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O Timeshare é o “tempo compartilhado” dentro de uma propriedade de férias,

geralmente um resort, que é dividido e compartilhado em tempo de uso. Esse tempo


de uso, por sua vez, se dá geralmente em semanas, mas em alguns casos pode ser
dividido em meses.

1. FALTA DE CLAREZA OU OMISSÃO DE INFORMAÇÃO


A maneira como os pacotes são oferecidos impedem que o consumidor tenha acesso à
informação completa do que estão comprando de fato.
As principais informações omitidas são:
•Restrições quanto a data de utilização.

•Sistemas all inclusive.


Porém, o direito à informação clara é previsto no Código de Defesa de Consumidor e, se
esse item não for observado, pode levar à anulação do contrato.

2. VENDA EMOCIONAL
A venda do TIME-SHARING normalmente ocorre enquanto o consumidor está em
FÉRIAS, afastado da sua realidade cotidiana.
O discurso é envolvente: facilita o acesso a ambientes paradisíacos.
Em vários casos, a justiça tem entendido que esse contexto de venda retira a
possibilidade de uma reflexão racional acerca desse tipo de contrato, que pode gerar
obrigações por décadas.
Ou seja, em situações de fragilidade emocional, em que o consumidor não é capaz de
tomar uma decisão de forma completamente racional, e nem de avaliar todos os
riscos,o contrato pode ser considerado abusivo.
Temos diversos casos aqui no escritório em que o cancelamento da contratação de time-
sharing é feito sem quaisquer multas e com ressarcimento dos valores já pagos, pois
geralmente se caracteriza como uma venda EMOCIONAL E ABUSIVA.
3. Descumprimento do contrato
A terceira situação que permite que o cancelamento do contrato de time-sharing é o
descumprimento das obrigações previstas.
Aqui no escritório defendemos um consumidor que não conseguiu utilizar um certificado
para hospedagens em resorts de Orlando.
Ele tentou fazer reserva várias vezes, em diversas datas futuras, sem sucesso. Sempre
recebeu resposta de que não havia resultados para a solicitação.
Orientamos que ele fizesse print screen dessas negativas, para utilizarmos como prova
no processo.
O caso já foi julgado e o juiz determinou o cancelamento do contrato com a devolução
corrigida e acrescida de juros dos valores pagos.
Se você foi vítima de uma venda emocional, fique atento, porque o prazo para você pedir
o CANCELAMENTO DE TIME-SHARING É DE 4 ANOS, a partir da assinatura.
5. TIME-SHARING CABE DANOS MORAIS?
Toda essa situação, de não conseguir cancelar o contrato de time-sharing, além de
cara, pode ser EXTREMAMENTE DESGASTANTE para o consumidor.
Principalmente porque, na maioria das vezes, precisa entrar com um processo para
reaver as quantias já investidas.
Isso somado à pressão emocional no momento da compra, mais a FRUSTRAÇÃO DE
NÃO CONSEGUIR USUFRUIR DOS SERVIÇOS E ATÉ MESMO O SENTIMENTO DE
VERGONHA POR CAIR EM UMA ARMADILHA EMOCIONAL, fazem com que seja
cabível o pedido de indenização.
A indenização por danos morais tem como objetivo minimizar um pouco do sentimento
negativo que o cliente experimenta ao se ver no meio de um contrato de time-sharing.
Portanto, é possível entrar com o pedido de compensação financeira de até 15 mil reais
por consumidor afetado negativamente pelo contrato.

CDC
Clausula abusiva
Identificar
Consequência jurídica art. 52 CPC nula de pleno direito (nulidade absoluta)
clausula abusiva

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