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A Justiça de São Paulo concordou com a cantora e, determinou uma indenização de 450.000
reais: 150.000 reais para cada autor. O tribunal manteve a indenização, mas reduziu o valor da
indenização para cada peticionário em 50.000 reais. No STJ, Rafinha Bastos questionou a
obrigatoriedade da indenização e argumentou que não houve dano moral, pois Wanessa
afirmou que não buscava indenização moral, mas apenas "punir o ofensor". Caso o pedido
não fosse aceito, o humorista pedia a redução do valor designado. Ambos os pedidos foram
rejeitados. O relator, ministro Marco Buzzi, considerou o comentário “repreensível, agressivo
e grosseiro e, na verdade, causou um abalo moral”. A redução da indenização foi rejeitada
porque obrigaria o tribunal a reavaliar as provas do caso, o que é vedado pela Súmula 7.
Rafinha Bastos chegou a questionar o fato de o judiciário reconhecer que o feto tem direito à
indenização. A questão foi resolvida no julgamento, pois o artigo 2º do Código Civil garante
os direitos do nascituro e a jurisprudência do STJ é nesse sentido.
“Embora a dor da mãe possa refletir o desenvolvimento natural do feto, não basta caracterizar
os elementos subjetivos do crime de agredir o bebê. É preciso que a vítima tenha consciência
da dignidade ou decoro, caso contrário não haveria tipicidade. "
Para o juiz Luís Beethoven, estava claro que as palavras de Rafinha Bastos ofendeu, "em
linguagem vulgar", a moral da família e na sua "visão distorcida" afetavam até mesmo o
nascituro. Ele disse:
"De todos os dons que Deus deu à humanidade, nenhum é maior do que uma criança ... mas,
infelizmente, nem mesmo cuidou o incivil rogado."
No final, o filho de Wanessa Camargo venceu a ação contra Rafinha Bastos, e o nascituro
teria direito à honra!
“Pela existência do pólo ativo do nascituro, o setor público tem intervindo nessa conduta ...
De fato, mesmo que não tenha personalidade jurídica, os direitos do nascituro estão
atualmente protegidos pelo Código Civil ... Vale a pena mencionar que seus direitos de
personalidade devem ser respeitados e observados por se tratar de uma pessoa em formação,
portanto, considerando que sua honra foi violada por terceiro, os pais podem entrar com ação
judicial em seu nome para obter danos morais.