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DIREITO EMPRESARIAL

As Sociedades
07 Empresárias

07.1 – Introdução

Noções gerais
Noções iniciais:
As sociedades empresárias são entidades resultantes de um acordo de duas ou mais pessoas
(affectio societatis), para o exercício de atividade empresarial, reunindo capital e trabalho
para a realização de operações com o fim lucrativo. As sociedades empresárias têm
titularidade negocial, desenvolvendo atividades econômicas, assumindo obrigações e
direitos, e titularidade processual, pois têm legitimidade para estar em juízo em relação aos
assuntos de seu interesse. A sociedade responde com o seu próprio patrimônio pelas
obrigações que assume. Este patrimônio não se confunde com os patrimônios dos sócios que
a compõe, porém, dependendo do tipo societário, os sócios poderão responder em caráter
subsidiário quando exaurido o patrimônio social. Assim, a responsabilidade dos sócios pode
ser limitada ou ilimitada.

A affectio societatis é o elemento subjetivo, intencional, que demonstra por parte do sócio, de
união e aceitação das normas de constituição e funcionamento da sociedade.

Art. 981 - Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir,
com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
CÓDIGO CIVIL
Parágrafo único - A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios
determinados.

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Sociedade empresária ou simples:
O modo de exploração do objeto social identifica a sociedade como sendo empresária. As
sociedades anônimas serão sempre empresárias, ainda que o seu objeto não seja
empresarialmente explorado e as cooperativas serão sempre sociedade simples.

Art. 982 - Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
CÓDIGO CIVIL
Parágrafo único - Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por
ações; e, simples, a cooperativa.

Características gerais da sociedade empresária


São características da sociedade empresarial:
ƒ constitui-se por contrato, entre duas ou mais pessoas;
ƒ nasce com o registro do contrato ou estatuto no registro competente;
ƒ tem por nome uma firma ou razão social ou uma denominação;
ƒ extingue-se pela dissolução, por expirado o prazo de duração ajustado, por iniciativa
de sócios, por ato de autoridade, etc.;
ƒ é uma pessoa (jurídica), com personalidade distinta das pessoas dos sócios;
ƒ tem vida, direitos, obrigações e patrimônio próprios;
ƒ é representada por quem o contrato ou estatuto designar;
ƒ o patrimônio é da sociedade e não dos sócios;
ƒ responde sempre ilimitadamente pelo seu passivo;
ƒ pode modificar sua estrutura, por alteração no quadro social ou por mudança de tipo;
ƒ a formação do nome da sociedade e a responsabilidade dos sócios varia conforme o
tipo de sociedade;
ƒ classifica-se em "sociedade de pessoas quando os sócios são escolhidos
preponderantemente por suas qualidades pessoais, ou "sociedade de capital" quando é
indiferente a pessoa do sócio, como na sociedade anônima;
ƒ pode ser estrangeira ou brasileira.

Classificação das sociedades


As sociedades comerciais podem ser classificadas segundo vários critérios, tais como:

1) Quanto à responsabilidade dos sócios:


ƒ sociedade limitada: quando o contrato social restringe a responsabilidade dos sócios
ao valor de suas contribuições ou a soma do capital social (sociedade limitada e
sociedade anônima);
ƒ sociedade ilimitada: quando todos os sócios assumem responsabilidade ilimitada e
solidária relativamente às obrigações sociais (sociedade em nome coletivo);

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ƒ sociedade mista: quando o contrato social conjuga a responsabilidade ilimitada e
solidária de alguns sócios com a responsabilidade limitada de outros sócios (sociedade
em comandita simples e sociedade em comandita por ações).

2) Quanto à personificação:
ƒ sociedades personificadas: tem personalidade jurídica;
ƒ sociedades não personificadas (sociedade em conta de participação);

3) Quanto à forma do capital:


ƒ sociedade de capital fixo (empresariais);
ƒ sociedade de capital variável (cooperativas).

4) Condições de alienação da participação societária:


ƒ sociedades de pessoas: são as que se constituem tendo em vista a pessoa dos sócios,
assim ninguém nela ingressa, nem nela se faz substituir, sem a concordância dos
demais sócios, importando o ingresso ou retirada em modificação do contrato social
(ex: sociedade em nome coletivo e comandita simples);
ƒ sociedades de capital: nestas é indiferente a pessoa do sócio, prevalecendo o
impessoalismo do capital, pois o acionista ingressa na sociedade ou dela se retira, sem
dar atenção aos demais, pela simples aquisição ou venda de suas ações e não havendo
necessidade de alteração do ato constitutivo (ex: sociedades anônimas e comandita por
ações).

As sociedades limitadas são consideradas híbridas, ora sendo consideradas como de pessoas,
ora sendo consideradas como de capital, dependendo do conteúdo do seu contrato social.

O nome da sociedade
Firma ou razão social:
A firma ou razão social deve ser formada por uma combinação dos nomes ou prenomes dos
sócios. Pode ser formada pelos nomes de todos os sócios, de vários deles, ou de um somente.
Mas se for omitido o nome de um ou mais sócios, deve-se acrescentar "& Cia.", por extenso
ou abreviadamente. A firma ou razão social é não só o nome, mas também a assinatura da
sociedade. Assim, o sócio-gerente da empresa ao emitir um cheque, lançará nele a
assinatura coletiva e não a sua assinatura individual.

Denominação social:
Na denominação social não se usam os nomes dos sócios, mas uma expressão qualquer, de
fantasia, indicando tanto quanto possível o ramo de atividade, como, por exemplo,
Tecelagem Moinho Velho Ltda. Poder-se-á usar até um nome próprio sem que isso
signifique, contudo, que exista no quadro social um sócio com esse nome. Exemplo: Fiação
Augusto Ribeiro S/A. Neste caso, o nome próprio pode representar apenas uma homenagem
a uma pessoa, equiparando-se ao nome de fantasia. Ao contrário da firma ou razão social, a
denominação é só um nome, não podendo ser usada como assinatura. Assim, ao emitir um
cheque, em nome da sociedade, o sócio-administrador lança a sua assinatura individual,
como representante da sociedade.

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Título de estabelecimento:
O "título de estabelecimento" é o nome que se dá ao estabelecimento comercial (fundo de
comércio), ou a um local de atividades. É nome de coisa, e não de pessoa natural ou jurídica.
Não se confunde, portanto, o nome de sociedade com o título do estabelecimento. O título
de estabelecimento pode também ser considerado como sendo um apelido ou cognome da
empresa. Ex.: Cia Athletica, Pão de Açúcar.

A constituição das sociedades


Ato constitutivo:
A sociedade se forma pela manifestação da vontade de duas ou mais pessoas, que se
propõem a unir os seus esforços e cabedais para a consecução de um fim comum.

Produtor rural:
Produtor rural é a pessoa física que explora a terra visando à produção vegetal, criação de
animais (produção animal) e também a industrialização desses produtos primários
(produção agroindustrial). O produtor rural passa a ser considerado empresário rural, cuja
atividade rural constitua sua principal profissão, pode requerer inscrição no Registro
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário (CC, art. 971). A lei assegura tratamento
favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural quanto à inscrição e aos efeitos
daí decorrentes. (CC, art. 970)

Personalidade jurídica
A sociedade adquire a personalidade jurídica com a inscrição dos seus atos constitutivos no
registro competente. (CC, art. 985)

Pessoa jurídica:
Entende-se por pessoa jurídica o ente incorpóreo que, como as pessoas físicas, pode
ser sujeito de direitos. Não se confundem, assim, as pessoas jurídicas com as pessoas
físicas que deram lugar ao seu nascimento; pelo contrário, delas se distanciam,
adquirindo patrimônio autônomo e exercendo direitos em nome próprio.Por tal razão,
as pessoas jurídicas tem nome particular, como as pessoas físicas, domicílio e
nacionalidade, podem estar em juízo, como autoras ou como rés, sem que isso se
reflita na pessoa daqueles que as constituíram. Finalmente, têm vida autônoma,
muitas vezes superior às das pessoas que as formaram; em alguns casos, a mudança
de estado dessas pessoas não se reflete na estrutura das pessoas jurídicas, podendo,
assim, variar as pessoas físicas que lhes deram origem sem que esse fato incida no
seu organismo. É o que acontece com as sociedades institucionais ou de capitais,
cujos sócios podem mudar de estado ou serem substituídos sem que se altere a
estrutura social.

Aquisição da personalidade jurídica:


A sociedade adquire personalidade jurídica por concessão da lei. A existência das pessoas
jurídicas, e entre elas a das sociedades empresárias, começa com a inscrição de seus atos
constitutivos no registro que lhes é peculiar. As sociedades que arquivam seus contratos ou
atos constitutivos no Registro Público das Empresas Mercantis adquirem, assim,
personalidade jurídica. São chamadas, por isso, sociedades regulares. Ao contrário, as que
não o fazem, tenham ou não contrato escrito, são chamadas sociedades irregulares. A

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sociedade anônima, não tendo seus atos constitutivos registrados, não passa a ser irregular,
apenas não se constitui, e seus diretores são responsáveis pelos atos que praticarem.

Efeitos da personalidade jurídica:


Adquirindo personalidade jurídica, diversas consequências úteis ocorrem à sociedade
empresária. Entre elas podem-se depreender as mais expressivas:
ƒ Considera-se a sociedade uma pessoa, isto é, um sujeito "capaz de direitos e
obrigações". Pode estar em juízo por si, contrata e se obriga.
ƒ Tendo a sociedade, como pessoa jurídica, individualidade própria, os sócios que a
constituírem com ela não se confundem, não adquirindo por isso a qualidade de
empresários.
ƒ A sociedade com personalidade adquire ampla autonomia patrimonial. O patrimônio é
seu, e esse patrimônio, seja qual for o tipo da sociedade, responde ilimitadamente pelo
seu passivo.
ƒ A sociedade tem a possibilidade de modificar a sua estrutura jurídica, adotando outro
tipo de sociedade com a alteração do contrato social.

Desconsideração da pessoa jurídica:


Sempre que a sociedade empresária for utilizada para a realização de fraudes, é possível
responsabilizar direta, pessoal e ilimitadamente, o sócio por obrigação que, originariamente,
cabia à sociedade. A desconsideração da pessoa jurídica não atinge a validade do ato
constitutivo, mas a sua eficácia episódica.

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07.2 – A Sociedade Não Personificada

A sociedade comum
Noções Gerais:
A sociedade empresária irregular ou de fato é disciplinada sob a designação de “sociedade
comum”, ou seja, aquela sem o devido registro do seu ato constitutivo no órgão competente.
O empresário irregular também não poderá pedir falência ou concordata.

Art. 986 - Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em
CÓDIGO CIVIL
organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem
compatíveis, as normas da sociedade simples.

Responsabilidade:
Na sociedade em comum, todos os sócios respondem sempre solidária e ilimitadamente
pelas obrigações sociais, sendo ineficaz eventual cláusula limitativa desta responsabilidade
no contrato social. (CC, art. 990)

Prova de existência:
Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a
existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. (CC, art. 987)

Bens sociais:
Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em
comum. Esses bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos
sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o
terceiro que o conheça ou deva conhecer. (CC, arts. 988 e 989)

A sociedade em conta de participação


Noções:
A sociedade em conta de participação é aquela formada por duas ou mais pessoas, sem
firma social, buscando um lucro comum, em uma ou mais operações determinadas, ficando
um ou mais sócios em posição ostensiva e outro ou outros em posição oculta (participante).
É também denominada de sociedade acidental, momentânea ou anônima, pois não possui
firma ou razão social, não aparecendo em face de terceiro com quem o sócio ostensivo
negocia pessoalmente. Esta sociedade não é irregular, pois a lei a admite, embora seja
despersonalizada e tenha caráter secreto. A sociedade em conta de participação não tem
personalidade jurídica e assim não assume em seu nome nenhuma obrigação e também não
está sujeita à falência ou recuperação judicial.

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Constituição:
A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e
pode provar-se por todos os meios de direito. (CC, art. 992)

Sócio ostensivo:
Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida
unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva
responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Obriga-se
perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio
participante, nos termos do contrato social. (CC, art. 991).

Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não
pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder
solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.

Contrato social:
O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu
instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.

O contrato social funciona como um documento para uso interno entre os sócios, não
aparecendo perante terceiros. Este contrato entre os sócios, se registrado, não confere
personalidade jurídica à sociedade.

Aplicação subsidiária das regras da sociedade simples:


Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for
compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas
relativas à prestação de contas, na forma da lei processual. (CC, art. 996)

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07.3 – A Sociedade Simples

Noções gerais
Noções iniciais:
A sociedade simples foi introduzida pelo Novo Código Civil em substituição à sociedade
civil. Abrange as sociedades que não exercem a atividade própria de empresário, assim não
se constitui num tipo de sociedade empresária, mas em um outro tipo de sociedade,
podendo assumir a forma de qualquer tipo societário destinado às sociedades empresárias
(sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade limitada). Não o
fazendo, irá subordinar-se às normas que lhe são próprias. O estudo de suas regras é
importante, pois são aplicadas supletivamente às sociedades em nome coletivo, sociedades
em comandita simples e sociedades limitadas (se no contrato não dispuser de forma
diversa).

O contrato social das sociedades limitadas pode optar pela aplicação supletiva das normas das
sociedades anônimas.

O contrato social
Noções iniciais:
A sociedade empresária e o tipo de sociedade escolhido será concretizado em um contrato
social ou estatuto, em que se definirão as normas disciplinadoras da vida societária. O
contrato de sociedade é um contrato plurilateral, no qual convergem as vontades dos
contratantes para alcançar um objetivo em comum. As cláusulas contratuais podem ser:
ƒ essenciais: são aquelas exigidas para o registro do contrato e a consequente
regularidade da sociedade (CC, art. 997);
ƒ acidentais: as demais cláusulas.

De acordo com o art. 997 do Código Civil, são cláusulas essenciais do contrato social:
ƒ nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a
firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
ƒ denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
ƒ capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie
de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
ƒ a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
ƒ as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
ƒ as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e
atribuições;
ƒ a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
ƒ se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

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Na sociedade em nome coletivo e em comandita simples exige-se a unanimidade para a
mudança de cláusula essencial. No caso da sociedade limitada, a alteração pode ser aprovada
por sócios que representem três quartos do capital social.

Inscrição do contrato social no registro competente:


Para adquirir a personalidade jurídica a sociedade deve arquivar seus atos constitutivos no
registro competente, que no caso das sociedades simples é a serventia de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas (CC, art. 998).

Alteração do contrato social:


As modificações das cláusulas essenciais do contratos social dependem do consentimento de
todos os sócios. As demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato
não determinar a necessidade de deliberação unânime. (CC, art. 999)

Qualquer modificação do contrato social deverá ser averbada no registro competente.

Inscrição de sucursal, filial ou agência:


A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da
inscrição originária. Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá
ser averbada no Registro Civil da respectiva sede. (CC, art. 1000)

Os sócios
Noções iniciais:
Para que a sociedade empresária se forme são necessários sócios, devendo ser no mínimo
dois. O sócio não é proprietário nem credor da sociedade, ele possui um composto de
obrigações e direitos que a lei e o contrato social lhe reservam. A condição de sócio, com as
suas devidas obrigações, começa com o contrato, se este não fixar outra data. (CC, art.
1.001)

A qualidade de sócio:
Na sociedade simples o sócio pode ser pessoa física ou jurídica, brasileiro ou estrangeiro,
residente no país ou no exterior.

O art. 977 do Código Civil permite aos cônjuges contratar sociedade entre si, ou com
terceiros, desde que o regime de bens não seja o da comunhão universal, ou o da separação
obrigatória.

Substituição dos sócios:


O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos
demais sócios, expresso em modificação do contrato social. (CC, art. 1.002)

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Cessão de quotas:
A cessão da quota social está condicionada à concordância dos demais sócios. O sócio que se
retira da sociedade continua responsável, por mais dois anos, pelas obrigações anteriores à
averbação de sua saída no contrato social. (CC, art. 1.003)

Sócio remisso:
Entre as obrigações do sócio, destaca-se a de contribuir para o capital social na forma e
prazo previstos no contrato social. Caso o sócio descumpra o dever de integralizar as quotas
(sócio remisso) a sociedade deve notificá-lo, para constituí-lo em mora assegurando um
prazo de trinta dias para cumprir o seu dever. Se este ainda assim não cumprir com a sua
obrigação os demais sócios poderão optar por uma indenização pelos danos causados pela
mora do sócio, ou pela sua exclusão ou pela redução de sua quota ao valor integralizado.
(CC, art. 1.004)

Bens:
No caso de contribuição em bens que não dinheiro, o sócio responde pela evicção e pela
solvência do devedor no caso de transferência de créditos. (CC, art. 1.005)

Serviços:
No caso de contribuição em serviços não se admite que o sócio o empregue em atividade
estranha à sociedade, sob pena de exclusão e não percepção dos lucros. (CC, art. 1.006)

Participação dos lucros e perdas:


A sociedade tem liberdade para decidir a forma da divisão dos lucros. No silêncio do
contrato social, cada sócio participa dos lucros na proporção de suas quotas. Aquele, cuja
contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do
valor das quotas. (CC, art. 1.007)

O pagamento dos sócios, a título de participação nos lucros sociais, não se confunde com
outros tipos de remuneração a que o sócio pode ter direito. Assim, o contrato social poderá
destinar um pro labore aos que desempenham função de administração.

Cláusula de exclusão:
É nula a cláusula que exclua um ou alguns dos sócios dos lucros ou das perdas sociais. Não é
vedado, porém, a distribuição diferenciada dos lucros entre os sócios. (CC, art. 1.008)

É chamada de sociedade leonina aquela em que o contrato social atribui a apenas um dos
sócios a totalidade dos lucros ou exclui algum dos sócios.

Lucros ilícitos ou fictícios:


A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos
administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo
conhecer-lhes a ilegitimidade. (CC, art. 1.009)

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A administração
Noções:
O contrato social pode organizar o poder de administração, dividindo as atribuições entre
diversas pessoas, definindo a competência de cada um, ou exigindo que os atos sejam
praticados em conjunto. Não havendo designação dos administradores, a administração
compete a cada um dos sócios isoladamente, podendo os administradores praticar de forma
isolada os atos necessários à gestão da sociedade, entre os quais não se encontra a venda ou
oneração de imóveis, que dependem de decisão de todos os sócios, a menos que esse seja o
próprio objeto social.

A exigência de quorum elevado (maioria absoluta ou unanimidade) deve-se à natureza


personalista da sociedade simples, as quais não se destinam a um número muito grande de
sócios.

Administrador:
O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a
diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus
próprios negócios. Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as
disposições concernentes ao mandato. (CC, art. 1.011)

Administração separada:
A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a
cada um dos sócios. Se a administração competir separadamente a vários administradores,
cada um pode impugnar operação pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios, por
maioria de votos. Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que
realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a
maioria. (CC, art. 1.013)

Responsabilidade:
Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros
prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções. (CC, art. 1.016)

Prestação de contas:
Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua
administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial
e o de resultado econômico. (CC, art. 1.020)

O sócio tem o direito de fiscalizar o andamento dos negócios sociais pela prestação de contas
e examinando os livros e documentos, e o estado de caixa da sociedade.

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As relações com terceiros
Direitos e obrigações da sociedade:
A sociedade adquire direitos, assume obrigações e procede judicialmente, por meio de
administradores com poderes especiais, ou, não os havendo, por intermédio de qualquer
administrador. (CC, art. 1.022)

Responsabilidade dos sócios:


Na sociedade simples, a regra geral é que os sócios respondem subsidiariamente na
proporção de sua participação no capital social, salvo cláusula de responsabilidade solidária.

Subsidiaridade da responsabilidade:
A sociedade responde pelas dívidas com o seu próprio patrimônio. Somente no caso de
insuficiência desse patrimônio, os sócios podem ser chamados a responder com o seu
patrimônio pessoal. (CC, art. 1.024)

Novo sócio:
O sócio que ingressa na sociedade não se exime da responsabilidade pelas obrigações
anteriores à sua admissão. (CC, art. 1.025)

Credor particular de sócio:


A quota de cada sócio estará sujeita aos seus credores particulares. O credor particular de
sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a
este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação. (CC, art.
1.026)

Sucessão e separação:
Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se separou judicialmente, não podem
exigir desde logo a parte que lhes couber na quota social, mas concorrer à divisão periódica
dos lucros, até que se liquide a sociedade. (CC, art. 1.027)

A resolução da sociedade em relação a um sócio


Falecimento:
No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
ƒ se o contrato dispuser diferentemente;
ƒ se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
ƒ se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.

Retirada:
Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade;
se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência
mínima de 60 dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. (CC, art.
1.029)

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Nos 30 dias subsequentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da
sociedade.

Exclusão:
De acordo com o art. 1.030 do Código Civil, o sócio de uma sociedade contratual pode ser
excluído por um dos seguintes motivos:
ƒ mora na integralização das cotas (art. 1004 e seu parágrafo único);
ƒ justa causa, por falta grave no cumprimento de suas obrigações;
ƒ incapacidade civil superveniente.

Responsabilidade do sócio após a sua saída:


O sócio que se retira ou é excluído permanece obrigado por dois anos após a averbação da
sua saída, em relação às obrigações anteriores à ela. Nos casos de retirada e exclusão,
enquanto a averbação de sua saída não for requerida, responderá também pelas obrigações
que ocorrerem neste período. (CC, art. 1.032)

A dissolução
Noções:
O fim da sociedade empresária decorre de um processo de extinção, também chamado de
dissolução. A dissolução pode ser extrajudicial ou judicial e compreende as fases de
dissolução (strictu sensu), liquidação e partilha.

Causas da dissolução:
A fase da dissolução strictu sensu é a que desencadeia as demais. A dissolução pode ser
tanto extrajudicial como judicial, de acordo com as hipóteses previstas abaixo em que se
dissolve a sociedade:
ƒ quando ocorre o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem
oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará
por tempo indeterminado;
ƒ quando houver consenso unânime dos sócios para sua extinção;
ƒ por deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo
indeterminado;
ƒ na falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de 180 dias;
ƒ quando ocorrer a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar (neste caso,
o Ministério Público deverá promover a liquidação judicial da sociedade, se os
administradores não o fizerem nos 30 dias seguintes à perda da autorização).
ƒ judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios, quando:
a) anulada a sua constituição;
b) exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade.

O contrato pode prever outras causas de dissolução, a serem verificadas judicialmente quando
contestadas.

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A dissolução judicial se dá por sentença do juiz proferida ao final de procedimento específico
previsto no Código de Processo Civil.

Providências:
Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores providenciar imediatamente a
investidura do liquidante, e restringir a gestão própria aos negócios inadiáveis, vedadas
novas operações, pelas quais responderão solidária e ilimitadamente. Dissolvida de pleno
direito a sociedade, pode o sócio requerer, desde logo, a liquidação judicial. (CC, art. 1.036)

Liquidação:
A liquidação é a fase que tem como objetivo a realização do ativo e o pagamento do passivo
da sociedade. Durante a liquidação, a sociedade empresária sofre restrições em sua
personalidade jurídica, estando autorizada apenas à prática de atos tendentes à solução de
suas pendências obrigacionais.

Liquidante:
Dissolvida a sociedade, é necessária a nomeação de um liquidante. Se não estiver designado
no contrato social, o liquidante será eleito por deliberação dos sócios, podendo a escolha
recair em pessoa estranha à sociedade. O liquidante pode ser destituído, a todo tempo se
eleito mediante deliberação dos sócios ou em qualquer caso, por via judicial, a requerimento
de um ou mais sócios, ocorrendo justa causa. (CC, art. 1.038)

Partilha:
Após todos os pagamentos dos credores da sociedade, procede-se a partilha, que
compreende distribuição, entre os sócios, do remanescente da liquidação, se houver.

A sociedade cooperativa
Noções:
A sociedade cooperativa é uma sociedade simples. É uma associação de pessoas, que
contribuem com seu esforço pessoal ou suas economias, a fim de obter, para si, as vantagens
que o agrupamento possa propiciar. É um sistema que visa a proteger o pequeno produtor e
eliminar desajustamentos sociais oriundos dos excessos de intermediação capitalista. A
cooperativa é uma sociedade de pessoas, e não de capital. O Código Civil diz que a
cooperativa se regerá pelo disposto no Cap. VII (arts. 1.093 a 1.096), ressalvando-se a
legislação especial.

CÓDIGO CIVIL Art. 1.093 - A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo, ressalvada a
legislação especial.

Embora seja considerada uma sociedade simples, o art. 32, II, “a” da Lei 8.394/94 dispõe que
seus atos devem ser arquivados na Junta Comercial.

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Características:
O art. 1.094 estabelece como características legais da sociedade cooperativa:
ƒ variabilidade, ou dispensa do capital social;
ƒ concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da
sociedade, sem limitação de número máximo;
ƒ limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;
ƒ intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que
por herança;
ƒ quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios
presentes à reunião, e não no capital social representado;
ƒ direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e
qualquer que seja o valor de sua participação;
ƒ distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo
sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;
ƒ indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução
da sociedade.

Responsabilidade:
Conforme o art. 1.095, na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser
limitada ou ilimitada:
ƒ É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo
valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a
proporção de sua participação nas mesmas operações.
ƒ É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais.

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07.4 – A Sociedade em Nome Coletivo

Noções gerais
Noções iniciais:
A sociedade em nome coletivo foi o primeiro tipo de sociedade conhecido. De origem
medieval, sua constituição seguia o princípio da união do trabalho que envolvia os membros
de uma mesma família, os quais sentavam à mesa e comiam do mesmo pão. Hoje em dia,
conceituamos a sociedade em nome coletivo como aquela constituída por duas ou mais
pessoas, em que todos os sócios respondem subsidiariamente pelas obrigações sociais, de
forma solidária e ilimitada. É importante lembrar que neste tipo de sociedade todos os
sócios devem ser pessoas físicas.

Art. 1.039 - Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo,
respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
CÓDIGO CIVIL
Parágrafo único - Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato
constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.

Contrato social:
O contrato social deve mencionar, além das indicações constantes do art. 997 do Código
Civil, a firma social (CC, art. 1.041). Neste tipo de sociedade o nome só pode ter a forma de
firma ou razão social, que é em síntese, constituída pelo nome de todos os sócios ou de
alguns deles, seguido da expressão "& Companhia", por extenso ou abreviadamente, "& Cia".

Administração:
A administração da sociedade compete exclusivamente aos sócios, sendo o uso da firma, nos
limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. (CC, art. 1.042)

Dívida particular de sócio:


O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a
liquidação da quota do devedor. (CC, art. 1.043) Poderá fazê-lo quando:
ƒ a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;
ƒ tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor,
levantada no prazo de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório.

Dissolução da sociedade em nome coletivo:


A sociedade em nome coletivo se dissolve por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033
do Código Civil e, se empresária, também pela declaração da falência.

Aplicação subsidiária das regras da sociedade simples:


No restante, aplicam-se as regras para a sociedade simples, que possuem caráter geral (CC,
art. 1.040).

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07.5 – A Sociedade em Comandita Simples

Noções gerais
Noções iniciais:
A sociedade em comandita simples é também uma modalidade bastante antiga surgida na
Itália, durante a Idade Média. Sua denominação deriva do contrato de “commenda”, muito
usado nas cidades comerciais italianas dos sécs. XII e XIII, mediante o qual se entregava,
àquele que empreendia viagem marítima, certa importância em dinheiro ou mercadorias,
para que comerciasse em seu próprio nome e risco, repartindo eventuais lucros.

Sócios da sociedade em comandita simples:


Modernamente, a sociedade em comandita simples é formada por duas espécies de sócios:
comanditados e comanditários. Os comanditários (ou capitalistas) respondem apenas pela
integralização das cotas subscritas, prestam só capital e não podem exercer qualquer
ingerência na administração. Os sócios comanditados além de entrarem com capital e
trabalho, assumem a direção da empresa e respondem de modo ilimitado perante terceiros.

Art. 1.045 - Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os
comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e
CÓDIGO CIVIL
os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.

Parágrafo único - O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.

Sócio Responsabilidade Participação Administração

Comanditário limitada pessoas físicas ou jurídicas não pode exercer

Comanditado solidária e ilimitada somente pessoas físicas pode exercer

Nome:
A firma ou razão social é constituída pelo nome dos sócios comanditados ou de um deles,
seguido da expressão "& Companhia", ou abreviadamente, "& Cia". É vedado ao sócio
comanditário dar o nome à razão social. O que violar a vedação torna-se solidária e
ilimitadamente responsável pelas obrigações sociais, o mesmo ocorrendo se se imiscuir na
administração da sociedade. Impede-se que o sócio não solidário figure ostensivamente na
razão social, pois do contrário induziria em erro os que contratassem com a sociedade.

Art. 1.047 - Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe
fiscalizar as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na
CÓDIGO CIVIL firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.

Parágrafo único - Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio
determinado e com poderes especiais.

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Aplicação subsidiária das normas da sociedade em nome coletivo:
Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo,
no que forem compatíveis. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos
sócios da sociedade em nome coletivo. (CC, art. 1.046)

Administração:
Uma das características da sociedade em comandita simples é o fato de que nem todos os
sócios podem participar da administração. Esta compete aos sócios comanditados ou,
dentre eles, o que for ou os que forem designados no contrato social. Silenciando o contrato
todos os comanditados podem participar da administração e usar a firma ou razão social.

Diminuição da quota do comanditário:


Somente após averbada a modificação do contrato, produz efeito, quanto a terceiros, a
diminuição da quota do comanditário, em consequência de ter sido reduzido o capital social,
sempre sem prejuízo dos credores preexistentes. (CC, art. 1.048)

Reposição de lucros pelo comanditário:


O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo
com o balanço. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, não pode o
comanditário receber quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele. (CC, art. 1.049)

Falecimento de sócios:
Falecendo sócio comanditado ocorrerá a dissolução parcial da sociedade, a menos que o
contrato social expressamente estipule o ingresso de sucessores (art. 1.028, I). Se falecer o
comanditário, a sociedade, em princípio, não se dissolve. Continuará com os sucessores, aos
quais cabe indicar um representante.

Dissolução da sociedade em comandita simples:


Dissolve-se de pleno direito a sociedade: (art. 1.051)
ƒ por qualquer das causas previstas para a sociedade simples;
ƒ quando por mais de 180 dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio.

No caso de falta de sócios comanditados, os comanditários nomearão administrador provisório


para praticar, durante o período de 180 dias e sem assumir a condição de sócio, os atos de
administração.

Sociedade de capital e indústria:


Este tipo de sociedade era prevista na parte revogada Código Comercial e não consta mais no novo
Código Civil, embora seja inegável sua existência histórica. Neste tipo de sociedade há dois sócios, o
sócio capitalista, que entra com o capital, e o sócio de indústria, que participa com o seu trabalho e
conhecimentos técnicos. É um tipo de sociedade muito raro, porque o sócio de indústria hoje é
substituído pelo empregado especializado que passa a ter participação nos lucros, mas nenhuma
participação na sociedade.

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura/MG – 2007) Sobre as sociedades simples, pode-se afirmar que:


( ) a) são um tipo de sociedade personificada, uma vez que seus sócios são necessariamente
pessoas físicas.
( ) b) não é necessário requerer a inscrição da sociedade simples no órgão de registro
competente.
( ) c) a cláusula do contrato social que excluir qualquer dos sócios de participação nos
lucros ou perdas da sociedade é nula.
( ) d) terão sempre prazo determinado de duração.

02 - (Magistratura/PR – 2006) Em relação à sociedade comum, de que trata o art. 986 do Código
Civil, é correto afirmar:
( ) a) O termo inicial da sociedade é a inscrição do ato constitutivo no registro competente.
( ) b) Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; os
bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívida da sociedade, senão
depois de executados os bens sociais, mas desse benefício de ordem está excluído
aquele que contratou pela sociedade.
( ) c) A sociedade goza de proteção do nome empresarial de que trata o art. 1.166 do Código
Civil.
( ) d) É uma sociedade personificada e todos os sócios respondem de forma solidária e
limitada pelas obrigações sociais.

03 - (Magistratura/SC – 2006) Não constitui causa de dissolução da sociedade comercial


personificada:
( ) a) morte de um sócio.
( ) b) vencimento do prazo de duração.
( ) c) extinção da autorização para funcionar.
( ) d) deliberação dos sócios por maioria absoluta quando for por prazo indeterminado.
( ) e) consenso unânime dos sócios.

04 - (Magistratura/SP – 2006) A sociedade simples pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento


de qualquer dos sócios, quando
( ) a) ocorrer discordância na administração social.
( ) b) anulada sua constituição, exaurido o fim social, ou verificada sua inexequilidade.
( ) c) ocorrer execução fiscal ou ilicitude de sua atividade.
( ) d) apenas se verificar a possibilidade de exaustão do fim social.

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05 - (Magistratura/SP - 2005) Sobre a sociedade simples, é correto afirmar que
( ) a) os sócios podem ser pessoas físicas ou jurídicas, brasileiros ou estrangeiros, residentes
no país ou no exterior.
( ) b) os sócios podem ser somente pessoas físicas, brasileiros ou estrangeiros, residentes
somente no Brasil.
( ) c) se admite a sociedade entre cônjuges casados pelo regime da comunhão universal.
( ) d) somente o sócio cuja contribuição consista em serviços pode, mesmo na ausência de
estipulação contratual, empregar-se em atividade estranha à sociedade.

06 - (Magistratura/SP – 2003) Na sociedade em conta de participação,


( ) a) os sócios têm responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações assumidas pela
sociedade.
( ) b) somente o sócio ostensivo responde perante terceiros.
( ) c) ambos os sócios respondem perante terceiros, mas sempre individualmente e de forma
subsidiária.
( ) d) os sócios respondem solidariamente, mas sempre dentro dos limites e na proporção de
suas respectivas contribuições para os fundos sociais.

07 - (Ministério Público/SP – 2006) Em relação à dissolução da sociedade, o Ministério Público atuará


se:
( ) a) ocorrer a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar e, tão logo lhe
comunique a autoridade competente, promoverá a liquidação judicial da sociedade, se
os administradores não o tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da autorização,
ou e o sócio não houver requerido a liquidação judicial.
( ) b) exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade, e, tão logo tome
conhecimento por qualquer interessado, promoverá a liquidação judicial da sociedade,
se os administradores não o tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da
autorização, ou se o sócio não houver requerido a liquidação judicial.
( ) c) ocorrer a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta
dias, e, tão logo tome conhecimento, promoverá a liquidação judicial da sociedade, se
os administradores não o tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da autorização,
ou se o sócio não houver requerido a liquidação judicial.
( ) d) exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade, ou se ocorrer a falta de
pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias, e, tão logo
tome conhecimento, promoverá a liquidação judicial da sociedade, se os
administradores não tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da autorização, ou
se o sócio não houver requerido a liquidação judicial.
( ) e) ocorrer a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar ou se exaurido o fim
social, ou verificada a sua inexequibilidade, e, tão logo lhe comunique a autoridade
competente, promoverá a liquidação judicial da sociedade, se os administradores não o
tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da autorização, ou se o sócio não houver
requerido a liquidação judicial.

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08- (Notário e Registrador/PR - 2006) A sociedade cooperativa de crédito tem natureza:
( ) a) simples, registra-se no Registro Civil das Pessoas Jurídicas mas depende de
autorização do Banco Central.
( ) b) Empresária, registra-se no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e independe de
autorização do Banco Central.
( ) c) empresária, registra-se na Junta Comercial e independe de autorização do Banco
Central.
( ) d) simples, registra-se na Junta Comercial e depende de autorização do Banco Central.

09 - (Notário e Registrador/SP - 2005) Aponte a alternativa falsa:


( ) a) O sócio que, a título de cota social, transmitir posse ou uso de bens móveis para pagar
o seu valor, responde pelos vícios redibitórios dos bens transmitidos.
( ) b) Por dois anos depois da saída do sócio, o cedente responde solidariamente com o
cessionário perante terceiros.
( ) c) Os sócios remissos podem ser obrigados a entregarem a sua quota para todos os
sócios, se não integralizarem a sua.
( ) d) São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração da sociedade simples
por cláusula contida no contrato social ou cláusula expressa em separado.

10 - (Notário e Registrador/SP - 2005) O direito de retirada da sociedade simples assiste


( ) a) ao sócio que não tiver condições de integralizar o aumento do capital social.
( ) b) aos sócios que divergirem das decisões da maioria em reunião ou assembléia geral.
( ) c) ao sócio, na hipótese de o contrato prever cláusula de recesso, com voto unânime dos
cotistas.
( ) d) a qualquer sócio em sociedade por prazo indeterminado e, na por prazo determinado,
àquele que ajuizou ação justificando as razões de sua saída.

11 - (Notário e Registrador/SP – 2004) Qual o regime de responsabilidade na sociedade comum?


( ) a) Os sócios respondem pelas obrigações da sociedade diretamente, de forma solidária e
ilimitada.
( ) b) Responde pelas obrigações da sociedade somente o sócio que contratou com o
terceiro.
( ) c) Os sócios não respondem pelas obrigações da sociedade.
( ) d) Os sócios respondem pelas obrigações da sociedade subsidiariamente, de forma
solidária e ilimitada, com exceção do sócio que contratou pela sociedade, o qual
responde diretamente.

12 - (Notário e Registrador/SP - 2003) A sociedade em conta de participação tem a seguinte


característica:
( ) a) arquivamento dos atos societários no Registro de Comércio.
( ) b) a possibilidade de responsabilização de qualquer dos sócios até o limite do capital
social.
( ) c) a manutenção obrigatória dos livros comerciais.
( ) d) o gerenciamento é exercido pelo sócio ostensivo que agirá exclusivamente em nome
próprio.

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13 - A sociedade formada por duas categorias de sócios, na qual uma delas responde solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais, e a outra somente pelo valor de suas quotas, é
denominada sociedade em
( ) a) conta de participação.
( ) b) comandita por ações.
( ) c) nome coletivo.
( ) d) comandita simples.

14 - No tocante à sociedade simples, assinale a alternativa correta:


( ) a) O contrato social deverá mencionar, necessariamente as prestações a que se obriga o
sócio cuja contribuição consista em serviços.
( ) b) Na sociedade com prazo indeterminado, a dissolução somente é permitida quando
aprovada por unanimidade dos sócios.
( ) c) A alteração da denominação social não depende do consentimento de todos os sócios.
( ) d) É permitida a estipulação contratual que exclua um dos sócios de participar dos lucros
e das perdas.

15 - No tocante à transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades, é correto afirmar


que
( ) a) o credor anterior à fusão, cisão ou incorporação, que se sentir prejudicado por tal ato,
poderá, no prazo de 02 (dois) anos após a publicação do ato, promover sua anulação
judicial.
( ) b) o ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade.
( ) c) a transformação, em qualquer hipótese, pode ser aprovada por 3/4 (três quartos) dos
sócios.
( ) d) na incorporação, a incorporadora só responde pelas obrigações contraídas pela
incorporada nos 2 (dois) anos anteriores ao ato de incorporação.

16 - Na administração da sociedade simples, nada dispondo o contrato social, podemos afirmar


que:
( ) a) A administração compete, separadamente, a cada um dos sócios.
( ) b) A administração compete, em conjunto, a todos os sócios.
( ) c) A administração compete ao sócio majoritário.
( ) d) O contrato social deve mencionar sempre quem é incumbido da administração, sob
pena de nulidade.

17 - Assinale a alternativa incorreta:


( ) a) A sociedade em nome coletivo somente pode ter como sócios pessoas físicas.
( ) b) A sociedade em conta de participação adquire personalidade jurídica com o registro no
órgão próprio.
( ) c) Na sociedade em comandita simples a responsabilidade dos sócios em relação ás
obrigações sociais depende da categoria por eles ocupada no quadro societário.
( ) d) Na sociedade em comum, os sócios respondem de forma limitada pelas obrigações
sociais.

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18 - Além de dar a designação da sociedade, compõe-se por nomes de sócios que são
ilimitadamente responsáveis pelas obrigações sociais:
( ) a) marca.
( ) b) denominação.
( ) c) firma.
( ) d) título de estabelecimento.

19 - A quota de capital de uma sociedade empresária:


( ) a) não pode ser negociada em bolsa de valores, enquanto não tiver o seu capital
totalmente integralizado.
( ) b) pode ser negociada em bolsa de valores, desde que autorizada pela Assembléia Geral
dos sócios.
( ) c) pode ser negociada em bolsa de valores, desde que autorizada a abertura do capital da
sociedade empresária.
( ) d) não pode ser negociada em bolsa de valores.

20 - O sócio de uma sociedade simples que


( ) a) ceder suas quotas, responde, por dois anos, depois de averbada a modificação do
contrato, solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas
obrigações que tinha como sócio.
( ) b) ceder parte ou totalidade de suas quotas, poderá fazê-lo sem o consentimento dos
demais sócios, desde que tenha participação majoritária no capital social.
( ) c) contribuir com seus serviços à sociedade, pode empregar-se em atividade estranha à
mesma, independentemente de convenção no contrato social, desde que avise os
demais sócios.
( ) d) vier a ser admitido em sociedade já constituída, exime-se das dívidas sociais anteriores
à admissão.

21 - A inscrição do contrato social no órgão competente confere capacidade jurídica às


sociedade, exceto à:
( ) a) sociedade em comum;
( ) b) sociedade simples;
( ) c) sociedade em nome coletivo;
( ) d) sociedade em conta de participação.

22 - Para a existência de sociedade é preciso:


( ) a) um fim ideal, a contribuição dos sócios em bens e a affectio societatis;
( ) b) um fim patrimonial, a contribuição dos sócios em trabalho ou bem e a convenção no
sentido de serem partilhados os lucros e as perdas;
( ) c) um fim ideal, a contribuição dos sócios em trabalho ou em bens e a estipulação no
sentido de serem partilhados os lucros e as perdas;
( ) d) um fim ideal, a contribuição dos sócios em trabalho ou em bens e a estipulação no
sentido de serem partilhados os lucros e as perdas;
( ) e) um fim patrimonial, a contribuição em trabalho e a affectio societatis.

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23 - Dentre as sociedades empresariais abaixo elencadas, aponte aquela que, por força de lei,
não possui personalidade jurídica:
( ) a) sociedade em nome coletivo;
( ) b) sociedade em comandita simples;
( ) c) sociedade de capital e indústria;
( ) d) sociedade em conta de participação.

24 - Nos termos do Código Civil, as sociedades são classificadas:


( ) a) empresárias e simples;
( ) b) de pessoas e de capitais;
( ) c) unipessoais e pluripessoais;
( ) d) grupadas e isoladas;
( ) e) com finalidade econômica e com finalidade religiosa ou cultural.

25 - Para se reduzir o capital de uma sociedade empresária é necessário


( ) a) que a sociedade tenha os fundos correspondentes ao valor do capital a ser objeto de
redução.
( ) b) que os sócios deliberem sem a necessária motivação.
( ) c) que se constate a existência de perdas irreparáveis ou ser excessivo o capital em
relação ao objeto da sociedade.
( ) d) que os sócios deliberem sem a necessária motivação, e desde que a sociedade tenha os
fundos correspondentes ao valor do capital a ser objeto de redução.

26 - Assinale a opção em que as entidades mencionadas podem ser constituídas sob a forma de
sociedade unipessoal.
( ) a) subsidiária integral e sociedade simples;
( ) b) sociedade de economia mista e empresa pública;
( ) c) sociedade limitada e sociedade anônima;
( ) d) empresa pública e subsidiária integral.

27 - A liquidação de uma sociedade em conta de participação


( ) a) é regida pelas normas relativas à prestação de contas;
( ) b) se dá somente por decisão judicial;
( ) c) será eficaz apenas quando arquivada no registro de comércio;
( ) d) exige aprovação em assembléia especialmente convocada para essa finalidade.

28 - É correto afirmar, sobre a sociedade em conta de participação, que


( ) a) o sócio oculto recebe o mesmo tratamento do sócio ostensivo;
( ) b) o sócio oculto obriga-se perante fornecedores da sociedade pelas dívidas sociais;
( ) c) só se constitui com o registro do contrato no Registro Público de Empresas Mercantis;
( ) d) o sócio ostensivo é o único responsável pelo exercício das atividades que compõem o
objeto da sociedade.

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29 - O capital social de uma sociedade cooperativa
( ) a) é obrigatório;
( ) b) confere ao sócio o direito a voto nas deliberações, proporcionalmente as quotas de
capital subscritas e integralizadas;
( ) c) não implica o direito de voto nas deliberações, pois o quorum para a assembléia geral
funcionar e deliberar é fundado no número de sócios nela presentes;
( ) d) será considerado para a distribuição dos resultados, proporcionalmente às quotas
subscritas e integralizadas pelo sócio.

30 - Em uma sociedade em conta de participação, o contrato social


( ) a) pode atribuir o exercício do objeto social ao sócio partícipe, hipótese em que será
solidário com o sócio ostensivo por eventuais prejuízos causados a terceiros;
( ) b) deve ser, obrigatoriamente, registrado perante a Junta Comercial do Estado em que
estiver localizada a sede da sociedade;
( ) c) produz efeitos perante terceiros, os quais poderão agir, indistintamente, contra o sócio
ostensivo e/ou o sócio partícipe;
( ) d) produz efeitos entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer
registro não confere personalidade jurídica à sociedade.

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Gabarito

01.C 02.B 03.A 04.B 05.A 06.B 07.A 08.D 09.C 10.D

11.D 12.D 13.D 14.A 15.B 16.A 17.B 18.C 19.D 20.A

11.D 22.B 23.D 24.A 25.C 26.D 27.A 28.D 29.C 30.D

Bibliografia

„ Curso de Direito Comercial „ Curso Básico de Direito Empresarial


Rubens Requião Luiz Braz Mazzafera
Saraiva Edipro

„ Curso de Direito Comercial „ Direito Comercial


Rubens Requião Waldirio Bulgarelli
Saraiva Atlas

„ Direito Empresarial „ Manual de Direito Comercial


Mônica Gusmão Fábio Ulhoa Coelho
Impetus Saraiva

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Direito Empresarial
07 – As Sociedades Empresárias

Atualizada em 10.12.2011

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