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Fisiologista alemão, nascido em 1832 e falecido em 1920, é considerado o
fundador da Psicologia experimental. Licenciou-se em Medicina pela
Universidade de Heidelberg e deu, em 1862, o primeiro curso de
Psicologia científica, área que na época era considerada um ramo da
Filosofia. Wundt dedicou-se a definir a Psicologia como uma disciplina
independente, capaz de estabelecer ligação entre as ciências naturais e
as sociais. Na Universidade de Leipzig, criou o primeiro instituto de
Psicologia experimental dotado de laboratórios. Fundou a influente
revista PhylosophischeStudien (1881) e publicou diversos estudos.

 

Neurologista austríaco, nasceu em 1856, em Freiberg, Morávia (actual República Checa), e
morreu em 1939, em Londres. Freud fundou a Psicanálise e esta teoria teve um grande
efeito na psicologia e na psiquiatria. Publicou, em colaboração
com JosefBreuer, Estudos sobre a Histeria (1895); obra que
contém a apresentação pioneira do método psicanalítico da livre
associação. Desenvolveu teorias que dizem respeito a uma
camada profunda da nossa mente: o inconsciente e a forma
como este influenciam as acções dos homens. As principais
obras de Freud são: A Interpretação dos Sonhos (1899), Três
Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905), O Inconsciente
(1915), Introdução à Psicanálise (1916-1917), Psicologia das
Massas e Análise do Ego (1923), Psicanálise e Teoria da Libido
(1923), Neurose e Psicose (1924). No livro A interpretação dos
Sonhos, Freud analisa a grande complexidade simbólica
subjacente à formação dos sonhos. Em 1905 aparece o seu
estudo mais controverso, no qual Freud apresenta a teoria que
afirma que a repressão da sexualidade infantil está na origem de neuroses em adulto (de
que o complexo de Édipo é um exemplo). Formulou os conceitos de «id», «ego» e
«superego». As suas teorias levaram a uma maior aproximação ao tema da sexualidade. A
partir dele, os comportamentos anti-sociais são compreendidos como um resultado, em
muitos casos, de forças inconscientes.




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Psicólogo norte-americano nascido em 1878, em
Greenville (Carolina do Sul). Completou os seus estudos
académicos na Universidade de Chicago com o
doutoramento sobre a maturação neurológica e
psicológica dos ratos albinos, num estudo realizado sob
a orientação do neurologista H. H. Donaldson e de J.
RowlandAngell.
Watson tornou-se depois investigador em Psicologia
Experimental na Universidade de Chicago e, mais tarde
(entre 1908 e 1920), professor e investigador em
Psicologia Experimental e Comparada na Universidade
John Hopkins, em Baltimore.
Homem e cientista determinado e polémico, Watson
cedo se opôs ao paradigma dominante na psicologia da
sua época, caracterizado por uma grande
preponderância da filosofia e da dimensão consciente.
Como resposta a esta situação, Watson fundou o
behaviourismo, num artigo de 1913, "Psychology as a
BehavioristViewsIt", publicado na PsychologicalReview. Neste artigo, Watson lançou as
bases do que viria a tornar o paradigma principal da psicologia americana nas décadas
seguintes, postulando o estudo experimental e objectivo dos comportamentos dos seres
humanos na relação com os estímulos a que estes são sujeitos. Para Watson, a Psicologia
não devia ter em conta nenhum tipo de preocupações introspectivas, filosóficas ou
motivacionais, mas apenas e simplesmente os comportamentos objectivos, concretos e
observáveis.
Grande defensor da importância da observação dos comportamentos animais nas suas
pesquisas científicas, Watson trabalhou igualmente sobre os comportamentos infantis,área
quase virgem na época, efectuando um conjunto de experiências cujos resultados publicaria
em 1918, na obra PsychologicalCareofInfantandChild (1918). Neste estudo, Watson
efectuou experiências condicionadas, que considerava serem fundamentais para a evolução
do conhecimento no campo da Psicologia experimental e comparada.
A vida académica de Watson terminaria de forma abrupta, em 1920, após o seu divórcio e
segundo casamento serem rodeados de grande polémica e escândalo público. John Broadus
Watson dedicar-se-ia, então, a uma carreira empresarial em publicidade, vindo a falecer em
1958, na cidade de Nova Iorque.
Obrasimportantes de Watson:
1914, Behavior: An Introduction to Comparative Psychology
1919, Psychology from the Standpoint of a Behaviorist
1925, Behaviorism





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Psicólogo suíço, Jean Piaget nasceu a 9 de Agosto de
1896, em Neuchâtel, na Suíça. Revelou-se desde cedo
um homem de interesses vastos colocando um empenho
extraordinário em tudo aquilo que fazia. O seu gosto
pela Zoologia leva-o a elaborar aos dez anos de idade a
sua primeira publicação científica sobre um pardal
albino. Aos quinze anos as suas publicações sobre
moluscos ganharam também uma alta reputação entre
os zoologistas europeus. Na Universidade de
Neuchâtel estudou Zoologia e Filosofia, recebendo o
seu doutoramento em 1918. Apaixona-se rapidamente
pela Epistemologia, Teoria do Conhecimento e percebe
que a Psicologia é uma via científica para elaborar a
Epistemologia Genética.
Piaget estudou sob a alçada de Carl Gustav Jung e
EugenBleuler, ingressando posteriormente na Universidade de Sorbonne em Paris no ano de
1919 permanecendo lá durante dois anos. Neste período criou e administrou testes de
leitura para crianças em idade escolar, mostrando-se sobretudo interessado no tipo de
erros que as crianças davam, o que o levou posteriormente a explorar o processo racional
destas crianças. Em 1921 começou a publicar as suas conclusões e nesse mesmo ano veio
para a Suíça, onde foi convidado por Claparéde, director do Instituto Jean-Jacques
Rousseau, para o posto de Chefe de Trabalhos dando aulas de Psicologia de 1921 a 1925. De
1926 a 1929 foi professor de filosofia na Universidade de Neuchâtel e em 1929 juntou-se
à Faculdade de Genebra como professor de psicologia infantil, permanecendo nesta
instituição até à sua morte. Em 1939 Piaget passou a membro do Conselho Executivo da
UNESCO, e em 1955 estabeleceu o Centro Internacional de Epistemologia Genética em
Genebra tornando-se seu director.
Em mais de cinquenta livros e monografias ao longo da sua carreira, Piaget, continuou a
desenvolver o tema que inicialmente descobriu em Paris "que a mente da criança evolui ao
longo de uma série de estádios até atingir o estado adulto". Piaget vê a criança como
estando a criar e recriar o seu próprio modelo de realidade, atingindo um crescimento
mental por integração de simples conceitos em conceitos de nível mais elevado ao longo de
cada estádio.
Piaget reivindica uma epistemologia genética, uma base estabelecida por natureza para o
desenvolvimento da habilidade da criança para pensar. Traçou quatro estádios nesse
desenvolvimento: o estádio sensório-motor, o estádio pré-operatório, o estádio operatório
concreto e o estádio operatório formal.
No estádio sensório-motor a criança gere os seus próprios reflexos inatos e transforma-os
em acções de prazer ou interesse. Neste período, numa primeira fase, a criança começa a
tomar consciência de si como uma entidade física separada, apercebendo-se
posteriormente que os objectos à sua volta têm uma existência separada e permanente.
No segundo estádio, pré-operatório, a idade da criança encontra-se entre os 2 aos 6/7
anos. Neste momento a criança já deve ser capaz de manipular o seu ambiente simbólico
através das suas representações ou pensamentos acerca do mundo externo. Durante este
estádio a criança aprende a representar os objectos por palavras e a manipular as palavras
mentalmente.
Por volta dos 7 até aos 11/12 anos de idade a criança deve encontrar-se no estádio
operatório concreto. Neste período ocorre o começo da lógica nos processos de

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Médico neurologista e investigador português, nascido
em 1944 e radicado nos EUA desde 1975, é director
do Departamento de Neurologia da Universidade de
Iowa, com categoria de VanAllen Professor e
catedrático, para além de leccionar como Adjunct
Professor no SalkInstitut, em LaJolla, na Califórnia.
No Iowa, com sua mulher, Hanna, promoveu a criação
de uma importante unidade de investigação para o
conhecimento da actividade cerebral e suas relações
com a memória, linguagem, emoções e os mecanismos
de decisão. Trata-se de um dos principais laboratórios
de neurociências cognitivas - relação cérebro-mente -
do mundo científico.
Damásio é também um conhecido conferencista da
especialidade, tendo apresentado comunicações de
grande qualidade em reputadas instituições científicas, seminários e congressos nos EUA.
Desde 1981, é maitre de conferences em neurologia do comportamento na famosa
Universidade de Harvard, no mesmo país. É também membro de diversas academias e
instituições americanas e europeias, como a NationalAcademyofSciences, a
AmericanAcademyofNeurology e a EuropeanAcademyofSciencesandArts, para além da
AcademyofAphasia e da BehavioralNeurologySociety, das quais foi presidente. Desde 1997,
com sua mulher, é membro da NationalAcademyofSciencesandArts.
A sua investigação tem sido determinante na especialidade da neurologia - em que é um dos
mais importantes cientistas do mundo - o que tem proporcionado a António Damásio uma
série de distinções e prémios nos EUA e na Europa. Em 1990 recebeu da American Medical
Association o prémio William Beaumont, sendo agraciado, para além de outros de menor
nomeada, com o GoldenBrainAward em 1995. Neste ano, a revista americana Time dedicou-
lhe uma capa e um artigo de oito páginas. Em Portugal, conjuntamente com sua mulher, foi
distinguido com o Prémio Pessoa em 1992.
São inúmeros os seus artigos publicados em revistas científicas, para além das suas
comunicações em reuniões e congressos internacionais, mas Damásio tem também brilhado
em publicações de maior envergadura e voltadas para um público mais vasto. Uma delas, O
Erro de Descartes, saído do prelo em 1995, foi um êxito de vendas, tendo sido traduzido
para 17 idiomas. No Outono de 1999, lançou o livro, The Feeling ofHappens, cujo título
português é O Corpo e a Emoção na Construção da Consciência, em 2000 o livro O
Sentimento de Si, e em 2003 Ao Encontro de Espinosa e ThePersonwithin: the mental self.
A 22 de Junho de 2005, foi distinguido, em Oviedo, com o Prémio Príncipe das Astúrias de
Investigação Científica e Técnica. O júri justificou a entrega do galardão a António
Damásio pela sua contribuição "essencial na luta contra as doenças de Parkinson e
Alzheimer". O Prémio foi entregue numa cerimónia realizada a 21 de Outubro do mesmo
ano.



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