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E-BOOK DO CURSO FORTALECIMENTO DO CORE

A importância do
assoalho pélvico na
saúde da mulher

GABRIELA MIRANDA
A importância do
assoalho pélvico na
saúde da mulher
GABRIELA MIRANDA
CREFITO 162462-F
Assoalho pélvico.
O que é?
Quais são suas
funções?
Assoalho Pélvico. O que é?

É um conjunto de músculos que fazem o


fechamento da estrutura óssea da pelve e
formam uma “rede de sustentação” de
órgãos pélvicos. E durante a gestação,
sustentação do bebê.

Na pelve feminina os músculos do assoalho


pélvico, também conhecidos como períneo,
apresentam 3 orifícios:

uretra que se comunica com a bexiga.

vagina que se comunica com útero.

ânus que se comunica com a porção final


do intestino, o reto.
Nessa imagem ilustrativa de uma pelve e
seus MAP (músculos do assoalho pélvico) 
podemos perceber a “rede” formada por
músculos (em rosa), assim como os
esfíncteres uretral e anal que são
responsáveis pela continência urinária e
fecal, além do órgão sexual, a vagina.
Funções do Assoalho Pélvico. Quais são?

Agora que entendemos o que são os


músculos do assoalho pélvico e um pouco
da sua anatomia, podemos entender as
funções que esses músculos desempenham.
Segundo a ICS (Sociedade Internacional de
Continência) eles possuem funções urinária,
anal e sexual:
 
Suporte dos órgãos (bexiga, útero e
intestino) dentro da cavidade pélvica

Resistir ao aumento de pressão


abdominal

Proporcionar continência de urina, flatos


e fezes pela ação esfincteriana uretral e
anal

Permitir passagem do bebê durante o


parto

Competência sexual e prazer


Percebem a importância do nosso Assoalho
Pélvico frequentemente esquecido por nós?
Por isso precisamos nos preocupar em
fortalecer e funcionalizar esses músculos
para que não tenhamos problemas
decorrentes das disfunções desses
músculos. 

Você sabia?

Estudos mostram que 30% das


mulheres não são capazes de
contrair os músculos do assoalho
pélvico através de comando verbal.
Entre as mulheres que conseguem
contrair, 49% não faz de forma
adequada para gerar ganho de
força. 

Por isso é importante todas as


mulheres realizarem uma avaliação
com um fisioterapeuta pélvico.
CORE (Power House). Qual a sua
importância?

O Assoalho Pélvico faz parte de um sistema


de 4 grupos musculares responsáveis pela
função estabilizadora do tronco e
manutenção da postura.
Na figura acima podemos perceber que esse
“sistema” é formado pelo diafragma
(principal músculo respiratório), músculo
transverso do abdômen (músculo profundo
do abdômen), multífidos e assoalho pélvico.

Por se tratar de um sistema fechado de


grupos musculares é comparado com uma
“casa de força”, e precisa ter todos eles
trabalhando de forma funcional e integrada
para que a sua função, de estabilização, não
seja prejudicada. 

É por esse motivo que manter a respiração


livre e profunda e a postura adequada
dentro do seu eixo são tão importantes para
a manutenção de uma boa saúde perineal.
Gestação
e
parto
Gestação e Parto

Durante a gestação os músculos do CORE


sofrem grande alteração da sua
biomecânica e por esse motivo merecem
atenção durante esse período especial da
vida da mulher.

O diafragma tende a perder mobilidade, o


transverso do abdômen sofre grande
alongamento e enfraquecimento de suas
fibras musculares, com o aumento do
volume abdominal a mulher desloca seu
centro de gravidade para frente e com isso
tende a aumentar a curvatura fisiológica da
coluna, tendendo a uma hiperlordose, dessa
forma colocando os multífidos em maior
tensão.

O assoalho pélvico, por sua vez, sofre


grande sobrecarga em sua “rede de
sustentação”, devido ao grande aumento de
peso em curto período de tempo.
É por esse motivo que durante e após a
gestação, independente da via de parto, a
mulher precisa ser acompanhada por uma
fisioterapeuta pélvica.

No parto normal, durante a passagem do


bebê pelo canal vaginal, as fibras musculares
do assoalho pélvico sofrem grande
alongamento e com isso seu
enfraquecimento.
O treinamento e preparação desses
músculos é importante para prevenção das
disfunções do assoalho pélvico e lacerações
perineais.

Você sabia?

A preparação para o parto com


fisioterapia pélvica reduz tempo de
trabalho de parto e reduz tempo de
período expulsivo, melhorando a
consciência corporal da mulher e a
eficácia da realização da força, no
expulsivo, de forma correta. 

A massagem perineal é padrão ouro


na prevenção de lacerações perineais
no parto. 

O estímulo e fortalecimento do
transverso do abdômen durante a
gestação favorece o retorno
espontâneo da diástase fisiológica,
que ocorre durante a gestação.
Disfunções do
assoalho pélvico
Disfunções dos músculos do assoalho
pélvico. Quais são?

É quando os MAP deixam de desempenhar


sua função, ou desempenham de forma
pouco eficaz. Apresentando alteração de
força, controle, coordenação, tônus e
resistência. O fisioterapeuta pélvico é o
profissional qualificado para avaliar e
identificar o funcionamento correto desses
músculos e por qual motivo ocorre a
disfunção e assim tratar e funcionalizar essa
estrutura.

Disfunções miccionais: incontinências


urinárias (definida por TODA perda de urina
que acontece de forma involuntária, ou seja,
em nenhuma fase da vida é normal perder
urina). Sintomas de esvaziamento
incompleto da bexiga, necessidade de
fazer força para iniciar a micção,
gotejamento ao final da micção,
desconforto para urinar, infecção urinária
de repetição.
Disfunções coloproctológica:
incontinências de flatos e fezes, e
constipação.

Disfunções sexuais: Dispareunia (dor


durante relação sexual), Vaginismo
(contração involuntária dos MAP,
impedindo ou dificultando a penetração),
vulvodínia (dor crônica na vulva),
anorgasmia (dificuldade em atingir o
orgasmo).

Prolapsos: É a descida de um dos órgãos


pélvicos pelo introito vaginal.

Disfunções miccionais na infância: Em


crianças, a incoordenação desses
músculos pode causar infecção urinária
de repetição, incontinência urinária
diurna e noturna, aumento ou redução
da frequência urinária.

Instagram: @ftgabrielamiranda
Atenção!
Este material foi elaborado com o objetivo de ser uma fonte de
informação e não substitui a necessidade de orientação profissional
com fisioterapeuta pélvico ou médico.

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