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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA QUÍMICA

PIBITI/CNPq/UFCG

Relatório Parcial

Dinâmica e Controle de Colunas de Destilação com


Retirada Lateral

Orientador: Prof. Romildo Brito


Orientando: Gilvan Wanderley de Farias Neto

Fevereiro de 2014
Campina Grande - PB
1. INTRODUÇÃO

O processo de separação mais amplamente usado na indústria química é a


destilação. Esta operação unitária é também denominada fracionamento ou destilação
fracionada. A separação dos constituintes está baseada nas diferenças de volatilidade.
Na destilação, uma fase vapor entra em contato com uma fase líquida, e há transferência
de massa do líquido para o vapor e deste para aquele. O líquido e o vapor contêm, em
geral, os mesmo componentes, mas em quantidades relativas diferentes. O líquido está
no seu ponto de bolha e o vapor em equilíbrio no seu ponto de orvalho. Há transferência
simultânea de massa do líquido pela vaporização, e do vapor pela condensação. O efeito
final é o aumento da concentração do componente mais volátil no vapor e do
componente menos volátil no líquido. A vaporização e a condensação envolve os
calores latentes de vaporização dos componentes, e os efeitos térmicos devem entrar nos
cálculos da destilação (Foust, A.S. ; Wenzel, L.A.; Clump, C.W.; Maus, L.; Andersen,
L.B, 1982).

A destilação é um processo de grande custo energético para a indústria. Dados


de 1995 da US DOE (United States Departament of Energy) colunas de destilação
consomem 2,87x1018 J (2,87 milhões de TJ) em um ano que é equivalente ao consumo
continuo de 91 GW ou de 54 milhões de tones de petróleo bruto ( Soave, G.; Feliu, J.
2002).

A alimentação da coluna é realizada em uma região intermediária entre o topo e


a base. A região acima da alimentação é chamada de região de enriquecimento,
enquanto que abaixo da alimentação é chamada de região de esgotamento também
conhecida como região de stripping. Nas coluna de destilição convencional, o vapor que
sai pelo topo da coluna é condensado, pelo condesador e vaso de flash, e parte da
mesma retorna a coluna na forma de líquido frio ou saturado o qual é chamado de
refluxo. O líquido que chega até a base da coluna passa através do refervedor também
chamado de reboiler, onde é vaporizado dando origem ao chamado boilup.
Figura 1 – Esquema de uma destilação convencional.

Existem tambem colunas com retirada lateral, esse tipo de coluna um apresenta
em um dos pratos intermediarios uma retirada de produto, Assim como o componente
mais leve é retirado na corrente de topo e o mais pesado é retirado na corrente de base, o
componente com volatilidade intermediária é removido pela retirada lateral. Uma
retirada lateral na fase líquida é usada quando a volatilidade entre o componente mais
leve e o componente intermediário é bastante grande. Da mesma forma, é usada na fase
vapor quando essa diferença se dá entre o componente intermediário e o componente
mais pesado

Figura 2 – Esquema de uma destilação com retirada lateral


2. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

Esse trabalho consiste na análise de uma coluna de uma unidade industrial; a


referida coluna faz parte da área de recuperação de isobutano e de hexeno, oriundos de
uma reator de polimerização do etileno.

O polietileno é um polímero simples e um dos mais comuns entre os tipos de


plásticos. Sua produção se dá por diferentes processos. Dependendo das condições
reacionais e do catalisador empregado na polimerização, o polietileno produzido pode
ser de baixa densidade, de média, de alta desnsidade e linear de baixa densidade.

A mesma possui 41 estágios sendo o estágio 41 o refervedor. Com uma


alimentação de vapor no estágio 15 e uma alimentação líquida no estágio 16, sendo a
retirada lateral realizada no estágio 30. O fluxograma do processo é mostrado na Figura
2.

Figura 2 – fluxograma do processo

A coluna é alimentada por duas correntes 607A e 612A, o destilado é


direcionado para um trocador de calor onde ocorre a condensação de parte do destilado
que em seguida é encaminhado para um vaso de flash, a corrente de fase líquida oriunda
do flash é bombeada para um splint que divide é mais duas correntes das quais uma
volta para a coluna no estágio 1. A Tabela 1 apresenta alguns dados sobre as correntes
de entradas.

Tabela 1 – Dados das correntes de alimentação.

Componentes (fração mássica) Corrente – 607A Corrente – 612A


Hidrogênio 0,0112316 1,19172E-05
Nitrogênio 0,0041911 0,000655445
Metano 0,00250359 8,93788E-06
Etileno 0,2128887 0,024171
Etano 0,00948876 0,00156413
Propano 0,00110656 0,000557128
Butano 0,0203054 0,0367674
Isobutano 0,7379108 0,9214658
1-Hexeno 0,00033196 0,0109876
Hexano 1,3832E-05 0,000694176
Heptane 1,3832E-05 0,00241919
Água 1,3832E-05 2,08551E-05
Octano 0 0,000357515
2-Metilpentano 0 0,000318784

Vazão Mássica (Kg/hr) 722,96 3356,5


Pressão (atm) 10,63 10,97
Fração de Vapor 0,992347 0
Temperatura (ºC) 37,71 40,61

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. Equilíbrio Líquido-Vapor (ELV)

A análise quantitativa do equilíbrio de fase é baseado na obra de J. Willard Gibbs,


que está presente em todos os textos básicos de termodinâmica. Gibbs mostrou que o
equilíbrio entre as fases exige a igualdade de todos os potenciais químicos de cada
componente em cada fase (Foust, A.S.; Wenzel, L.A.; Clump, C.W.; Maus, L.;
Andersen, L.B, 1982).

3.2. Formulação Matemática

A forma matemática utilizada na modelagem das interações entre a fase gasosa e


a fase líquida é de muita importância, pois se muito simplificado não é capaz de
descrever o comportamento real do processo. Sistemas compostos por espécies de
tamanhos similares, e quimicamente parecidos a baixa pressão obedecem a lei de
Raoult. Segundo a mesma a pressão parcial de um substância 𝑖, 𝑃𝑖 , é diretamente
proporcional a sua composição na fase líquida e como constante de proporcionalidade é
usado pressão de vapor na temperatura do sistema. Segundo a lei de Dalton a pressão
parcial é igual a composição da fase gasosa vezes a pressão total, Assim temos:

𝑦𝑖 𝑃 = 𝑥𝑖 𝑃𝑖𝑆𝑎𝑡 (1)

Onde 𝑃𝑖𝑆𝑎𝑡 é a pressão de vapor , que pode ser determinada através da equação de
Antoine que relaciona a pressão de vapor com a temperatura e constante especificadas
de para cada substancia.

𝐵
𝑃𝑖𝑆𝑎𝑡 = 𝐴 − (2)
𝑇+𝐶

Um outro termo a ser determinando para melhor compreensão do equilíbrio


líquido/vapor é a constante Ki, ou volatilidade relativa, que tem como definição a razão
entre a composição da fase vapor e composição da fase líquida.

𝑦𝑖
𝐾𝑖 = (3)
𝑥𝑖

Embora ela não adicione qualquer coisa ao conhecimento termodinâmico do


equilíbrio liquido/vapor, ela serve como uma medida da “leveza” de uma espécie
constituinte, isto é, de sua tendência para estar na fase vapor. Quando Ki é menor do
que 1, a espécie 𝑖 exibe uma maior concentração na fase líquida, sendo então
considerado um constituinte “pesado”. Além disso, o uso de valores de Ki é conveniente
em cálculos computacionais, permitindo a eliminação de um conjunto de frações
molares {yi} ou {xi} para usar o outro (SMITH, J. M.; Van Ness, H. C.; Abbott, M. M.;
2012).

Como foi dito a lei de Raoult só é aplicável para substancias homologas e a


baixa pressão, caso contrário, existem procedimentos mais elaborados obtidos através
de relações termodinâmicas envolvendo fugacidade e coeficiente de atividade.

No estado de equilíbrio, a temperatura (T), a pressão (P) e os potenciais


químicos das fases são os mesmos segundo Gibbs, assim a fugacidade da fase líquida e
da fase vapor são constante. Este critério de equilíbrio é normalmente utilizado por
engenheiros químicos na resolução de problemas envolvendo equilíbrio de fases, em
substituição da igualdade do potenciais químicos ( Silva, J. I. S., 2012)
𝑓𝑖𝑉 = 𝑓𝑖𝐿 = 𝑓𝑖 (𝑇, 𝑃, 𝑥𝑖 𝑜𝑢 𝑦𝑖 ) (1)

Como visto na Equação 1 a fugacidade é uma função que depende da


temperatura, pressão e composição da fase, variáveis de fácil medição. A fugacidade da
fase vapor é dado pela Equação 2, onde 𝜑𝑖𝑉 é o coeficiente de fugacidade da componente
𝑖 na fase vapor que é função da temperatura e o seu valor é obtido através de relações da
PVT.

𝑓𝑖𝑉 = 𝑦𝑖 𝜑𝑖𝑉 𝑃 (2)

Para o cálculo da fugacidade da fase líquida, existem duas alternativas: uma


baseada no conceito de atividade, expressa pela Equação 3, e outra baseada no fator de
compressibilidade, mostrada na Equação 4 (Sandler, 1989).

𝑓𝑖𝐿 = 𝑥𝑖 𝛾𝑖𝐿 𝑓𝑖 (3)

𝑓𝑖𝐿 = 𝑥𝑖 𝜑𝑖𝐿 𝑃 (4)

O termo 𝛾𝑖𝐿 é o coeficiente de atividade da espécie 𝑖 na fase líquida, que depende


da temperatura e da composição da fase líquida, podendo ser relacionado com a energia
livre de Gibbs em excesso através da Equação 5. 𝑓𝑖 é o coeficiente de fugacidade da
espécie pura que pode ser obtido pela equação (6).

𝜕(𝐺𝑖𝐸 ⁄𝑅𝑇 )
ln(𝛾𝑖𝐿 ) = ( ) (5)
𝜕𝑛𝑖
𝑇,𝑃,𝑛𝑗

𝐿
𝑉 (𝑃−𝑃𝑖 𝑠𝑎𝑡 )
( 𝑖 )
𝑓𝑖 = 𝜑𝑖𝑠𝑎𝑡 𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 𝑒 𝑅𝑇
(6)

𝐺𝑖𝐸 é a energia livre de Gibbs em excesso, R é a constante universal dos gases


ideais.

No ELV podemos igualar as fugacidades, tendo assim dois tipos de


procedimentos o 𝛾 − 𝜑 𝑉 (gamma-phi) e o 𝜑 𝑉 − 𝜑 𝐿 (phi-phi). O procedimento gamma-
phi é obtido através da combinação das Equações 2, 3 e 6. A exponencial é da Equação
6 é fator de correção de Poynting que expressa os desvios da fase líquida devido ao
efeito da pressão ( Silva, J. I. S., 2012).
𝐿
𝑉 (𝑃−𝑃𝑖 𝑠𝑎𝑡 )
( 𝑖 )
𝑦𝑖 𝜑𝑖𝑉 𝑃 = 𝑥𝑖 𝛾𝑖𝐿 𝜑𝑖𝑠𝑎𝑡 𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 𝑒 𝑅𝑇
(7)

Podemos juntar os coeficiente de fugacidade e o fator de correção de Poynting


em um único termo chamado de razão de coeficiente de fugacidade definido pela
Equação 8.

𝐿
𝑉 (𝑃−𝑃𝑖 𝑠𝑎𝑡 )
𝜑𝑖𝑉 (− 𝑖 )
𝑅𝑇
Φ𝑖 = 𝑒 (8)
𝜑𝑖𝑠𝑎𝑡

Assim podemos escrever a Equação (7) da seguinte forma:

𝑦𝑖 Φ𝑖 𝑃 = 𝑥𝑖 𝛾𝑖𝐿 𝑃𝑖𝑠𝑎𝑡 (9)

Para o procedimento 𝜑 𝑉 − 𝜑 𝐿 usamos as Equações 2 e 4 e o conceito de


equilíbrio de fugacidade, e obtemos uma nova relação entre a fase líquida e a fase vapor
expressada pela Equação 10.

𝑦𝑖 𝜑𝑖𝑉 𝑃 = 𝑥𝑖 𝜑𝑖𝐿 𝑃 (10)

A volatilidade relativa K é definido como a Equação 11 para 𝜑 𝑉 − 𝜑 𝐿 e como a


Equação 12 para 𝛾 − 𝜑 𝑉 .

𝜑𝑉 𝛾𝑖𝐿 𝑃𝑖𝑆𝑎𝑡
𝐾𝑖 = (11) 𝐾𝑖 = (12)
𝜑𝐿 Φ𝑖 𝑃

O cálculo do coeficiente de fugacidade utiliza a equação de estado, para a fase


vapor e em baixas pressões não existe muita dificuldade no cálculo da fugacidade pois
existem muitas equações de estado que descrevem com precisão o comportamento da
faze vapor. No caso do coeficiente de fugacidade da fase líquida é necessário uma
equação de estado que seja capaz de descrever tanto o comportamento da fase líquida
como da fase vapor. O cálculo do coeficiente de é feito através da Equação 13, o termo
Z é o fator de compressibilidade da espécie 𝑖.

1 ∞ 𝜕𝑃 𝑅𝑇
ln(𝜑𝑖𝑉 ) = 𝑅𝑇 ∫𝑉 [(𝜕𝑛) − ] − ln 𝑍 (13)
𝑉
A base para os cálculos termodinâmicos é a equação de estado, ela cria uma
relação matemática entre grandezas macroscópicas como pressão, temperatura e volume
molar com estado do sistema termodinâmico, assim nossa equação é função de PVT. A
mais conhecida equação de estado é a lei dos gases ideais que pode ser aplicada para
sistemas a baixa pressão, sua formulação matemática é PV= RT (14), essa equação não
leva em conta o tamanho das moléculas e as interações entre as moléculas. Equações de
estado mais complexas foram desenvolvidas e conseguem descrever o comportamento
de gases reais. As equações Soave-Redlich-Kwong e Peng-Robinson são, atualmente, as
duas equações de estado mais largamente difundidas e usadas na indústria, devido ao
fato de aliarem uma estrutura matemática relativamente simples a uma boa capacidade
preditiva para misturas constituídas por substâncias de caráter apolar ou fracamente
polar (Chvidchenko, 2008).

O modelo usado nesse trabalho foi o Peng-Robinson devido a condições de


operação e as componentes presentes, a equação de estado e os parâmetros desse
modelo são:

𝑅𝑇 𝑎
𝑃= − (15)
𝑉−𝑏 𝑉(𝑉+𝑏)+𝑏(𝑉−𝑏)

A Equação 15 é uma variação da lei dos gases ideais fazendo 𝑎=b=0 é obtido
PV=RT, a constante 𝑏 tem seu valor determinado segundo a Equação 16,onde Tc e Pc é
a temperatura crítica e pressão critica respectivamente.

𝑅𝑇𝑐
𝑏 = 0,0778 (16)
𝑃𝑐

O termo 𝑎 é uma função que depende da temperatura com mostrado na Equação


17, 𝜔 é o fator acêntrico um parâmetro característico da estrutura molecular. O fator
acêntrico para uma espécie química pura é definido em relação a sua pressão de vapor
(SMITH. J. M.; Van Ness. H. C.; Abbott. M. M.; 2012).

2
(𝑅𝑇𝑐 )2 𝑇
𝑎 = 0,45724 [1 + 𝑚 (1 − √𝑇 )] (17)
𝑃𝑐 𝑐

𝑚 = 0,37464 + 1,54226𝜔 − 0,26992𝜔2 (18)


3.3. Estágios, Balanço de Massa e Energia

Para melhor separação das componentes são necessário mais estágios, e para
cada prato ou estágio, se faz necessário realizar os cálculos de balanço de massa e
balanço de energia. Para os cálculos dos balanços considera um prato da coluna como
na Figura 2, onde obrigatoriamente se faz necessário a entrada de duas correntes uma na
fase líquida, Lj-1, e a outra na fase gasosa, Vj+1, assim como duas saídas uma na fase
líquida, Lj, e a outra na fase gasosa, Vj, em alguns caso prato pode ter algumas correntes
adicionais como, uma corrente de alimentação, Fj, e correntes de retiradas seja na fase
gasosa, Wj, ou na fase líquida, Uj, geralmente as retiradas estão no prato do topo e no
prato ou no prato da base e em alguns caso de retirada lateral estão em um estágio
intermediário, pode também ocorre a retirada de calor ou o adicionamento de calor.

Figura 2 – fluxograma generalizado de um estágio

Nesse caso o prato j apresenta as seguintes equações de balanço

𝑥𝑖,𝑗−1 𝐿𝑗−1 + 𝑧𝑖 𝐹𝑗 + 𝑦𝑖,𝑗+1 𝑉𝑗+1 − 𝑦𝑖,𝑗 (𝑉𝑗 + 𝑊𝑗 ) − 𝑥𝑖,𝑗 (𝑈𝑗 + 𝐿𝑗 ) = 0 (19) Balanço por
componente.

𝐻𝐿,𝑗−1 𝐿𝑗−1 + 𝐻𝐹𝑗 𝐹𝑗 + 𝐻𝑉,𝑗+1 𝑉𝑗+1 − 𝐻𝑉,𝑗 (𝑉𝑗 + 𝑊𝑗 ) − 𝐻𝐿,𝑗 (𝑈𝑗 + 𝐿𝑗 ) = 0 (20) Balanço
energético.

𝑦𝑖,𝑗 − 𝑘𝑖,𝑗 𝑥𝑖,𝑗 = 0 (21) Relação de equilíbrio.

∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖 = 1 (22) Somatório das composições da fase líquida.


∑𝑛𝑖=1 𝑦𝑖 = 1 (23) Somatório das composições da fase gasosa.

3.4. Software

O software utilizado para simulação no estado estacionário foi Aspen Plus®, esse
programa possui um banco de dado sobre propriedades e parâmetros das substâncias
cadastradas e modelos termodinâmicos que devem ser escolhido de acordo com o
sistema trabalho, ele realiza os cálculos necessário dos balanços de massa e energia
assim como todos os cálculos termodinâmicos. A utilização de um software para facilita
muito o trabalho pois muitos desse cálculos não apresenta solução analítica e são
necessários métodos números para sua resolução.

Uma das questões mais importantes envolvidos nos cálculos de destilação é a


seleção de um método de propriedade física adequada que irá descrever com precisão o
equilíbrio de fases do sistema de componentes químicos. A biblioteca de Aspen Plus
tem um grande número de métodos alternativos. Alguns dos métodos mais utilizados
são Chao-Seader, van Laar, Wilson, UNIFAC e NRTL (Luyben, William L. 2006).

A definição do modelo no Aspen é importante pois ele é quem vai fornecer as


propriedade, parâmetros e a equação de estado para os cálculos na simulação, a escolha
deve ser feita levando em conta a temperatura, pressão, fases presentes e as
características das substâncias presente. Existem vários modelos como por exemplo
NRTL, UNIQUAC, SRK e Peng-Rob (PR).

3.5. RESULTADOS PARCIAIS

Os dados obtidos com a simulação para o modelo no estado estancionário das


vazões de saída 620B, 630B, 640B e 641B são mostrados na Tabela 2.

Tabela 2 – Dados das correntes de saída.

Componentes (fração mássica) 620B 630B 640B 641B


Hidrogênio 9,1606E-29 1,4918E-48 6,81893E-05 0,00948182
Nitrogênio 2,7218E-23 1,2706E-40 9,01596E-05 0,00590018
Metano 7,7681E-21 1,495E-35 7,76496E-05 0,00190076
Etileno 6,0633E-13 1,6138E-23 0,024507 0,1872136
Etano 1,1793E-12 4,5612E-22 0,00160244 0,00835114
Propano 5,3535E-09 1,0108E-15 0,000575775 0,000993527
Butano 0,00146983 1,0392E-07 0,0371835 0,0231262
Isobutano 0,00439952 7,159E-08 0,9358677 0,7630203
1-Hexeno 0,9473527 0,5596599 5,51154E-06 5,25816E-07
Hexano 0,0399118 0,0529647 6,64997E-08 5,20985E-09
Heptane 0,0061271 0,3021451 5,977E-10 1,7508E-11
Água 1,4935E-06 1,5061E-10 2,19222E-05 1,19294E-05
Octano 0,000118806 0,045297 1,8619E-12 1,9894E-14
2-Metilpentano 0,00061869 0,0399329 7,0963E-11 2,119E-12

Vazão Mássica (Kg/hr) 23,55 26,43 3191,84 837,64


Pressão (atm) 10,27676 10,32999 11,37213 9,020279
Fração de Vapor 1 0 0 1
Temperatura (ºC) 161,122 175,652 36,86083 36,08853

Na corrente da retirada lateral a 620B podemos ver que ela é composta de 94,7%
de 1-hexeno, 4,0% de hexano ambos na forma de vapor. Assim a saída lateral nessa
coluna é capaz de separar o 1-hexeno com grau de pureza elevando e com um
rendimento de 60,1% . O restante do 1-hexeno sai praticamente na corrente 630B como
liquido juntos das substâncias menos voláteis. Pode se ver através da Tabela 2 que os
elementos mais pesado estão presente na retira de baixo na corrente 630B, isso já era de
se esperar devido ao fato de composto mas pesados tem menor volatilidade em geral.

Como visto no fluxograma na Figura 1 o destilado é divido no flash na duas


correntes de saída, 640B e 641B) e na vazão de refluxo, essas vazões são ricas em
compostos leves, a corrente 641B todo o hidrogênio, metano e nitrogênio do processo,
ou seja os composto mais leves, também é composta de 76,3% de isobutano e 18,7% de
etileno na fase de vapor.

O cosumo de energia da coluna de destilação é realizado pelo reboiler ou


refervedor, pois nesse casso o sistema de condensação é feito pelo flash e o trocador de
calor, o consumo do reboiler foi de 461,31 kW.

4. CONCLUSÕES PARCIAIS

O trabalho realizado até agora foi possível obter dados para o estado
estacionário, esse dados podem ser ultilizados para como parâmetros para a proxima
etapa do trabalho, que é o estudo do estado transiente e sistema de controle utilizando o
Aspen Plus Dynamics®.

5. REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHVIDCHENKO, Vitor. Estudo comparativo do desempenho das equações de


estado CPA, SRK e PR na modelagem de sistemas de interesse para a indústria do gás
natural / Vitor Chvidchenko. -- 2008.
FOUST, A.S.; Wenzel, L.A.; Clump, C.W.; Maus, L.; Andersen, L.B. Princípios
das Operações Unitárias. 2ª. Edição, Guanabara Dois, 1982.
LUYBEN, William L. Distillation design and control using Aspen simulation,
Wiley-Interscience (2006).
SANDLER, S. I. Chemical and Engineering Thermodynamics. John Wiley and
Sons, Wiley Series in Chemical Engineering, 1989.
SILVA, José Izaquiel Santos da. Simulação dinâmica de processo destilação
debioetanol em simuladores baseado em equações (EMSO). São Carlos UFSCar, 2012.
SMITH, J. M. (joe Mauk), 1916 – Introdução á termodinâmica da engenharia
química/ J. M. Smith, H. C. Van Ness, M. M. Anbott; tradução Eduardo Mach Queiroz,
Fernando Luiz Pellegrini Pessoa. – [Reimpr]. – Rio de Janeiro : LTC, 2012.
SOAVE, G. and Feliu, J., A Saving Energy in Distillation by Feed Splitting,
Applied Thermal Engineering, 2002.

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