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Fábio Caetano da Silva – OAB/SC 9985
Jean Pierre Marcon – OAB/SC 25033

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PIERRE MARCON e PDDE-041450105, protocolado em 14/11/2016 às 19:28 , sob o número 03039994020168240079.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL
DA COMARCA DE VIDEIRA – SANTA CATARINA.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0303999-40.2016.8.24.0079 e código 71B556A.
SILVANA DE FÁTIMA GONCALVES, brasileira, convivente,
desempregada, inscrita no CPF sob nº 035.832.329-09, portadora
da Cédula de Identidade nº 4.174.160, residente e domiciliada
na Rua Francisco Jelinsky, s/n, bairro Progresso, na cidade de
São Bento do Sul/SC, vem, através de seu procurador
signatário, com endereço profissional na Av. Curitibanos, nº
390, conj. 02 e 03, Centro Executivo, centro, na cidade de
Fraiburgo/SC, onde recebe intimações, perante Vossa
Excelência, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS e LUCROS CESSANTES, com observância do rito
ordinário, contra:

ASSOCIAÇÃO DOS TRANSPORTADORES CATARINENSE


DE CARGA - ASTRACARG, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob nº 11.466.874/0001-05, estabelecida na Rua
Jacob Gaio, nº 100, bairro Dois Pinheiros, na cidade de
Videira/SC - CEP 89560-000, pelos fatos e fundamentos que
passa a expor:

Av. Curitibanos, no 390, salas 02 e 03, Centro Executivo, centro, Fraiburgo/SC.PABX 49 3246-3004. 1
CEP. 89580-000. E-mails: fabio@caetanoemarcon.com.br/jean@caetanoemarcon.com.br
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Fábio Caetano da Silva – OAB/SC 9985
Jean Pierre Marcon – OAB/SC 25033

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PIERRE MARCON e PDDE-041450105, protocolado em 14/11/2016 às 19:28 , sob o número 03039994020168240079.
1 – DOS FATOS

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0303999-40.2016.8.24.0079 e código 71B556A.
A requerente, na data de 06 de janeiro de 2015, firmou junto a
requerida o contrato de Adesão nº 1045 para contratação de seguro para o caminhão
IVECO/STRALIS HD 570S 42TN, ano e modelo 2008, cor preta, placa MCU-4150,
Renavam 978985966, com valor de cobertura de R$ 177.088,00 (cento e setenta e sete
mil e oitenta e oito reais) e com vigência de 01 (um) ano.

A requerente pagou o valor total da contribuição de forma


parcelada, nos termos do referido contrato de adesão, inclusive, com realizando um
depósito em dinheiro para resgate de um cheque que continua em poder da requerida.

Ocorre que, após o referido caminhão sair da empresa Gross


Cargo de Itapoá puxando a carreta placa QHA-3357, totalmente carregada, com
destino à cidade de Urussanga/SC, ao transitar pela Rodovia BR 101 sentido sul, o
mesmo foi alvo de assalto, momento em que o motorista foi rendido e permaneceu
em poder dos assaltantes, conforme se observa do Boletim de Ocorrência lavrado na
data de 14 de novembro de 20151.

Conforme relatado no referido BO, a carreta foi encontrada


abandonada em um posto, mas sem a carga transportada, bem como o caminhão de
propriedade da requerente também não foi recuperado.

Diante dessa situação, a requerente, de imediato acionou a


empresa requerida para relatar o evento e buscar as orientações necessárias, sendo
informado que o presidente da associação estava em viagem na região próxima e
auxiliaria nas tentativas de busca pelo caminhão, mas como não houve qualquer
êxito nas mesmas, a requerida informou a requerente que iniciaria os procedimentos
para pagamento do respectivo seguro, o que não ocorreu até o presente momento.

1 Cópia em anexo.

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Assim, por diversas vezes a requerente entrou em contato e
esteve pessoalmente na sede da requerida para falar com o presidente da mesma, Sr.

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Mezaroba, o qual informava que estava com o dinheiro do seguro reservado para
efetuar o pagamento em favor da requerente, mas não repassava o mesmo.

Cumpre salientar que desde a data do ocorrido a requerente


está impossibilitada de auferir a renda proveniente do caminhão, no valor
aproximado de R$ 14.000,00 (quatorze mil reais) mensais.

Por fim, levando-se em consideração que, até o presente


momento, não houve o pagamento do seguro, o que vem causando sérios prejuízos à
manutenção da requerente, não existe outro caminho senão buscar a tutela jurisdicional
do Estado para a plena satisfação de seus direitos, como medida de JUSTIÇA.

2 - DO DIREITO

2.1 - DO CONTRATO DE SEGURO

O artigo 757, do novo Código Civil define o contrato de seguro:

“Art. 757 - Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o


pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa,
contra riscos predeterminados.”

Ocorrendo o sinistro/fruto, destarte, deverá a seguradora


adimplir com sua obrigação maior insculpida no artigo 776, do mesmo diploma legal,
que assim estabelece:

“Art. 776 - O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo


resultante do risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa.”

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Sobre os contratos de seguro Washington de Barros Monteiro
em sua obra Curso de Direito Civil, Direito das Obrigações, 6ª ed., São Paulo:

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0303999-40.2016.8.24.0079 e código 71B556A.
Saraiva, p. 360, leciona:
“No contrato de seguro, a equidade desempenha papel saliente, porque
um dos seus esteios é precisamente, a boa-fé; o Magistrado, chamado a decidir uma contenda,
deverá, pois, pronunciar eqüitativamente, tendo em vista as peculiaridades do caso concreto.
Realmente, não se há de exigir do segurado que esteja sempre angustiosamente atento a todo
perigo: ele faz o seguro exatamente para desfrutar de maior tranqüilidade, para liberta-se de
preocupações, para ter paz de espírito”. (grifo nosso)

Nesse sentido, colhe-se da jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DE


VEÍCULO AUTOMOTOR. ROUBO. NEGATIVA DE
COBERTURA SECURITÁRIA. PROCEDÊNCIA
PROCLAMADA NA ORIGEM. IRRESIGNAÇÃO OFERTADA
PELA SEGURADORA. ALEGAÇÃO DE TENTATIVA DE
FRAUDE PARA RECEBIMENTO DA INDENIZAÇÃO.
SUSTENTADA PRESENÇA DE FORTES INDÍCIOS DE
SIMULAÇÃO DE ASSALTO. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS
CONCRETOS APTOS A DERRUIR A BOA-FÉ DA
SEGURADA. ÔNUS QUE INCUMBIA À SEGURADORA, A
TEOR DO ART. 333, INC. II, DO CPC. APLICAÇÃO DA
LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA À HIPÓTESE ENFOCADA.
EXISTÊNCIA DE DÚVIDA QUE DEVE FAVORECER A
PARTE HIPOSSUFICIENTE. INEXISTÊNCIA DE PROVAS DE
QUE O VEÍCULO SEGURADO FOI ALIENADO, E NÃO
ROUBADO. PROVAS DOCUMENTAIS PRODUZIDAS PELA
SEGURADORA DE FORMA UNILATERAL QUE DEVEM
ENCONTRAR LASTRO NOS DEMAIS ELEMENTOS
EXISTENTES NOS AUTOS. INOCORRÊNCIA. DEVER DE
INDENIZAR INCONTESTE. SENTENÇA MANTIDA. 1.
"Meras suspeitas de que possa ter havido fraude no roubo do
veículo segurado não são suficientes para eximir a seguradora
de sua obrigação contratual." (Apelação Cível n. , de Otacílio
Costa, rel. Des. Newton Janke). 2. "Tratando-se de relação
consumerista, inverte-se o ônus da prova em favor do
consumidor, de maneira que a dúvida beneficia o
hipossuficiente." (Apelação Cível n. , de Guaramirim, rel. Des.

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Joel Figueira Júnior). PEDIDO DE APLICAÇÃO DE MULTA
POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA
DE QUAISQUER DAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 17

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DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. (TJ-SC -AC: 20110168935 SC 2011.016893-5
(Acórdão), Relator: Jorge Luis Costa Beber, Data de Julgamento:
17/07/2013, Quarta Câmara de Direito Civil Julgado).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA CUMULADA


COM DANOS MORAIS. CONTRATO DE SEGURO DE
VEÍCULO AUTOMOTOR. REGÊNCIA PELO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR.ROUBO DO BEM SEGURADO.
NEGATIVA INDENIZATÓRIA. AGRAVAMENTO DO RISCO.
MÁ-FÉ DO SEGURADO NÃO VERIFICADA. INDENIZAÇÃO
DEVIDA. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA.
TERMO DE INCIDÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
JUSTIÇA GRATUITA. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. Asrelações entre segurado e seguradora são regidas
pelo código consumerista . A ausência de comunicação do
segurado à seguradora sobre eventual mudança de endereço
somente gerará o agravamento de risco e permitirá a negativa
de pagamento da cobertura quandoficar expressamente
comprovado, seja pelas provas documentais ou testemunhais
produzidas nos autos, o animus de lesionar. No mais, impera-se
a presunção de boa-fé, princípio norteador de toda e qualquer
relação contratual. Se a parte é beneficiária da gratuidade da
justiça, os honorários advocatícios não devem ultrapassar o
percentual de 15% sobre o valor da condenação, conforme o art.
11, § 1º, da Lei n. 1.060/1950. (TJ-SC -AC: 439075 SC
2010.043907-5, Relator: Fernando Carioni, Data de Julgamento:
26/08/2010, Terceira Câmara de Direito Civil, Data de
Publicação: Apelação Cível n. , de Joinville).

Portanto, não restam dúvidas da ilegalidade da requerida em


não efetuar o pagamento da cobertura do seguro, mesmo demonstrado nos autos e
sendo de conhecimento da mesma a ocorrência do furto.

Assim sendo, a total procedência do pedido inicial, condenando


a requerida ao pagamento do valor do seguro devidamente atualizado, além de
indenização pelo dano moral e pelos lucros cessantes, é medida que se impõe.
Av. Curitibanos, no 390, salas 02 e 03, Centro Executivo, centro, Fraiburgo/SC.PABX 49 3246-3004. 5
CEP. 89580-000. E-mails: fabio@caetanoemarcon.com.br/jean@caetanoemarcon.com.br
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2.2 - DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR AOS CONTRATOS DE SEGURO – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

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Nos dias atuais, resta pacífico o entendimento de que o contrato
de seguro é típico contrato de adesão, sujeito às normas do Código de Defesa do
Consumidor, o qual estabelece em seu artigo 3º, § 2º que:

“Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”.
...
“§ 2º - serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, salvo as decorrentes das relações de
caráter trabalhista”.

Não destoando, é o entendimento do egrégio Tribunal de


Justiça do Estado de Santa Catarina:

“APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATO DE SEGURO. FURTO DE


VEÍCULO. FRAUDE ALEGADA PELA SEGURADORA.
ÔNUS PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. OBRIGAÇÃO DE
INDENIZAR. SENTENÇA MANTIDA. ‘Ao segurador cabe,
para exonerar-se da obrigação de indenizar assumida no
contrato de seguro, o ônus da prova de sua
irresponsabilidade. Na dúvida responde pela obrigação.’ (JC
49/177). (Apelação cível n. 99.021855-4, de Blumenau. Relator:
Des. Orli Rodrigues, julgado em 30 de abril de 2002)”.
(Apelação cível n. 2002.025079-7, de Lages. Relator: Jorge
Schaefer Martins. Data da decisão: 25/02/2003). (Grifo nosso)

Em se aplicando o Código de Defesa do Consumidor aos


contratos de seguro, opera-se a inversão do ônus probandi, como preconiza o artigo 6º,
VIII, tudo em consonância com diversas decisões:

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“EMBARGOS A EXECUÇÃO – SEGURO – ACIDENTE DE
TRÂNSITO – CULPA DO SEGURADO IMPROVADA –
Obrigação da seguradora em pagar a dupla indenização. Sendo

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o contrato de seguro uma relação de consumo, este deve
sujeitar-se ao código de defesa do consumidor, inclusive na
inversão do ônus da prova, agora incumbência da seguradora.
Cumpre a esta demonstrar o firmado entre as partes para fazer
valer qualquer restrição imposta. Assim, não procedendo,
permanece a cobertura, valendo também para a hipótese de
dupla indenização. Apelação improvida.” (TJRS – AC 598273365
– (00321196) – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Marilene Bonzanini Bernardi
– J. 15.09.1999). (grifamos)

Como se observa, não restam dúvidas acerca da subordinação


das cláusulas do contrato de seguro às disposições do Código de Defesa do
Consumidor, notadamente no que diz respeito ao ônus da prova, o qual deve ser
atribuído à fornecedora.

Nesta esteira cumpre observar o contido no o art. 46 do Código


de Defesa do Consumidor:

Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não


obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio
de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a
compreensão de seu sentido e alcance.

Na obra Contratos no Código de Defesa do Consumidor, 3ª ed.,


RT, SP, 1999, Cláudia Lima Marques preceitua no tocante à proteção do consumidor
quando da formação do contrato, comentando a respeito do artigo acima:

“O art. 46 do CDC surpreende pelo alcance de sua disposição. Assim,


se o fornecedor descumprir este seu novo dever de “dar oportunidade” ao consumidor “de
tomar conhecimento” do conteúdo do contrato, sua sanção será ver desconsiderada a
manifestação de vontade do consumidor, a aceitação, mesmo que o contrato já esteja assinado e

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o consenso formalizado. Em outras palavras, o contrato não tem seu efeito mínimo, seu efeito
principal e nuclear que é obrigar, vincular as partes. Se não vincula, não há contrato, o

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contrato de consumo como que não existe, é mais do que ineficaz, é como que inexistente, por
força do art. 46, enquanto a oferta, por força do art. 30, continua a obrigar o fornecedor!”

2.3 – DO DANO MORAL

Nesse aspecto, maiores digressões não são necessárias, pois a


ausência injustificada de pagamento do seguro gera a ocorrência de danos morais,
conforme reiterada jurisprudência, note-se:

COBRANÇA – INDENIZAÇÃO – CONTRATO DE SEGURO


DE AUTOMÓVEL – CLÁUSULA CONTRATUAL –
EXCLUSÃO DE RISCO – MENOR QUE PEGA AS CHAVES
NA AUSÊNCIA DOS PAIS – IMPREVISIBILIDADE –
RESPONSABILIDADE DA SEGURADA SOBRE CONDUTA
DE TERCEIRO – ART. 1.457 DO CC. 1916 – CONTRAO DE
ADESÃO – CDC – INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO
CONSUMIDOR – DANO MORAL – INDENIZAÇÃO DEVIDA.
VOTO VENCIDO. O contrato de seguro tem por finalidade
precípua resguardar o proprietário dos prejuízos advindos de
eventuais sinistros, de sorte que a seguradora somente será
dispensada do pagamento da indenização se comprovar que o
segurado, voluntariamente, contribuiu para o acontecimento do
acidente. A cláusula restritiva que distancie do disposto no
artigo 1.457 do Código Civil de 1916, deve ser declarada nula,
por força do artigo 51, inciso IV, e seu § 1º, inciso II, do CDC. O
dano moral advém da recusa injustificável e da demora para o
recebimento da indenização, gerando insegurança , incerteza e
desgastes emocionais que ultrapassam aqueles dissabores
experimentados diariamente. ... (TJMG – Proc. 1.0024.03.054842-
4/001(1) – Rel. Des. Fernando Caldeira Brandt – DJMG
22.09.2006)

Consumidor. Recurso especial. Seguro saúde. Recusa de


autorização para a internação de urgência. Prazo de carência.
Abusividade da cláusula. Dano moral. - Tratando-se de
contrato de seguro-saúde sempre haverá a possibilidade de
conseqüências danosas para o segurado, pois este, após a
contratação, costuma procurar o serviço já em evidente situação

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desfavorável de saúde, tanto a física como a psicológica. -
Conforme precedentes da 3.ª Turma do STJ, a recusa indevida à
cobertura pleiteada pelo segurado é causa de danos morais,

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pois agrava a sua situação de aflição psicológica e de angústia
no espírito. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 657717
RJ 2004/0064303-4. Relator(a): Ministra NANCY ANDRIGHI.
Julgamento: 23/11/2005. Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA
TURMA. Publicação: DJ 12/12/2005 p. 374 RNDJ vol. 76 p. 96).

Seguro de vida. Recusa de pagamento. Indenização por danos


morais. Preliminar. Ação de cobrança. Pedidos cumulativos. Via
adequada. Mérito. Indeferimento administrativo. Ausência de
documento inexigível. Danos morais. Excessiva morosidade da
seguradora. Responsabilidade configurada. Reparação devida.
Critérios de quantificação.A ação cognitiva é a via adequada para
pleitear indenização relativa à seguro de vida, se o pedido é
cumulado por reparação a danos morais.É indevida a recusa de
pagamento que se funda na ausência de documento inexigível,
como inquérito policial, cuja instauração fica a critério exclusivo da
autoridade competente, e não de particulares.A recusa de
pagamento de seguro de vida, no âmbito administrativo, causa
dano moral, quando calcada em condição de cumprimento
inexigível, e quando configurada a excessiva morosidade da
seguradora.O arbitramento da reparação é razoável e proporcional
quando atende os critérios pertinentes ao caso concreto, como
extensão do dano, grau de culpa e condição econômica das partes.
100.001. Apelação Cível (Recurso Adesivo) (Processo: AC
10000120040167703 RO 100.001.2004.016770-3. Relator(a): Juiz
Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa. Julgamento: 30/07/2008.
Órgão Julgador: 2ª Vara Cível. Parte(s): Apelante/Recorrido :
Santander Seguros S/A. Advogados : Marcos Antônio Metchko
(OAB/RO 1.482), Francisco Roberto Baccelli (OAB/SP 27.797) e
outros. Apelados/Recorrentes : Eva Rodrigues da Mata e outros.
Advogados : Deniele Ribeiro Mendonça (OAB/RO 3.907) e outros).

No mais, há que se considerar o abalo moral sofrido pela


requerente em virtude de estar impossibilitada de auferir a sua renda mensal pela
utilização do caminhão até o presente momento, por culpa da requerida.

Resta claro, portanto, a abusividade e a ilegalidade do ato da


requerida e o dano moral e a imagem sofrido pela requerente, sendo que a fixação de
indenização moral em favor da mesma é medida da mais inteira Justiça.

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2.4 – DOS LUCROS CESSANTES

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Em análise aos documentos que repousam nos autos, maiores
digressões acerca da responsabilidade da requerida não são necessárias, pois a
mesma não efetuou o pagamento do valor da cobertura do seguro e, portanto, o que
se busca com a presente ação é a indenização pelos lucros cessantes, ou seja, pelos
valores que o caminhão da requerente deixou de proporcionar mensalmente por
culpa da desídia da requerida.

Dessa forma, para que não pairem dúvidas acerca da


responsabilidade civil da requerida, rezam os artigos 186 e 942 do CC:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de
outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão solidariamente pela reparação.

Como se não bastasse, é sabido que em se tratando de roubo de


caminhão utilizado para transporte de cargas, os prejuízos econômicos suportados
pela não utilização do mesmo, já que não houve o pagamento do seguro, são
presumidos, sendo dispensável sua comprovação, conforme se observa da dicção do
art. 402 do Código Civil:

Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e


danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente
deixou de lucrar.

Não destoando, o doutrinador Antônio Cláudio da Costa


Machado2, destaca que:

2 Código civil interpretado: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 3ª ed. São Paulo: Manole, 2010. p. 324.

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fls. 11
Fábio Caetano da Silva – OAB/SC 9985
Jean Pierre Marcon – OAB/SC 25033

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PIERRE MARCON e PDDE-041450105, protocolado em 14/11/2016 às 19:28 , sob o número 03039994020168240079.
Lucro cessante é o que o credor razoavelmente deixou de lucrar em razão
do descumprimento da obrigação pelo devedor. O lucro cessante somente será devido se previsto

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0303999-40.2016.8.24.0079 e código 71B556A.
ou previsível no momento em que a obrigação foi pactuada entre as partes. O dano emergente e o
lucro cessante devem ser devidamente comprovados pelo credor na ação de indenização. [...].

No mesmo sentido é o ensinamento do ilustre doutrinador


Silvio de Salvo Venosa3:

[...] nos danos patrimoniais, devem ser computados não somente a


diminuição no patrimônio da vítima, mas também o possível aumento patrimonial que teria
havido se o evento não tivesse ocorrido. [...] É preciso prever, nesse campo, o curso normal dos
acontecimentos. Por esse prisma, as hipóteses devem ficar sempre nos limites do razoável e no
que pode ser materialmente demonstrado [...].

O mesmo doutrinador, em outra importante obra, esclarece que:

"O lucro cessante traduz-se na dicção legal, o que a vítima


razoavelmente deixou de lucrar. Trata-se de uma projeção contábil nem sempre muito fácil de
ser avaliada. Nessa hipótese, deve ser considerado o que a vítma teria recebido se não tivesse
ocorrido o dano". (Direito Civil, 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 4. p. 30).

Pertinente também a lição de Sério Cavalieri Filho4:

Consiste, portanto, o lucro cessante na perda do ganho esperável, na


frustração da expectativa de lucro, na diminuição potencial do patrimônio da vítima. Pode
decorrer não só da paralisação da atividade lucrativa ou produtiva da vítima, como, por
exemplo, a cessação dos rendimentos que alguém já vinha obtendo da sua profissão, como,
também, da frustração daquilo que era razoavelmente esperado.

3 Direito civil: responsabilidade civil. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. p. 198-199.
4 Programa de Responsabilidade Civil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 72.

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Para arrematar, a renomada doutrinadora Maria Helena Diniz5
assevera que:

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"Os danos patrimoniais constituem a privação do uso da coisa, os
estragos nela causados, ou seja, é a lesão concreta que afeta um interesse relativo ao
patrimônio da vítima, consistente da perda ou deterioração total ou parcial dos bens materiais
que lhe pertencem. O dano material abrange o dano emergente, significando aquilo que o
lesado efetivamente perdeu e o lucro cessante, ou seja, o aumento que o seu patrimônio teria,
mas que deixou de ter, em razão do evento danoso”.

Assim, os prejuízos suportados pela requerente pela


impossibilidade de usufruir do caminhão são incontestáveis, o qual é capaz de gerar
um lucro mensal em torno de R$ 14.000,00 (quatorze mil reais).

Outrossim, persistindo alguma dúvida com relação aos valores


mensais gerados pelo mencionado caminhão, as mesmas podem ser dirimidas
durante a instrução processual e, inclusive através da expedição de ofício ao
Sindicato dos Transportes Rodoviários e para as empresas responsáveis pelos fretes.

Cumpre destacar, por fim, que o valor buscado diz respeito à


indenização por todo o tempo que a requerente está impossibilidade de auferir renda
com a utilização do caminhão, pelo simples fato que a requerida não efetuou o
pagamento da cobertura oportunamente, até o efetivo pagamento, devendo ser
considerado como lucros cessantes.

Portanto, diante de toda a fundamentação esposada alhures,


resta caracterizada o dever da requerida em indenizar os referidos lucros cessantes,
além de todos os danos suportados pela requerente.

5 Curso de direito civil brasileiro. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2007, v. 7. p. 66.

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3 – DOS PEDIDOS

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Diante do exposto, REQUER se digne Vossa Excelência:

3.1 - Receber a presente, invertendo o ônus da prova, a teor do


artigo 6.º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor.

3.2 - Determinar a citação da requerida, no endereço constante


do preâmbulo da exordial, para que tome ciência da presente ação e, querendo,
conteste-a, na forma e prazo legal, sob pena dos efeitos da revelia e confissão.

3.3 - Julgar totalmente procedente a presente ação para:

3.3.1 - Condenar a requerida no pagamento da quantia de R$


213.346,56 (duzentos e treze mil trezentos e quarenta e seis reais e cinquenta e seis
centavos), referente ao valor da apólice devidamente atualizado até a presente data e
que deve ser corrigido e acrescido de juros legais até o efetivo pagamento;

3.3.2 – Condenar a requerida ao pagamento de indenização


pelos lucros cessantes que perfaz o total de R$ 168.000,00 (cento e sessenta e oito mil
reais) até o presente momento, além daqueles meses que se vencerem durante a
instrução processual até o efetivo pagamento ou condenação, o qual deve ser
devidamente atualizado e acrescido de juros de mora desde o evento;

3.3.3 - Condenar a requerida no pagamento de indenização por


danos morais, em valor a ser fixado por este MM. Juízo, mas não inferior a 50
(cinquenta) vezes o salário-mínimo vigente.

4 - Condenar, ainda, a ré ao pagamento das custas processuais,


honorários advocatícios na base legal de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa
e demais cominações de estilo;

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JEAN PIERRE MARCON e PDDE-041450105, protocolado em 14/11/2016 às 19:28 , sob o número 03039994020168240079.
5 - Deferir a possibilidade de produção de todos os meios de
prova em direito admitidas, sem exceção.

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6 – Deferir a requerente os benefícios da Justiça Gratuita, nos
termos da Lei nº 1.060/50, pelo fato de ser pessoa com parcos recursos financeiros, de
forma que não pode arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu próprio
sustento e da família.

7 – Designar audiência de conciliação ou de mediação

Dá-se à causa o valor de R$ 425.346,56 (quatrocentos e vinte e


cinco mil trezentos e quarenta e seis reais e cinquenta e seis centavos).

Termos em que pede deferimento.

Fraiburgo/SC, 01 de novembro de 2016.

FÁBIO CAETANO DA SILVA JEAN PIERRE MARCON


OAB/SC 9.985 OAB/SC 25.033

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