamento. O mina C” e a outra como “Água Pura”.

40 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
2. Corte um pedaço da fruta ou legume em seis Aprofundamento
pedaços iguais. 1. A quantidade de vitamina C da água afeta a
3. Coloque dois pedaços em cada tigela. Os pe- velocidade em que as frutas e os legumes es-
daços devem estar completamente submersos curecem? Experimente a hipótese de usar meia
no líquido em cerca de 10 minutos. pastilha, uma pastilha, duas pastilhas de vi-
4. Remova cada pedaço com uma colher e co- tamina C na água.
loque-os sobre pratos descartáveis diferen- 2. A temperatura afeta a velocidade de escu-
tes devidamente identificados. recimento das frutas e dos legumes? Faça a
5. Coloque o restante dos pedaços sobre um pra- experiência novamente, mas desta vez, colo-
to descartável identificado como “Não trata- que os recipientes no refrigerador e em um
dos”. lugar quente durante o mesmo intervalo de
6. Arrume os pedaços de modo que superfícies tempo.
que tenham sido cortadas fiquem expostas ao 3. O suco de limão é um ingrediente comum nor-
ar. malmente listado em receitas com frutas fres-
7. Repita os passos 2 a 6 com cada uma das cas. Repita o experimento novamente para de-
frutas e/ou legumes que irá testar. terminar se o suco de limão tem efeito sobre
8. Deixe os pratos descansando por uma hora e o escurecimento.
observe as alterações de cor. 4. Use uma bomba de tirar o ar para manter as
9. Usando uma variedade de ferramentas (ré- frutas sem contato com o ar. Observe a velo-
gua, esquadro, papel quadriculado, papel alu- cidade de escurecimento.
mínio) meça a parte exposta escura nas frutas 5. O fatiamento, a retirada da semente e da cas-
e legumes. ca são técnicas para oferecer porções indivi-
duais e eliminar o desperdício. Determine a
Discussão quantidade de peso e volume reduzidos atra-
1. Quais as frutas e legumes ficaram mais escu- vés do fatiamento, da retirada das sementes e
ros do que os outros? da casca para maçãs e laranjas.
2. Quais frutas e legumes não ficaram escuros?
3. Você pode pensar em outro inibidor químico Avaliação
que possa ser usado para conservar frutas e Os alunos apresentarão seus resultados para
legumes? a classe. Devem ser usados gráficos e tabe-
4. Qual seria a melhor maneira de embalar fru- las para ilustrar as informações aprendidas.
tas, legumes e verduras para vôos espaciais?

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 41
Atividade 6:
Desenvolvimento de Bolor
Objetivo tas mais usados para fazer sanduíches com as
Depois da observação do desenvolvimento de tortilhas. As tortilhas também são usadas como
bolor em diferentes tipos de pães, medir e re- acompanhamento de entradas, como petiscos
gistrar a taxa de crescimento. de filé com molho e fatias de presunto. A cozi-
nha do Ônibus Espacial não tem refrigerador
Padrões de Ciências para armazenagem de alimentos; portanto, to-
 Ciência como Questionamento: Capacida- dos os alimentos são acondicionados em ban-
des necessárias para fazer questionamentos dejas de armários com chave à temperatura
científicos. ambiente. Há problemas de deterioração en-
 Ciência da Vida: Matéria, energia e organi-
frentados com as tortilhas disponíveis comer-
zação de sistemas vivos. cialmente em vôos espaciais com duração de
 Ciência sob Perspectivas Pessoais e Sociais:
mais de 7 dias.
Saúde Pessoal.
Os bolores existem naturalmente em todos os
ambientes. Na natureza, os bolores são neces-
Padrões de Matemática sários para quebrar algumas substâncias, como
 Medidas. as folhas, por exemplo, que resultam em maté-
ria orgânica que enriquece o solo. Quando pre-
Materiais Necessários sentes em alimentos, entretanto, os bolores
Diferentes tipos de pães (como pão de forma, podem desenvolver-se e causar aparência de-
pão integral, pão de centeio e pão francês) com sagradável e sabores não usuais. Alguns bolo-
e sem conservantes. res são capazes de produzir toxinas perigosas
Diferentes tipos de tortilhas (massas duras de para a saúde do ser humano. A umidade, o ca-
milho tipo “Doritos”) (feitas com farinha ou lor, o oxigênio, o pH favorável e a ausência de
milho) com e sem conservantes. luz resultam em condições ótimas de cresci-
Sacos plásticos com fecho de zip (de 16cm x mento para o fermento biológico, bolor, e para
15 cm) o crescimento de bactérias patogênicas. Como
Marcador hidrocor a duração das missões espaciais aumentou, a
Fita adesiva necessidade de desenvolver uma tortilha com
Faca prazo de validade maior tornou-se essencial.
Régua Foi desenvolvida uma tortilha com prazo de
Transparência com desenho de um quadricula- validade, fora da geladeira, de 6 meses.
do de 1 em 1 cm.
Bandeja grande Os alimentos e as bebidas são processados
Folhas de dados dos alunos. com conservantes que inibem o desenvolvi-
mento de bolores naturalmente presentes. O
Informações de Referências desenvolvimento dessa tortilha resistente para
As tortilhas de farinha têm sido um dos pratos os vôos espaciais envolveu a redução da
mais preferidos pelos astronautas desde 19852. quantidade de água disponível ao PH para
As tortilhas são um substituto aceitável para o prevenir o crescimento de bactérias, e o
pão devido à facilidade de manipulação e à embalamento em atmosfera sem oxigênio para
pouca geração de migalhas em ambiente de evitar o desenvolvimento dos bolores. Veja a
microgravidade. Salsichas e pasta de amen- fórmula (receita) da tortilha do espaço no
doim e geléia são alguns dos alimentos e pas- Apêndice F.
2
N.T. As tortilhas foram pedidas pelo astronauta Rodolfo Neri Vela do México, especialista em carga útil, STS-61B,
1985.

42 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Procedimento 4. Quais as diferenças entre as tortilhas e o pão
1. Meça e corte amostras de pão e de tortilha com relação ao crescimento de bolor?
em quadrados de 10 X 10cm. 5. Os bolores variam quanto à cor e à aparên-
2. Corte um quadrado de papel de 5 x 5 cm e cia. Muitos são brancos e parecem algodão
mergulhe-o em água. Coloque-o dentro de um enquanto que outros são verdes, marrons, pre-
saco de fecho de zip. tos, rosa ou cinza. Enquanto alguns bolores
3. Coloque cada amostra no papel umedecido desenvolvem-se em diferentes tipos de ali-
no saco e feche, deixando um pouco de ar mentos, outros crescem mais em frutas fres-
dentro do saco. Feche com fita adesiva o zip cas ou legumes e verduras. Descreva os bo-
apenas como medida de segurança. lores que apareceram nos pães.
4. Liste os ingredientes da etiqueta de informa-
ções na etiqueta de identificação do alimen- Aprofundamento
to. Identifique as farinhas, fermentos e Repita o experimento e altere as variáveis.
conservantes. Coloque as etiquetas nos pa- 1. Coloque algumas amostras de pão em lugar
cotes. escuro e exponha outras amostras idênticas
5. Coloque as amostras etiquetadas em uma gran- expostas à luz.
de bandeja para minimizar a manipulação. 2. Coloque algumas amostras em local frio (re-
Mantenha as amostras em um local quente e frigerador) e armazene amostras idênticas em
escuro. local quente.
6. Faça observações diariamente, no mesmo ho- 3. Repita o experimento com outros tipos de
rário, para verificar o crescimento de bolor. alimentos dos grandes grupos que possuam
Observe os tipos de bolores presentes atra- farinha em sua fórmula. O armário para ali-
vés de sua cor e aparência e da taxa de cres- mentos do Ônibus Espacial contém alimen-
cimento dos bolores. tos determinados pela tripulação, como la-
7. Meça a área da superfície coberta por bolor ranjas, maçãs, cenouras e salsão. Experimente
colocando a folha transparente quadriculada uma fruta fresca, como laranja ou maçã, um
sobre as amostras. vegetal fresco, como cenoura, e um item do
8. Registre seus dados nas Folhas de Dados dos grupo do leite, como queijo branco.
Alunos. 4. Observe as cores dos bolores que se desen-
9. Examine o bolor com um microscópio estéreo volvem em diferentes tipos de alimentos e
ou lente de aumento. quais cores de bolores são específicas de um
certo grupo de alimentos.
Observação: Deve-se ter muito cuidado ao ma- 5. Compare a fórmula da tortilha mais resistente do
nipular bolores. Não abra os sacos e nem remo- Ônibus Espacial (no Apêndice F) com os ingre-
va as amostras dos sacos plásticos. Os germes, dientes listados na embalagem de uma tortilha
pelos quais o bolor se dispersa, podem se espa- normal comprada no supermercado e com uma
lhar pela classe causando reações alérgicas. receita de tortilha para ser feita em casa.

Discussão Avaliação
1. Qual tipo de pão apresentou maior cresci- Motive uma discussão em sala de aula sobre as
mento de bolores durante um longo tempo? descobertas e registre nas Folhas de Dados dos
2. Em que tipo de pão o bolor apareceu pri- Alunos. Faça que os alunos coloquem seus da-
meiro? dos em um gráfico.3
3. Algum tipo de pão não apresentou crescimento
de bolor? Por quê?

3
N.T. Como as tortilhas são difíceis de encontrar aqui no Brasil, talvez tenham de ser substituídas na atividade por um
alimento à base de farinha mais comum, como algum biscoito etc. O salgadinho “Doritos” é o que mais se assemelha
às tortilhas e está disponível nos nossos supermercados.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 43
Modelo do Quadriculado para Transparência

Esta página quadriculada de 15 x 20 cm pode ser usada para fazer as transparências que serão
usadas para medir as áreas com bolores.

44 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Folha de Dados dos Alunos

Nome

FOLHA DE REGISTRO DO DESENVOLVIMENTO DE BOLORES

Tipo de pão:________ No. da amostra: ______ Conservante: _______ (Sim/Não)

Tempo Superfície de bolor Observações diárias


(Dia)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

Lista de ingredientes:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.

Legenda para identificação dos Ingredientes:


Farinha (F)
Conservante (C)
Fermento (FE)

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 45
Folha de Dados dos Alunos

Nome

GRÁFICO DE LINHAS DO DESENVOLVIMENTO DE BOLORES


Área da superfície do bolor (cm2)

Tempo
(dias)

Instruções
Faça o gráfico do crescimento da superfície de bolor versus tempo.
Registre os dados de cada amostra no gráfico linear.
Use uma cor diferente para cada amostra.
Indique no gráfico se a amostra tem ou não conservante.
Se houver conservante, identifique o número dos diferentes conservantes presentes.

Conclusões

46 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Atividade 7:
Quanto é Desperdício?
Objetivo Com a melhoria do projeto das naves espaciais,
Medir a massa e o volume do pacote de alimen- permitindo vôos mais longos, com tripulações
to antes e depois da embalagem para o vôo es- e capacidades de cargas maiores, os pedidos
pacial, e determinar as porções consumidas e de de alimentos melhoraram muito. Por exemplo,
lixo dos alimentos destinados aos vôos espaciais. as listas de alimentos do Ônibus Espacial e da
Estação Espacial Internacional incluem nozes,
Padrões de Ciências já sem casca para reduzir perdas e lixo. Além
 Ciência como Questionamento: Capacida- disso, as listas também incluem frutas e sucos
des necessárias para fazer questionamentos de frutas. Essas frutas podem ser inteiras ou
científicos. prefatiadas para reduzir o lixo e o desperdício.
 Ciências Físicas: Propriedades e alterações
das propriedades da matéria. Com o aumento do problema de resíduos lança-
dos em órbita, as únicas substâncias lançadas
Padrões de Matemática no espaço são o excesso de água, um subproduto
 Computação. da geração de energia elétrica das células de
 Medidas. combustível do Ônibus Espacial. A retenção do
lixo dentro das naves é uma preocupação nos
Materiais Necessários vôos espaciais. Há, no Ônibus Espacial, um
Caixas de alimentos, como de cereais matinais compactador de lixo e outro está sendo plane-
Frutas de Natal sem casca, como amêndoas, cas- jado para a Estação Espacial Internacional para
reduzir o volume ocupado por produtos descar-
tanha de caju, macadâmia, amendoim.
tados.
Frutas frescas, como maçã, laranja “grapefruit”,
limão, laranja
Procedimento
Balança métrica
Parte 1. Minimizar a Massa de uma Embala-
Pesos
gem de Produto Vendido no Supermercado.
Sacos plásticos para sanduíche com fecho tipo
1. Pese a embalagem.
zip
2. Calcule a massa e o volume da embalagem.
Réguas 3. Abra o pacote, remova o conteúdo e coloque-
Calculadoras o em um saco plástico de sanduíche com fecho
Folhas de Dados dos Alunos. zip, removendo o máximo de ar possível.
4. Pese a nova embalagem.
Informações de Referências 5. Determine o volume da nova embalagem.
O plano original da embalagem de alimentos 6. Calcule a porcentagem de perda de massa.
para os Projetos Mercury, Gemini e Apollo foi 7. Calcule a porcentagem de perda de volume.
baseado na redução do peso e na facilidade de
manipulação em ambiente de microgravidade, Parte 2. Determinar as Porções Utilizável e de
além de dimensões reduzidas para armazena- Desperdício de 10 Nozes.
gem no espaço. Essas especificações são as Observação: Use 10 nozes e divida por 10 e
mais importantes para qualquer projeto de sis- chegue à quantidade de 1 noz.
tema para naves espaciais: peso e volume mí- 1. Pese 10 nozes.
nimos, mínima utilização de energia, 2. Tire as cascas e pese a porção comestível.
confiabilidade, facilidade de manutenção, com- 3. Recolha as cascas e pese-as.
patibilidade com o meio-ambiente, integração 4. Calcule a porcentagem do que é comestível.
com outros sistemas e compatibilidade com a 5. Calcule a porcentagem do volume que é jo-
tripulação. gado fora.
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 47
Parte 3. Determinar as Porções Comestíveis e Aprofundamento
Não-Comestíveis de uma Fruta. 1. Peça aos alunos que encontrem outros tipos
1. Pese a fruta. de alimentos que contenham partes que joga-
2. Descasque a fruta e tire as sementes. mos no lixo.
3. Pese a parte comestível da fruta. 2. Os sucos de frutas foram pedidos pelos as-
4. Pese a casca e as sementes. tronautas que irão à Estação Espacial Inter-
5. Calcule a porcentagem comestível. nacional. Extraia suco de frutas selecionadas
6. Calcule a porcentagem não-comestível. e calcule a quantidade de suco disponível:
% de suco = massa líquida/massa total x 100.
Discussão
1. A embalagem fez muita diferença no peso? E Avaliação
no volume? Recolha as Folhas de Dados dos Alunos preen-
2. Depois da remoção das partes do alimento chidas e determine se os cálculos matemáticos
que não seriam ingeridas, o peso diminuiu sig- estão corretos. Através de discussão em sala
nificativamente? de aula, determine as partes comestíveis e as
3. Qual alimento perdeu mais peso? Foi por cau- não-comestíveis dos alimentos.
sa da embalagem ou por causa de partes dele
mesmo retiradas?

48 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Folha de Dados do Aluno

Nome

PARTE 1. MINIMIZAR A MASSA DE UMA EMBALAGEM DE SUPERMERCADO

Calcule a porcentagem de perda de massa:


% de Perda de Massa da Embalagem: massa da embalagem comercial – massa da embalagem espacial x100
massa da embalagem comercial

Calcule a porcentagem de perda de volume:


% Perda de Volume da Embalagem = volume da embalagem comercial – volume da embalagem espacial x 100
volume da embalagem comercial

PARTE 2. DETERMINAR AS PORÇÕES COMESTÍVEIS E NÃO COMESTÍVEIS DE 10 NOZES


Calcule a porcentagem da parte comestível:
% Comestível = massa comestível x 100
massa total

Calcule a porcentagem da parte não comestível:


% Não Comestível = massa da casca x 100
massa total

PARTE 3. DETERMINAR AS PARTES COMESTÍVEL E A NÃO-COMESTÍVEL DE UMA FRUTA


FRESCA
Calcule a porcentagem da parte comestível de uma fruta fresca:
% Comestível = massa comestível x 100
massa total

Calcule a porcentagem da parte não comestível de uma fruta fresca:


% Não-Comestível = casca + sementes/parte central x 100
massa total

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 49
Atividade 8:
Desidratação de Alimentos para Vôos Espaciais
Objetivo Para a Estação Espacial Internacional, os re-
Determinar a porcentagem de redução de água quisitos de energia elétrica são mais bem su-
através da desidratação de alimentos frescos. pridos com o uso de uma fonte de energia
renovável. Os raios solares, que convertem a
Padrões de Ciências energia solar em elétrica, não produzem água
 Ciência como Questionamento: Capacida- como subproduto. A lista de alimentos pedidos
des necessárias para fazer questionamentos para a Estação Espacial Internacional reduziu
científicos. significaticamente a quantidade de alimentos
 Ciência sob Perspectivas Pessoais e Sociais: reidratáveis. As bebidas, entretanto, ainda serão
Saúde pessoal. desidratadas pela facilidade de armazenagem.

Padrões de Matemática Procedimento


 Medidas. 1. Pese a fruta ou vegetal.
 Computação. 2. Corte o alimento em pequenas fatias ou cubos.
3. Coloque o alimento no desidratador e desidrate.
Materiais Necessários 4. Retire o alimento e deixe que esfrie antes de
Vegetais: feijões verdes frescos pesá-lo, coloque-o em uma embalagem de
Frutas: maçãs frescas, pêssegos, uvas, moran- plástico com zip (para que a umidade não seja
gos ou bananas reabsorvida).
Desidratador de frutas 5. Pese o alimento desidratado, tomando cuida-
Balança do para subtrair o peso do saco plástico vazio.
Pesos 6. Calcule a porcentagem de umidade perdida
Sacos plásticos para sanduíche com fecho tipo na amostra de alimento usando a seguinte
zip. equação:
% de Perda de umidade = massa original – massa desidratada x 100
massa original
Informações de Referências:
A secagem por congelamento e outros métodos
de secagem de alimentos removem a maior par- Aprofundamento
te da água neles contida. Esse tipo de alimento Explore a reidratabilidade de diferentes tipos
(uma vez reidratado) oferece uma dieta mais de alimentos disponíveis comercialmente em
supermercados. Pese uma quantidade conheci-
sólida e acrescenta variedade ao cardápio dos
da de alimento desidratado e coloque-o em um
vôos espaciais.
recipiente com água à temperatura ambiente.
Permita que o alimento seja completamente
A bordo do Ônibus Espacial, os alimentos e be-
hidratado. Remova o alimento desse recipiente
bidas desidratados compõem uma parte signifi-
e escorra. Pese o alimento reidratado e calcule
cativa das seleções para os cardápios. A prin- a porcentagem de reidratação:
cipal razão para usar esses alimentos e bebidas
desidratados é a presença de água produzida % de Reidratação = ganho de massa = massa original x 100
pelas células de combustível como um massa original
subproduto, tornando-a disponível para a pre-
paração de alimentos no Ônibus Espacial. Al- Avaliação
cança-se uma redução de peso significativa com Os alunos irão escrever os procedimentos para
alimentos e bebidas reidratáveis. reidratação de frutas e vegetais.

50 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Apêndice A:
Lista Básica de Alimentos e Bebidas do Ônibus Espacial
Abreviaturas: Biscoitos
A/A Adoçante Artificial Mantegado (FN)
B Bebida Biscoito duro (FN)
AF Alimento Fresco
UI Umidade Intermediária Bolachas de manteiga (FN)
I Irradiada
FN Forma Natural Ovos
R Reidratável Mexidos (R)
T Termoestabilizada Mexidos estilo mexicano (R)
Mexidos com tempero especial (R)
Carne bovina com molho de churrasco (T)
Carne bovina, desidratada (UI) Salsichas (T)
Bolinho de carne (I)
Strogonoff de filé com macarrão (R) Frutas
Filé agridoce (T)
Filé aperitivo com champignon (T) Maçãs de duas variedades (AF)
Molho de maçã (T)
Pão (AF) Abricós Secos(UI)
Banana (AF)
Pão doce (AF) Salada de fruta (T)
Laranja (AF)
Bolo de chocolate (FN) Compota de pêssego (R)
Pêssegos em cubos (T)
Doce Pêssegos secos (UI)
Chocolates com cobertura (FN) Pêras secas (T)
Amendoim coberto com chocolate (FN) Pêras em cubos (UI)
Goma de mascar (FN) Abacaxi (T)
Balas duras (FN) Morangos (R)
Frutas mistas (UI)
Cereais matinais
Bran Chex4 (R) Barra de granola (FN)
Flocos de milho (R)
Granola (R) Presunto (T)
Granola com framboesa (R) Patê de presunto (T)
Granola com uvas passas (R)
Grãos com manteiga (R) Geléia
Aveia com açúcar mascavo (R) Maçã (T)
Aveia com uvas passas (R) Uva (T)
Flocos de arroz (R)
Macarrão com Queijo (R)
Patê de queijo chedar (I)
Macarrão com frango (R)
Frango
Frango grelhado (T) Nozes
Pasta de salada de frango (T) Amêndoas (FN)
Franco agridoce (R) Castanha de caju (FN)
Frango à Teriyaki (R) Macadâmia (FN)
4
N.T. É um nome de uma marca de cereal. “Bran” é referente a “fibra” e “Chex” é usado porque o cereal é em
forma de um quadradinho com um xadrez em relevo.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 51
Amendoim (FN) Creme de espinafre (R)
Mistas (FN) Tomates e beringela (I)

Pasta de Amendoim (T) Bebidas (B)


Batatas gratinadas (T) Suco de maçã

Pudins Suco de cereja com adoçante artificial


De Banana (T)
De Caramelo (T) Chocolate
De Chocolate (T)
De tapioca (T) Café
De Baunilha (T) Puro
Com AA
Arroz com frango (R) Com creme
Arroz Pilaf (R) Com creme e AA
Com creme e açúcar
Salmão (T) Com açúcar
Bolinho de lingüiça (R) Café (Descafeinado)
Puro
Coquetel de camarão (R) Com AA
Com creme
Sopas
Com creme e AA
Consomé de frango (B)
Com creme e açúcar
De champignon (R)
Com açúcar
Canja (R)
Café (Kona)
Espaguete com molho de carne (R)
Puro
Com AA
Tortilhas (AN)
Com creme
Com creme e AA
Atum
Com creme e açúcar
Atum (T)
Com açúcar
Patê de atum (T)

Peru Suco de uva


Patê de peru (T) Suco de uva com AA
Peru defumado (I)
Peru a Tetrazzini(R) Suco de grapefruit

Legumes e verduras Café da manhã instantâneo


Aspargo (R) Chocolate
Brócolis gratinado (R) Morango
Palitos de cenoura (AF) Baunilha
Couve-flor com queijo (R)
Palitos de salsão (AF) Limonada
Feijões verdes e brócolis (R) Limonada com AA
Feijões verdes/champignon (R)
À italiana (R) Suco de Lima com Limão

52 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Laranjada Temperos
Laranjada com AA
Laranjada com grapefruit Ketchup (T)
Suco de laranja Maionese (T)
Suco de laranja com manga Mostarda (T)
Suco de laranja com abacaxi Pimenta (Líquida)
Sal (líquido)
Suco de pêssego com abricós Molho de pimenta vermelha tabasco (T)
Molho de Taco (T)
Suco de abacaxi

Suco de morango

Chá
Puro
Com AA
Com creme
Com limão
Com limão e AA
Com limão e açúcar
Com açúcar

Ponche Tropical
Ponche Tropical com AA

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 53
Apêndice B:
Lista de Cardápio Diário da Estação Espacial Internacional
Alimentos Refrigerados Frango grelhado
Frango frito no forno
Laticínios Torta de frango
Frango frito com pimenta vermelha
Queijo Frango à teriyaki com legumes primavera
Queijo em fatias Pato assado
Queijo cremoso Almôndegas de peru
Creme azedo
Iogurte, de frutas Carne de porco:

Frutas Bacon
Bacon canadense
Maçã Tender, assado com inhame cristalizado
Grapefruit Costelas, assadas, com batatas gratinadas
Kiwi Bolinhos de lingüiça de porco
Laranja Carne de porco agridoce com arroz
Ameixa
Frutos do mar:
Alimentos congelados
Peixe assado
Carne e ovos Peixe grelhado
Peixe sautée
Carne bovina: Lagosta, rabo assado
Escalopes de peixe assados
Carne de peito, molho de churrasco Frutos do mar, quiabo com arroz
Enchilada de carne com arroz à espanhola5 Coquetel de camarão
Fajita de carne5 Atum, ensopado com macarrão
Bolinho de carne
Iscas de alcatra com champignon Ovos:
Filé bourbon
Filé à teriyaki Omelete de queijo
Bife frito acebolado Omelete de legumes
Strogonoff de filé com macarrão Omelete de presunto
Carne de lanche6 Omelete de lingüiça
Bolo de carne com purê de batatas e molho Omelete de legumes e presunto
Omelete de legumes e lingüiça
Cordeiro: Ovos mexidos com bacon e lingüiça picada
Quiche de legumes
Cordeiro, grelhado Quiche lorraine

Aves: Complementos com macarrão:

Frango assado Lasanha de legumes com molho de tomate


Enchilada de frango com arroz à espanhola Macarrão frito
Fajita de frango Espaguete com molho à bolonhesa
5
N.T. São pratos mexicanos.
6
N.T. Específico norte-americano.

54 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Espaguete com molho de tomate Macarrão:
Tortelini com molho de tomate e queijo
Fettuccine Alfredo
Outros: Macarrão com queijo
Espaguete
Pãezinhos com ovos
Enchilada de queijo com arroz à espanhola Arroz:
Pizza de queijo
Pizza de carne Frito
Pizza de legumes Mexicano/Espanhol
Branco
Pizza supreme
Legumes de amido
Frutas
Milho em grãos
Maças fatiadas Batata assada
Pêssegos fatiados com bananas e framboesa Batatas fatiadas
Pêssegos com bananas, uvas e morangos Batatas no forno
Morangos fatiados Purê de batatas
Inhame cristalizado
Sopas Succotash7
Ensopado de creme de milho
Sopa de carne
Creme de brócolis Legumes
Creme de galinha
Galinha com macarrão Pontas de aspargo
Creme de champignon Feijões verdes
Won ton Feijões, verdes com champignon
Brócolis gratinado
Grãos Cenoura em rodelas
Couve-flor gratinada
Palitos tipo “biscuits” Legumes chineses fritos
Pão Champignon frito
Pão de milho Quiabo frito
Ervilhas
Pãezinhos de acompanhamento
Ervilhas com cenouras
Pão de alho
Abóbora com molho de maçã e canela
Pão para sanduíche de trigo/branco
Abobrinha italiana, talos, fritos
Torrada de trigo/branco
Tortilhas Sobremesas
Itens para café da manhã: Bolos:

Rocambole de canela Angel food cake8


Rabanada Brownies de chocolate9
Panquecas de manteiga Bolo de chocolate com cobertura
Panquecas de maçã e canela Shortcake10
Waffles Pão-de-ló com cobertura de chocolate
7
N.T. Espécie de feijoada com milho, carne de porco e favas.
8
N.T. Bolo de massa bem branca e bem leve feito com muitas claras.
9
N.T. Bolo de chocolate baixinho cortado em quadrados de mais ou menos 4 cm.
10
N.T. Bolo feito com farinha de trigo e uma grande quantidade de margarina e frutas.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 55
Laticínios: Legumes:
Sorvete de chocolate Salada de feijão
Sorvete de morango Salada de macarrão
Sorvete de baunilha Salada de batata alemã
Iogurte, congelado Chucrute
Tortas e doces com massas: Sopas

Torta de queijo com chocolate De pimentão picante (chilli)


Torta de queijo simples De siri
Torta de pêssego Com ovos
Torta de maçã Japonesa Miso
Torta de creme de coco De legumes
Torta de nozes
Torta de moranga Sobremesas
Bebidas
Pudim de caramelo
Suco de maçã Pudim de chocolate
Suco de uva Pudim de limão
Suco de grapefruit Pudim de baunilha
Limonada Pudim de tapioca
Suco de laranja
Condimentos
Temperos
Molho de churrasco
Margarina Ketchup
Queijo ralado Chili com queijo
Molho para coquetel
Cereais matinais Molho de uva do monte
Cereais quentes: Patê de picles de endro
Mingau de aveia Patê de feijão
Creme de trigo Patê de cebola
Milho Patê tipo ranch
Mel
Alimentos termoestabilizados Molho de raiz forte
Vários sabores de geléia
Frutas Suco de limão
Maionese
Molho de maçã Mostarda
Coquetel de frutas Mostarda forte chinesa
Pêssego Compota de laranja
Pêra Pasta de amendoim (com pedaços de amendo-
Abacaxi im, cremosa ou batida)
Saladas Molho picante
Molho agridoce
Salada de frango Maple syrup11
Salada de atum Molho de taco
Salada de peru Molho tártaro

11
Melado da árvore de “maple” (bordo) típica do Canadá, extraído como a borracha da seringueira. É normalmente
consumido com torradas parecidas com rabanada.

56 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Bebidas Biscoito da sorte
Com flocos de arroz
Sucos de frutas: Amanteigados
Cranberry (uva do monte) Lanches:
Cranberry com maçã
Cranberry com framboesa Carne seca (bovina)
Gatorade de diversos sabores
Abacaxi Nozes:
Abacaxi com grapefruit
Amêndoas
Tomate
Castanha de caju
V-812
Macadâmia
Leite: Amendoim

Desnatado Doces:
Semi-desnatado Chocolates com cobertura
Com chocolate (semidesnatado ou desnatado) Bombons de amendoim
Integral Balas duras
Alimentos em sua Forma Natural Goma de mascar sem açúcar

Frutas Alimento Eva

Maçãs secas Barra de frutas colocada na roupa


Abricós secos
Pêssegos secos
Alimentos Reidratáveis
Pêras secas Bebidas
Ameixa
Uvas Passas Suco de maçã
Frutas mistas Suco de cereja
Bebida de chocolate
Grãos Café (diversas formas)
Bolachas em forma de animais Suco de uva
Cereais frios Suco de grapefruit
Cereal Chex Mix Bebida instantânea de chocolate
Bolachas variadas Bebida instantânea de baunilha
Tortilhas assadas tipo salgadinho Bebida instantânea de morango
Batata chips assada Suco de laranja
Pretzels13 Suco de laranja com manga
Bolachas salgadinhas em forma de peixinhos Suco de laranja com abacaxi
Chips de tortilha fritas Chá (diversas formas)
Batata chips frita Ponche tropical
Flocos de centeio, temperado
Carne Irradiada
Sobremesas
Filé de carne bovina
Biscoitos: Peru defumado

De manteiga
De gotas de chocolate
12
N.T. Suco comercializado nos Estados Unidos que contém 8 vitaminas.
13
N.T. É uma massinha frita enrolada, formando uma espécie de um oito.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 57
Apêndice C:
Cardápio Padrão da Missão Gemini (Ciclo de 4 dias)
Dia 1, 5, 9 Dia 2, 6, 10 Dias 3, 7, 11 Dias 4, 8
Refeição A Refeição A Refeição A Refeição A
Pêssego Coquetel de frutas Pêssego Coquetel de frutas
Cubos de bacon (8) Sucrilhos Cubos de bacon (8) Bolinhos de lingüiça
Torrada de canela em Cubos de bacon (8) Cubos de morango (4) Cubos de bacon (8)
cubos (4) Suco de grapefruit Achocolatado Achocolatado
Suco de grapefruit Suco de uva Suco de laranja Suco de uva
Suco de laranja
Refeição B Refeição B Refeição B
Refeição B Sopa de batata Sopa creme de galinha Sopa de batata
Salada de salmão Frango com legumes Peru com molho Carne de porco com
Frango com arroz Salada de atum Pudim de caramelo fatias de batata
Cubos de bolacha Bolo de abacaxi Brownies (bolinhos Molho de maçã
com açúcar (4) Suco de laranja de chocolate) Suco de laranja
Bebida achocolatada Suco de grapefruit
Ponche de uva Refeição C Refeição C
Espaguete com molho Refeição C Coquetel de camarão
Refeição C de carne Sopa de ervilha Ensopado de frango
Filé com batatas Tender com batatas Ensopado de carne Nuggets de peru (4)
Cubos de bolachas de Pudim de banana Salada de frango Bolo de frutas secas (4)
queijo Suco de abacaxi Cubos de chocolate Suco de laranja
Pudim de chocolate com grapefruit Ponche de uva com grapefruit
Suco de laranja
com grapefruit

58 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Apêndice D:
Cardápio Padrão do Ônibus Espacial
(4 dias de um cardápio de uma semana)
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4
Refeição A Refeição A Refeição A Refeição A
Pêssegos secos Pêras secas Abricós secos Pêssegos secos
Flocos de milho Bolinho de carne Pão doce Cereal Bran Chex
Suco de laranja com Ovos mexidos Achocolatado lácteo Suco de laranja com
abacaxi Bebida láctea instantânea instantâneo manga
Achocolatado de baunilha Suco de uva Achocolatado
Suco de laranja
Refeição B Refeição B Refeição B
Presunto Refeição B Patê de salada de peru Carne seca (bovina)
Patê de queijo Patê de amendoim Tortilhas (2) Patê de queijo
Tortilhas (2) Geléia de maçã ou de uva Pêssegos Molho de maçã
Abacaxi Tortilhas (2) Barra de cereal Granola Amendoins
Castanha de caju Coquetel de frutas Limonada Ponche tropical
Suco de morango Nozes variadas
Suco de pêssego Refeição C Refeição C
Refeição C com abricós Espaguete com molho Frango à Teriyaki
Frango à King de carne Frango com arroz
Peru à Tetrazzini Refeição C Legumes à Italiana Feijões verdes e
Couve-flor com queijo Salsicha Pudim de caramelo brócolis
Brownie (bolo de Macarrão com queijo Suco de laranja
chocolate) Feijões verdes
Suco de uva com champignon
Ambrosia de pêssego
Ponche tropical

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 59
Apêndice E:
Cardápio Padrão da Estação Espacial Internacional
(4 dias de um cardápio de um mês)
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4
Refeição A Refeição A Refeição A Refeição A
Ovos mexidos com bacon Cereal frio Rabanada Cereal quente
tostado, lingüiça Iogurte de frutas Bacon canadense Rocambole de canela
Torrada Biscuit Margarina Leite
Margarina Margarina Calda doce para a rabanada Suco de uva
Gelatina mista Geléias sortidas Suco de laranja Café/Chá/Chocolate
Suco de maçã Leite Café/chá/chocolate quente
Café/Chá/Chocolate Suco de uva-do-monte Refeição B
café, chá, chocolate quente Refeição B Quiche Lorraine
Refeição B Macarrão manicotti com Cereal de centeio tempe-
Frango no forno Refeição B queijo e molho de tomate rado
Macarrão com queijo Sopa creme de brócolis Pão de alho Laranjas frescas
Milho verde Filé de carne bovina à Salada de frutas como Biscoitos
Pêssegos milanesa amoras, framboesa etc. Manteiga
Amêndoas Fatia de queijo Biscoito amanteigado
Suco de abacaxi Bisnaguinha Limonada Refeição C
com grapefruit Pretzels Sopa won ton
Maçãs secas Refeição C Frango teryiaki
Refeição C Pudim de baunilha Peito de peru fatiado Legumes à moda chinesa,
Fajita de carne bovina Bebida achocolatada ins- Purê de batata doce fritos
Arroz à espanhola tantânea Brotos de aspargos Bolinhos
Chips de tortilhas Pão de milho Mostarda chinesa quente
(Doritos) Refeição C Margarina Molho agridoce
Molho picante Peixe sautée Torta de abóbora Sorvete de baunilha
Chili com queijo Molho tártaro Suco de cereja Biscoitos da sorte
Tortilha Suco de limão Chá
Barra de limão Salada de macarrão
Suco de maçã Feijões verdes
Pão
Margarina
Bolo leve de claras
Morangos
Suco de laranja-abacaxi

60 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Apêndice F:
Receita da Tortilha Espacial
Ingredientes % por Massa
Trigo 61,79
Água 26,58
Glicerina 4,02
Gordura vegetal 3,71
Mono/Diglicérides 1,24
Sal 0,99
Fermento em pó 0,87
Condicionador de massa 0,31
Ácido Fumárico 0,19
Sorbato de potássio 0,15
Carboximetilcelulose 0,12
Propionato de Cálcio 0,03

100,00%
Preparação
1. Os ingredientes secos são misturados em uma batedeira usando o batedor de arame por 1 minuto.
2. A gordura vegetal e mono/diglicérides são então acrescentados e misturados até uma consistência
de mingau. Misture por cerca de 3 a 5 minutos, usando o batedor de arame na velocidade 2.
3. O ácido fumárico e o sorbato de potássio são pesados separadamente e acrescentados a 100 ml
de água e deixar descansando.
4. A glicerina e o restante da água são combinados e acrescentados à mistura com o misturador de
massa em forma de gancho.
5. O ácido fumárico e o sorbato de potássio são acrescentados à massa e misturados na velocidade
2. Misture por cerca de 10 minutos.
6. Depois de misturar, deixe a massa repousar por 5 minutos, e depois, divida-a em 32 porções
iguais usando um divididor de massa.
7. Faça uma bola com cada pedaço, com as mãos, e coloque-as em formas de empadinha. Cubra com
filme plástico (magipac).
8. Coloque em uma câmara a 35,5ºC por 1 a 2 horas.
9. Polvilhe cada bolinha de massa com farinha e molde a tortilha na forma própria para isso.

Cozimento
10. Coloque as tortilhas em uma frigideira pré-aquecida (190-204 ºC).
11. Quando a superfície de cima começar a criar bolhas, vire as tortilhas e cozinhe o outro lado.
12. Depois de cozidos os dois lados, remova as tortilhas e coloque-as sobre papel parafinado em
uma superfície fria para que esfriem. Vire as tortilhas de vez em quando para que não junte água
entre elas e o papel parafinado.

Embalagem
13. Depois de frias, duas tortilhas são dobradas no meio e colocadas em um saco plástico com três
camadas (diâmetro externo de aproximadamente 16 X 205 cm).
14. Coloque um absorvedor de oxigênio em cada saquinho antes de fechar.
15. Coloque os saquinhos em uma câmara de fechamento a vácuo e dê três vezes o jato de nitrogênio
e sele a embalagem com vácuo de 25,4 cm de mercúrio.
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 61
Apêndice G:
Pirâmide de Alimentos da USDA*

Legenda
Gorduras, óleos e doces G Gordura (naturalmente presente no
alimento e acrescentada)
USO MODERADO
M Açúcares (acrescentados)

Esses símbolos mostram as gorduras e açúcares

Grupo da carne bovina, frango,


Grupo do leite, Iogurte e queijo peixe, feijões secos, ovos e nozes
2-3 PORÇÕES 2-3 PORÇÕES

Grupo das frutas


Grupo dos legumes 2-4 PORÇÕES
e verduras
3-5 PORÇÕES

Grupo dos pães,


cereais, arroz e
macarrão
2-4 PORÇÕES

Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos / Departamento


de Saúde e Serviços de Assistência

* USDA - United States Department of Agriculture

62 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
Bibliografia

Andrews, Sheila Briskin, e Audrey NASA, “Food for Space Flight”, NASA Facts,
Kirschenbaum, Living in Space, Book I, EP- NP-1996-07 007-JSC, Johnson Space Center,
222, NASA, Washington, DC, 1987. Houston, TX, Julho, 1996.

Andrews, Sheila Briskin, e Audrey NASA, “Living in the Space Shuttle,”NASA


Kirschenbaum, Living in Space, Book II, EP- Facts, FS-1995-08-001-JSC, Johnson Space
223, NASA, Washington, DC, 1987 Center, Houston, TX, Junho, 1996.

NASA, “Space Shuttle Food Systems,” NASA Visite o site http://spacelink.nasa.gov.space.food


Facts, NF – 150/I-86, 1986. para obter informações diversas e ricas sobre o
programa de alimentação espacial da NASA. Tam-
Hartung, T.E. et. al., “Application of Low Dose bém visite o site da Spacelink da NASA (http://
Irradiation to a Fresh Bread System for Space spacelink.nasa.gov) para encontrar as seguintes
Flights”, Journal of Food Science 38 (1973): listas de cardápios e outras informações sobre o
129-132. programa de alimentação espacial da NASA:
. Lista de alimentos e bebidas da missão Apollo,
Visite o site http://www.jsc.nasa.gov/pao/ . Lista de alimentos e bebidas do Skylab.
factsheets/#NP para dar uma olhada nas seguin-
tes publicações e fatos da NASA:

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 63
Recursos da NASA para Educadores

O
departamento da NASA chamado CT,DE,DC,ME, MD,MA, NH, NJ, NY, PA, RI,
CORE (Central Operation of VT
Resources for Educators - Operação Nasa Educator Resource Laboratory
Central de Recursos para Educadores) foi cria- Mail Code 130.3
do para a distribuição nacional e internacional NASA Goddard Space Flight Center
dos materiais educacionais produzidos pela Greenbelt, MD 200771-0001
NASA na forma de audiovisuais. Os educado- Telefone: (301) 286-8570
res podem pedir um catálogo e fazer pedidos
dos materiais através de um dos seguintes mé- CO, KS, NE, NM, ND, OK, SD, TX
todos: JSC Educator Resource Center
Space Center Houston
NASA CORE NASA Johnson Space Center
Lorain County Joint Vocational School 1601 NASA Road One
15181 State Route, 58 Houston, TX 77058-3696
Oberlin, OH 44074-9799 - USA Telefone: (281) 483-8696
TELEFONE (440) 775-1400
FAX: (440) 775-1460 FL, GA, PR, VI
E-MAIL: nasaco@leeca.esu.k12.oh.us NASA Educator Resource Laboratory
Home Page: http://spacelink.nasa.gov/CORE Mail Code ERL
NASA Kennedy Space Center
Rede do Centro de Recursos para Educadores Kennedy Space Center, FL 32899-0001
Para tornar disponíveis outras informações à Telefone: (407) 867-4090
comunidade de educadores e escolas, a Divi-
são de Educação da NASA criou a Rede do KY, NC, SC, VA, WV
NASA Educator Resource Center (ERC), Cen- Virginia Air and Space Museum
tro de Recursos de Educação. A rede contém NASA Educator Resource Center
muitas informações para educadores: publica- NASA Langley Research Center
ções, livros de referência, conjuntos de slides, 600 Settler’s Landing Road
fitas de áudio e vídeo, programas de Hampton, VA 23669-4033
videoconferência, programas para computador, Telefone: (757) 727-0900, extension 757
esquemas de aula, e manuais do professor com
atividades. Os educadores podem visualizar, IL, IN, MI, MN, OH, WI
copiar, ou receber materiais da NASA através NASA Educator Resource Cneter
desses três sites. Como cada Centro tem suas pró- Mail Stop 8-1
prias áreas de especialização, os ECRs não são John H. Glenn Research Center at Lewis Field
iguais. Os telefonemas são bem-vindos se você 21000 Brookpark Road
não tiver condições de visitar o Centro que atende Cleveland, OH 44135-3191
sua área geográfica. Fornecemos aqui uma lista Telefone: (216) 433-2017
dos centros com as regiões que atendem:
AL, AR, IA, LA, MO, TN
AK,AZ, CA, HI, ID, MT, NV, OR, UT, WA, WY U.S. Space and Rocket Center
NASA Educator Resource Center NASA Educator Resource Center
Mail Stop 253-2 NASA Marshall Space Flight Center
NASA Ames Research Center P.O.Box 070015
Moffet Field, CA 94035-1000 Huntsville, AL 35807-7015
Telefone: (650) 604-3574 Telefone: (205) 544-5812

64 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale
do Paraíba
MS mas e serviços educacionais da NASA, bem
NASA Educator Resource Center como a um programa de busca que cataloga os
Building 1200 programas educacionais da NASA. Os recur-
NASA John C. Stennis Space Center sos da NASA on-line foram especificamente
Stennis Space Center, MS 39529-6000 projetados para a comunidade educacional e
Telefone: (228) 688-3338 estão destacados, bem como as home pages ofe-
recidas pela NASA em quatro áreas de pesqui-
NASA Educator Resource Center sa e desenvolvimento (incluindo a Tecnologia
JPL Educational Outreach Aeroespacial, Ciências da Terra, Exploração
Mail Stop 601-107 Humana e Desenvolvimento do Espaço, Em-
NASA Jet Propulsion Laboratory presas de Ciência Espacial).
4800 Oak Grove Drive
Pasadena, CA 91109-8099 Visite esse recurso no seguinte endereço ele-
Telefone: (818) 354-6916 trônico:
http://education.nasa.gov
Cidades da Califórnia próximas ao centro
NASA Educator Resource Center NASA Spacelink
NASA Dryden Flight Research Center O NASA Spacelink é um dos recursos eletrôni-
45108 N. 3rd. Street East cos da NASA desenvolvido especificamente
Lancaster, CA 93535 para a comunidade educacional. O Spacelink é
Telefone: (805) 948-7347 uma “biblioteca virtual” na qual arquivos lo-
cais e centenas de links da World Wide Web da
VA e costa leste de MD NASA são organizados de uma maneira famili-
NASA Educator Resource Lab ar aos educadores. Usando o mecanismo de bus-
Educational Complex – Visitor Center Building J-1 ca do Spacelink, os educadores podem procu-
NASA Wallops Flight Facility rar e encontrar informações nessa biblioteca
Wallops Island, VA 23337-5099 virtual independentemente de sua localização
Telefone: (757) 824-2297/2298 dentro da NASA. Eventos especiais, missões e
sites interessantes da NASA também fazem parte
Os centros regionais oferecem melhor acesso do Spacelink como “Hot Topics” e “Cool Picks”.
dos educadores aos materiais da NASA. A
NASA estabeleceu parcerias com universida- O Spacelink é o site oficial das versões eletrô-
des, museus e outras instituições educacionais nicas dos materiais educacionais da NASA. Os
para servirem como centros regionais em mui- manuais do professor, as dicas, as litografias e
tos estados. Através do CORE você poderá ob- outros materiais são mencionados através de
ter a lista completa desses centros regionais ou referências cruzadas dentro do Spacelink. O
eletronicamente no site do Spacelink da NASA: Spacelink também abriga a programação de TV
http://spacelink.nasa.gov do canal NASA Television Education. Os pro-
dutos educacionais da NASA podem ser
Home Page Educacional da NASA acessados pelo endereço: http://
A Home Page educacional da NASA serve como spacelink.nasa.gov/products.
uma entrada cibernética para os programas e
serviços educacionais da NASA para educado- Os educadores também podem aprender sobre
res e alunos em todo território norte-america- os produtos educacionais da NASA assinando
no. Esse diretório de informações oferece deta- o Spacelink EXPRESS. O Spacelink EXPRESS
lhes específicos e pontos de contato para todos é uma lista de correio eletrônico que informa
os esforços educacionais da NASA e os escri- os assinantes por e-mail quando novas publica-
tórios regionais. ções da NASA tornam-se disponíveis no
Spacelink.
Os educadores e alunos que utilizam esse site
têm acesso a uma visão abrangente dos progra- O Spacelink pode ser acessado através do
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPAÇO - Manual do Professor com Atividades de Ciências e Matemática - Universidade do Vale do
Paraíba 65
seguinte endereço: As entradas ao vivo permeiam toda a progra-
http://spacelink.nasa.gov mação divulgada. Verifique na internet as listas
da programação nos seguintes sites:
Junte-se à lista de e-mail do NASA Spacelink http://www.nasa.gov/ntv/ - Home Page da
EXPRESS e receba os anúncios de materiais NASA TV
novos e oportunidades para educadores. Nosso http://www.nasa.gov/ - “Hoje na NASA” e “O
objetivo é informá-lo o mais rápido possível so- que há de novo na NASA TV”
bre novas publicações educacionais da NASA: http://spacelink.nasa.gov/NASA.News/ - Sele-
http://spacelink.nasa.gov/xh/express.html cione “TV Schedules”

NASA Television (NTV) Via satélite – Satélite GE-2, Transponder 9C a


A NASA TV apresenta a cobertura das missões 85 graus de longitude oeste, polarização verti-
do Ônibus Espacial, eventos especiais ao vivo, cal, com freqüência de 3880,0 magahertz (MHz)
shows educacionais interativos, viagens de cam- e áudio de 6,8 MHz – ou através de redes de
po eletrônicas, notícias sobre aviação e espaço ensino à distância e empresas de TV a cabo lo-
e filmagens históricas da NASA. A programa- cais.
ção tem um bloco de 3 horas de Vídeo (notí-
cias), Arquivo, Galeria da NASA e Arquivo de
Para maiores informações sobre a NASA TV,
Educação – começando ao meio dia (horário
entre em contato com:
do leste dos Estados Unidos) e repetido mais
NASA TV
três vezes durante o dia.
Sede da NASA
O Arquivo de Educação apresenta programação Code P-2
para professores e alunos sobre Ciências, Mate- Washington, DC 20546-0001
mática, e Tecnologia, incluindo o NASA...On the Telefone: (202) 358-3572
Cutting Edge, uma série de shows educacionais
ao vivo. O Spacelink também se apresenta na Para maiores informações sobre os shows edu-
NASA TV. Os horários podem ser verificados cacionais ao vivo, entre em contato com:
no endereço: http://spacelink.nasa.gov/ NASA... On the Cutting Edge
NASA.News/ NASA Teaching from Space Program (Progra-
ma da NASA de Ensino a partir do Espaço)
Esses shows interativos ao vivo permite a 308-A, Watkins CITD Building
telespectadores explorarem eletronicamente os Oklahoma State University
centros da NASA e os laboratórios ou qualquer Stillwater, OK 74078-8089
lugar em que astronautas, cientistas e pesquisa- e-mail: edge@aesp.nasa.okstate.edu
dores estejam usando tecnologia aeroespacial
de ponta. A série é gratuita para instituições edu- Como acessar os materiais e serviços
cacionais registradas. Os shows ao vivo e toda educacionais da NASA
a programação da NASA TV podem ser grava-
das e usados em outra ocasião.
EP-1998-03-345-HQ
Este manual serve como guia para acessar uma
Programação diária durante a semana grande variedade de materiais e serviços da
da NASA TV (Horários do Leste dos NASA para educadores. Pode-se pedir cópias
Estados Unidos) através da rede ERC ou eletronicamente via
Arquivo de Galeria da Arquivo de
NASA Spacelink. O NASA Spacelink pode ser
acessado através do endereço: http://
Vídeo NASA Educação
spacelink.nasa.gov
12-1 da tarde 1-2 da tarde 2-3 da tarde
3-4 da tarde 4-5 da tarde 5-6 da tarde
6-7 da tarde 7-8 da noite 8-9 da noite
9-10 da noite 10-11 da noite 11-12 da noite

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do Paraíba

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