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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA – RJ

DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO E TÉCNICO


COORDENAÇÃO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Disciplina: Computação Aplicada

Prof.: Emilson Damasceno de Andrade

Aluna: Luiza Sancho Vivas de Castro

____________________________________________________________

Prova do 1º
Bim
Gruas
____________________________________________________________
Edificações - CEFET/RJ 2

Rio de Janeiro,
01/12/2010

ÍNDICE

I. Introdução
‣Considerações Gerais

II. Aplicações e Tipos de Grua


‣Gruas Móveis
‣Gruas Fixas
‣Gruas Ascensionais

III. A Escolha Certa

IV. Planejamento das Gruas no Canteiro

V. Normas Técnicas

VI. Equipamentos – Cuidados Necessários


‣Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
‣Gaiola
‣Transporte de Pessoas
‣Equipamentos de Transporte

VII. Bibliografia

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I.INTRODUÇÃO

-Considerações Gerais

A grua – também conhecida por guindaste universal de torre,


ou só guindaste - é um equipamento que foi criado para realizar
transporte vertical e horizontal de cargas em canteiros de obra, com
maior agilidade e segurança dos operários. Por regra geral, são talentos
que contam com poleas acanaladas, contrapesos, mecanismos simples,
etc. para criar vantagem mecânica e conseguir mover grandes ónus. O
sistema é eletrônico e diminui os prazos das obras, pois faz em poucos
minutos o trabalho pesado que vários homens levariam um dia inteiro
para fazer.

Existem muitos tipos de gruas diferentes, a cada uma


adaptada a um propósito específico. Os tamanhos estendem-se desde as
pequenas gruas de horca, usadas no interior das oficinas, gruas torres,
usadas para construir edifícios altos, até as gruas flutuantes, usadas para
construir aparelhos de azeite e para resgatar barcos encalhados.

Também existem máquinas


que não cabem na definição exata de
uma grua, mas se conhecem
geralmente como tais.

II.Aplicações e Tipos de Grua

São muito comuns em obras de


construção, portos, instalações
industriais e outros lugares. Existe
uma grande variedade de gruas,
desenhadas conforme a ação que vão
desenvolver.
A classificação de gruas se dá em:
• MÓVEIS,
• FIXAS,
• ASCENSIONAIS.

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1. Gruas Móveis:
É uma grua montada sobre base metálica com lastro e trucks de
translação que por sua vez se move sobre trilhos, permitindo que todo
conjunto se desloque horizontalmente.

Ao lado podemos ver uma


representação de uma grua móvel.

2. Gruas Fixas:

2.1. Gruas com a Torre e Lança Fixas:


Posicionada no lado externo da edificação,
deve ser estaiada ou presa ao corpo do
edifício. Para desmontar, deve haver espaço no
canteiro para que toda a lança fique no chão após a retirada das peças
da estrutura.

As vantagens desse tipo de grua é que, se comparada às


ascensionais (um tipo de grua, na qual exploraremos mais a frente),
pode ter maior capacidade de carga e tamanho de lança, além de não
interferir no andamento da obra nas lajes. Também pode ser colocada
entre duas torres para atender a ambas em empreendimentos com mais
de uma edificação.

As desvantagens seriam que, por


causa da relação entre peso e altura, necessita
de fundação própria. Dependendo do
tamanho da lança, há mais risco de interferir
nos imóveis vizinhos. A carga horizontal
provocada pelo estaiamento ou
fixação da torre no prédio não pode ser
desconsiderada pelo calculista. Por
fim, tem custo médio mais alto que as
ascensionais, já que possui mais peças. Ao lado, a representação de
uma grua fixa.

2.2. Gruas com a Torre Fixa e a Lança Móvel

A torre desloca-se sobre rodas apoiadas em trilhos. A pequena


"ferrovia" deve ser convenientemente ancorada no solo.

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Uma vantagem é que pode atender a diversos edifícios com


várias torres, a desvantagem é que tem altura limitada.

3. Gruas Ascensionais

A grua ascensional é fixada entre lajes normalmente instalada


dentro do poço do elevador por meio de gravatas metálicas. Ou também
pode ser instalada no interior do prédio, passa por janelas abertas nas
lajes ou pelo poço do elevador. Pode ser necessário executar elementos
que transfiram essa carga extra para os pilares. Normalmente, a grua
tem torre de 6 a 12 m e fica presa em cerca de dois pavimentos abaixo
do último pronto. Para desmontar, é recomendável que se "deite" a lança
sobre uma laje sem obstáculos após a retirada da torre. Caso a lança
fique suspensa sobre, por exemplo, uma caixa d'água, será necessário o
uso de guindastes para a retirada das peças.

(Ao lado, uma representação de


grua ascensional.)

E suas vantagens são: Como


necessita de menos peças que uma grua de
torre fixa, o custo médio torna-se menor. O
posicionamento central na edificação permite
um raio de ação global, principalmente em
empreendimentos com apenas uma torre.
Além disso, serve-se da própria fundação do edifício.

Como desvantagens, temos: se o canteiro não for bem


planejado, o elevador pode ser entregue sem que a grua tenha sido
desmontada. Outra questão é o tamanho da lança. Uma grua ascensional
com lança longa sobrecarrega a estrutura que a sustenta pelo aumento
do peso próprio do equipamento. Esse tipo de grua também exige maior
cuidado de impermeabilização. Muitas vezes, a janela em que é
implantada atravessa o local onde será executada a caixa d'água. Nesse
ponto, haverá concreto com idades diferentes e cuidados de
compatibilização e impermeabilização são importantes para evitar
vazamentos.

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III.A Escolha Certa

Pelo aumento de velocidade e produtividade no transporte de


materiais, o uso da grua pode ser uma medida economicamente correta.
Mas o emprego de peças pré-moldadas de grande porte torna guindastes
ou gruas tecnicamente obrigatórios.

Uma frase, muito comum no pensamento de alguns


construtores, resume bem como a grua é vista por boa parte do setor:
"Não uso porque não tenho verba para isso". Equipamento símbolo de
obras grandiosas com orçamentos generosos, as gruas acabaram não se
disseminando mais justamente pela imagem que possuem. Dissociaram-
se de obras pequenas e médias, em que, supostamente, não há recursos
financeiros para esse tipo de "extravagância".

Excluir sumariamente as gruas, porém, pode ser uma medida


antieconômica. E, para se saber exatamente quais os ganhos e perdas
decorrentes do uso de gruas, é necessário realizar um correto cálculo do
uso do equipamento. "Já vi engenheiro de construtora grande dizer que
comparou a grua com o custo de uma bomba que levasse concreto ao
último pavimento", conta Paulo Melo Alves de Carvalho, diretor de gruas
da Alec (Associação dos Locadores de Equipamentos à Construção Civil).
"Independente do resultado que ele obteve, o cálculo foi equivocado por
não considerar que a grua serve para transportar outras coisas além do
concreto”.

A melhor forma de saber se a grua é ou não viável em uma determinada


obra é elaborando, antes da construção começar, um projeto de canteiro
que inclua logística, transportes internos, pontos de recebimento de
materiais e acessos à obra. Com isso em mãos, o construtor tem
condições de saber o que a grua movimentaria e fazer um comparativo

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de produtividade, perda de materiais e velocidade de execução.

Também é importante analisar cada canteiro como algo único, evitando


generalizações, como uma muito corrente no setor que considera que
uma grua substitui 12 trabalhadores enquanto estiver operando. "Índices
como esse não devem ser aplicados sem que se baseiem nas condições
reais do canteiro", explica Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, professor da
Poli-USP. "Dependendo do caso, esse número pode ser muito maior ou
muito menor."

Além das questões financeiras e gerenciais, há aspectos técnicos que


podem ser determinantes na escolha do meio de transporte vertical da
obra. Por exemplo: se o projeto prevê a adoção de componentes pesados
como painéis, estruturas pré-moldadas ou banheiro pronto, as gruas são
obrigatórias. No sentido oposto, a indisponibilidade desses equipamentos
na região pode levar à escolha de outros sistemas.

IV.Planejamento das Gruas no Canteiro

A fase de planejamento não termina aí. Caso a construtora


defina o uso da grua, deve informar o calculista. Essa necessidade se
deve às cargas que esses equipamentos transmitem ao corpo da
estrutura. Uma grua ascensional pesa, em média, 25 t. No caso de gruas
com torres fixas, prendê-las às lajes resulta em um aumento de cargas
horizontais. Não são raros os casos de necessidade de reforço – mesmo
que temporário – da estrutura.

O consumo de energia também deve ser analisado. Cada grua


consome, em média, 35 kVA/h. Por isso, o uso de duas gruas na mesma
obra pode aproximar a demanda de energia do limite máximo de entrada
instalada pela concessionária. Nesses casos, a construtora deve avisar
previamente a concessionária e fazer uma outra entrada, do tipo
estaleiro.

A última questão gerencial a se considerar é a contratação da

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mão-de-obra. Alguns empreiteiros fazem o preço pela metragem do


empreendimento, desconsiderando que uma grua reduz a quantidade de
trabalhadores no canteiro. "Os benefícios financeiros obtidos com a
redução da mão-de-obra vão direto à empresa subcontratada", alerta
Fábio Martins Garcia, diretor técnico da construtora paulista Conceito. "É
contraditório buscar um sistema pela economia com mão-de-obra e
repassar os ganhos”.

Com o projeto de canteiro definido, já há subsídios para a especificação


adequada do equipamento. Em geral, é analisada a capacidade de carga
e o comprimento da lança. No Brasil, as gruas mais usadas em obras de
edificação têm momento máximo de 360 t.m e lanças que variam entre
20 e 60 m.

As duas características estão interligadas. Um dos fatores que compõe o


cálculo da capacidade de carga é o momento, resultado da multiplicação
da capacidade de carga pela distância da ponta da lança ao eixo central
(a torre). Por isso, uma grua pode erguer materiais mais pesados nas
partes mais próximas da torre. No entanto, a capacidade de carga
também pode ser condicionada pela resistência do conjunto polia-cabo.
Os locadores e fabricantes devem fornecer manuais técnicos que
mostram a capacidade do equipamento em cada situação.

Observação: Os funcionários de gruas estão muito bem remunerados


devido à grande responsabilidade que descansa sobre suas mãos, não só
pelo perigo que entranha elevar pesados ónus sobre pessoas e bens,
senão pelo elevado custo das máquinas e ónus com as que trabalham.

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Um dos principais problemas de uma grua, além de levantar a grande


quantidade de importância, reside em manter o equilíbrio. Em numerosas
ocasiões o único suporte da grua reside em sua base, com a que, através
de diversos artifícios, se desloca o centro de gravidade da máquina e
o peso que sustenta. Uma grua pode ser hidráulica, o que facilita seu
uso, já que é muito prática.

V.Normas Técnicas

> NBR 4309:2009 - Equipamentos de Movimentação de Carga - Cabos de


Aço - Cuidados, Manutenção, Instalação, Inspeção e Descarte.
> NBR 8400:1984 - Cálculo de Equipamento para Levantamento e
Movimentação de Cargas.
> NBR 11436:1988 - Sinalização Manual para Movimentação de Carga
por Meio de Equipamento Mecânico de Elevação.
> NBR 13129:1994 - Cálculo da Carga do Vento em Guindaste.
> NR 18.14.24 - Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção - Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas – Gruas:
18.14.24.1 A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação
devem ficar no mínimo a 3,OOm (três metros) de qualquer obstáculo e
ter afastamento da rede elétrica que atenda orientação da concessionária
local. (118.324-9 / I4)
18.14.24.2 É proibida a montagem de estruturas com defeitos
que possam comprometer seu funcionamento. (118.325-7 / I4)

18.14.24.3 O primeiro estaiamento da torre fixa ao solo deve se


dar necessariamente no 8ø (oitavo) elemento e a partir daí de 5 (cinco)
em 5 (cinco) elementos. (118.326-5 / I4)

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18.14.24.4 Quando o equipamento de guindar não estiver em


operação, a lança deve ser colocada em posição de descanso. (118.327-3
/ I4)

18.14.24.5 A operação da grua deve ser de conformidade com


as recomendações do fabricante. (118.328-1 /I4)

18.14.24.6 É proibido qualquer trabalho sob intempéries ou


outras condições desfavoráveis que exponham a risco os trabalhadores
da área. (118.329-0 / I4)

18.14.24.7 A grua deve estar devidamente aterrada e, quando


necessário, dispor de pára-raios situados a 2,00m (dois metros) acima da
ponta mais elevada da torre. (118.330-3 / I4)

18.14.24.8 É obrigatório existir trava de segurança no gancho


do moitão. (118.331-1 / I4)

18.14.24.9 É proibida a utilização da grua para arrastar peças.


(118.332-0 / I4)

18.14.24.10 É proibida a utilização de travas de segurança para


bloqueio de movimentação da lança quando a grua não estiver em
funcionamento. (118.333-8 / I4)

18.14.24.11 É obrigatória a instalação de dispositivos de


segurança ou fins de curso automáticos como limitadores de cargas ou
movimentos, ao longo da lança. (118.334-6 / I4)

18.14.24.12 As áreas de carga/descarga devem ser delimitadas,


permitindo o acesso às mesmas somente ao pessoal envolvido na
operação. (118.335-4 / I4)

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18.14.24.13 A grua deve possuir alarme sonoro que será


acionado pelo operador sempre que houver movimentação de carga.
(118.336-2 / I4)

18.14.25 Elevadores de Cremalheira

18.14.25.1 Os elevadores de cremalheira para transporte de


pessoas e materiais deverão obedecer as especificações do fabricante
para montagem, operação, manutenção e desmontagem, e estar sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado. (118.654-0 / I4)

18.14.25.2 Os manuais de orientação do fabricante deverão


estar à disposição, no canteiro de obra. (118.655-8/ I4)

VI.Equipamentos – Cuidados Necessários

1. Máquinas, equipamentos e
Ferramentas diversas:

“A operação de máquinas e
equipamentos, que exponham o
operador ou terceiros a riscos, só
pode ser feita por trabalhador qualificado e
identificado por crachá.”

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2. Elevadores de Transporte de Materiais (Gaiola):

“Quando houver irregularidades no elevador de transporte de


materiais, quanto ao seu funcionamento e manutenção, estas deverão
ser anotadas pelo operador em livro próprio e comunicadas, por escrito,
ao responsável da obra.”

3. Transportes de pessoas:

Para o transporte de pessoas, deve-se respeitar normas do Ministério do


Trabalho, tais como a NR-18 :

• “Nos edifícios em construção com 12 ou mais pavimentos, ou altura


equivalente é obrigatória a instalação de, pelo menos, um elevador de
passageiros, devendo o seu percurso alcançar toda a extensão vertical da
obra.”
• “O elevador de passageiros deve ser instalado, ainda, a partir da
execução da 7ª laje dos edifícios em construção com 08 (oito) ou mais
pavimentos, ou altura equivalente, cujo canteiro possua, pelo menos, 30
(trinta) trabalhadores.”
• “Fica proibido o transporte simultâneo de carga e passageiros no
elevador de passageiros.”

4. Equipamentos de Transporte

“Todos os Equipamentos de Movimentação e Transporte de


Materiais e Pessoas só devem ser operados por trabalhador qualificado, o
qual deverá ter sua função anotada em Carteira de Trabalho.”

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Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança – SOBES.

VII.Bibliografia

• http://www.fernandoavilasantos.kit.net/gruas.htm

• http://obratecnica.blogspot.com/2009/10/como-comprar-gruas.html

• http://www.centrallocadora.com.br/aluguel/gruas.html

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Guindaste

• http://detrolhaaengenheiro.wordpress.com/2007/09/03/gruas-
montagem-e-principios-de-funcionamento/

• http://www3.dataprev.gov.br/SISLEX/paginas/05/MTB/18.htm

• http://pt.wikilingue.com/es/Gr%C3%BAa_(m%C3%A1quina)

• http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/5/artigo19825-
1.asp

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