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Aula: Parte Geral: Capacidade. Atualização devido ao Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº
13.146/2015).
Professor (a): Rafael da Mota Mendonça
Monitor (a): Lívia Cardoso Leite
Aula 01
CAPACIDADE
1. Espécies de Capacidade
De acordo com o art. 1º, personalidade é a aptidão genérica para a aquisição de direitos e
deveres na ordem civil, ou seja, é a capacidade que a pessoa tem de adquirir direitos e deveres no âmbito
cível.
Quando há personalidade, aptidão, capacidade de adquirir direitos e deveres na ordem civil, o
que há é a capacidade de direito. O conceito de capacidade de direito se confunde com o conceito de
personalidade.
A capacidade de direito é a capacidade que se tem de ser titular de direitos e deveres, ou seja,
é o simples fato de se poder titularizar personalidade jurídica. Personalidade é a capacidade para adquirir
direitos e deveres na ordem civil. Os conceitos se confundem.
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Um recém-nascido de 1 mês e meio de idade tem personalidade, pois nasceu com vida.
Também tem capacidade de direito. Os conceitos se confundem.
A idade núbil, idade mínima para casar, de acordo com o art. 1517 do CC, é de 16 anos.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos
os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
O menor com 16 anos, desde que autorizado por seus pais, pode casar.
Um menor de 15 anos tem personalidade, pois nasceu com vida; tem capacidade de direito,
mas não para casar. Para casamento a sua capacidade de direito sofre uma limitação.
Um menor de 17 anos tem personalidade e capacidade de direito, mas não tem capacidade de
direito para adotar uma criança. Só pode adotar aos 18 anos.
A capacidade de direito pode sofrer limitações, o que não ocorre com a personalidade.
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu
consorte.
É a possibilidade, a aptidão que a pessoa tem para praticar PESSOALMENTE atos jurídicos.
Possibilidade que se tem de sozinho praticar atos jurídicos.
Quem não tem essa aptidão, quem não pode pessoalmente, quem não pode sozinho praticar
atos jurídicos, é chamado de incapaz. A incapacidade pode ser ABSOLUTA ou RELATIVA.
Os absolutamente incapazes não têm aptidão para sozinhos, para pessoalmente praticar atos
jurídicos, mas podem praticá-los se estiverem representados.
Os relativamente incapazes também não têm aptidão para praticarem pessoalmente atos
jurídicos, mas podem praticá-los se estiverem assistidos.
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
(dezesseis) anos.
Tempo de posse contra absolutamente incapaz não é contado para fins de usucapião, mas é
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Lei nº 13146/15, art. 1º - É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto
da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e
seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho
de 2008, em conformidade com o procedimento previsto no §3º do art. 5º da Constituição da República Federativa
do Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados
pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno.
Devemos ler o art. 3º antes do Estatuto do Deficiente e o art. 3º após o Estatuto do Deficiente.
o
Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
o
Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
(dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
III - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
Hoje, o único absolutamente incapaz do art. 3º é o menor de 16 anos. O que aconteceu com
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Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
o
Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei
nº 13.146, de 2015)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação
dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015)
Saíram do inciso II “os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido”. Estes
passaram a ser plenamente capazes.
No inciso III estão “’aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir
sua vontade”. Estes estavam no antigo art. 3º, inciso III. O inciso novo ganhou a palavra “permanente”.
Agora todos são relativamente incapazes.
O antigo art. 4º, inciso III, que falava sobre “os excepcionais, sem desenvolvimento mental
completo”, não mais existe, pois estes passaram a ser plenamente capazes.
O inciso IV continua o mesmo e fala sobre os pródigos.
Podemos notar, com as alterações vistas, que após o Estatuto do Deficiente passaram a ser
plenamente capazes “os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos”, “os que, por deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido”, e “os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo”. Todos passaram a ser plenamente
capazes. Em resumo, os deficientes mentais passaram a ser plenamente capazes. Ex: pessoas com
síndrome de Down, Alzheimer, algum grau de autismo etc. Todas passaram a ser plenamente capazes.
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O bisavô com Alzheimer é capaz? Sim. Plenamente capaz. E se o Alzheimer for muito avançado
e ele não conseguir praticar atos da vida civil? Ele pode ser interditado. Nada impede que os familiares
movam contra ele uma ação de interdição.
As pessoas com síndrome de Down exemplificam muito bem a intenção legislativa. Temos
graus diferentes da síndrome. Há pessoas que foram mais estimuladas na infância, tiveram educação e
estímulos apropriados ao seu tipo de deficiência, e outras que não tiveram, por inúmeras razões. Há
pessoas com síndrome de Down com plena autonomia, que podem trabalhar, se casar, constituir uma
família, podem integrar as relações sociais. Já outras portadoras da síndrome possuem maiores
dificuldades. Para estas, nada impede que sejam interditadas, que haja a nomeação de um curador para
elas.
Assim, o que temos é uma lei que tenta dar maior autonomia aos portadores de deficiência
mental.
Estatuto do Deficiente, art. 6º - A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive
para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas
sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Os deficientes mentais hoje são capazes. A intenção do legislador foi dar maior autonomia às
pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, as tornando plenamente capazes para a prática dos atos
da vida civil.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
O dispositivo também foi alterado pelo Estatuto do Deficiente. Foi uma alteração mais formal,
mas que chama a atenção pelo grau inclusivo da legislação. O parágrafo único dizia: “A capacidade dos
índios será regulada por legislação especial”. A palavra índio foi mudada para indígena. A palavra
“indígena” é menos vexatória, mais inclusiva. A palavra índio pode ter um cunho pejorativo.
A capacidade dos indígenas é regulada por legislação especial. Essa legislação é o Estatuto do
Índio, agora Estatuto do Indígena, Lei nº 6001/732.
Lei nº 6001/73, art. 9º - Qualquer índio poderá requerer ao Juiz competente a sua liberação do
regime tutelar previsto nesta Lei, investindo-se na plenitude da capacidade civil, desde que preencha os requisitos
seguintes:
I - idade mínima de 21 anos;
II - conhecimento da língua portuguesa;
III - habilitação para o exercício de atividade útil, na comunhão nacional;
IV - razoável compreensão dos usos e costumes da comunhão nacional.
Parágrafo único. O Juiz decidirá após instrução sumária, ouvidos o órgão de assistência ao índio e o
Ministério Público, transcrita a sentença concessiva no registro civil.
sem assistência. Que atos são esses? Quais atos o menor entre 16 e 18 anos pode praticar sem assistência?
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Dispõe sobre o Estatuto do Índio.
Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o
mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas
por menores.
O que causa estranheza é que para ser mandante a pessoa tem de ser maior e capaz, mas
para ser mandatária pode ter entre 16 e 18 anos. Essa dinâmica decorre do próprio conceito de mandato.
O mandatário atua em nome e como se fosse o mandante. O que é de extrema relevância é que o
mandante seja maior e capaz. O mandatário pode ser relativamente incapaz. Se o mandante confia em
um relativamente incapaz, entre 16 e 18 anos, para praticar atos em seu nome, não há problema. Porém,
depois ele não pode alegar a menoridade para se negar à prática do ato. Vai ter que praticar o ato. Não
pode se utilizar da menoridade para se negar.
3º - Pode celebrar testamento. Nada impede que um menor entre 16 e 18 anos celebre um
testamento. CC, art. 1860, parágrafo único:
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno
discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
5º - Pode servir às Forças Armadas. A legislação específica afirma que o alistamento deve ser
feito no ano em que se completa 18 anos. Assim, muitas vezes o alistamento é feito aos 17 anos.
Adquire-se capacidade plena aos 18 anos. Porém, há algumas hipóteses em que o menor tem
a sua capacidade plena antecipada. Essas hipóteses são chamadas de emancipação.
As espécies de emancipação estão no art. 5º, parágrafo único do CC:
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I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis
anos completos;
Emancipação voluntária
Quais são os requisitos para que um pai emancipe por vontade própria os seus filhos?
- O menor tem de ter no mínimo 16 anos;
- Vontade de ambos os pais;
- Instrumento público.
O menor de no mínimo 16 anos pode ser emancipado pela vontade manifestada de ambos os
pais por instrumento público. Assim, os pais podem antecipar a capacidade plena do menor.
Se um dos pais estiver morto ou ausente, basta a vontade do pai vivo ou presente. Se os 2
tiverem vivos e presentes, e um não quiser emancipar o filho, o menor, representado pelo outro, que
autorizou a emancipação, pode propor uma ação de suprimento judicial de vontade, ação de substituição
de vontade.
Importante! Quando há decisão judicial substituindo a vontade do pai ou da mãe que não
autorizou a emancipação, a emancipação não deixa de ser voluntária. Continua sendo voluntária mesmo
com o pai ou a mãe negando e com a vontade substituída por decisão judicial. Não passa a ser
emancipação judicial só pelo fato de a vontade de um deles ter sido substituída.
Se os pais manifestarem a sua opinião por instrumento particular, ou seja, emanciparem por
instrumento particular, a emancipação é NULA, uma vez que a forma exigida no inciso I, 1ª parte, é a
pública, e o art. 166, inciso IV, do CC diz que quando o ato não cumpre com a forma prescrita em lei, temos
a nulidade absoluta dele.
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Emancipação judicial
Emancipação legal
O casamento emancipa. A idade núbil, idade para casar, nos termos do art. 1517 do CC, é de
16 anos. Menor com 16 anos pode casar, desde que tenha autorização dos seus pais. Os pais não estão
emancipando, mas autorizando o casamento e é este que, por força de lei, emancipa.
Se um dos pais não quiser autorizar o casamento, o menor, representado pelo outro, pode
propor a ação de suprimento judicial de vontade.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos
os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil
(art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.
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A única hipótese em que o menor pode casar com idade inferior a 16 anos é a hipótese de
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Quando passa no concurso público está emancipado. Emprego público deve ser lido como
serviço público em sentido lato.
A redação do parágrafo único foi copiada do CC de 1916. A maioridade no CC/16 era aos 21
anos, de forma que o inciso tinha muita relevância. Às vezes, com 18 anos já se podia fazer concursos
públicos e passar antes dos 21 anos. Portanto, estaria emancipado. Hoje são pouquíssimos os concursos
que se faz com menos de 18 anos e a maioridade é aos 18 anos. Assim, o dispositivo perdeu um pouco da
importância.
Também perdeu a relevância com a maioridade aos 18 anos. Quando a maioridade era aos 21
anos, até se poderia colar grau com menos de 21 anos.
A economia própria emancipa. Como se prova, na prática, que há economia própria para, por
força de lei, estar emancipado?
Isso é muito peculiar. Por isso que muitas vezes, nessas situações específicas, há necessidade
de propositura de uma ação declaratória, que é uma ação que busca uma sentença que declara uma
determinada situação jurídica, como por exemplo a economia própria. Com essa decisão judicial se faz
prova nos lugares de que há a economia própria e a possibilidade da prática de atos sem assistência. No
caso é assistência porque tem de ter no mínimo 16 anos.
Dois enunciados do Conselho da Justiça Federal são importantes no que diz respeito à
emancipação em geral:
Nº 3 – Art. 5º: A redução do limite etário para a definição da capacidade civil aos 18 anos não
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altera o disposto no art. 16, I, da Lei n. 8.213/913, que regula específica situação de dependência econômica
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para fins previdenciários e outras situações similares de proteção, previstas em legislação especial.
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Lei que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
Nº 397 – Art. 5º: A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está sujeita à
desconstituição por vício de vontade.
Esse enunciado também tem grande repercussão. Os vícios de consentimento podem tornar
nula ou anulável a emancipação, sobretudo no que diz respeito aos pais, quando os pais emancipam os
filhos e o consentimento de um dos pais está viciado. Nesses casos é possível a revisão.
Isso está muito presente quando se está diante de questões inerentes à responsabilidade civil.
Há grandes repercussões.
Quando falamos em responsabilidade civil por atos praticados por menores ou por incapazes,
vem à cabeça o art. 932 do CC:
O art. fala sobre a responsabilidade civil por fato de outrem ou por fato de terceiro. Nem
sempre quem causa o dano é que responde por ele. Muitas vezes uma pessoa causa um dano e é outra que
responde por ele.
Quem responde pelos atos praticados pelo incapaz são seus representantes. Por um filho
menor são os pais, por um tutelado é o tutor, por um curatelado é o curador etc.
O art. 933 do CC diz que as pessoas referidas no art. 932 do CC respondem de forma objetiva
pelos ilícitos praticados. Isso não exclui a necessidade de se provar a conduta culposa de quem praticou o
ilícito. A conduta culposa de quem praticou o ilícito é imprescindível. Não precisa provar a conduta culposa
das pessoas responsáveis, elencadas no art. 932. Destas não há de ser demonstrada conduta culposa. Elas
respondem objetivamente, diferente daqueles que praticaram o ilícito, que têm de ter a culpa provada.
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Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I
- o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015)
O art. 942, parágrafo único, diz que a responsabilidade é solidária. As pessoas indicadas no art.
932 respondem de forma objetiva e solidária pelos ilícitos, objetiva e solidária com aqueles que praticaram
os ilícitos.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à
reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela
reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas
designadas no art. 932.
Essa observação se dá por conta dos incisos I e II do art. 932 do CC. O inciso I fala de ilícitos
praticados por filhos menores e o inciso II fala de ilícitos praticados por tutelados e curatelados.
O que é que filhos menores, tutelados e curatelados têm em comum? Todos são incapazes. O
CC traz institutos de proteção ao incapaz. Quando um incapaz pratica um ilícito, o art. 928 do CC diz que ele
responderá não de forma solidária, mas sim de forma subsidiária. Os incapazes responderão de forma
subsidiária pelos ilícitos por eles praticados. A responsabilidade é subsidiária, e não solidária. Sistema de
proteção. Os incapazes responderão apenas na hipótese de os seus representantes não terem condições de
fazê-lo e eles próprios tiverem patrimônio para tanto.
CC, art. 928 - O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
pode querer emancipar para se livrar da responsabilidade. Para evitar emancipações fraudulentas, o
instituto é interpretado de modo a fazer com que a responsabilidade seja solidária.
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