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Governo do Estado do Amazonas

Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino


Departamento de Políticas e Programas Educacionais
Gerência de Educação Escolar Indígena

ETNODESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL VOLTADO À GERAÇÃO RENDA


NA ALDEIA SANTA UNIÃO

Aldeia Santa União – Fonte Boa


2019
PROJETO PIRAYAWARA
Programa de Formação de Professores do Magistério Indígena no Estado do
Amazonas

NOME: Edmar dos Santos


ETNIA: Kokama
ALDEIA: Santa União
ESCOLA QUE ATUA: Escola Municipal Indígena São Miguel
LOCALIDADE: Rio Aua-tiParaná de Cima afluente do Rio Solimões.
MUNICÍPIO: Fonte Boa

Este trabalho foi solicitado pela Gerência


de Educação Escolar Indígena-SEDUC
como requisito para obtenção do diploma
do curso profissionalizante em magistério
indígena.

Aldeia Santa União- Fonte Boa - 2019


“Os nossos pais e avôs ensinavam: mostrando,
vivendo e falando; e os filhos aprendiam vendo,
praticando, ouvindo”
Pe.Justino Sarmento Rezende
Sumário
INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa vem exprimir sobre auto de desenvolvimento


sustentabilidade econômica local. Para trazer essa discussão foi lançado em mão
investigando os valores culturais do povo Kokama.

O povo kokama tem suas auto estima de preservação o meio ambiente. O


sistema econômico mais utilizado pelo povo Kokama, na aldeia Santo União que são
as pescas e de plantios. Essas atividades faz parte de educação indígena, cada
atividade faz que as crianças aprendam as técnicas indígenas acompanhando os
mais velhos da aldeia durante a sua pesca no rio e andando no mato.

No trabalho de pesquisa traz no seu contexto essa técnicas indígenas, onde o


povo Kokama como monitora o tempo de geração de renda para a comunidade nas
pesca e nos plantio e suas organização de trabalho em determinado época de
pescar e de coleta.

Ao decorrer do desenvolvimento do trabalho mais ser mencionada a pesca do


pirarucu acontece no período de setembro e novembro. E como os comunitário se
organizam, fazendo reunião antes de pescar, em grupos de quartos ou mais
pescadores, cada grupo tem sua cota que é dividido para cada pescador, fazendo
isso vão para lagos, chegando nos lagos os pescadores começam o limpar os canos
para as canoas não se atrapalhem quando transportarem o pirarucu, tambaqui e
aruanã para o barco do comprador. Fazendo isso os pescadores vão fazer suas
feitorias para passarem a temporada de pesca do pirarucu, tambaqui e aruanã.

Vale apena salientar que o tema proposto, foi diagnosticado como foco central
para a aldeia um modelo de etnodesenvolvimento sustentável voltado à geração
renda da comunidade indígena Kokama.

Além desta economia desenvolvido, temos uma outra fonte de economia,


considerado como complementos da renda familiar. Que são plantios agrícola
cultivada na roça conforme a tradição do povo Kokama da Aldeia Santa União.

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OBJETIVO GERAL

Fortalecer a importância da preservação do manejo de lago, através dos pescados e


plantios em forma organizada para sustentabilidade do povo indígena kokama da
Santa União.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Realizar levantamento de dados da variedade do pescado nos lagos.

 Promover a atividade coletiva na aldeia Santa União, para importância de


manejo de lago e dos plantios agrícolas.

 Conscientizar povo indígena da aldeia Santa União, na pesca organizada,


através da palestra e de reuniões.

 Elaborar materiais didáticos pedagógicos para incentivarem e valorizarem a


cultura indígena do povo kokama, no empoderamento, na econômica social.

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JUSTIFICATIVA

A escolha da temática é significativa para sensibilizar os comunitários dessa


aldeia, preservar o meio ambiente em que vivem, no sentido de partilha e
comportamento peculiar dos povos indígenas, uma vez que o senso de sensibilidade
faz parte cultural do povo kokama.

Dessa forma, a ideia de preservar os recursos naturais, traz consigo o


compromisso de realizar uma estação que o povo está fortalecendo com a economia
local, pois a maioria do produto extraído que gera renda é oriundo da floresta, lagos;
desse pensamento, esse projeto de pesquisa se fundamenta uma vez que é uma
tentativa de mostrar o potencial econômico que conseguiu com os produtos naturais.

E também mostrar para a comunidade educativa indígena e não indígena


esse contexto disciplinar da maneira que o povo indígena visibiliza simetricamente
ao ambiente.

Portanto esse trabalho de pesquisa traz a nova interpretação através de


desenho ou seja ensaio desenhístico imaginário do povo indígena Kokama. Essa
metodologia usada na pesquisa pode ser visto como pioneiro de metodologia
indígena usa para repassar o conhecimento milenar.

Assim, esse trabalho foi pensado e organizado para esse nível de


pensamento para promover novo critério de etndesenvolvimento e sustentável para
olhar diferenciado no etnoeducacional para desenvolvimento de ensino e
aprendizagem na Aldeia Santa União.

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ETNODESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL VOLTADO À GERAÇÃO RENDA NA
ALDEIA SANTA UNIÃO

Modo de pesca do Pirarucu

Imagem 01- Pirarucu


Fonte: Ilustrado pelo R, Melquides- 2019

Às cinco horas da manhã, todos pescadores vão para o lago, chegando lá


todos reunidos vão atando suas malhadeiras, dando espaço de três metros de
distância para outros pescadores. Assim fica mais fácil a captura de Pirarucu,
enquanto isso os outros pescadores ficam na espera de o pescado boiar na
superfície da água, quando o pirarucu vem à superfície os pescadores estão prontos
para capturar. Assim vão pescando até chegar ao final do lago.

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Imagem 02- Pesca de Pirarucu
Fonte: Ilustrado pelo Edmar -2019
O pirarucu que cair na malhadeira vai ser medido. Se o peixe tiver um metro e
cinquenta, pode ser comercializado, Se o pirarucu tiver menos metros vai ser solto
de volta no lago. Se o pirarucu morrer na malhadeira que não passa na medida o
pirarucu é doado na aldeia ou no município. Cada turma tem seu lance, o pirarucu
que for malhado de uma turma é seu.

UTENSILOS PARA CAPTURAR PIRARUCU

Imagem 03- Instrumento de Pesca


Fonte: Ilustrado pelo R, Melquides- 2019

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Os utensílios mais usados são o arpão, arpueira, hástia que é feito do âmago
de paracuúba. Malhadeira do fio 160 e náilon 120, malha 150.
FEITORIAS

Imagem: 04- Fetoria


Fonte: Ilustrado pelo Edmar -2019

A feitoria é uma cabana, onde os pescadores passam a temporada da pesca.


As feitorias feitas de palha do caranã, urucuri ou cavaçu, retirada da floresta.

A VENDA DO PIRARUCÚ
O pirarucu é negociado com a liderança na aldeia ou com patrão. O preço de
venda varia de 4,00 reais o quilo. Com esse preço o povo kokama da aldeia Santa
União, tem mais prejuízo do que o lucro que não salda nada. Pois os patrões
quando vão pescar já estão endividados. Quando chega no final da pesca tem
pescador que fica endividado. Os patrões só vêm tirar suas riquezas e vão embora,
só voltam na próxima época de pesca.

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Imagem 05- Comercialização do Pescado de Pirarucu
Fonte: Ilustrado pelo Edmar -2019

PROBLEMAS ENFRETADOS
Os patrões querem comprar os produtos da Santa União, mas só querem
comprar fiado. Quando compram fiado e pagam tudo bem, mas quando não pagam
a situação se torna um problema para aldeia. Esse problema é enfrentado todos os
anos.
A PESCA DO ARUANÃ

Imagem 06- Aruanã


Fonte: Ilustrado pelo Edmar -2019

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A pesca do aruanã acontece no mesmo período da pesca do pirarucu. O
aruanã é pescado individualmente, cada pescador compra seus utensílios para
capturar a aruanã. O aruanã é vendido individualmente, cada pescador vende o que
ele conseguiu na pesca. A venda de aruanã custa 1,50 ou 1,00 o quilo.
A PESCA DE TAMBAQUI

Imagem 07- Tambaqui


Fonte: Ilustrado pelo Edmar -2019

A pesca de tambaqui é no período de março a setembro, na aldeia Santa


União do povo Kokama. Só é pescado no mês de agosto e Setembro quando o lago
está seco pronto pescar.

UTENSILO PARA CAPTURAR TAMBAQUI


Os utensílios mais usados na pesca do tambaqui são a malhadeira de fio 24,
malha 125 e anzol e canição, espinhal, arpão, arco e flecha, rede de pesca.

PLANTIO DE BANANA
O plantio da banana é um meio de sustento de cada família, tem roçado de
banana chega a plantar em média, três quadra de banana. Assim sobrevivem na sua
aldeia. Em cada roçado chega a faturar, de cada corte, de seu bananal.

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Imagem 08- Plantio de Banana
Fonte: Ilustrado pelo Edmar -2019

CULTIVADA A BANANA
O plantio da banana é cultivado na terra, planta-se a banana, os homens
roçavam onde vão ser plantadas os pés de banana. Derrubam as árvores maiores,
enquanto terminava os homens terminam de roçar, enquanto as mulheres fazem
cuivarar, assim, cortando os galhos secos para queimar, dessa forma é formado o
roçado. Os plantadores de banana começam a cavar, onde vão ser plantados os pés
de banana.

COMERCIALIZAÇÃO DA BANANA
O povo kokama da aldeia Santa União comercializavam os seus produtos
com os atravessadores que existiam na época. Cada cacho de banana era vendido
conforme sua classificação, o ferrão era cacho grande que é vendido por R$ 3,00 e
o menor vendido por R$ 1,50 e pingo pequeno vendido por R$ 0,50 centavos.
TIPOS DE BANANA.
A banana mais comercializada é a banana prata comprida e pacovã; e cada
tipo de banana tem preço conforme o seu tamanho.

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PLANTIO DE MANDIOCA
O plantio da mandioca é feita no mesmo processo do plantio da banana. Os
homens roçam o lugar, onde vai ser plantado, derrubam as árvores e as mulheres
ajudam cuivarar o roçado. Fazendo a cuivara e queimando depois que estiver limpo,
os homens cavam o buraco as mulheres plantam a mandioca.

Imagem 09- Plantio de Mandioca


Fonte: Ilustrado pelo R, Melquidesr -2019
CULTIVO DA MANDIOCA
Com duas ou três semanas, a roça está pronta, as mulheres, homens e
crianças combinam para limpar no momento de crescimento da a mandioca. A
mandioca é somente para seu consumo e não para serem comercializada.

Imagem 10- Plantio de Mandioca


Fonte: Ilustrado pelo Edmar -2019

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CONCLUSÃO
Este trabalho relata o problemas vivenciado pelo povo Kokama, na Aldeia
Santa União que procura melhorar por meio deste projeto com apoio de lideranças
da aldeia, ressaltando que aproveitam pouco os potencias econômicos das terras
indígenas que existem na região.

O trabalho foi feito na aldeia, mostrando os problemas que povo Kokama vem
sofrendo, desde antes, por falta de conscientização pelo meio econômico da aldeia
Santo União. Apesar do problema que o povo indígena vem sofrendo
economicamente, eles preservam uma grande área ambiental, com mata virgem,
com a fauna e Flora que existem na região.

Assim o povo Kokama da aldeia quer valorizar através do incentivo pelo


projeto Pirayawara que trouxe nova expectativa inovadora de formação dos
professores indígenas. Que as informações do trabalho possam levar as
informações e promoções de ensino e aprendizagem para jovens e adultos da Aldeia
Santa União do povo Kokama.

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FONTE DE PESQUISA
Projeto Pirayawara.
Resolução 05/2012.
Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas/Ministério da Educação e
do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998.

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