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Resumo diário jornais – 14.5.

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Folha
1) Temer, 2 anos - O ímpeto reformista soube se aproveitar, com
habilidade política, do vácuo político-econômico deixado pelo
desastre de Dilma Rousseff (PT). No entanto o envolvimento
em escândalos e o questionamento da legitimidade de seu
mandato acabaram por solapar precocemente seu governo.
Parte do bloco de poder que lhe deu respaldo ainda faz avançar
uma e outra reforma importante no Congresso, mas o imenso
passivo ético abreviou na prática seu breve governo.
2) Merenda indigesta - Operação Prato Feito investiga 65
contratos, que envolvem um total de R$ 1,6 bilhão Preso pela
PF, o prefeito tucano de Mongaguá teve quantia equivalente a
mais de R$ 5 milhões em espécie apreendida em sua casa. Seu
advogado disse que parte da soma correspondia a caixa dois.
Há poucos dias, o deputado estadual Fernando Capez (PSDB),
ex-presidente da Assembleia Legislativa, tornou-se réu sob
acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Ainda que o
esquema de fraudes pareça antigo e suprapartidário, é sem
dúvida sobre os tucanos, à frente do estado há mais de duas
décadas, que deve recair o maior desgaste em razão de mais
esse escândalo deplorável.
Estado
1) A desídia do Congresso – mudança do foro - os ministros do
Supremo pareciam votar uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC), o que é competência do Legislativo, e não
do Judiciário.Parlamentares estão muito aquém do que o
cargo exige. Entretidos com seus interesses, mostram-se
incapazes de detectar agressões ao interesse público quem não
recebeu voto popular não tem direito de legislar nem
competência para isso, assunto próprio do Legislativo, cujos
membros são eleitos pelo voto popular para essa finalidade.
Trata-se de um princípio fundamental. Caso contrário, o povo
se veria privado de seu direito de determinar os rumos do País.
2) Virulência persistente - Levantamento do Instituto Brasileiro
de Economia da Fundação Getúlio Vargas deixa claro o papel
que os benefícios previdenciários tiveram no aumento do custo
do setor público no agravamento da crise. Considerando-se os
gastos com o sistema previdenciário, porém, a evolução das
despesas primárias como proporção do PIB é notável. No
período considerado, elas passam de 12,9% para 18,1% do PIB.
Isso quer dizer que, num período de 30 anos, o custo do
regime previdenciário em vigor após a aprovação da atual
Constituição Federal aumentou o equivalente a 5,2% do PIB. É
importante ressaltar que esse número indica não o custo total
dos benefícios previdenciários, mas o seu aumento entre 1987
e 2016.Controlar o valor real do salário mínimo, a despeito do
custo político que isso implica, resolve parte do problema. O
governo de Michel Temer desistiu do projeto dessa reforma,
mas seu sucessor terá de retomá-lo tão logo tome posse, se
estiver genuinamente disposto a recuperar a capacidade de
investimento do setor público.
3) Enxugando gelo - Regimes especiais de aposentadoria
aumentam a pressão sobre gastos com inativos e complicam as
finanças dos Estados. Eles deixam claro que, mesmo reduzindo
o número de servidores ativos, o que decerto afetou a
qualidade do serviço prestado à sociedade e resultou em algum
prejuízo político para os governantes, as despesas com pessoal
aumentaram.
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjunt
ura/180419_cc_39_financas_publicas_estaduais.pdf
O globo
1) Ajuste necessário - presidente da República, ministros, entre
outros personagens de forma inexorável envolvidos no jogo de
poder e disputas político-partidárias, precisam ser blindados
contra litigâncias de máfé e qualquer pressão originada neste
tipo de embate. O conflito é a norma na democracia, mas a
característica da independência do Judiciário precisa ser
preservada em qualquer circunstância. E no caso de
autoridades, isto é feito destinando acusações contra elas a
instâncias do Judiciário protegidas de qualquer tipo de pressão
espúria., Se considerarmos que combater a impunidade é
básico para a defesa do estado democrático de direito, a
decisão do STF de reduzir a cobertura do foro para deputados
e senadores é positiva. Transferir para a primeira instância
toda denúncia que não tenha ligação com o mandato e a
função do parlamentar é saudável. No caso, o STF tomou uma
decisão consciente, amadurecida depois em longa discussão.
Mas o Congresso delibera sobre uma redução drástica do foro,
e isso também precisa ser considerado, para evitar choque de
poderes.

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