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CF Constitucional
CF Constitucional
SUMÁRIO
2
8.1 Fenômenos que envolvem uma nova constituição................................................................... 20
8.2 Estrutura da Constituição ......................................................................................................................... 20
8.3 Princípios fundamentais e objetivos da República: ............................................................... 20
8.4 Eficácia das normas constitucionais ................................................................................................... 22
8.4.1 Normas de eficácia plena ......................................................................................................................... 22
8.4.2 Normas constitucionais de eficácia contida .............................................................................. 22
8.4.3 Normas constitucionais de eficácia limitada ............................................................................ 22
9 DIREITOS FUNDAMENTAIS .......................................................................................................................... 23
9.1 Aspectos importantes sobre os direitos fundamentais ........................................................... 23
9.2 Características dos direitos fundamentais ..................................................................................... 25
9.3 Eficácia .................................................................................................................................................................... 25
9.4 Sujeitos de direitos fundamentais ....................................................................................................... 25
9.5 Distinção de direitos humanos e fundamentais ........................................................................ 26
9.6 Relação dos direitos fundamentais com os tratados internacionais .......................... 26
9.7 Garantias dos direitos fundamentais ................................................................................................. 27
9.8 Limitação dos direitos fundamentais ................................................................................................ 27
10 DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE .......................................................................................... 30
10.1 Direito à vida ....................................................................................................................................................... 30
10.2 Direito à Igualdade.......................................................................................................................................... 31
10.3 Direito à Liberdade......................................................................................................................................... 33
10.3.1 Liberdade de expressão ........................................................................................................................... 33
10.3.2 Liberdade de manifestação do pensamento .......................................................................... 33
10.3.3 Liberdade de informação ...................................................................................................................... 34
10.3.4 Liberdade religiosa .....................................................................................................................................36
10.3.5 Liberdade de profissão ............................................................................................................................39
10.3.5 Liberdade de locomoção.......................................................................................................................39
10.3.6 Liberdade de reunião ............................................................................................................................. 40
10.3.7 Liberdade de associação ...................................................................................................................... 40
10.4 Proteção à intimidade e vida privada............................................................................................... 42
10.5 Proteção do domicílio ................................................................................................................................ 42
10.6 Proteção ao sigilo das comunicações ............................................................................................. 43
10.7 Proteção à propriedade ............................................................................................................................ 44
10.8 Propriedade imaterial..................................................................................................................................46
10.8.1 Propriedade intelectual ...........................................................................................................................46
10.9 Garantias Constitucionais ......................................................................................................................... 47
11 DIREITOS SOCIAIS................................................................................................................................................49
3
12 DIREITOS DE NACIONALIDADE ............................................................................................................... 50
13 DIREITOS POLÍTICOS ......................................................................................................................................... 54
13.1 Capacidade eleitoral....................................................................................................................................... 54
13.1.1 Capacidade eleitoral ativa ....................................................................................................................... 54
13.1.2 Capacidade eleitoral passiva ................................................................................................................55
13.2 Inelegibilidades .................................................................................................................................................55
13.2.1 Inelegibilidades Absolutas .....................................................................................................................55
13.2.2 Inelegibilidades Relativas.......................................................................................................................55
13.3 Perda e suspensão dos direitos políticos ........................................................................................ 57
13.3.1 Perda...................................................................................................................................................................... 57
13.3.2 Suspensão ........................................................................................................................................................ 58
14 PARTIDOS POLÍTICOS ......................................................................................................................................59
15 PRINCÍPIOS .............................................................................................................................................................. 62
15.1 Princípio da legalidade................................................................................................................................. 62
15.2 Princípio da reserva legal ...........................................................................................................................63
15.3 Princípio do devido processo legal .....................................................................................................63
15.4 Princípio da inadmissibilidade de provas ilícitas ......................................................................64
16 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO FEDERAL BRASILEIRO ................................................................64
16.1 Conceito ................................................................................................................................................................. 65
16.2 Composição........................................................................................................................................................ 65
16.3 Entes federativos............................................................................................................................................. 66
16.3.1 União Federal.................................................................................................................................................. 66
16.3.2 Estados-Membros ....................................................................................................................................... 67
16.3.3 Municípios ........................................................................................................................................................ 67
16.3.4 Distrito Federal .............................................................................................................................................. 67
16.4 Autonomia dos estados na federação ............................................................................................. 68
16.5 Procedimentos para alteração de estados – membros e municípios ....................... 68
16.5.1 Procedimentos para alteração de estados - membros .................................................... 68
16.5.2 Procedimentos para alteração de municípios ...................................................................... 69
17 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA .............................................................................................................. 71
17.1 TIPOS DE COMPETÊNCIA............................................................................................................................. 71
17.1.1 Competência comum ................................................................................................................................. 71
17.1.2 Competência exclusiva ............................................................................................................................. 72
17.1.3 Competência privativa .............................................................................................................................. 72
17.1.4 Competência concorrente ..................................................................................................................... 72
17.2 Esquema de repartição de competências ..................................................................................... 73
4
17.2.1 Competência da União Federal .......................................................................................................... 73
17.2.2 Competência dos Estados - membros ......................................................................................... 73
17.2.3 Competência dos Municípios.............................................................................................................. 73
17.2.4 Competência do Distrito Federal ..................................................................................................... 74
18 INTERVENÇÃO ...................................................................................................................................................... 75
18.1 Conceito .................................................................................................................................................................. 75
18.2 Quem poderá intervir? ................................................................................................................................. 75
18.3 Intervenção federal ........................................................................................................................................ 76
18.4 Intervenção estadual .................................................................................................................................... 78
18.5 Ação Direta Interventiva ............................................................................................................................. 79
19 PROCESSO LEGISLATIVO .............................................................................................................................. 80
19.1 Emendas constitucionais............................................................................................................................ 82
19.2 Leis complementares e Leis Ordinárias ...........................................................................................84
19.3 Medidas Provisórias....................................................................................................................................... 86
19.4 Decretos ................................................................................................................................................................ 88
19.5 Leis Delegadas .................................................................................................................................................. 89
20 SEPARAÇÃO DE PODERES .......................................................................................................................... 91
20.1 PODER LEGISLATIVO ..................................................................................................................................... 91
20.1.1 Conceito ..............................................................................................................................................................93
20.1.2 Funcionamento e estruturas internas do poder legislativo ..........................................93
20.1.3 Atribuições do legislativo....................................................................................................................... 97
20.1.3.1 Atribuições fiscalizatória ..................................................................................................................... 97
20.1.3.2 Atribuições de julgamentos ............................................................................................................. 97
21 TRIBUNAL DE CONTAS ................................................................................................................................... 98
21.1 Quem será fiscalizado e em quais dimensões? .......................................................................... 99
21.2 Critérios de nomeação ................................................................................................................................ 99
21.3 Resumo ................................................................................................................................................................ 100
21.4 Competência ................................................................................................................................................... 100
21.5 Postura do STF após súmula..................................................................................................................102
22 IMUNIDADE PARLAMENTAR .................................................................................................................. 103
22.1 Imunidade material .................................................................................................................................... 104
22.2 Imunidade formal ....................................................................................................................................... 105
22.3 Foro privilegiado ........................................................................................................................................... 105
23 PODER EXECUTIVO..........................................................................................................................................110
23.1 Vacância ................................................................................................................................................................110
23.1.1 Hipóteses de vacância ............................................................................................................................... 111
5
23.2 Funções do chefe do executivo ............................................................................................................ 111
23.3 Ministros e Ministérios ................................................................................................................................ 113
24 CRIME DE RESPONSABILIDADE ............................................................................................................. 113
24.1 Natureza dos crimes de responsabilidade ................................................................................... 113
24.2 Fases do processo .......................................................................................................................................... 113
24.3 Responsabilidade penal do Presidente da República ........................................................ 114
24.3.1 Foro privilegiado .......................................................................................................................................... 114
24.3.2 Quando o presidente poderá ficar suspenso de suas funções? ................................ 114
24.4 Impeachment de Prefeitos Municipais.......................................................................................... 114
24.5 Competência .................................................................................................................................................... 115
24.5.1 Competência legislativa ........................................................................................................................ 115
24.5.2 Competência nos casos de improbidade administrativa ............................................. 116
24.6 Jurisprudência ................................................................................................................................................. 116
25 PODER JUDICIÁRIO ........................................................................................................................................120
25.1 Órgãos do Poder Judiciário ....................................................................................................................120
25.2 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ...................................................................................................120
25.3 Garantias da Magistratura ...................................................................................................................... 122
25.4 Competência dos tribunais ................................................................................................................... 122
26 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - EMENDA nº 45/2004 ............................................. 123
27 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA........................................................................................................ 125
27.1 Ministério Público .......................................................................................................................................... 125
27.1.1 Garantias institucionais e impedimentos .................................................................................. 125
27.2 Advocacia Pública ........................................................................................................................................ 125
27.3 Advocacia ........................................................................................................................................................... 126
27.4 Defensoria Pública ....................................................................................................................................... 126
28 ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL............................................................................................................. 126
28.1 Ordem econômica e financeira .......................................................................................................... 126
28.2 Ordem social .................................................................................................................................................... 129
28.2.1 Competência ............................................................................................................................................... 130
29 DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS .......................................... 136
30 DIREITO ADMINISTRATIVO CONSTITUCIONAL .......................................................................... 138
30.1 Princípios da administração pública .............................................................................................. 138
30.1.1 Princípio da legalidade .......................................................................................................................... 138
30.1.2 Princípio da Supremacia do interesse público ................................................................... 140
30.1.3 Princípio da Publicidade..................................................................................................................... 140
30.1.4 Princípio da Igualdade/isonomia .................................................................................................... 141
6
30.1.5 Princípio da Impessoalidade ............................................................................................................ 142
30.1.6 Princípio da Moralidade administrativa ................................................................................... 142
30.1.7 Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade ............................................................... 143
30.1.8 Princípio da motivação ......................................................................................................................... 144
30.1.9 Princípio da eficiência ........................................................................................................................... 145
30.1.10 Princípio da Presunção de legitimidade e veracidade ................................................ 145
30.2 Organização da administração pública ....................................................................................... 145
30.2 .1 Centralização ou descentralização ............................................................................................. 146
30.3 Administração pública direta.............................................................................................................. 147
30.3.1 O que é um órgão? ................................................................................................................................... 147
30.3.2 Hierarquia ...................................................................................................................................................... 148
30.3.3 Classificação dos órgãos ...................................................................................................................... 148
30.3.4 Competência ............................................................................................................................................... 149
30.3.5 Personalidade judiciária ...................................................................................................................... 149
30.3.6 Criação de órgãos públicos .............................................................................................................. 150
30.3.7 Hierarquia e competência ................................................................................................................ 150
30.4 Administração pública indireta ......................................................................................................... 152
30.4.1 Entes da Administração Pública .................................................................................................... 153
30.4.2 Controle administrativo das entidades da administração indireta ...................... 155
30.5 Servidores públicos..................................................................................................................................... 156
30.5.1 Diferença entre cargo, emprego e função .............................................................................. 156
30.5.2 Regime jurídico do servidor em sentido amplo ................................................................. 156
30.5.3 Remuneração dos servidores .......................................................................................................... 157
30.5.3.1 Teto remuneratório do serviço público ................................................................................. 158
30.5.4 Processo administrativo disciplinar ............................................................................................ 158
30.5.5 Aposentadoria dos servidores públicos ................................................................................... 159
30.6 Improbidade administrativa ................................................................................................................ 159
30.6.1 Elementos do ato de improbidade administrativa .......................................................... 159
30.6.2 Sanções cabíveis ...................................................................................................................................... 160
30.6.3 Procedimentos ......................................................................................................................................... 160
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................. 161
7
1 TIPOS DE ESTADO
8
1.1 Estado Liberal
1.1.2 Conquistas
→ Revolução industrial;
→ Primeiros problemas trabalhistas;
→ Repressão aos movimentos coletivos;
→ Reconhecimento dos movimentos coletivos;
→ Surgimento de centros urbanos;
→ Críticas de Marx;
→ Atuação de Bismarck;
→ Progressiva atuação do Estado nas áreas social e econômica;
→ Constatação da insuficiência das ideias de liberdade e igualdade formais;
→ Primeira Guerra Mundial;
9
→ Crise de 1929;
→ New Deal;
→ Segunda Guerra Mundial;
→ Doutrinas sociais da Igreja (Rerum Novarum – 1891);
→ Revoluções socialistas Russa e Mexicana, em 1917 e 1919, respectivamente;
→ Constituição de Weimar, em 1919;
→ Utilitarismo reflexivo das elites, i.e., vão-se os anéis, ficam os dedos.
1.2.2 Conquistas
→ Direitos trabalhistas;
→ Direito à educação primária;
→ Direitos previdenciários;
→ Direitos do consumidor;
→ Direitos da criança e do adolescente;
→ Direitos do idoso;
→ Assistência social voltada à emancipação;
→ Direitos da concorrência;
→ Proteção contratual;
→ Igualdade material, i.e., tratamento dos desiguais como desiguais, e não como
iguais. Ex.: tributos, ônus da prova, etc.
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1.2.3 Estado social no Brasil
1.3 Neoliberalismo
2 FORMAS DE GOVERNO
1
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2013.
11
→ Governo constitucional: é aquele que se forma e se desenvolve sob a égide de uma
Constituição, instituindo a divisão do poder em três órgãos distintos e assegurando
a todos os cidadãos a garantia dos direitos fundamentais, expressamente
declarados;
→ Governo absolutista: é o que concentra todos os poderes num só órgão.
Monarquia Tirania
Normais Aristocracia Anormais Oligarquia
Democracia Demagogia
3 SISTEMAS DE GOVERNO
3.1 Presidencialismo
12
3.2 Parlamentarismo
4 FORMAS DE ESTADO
13
cuja composição seja definida em função
delas.
5.1 Conceito
14
→ Constituições codificadas: são aquelas que se acham contidas inteiramente num
só texto, com os seus princípios e disposições sistematicamente ordenados e
articulados em títulos.
→ Constituições legais: são formadas por textos esparsos ou fragmentados -
entretanto, todos escritos. Ex.: a Constituição francesa de 1875.
→ Constituição não escrita (ou costumeira ou ainda consuetudinária): é a aquela
cujas normas não constam de um documento único e solene, baseando-se,
principalmente, nos costumes, na jurisprudência, em convenções e em textos
escritos esparsos. Ex.: Constituição Inglesa.
15
5.1.7 Elementos
6 SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
7 PODER CONSTITUINTE
7.1 Conceito
16
7.2 Titularidade
7.3 Preâmbulo
7.4 Divisões
Subdivisão:
a) Histórico, o verdadeiro poder constituinte originário, estruturado pela primeira vez;
b) Revolucionário: seriam os posteriores ao histórico, rompendo por completo com a
antiga ordem e instituindo uma nova
Características:
→ Formal: é um ato de criação propriamente dito, e atribui roupagem constitucional
a um complexo normativo;
→ Material: o material diz o que é constitucional, materializa e sedimente o que é
uma constituição.
→ Inicial: inaugura uma nova ordem;
→ Autônomo: terão autonomia para a instituição de uma nova ordem.
→ Ilimitado juridicamente: não tem que se preocupar com o direito anterior;
→ Incondicionado e soberano: não tem que se submeter a qualquer forma prefixada
de manifestação;
→ Poder de fato e poder político: caracterizado como uma energia, uma força social,
tem sua natureza como pré-jurídica.
Formas de Expressão:
→ Outorga: caracterizada pela expressão unilateral do agente revolucionário;
→ Assembleia nacional constituinte: nasce com a deliberação da representação
popular.
17
O BRASIL NÃO ADMITE DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMAS Importante!!
CONSTITUIÇÕES ORIGINÁRIAS,
JUSTAMENTE POR SEREM FRUTO DO PODER
CONSTITUINTE ORIGINÁRIO.
Decisão do STF:
Subdivisão:
a) Poder constituinte derivado reformador:
Tem em capacidade de modificar a Constituição, por meio de um
procedimento específico;
Tem natureza jurídica, delimitado juridicamente;
Suas manifestações aparecem em forma de emendas constitucionais (art. 59, I
e art. 60);
O poder de reforma por meio de emendas pode em geral se manifestar a
qualquer tempo, sofrendo limites materiais, circunstanciais, formais e algumas vezes
temporais. Este poder consiste em alterar pontualmente uma determinada matéria
constitucional, adicionando, suprimindo, modificando alínea(s), inciso(s), artigo(s) da
Constituição;
Exemplos: No art. 60 parágrafos 4º e incisos, tem-se as cláusulas pétreas;
Também há impossibilidades de emendar à constituição na vigência do Estado
de defesa, de sítio e intervenção federal.
18
Sua missão é a de estruturar as Constituições dos Estados-membros –
competência que decorre da capacidade de auto-organização (característica dos
sistemas federativos);
Intervém para exercer uma tarefa de caráter nitidamente constituinte, tem um
caráter de complementaridade com relação à Constituição Federal;
Com relação ao âmbito de abrangência do território dos Estados-membros, o
exercício do poder constituinte derivado decorrente, foi concebido às Assembleias
legislativas, conforme estabelece o art. 11 dos ADCT.
19
8 CONSTITUIÇÃO
20
da interpretação e aplicação, os mesmos são também são diretamente aplicáveis.
ÁVILA, 2013.
Importante também referir que o Brasil adota a ideia da força normativa das
normas Constitucionais, ou seja, todas as normas gozam de alguma eficácia
constitucional.
Art. 1º da CF: A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição.
21
8.4 Eficácia das normas constitucionais
22
ATENÇÃO!
As normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação
direta e imediata.
9 DIREITOS FUNDAMENTAIS
23
1ª Dimensão
Os direitos fundamentais de primeira dimensão denominados
como os direitos civis, individuais e políticos surgiram consoantes
às ideias iniciais de constitucionalismo, marcado pelo
ascendente crescimento do pensamento individualista
característico do Estado liberal burguês. Referem-se ao direito de
liberdade dos cidadãos frente ao Estado. Sua esfera de atuação é
definir a área de domínio do Poder Público, e a área de domínio
individual, que não deve sofrer interferência do Estado, apenas o
Estado tem a função de guardião desses direitos. Por isso são
denominadas liberdades negativas e exigem do Estado à
abstenção, a não interferência. Ex.: direitos à vida, à liberdade, à
propriedade e à igualdade perante a lei. SARLET, 2013.
2ª Dimensão
Os direitos de segunda dimensão são os econômicos, sociais e
culturais. Surgiram frente ao impacto causado pela
industrialização e os graves problemas econômicos e sociais que
acompanharam este processo, podendo-se perceber que apenas
o reconhecimento formal dos direitos de igualdade e de
liberdade não é suficiente para garanti-los aos cidadãos. Para
tanto, exigiu-se do Estado uma posição efetiva para minimizar os
problemas sociais, daí seu caráter de dimensão positiva. Caberá
ao Estado outorgar aos cidadãos prestações de cunho
assistencial, propiciando saúde, educação, trabalho e outros. É a
passagem das liberdades formais abstratas para as liberdades
materiais concretas. Além do caráter de direitos de cunho
positivo, que é sua principal característica, trata também das
liberdades sociais, que envolvem a vida em sociedade, tais como:
liberdade sindical, direito de greve, direitos dos trabalhadores.
SARLET, 2013.
3ª Dimensão
A terceira dimensão de direitos, sob a influência das disparidades
de condições entre países, nações desenvolvidas e outras
subdesenvolvidas, desperta a necessidade humanitária, voltada
aos rumos da humanidade como um todo, centra-se na razão da
existência do ser humano, enquanto gênero, não apenas como
indivíduo ou uma pequena coletividade. É uma nova
preocupação concernente ao ser humano no sentido relacional,
em consonância com outros seres humanos, sem barreiras físicas
e econômicas. A essência desse direito está num sentimento
voltado ao bem-estar universal. Obviamente, fala-se dos direitos
de terceira dimensão como direitos de solidariedade,
fraternidade – sua titularidade é indeterminada- de todos. Ex.:
paz, direito das gerações futuras à proteção ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. SARLET, 2013.
24
9.2 Características dos direitos fundamentais
9.3 Eficácia
25
9.5 Distinção de direitos humanos e fundamentais
Note-se que o texto constitucional atual, no seu parágrafo terceiro, diz que
SOMENTE OS TRATADOS INTERNACIONAIS EM MATÉRIA DE DIREITOS HUMANOS
QUE TIVEREM A VOTAÇÃO QUALIFICADA (3/5 em 2 turnos em 2 casas) TERÃO
FORÇA DE EMENDA CONSTITUCIONAL – LOGO, FORÇA DE CONSTITUIÇÃO. Sendo
assim, é possível dizer que há tratados internacionais em matéria de direitos
humanos que não serão considerados direitos fundamentais (pois estes estão na
Constituição). Ante a dogmática do texto constitucional, parece que a Constituição
pretende sim adotar tal distinção que terá implicações práticas relevantes no âmbito
da hierarquia e proteção dessas normas no ordenamento jurídico brasileiro.
Distinção proposta na obra do prof. Ingo Wolfgang Sarlet (A eficácia dos direitos
fundamentais):
Art. 5°, § 2°, CF 1988 diz que "Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte".
Como se vê, a Constituição, em seu art. 5°, §2°, institui um sistema
constitucional aberto - não excluindo outros decorrentes dos tratados internacionais
em matéria de direitos humanos. O catálogo dos direitos elencados no art. 5º é
exemplificativo, não é taxativo, exaustivo, pois encontra-se direitos fundamentais
esparsos na Constituição
Art. 5º, § 3º da CF: "Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais“.
Ou seja, após a EC/45 de 2004, os tratados internacionais aprovados com a
votação acima, equiparam-se às normas de direitos fundamentais, justamente por
ser considerados o nível de uma emenda constitucional.
26
entrariam com força de lei ordinária - ou seja, inferior a Constituição - que era até
então a posição adotada pelo STF), surge a EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004, que
acrescentou um parágrafo 3º ao artigo 5º da CF para dispor que esse status (a
equiparação a dispositivo constitucional) somente será alcançado se o Congresso
Nacional ratificar o respectivo tratado ou convenção, por votação em dois turnos, em
duas casas do congresso, com maioria de três quintos. Contudo, como o tratado era
anterior à emenda, a decisão do STF foi no sentido de considerar os tratados
anteriores a 2004 com força de norma supralegal. (BONAVIDES, 2016)
EXEMPLO:
27
É livre a manifestação do pensamento, VEDADO O ANONIMATO!
ATENÇÃO!
Proporcionalidade
Restrições de ordem externa, ou seja, espécies de “limitações” práticas que serão
analisadas nos casos em concreto, pois a redução deste conteúdo de direito
fundamental se realiza por força de algo que lhe é exterior ao seu próprio conteúdo,
situações fáticas as quais poderão exigir certas restrições. (ÁVILA, Humberto, Teoria
dos Princípios, 2013)
28
Presidente ouve o Conselho da República e Presidente ouve o Conselho da República e o
o Conselho de Defesa Nacional (art. 136, Conselho de Defesa Nacional (art. 137, caput, da
caput, da CF) CF)
Presidente edita diretamente decreto de Presidente solicita autorização ao Congresso
estado de defesa (art. 136, caput, da CF), que Nacional para decretar estado de sítio (art. 137,
tem vigência imediata; após edição da CF), relatando os motivos determinantes
Presidente submete em 24 horas, ao para tanto; Congresso decide por maioria
Congresso Nacional, o decreto para absoluta (art. 137, § único, da CF)
aprovação por maioria absoluta, relatando
os motivos determinantes para tanto (art.
136, § 1º, da CF)
Em caso de recesso, Congresso se reúne em Em caso de recesso, Presidente do Senado
5 dias (art. 136, § 5º, da CF) convoca o Congresso Nacional para se reunir
em 5 dias (art. 138, § 2º, da CF)
Congresso decide sobre ratificação do Congresso Nacional precisa autorizar
decreto em 10 dias (art. 136, § 6º, da CF), se previamente, por maioria absoluta, a
rejeitada cessa o estado de defesa (art. 136, § decretação (art. 137, § único, da CF)
7º, da CF)
Decreto determina: (i) tempo de duração; (ii) Decreto indica: (i) tempo de duração; (ii) as
áreas abrangidas; (iii) medidas adotadas, normas necessárias a sua execução; (iii)
nos termos e nos limites de uma lei garantias constitucionais que ficarão
ordinária (art. 136, § 1º, da CF) suspensas, e, depois de publicado, o Presidente
da República designará (iv) o executor das
medidas específicas e (v) as áreas abrangidas
(art. 138, caput, da CF)
Medidas passíveis de adoção, "dentre Medidas passíveis de adoção (art. 137, I, da CF):
outras" (art. 136, § 1º, da CF): I - obrigação de permanência em localidade
I - restrições aos direitos de: determinada;
a) reunião, ainda que exercida no seio das II - detenção em edifício não destinado a
associações; acusados ou condenados por crimes comuns;
b) sigilo de correspondência; III - restrições relativas à inviolabilidade da
c) sigilo de comunicação telegráfica e correspondência, ao sigilo das comunicações, à
telefônica; prestação de informações e à liberdade de
II - ocupação e uso temporário de bens e imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da
serviços públicos, na hipótese de lei (excluída a difusão de pronunciamentos de
calamidade pública, respondendo a União parlamentares efetuados em suas Casas
pelos danos e custos decorrentes Legislativas, desde que liberada pela respectiva
Mesa – art. 139, § único, da CF);
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços
públicos;
VII - requisição de bens
→ Art. 137, II, da CF: Cabe ao próprio decreto
indicar discricionariamente quais direitos serão
restringidos, e como esses direitos serão
restringidos
29
Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado,
determinada pelo executor da medida, será
por este comunicada imediatamente ao
juiz competente, que a relaxará, se não for
legal, facultado ao preso requerer exame de
corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de
declaração, pela autoridade, do estado
físico e mental do detido no momento de
sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa
não poderá ser superior a dez dias, salvo
quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do
preso.
Tempo de duração do estado de defesa não O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não
será superior a trinta dias, podendo ser poderá ser decretado por mais de trinta dias,
prorrogado uma vez, por igual período, se nem prorrogado, de cada vez, por prazo
persistirem as razões que justificaram a sua superior; no caso do inciso II, poderá ser
decretação (art. 136, § 2º, da CF) decretado por todo o tempo que perdurar a
guerra ou a agressão armada estrangeira (art.
138, § 1º, da CF)
Congresso Nacional permanece Congresso Nacional permanecerá em
funcionando enquanto vigorar o estado de funcionamento até o término das medidas
defesa (art. 137, § 6º, da CF) coercitivas (art. 138, § 3º, da CF)
Art. 140 da CF: A Mesa do Congresso Art. 140 da CF: A Mesa do Congresso Nacional,
Nacional, ouvidos os líderes partidários, ouvidos os líderes partidários, designará
designará Comissão composta de cinco de Comissão composta de cinco de seus membros
seus membros para acompanhar e fiscalizar para acompanhar e fiscalizar a execução das
a execução das medidas referentes ao medidas referentes (...) ao estado de sítio.
estado de defesa (...)
Art. 141 da CF: Cessado o estado de defesa Art. 141 da CF: Cessado (...) o estado de sítio,
(...), cessarão também seus efeitos, sem cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos responsabilidade pelos ilícitos cometidos por
cometidos por seus executores ou agentes. seus executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de Parágrafo único. Logo que cesse o estado de
defesa ou o estado de sítio, as medidas defesa ou o estado de sítio, as medidas
aplicadas em sua vigência serão relatadas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo
pelo Presidente da República, em Presidente da República, em mensagem ao
mensagem ao Congresso Nacional, com Congresso Nacional, com especificação e
especificação e justificação das justificação das providências adotadas, com
providências adotadas, com relação relação nominal dos atingidos e indicação das
nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.
restrições aplicadas.
30
permitido a legítima defesa, sendo possível que em norma da defesa de sua própria
vida, seja possível tirar a vida do outro.
Nesta dimensão, engloba-se o direito à integridade física e moral: isso pois o
corpo constitui um bem vital que é necessário a manutenção da vida humana. Ex:.
da doação de órgãos.
Vedação à tortura: Art. 5º, inciso III, da CF. OBS: Constitucionalmente, não se
tem positivado quando inicia a vida humana, não há previsão expressa, muita
embora a legislação ordinária incline-se para diferentes tendências. Ex.: CC direito do
nascituro, CP, quando da concepção. Nem mesmo o final está previsto pela
Constituição, embora seja indicada pela lei de doação de órgãos e tecidos –
utilizando-se o fim da proteção jurídica do direito à vida a morte encefálica.
31
parágrafo 7º, ambos da CF); dispensa do serviço militar para as mulheres em tempos
de paz.
Cabem outras diferenças decorrentes de normas infraconstitucionais? Lei nº
9.029/95 proibindo atestados de gravidez para fins de admissão no emprego; Lei nº
10.714/2003 – telefone para denúncia; Lei Maria da Penha, cotas sociais e raciais, prazo
para aposentadoria, etc.
SÚMULA VINCULANTE 44
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público.
32
ações afirmativas e discute tais questões no âmbito da
justiça distributiva.
Ex.: ADPF 186 (sobre a constitucionalidade de cotas
raciais no ingresso ao ensino superior no brasil foi
considerada constitucional!
Engloba tanto a manifestação do pensamento (art. 5º, incisos IV, da CF) quanto o
direito à informação (art. 5º, inciso XIV c/c art. 220 – comunicação social, ambos da
CF).
Inclui faculdades diversas: comunicação do pensamento, ideias, informações,
expressões não verbais.
Artigo 5ºda CF
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
Formas de expressão:
A liberdade de opinião exterioriza-se pelo exercício das liberdades como:
comunicação, de religião, de expressão intelectual, artística, científica e cultural.
33
Art. 5º, IV: É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato. Quanto a
vedação do anonimato, nestes termos, refere-se a manifestação do pensamento
entre locutores presentes, como de uma pessoa a outra (conversa, diálogo) ou de
uma pessoa para com as outras (palestras, conferências, discursos).
34
outra de caráter público, a CF em seu art. 5º, LXXII, a garantia do remédio
constitucional do habeas data.
Direito de ser informado: enquanto forma de direito de receber informação,
só pode ser investido, reivindicado, diante quando simultaneamente atribui a
outrem o DEVER de informar, que em termos na CF, atribui-se apenas ao Poder
Público, conforme art. 5º, XXXIII, e art. 37, caput.
35
direito fundamental de acesso a informações de interesse pessoal ou coletivo, nos
termos do art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal e das normas de regência
desse direito".
O Tribunal entendeu que o parlamentar, na qualidade de cidadão, não pode ter
cerceado o exercício do seu direito de acesso, via requerimento administrativo ou
judicial, a documentos e informações sobre a gestão pública, desde que não estejam,
excepcionalmente, sob regime de sigilo ou sujeitos à aprovação de Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI). O fato de as casas legislativas, em determinadas
situações, agirem de forma colegiada, por intermédio de seus órgãos, não afasta,
tampouco restringe, os direitos inerentes ao parlamentar como indivíduo. RE
865401/MG, rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 25.4.2018. (RE-865401) Parte 1: Parte
1: (Informativo 899)
36
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída
pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos
conteúdos do ensino religioso.
37
sentido de que a norma impugnada afronta os artigos 5º, IV, VI e IX (2), e 220 (3), da
Constituição Federal (CF). (...)simplesmente inviável se fosse impedido o discurso que
se denomina proselitista. Dessa forma, a liberdade de pensamento inclui o discurso
persuasivo, o uso de argumentos críticos, o consenso e o debate público informado
e pressupõe a livre troca de ideias e não apenas a divulgação de informações.
38
10.3.5 Liberdade de profissão
O art. 5º, XIII, da CF: “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
Note-se que essa é uma norma de eficácia contida, ou seja, não havendo
regulamentação é possível o exercício pleno da profissão. Contudo, a
Constituição previu através da chamada reserva legal, que norma
infraconstitucional poderá trazer exigências ao exercício da profissão.
39
10.3.6 Liberdade de reunião
Art. 5º, inciso XVI, da CF: “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente”.
Art. 5º, XVII, da CF - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de
caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de Cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
O art. 5º, XIX, da CF– trata do encerramento e suspensão das atividades das
associações:
→ Suspensão: é temporária, provisória;
→ Dissolução é definitiva e só OCORRE APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DE
SENTENÇA JUDICIAL QUE DECRETAR A DISSOLUÇÃO.
40
STF: "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em
favor dos associados independe da autorização destes." (SÚM. 629)
→ Judicial;
→ Extrajudicial;
→ Autorização deve ser expressa;
→ Procuração;
→ Decisão em assembleia;
→ Conformidade com o estatuto.
SÚMULA VINCULANTE 40
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é
exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
41
infraconstitucional que determine a sua compulsoriedade. A
Constituição não criou, vetou ou obrigou a sua instituição legal.
Artigo 5°, inciso X, da CF: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação.
Quebra de sigilo e divulgação em site oficial. Os dados obtidos por meio da quebra
dos sigilos bancário, telefônico e fiscal devem ser mantidos sob reserva. Com base
nesse entendimento, o Plenário concedeu mandado de segurança para determinar
ao Senado Federal que retire de sua página na Internet os dados obtidos por meio
da quebra de sigilo determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI). MS
25940, rel. Min. Marco Aurélio, (Informativo 899)
Artigo 5°, inciso XI, da CF: A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
42
Casa para fins constitucionais possui um conceito extremamente amplo, incluindo
locais provisórios, como quartos de hotéis, casas de praia, etc, bem como o local de
trabalho.
Conceito de dia: STF das 6 horas às 18 horas: o não cumprimento gera prova ilícita –
devido ao princípio da proporcionalidade do STF já se aceitaram relativizações
acerca do horário.
A prova coletada sem o respeito à proteção do domicílio, por violar a intimidade ou
privacidade, constitui prova ilícita!
Art. 5º, inciso XII, da CF: É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;
Quebra do sigilo telefônico será sempre utilizada como última medida. A Lei nº
9.296/96 regulamenta e diz que somente é permitido em processos penais:
→ SÓ SERÁ PERMITIDO NOS CRIMES PUNIDOS COM PENA DE RECLUSÃO;
→ fortes indícios de autoria (para reforçar a prova);
→ quando houver insuficiência de provas para a comprovação da autoria.
Quem determina é o juiz competente que também pode fazer de ofício, somente se
o processo estiver em andamento.
43
10.7 Proteção à propriedade
FORMAS DE DESAPROPRIAÇÃO:
1) NECESSIDADE, UTILIDADE E INTERESSE SOCIAL: Art. 5º, inciso XXIV, da CF: a lei
estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
2) INTERESSE SOCIAL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA: Ocorre apenas nas médias
e grandes propriedades improdutivas, sendo que a Indenização é em títulos da
dívida agrária resgatáveis em 20 anos, excetuando-se a indenização pelas
benfeitorias úteis e necessárias.
44
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com
mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento
e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
45
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico
apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será
confiscado e reverterá a fundo especial com destinação
específica, na forma da lei.
PROPRIEDADE AUTORAL
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
IMPORTANTE
X
DIFERENCIAR
PROPRIEDADE INTELECTUAL.
46
Art. 5°, inciso XXV, da CF: No caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
Art. 5º da CF:
(...)
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização
que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra
a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre
outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
47
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do
apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e
moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que
possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em
caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por
sua prisão ou por seu interrogatório policial;
48
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a
lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF: Último posicionamento do STF quanto a
possibilidade de prisão antes do trânsito em julgado da sentença
11 DIREITOS SOCIAIS
49
orientações, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário com
agravo interposto contra acórdão que concluiu pela impossibilidade de extensão aos
policiais civis da vedação do direito à greve dos policiais militares. Prevaleceu o voto
do ministro Alexandre de Moraes. Para ele, a interpretação teleológica dos arts. 9º,
37, VII, e 144 da Constituição Federal (CF) veda a possibilidade do exercício de greve
a todas as carreiras policiais previstas no citado art. 144. Não seria necessário,
ademais, utilizar de analogia com o art. 142, § 3º, IV, da CF, relativamente à situação
dos policiais militares. Esclareceu que a Constituição tratou das carreiras policiais de
forma diferenciada ao deixá-las de fora do capítulo específico dos servidores
públicos. Segundo o ministro, as carreiras policiais são carreiras de Estado sem
paralelo na atividade privada, visto que constituem o braço armado do Estado para
a segurança pública, assim como as Forças Armadas são o braço armado para a
segurança nacional. Diversamente do que ocorre com a educação e a saúde — que
são essenciais para o Estado, mas têm paralelo na iniciativa privada —, não há
possibilidade de exercício de segurança pública seja ostensiva pela Polícia Militar,
seja de polícia judiciária pela Polícia Civil e pela Polícia Federal, na União. Em outras
palavras, não há possibilidade de nenhum outro órgão da iniciativa privada suprir
essa atividade, que, por si só, é importantíssima e, se paralisada, afeta ainda o
exercício do Ministério Público e do próprio Poder Judiciário
12 DIREITOS DE NACIONALIDADE
Brasileiro Nato
O Brasil adotou como primeiro critério para firmar nacionalidade o local onde a
pessoa nasceu – iussolis – CF/88 artigo 12, I, da CF – hipóteses taxativas para adquirir
nacionalidade brasileira.
50
Requisito:
Nascer em território brasileiro. Se os pais estrangeiros estiverem a serviço do país
de origem, em princípio, o indivíduo que nascer no Brasil não será brasileiro nato.
Neste caso, para saber sua nacionalidade deveremos analisar as peculiaridades de
cada situação
A Constituição também adotou um segundo critério, o sanguíneo, para conferir
nacionalidade brasileira para filhos nascidos no estrangeiro de pai OU mãe brasileiros
E quaisquer dos pais esteja a serviço do Brasil.
Outro critério sanguíneo adotado pelo texto da CF/88 refere-se aos casos em
que os pais, quaisquer deles brasileiros, não estão a serviço o Brasil (estão viajando
de férias, por exemplo) e o filho nasce no estrangeiro.
51
A naturalização depende tanto da vontade da pessoa quando da
aquiescência do Estado: agora devemos lembrar que o Estado é soberano, portanto,
discricionariamente decidirá se concederá ou não a cidadania brasileira por
solicitação do estrangeiro ou apátrida.
IMPORTANTE
Não existe naturalização TÁCITA. Só existe naturalização
EXPRESSA que se divide em ordinária ou extraordinária.
Estatuto do Migrante – Lei nº 13445/17, artigo 65: são condições para a concessão da
naturalização: (matéria estudada no direito internacional):
Naturalização extraordinária
art. 12, II, “b”, da CF: “os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Requisitos:
→ Qualquer nacionalidade;
→ Residentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos;
→ Sem condenação penal;
→ Solicitação pelo estrangeiro.
REGRA GERAL: a lei não poderá estabelecer tratamento diferente entre brasileiros
natos e naturalizados, salvo nos casos taxativos expressamente previstos pela CF/88.
52
Art. 5º, LI, da CF: Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso
de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
EXTRADIÇÃO:
NÃO HAVERÁ EXTRADIÇÃO em casos de crime político ou de opinião (art. 5º, LII, da
CF:)
Conselho da República= Art. 89 da CF: VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais
de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República,
dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos
com mandato de três anos, vedada a recondução.
53
Art. 222 da CF: A propriedade de empresa jornalística e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de
pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sede no País.
13 DIREITOS POLÍTICOS
Observar:
INALISTÁVEL: se refere à capacidade ativa, que se reflete na passiva;
INELEGÍVEL: se refere à capacidade passiva, que pode ser absoluta (inelegível para
qualquer cargo) ou relativa (referente a alguns cargos)
.
13.1.1 Capacidade eleitoral ativa
O Voto Direto, Secreto, Universal e periódico é cláusula pétrea (art. 60, §4º, II, da CF).
OBRIGATÓRIO: Maiores de 18 e menores de 70 anos de idade.
FACULTATIVO: Maiores de 16 e menores de 18 anos de idade; analfabetos; Maiores
de 70 anos de idade
54
13.1.2 Capacidade eleitoral passiva
13.2 Inelegibilidades
55
→ Com mais de 10 anos, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará,
automaticamente com a diplomação, à inatividade.
SÚMULA VINCULANTE 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
56
Turma. RE 1128439/RN, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em
23/10/2018.
SÚMULA VINCULANTE 18
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta
a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.
13.3.1 Perda
57
→ CANCELAMENTO DE NATURALIZAÇÃO (caso do brasileiro naturalizado) art. 15, I
e IV, art. 12, §4º, II da CF/88 – cancelamento da naturalização por sentença transitado
em julgado, pois o indivíduo volta à condição de estrangeiro;
→ Descumprimento de obrigação a todos imposta (serviço militar obrigatório, p.e.),
seja a obrigação propriamente dita, seja a alternativa (fixada em lei) no caso da
escusa por força do artigo 5º, VIII, da CF;
→ Perda da nacionalidade pela aquisição de outra (o que ocorre no caso do
brasileiro nato), pois a nacionalidade brasileira é pressuposto para adquirir direitos
políticos.
13.3.2 Suspensão
→ art. 15, II, III e V; art. 17-3 Dec. 3.927/2001 (Tratado de Amizade) e art. 55, II, e §1º, c/c
art. 1º, I, “b” da L.C. 64/1990;
→ Incapacidade Civil Absoluta: casos de interdição;
→ Condenação criminal transitada em julgado: enquanto durarem os efeitos da
condenação;
→ Improbidade Administrativa: Art. 37, §4º, CF/88, sendo declarada apenas através
de Processo Judicial;
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência.
Ementa:
Dá nova redação ao § 1º do art. 81 da Constituição Federal para determinar a
realização de eleição direta aos cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República, na hipótese de vacância desses cargos nos três primeiros anos do
mandato presidencial.
Determina que, ocorrendo a vacância no último ano do período presidencial, a eleição
para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso
Nacional, na forma da lei.
58
14 PARTIDOS POLÍTICOS
59
de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso
gratuito ao tempo de rádio e de televisão
60
legislação prevê que os registros serão realizados “sem
individualização dos doadores”.
Por fim, o caráter oculto das doações eleitorais importa violação
ao art. 17, inciso III, da CF (2), segundo o qual a gestão dos
partidos políticos pressuporá “a prestação de contas à Justiça
Eleitoral”. É imprescindível a individualização dos doadores
tanto na prestação de contas dos partidos quanto na dos
candidatos, como exigência de transparência e efetividade da
própria prestação de contas.
Nesse contexto, o Colegiado ressaltou que o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ao regular as eleições de 2014 pela Resolução
TSE 23.406/2014, já havia reconhecido a exigência de
identificação dos doadores de forma individualizada, com
fundamento na Lei 12.527/2011 (Lei do Acesso à Informação).
Desse modo, a inovação legislativa que permitiu a “doação
oculta” teve nítido propósito de contrariar a jurisprudência do
TSE.
61
direta em que se discutiu a distribuição de recursos do Fundo
Partidário destinados ao financiamento das campanhas
eleitorais voltadas a candidaturas de mulheres para: a) declarar
a inconstitucionalidade da expressão “três”, contida no art. 9º da
Lei 13.165/2015 (1), eliminando o limite temporal até agora
fixado; b) dar interpretação conforme a Constituição ao art. 9º
da Lei 13.165/2015 de modo a equiparar o patamar legal mínimo
de candidaturas femininas (hoje o do art. 10, § 3º, da Lei
9.504/1997, isto é, ao menos 30% de cidadãs), ao mínimo de
recursos do Fundo Partidário a lhes serem destinados, que deve
ser interpretado como também de 30% do montante do Fundo
alocado a cada partido, para as eleições majoritárias e
proporcionais, e fixar que, havendo percentual mais elevado de
candidaturas femininas, o mínimo de recursos globais do
partido destinados a campanhas lhe seja alocado na mesma
proporção; e c) declarar a inconstitucionalidade, por
arrastamento, do § 5º-A e do § 7º do art. 44 da Lei 9.096/1995 (2).
O Colegiado afirmou que, se o princípio da igualdade material
admite as ações afirmativas, utilizar para qualquer outro fim a
diferença estabelecida com o objetivo de superar a
discriminação, ofende o mesmo princípio da igualdade, que
veda tratamento discriminatório fundado em circunstâncias
que estão fora do controle dos indivíduos, como a raça, o sexo,
a cor da pele ou qualquer outra diferenciação arbitrariamente
considerada. Quando da edição da Lei 9.504/1997, os partidos
passaram a ser obrigados a preencher, do número de vagas de
candidaturas, o mínimo de 30% e o máximo de 70% para
candidaturas de cada sexo. Essa desequiparação é compatível
com a Constituição. Seja por força do art. 5º, § 2º, da CF, seja pela
adoção do princípio “pro homine”, o conteúdo do direito à
igualdade é muito semelhante ao direito previsto no art. 2º do
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. Nesse sentido,
determinadas diferenciações, se usadas para corrigir a
discriminação, são legítimas. Em outras palavras, é próprio do
direito à igualdade a possibilidade de uma desequiparação,
desde que pontual e tenha por objetivo superar uma
desigualdade histórica.
15 PRINCÍPIOS
62
Art. 5º, inciso II, da CF: “Ninguém pode ser compelido a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei”. Ou seja: os comandos de proibição (deixar
de fazer) ou de obrigação (fazer) só podem ser veiculados por meio de uma lei, na
falta desta, está permitido. Excluem-se por exemplo desta noção: a tradição e o
costume.
Além da previsão legal é necessária que a lei me obrigue a algo e para isso,
necessita:
→ Aspecto formal: regular procedimento (iniciativa, aprovação, promulgação,
sanção, publicação, vigência);
→ Adequado conteúdo (ser constitucional);
→ A ideia do devido processo legal.
Publicidade dos atos processuais: acesso a quem tiver interesse, controle público
das decisões, transparência em favor da ordem democrática.
63
Inafastabilidade de controle jurisdicional (art. 5º, XXXIV, da CF): completo acesso à
justiça.
As provas obtidas por meios ilícitos contaminam as que são exclusivamente delas
decorrentes; tornam-se inadmissíveis no processo e não podem ensejar a
investigação criminal e, com mais razão, a denúncia, a instrução e o julgamento (CF,
art. 5º, LVI, da CF), ainda que tenha restado sobejamente comprovado, por meio
delas, a autoria e materialidade dos fatos.
SÚMULA VINCULANTE 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório
e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
SÚMULA VINCULANTE 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
64
16.1 Conceito
16.2 Composição
União
Estados Membro Municípios Distrito Federal
Secessão
65
16.3 Entes federativos
66
16.3.2 Estados-Membros
16.3.3 Municípios
No caso brasileiro, Municípios integram o Estado (art. 1º, caput, c/c art. 18, caput,
CF 1988), e como tal, possuem competências constitucionais próprias e originárias,
tanto legislativas quanto de auto-organização político-administrativa, detenho
competências em se tratando de "interesse local" (art. 30, I, CF 1988).
Daí uma grande peculiaridade do federalismo brasileiro: os municípios são
entes federativos e gozam de autonomia.
Poder de organização por lei orgânica.
Autonomia Soberania
67
nota características dos demais entes, haja vista que reflete e representa a ideia de
descentralização, nos limites, é claro, da própria soberania. Assim, a autonomia é a
possibilidade de coordenação desses entes, tanto administrativa, como política e
financeiramente.
incorporação
desmembramento Estado-
para criação membro subdivisão
desmembramento
para anexação
68
INCORPORAÇÃO - União de dois ou mais Estados-membros para formação de um
novo e único Estado-membro – NASCE NOVA PERSONALIDADE JURÍDICA E
DESAPARECEM AS ANTERIORES;
SUBDIVISÃO - Seccionamento do território de um Estado-membro para criação de
dois novos Estado-membros, DESAPARECE A PERSONALIDADE JURÍDICA DO
ESTADO ANTERIOR E NASCEM DUAS NOVAS;
DESMEMBRAMENTO – CASO 1: desmembramento de parte do território de um
Estado-membro para anexação a outro Estado-membro já existente – NO CASO NÃO
SE ALTERAM AS PERSONALIDADES JURÍDICAS; CASO 2: desmembramento de parte
do território para formação ou criação de novo Estado-membro ou Território nessa
porção desmembrada- PERMANECE A PERSONALIDADE JURÍDICA DO ESTADO-
MEMBRO QUE FOI DESMEMBRADO E CRIA-SE UMA NOVA PERSONALIDADE
JURÍDICA.
69
criação
incorporação
ATENÇÃO!
70
17 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA
71
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Parágrafo único. Lei
complementar 140. Competência comum regulamentada por lei complementar.
72
ATENÇÃO: NESSE CASO, LEGISLAÇÃO DE NORMAS GERAIS CRIADAS PELA UNIÃO
APENAS SUSPENDE NO QUE FOR CONTRÁRIA, OU SEJA, MANTÉM VALIDADE AS
NORMAS GERAIS ESTADUAIS DESDE QUE SEJAM COMPATÍVEIS COM A
LEGISLAÇÃO FEDERAL! Ex.: normas sobre a proteção do idoso.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
Exclusiva: art. 21 da CF/88
Comum (cumulativa, concorrente administrativa ou paralela: trata-se de
competências comuns aos 4 entes federativos, art. 23, parágrafo único, da CF.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
Privativa: art. 22 da CF/88. Segundo o parágrafo único, poderiam ser delegadas por
lei complementar, tanto aos Estados quanto ao distrito Federal (art. 32, par. 2º, da CF);
Concorrente/plena: art. 24 caput e parágrafos;
Competência tributária expressa: art. 153 da CF, Competência tributária residual:
art. 154, I, da CF (instituição mediante lei complementar de impostos não previstos
no art. 153 da CF desde que não tenham fato gerador e não sejam cumulativos ou
base de cálculo dos discriminados na CF), Competência tributária extraordinária:
art. 154, II, da CF.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
Comum (cumulativa, concorrente administrativa ou paralela: (trata-se de
competências comuns aos 4 entes federativos) – art. 23, parágrafo único, da CF;
Remanescente: são reservadas aos Estados as competências administrativas que
não lhe sejam vedadas, ou competências que sobrar VIDE art. 25, 2º, da CF.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
Exclusiva: art. 25, caput, da CF;
Remanescente: art. 25, parágrafo 1º, da CF;
Delegada pela União: art. 22, parágrafo único, e incisos, da CF (por lei complementar)
Concorrente: art. 24 (União – normas gerais, Estados – normas específicas)
Suplementar ou plena: art. 24, do parágrafo 1º ao 4º, da CF (em caso de inércia da
União – aí será plena).
Tributária expressa: art. 155 da CF
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
Comum (cumulativa, concorrente administrativa ou paralela: (trata-se de
competências comuns aos 4 entes federativos) – art. 23, parágrafo único, da CF;
Exclusiva: art. 30, III a IX, da CF.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
73
Expressa/exclusiva: art. 29 da CF - capacidade de auto-organização do município-
lei orgânica. Interesse local/exclusiva: art. 30, I da CF;
Suplementar: art. 30, II, da CF – e também art. 24 da CF – principalmente em se
tratando de interesse local. (logo, não há distinção prática entre o art. 30, inciso I e II,
da CF)
Plano diretor: art. 182, parágrafo 1º, da CF - obrigatório para cidades com mais de 20
mil habitantes, para estabelecer plano de política de expansão e desenvolvimento
urbano.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
Expressa: art. 32, caput, da CF – elaboração de lei orgânica;
Remanescente: art. 25, parágrafo 1º, da CF - toda competência que não for vedada,
ao distrito federal estará reservada;
74
Delegada: art. 22, parágrafo único, da CF;
Concorrente: art. 24 da CF;
Suplementar: art. 24, parágrafo 1º ao 4º, da CF - em caso de inércia legislativa- será
então plena
Interesse local: art. 30, I, combinado com art. 32, parágrafo único, da CF;
Competência tributária expressa: art. 155 da CF;
TAREFA DE ESTUDO:
Ler com atenção do art. 21 a 32 da Constituição.
18 INTERVENÇÃO
INTERVENÇÃO
FEDERAL Estadual
art. 34 da CF art. 35 da CF
18.1 Conceito
1) A União somente poderá intervir nos Estados Membros e no Distrito Federal. Art.
34 da CF;
2) Estados poderão intervir nos municípios de seus territórios. Art. 35 da CF;
CASO ESPECIAL: A União poderá intervir diretamente nos municípios, se estes
estiverem dentro do Território Federal. Art. 34 da CF.
75
Excepcionalidade ao princípio da autonomia- HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO
FEDERAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988:
76
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos,
salvo motivo de força maior;
IMPORTANTE "Fundo de Participação dos Municípios" (cf. art. 158, III e IV c/c art.
159, § 3º c/c art. 160 c/c art. 161, II e III, CF 1988). O art. 160, caput,
CF 1988 é expresso ao proibir a retenção dos valores respectivos.
Consequência: no art. 34, VI, "b", CF 1988.
Aqui fala-se em prestar, não é o caso de prestar e ter reprovada as suas contas.
Novamente a conotação de recusa.
77
QUEM PODE PROVOCAR O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA DECRETAR A
INTERVENÇÃO FEDERAL (observar com cuidado o art. 36 e incisos da CF):
1) 34, IV, da CF sobre o caso de COAÇÃO AO PODER LEG/EXEC/JUD: de solicitação
do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coato ou impedido, ou de requisição do
Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
2) ART. 34, VI, da CF no caso de RECUSAR-SE A CUMPRIR ORDEM JUDICIAL: a
ordem será:
→ do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral (no caso de
recusa ao cumprimento de suas próprias decisões);
→ de requisição do Supremo Tribunal Federal (para a recusa dos demais órgãos do
poder judiciário. Ex.: juiz de 1º grau, Tribunal de Justiça, Tribunais regionais Federais,
Tribunal Superior do Trabalho, etc),
3) ART. 34 VI (LEI FEDERAL) E ART. 34 VII - VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS), e no caso de recusa à execução de lei federal:
Procurador-Geral da República que apresentará uma ação direta interventiva junto
ao Supremo Tribunal Federal, art. 36, III, da CF, de provimento, pelo Supremo Tribunal
Federal, de representação do Procurador-Geral da República.
78
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo
Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a
suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.
EM TODOS OS DEMAIS O CONTROLE SERÁ POLÍTICO E EXERCIDO PELO
CONGRESSO NACIONAL!
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as
condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será
submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa
do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia
Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e
quatro horas.
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus
cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
Observar:
Artigo 6° da Lei nº 12.562/11: Apreciado o pedido de liminar ou, logo após
recebida a petição inicial, se não houver pedido de liminar, o relator solicitará
as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado,
que as prestarão em até 10 (dez) dias.
§ 1° Decorrido o prazo para prestação das informações, serão ouvidos,
sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da
República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de 10 (dez) dias.
79
COMPREENDENDO O QUE NÃO PODE FALTAR EM UMA AÇÃO DIRETA
INTERVENTIVA
FEDERAL: Originária do Supremo Tribunal Federal (artigo
Competência 36, III, Constituição Federal).
ESTADUAL: Tribunal de Justiça
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do
Endereçar Supremo Tribunal Federal
ou
Excelentíssimo Desembargador Presidente do Tribunal de
Justiça do Estado....
Partes Legitimidade ativa – Procurador-Geral
Ativa Legitimidade
e passiva - FEDERAL: Estados ou distrito federal.
passiva ESTADUAL: municípios
O que devo FEDERAL: violação dos princípios sensíveis do artigo 34, VII,
suscitar? da CF;
ESTADUAL: art. 35, IV, da CF.
Intimação do Advogado-Geral da União;
A Intimação do órgão ou entidade responsável pela violação ao
princípio constituição sensível, para sua manifestação no
prazo de trinta dias;
Pedido A procedência da ação para declarar o descumprimento de
princípio constitucional sensível;
A determinação para que o Presidente da República por decreto
limite a suspender o ato impugnado, ou caso a suspensão
não restabeleça a normalidade, que decrete a intervenção.
Outros Lei nº 12.562/11 - Art. 3o A petição inicial deverá conter:
I - a indicação do princípio constitucional que se considera
violado ou, se for o caso de recusa à aplicação de lei federal, das
disposições questionadas;
II - a indicação do ato normativo, do ato administrativo, do ato
concreto ou da omissão questionados;
III - a prova da violação do princípio constitucional ou da recusa
de execução de lei federal;
IV - o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial será apresentada em 2 (duas)
vias, devendo conter, se for o caso, cópia do ato questionado e
dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
19 PROCESSO LEGISLATIVO
80
2) Uma fase constitutiva (que 4) Decisória;
compreende a deliberação e sanção), e 5) A revisão.
3) Fase complementar (na qual está Observação: note-se que o autor exclui a
contida a promulgação e publicação) promulgação e publicação
81
Art. 59 da CF: O processo legislativo compreende a elaboração de:
82
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela
maioria relativa de seus membros.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL A eficácia das regras jurídicas produzidas pelo poder
constituinte (redundantemente chamado de "originário") não está sujeita a
nenhuma limitação normativa, seja de ordem material, seja formal, porque provém
do exercício de um poder de fato ou suprapositivo. Já as normas produzidas pelo
poder reformador, essas têm sua validez e eficácia condicionadas à legitimação que
recebam da ordem constitucional. Daí a necessária obediência das emendas
constitucionais às chamadas cláusulas pétreas. [ADI 2.356 MC e ADI 2.362 MC, rel. p/
o ac. min. Ayres Britto, j. 25-11-2010, P, DJE de 19-5-2011.]
VEDAÇÃO A EMENDA:
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de
estado de defesa ou de estado de sítio.
VOTAÇÃO:
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional (LOGO,
SENADO + CÂMARA DOS DEPUTADOS), em dois turnos (EM DUAS VOTAÇÕES) ,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros (É O MAIOR QUÓRUM DE VOTAÇÃO – LEMBRAR QUE NOSSA
CONSTITUIÇÃO É RÍGIDA) .
A Constituição Federal de 1988 não fixou um intervalo temporal mínimo entre os dois
turnos de votação para fins de aprovação de emendas à Constituição (CF, art. 60, §
2º), de sorte que inexiste parâmetro objetivo que oriente o exame judicial do grau de
solidez da vontade política de reformar a Lei Maior. A interferência judicial no âmago
do processo político, verdadeiro locus da atuação típica dos agentes do Poder
Legislativo, tem de gozar de lastro forte e categórico no que prevê o texto da CF. [ADI
4.425, rel. p/ o ac. min. Luiz Fux, j. 14-3-2013, P, DJE de 19-12-2013.]
83
O STF admite a legitimidade do parlamentar – e somente do parlamentar – para
impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no
processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com
disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo. Precedentes do
STF: MS 20.257/DF, Min. Moreira Alves (leading case) (RTJ99/1031rel. p/ o ac. min. Teori
Zavascki, j. 20-6-2013, P, DJE de 18-2-2014
A QUEM CABE?
84
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de
cargos, estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como
normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o
disposto no art. 84, VI, da CF;
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva
ATENÇÃO
Leis Complementares maioria absoluta= metade dos membros + 1 – tem sua
autorização para edição quando à constituição expressamente prever – não podem
ser tratadas por medidas provisórias ou leis delegadas!
Leis Ordinárias maioria simples: metade mais um dos presentes, respeitada a
regra do art. 47 da constituição (ou seja, presentes na sessão a maioria absoluta dos
membros) – conhecida como lei comum tem incidência justamente quando não há
previsão específica!
Não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar, pois ambas têm
objetos distintos.
REQUISITOS:
→ 1% do eleitorado nacional (5% em caso de município);
→ Distribuído em pelo menos 5 Estados da federação;
→ 3/10 dos eleitores em cada um desses Estados;
→ INICIA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS;
→ § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles.
85
19.3 Medidas Provisórias
86
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória,
suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais.
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados
de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada
uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a
votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver
tramitando.
87
resolução e, até mesmo, tratando-se de projetos de lei ordinária,
aqueles que veiculassem temas pré-excluídos, por
determinação constitucional. Em seguida, pediu vista o
Ministro Roberto Barroso. MS 27931/DF, rel. Min. Celso de Mello,
18.3.2015. (MS-27931)
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa (ano em que houver sido
rejeitada), de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua
eficácia por decurso de prazo.
19.4 Decretos
88
DECRETO LEGISLATIVO; exercido pelo congresso nacional conforme suas
competências do art. 49 da Constituição, constituindo ato normativo primário
passível de ação direta de inconstitucionalidade
DECRETO AUTÔNOMO: eles tratariam de temas que inovam, ou seja, não foram
objetos de abordagem pela lei, que silencia sobre as questões reguladas no decreto.
(art. 84, VI EC 32/2001) –
IMPORTANTE!
1) O veto deverá ser expresso (total ou parcial) e poderá ser por questões políticas
e ou jurídicas, enquanto que a sanção poderá ser tácita decorrido o prazo de 15
dias – Pode o veto ser TOTAL OU PARCIAL – POR RAZÕES JURÍDICAS OU POLÍTICAS-
não caberá questionar as razões do veto junto ao poder judiciário!
89
§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de
inciso ou de alínea.
§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República
importará sanção
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados
e Senadores.
§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao
Presidente da República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
votação final.
§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este
não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
90
20 SEPARAÇÃO DE PODERES
LEGISLATIVO
EXECUTIVO
SEPARAÇÃO
DE PODERES
JUDICIÁRIO
NO ÂMBITO FEDERAL SISTEMA BICAMERAL: Art. 44, CF 1988 - "O Poder Legislativo
é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal."
Câmara
Congresso
dos Senado
nacional
Deputados
91
Deputados Senadores Deputados Vereadores
Federais Estaduais
Número
Entre 8 Será número Dependerá do
O número de
(mínimo) e fixo de 3 número de
vereadores
70 (máximo Senadores por Deputados seguirá
Observação: Estado e DF – Estaduais. Art. 27
conforme a
o Tribunal elege-se com determina o
quantidade de
Superior dois suplentes seguinte cálculo:
habitantes,
Eleitoral até o número de tratando de
encaminha 12 deputados
número
aos Tribunais federais, máximo. Como
Regionais multiplica-se por
a EC alterou
eleitorais e três ( x 3).Acima
esses números,
aos partidos de 12 deputados tal situação foi
políticos o federais, a
objeto de
número de fórmula mais
votação nas
vagas a simples é a
casas
serem seguinte: y
legislativas, a
disputadas. (número dos dep.favor ou não da
Estaduais) = x ampliação do
(número de dep. número de
Federais acima
vereadores
de 12) + 24 dentro do
permitido pela
Constituição;
Ver art. 29 da CF.
Mandato 4 anos – não 8 anos- será 4 anos – não 4 anos – não
havendo renovada de havendo limites havendo limites
limites para quatro em para recondução para
recondução quatro anos, recondução
alternadamente,
por um e dois
terços.
Sistema Proporcional Majoritário (mais Proporcional Proporcional
(depende da votado entre os (depende da (depende da
legenda candidatos) legenda legenda
partidária- partidária- partidária-
quoeficiente quoeficiente quoeficiente
eleitoral) eleitoral) eleitoral)
Idade 21 anos 35 anos 21 anos 18 anos
92
→ As competências dos arts. 51 e 52 apesar de trazer o termo PRIVATIVA, é
importante lembrar que são na verdade EXCLUSIVAS, ou seja, não podem ser
delegadas.
20.1.1 Conceito
Art. 57, § 3°, II, CF 1988 "Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara
dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para (...) elaborar
o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas"
Art. 51, III, CF 1988 "Compete privativamente à Câmara dos Deputados (...) elaborar
seu regimento interno"
Art. 52, XII, CF 1988 "Compete privativamente ao Senado Federal (...) elaborar seu
regimento interno„
93
IMPORTANTE:
2) DECISÃO DO STF: (...) o Plenário do STF tem reiteradamente advertido que atos
emanados dos órgãos de direção das Casas do Congresso Nacional, quando
praticados nos estritos limites da competência da autoridade apontada como
coatora e desde que apoiados em fundamentos exclusivamente regimentais, sem
qualquer conotação de índole jurídico-constitucional, revelam-se imunes ao judicial
review, pois - não custa enfatizar - a interpretação incidente sobre normas de índole
meramente regimental, por qualificar-se como típica matéria interna corporis,
suscita questão que se deve resolver, "exclusivamente, no âmbito do Poder
Legislativo, sendo vedada sua apreciação pelo Judiciário" (...).[MS 23.920 MC, rel.
min. Celso de Mello, decisão monocrática, j. 28-3-2001, DJ de 3-4-2001.] Vide MS
25.579 MC, rel. p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, j. 19-10-2005, P, DJde 24-8-2007
MESAS DA CÂMARA FEDERAL, DO SENADO FEDERAL E DO CONGRESSO
NACIONAL
Cada uma das casas legislativa terá composta sua mesa e terão funções
administrativas e de condução/direção dos trabalhos legislativos;
As Mesas têm um papel importante porque podem propor Ação direta de
inconstitucionalidade, ação declaratória de constitucionalidade e arguição de
descumprimento de preceito fundamental, no caso do legislativo federal;
São eleitas para um mandato de 2 anos, vedada a recondução para o mesmo
cargo na eleição posterior;
Não se considera recondução a eleição para o mesmo cargo em legislaturas
diferentes, ainda que sucessivas;
Na constituição das Mesas, deverá ser assegurada a representação proporcional
dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa;
Conforme determina a Constituição, a Mesa do Congresso Nacional será presidida
pelo Presidente do Senado Federal e os demais cargos serão exercidos,
alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados
e no Senado Federal.
94
COMISSÕES TEMPORÁRIAS ESPECIAIS – art.34 Regimento interno da Câmara dos
Deputados- São criadas para dar pareceres a respeito de: a) Proposta de Emenda à
Constituição e projeto de código; b) Proposições que versarem matéria de
competência de mais de três Comissões que devam pronunciar-se, quanto ao
mérito, por iniciativa do Presidente da Câmara ou a requerimento de Líder ou de
Presidente de Comissão Interessada.
95
→ Fato certo e determinado.
Regimento interno Câmara dos Deputados: 35, § 1º: § 1° Considera-se fato
determinado o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem
constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver devidamente
caracterizado no requerimento de constituição da Comissão;
→ não podem ser fatos privados;
→ fatos de competência do ente;
→ pode fatos conexos;
→ não pode fatos genéricos;
→ prazo certo: constituição não diz o que é prazo certo. Deixou para o regimento
interno. 120 dias.
96
20.1.3 Atribuições do legislativo
Funções do
legislativo
Julgamento:
- de contas; Constituinte
- de crimes de (art.60 da CF)
responsabilidade
JULGAMENTO DAS CONTAS DO PRESIDENTE: Art. 49, IX, CF 1988 "É da competência
exclusiva do Congresso Nacional: julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de
governo" COMBINADO COM Art. 84, XXIV (Cabe ao Presidente Prestar). Art. 71, I, CF
97
1988 [Compete ao Tribunal de Contas da União] "apreciar as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento – EMITIR PARECER, NÃO
JULGAR. PAPEL DE CONTROLE EXTERNO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
21 TRIBUNAL DE CONTAS
98
Art. 70 da CF: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.
99
II - dois terços pelo Congresso Nacional.
21.3 Resumo
→ 9 ministros;
→ 1/3, ou seja, 3, serão escolhidos pelo Presidente da República. Um ele poderá
escolher livremente. O outro ele terá de escolher alternadamente entre auditores e
membros do ministério público de contas, a partir de critérios de merecimento e
antiguidade, e a partir de lista tríplice elaborada pelo tribunal;
→ 2/3 escolhidos livremente pelo parlamento;
→ Os Ministros do TCU possuem as mesmas prerrogativas de Ministro do STJ;
→ Os mesmos percentuais se aplicam aos tribunais de contas dos Estados. Ocorre,
contudo, que os Tribunais de Contas Estaduais são formados por conselheiros, e não
ministros, e são em número de 7, e não 9.
21.4 Competência
100
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social
a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
- Inciso V - Contas nacionais das empresas públicas supracionais – caso da Itaipu
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;
- Inciso VI – Recursos repassados para a União a Estados e Municípios
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de
suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias
e inspeções realizadas;
- Inciso VII – Prestar informações
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade
de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;
- VIII – aplicar diretamente as sanções
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
IX – apontamento. Em caso de irregularidades, o tribunal apontará o erro, dando
prazo para a correção.
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; [...] § 1º No caso de contrato, o ato de
sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não
efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão
eficácia de título executivo.
X – sustar diretamente.
Ex.: admissão sem concurso público. O Tribunal de Contas pode sustar qualquer ato.
Importante ler este inciso em conjunto com os § 1 e 2º. No caso de contrato
administrativo, o Tribunal de Contas primeiro vai informar ao Congresso Nacional e
este vai notificar ao Executivo para que tome providências. Se em 90 dias o
Congresso Nacional ou o Poder Executivo nada fizerem, poderá o tribunal de contas
agir diretamente.
101
21.5 Postura do STF após súmula
SÚMULA VINCULANTE 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório
e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
102
Súmula 347 em face da ordem constitucional instaurada com a Constituição de
1988." (MS 25888 MC, Relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento em 22.3.2006, DJ
de 29.3.2006)
22 IMUNIDADE PARLAMENTAR
103
IMUNIDADE MATERIAL
IMUNIDADE FORMAL
(DE FALA)
A garantia da imunidade
material ou
inviolabilidade vigora não Garantia de sustação da ação:
somente no efetivo ART.53 § 3° - SUPREMO TRIBUNAL
exercício do mandato NO FEDERAL recebe a denúncia conta
RECINTO do Congresso Senador ou deputado, por crime
Nacional. Efetivo ocorrido após a DIPLOMAÇÃO e dará
exercício do mandato ciência à Casa respectiva, que, por
também pode significar iniciativa de partido político nela
exercício de atividade representado e pelo voto da maioria
FORA do recinto do de seus membros, poderá, até a
Parlamento (expressão- decisão final, sustar o andamento da
chave: teoria da conexão). ação.
Obs: nos municípios A sustação suspende a prescrição
restringe-se a enquanto durar o mandato!
circunscrição municipal.
TEORIA DA “CONEXÃO”:
DEPOIS DA EMENDA 35/01 - Âmbito ESPACIAL de proteção.
IMPORTANTE
104
Aplica-se a Senadores e Deputados Federais e Estaduais, independente de onde se
encontrem, desde que tal manifestação tenha conexão com o mandato e,
obviamente, não se qualifique como crime.
Aos vereadores, tal imunidade está restrita ao âmbito da circunscrição municipal.
Pontos de restrição;
Para ministro Luís Roberto Barroso: ‘1) O foro por prerrogativa de função aplica-se
apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas.’
i) fixar a competência do STF para processar e julgar os membros do Congresso
Nacional exclusivamente quanto aos crimes praticados após a diplomação,
independentemente de sua relação ou não com a função pública em questão;
105
ii) serem inaplicáveis as regras constitucionais de prerrogativa de foro quanto aos
crimes praticados anteriormente à diplomação ou nomeação, conforme o caso,
hipótese em que os processos deverão ser remetidos ao juízo de 1ª instância
competente, independentemente da fase em que se encontre;
iii) reconhecer a inconstitucionalidade de todas as normas previstas em
constituições estaduais, bem como na lei orgânica do DF, que contemplem
hipóteses de prerrogativa de foro não previstas expressamente na CF, vedada a
invocação de simetria. Nestes casos, os processos deverão ser remetidos ao juízo de
1ª instância competente, independentemente da fase em que se encontram;
iv) estabelecer, quando aplicável a competência por prerrogativa de foro, que a
renúncia ou a cessação, por qualquer outro motivo da função pública que atraia a
causa penal ao foro especial após o encerramento da fase do art. 10 da lei 8.038/90
com a determinação de vista às partes para alegações finais, não altera a
competência para o julgamento da ação penal.
SENDO ASSIM,
106
STF - EM CASO DE PARLAMENTAR RENUNCIAR PARA EXIMIR-SE DO
JULGAMENTO, OU EM CASO DE MANOBRAS PARA DESLOCAR A COMPETÊNCIA E
ASSIM POSTERGAR O JULGAMENTO:
RENÚNCIA NA VÉSPERA DO JULGAMENTO- NÍTIDO INTUITO DE DESLOCAR
COMPETÊNCIA - DECISÃO DO STF: Deputado federal. Renúncia ao mandato. Abuso
de direito: reconhecimento da competência do STF para continuidade do
julgamento da presente ação penal. (...) Renúncia de mandato: ato legítimo. Não se
presta, porém, a ser utilizada como subterfúgio para deslocamento de competências
constitucionalmente definidas, que não podem ser objeto de escolha pessoal.
2
Art. 4º Constituem procedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar, puníveis com a perda do mandato:
I - abusar das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional (Constituição Federal,
art. 55, § 1º);
II - perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividade parlamentar, vantagens
indevidas (Constituição Federal, art. 55, §1º);
III - celebrar acordo que tenha por objeto a posse do suplente, condicionando-a a contraprestação financeira ou à
prática de atos contrários aos deveres éticos ou regimentais dos Deputados;
IV - fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legislativos para alterar o resultado de
deliberação;
VI- omitir intencionalmente informação relevante, ou, nas mesmas condições, prestar informação falsa nas
declarações de que trata o art. 18.
Art. 5º Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis na forma deste Código:
I - perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de comissão;
II - praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa;
III - praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara ou desacatar, por atos ou palavras, outro
parlamentar, a Mesa ou comissão, ou os respectivos Presidentes;
IV - usar os poderes e prerrogativas do cargo para constranger ou aliciar servidor, colega ou qualquer pessoa sobre a
qual exerça ascendência hierárquica, com o fim de obter qualquer espécie de favorecimento;
V - revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara ou comissão hajam resolvido devam ficar secretos;
VI - revelar informações e documentos oficiais de caráter reservado, de que tenha tido conhecimento na forma
regimental;
VII - usar verbas de gabinete em desacordo com os princípios fixados no caput do art. 37 da Constituição Federal;
VIII - relatar matéria submetida à apreciação da Câmara, de interesse específico de pessoa física ou jurídica que
tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral;
107
● DECISÃO DO SUPREMO – DEPUTADO OU SENADOR ELEITO QUE ESTEJA
NOMEADO MINISTRO DE ESTADO PODERÁ INCORRER EM QUEBRA DE
DECORO PARLAMENTAR: O membro do Congresso Nacional que se licencia
do mandato para investir-se no cargo de ministro de Estado não perde os
laços que o unem, organicamente, ao Parlamento (CF, art. 56, I). (...). (...) ainda
que licenciado, cumpre-lhe guardar estrita observância às vedações e
incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do congressista,
assim como às exigências ético-jurídicas que a Constituição (CF, art. 55, § 1º) e
os regimentos internos das casas legislativas estabelecem como elementos
caracterizadores do decoro parlamentar. [MS 25.579 MC, rel. p/ o ac.
min. Joaquim Barbosa, j. 19-10-2005, P, DJ de 24-8-2007.] Caso do José Dirceu,
era Ministro mas perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar!
IX - fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões, ou às reuniões de comissão.
Parágrafo único. As condutas puníveis neste artigo só serão objeto de apreciação mediante provas.
108
[ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-
8-2015.
MUITA ATENÇÃO:
DECISÃO X DECLARAÇÃO
nos casos de INCOMPATIBILIDADE, QUEBRA DE DECORO E CONDENAÇÃO PENAL
TRANSITADA EM JULGADO, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos
Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da
respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional,
assegurada ampla defesa."
CF/1988: “Art. 55. (...) § 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada
pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus
membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada
ampla defesa.” AP 694/MT, rel. Min. Rosa Weber, julgamento em 2.5.2017. (AP-694)
109
23 PODER EXECUTIVO
23.1 Vacância
Importante Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Presidente
ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido
o cargo, este será declarado vago.
110
23.1.1 Hipóteses de vacância
CUIDAR O TEMPO
Se a vacância se der mais de 2 antes, o término do mandato terá 90 dias após
a abertura da última vaga (art. 81 caput). Nesse caso, a eleição será direta.
Se a vacâncias se der nos últimos 2 anos de mandato, então terão o prazo de
30 dias após a abertura da última vaga. Nesse caso, a eleição será indireta.
Observação: os novos ocupantes do cargo permanecem até completar o
período restante do mandato.
111
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo
a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear
os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos; XIV - nomear, após aprovação pelo Senado
Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos
Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores
do banco central e outros servidores, quando determinado em
lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do
Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos
do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho
de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira,
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele,
quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma
da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos
do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
112
23.3 Ministros e Ministérios
IMPORTANTE!
DECISÃO DO STF (MP 207 2004 e MP 2.409-11 de 2000, respectivamente): A
advocacia Geral da União e a Presidência do Banco Central possuem status de
Ministro, porquanto, gozam também da prerrogativa de foro privilegiado.
SÚMULA VINCULANTE N.13- SOBRE O NEPOTISMO – NÃO SE APLICA AOS
CARGOS DE MINISTRO DE ESTADO, SECRETÁRIOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS!
24 CRIME DE RESPONSABILIDADE
Ferreira Filho (Curso, 18ª ed., p. 143) "Em primeiro lugar…, impõe-se o exame do
fundamento do impeachment. A consulta à Constituição de 1988, art. 85, revela ser
ele uma conduta contrária à Constituição. A lei, todavia (n. 1079, de 10-4-1950), define
as figuras que dão ensejo ao impeachment. Sem dúvida, a maior parte dessas figuras
retrata comportamentos politicamente indesejáveis e não condutas antissociais.
Essas figuras, pois, não são crimes, no sentido que a ciência penal dá a esse termo.
Todavia, a ocorrência de fatos que se enquadram exatamente na descrição da figura
da Lei n. 1079 [isto é: a tipicidade], é indispensável para que possa desencadear-se o
impeachment. Assim, o fundamento deste em sua substância é político, mas em sua
forma é um crime (em sentido formal)."
Regulamentação do processo: art. 85, § único, CF 1988 c/c Lei nº 1.079/50. Lembrar
que a Lei foi recepcionada pela Constituição, conforme manifestação do STF no caso
Collor de Mello.
113
Fase do juízo de admissibilidade ou pronúncia - Art. 51, I c/c art. 86, parte inicial, CF
1988, COMPETE À CÂMRA DOS DEPUTADOS POR VOTAÇÃO DE 2/3 DOS SEUS
MEMBROS.
Fase do julgamento - Art. 52, I e § único c/c art. 86, parte final, CF 1988. Ao Senado
compete julgar se houve ou não crime de responsabilidade, também por votação de
2/3.
Art. 86 da CF: Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos
crimes de responsabilidade.
QUESTÃO INTERESSANTE:
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o
Presidente da República não estará sujeito à prisão;
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
114
ATENÇÃO!
24.5 Competência
115
LEMBRETES RELACIONADOS AO TEMA:
→ Aplicam-se tanto a Lei 1.079 quanto ao decreto lei 201 subsidiariamente as
regras do CPP;
→ ADPF 378- discutiu-se em 2015 sobre o impeachment, importantes decisões:
→ Reforçou a recepção da Lei;
→ Prazo de defesa de 10 sessões (reforçou a decisão do caso Collor de Mello (MS
21564)
→ Decidiu que não se aplica suspeição;
→ Competência do STF apenas na garantia do devido processo legal, não
cabendo discussão de mérito;
→ Aplicação do regimento interno do Congresso Nacional;
→ Não cabe ao Senado revisar a decisão de da Câmara pela admissibilidade ou
não do processamento);
→ A DIVISÃO DA SANÇÃO DO CRIME DE RESPONSABILIDADE NO CASO DILMA
ROUSSEF.
24.6 Jurisprudência
116
Com base nessa orientação, o Plenário, em conclusão e por maioria, julgou
parcialmente procedente pedido formulado em ação direta para: a) dar
interpretação conforme ao art. 92, § 1º, I, da Constituição do Estado de Minas Gerais
para consignar não haver necessidade de autorização prévia de assembleia
legislativa para o recebimento de denúncia e a instauração de ação penal contra
governador de Estado, por crime comum, cabendo ao STJ, no ato de recebimento
da denúncia ou no curso do processo, dispor, fundamentadamente, sobre a
aplicação de medidas cautelares penais, inclusive afastamento do cargo; e b) julgar
improcedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade da expressão “ou
queixa” do art. 92, § 1º, I, da Constituição do Estado de Minas Gerais — ver
Informativos 851 e 855.
O referido dispositivo prevê que o governador será submetido a processo e
julgamento perante o STJ nos crimes comuns e será suspenso de suas funções, na
hipótese desses crimes, se recebida a denúncia ou a queixa pelo STJ.
EDSON FACHIM –RELATOR: “O relator afirmou a necessidade de superar os
precedentes da Corte na dimensão de uma redenção republicana e cumprir a
promessa do art. 1º, “caput”, da Constituição Federal (CF), diante dos reiterados e
vergonhosos casos de negligência deliberada pelas assembleias legislativas
estaduais, que têm sistematicamente se negado a deferir o processamento de
governadores. Asseverou ser refutável a referida autorização prévia em razão de: a)
ausência de previsão expressa e inexistência de simetria; b) ofensa ao princípio
republicano (CF, art. 1º, “caput”); c) ofensa à separação de poderes (CF, art. 2º, “caput”)
e à competência privativa da União (CF, art. 22, I); e d) ofensa à igualdade (CF, art. 5º,
“caput”).” Esclareceu não haver na CF previsão expressa da exigência de autorização
prévia de assembleia legislativa para o processamento e julgamento de governador
por crimes comuns perante o STJ. Dessa forma, inexiste fundamento normativo-
constitucional expresso que faculte aos Estados-membros fazerem essa exigência
em suas Constituições estaduais.
Não há, também, simetria a ser observada pelos Estados-membros. No ponto, o
relator considerou que, se o princípio democrático que constitui nossa República (CF,
art. 1º, “caput”) se fundamenta e se concretiza no respeito ao voto popular e à eleição
direta dos representantes do povo, qualquer previsão de afastamento do presidente
da República é medida excepcional e, como tal, é sempre prevista de forma expressa
e taxativa, sem exceções.
117
Constituições estaduais representam, a despeito de se fundamentarem em suposto
respeito à Constituição Federal, ofensa e usurpação das regras constitucionais.
Segundo o relator, afastado o argumento de suposta obediência à simetria, a
consequência da exigência de autorização prévia de assembleia legislativa para
processamento e julgamento de governador por crime comum perante o STJ é o
congelamento de qualquer tentativa de apuração judicial das eventuais
responsabilizações dos governadores por cometimento de crime comum. Essa
previsão afronta a responsividade exigida dos gestores públicos, o que viola o
princípio republicano do Estado. ADI 5540/MG, rel. Min. Edson Fachin, julgamento
em 3.5.2017. (ADI-5540)
118
que a quantidade de pessoas beneficiadas pelo foro e a extensão que se tem dado a
ele, a abarcar fatos ocorridos antes de o indivíduo ser investido no cargo beneficiado
pelo foro por prerrogativa de função ou atos praticados sem qualquer conexão com
o exercício do mandato que se deseja proteger, têm resultado em múltiplas
disfuncionalidades. MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL. Ademais, viola o princípio da
igualdade proteger, com foro de prerrogativa, o agente público por atos praticados
sem relação com a função para a qual se quer resguardar sua independência, o que
constitui a atribuição de um privilégio. A Corte registrou que essa nova linha
interpretativa deve ser aplicada imediatamente aos processos em curso, com a
ressalva de todos os atos praticados e decisões proferidas pelo STF. AP 937 QO/RJ,
rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 2 e 3.5.2018. (AP-937) (Informativo 900)
Duas teses extraídas da decisão, segundo CAVALCANTE, Márcio André Lopes.
TESE 1:
As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por
prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se
apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em
razão dele.
Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado
como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser
julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal.
Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura no mandato,
se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas, também não
haverá foro privilegiado.
Foi fixada, portanto, a seguinte tese:
O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. CAVALCANTE, Márcio
André Lopes.
TESE 2
Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação
para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo
ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. (CAVALCANTE)
119
25 PODER JUDICIÁRIO
JURISDIÇÃO – todo juiz tem jurisdição, que nada mais é do que o poder que
lhe é investido para dizer o direito quando provocado;
COMPETÊNCIA – é a medida da jurisdição, ou seja, cada juiz é competente para
determinada demanda.
CAUSAS DE INTERESSE DA UNIÃO: Art. 109, I, CF 1988 "Aos juízes federais compete
processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
Eleitoral e à Justiça do Trabalho" . Quando a União Federal estiver envolvida no litígio
(ou interesse seu estiver envolvido), a competência será da Justiça Federal.
120
Inexistindo esse envolvimento ou interesse, a competência será (residualmente) da
Justiça Estadual ou "Justiça ordinária" ou "Justiça comum".
Súmula nº 150 STJ: "Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse
jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou
empresas públicas.”
EM RAZÃO DA MATÉRIA:
Parte do Poder Judiciário tem sua competência estatuída com base em matérias ou
temas específicos. Exemplo: Justiça Militar, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral
EM RAZÃO DO LUGAR:
A competência se define em função de um dado território geográfico. Juízes de
Direito têm competência em razão da Comarca em que atuam, Tribunais de Justiça
estaduais em razão do território do Estado, Tribunais Regionais Federais em razão de
determinadas regiões (Exemplo: o Tribunal Regional Federal da 4ª Região possui
competência sobre o território dos estados do RS, SC e PR).
ALGUMAS NOTAS:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre
o Estatuto da Magistratura, (trata da forma de ingresso, das promoções, subsídios,
remoções, etc)
121
Ou seja, requisitos: Observação: Tem relação lei, a transação e o
maior que 25 com a formação desses julgamento de recursos por
integrantes, tribunais, logo, os tribunais turmas de juízes de
poderá constituir são compostos por juízes de primeiro grau;
órgão entre 11 e 25 carreira promovidos por
membros antiguidade e merecimento, Poderá ser composto por
Deve ser instituído por membros da OAB e juízes leigos, ou seja, não
por Lei também do Ministério são magistrados, muito
complementar. Ex.: Público. embora a homologação da
No caso estadual, Após recebidas as sentença ocorrerá por
iniciativa é do indicações, o Tribunal forma juízes togados. Temos os
Tribunal de Justiça uma lista tríplice e o chefe juizados cíveis e criminais.
do Poder Executivo escolhe
um para nomear
122
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos
que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade
correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de
juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos,
obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos
necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança
assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
membros e aos juízes e servidores que lhes forem
imediatamente vinculados;
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e
aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,
observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem
como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,
inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
123
Formação e funções do Conselho Nacional de Justiça3
O CNJ é composto por 15 conselheiros, sendo nove magistrados, dois membros do
Ministério Público, dois advogados e dois cidadãos de notável saber jurídico e
reputação ilibada. Os conselheiros têm mandato de dois anos.
Composição detalhada:
O Presidente do Supremo Tribunal Federal (redação dada pela EC n. 61, de 2009);
Um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que será o Corregedor Nacional de
Justiça; Um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho; Um Desembargador de
Tribunal de Justiça; Um Juiz Estadual; Um Juiz do Tribunal Regional Federal; um Juiz
Federal; Um Juiz de Tribunal Regional do Trabalho; Um Juiz do trabalho; Um
Membro do Ministério Público da União; Um Membro do Ministério Público
Estadual; Dois advogados; Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação
ilibada.
3
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que visa aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário
brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual.
Missão do CNJ - Contribuir para que a prestação jurisdicional seja realizada com moralidade, eficiência e efetividade
em benefício da Sociedade.
Visão do CNJ - Ser um instrumento efetivo do Poder Judiciário
124
27 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
125
27.3 Advocacia
126
Compromisso entre busca do interesse individual e interesses comunitários,
tais como a proteção do meio ambiente, a busca do pleno emprego e da redução da
desigualdade e o combate ao uso abusivo da propriedade.
127
Art. 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
128
da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado
Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.
Política agrária:
Art. 184 da CF: Compete à União desapropriar por interesse
social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja
cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte
anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização
será definida em lei.
129
→ Serviços públicos, prestados pelo Poder Público, mas abertos à iniciativa privada,
sem necessidade de concessão ou permissão;
→ Previdência: contributiva e solidária;
→ Saúde: universal e gratuita;
→ Assistência: a quem necessitar.
28.2.1 Competência
130
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade
avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego
involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao
cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto
no § 2º.
POSIÇÃO DO STF
RE 587970 Os estrangeiros residentes no País são beneficiários da assistência social
prevista no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal, uma vez atendidos os
requisitos constitucionais e legais.
131
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Lembrar da gratuidade:
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública, nos termos de lei federal.
132
educação infantil e no ensino fundamental, bem como a
fixação da data limite de 31 de março para que referidas idades
estejam completas. Com base nesse entendimento, o Plenário,
em julgamento conjunto e por maioria, julgou procedente ação
declaratória de constitucionalidade (ADC) e improcedente
arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF),
que discutiam a validade de exigências previstas na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996) e em
resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE)
(Informativos 879, 903 e 904).
133
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Tombamento ex lege:
Direito intergeracional:
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
[...] III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
Criar unidades de conservação: basta ato administrativo. Suprimir unidade de
conservação: lei.
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade
134
Notar a palavra Potencial:
[...] § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á,
na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
135
de lesões e doenças, cabendo, nesta senda, distinguir os vínculos jurídicos em jogo:
constitucional, entre Estado e cidadão (CF, art. 196); obrigacional, entre pessoa e
plano de saúde; e legal, entre Estado e plano de saúde (Lei 9.656/1998, art. 32).
A escolha do agente privado de atuar na prestação de relevantes serviços à saúde,
de forma concorrente com o Estado, pressupõe a responsabilidade de arcar
integralmente com as obrigações assumidas. A norma impede o enriquecimento
ilícito das empresas e a perpetuação de modelo no qual o mercado de serviços de
saúde submeta-se unicamente à lógica do lucro, ainda que às custas do erário.
Entendimento em sentido contrário resultaria em situação em que os planos de
saúde recebem pagamentos mensais dos segurados, mas os serviços continuam a
ser fornecidos pelo Estado, sem contrapartida.
FORÇAS ARMADAS
Art. 142, CF 1988 "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem."
FINALIDADES E CARACTERÍSTICAS:
Diretas – Defesa da Pátria e garantia dos Poderes constitucionais;
Indiretas – Por requerimento dos Poderes constitucionais, manutenção da lei e da
ordem (v.g. Lei nº 8.071/90, que regula as atividades do Exército em tempos de paz).
PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO
136
SERVIÇO MILITAR É OBRIGATÓRIO, SOB PENA DE PERDER OS DIREITOS
POLÍTICOS:
ÓRGÃOS DE POLÍCIA:
MILITAR – Têm atuação basicamente preventiva, com vistas a impedir a prática de
crimes e contravenções;
CIVIL – Têm atuação basicamente repressiva, com vistas a identificar os responsáveis
pela prática de crimes e contravenções, preparando via inquérito policial o conjunto
de informações necessárias para a instauração do devido processo penal.
137
forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
federais.
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente
com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei.
Ver também a Lei nº 9.784 – Lei do Processo Administrativo Federal, art. 2º:
138
"Em face do princípio da legalidade, pode a Administração Pública, enquanto não
concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do certame
constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie,
visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de
direito à nomeação ou, se for o caso, à participação na segunda etapa do processo
seletivo." (RE 290.346, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 29-5-01, DJ de 29-6-01)
139
→ Criação de entidades da administração indireta (universidades);
→ Orçamentos;
→ Processo Administrativo;
→ Forma do gasto público;
→ Forma de aquisição de bens públicos (licitação);
→ Forma de estabelecimento de parcerias com entidades privadas (delegação,
concessão, autorização, parcerias público-privadas);
→ Forma de alienação dos bens públicos (licitação);
→ Limitações à propriedade privada (áreas de preservação permanente);
→ Organização dos serviços públicos;
→ Tipos administrativos ou pelo menos sua abertura geral;
→ Sanções administrativas.
Como a Administração Pública serve para buscar o bem comum, e como o seu agir
está condicionado pela lei, a Administração Pública possui uma posição de
supremacia por sobre o particular. Ex.: condicionamentos à propriedade, restrições à
liberdade, tombamento, desapropriação, etc.
140
públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das
prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas.
141
no que o inciso V do artigo 208 vincula o fenômeno à capacidade de cada qual." (ADI
3.324, voto do Min. Marco Aurélio, julgamento em 16-12-04, DJ de 5-8-05)
142
dos autos para novo julgamento.” (RE 464.963, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento
em 14-2-06, DJ de 30-6-06)
143
"Cláusula que determina que conste nos comunicados oficiais o custo da
publicidade veiculada. Exigência desproporcional e desarrazoada, tendo-se em vista
o exagero dos objetivos visados. Ofensa ao princípio da economicidade (CF, artigo 37,
caput)." (ADI 2.472-MC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 13-3-02, DJ de 22-11-
04)
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
144
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo.
§ 1° A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo
consistir em declaração de concordância com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que,
neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2° Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser
utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das
decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
§ 3° A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões
ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo
escrito.
Mencionado no art. 37, foi inserido pela Emenda Constitucional nº 19. Princípio de
algum modo despiciendo, uma vez que é óbvio que a Administração Pública deve
ser eficiente.
145
Assim, a função do Judiciário é julgar. A Administração Pública no Judiciário serve
meramente de apoio a isto, consubstanciando-se em uma atividade de contratação
de funcionários, elaboração de orçamentos, etc.
Também é assim no legislativo.
Não há dúvidas, deste modo, de que o grosso da Administração Pública encontra-se
no Poder Executivo, vez que é deste a atividade de execução da lei.
É importante dizer que os poderes não são pessoas jurídicas. Quem é pessoa jurídica
é a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal.
Assim, uma demanda, por exemplo, contra o Congresso Nacional será dirigida contra
a União. Do mesmo modo, se for contra a Câmara de Vereadores, será dirigida ao
Município.
146
Na Administração Pública descentralizada criam-se novas pessoas jurídicas.
147
Existem 3 teorias para explicar como um órgão atua.
Teoria do mandato: o Estado outorga um mandato para o servidor atuar em nome
do órgão. Isto não acontece na prática, por óbvio.
Teoria da representação: assim como na tutela e na curatela, o servidor representa
o órgão público.
Teoria do órgão: Do Alemão Otto Gierke. Por força do Direito, a vontade do servidor
é atribuída ao órgão.
30.3.2 Hierarquia
Quanto à importância
→ Órgãos independentes – São os órgãos de topo da Administração Pública, e tem
nenhuma ou pouca relação hierárquica com outro órgão. Ex.: Presidente da
República e ministérios, Cúpula do Ministério Público, Cúpula da Defensoria Pública,
Senadores, Deputados, juízes, TCU;
→ Órgãos autônomos: imediatamente abaixo dos órgãos independentes: ex.: receita
federal, imediatamente abaixo do Ministério da Fazenda; Polícia Federal em relação
ao Ministério da Justiça. Apesar dos órgãos autônomos serem subordinados aos
independentes, eles possuem a prerrogativa de defender em juízo seus interesses;
→ Órgãos superiores (ex.: gerências, órgãos de controle, etc.);
→ Órgãos subalternos.
Quanto à composição
→ Unipessoal: um titular e auxiliares deste titular por uma só pessoa. Ex.: Ministério e
seus auxiliares, juiz e servidores;
→ Colegiados: conselhos.
Função
→ Ativos: fazem coisas: licitações, atos materiais (asfaltar, etc.), cobrar tributos;
→ De controle: fiscalizam os outros órgãos;
→ Consultivos: aconselhamento e emissão de pareceres. A peculiaridade é que o
parecer jurídico, se errôneo, por causar a responsabilização solidária, muito embora
ainda a questão seja controversa.
148
30.3.4 Competência
149
Centralização e descentralização
Só por lei.
Interessante é que hoje, mediante decreto, é possível modificar a estrutura dos
órgãos públicos, desde que não implique aumento de despesa.
150
A estrutura hierárquica é baseada na competência. Cada órgão possui uma
competência prevista em lei.
A AP tem o poder de se organizar de maneira hierárquica. Trata-se de um
poder introverso, voltado à própria Administração Pública.
Tal existe para a racionalização das atividades da Administração Pública.
O poder hierárquico dá poderes ao superior para dar ordens, rever atos, avocar
atribuições, delegar competências e fiscalizar a atividade dos subordinados.
151
Art. 15 da Lei nº 9.784/99: Será permitida, em caráter
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados,
a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.
São características das pessoas jurídicas criadas pelo Estado para a Administração
Pública Indireta:
> Personalidade jurídica própria;
> Criação ou autorização para criação por Lei, ao contrário das pessoas privadas;
> Finalidade não é o lucro, mas a busca do interesse público;
> Ao contrário das pessoas jurídicas privadas, seus fins são postos em lei, e não podem
ser modificados.
> Só por lei podem ser extintas;
> O Estado exerce algum tipo de controle;
> Possuem prerrogativas (ex.: imunidade de impostos) e sujeições (concurso,
licitação) que os particulares usualmente não dispõem;
> Para todas as entidades da Administração indireta, exige-se concurso, bem como
proíbe-se a acumulação. Os celetistas das empresas públicas, de economia mista e
fundações de caráter privado não tem estabilidade, apesar de entrarem por
concurso. Devem ter direito à defesa na despedida, contudo, que não pode ser
arbitrária, conforme a jurisprudência;
> Os bens das autarquias e fundações de direito públicos são bens públicos
(inalienáveis, portanto). O das empresas públicas poderá ser se prestarem serviço
público;
>A responsabilidade de todos os entes da administração indireta é objetiva, isto é,
independe de culpa. Mesmo as concessionárias e permissionárias respondem
objetivamente, muito embora ainda exista discussão judicial sobre o assunto;
> Na esfera federal, com exceção das empresas de economia mista e falências, todas
as causas são julgadas pela justiça federal. CF, art. 109, I;
> As empresas públicas, fundações de direito privado e sociedades de economia
mista são executadas judicialmente como empresas normais, tendo seus bens
penhorados. Algumas delas, por prestarem serviços públicos (ex.: Correios,
Companhias de Docas), pagam por precatórios, como a administração direta e as
autarquias. Art. 100 da CF;
152
> Existirá tanto um controle administrativo interno ao Poder Executivo, quanto um
externo pelo Tribunal de Contas. Arts. 70 e 71 da CF;
> As entidades de Direito público possuem privilégios de ordem processual;
- Prazo em quádruplo para contestar e em dobro em geral (art. 188 do CPC). Não se
aplicam ao JEC Federal;
- Reexame necessário;
- Inaplicabilidade dos efeitos materiais da revelia;
- Impossibilidade de liminar em desfavor da AP em certos casos.
Existem autarquias corporativas. Ex.: OAB, CREMERS, etc.. Neste último caso, adotam
um regime mais privado. Exige-se delas concurso e licitação, à exceção da OAB, que
tem um regime mais “especial”.
153
Sociedade de economia mista: pessoa jurídica de direito privado com conjugação
de capital público ou privado, mas mesmo assim criada por lei, e sob controle do
Estado e necessariamente assumindo a forma de S.A. Autorizada por lei. Executam
a atividade econômica do Estado, conforme o art. 173 da CF, e, por isso, não podem
ter privilégios não extensíveis ao setor privado, se concorrerem no mercado. A
Constituição prevê um estatuto de licitação simplificado para as empresas públicas
e sociedades de economia mista, tal estatuto não existe ainda, de modo que a eles
se aplica ainda a lei 8.666 em sua inteireza. Empresas públicas e sociedades de
economia mista não falem (Lei 11.101, art. 2º).
Art. 5º do DL 200
Art. 5º do DL 200
Art. 5º do DL 200
Note-se que existem ainda uma outra classificação possível para dois tipos de
empresas estatais (empresa pública e sociedade de economia mista): uma presta
serviços públicos, outras executam atividade econômica. As que executam atividade
econômica (ex.: Banco do Brasil, que está em regime de concorrência com os demais
bancos) têm um regime “mais” privado do que as que prestam serviços públicos
(como os Correios, que estão em regime de monopólio).
Entidades criadas pelo consórcio Público: de Direito público ou privado, criado pela
união de dois ou mais entes federativos para a gestão de serviços públicos; se for de
direito público, é semelhante à uma autarquia (associação pública), se de direito
154
privado, será uma associação comum, derrogada parcialmente pela Lei Federal nº
11.107. Este será objeto de estudo mais aprofundado adiante.
Agências
Agências reguladoras
155
se geralmente de secretarias ou ministérios. O nome deste vínculo é tutela ou
supervisão, e não hierarquia, uma vez que há uma ligação funcional, e não uma
cadeia de ordens, como a hierarquia.
Existe controle administrativo tanto na hierarquia como na tutela ou supervisão, mas
a primeira é característica da Administração Direta, e a segunda da Indireta.
Servidores públicos: em sentido amplo, todos aqueles que trabalham para a AP.
Em sentido estrito, todos aqueles que trabalham para a AP direta, autarquias e
fundações públicas.
Agentes públicos: todos aqueles que prestam serviços de maneira pessoal ao Estado:
- agentes políticos (primeiro escalão: chefes do poder executivo, ministros,
parlamentares, juízes, membros do MP). São regidos por regras constitucionais e leis
próprias;
- servidores públicos;
- militares (bombeiros, PMs, membros das forças armadas);
- particulares em colaboração com o poder público (cônsules honorários, tabeliães,
notários, jurados, fiscais de urna, etc.)
Cargo: unidade de atribuições, imposta por lei, que exige concurso público para
preenchimento. O servidor tem seu estatuto na Lei do ente federativo.
Emprego: unidade de atribuições, imposta por lei, que exige concurso público para
preenchimento. O servidor tem seu estatuto na CLT.
Função: tanto o servidor temporário quanto o efetivo quando em direção(confiança).
Os cargos em comissão na verdade preenchem uma função pública.
> o serviço público é acessível a brasileiros e estrangeiros. Nestes últimos, deve haver
expressa menção na lei que regulamento o cargo, emprego ou função (37, I, CF);
156
> ingresso: concurso público em todas as hipóteses, exceto para temporários e cargo
em comissão. Art. 37, III, da CF, diz que os concursos terão dois anos de validade,
prorrogáveis por mais dois anos. Passar e estar entre os classificados não gera direito
à nomeação, mas gera prioridade sobre novos concursados. Pessoas portadoras de
deficiência terão reserva de vagas (37, VIII da CF). São vedadas as restrições de idade,
exceto para determinados cargos óbvios, como soldado;
> limites com gastos de servidores (Lei Complementar nº 101): União, 50%, Estados e
Municípios 60% da receita líquida.
157
30.5.3.1 Teto remuneratório do serviço público
Informativo 862:
Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e
funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração
de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório
quanto ao somatório dos ganhos do agente público.
Logo, o teto deverá ser considerado especificamente para cada cargo, sendo
permitido que ele receba acima do limite previsto no art. 37, XI da CF se
considerarmos seus ganhos globais, situação essa que pode ocorrer por exemplo de
um Ministro do STF ser professor Universitário de uma Universidade Federal e
somado ao que recebe como Ministro do Supremo.
STF. Plenário. RE 612975/MT e RE 602043/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em
26 e 27/4/2017
158
Sindicância:> Trata-se de um procedimento sumário, onde, no nível federal, pode
resultar arquivamento do processo, aplicação de penalidade de advertência ou
suspensão de até 30 dias, e instauração do processo disciplinar.
processo administrativo > vai existir quando houver risco de perda do cargo,
aposentadoria ou pena de suspensão por mais de 30 dias.
Nos dois casos, os regimes hoje são contributivos, isto é, existe contribuição ao
regime de previdência. Os servidores públicos em regime próprio inclusive
contribuem depois de aposentados.
- Sujeito passivo: quem sofreu o ato. Toda e qualquer entidade da AP ou outra que a
AP tenha concorrido com mais de 50% do patrimônio, ou qualquer uma que receba
dinheiro público, neste último caso limitada a condenação ao prejuízo aos cofres
públicos.
159
- Sujeito ativo: quem praticou o ato. Qualquer que se envolver com a AP, seja
particular, seja agente público. Existe polêmica se os agentes políticos se enquadram
nesta hipótese. Dúvidas se esses últimos têm foro privilegiado ou não.
- Ato danoso: aquele ato que importa em enriquecimento ilícito (o agente ativo tem
ou pode ter incremento em seu patrimônio), prejuízo ao erário (o erário tem ou pode
ter prejuízo, sem acréscimo ao patrimônio do agente ativo) ou atentado contra os
princípios da AP (os princípios da AP são atingidos, muito embora não existe prejuízo
e tampouco enriquecimento ilícito). São três categorias de atos que importam em
diferentes graduações de punição.
- enriquecimento ilícito:
Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos;
Multa de até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial;
Proibição de contratar com a AP até 10 anos.
- Prejuízo ao erário:
Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos;
Multa de até 2 vezes o valor do prejuízo;
Proibição de contratar com a AP até 5 anos.
- Violação a princípio:
Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos;
Multa de até 100 vezes o valor da remuneração do agente;
Proibição de contratar com a AP até 3 anos.
30.6.3 Procedimentos
160
REFERÊNCIAS
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Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2008. ALMEIDA NETO, Manoel Carlos de. O Novo
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Saraiva, 2001.
ARRECHTE, Marta. Federalismo e igualdade territorial: uma contradição em termos?
Revista de Ciências Sociais: Fortaleza, v. 53, n. 3 , 2010. BARROSO, Luís Roberto.
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______ O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 6. ed. São Paulo:
Saraiva, 2011.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2010.
BINENBOJM, Gustavo. A Nova Jurisdição Constitucional Brasileira: legitimidade
Democrática e Instrumentos de Realização. Rio de Janeiro: Renovar, 2010.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 31. ed. São Paulo: Malheiros, 2016.
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BRANCO, Paulo Gustavo; MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional.
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