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Fordismo
O norte-americano Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o
taylorismo. Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do
taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando
melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra. Ele adotou
três princípios básicos;
1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e
da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
2) Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em
transformação.
3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período
(produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o
que é
Objetivo do sistema
Declínio do fordismo
Dica de filme:
Após o desenvolvimento do Fordismo nos Estados Unidos, na primeira metade do século XX, o Japão se
encontrou em um cenário totalmente desfavorável à implementação desse sistema de produção. O
Fordismo tinha como característica principal, a produção em massa, sendo necessários enormes
investimentos e uma grande quantidade de mão-de-obra.
Ora, o Japão tinha um pequeno mercado consumidor. Além disso, o país não possui uma grande
quantidade de matérias-prima, inviabilizando assim, o princípio fordista da produção em massa.
Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a
Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de produção só se consolidou como uma filosofia
orgânica na década de 70. O toyotismo possuía princípios que funcionavam muito bem no cenário
japonês, que era muito diferente do americano e do europeu.
O toyotismo tinha como elemento principal, a flexibilização da produção. Ao contrário do modelo fordista,
que produzia muito e estocava essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo ao
máximo os estoques. Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem exatamente no
momento em que ele fosse demandado, no chamado Just in Time. Dessa forma, ao trabalhar com
pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra
característica do modelo japonês: a Qualidade Total.
A crise do petróleo fez com que as organizações que aderiram ao toyotismo tivessem vantagem
significativa, pois esse modelo consumia menos energia e matéria-prima, ao contrário do modelo fordista.
Assim, através desse modelo de produção, as empresas toyotistas conquistaram grande espaço no
cenário mundial.
A partir dessa concepção, o Taylorismo, o trabalho industrial foi fragmentado, pois cada
trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A
organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo de produção passou a ser
cronometrado.
Algumas caracteristicas do Taylorismo:
- Racionalização da produção.
- Economia de mão-de-obra.
- Aumento da produtividade no trabalho.
- Corte de “gestos desnecessários de energia” e de “comportamentos supérfluos” por
parte do trabalhador.
- Acabar com qualquer desperdício de tempo.
Desde então, e cada vez mais, tempo é uma mercadoria, e o trabalhador, que ”vende”
sua mão-de-obra, portanto, seu tempo, tem a incumbência de cumprir com suas tarefas
no menor tempo possível, para que possa produzir mais e mais.
Como pode ser observado no filme clássico “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, o
trabalhador passa a efetuar movimentos repetitivos e bem elementares, com o ritmo
imposto pelas máquinas, e por quem as comandava. Seus supervisores diretos
cronometravam seus movimentos e observavam quais os trabalhadores otimizavam o
próprio tempo, e portanto a produção.
Prêmios eram dados aos trabalhadores com melhor tempo/desempenho. Essa
competição promovida pelos gerentes fez com que a velocidade da produção
aumentasse cada vez mais.
Quando ocorreu a crise de energia nos anos 70, houve um investimento maior das
montadoras em fabricar automóveis de baixo consumo, de modo a atender a
necessidade dos condutores de veículos daquela época. Na década de 80, elas
introduziram o universo da eletrônica no mundo do automóvel.
Na década de 70, em meio a uma crise de capital, o modelo Toyotista espalhou-se pelo
mundo. A idéia principal era produzir somente o necessário, reduzindo os estoques
(flexibilização da produção), produzindo em pequenos lotes, com a máxima qualidade,
trocando a padronização pela diversificação e produtividade. As relações de trabalho
também foram modificadas, pois agora o trabalhador deveria ser mais qualificado,
participativo e polivalente, ou seja, deveria estar apto a trabalhar em mais de uma
função.
+ Kanban (etiqueta ou cartão) – método para programar a produção, de modo que o just
em time se efetive.
Embora possa parecer que o modelo toyotista de produção valorize mais o trabalhador
do que os modelos anteriores (fordista e taylorista), tal impressão é uma ilusão. Na
realidade da fábrica, o que ocorre é o aumento da concorrência entre os trabalhadores,
que disputam melhores índices de produtividade entre si. Tais disputas sacrificam cada
vez mais o trabalhador, e tem como conseqüência, além do aumento da produtividade, o
aumento do desemprego. Em suma, a lógica do mercado continua sendo a mesma:
aumentar a exploração de mais-valia do trabalhador.