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1.

Preliminarmente

No dia 20 de setembro de 2011, o humorista Rafinha Bastos do programa CQC


apresentador na TV Bandeirantes fez uma declaração ao vivo sobre a gravidez de Wanessa Carmago
" Que comeria ela e o bebê, não tô nem ai". Por se sentirem ofendidos pelo comentário, Wanessa
Carmago e seu marido, Marcus Buaiz, entraram com duas ações uma civil e criminal. 1

O comediante além de uma possível apologia ao crime de estupro sugere a


pedofilia, ou seja, o comentário de Marcelo Taz achando a cantora uma gracinha, refere-se a beleza
física da mesma que realçada com sua gestação.

Jamais e em momento algum um comediante pode se valer de um espaço na


mídia para achar que fazer piada com a célula mais importante que adi vem toda a sociedade,
estamos falando da Família.

Reavaliar conceitos, tabus e visões da evolução de nossa sociedade, não deve nos
projetar para embates grosseiros, travestidos de piadas, porque por muitos séculos as cruzadas e
cavaleiros templários, também colocavam seus atos hoje classificados como hediondos, como a
serviços de “Deus”, mas que na verdade estava incutido um estado de interesses capitalista
extremamente selvagem. E hoje os tidos humoristas colocavam o inverso, o povo aceitando e
agindo através de piadas e pensamentos grotescos atingindo direito de outrem.

Não há o que se falar em “canibalismo”, porque projetaria o humorista em tela


com problemas psicológicos graves, obstando assim o seu ingresso em uma emissora do porte da
REDE BANDEIRANTES.

Seu ato foi tão agressivo que, de própria e de certa forma uma justa atitude,
pediu demissão da citada emissora.

Ao retrocedermos na História do Direito, veremos que, o mesmo foi criado e


materializado em códigos, e tais códigos nos dizem o que fazer e como fazer, ou seja, nos
colocando limites para podermos viver bem em sociedade, respeitando os direitos individuais do ser
humano.
É notório e sabido que uma gestante, tem seu quadro fisiológico e psicológico
totalmente alterando, chegando a níveis de stress e fragilidade altos, então o humorista como
qualquer cidadão não pode se colocar na posição de desconhecer as leis que regem seu País, e que
em dado momento esse infeliz comentário pode te-la projetado para uma tortura psicológico tendo
em vista as programações mentais de explicações que terá de dar toda vez que se deparar com
algum jornalista ou paparazes de plantão tende mais sensacionalismo ao fato.

2. Da Defesa

A reclamante Wanessa processa o Sr. Rafael Bastos por mencionar a seguinte


frase " comeria ela e o bebê, não tô nem ai" em uma programa de televisão ao vivo, tal foi a
surpresa, para isso, a autora resolveu mover uma ação contra o humorista no Art. 139 - Difamar
alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena de detenção de três meses a um
não, e multa. Difamação: é imputar a alguém fato não-criminoso, porém ofensivo a sua
reputação (art. 139). É, pois, como a calúnia ofensa à honra objetiva e, conseqüentemente,
exige comunicação à terceiro.

Sendo a autora grávida seu primeiro filho, a mesma se sentiu no direito de


defender seu nascituro com o instituo de mãe tendo a lei ao lado dela, tanto a lei civil como a penal
protegem o nascituro assegurando seus direitos antes mesmo de ter nascido.

A justiça está aí para isso. Assegurar os direitos do cidadão. Respeito tem que ser
para todas as classes sociais. Para fazer humor tem que ter talento e sempre respeitar a vida. O
humor é para divertir a população e não para depreciar ou invadir a intimidade da vida alheia. Se
algo invade nossa vida pessoal, não podemos deixar passar, se não acaba ficando banalizados os
valores familiares, não podemos achar que é normal alguém ser ofendida em um programa de TV,
em rede nacional. Não estamos aqui para censura o direito da impressão.

A autora nunca se importou com humor sarcástico do programa, como a mesma


se encontra grávida nesse período a mulher fica mais sensível comprovado cientificamente.

Wanessa resolveu processar o humorista, para que isso não aconteça com outras
pessoas o que ocorreu com ela precisamos dar um basta nesse humor que ofende e agride as
pessoas.

A autora acreditava que o réu iria ter alguma atitude de arrependimento,


mas o réu não se pronunciou. A autora assistiu um vídeo produzido e postado pelo réu onde ele, em
uma churrascaria, ironiza toda essa história. Depois de fato a autora viu na justiça o melhor caminho
para resolver esse fato.
Todavia réu se manteve firme, pois em nenhum momento se arrependeu,
continuo achando que não tinha nada demais na frase dita.
Bibliografia
1 – http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2341713/art-139-do-codigo-penal-decreto-lei-
2848-40
http://www.standupcomedy.com.br/rafinha-bastos-ganha-de-wanessa-camargo-na-justica-ese-

livra-de-pagar-indenizacao/

http://blogs.pop.com.br/tv/justica-decide-a-favor-de-rafinha-bastos-na-acao-movidapor-
wanessa-camargo/

http://f5.folha.uol.com.br/televisao/977991-comeria-ela-e-o-bebe-diz-rafinha-bastos-sobrewanessa-
camargo-gravida.shtml

http://www.conjur.com.br/2013-jan-31/decisao-exclui-filho-wanessa-camargo-acao-rafinhabastos

http://s.conjur.com.br/dl/acordao-rafinha-bastos-acordao-13.pdf

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